circuitos combinatórios básicos

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CIRCUITOS COMBINATÓRIOS BÁSICOS
T.1 - INTRODUÇÃO
A velocidade de um sistema digital
velocidade com que operam as portas.
depende
da
A velocidade de uma porta depende do atraso de
propagação tpd(propagation-delay time).
As portas electrónicas têm tempos de atraso da
ordem dos nanossegundos (10-9).
1
Cronologia
Data
Componente
até 1955
1955-1965
desde 1965
válvula
transistor
circuito integrado
Observações
grandes dimensões e consumo
encapsulamento individual
encapsulamento de transistores
e resistências
Nomenclatura
SSI - Integração em pequena escala (até 12 portas)
MSI - Integração em escala média (12 a 99 portas)
LSI - Integração em larga escala (100 a 1000
portas)
VLSI - Integração em muito larga escala (1000 a
1.000.000 portas)
ULSI - Integração em ultra larga escala (mais de
1.000.000 portas)
2
Circuitos combinatórios - são circuitos cujas
saídas dependem apenas das entradas actuais, não
tendo relação com a história passada do sistema.
T.2 - FAMÍLIAS DE CIRCUITOS LÓGICOS
As famílias de circuitos
distinguem-se por:
lógicos
integrados
 tipo de semicondutor utilizado;
 forma como os semicondutores são ligados.
3
Família CMOS
Utiliza transistores CMOS (Complementary MetalOxide Semiconductor). É utilizada em SSI, MSI,
LSI, VLSI e ULSI.
Tem um consumo muito baixo, mas tem tempos de
propagação elevados.
4
Família ECL (Emitter-Coupled Logic)
Utiliza transistores bipolares que têm tempos de
propagação mais baixos que os CMOS. É usada em SSI
e MSI.
É bastante rápida, mas tem consumos mais elevados
que a família CMOS.
É de difícil utilização devido à sua rapidez.
5
Família TTL (Transistor-Transistor Logic)
Utiliza transistores bipolares. É a família mais
usada para SSI e MSI.
Tem duas séries:
54 - para fins militares e
74 - para fins industriais.
6
BICMOS (BIPOLAR + CMOS)
É uma evolução com integração
transistores bipolares e CMOS.
das
famílias
de
Tem um baixo consumo e um tempo de resposta baixo.
No entanto, ocupa uma área elevada, pelo que não é
utilizado em circuitos integrados com grande nível
de integração como os microporcessadores.
7
T.3 - SÉRIE TTL
Pode baixar-se o atraso de propagação tpd de uma
porta lógica à custa de um maior consumo de
energia, isto é, utilizando transistores que
consumam mais potência.
A série TTL utiliza transistores bipolares normais
- mais lentos, e transistores do tipo Schottky mais rápidos, em diversas gamas de potência.
Características típicas da família 54/74 SSI
Série
54LS/74LS
54L/74L
54S/74S
54/74
54H/74H
Tipo
de
transistor
e
potência
Schottky, baixa potência
Comum, baixa potência
Schottky, potência normal
Comum, potência normal
Comum, alta potência
Atraso
propagação, ns
9,5
33
3
10
6
de
Dissipação
potência, mW
2
1
19
10
22
de
Produto
velocidadepotência, pJ
19
33
57
100
132
8
Capacidade de saída (fan-out)
O fan-out mede a capacidade que a saída de uma
porta tem de accionar entradas de outras portas.
Cada porta tem uma corrente máxima de saída. Por
outro lado, cada porta necessita de uma corrente
mínima de entrada para ser accionada. O fan-out
dá-nos a indicação de quantas entradas podem ser
accionadas por uma única saída.
Na família TTL, entre portas da mesma série, o
fan-out é 10 para portas das séries standard e de
alta potência, e 20 para as séries de baixa
potência.
Entre séries de famílias diferentes é necessário
garantir que as correntes de entrada não superam a
corrente de saída.
9
Margem de ruído
A tensão de alimentação para circuitos da família
TTL é 5 V. Isto significa que todas as tensões
estão no intervalo de 0 a 5 V.
Uma saída que esteja no nível lógico 0 está a
drenar corrente das portas às quais está ligada,
aumentando a sua tensão de saída (> 0 V).
Uma saída que esteja no nível lógico 1 está a
fornecer corrente às portas a que está ligada,
baixando deste modo a sua tensão de saída (< 5 V).
De qualquer modo o fabricante garante que a tensão
baixa nunca sobe acima dos 0,4 V e que a tensão
alta nunca desce abaixo dos 2,4 V.
10
Por outro lado uma tensão menor ou igual a 0,8 V é
sempre interpretada como um 0 lógico e uma tensão
superior a 2 V é sempre interpretada como um nível
lógico 1.
Definem-se VOH, VOL, VIH e VIL
VOH - tensão mínima de saída que
para o nível alto
VOL - tensão máxima de saída que
para o nível baixo
VIH - tensão mínima que a porta
nível alto
VIL - tensão máxima que a porta
nível baixo
a porta fornece
a porta fornece
reconhece como
reconhece como
11
Na figura seguinte mostra-se
tensões para a família 54/74.
V (saída)
o
valor
destas
V (entrada)
VCC
VCC=5,0V
Saída
alta
Entrada
alta
1
VOH=2,4V
VIH=2,0V
VIL=0,8V
VOL=0,4V
<0,2V
Saída
baixa
0
Entrada
baixa
Fig 80
12
Gráfico de entrada-saída de uma porta TTL para o
pior caso
VO,V
2,4
1
0,4V
0
0,4
0,8
1,4
2,0
2,4
VI,V
Fig 81
13
A margem de ruído para o nível 0 é 0=VILVOL=0,4V. Esta margem garante que uma saída 0 é
sempre
reconhecida
desde
que
o
ruído
não
ultrapasse 0=0,4V.
De forma idêntica, a margem de ruído para o nível
1 é 1=VIH-VOH=0,4V e garante que uma saída 1 é
sempre
reconhecida
desde
que
o
ruído
não
ultrapasse 1=0,4V.
14
T.4 - FAMÍLIA CMOS
A tensão de alimentação para circuitos da família
CMOS pode variar no intervalo de 5 a 15 V.
A corrente de entrada requerida por uma porta é da
ordem de 1pA enquanto que a corrente de saída é da
ordem de 1 mA, dando origem a um fan-out enorme.
Para as mesmas condições de carga e tensão de
alimentação que as portas TTL, uma porta CMOS tem
um atraso de propagação da ordem de 50 a 100 ns.
As margens de ruído para uma alimentação de 5 V
são de cerca de 1 V e aumentam para tensões de
alimentação maiores.
15
O
consumo
de
potência
numa
porta
CMOS
é
praticamente nulo quando a saída se mantém fixa.
No entanto se a saída varia com uma frequência de
105 Hz (para uma carga típica de 50 pF) a potência
dissipada é da ordem de 0,2 mW.
TTL e CMOS no mesmo circuito
Quando uma porta TTL acciona portas CMOS, não
existem problemas de fan-out, mas o nível de saída
VOH não é suficientemente alto para a porta CMOS.
Quando uma porta CMOS acciona portas TTL, os
níveis de saída são adequados, mas a corrente de
saída fornecida pela porta CMOS pode não ser
suficiente.
Neste
caso
interpõem-se
portas
especiais denominadas buffers.
16
As séries CMOS mais utilizadas são a 4000, a
54HC/74HC e a 54HCT/74HCT. Estas duas mais rápidas
que a primeira, e a última com níveis TTL.
17
T.5 - FAMÍLIA ECL
A família ECL opera com uma tensão de alimentação
negativa de -5,2 V. Os níveis lógicos são portanto
negativos, tendo os valores de -0,75 V e -1,6V.
O fan-out é da ordem de 25, e as margens de ruído
da ordem de 0,3 V.
O atraso de propagação é da ordem de 2 ns, e a
dissipação da ordem de 25 mW por porta.
Existem ainda as séries ECL II e ECL III com
atrasos da ordem de 4 ns e 1 ns, respectivamente.
18
T.6 - INTERRUPTOR LÓGICO
O transistor funciona como interruptor lógico,
conduzindo ou não, por acção de uma tensão de
entrada.
5 V
5 V
R
R
V
H
ou
V
O
R
V
L
S
V
H
ou
Interruptor
lógico
V
L
0 V
A
V
O
0 V
S=A
Fig 82
19
Quando a tensão de entrada for VL, o transistor
não conduz, pelo que a saída é VO=VCC.
Quando a tensão de entrada for VH, o transistor
conduz, pelo que a saída é VO=0 V.
20
O circuito de 2 interruptores da figura seguinte
representa uma porta NOR com equação S = A + B .
5 V
R
S
A
B
A
B
S
0
0
1
0
1
0
1
0
0
1
1
0
A
S
B
Fig 83
21
wired AND
O circuito da figura seguinte representa também
uma porta NOR com equação S = A + B.
Sem a ligação entre as duas saídas, os
circuitos individuais teriam à saída, A e B.
dois
A ligação a tracejado, na prática, adicionou um
circuito AND, pois S = A . B  A + B .
Esta ligação tem o nome de wired-AND, e apenas
pode ser feita utilizando circuitos com open
collector (colector aberto).
22
Se houver muitas portas e todas as chaves
estiverem
ligadas
excepto
uma,
a
corrente
originada pela pequena resistência equivalente
queima o transistor que está a conduzir.
Em
circuitos
que
utilizem
portas
com
open
collector a resistência (única) é dimensionada à
medida.
23
5 V
R
S
wired AND
A
A
S=A.B
0 V
B
S=A.B
5 V
R
S
B
0 V
Fig 84
24
T.7 - SAÍDA TOTEM-POLE
Sob um ponto de vista, o interruptor lógico é a
configuração ideal para a saída de uma porta TTL.
Quando a saída está no nível baixo a porta deve
consumir a corrente do circuito accionado.
Efectivamente, quando a saída está a 0, o
interruptor está fechado e a corrente escoa-se
para a massa.
Quando a saída está no nível alto, a porta deve
fornecer corrente ao circuito accionado.
Efectivamente quando a saída está a 1, o
interruptor está aberto e a corrente flui através
da resistência.
25
Vcc
Vcc
R
R
Consome
corrente
Vcc
Fornece
corrente
R
C
Fig 85
26
Contudo o interruptor lógico tem capacidades
parasitas, que diminuem a velocidade da porta.
Estas
capacidades
não
causam
problemas
na
transição da saída de 1 para 0, pois o condensador
descarrega rapidamente quando o interruptor fecha.
Os problemas aparecem na transição da saída de 0
para 1, pois a saída só atinge o valor alto depois
do condensador carregar, e este carrega lentamente
devido à resistência.
27
Para
aumentar
a
velocidade
de
carga
do
condensador, a resistência pode ser substituída
por um segundo interruptor.
Esta nova configuração tem o nome de saída totem-pole.
Quando A tem o nível baixo, I1 está aberto e I2
fechado, estando a saída no nível alto.
Quando A tem o nível alto, I1 está fechado e I2
aberto, estando a saída no nível baixo.
28
Vcc
I2
S=A
A
I1
Fig 86
29
T.8 - SAÍDA TRI-STATE
A configuração com saída totem-pole pode
modificada, obtendo-se o circuito seguinte.
ser
Vcc
I2
S=A
A
I1
enable
Fig 87
30
Quando a linha de controle (enable) estiver a 1, o
circuito funciona exactamente como a configuração
totem-pole, ou seja, a entrada A é negada à saída.
Quando a linha de controle estiver a 0, os 2
interruptores ficam abertos, e a saída fica
totalmente desligada do circuito (estado de alta-impedância).
Desta forma a saída S pode tomar 3 estados: os 2
estados lógicos 0 e 1 (quando enable=1), e o
estado de alta-impedância (quando enable=0).
31
Saídas de 3 estados
enable
enable
enable
Fig 88
32
T.9 - EXEMPLOS DE PORTAS EM CIRCUITOS INTEGRADOS
Porta NOR tripla de 3 entradas ('27) e porta NAND
de 13 entradas ('133)
14
13
12
11
10
9
8
V
CC
16
15
14
13
12
11
10
V
CC
GND
1
9
2
3
4
5
6
7
GND
1
2
3
4
5
6
7
8
Fig 89
33
Porta NAND quad de 2 entradas ('00) e buffer quad
com saída tri-state (3 estados) activada a 0
('125)
14
13
12
11
10
9
8
V
CC
14
13
12
11
10
9
V
CC
GND
1
8
2
3
4
5
6
7
GND
1
2
3
4
5
6
7
Fig 90
34
Porta XOR quad ('136) (os asteriscos indicam
saídas com open collector) e porta AOI (AND-ORINVERT) dupla de 2 e 3 entradas ('51).
14
13
12
11
10
9
8
14
V
CC
13
12
11
10
9
V
CC
*
*
*
*
GND
1
8
2
3
4
5
6
7
GND
1
2
3
4
5
6
7
Fig 91
35
O apóstrofo antes do número do dispositivo
representa a família e a série. Por exemplo, a
porta 74LS02 é representada por '02.
Os termos duplo, triplo, quad e hex indicam que o
circuito integrado contém 2, 3, 4 ou 6 unidades
idênticas independentes, respectivamente.
Alguns circuitos integrados SSI
Número do circuito
'00
'02
'03
'04
'05
'08
Descrição
NAND quad de 2 entradas
NOR quad de 2 entradas
NAND quad de 2 entradas open collector
Inversor hex
Inversor hex open collector
AND quad de 2 entradas
36
'09
'20
'21
'27
'30
'32
'37
'38
'51
'126
'136
AND quad de 2 entradas open collector
NAND duplo de 4 entradas
AND duplo de 4 entradas
NOR triplo de 3 entradas
NAND de 8 entradas
OR quad de 2 entradas
Buffer NAND quad de 2 entradas
Buffer NAND quad de 2 entradas - o. c.
AOI duplo de 2 e 3 entradas
Buffer quad com saída tri-state
XOR quad de 2 entradas open collector
37
Os buffers são portas que podem drenar mais
corrente do que as portas normais e são usados
quando é necessário um fan-out superior ao normal.
A maioria dos circuitos SSI têm 14 pinos, mas
algumas têm 16 pinos.
Dois pinos são usados para alimentação: VCC e GND.
38
T.10 - SINAIS DE CONTROLE
Uma entrada de uma porta pode ser considerada como
uma linha de controle.
E
E
A
B
C
S
A
B
C
S
Fig 92
Na porta NAND da figura, a entrada E (enable)
funciona como linha de controle e as entradas A, B
e C funcionam como linhas de dados.
Quando E=1, a porta funciona como um NAND de 3
entradas.
Quando E=0, a porta tem sempre saída 1, ou seja, é
independente da variação das entradas A, B e C.
39
Na porta NOR da figura, a entrada E (enable)
funciona também como linha de controle e as
entradas A, B e C como linhas de dados.
Quando E=0, a porta funciona como um NOR de 3
entradas.
Quando E=1, a porta tem sempre saída 0, ou seja, é
independente da variação das entradas A, B e C.
No caso da porta NAND a linha enable é activa a 1.
No caso da porta NOR a linha enable é activa a 0.
Quando se trata de circuitos MSI e LSI, não é
possível nem necessário mostrar todas as portas
incluídas no circuito.
40
Neste
caso
utilizam-se
representar os circuitos.
rectângulos
para
Para indicar que uma linha de controle é activa a
0 coloca-se o símbolo de inversão no ponto em que
a linha de controle entra no rectângulo.
41
EN
EN
S
S
A
B
C
A
B
C
EN
EN
S
A
B
C
S
A
B
C
Fig 93
42
O primeiro circuito tem a linha EN (enable) activa
a 1.
O segundo circuito tem a linha EN activa a 0. Dá a
ideia (errada) de que existe um inversor entre a
linha de controle e o circuito.
O terceiro circuito é idêntico ao segundo mas
utiliza uma simbologia mais recente. Deste modo já
não persiste a ideia de que existe um inversor à
entrada do circuito.
O quarto circuito tem a linha EN activa a 0.
Difere dos outros circuitos na saída que é agora
activa a 0.
43
As terminologias EN e EN têm uma limitação. Se no
diagrama de um circuito lógico aparecer uma linha
EN , e se esta linha for aplicada a um circuito
desconhecido, não é possível saber se EN é uma
linha de controle activa a 0 ou a negação de uma
linha de controle activa a 1.
nível ALTO (H)
nível BAIXO (L)
t1
t2
t3
tempo
Fig 94
44
Se o sinal EN tiver a forma da figura acima, será
impossível saber se o circuito é accionado no
intervalo t1 a t2 ou no intervalo t2 a t3.
Para
contornar
terminologia
esta
limitação
utiliza-se
a
 EN-H para substituir EN
 EN-L para substituir EN
EN-H é um sinal activo e tem o valor 1 quando
estiver a 1 (high).
EN-L é um sinal activo e tem o valor 1 quando
estiver a 0 (low).
45
Se o sinal de controle disponível for EN-H e a
entrada do circuito precisar de um sinal de
controle activo a 0 (símbolo inversor ou meia-flecha) é necessário interpor um inversor para
inverter os níveis de tensão.
Tem-se:
EN-H = EN -L = EN - L
EN-L = EN -H = EN - H
46
T.11 - DESCODIFICADORES E CODIFICADORES
T.11.1 - Descodificador
Um descodificador é um circuito com n entradas e
2n saídas. Para cada combinação das entradas,
apenas uma saída está activa.
47
A1 A0
O0
O1
O2
A1 A0
O0
0
0
1
0
1
1
0
1
1
O1
O2
O3
1
1
1
O3
Fig 95
Um descodificador com 2 entradas tem 4 saídas.
48
Para
a
combinação
O1=O2=O3=0.
Para a combinação
O0=O2=O3=0, etc.
A1=A0=0,
A1=0
e
tem-se
A0=1,
tem-se
O0=1
O1=1
e
e
Nem sempre é necessário apresentar as 2n saídas do
descodificador.
No caso de um descodificador de BCD (Binary Coded
Decimal) para decimal, há 4 entradas mas apenas 10
saídas são relevantes, pois as combinações de 10 a
15 nunca são apresentadas à entrada.
49
Descodificador de 3 entradas por 8 saídas ('138)
A
A
2
O
7
A
1
O
6
E
0
O
5
O
4
1
O
3
E E
2 3
O
2
O
1
O
0
Fig 96
50
O descodificador '138 é fabricado num CI com 16
pinos, sendo a massa o pino 8 e VCC o pino 16.
Utiliza portas NAND em vez de portas AND pelo que
as saídas são activas a 0.
Cada porta NAND tem 4 entradas, sendo uma das
entradas de controle (enable). A entrada de
controle tem a função E1.E2.E3. Estas linhas de
controle podem ser utilizadas para permitir o
funcionamento do descodificador para uma linha de
controle a 1, a 0 ou para uma combinação
específica dos sinais de controle.
51
Símbolo lógico do descodificador '138
E
A
O
A
0
0
O
1
A
1
O
2
1
E E
2 3
EN
2
O
3
O
4
O
5
O
6
O
7
Fig 97
52
Simbolismo funcional para o '138
1
2
3
X/Y
1
2
4
0
1
2
3
4
4
5
6
&
5
EN
6
7
15
14
13
12
11
10
9
7
Fig 98
53
No simbolismo funcional, os pinos de entrada estão
à esquerda e os de saída estão à direita. Os
números na extremidade dos pinos são os números
dos pinos.
A indicação X/Y mostra que o circuito é um
descodificador.
As entradas de endereço são os pinos 1, 2 e 3 que
têm os pesos 1, 2 e 4, como indicado.
A soma dos pinos de entrada activos determina a
saída que é activada. As saídas são activas a 0.
O rectângulo marcado com & e a indicação EN
mostram que as entradas 4, 5 e 6 são operadas por
uma porta AND (&) de forma a obter-se a linha
enable.
54
Descodificador duplo de 2 entradas para 4 saídas,
com unidades independentes ('139)
2
3
1
2
X/Y
0
1
2
1
14
13
EN
3
X/Y
1
2
0
1
4
5
6
7
12
11
10
2
15
EN
3
9
Fig 99
55
Descodificador duplo de 2 entradas para 4 saídas,
com entradas compartilhadas ('155)
13
3
Entradas partilhadas
pelas 2 unidades
abaixo
X/Y
1
2
0
1
2
1
&
2
EN
3
0
1
14
15
&
2
EN
3
7
6
5
4
9
10
11
12
Fig 100
56
T.11.2 - Codificador
Um codificador executa a função inversa à do
descodificador.
As entradas de um codificador têm a característica
de, em cada instante, apenas uma estar activa.
A cada linha de entrada corresponde uma palavra de
código nas linhas de saída.
Tabela de verdade de um codificador possível de 4
entradas
I3 I2 I1 I0 A7 A6 A5 A4 A3 A2 A1 A0
1
1
0
1
1
0
0
1
1
1
1
1
0
1
0
1
0
1
1
0
1
1
1
1
0
1
0
1
1
1
0
0
1
1
0
1
57
Circuito
correspondente
I3 I2 I1 I0
A0
A1
A2
A3
A4
A5
A6
A7
Fig 101
58
Codificador de 8 entradas para 3 saídas
I7 I6 I5 I4 I3 I2 I1 I0
EN
A0
A1
A2
Fig 102
59
T.12 - CONVERSORES
Um conversor é um circuito utilizado para fazer a
tradução entre 2 códigos.
Pode ser construído ligando um descodificador e um
codificador em cascata.
Uma palavra de código à entrada do descodificador
é representada por uma linha à saída deste.
Esta linha é codificada no circuito codificador
dando origem à nova palavra de código.
60
Z
0
Z
1
A
0
A
1
Codificador
Descodificador
A
m-1
B
0
B
1
Z
n-1
B
k-1
Fig 103
Um exemplo interessante de conversor de código é o
tradutor de BCD para display de 7 segmentos.
61
Display de 7 segmentos (exemplos)
a
b
c
d
e
f
g
a
a
f
g
e
d
b
b
c
c
g
a
b
b
c
c
d
Fig 104
O display tem 7 linhas, correspondendo cada uma a
um segmento.
Cada segmento é um LED (díodo emissor de luz).
O conversor de código terá 4 linhas de entrada e 7
de saída.
62
 Para a combinação de entrada A3A2A1A0=0000,
deverá activar os segmentos a, b, c, d, e e f.
 Para a combinação de entrada
deverá activar os segmentos b e c.
A3A2A1A0=0001,
 Para a combinação de entrada A3A2A1A0=0010,
deverá activar os segmentos a, b, d, e e g.
 Etc.
O conversor "BCD - display de 7 segmentos" é
normalmente denominado apenas por descodificador.
Existe em CI na família TTL com as designações
'46, '47, '48 e '49, com saídas em open collector
ou não.
63
T.13 - MULTIPLEXERS E DEMULTIPLEXERS
T.13.1 - Multiplexer
Um multiplexer executa a função indicada na figura
abaixo.
A partir de uma entrada de controle, o comutador
lógico selecciona apenas uma entrada para ser
ligada à saída.
Comutador lógico
Fig 105
64
Implementação de um multiplexer com portas
S1 S0
I0
I1
Z
I2
I3
Fig 106
65
Neste multiplexer, uma das quatro entradas é
seleccionada, e ligada à saída, a partir de duas
entradas de controle.
Para 2n entradas
controle.
são
necessárias
n
linhas
de
As linhas de selecção determinam qual das portas
AND é seleccionada.
Caso A1=A0=0, a porta seleccionada é a primeira,
logo a entrada I0 é colocada à saída do AND.
As outras portas AND têm sempre saída 0, pelo que
a porta OR, ou seja a saída do multiplexer,
reflecte apenas o valor da entrada I0.
66
Caso A1=0 e A0=1, a porta seleccionada é a
segunda, logo a entrada I1 é colocada à saída do
AND.
As outras portas AND têm sempre saída 0, pelo que
a porta OR, ou seja a saída do multiplexer,
reflecte apenas o valor da entrada I1.
Etc.
67
O multiplexer é uma estrutura AND-OR a 2 níveis,
logo pode ser usado como gerador de funções.
Cada uma das entradas corresponde a um termo
mínimo. A entrada I0 corresponde ao termo m0. A
entrada I1 corresponde ao termo m1. Etc.
As variáveis da função são as linhas de selecção
do multiplexer.
68
Exemplo
Para gerar a função Z=S 1+S1S 0 expande-se Z em
termos mínimos Z = S 1(S0+S 0)+S1S 0 = S 1S0+S 1S 0+S1S 0 =
m1+m0+m2
Basta então colocar as entradas I1=I0=I2=1 e I3=0
para se obter a função pretendida.
69
Multiplexer
de 8
entradas
('251)
S
2
S
1
S
0
I
7
I
6
I
5
I
4
W=Y
I
I
3
Y
2
I
1
I
0
G
Fig 107
70
Símbolo lógico do multiplexer tipo '151
11
10
9
S
S
S
7
4
G
I
3
0
I
2
1
I
1
2
I
15 14 13 12
3
I
4
I I
I
5
6
7
0
1
2
W
Y
6
5
Fig 108
71
Símbolo funcional do multiplexer '251
7
11
10
9
4
3
2
1
15
14
13
12
MUX
EN
0
1
2
0
1
2
3
4
5
6
7
0
G7
5
6
Fig 109
72
Os CI's '151 e '251 são multiplexers de 8 entradas
para 1 saída, diferenciando-se pelo facto do '251
possuir saídas tri-state.
Ambos possuem uma linha de enable activa a 0, e 2
linhas à saída sendo uma o complemento da outra.
No símbolo funcional, a palavra MUX identifica o
multiplexer.
O pino 7 é a entrada de enable.
Os triângulos nas saídas (pinos 5 e 6) indicam que
estas são do tipo tri-state.
As entradas de selecção (pinos 9, 10 e 11) têm os
pesos 20, 21 e 22.
73
O símbolo 0 indica que as entradas de selecção
7
podem seleccionar, consoante o seu valor, as
entradas de dados numeradas de 0 a 7.
O símbolo G indica que entre as entradas de dados
e as entradas de selecção existe uma dependência
do tipo AND.
74
Multiplexer
quádruplo de 2 para
1 ('157)
15
1
2
3
5
6
11
10
14
13
MUX
EN
0
0
G1
0
1
4
0
1
7
0
1
9
0
1
12
Fig 110
O CI '157 contém 4 multiplexers de 2 entradas para
1 saída. Tem uma única entrada de selecção e
apenas uma linha de enable para os 4 multiplexers.
75
T.13.2 - Demultiplexer
O
demultiplexer
tem
a
função
inversa
multiplexer, como mostra a figura abaixo.
do
Comutador lógico
Fig 111
Num demultiplexer, a entrada pode ser ligada a
qualquer das saídas, dependendo apenas das linhas
de selecção que fazem o papel de comutador lógico.
76
Estrutura lógica de um multiplexer de 1 entrada
para 4 saídas
S1 S0
00
O0
01
O1
10
O2
11
O3
I
Fig 112
77
T.14 - SISTEMAS DE MULTIPLEXAGEM
Os
multiplexers
são
muito
utilizados
em
telecomunicações, para transmitir numa única linha
a informação proveniente de várias linhas de
dados.
78
Sistema
(TDM)
de
multiplexagem
I
0
I
1
por
divisão
tempo
O
0
O
1
D
Multiplexer
do
Demultiplexer
I
n-1
O
n-1
Selecção
Ck
Selecção
Fig 113
Apenas é necessária uma linha de dados para
transmitir a informação correspondente às n linhas
de entrada. A linha Ck sincroniza as entradas de
selecção.
79
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