CULTIVO DE PLANTAS MEDICINAIS

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EMATER
PLANTAS MEDICINAIS
João Carlos Mohn Nogueira
CULTIVO DE PLANTAS MEDICINAIS
Conceitos
Identificação Botânica
Tecnologia de Cultivo
Tecnologia de Colheita
Tecnologia de Secagem
Armazenamento
O homem conhece os benefícios
medicinais das plantas há séculos.
Registros da medicina romana, egípcia,
persa e hebraica mostram que ervas
eram utilizadas de forma extensiva para
curar praticamente todas as doenças
conhecidas pelo homem.
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Ayurveda significa conhecimento da vida (ayur
= vida, veda = ciência ou conhecimento). É a
ciência da saúde mais antiga da humanidade
que baseou-se em conhecimentos de 5000
anos de existência.
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Segundo o médico indiano Dr. Chowdhury Gullapalli,
que possui mais de 40 anos de experiência com
Ayurveda, cerca de 80% das plantas medicinais
utilizadas no sul da Índia existem no nosso país e
podem ser empregadas na visão da tradição
Ayurvédica.
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CONCEITOS

Plantas Medicinais

Princípios Ativos
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PLANTAS MEDICINAIS

Considera-se
Plantas
Medicinais
aquela que administrada ao homem ou
animal, por qualquer via e sob
qualquer
forma,
exerce
alguma
espécie de ação farmacológica
31º Assembléia da OMS/ONU
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ACARIÇOBA (Hydrocotylle umbellata L.)
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PLANTA TÓXICA X PLANTA MEDICINAL
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NOZ DA ÍNDIA
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CHAPÉU DE NAPOLEÃO (Thevetia peruviana –
Apocynaceae)
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PRINCÍPIOS ATIVOS

São compostos químicos sintetizados
pelos vegetais que provocam reações
(tóxica ou medicinal) nos organismos
animais.
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FATORES QUE INTERFEREM NO
TEOR DOS PRINCÍPIOS ATIVOS
Fatores Internos
 Fatores Externos
 Fatores Técnicos

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FATORES INTERNOS
São os fatores de ordem genética, pois a produção dos
constituintes químicos é ditada pela constituição
genética do mesmo, porém as percentagens podem
variar de planta para planta da mesma espécie quando
há variabilidade genética
Os fatores genéticos são responsáveis por regular e
manter características próprias da planta, como síntese
de metabólitos.
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QUIMIOTIPOS:
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FATORES EXTERNOS
Temperatura
 Luminosidade
 Fotoperíodo
 Umidade
 Altitude

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TEMPERATURA
Espécie – adaptação ao seu habitat;
A faixa em que ocorrem as variações anuais, mensais
e diárias na temperatura é um dos fatores que exerce
maior influência em seu desenvolvimento, afetando,
portanto, a produção de metabólitos secundários.
Sobrevivência - crescimento e desenvolvimento.
As baixas temperaturas têm influências significantes
nos níveis de metabólitos secundários
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LUMINOSIDADE
A luz - influencia a fotossíntese e em outros
fenômenos fisiológicos como crescimento e
desenvolvimento.
As plantas medicinais são influenciadas pela
qualidade da luz, intensidade e fotoperíodo. O
fotoperíodo exerce influência na determinação do
ponto de colheita, produção de sementes, escolha da
época de plantio, entre outros.
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LUMINOSIDADE
Carqueja [Bacharis trimera (Less.) D. C.] e Camomila (Matricaria
chamomilla) em condições de maior intensidade luminosa
aumento no teor de óleo essenciais. (Silva, 2001).
Bicalho (2002), excesso de luz estimula a formação dos
flavonóides e outros compostos filtradores de luz ultra-violeta
(UV).
Tanchagem e o Guaco (Mikania glomerata) cultivada a sombra
produz maior p.a. ao contrário da capuchinha reduz p.a. a medida
que aumenta o sombreamento (Sartorio et al. 2000; Casali, 2002).
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ÁGUA
A água é um fator decisivo no crescimento e desenvolvimento
do vegetal, exercendo o papel de transportador de substâncias
solúveis e mediando todos os processos bioquímicos.
Solanáceas - maior teor de alcalóides quando submetidas ao
stress hídrico (Corrêa Júnior et al., 1994 );
Algumas Hortelãs:
Período Seco - óleo essencial composto principalmente de 60 70% de timol e carvacrol,
Época Chuvosa - rico em linalol (Gershenzon, 1984 citado por
LOPES, 1997).
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FATORES TÉCNICOS








Anterior
Época de plantio
Adubação
Tratos culturais
Controle de pragas e doenças
Espaçamento
Época de colheita
Secagem
Armazenamento
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AMBIENTE E MANEJO X PRINCÍPIO ATIVO
AMBIENTE
PLANTA MEDICINAL
CULTIVADA
MANEJO
PLANTIO
TRATOS CULTURAIS
COLHEITA
BENEFICIAMENTO
PRINCÍPIO ATIVO
MEDICAMENTO
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IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA

Importância
 Nome Comum
 Nome Botânico
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ERVA CIDREIRA
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ARNICA
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TECNOLOGIA DE CULTIVO







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Propagação
Área de Cultivo
Cultivo
Tratos Culturais
Colheita
Secagem
Armazenagem
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PLANTA MEDICINAL
COLETA
CULTIVO
LAVAGEM
SECAGEM
TRITURAÇÃO
ARMAZENAGEM
MANIPULAÇÃO
FITOTERÁPICO
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PROPAGAÇÃO
Escolha das Plantas Matrizes
 Método de Propagação

Sexuada
 Sementes
Assexuada
 Estaquia
 Alporquia
 Mergulhia
 Rebentos
 Divisão de Touceiras
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QUEBRA DE DORMÊNCIA
Choque Térmico
 Refrigeração
 Escarificação
 Ácido Giberelico (AG)
 Ácido indolacético (AIA)
 Ácido Indolbutilico (AIB)

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SUBSTRATO 2 (2:1:1)
Terra arenosa
Terra argilosa
Esterco curtido
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SUBSTRATO 4 (2,5:1)
Terra arenosa
Composto orgânico
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SUBSTRATO 5 (2:1 até 4:1)
Composto orgânico ou húmus de minhoca
Casca queimada de arroz
(VIEIRA et al, 2000, pag. 8; KAGEYAMA & GONÇALVES, 1997, pag. 81)
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VIVEIRO
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ÁREA DE PLANTIO
- Incidência
de pelo menos 5 horas de sol
- Protegido contra ventos fortes e fácil acesso
- Distantes de estradas
- Evitar proximidades de fábricas e industrias
- Histórico da área
- Distantes de hortas e lavouras comerciais
- Solo de média a alta fertilidade
- Água de boa qualidade
- Utilizar técnicas conservacionistas
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HORTO MEDICINAL - CENTRAR
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ÁREA DE PLANTIO
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ÁREA DE PLANTIO
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ÁREA DE PLANTIO
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ÁREA DE PLANTIO
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CULTIVO
►PREPARO DO SOLO
►CORREÇÃO DO SOLO
►ÉPOCA DE PLANTIO
►ESPAÇAMENTO
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ADUBAÇÃO
► ADUBAÇÃO DE PLANTIO
A adubação de plantio deve ser efetuada de acordo com o resultado da análise do
solo, dando preferência a adubos orgânicos (estercos, húmus de minhoca, compostos
orgânicos, etc.).
Correa et. al. (1991) recomenda colocar em solos de baixa fertilidade 5 kg/m2 de
esterco bovino curtido e em solos de média a alta fertilidade colocar 3 kg/m2 do
mesmo adubo.
► ADUBAÇÃO EM COBERTURA
► ORIGEM DO ESTERCO
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CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS

Seleção da área de cultivo.
 Manejo do solo.
 Rotação de cultura.
 Época de plantio correta.
 Usar sementes e mudas sadias.
 Consorciação - Alelopatia.
 Espaçamento correto.
 Inseticidas e fungicidas naturais
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ALGUMAS PLANTAS E SUAS AÇÕES CONTRA
PRAGAS E DOENÇAS.
Anis (Pimpinela anisum) - Repelente de traças
Cebola – cencém (Allium spp.) - Ação raticida
Coentro (Coriandrum sativum L.) - Controla ácaros e pulgões
Eucalipto (Eucalyptus citriodora) - Controla insetos de grãos
armazenados
Gerânio - Repelente de insetos em hortas
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ALGUMAS PLANTAS E SUAS AÇÕES CONTRA
PRAGAS E DOENÇAS
Pimenta do Reino (Piper nigrum L.) - Possui alcalóides que
controlam bactérias e fungos.
Café (Coffea arábica) - Possui o Ácido Caféico que controla
bactérias, fungos e vírus.
Alho/Cebola (Allium sativum L./Allium cepa L.) - Possuem
compostos Sulfóxidos que controlam bactérias e fungos.
Alecrim (Rosmarinus officinalis L.) - Repele borboleta da couve
e mosca da cenoura.
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ALGUMAS PLANTAS E SUAS AÇÕES CONTRA
PRAGAS E DOENÇAS
Hortelã (Mentha spp.) - Repelente de formigas, ratos, mosca branca
e borboleta da couve. Pode ser plantado nas bordaduras das
culturas.
Purungo ou Cabaça (Lagenaria vulgaris) - Plantado em bordadura
(Em forma de cercas-vivas) ou com seus frutos cortados e
espalhados na lavoura, é atrativo para o besourinho ou vaquinha
verde-amarela (Diabrotica speciosa).
Taiuiá (Cayaponia tayuya) - Atrativa para as vaquinhas.
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ALGUMAS PLANTAS E SUAS AÇÕES CONTRA
PRAGAS E DOENÇAS
Calêndula - É atrativa de insetos polinizadores e repelente de
mosca branca.
Alfavaca (Ocimum gratissimum L.) - É repelente de moscas e
mosquitos, mas não deve ser plantada perto da arruda
Sálvia (Salvia spp.) - Repele a mariposa da couve.
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PRODUTOS NATURAIS














Calda de Fumo
Infusão de Losna
Macerado de Pimenta Malagueta
Macerado de Urtiga
Macerado de Alho
Água de Sabão
Chá de Camomila
Inseticida Caseiro
Cravo de Defunto
Macerado de Samambaia
Água de Cinza e Cal
Chá de Cebolinha
Óleo de Nim
1 kg de sementes secas de Nim com 2 litros d'água.
200 ml de detergente completar o volume de 20 litros d’água
Extrato da folha de Nim
500 gramas de folha em pó em dois litros de água durante 10 a 12 horas; adicionar
200 ml de um detergente neutro, o volume de 20 litros de água e aplicar
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TECNOLOGIA DE COLHEITA
 Épocas
de Colheita
 Limpeza
do Material Colhido
 Cuidados
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na Colheita
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ÉPOCAS DE COLHEITA
►
FOLHAS: Antes da planta florescer.
► FLORES: Logo após a abertura das mesmas.
► FRUTOS/SEMENTES: Quando atingirem o ponto
de maturação fisiológico.
► RAIZ/RIZOMA: No outono e de plantas adultas
(Época seca do ano).
► CASCA: Na primavera ou outono, com tempo
úmido e de plantas floridas.
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Maneira correta de colher casca do tronco
de uma árvore
Ate 1,0 m
0,50 a 0,8 m
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Maneiras incorretas de coletas de casca de
Barbatimão
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CUIDADOS NA COLHEITA

Não iniciar a colheita com tempo chuvoso e após período prolongado de chuvas, esperar
pelo menos 1 a 2 dias de estiagem para iniciar a colheita.

As plantas medicinais devem ser colhidas no período da manhã, entre 9 e 12 horas, após
a seca do orvalho.

Plantas com mau aspecto, não devem ser colhidas, pois prejudicam as características
organolépticas,

O pessoal encarregado da colheita deve ser bem treinado e cuidadoso, para não danificar
as partes colhidas.

Observar as condições sanitárias das plantas. Não colher plantas atacadas por pragas e
doenças, pois há alteração na qualidade e teor dos componentes químicos da planta.

Observar as condições de conservação e limpeza das ferramentas, utensílios e
embalagens utilizados na colheita e transporte, pois ferramentas sujas e enferrujadas
podem contaminar o material colhido e este vai ser utilizado como medicamento e como
matéria-prima de medicamentos.

As plantas colhidas devem ser transportadas para o local de limpeza e secagem
imediatamente após a colheita.
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LIMPEZA

As plantas após a colheita devem ser lavadas em água corrente
antes de serem levadas para a secagem

Deve se feita uma seleção, retirando plantas ou partes de
plantas com manchas, doentes, deformadas, rompidas, fora do
padrão, atacadas por insetos e sem as características
organolépticas desejadas.

Flores não devem ser lavadas, pois são bastante tenras e
mofam ou fermentam devido ao excesso de umidade.
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SELEÇÃO
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PREPARAÇÃO PARA SECAGEM
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PROJETO DE PLANTAS MEDICINAIS DE ITAIPU
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TECNOLOGIA DE SECAGEM
 Local
 Temperaturas
 Cuidados
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de Secagem
na Secagem
UNIDADE DE SEGAGEM
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O secador é
fabricado pela
Maqpol e custa
cerca de R$ 20
mil.
3 a 5 ha de
plantio
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ARMAZENAGEM
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
Local

Embalagens

Período de armazenamento

Cuidados na Armazenagem
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LOCAL DE ARMAZENAGEM
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EXEMPLO DE ETIQUETA PARA EMBALAGEM
DE PLANTA MEDICINAL
EMATER-GO
Horto Medicinal – CENTRAR
NOME COMUM: Carqueja
LOTE: 01/2009
NOME CIENTÍFICO: Baccharis trimera Less.
PARTE DA PLANTA: Folha ( pedaços)
PRODUTOR: João Carlos Mohn Nogueira
PROP.: Centrar
MUNICÍPIO: Goiânia - GO
DATA: COLHEITA: 23/05/09
FINAL SECAGEM: 29/05/09
VALIDADE: 29/05/2011
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EMBALAGEM
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LAUDO AGRONÔMICO
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PRINCIPAIS PLANTAS
AYURVÉDICAS
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AÇAFRÃO DA INDIA
(Curcuma longa L.)
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FUNCHO
(Foenicullum vulgare Mill.)
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PATA DE VACA
(Bauhinia variegata L.)
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CRAVO DA ÍNDIA
(Syzygium aromaticum (L.) Merril.
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PIMENTA DO REINO (Piper nigrum L.)
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HARITAKI (Terminalia chebula)
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URUCUM
Bixa orellana
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NIM
Azadirachta indica
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KARANJA
Pongamia pinnata
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Tinospora cordifolia (Willd.
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AGRIÃO DO BREJO
Eclipta alba (L) Hassk.
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MELÃO DE SÃO CAETANO
Momordica charantia L.
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BILVA
Aegle marmelos
Rutaceae
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DIFERENÇA ENTRE A MEDICINA AYURVEDA E
A MEDICINA TRADICIONAL CHINESSA
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IMPORTÂNCIA DO CULTIVO DE
ERVAS MEDICINAIS
 Qualidade
do Material Colhido
 Preservação de Essências Nativas
 Planejamento de Colheita
 Espécie Botânica Desejada
 Diminuição do Extrativismo
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CEFITO – Comissão Estadual de Fitoterapia de Goiás
Criada pela Lei nº 14.413 de 16/04/2003.
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OBRIGADO
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CONTATO
E-mail: [email protected]
CAMPO EXPERIMENTAL NATIVAS DO
CERRADO – EMATER
CENTRER
(062)3205-5722
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