CL153 - Veranatura

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RETINA MÉDICA
08:30 | 10:45
SALA 1 | AUDITÓRIO
Mesa: Ângela Carneiro, M. João Veludo, Miguel Lume
CL153- 09:10/09:18
SWITCH TERAPÊUTICO DE BEVACIZUMAB PARA RANIBIZUMAB NO TRATAMENTO DA DMI NEOVASCULAR
Ana Luísa Basílio, Bruno Carvalho, Lívio Costa, Manuel Noronha, Guilherme Neri, Luísa Vieira, Margarida Marques,
Miguel Marques, Rita Flores
(Centro Hospitalar de Lisboa Central)
Introdução: A degenerescência macular relacionada com a idade (DMI) é a primeira causa de cegueira irreversível na
população acima dos 50 anos no mundo desenvolvido, sendo a DMI neovascular responsável por cerca de 90% da perda visual
grave nestes doentes.
Estudos prospetivos e multicêntricos de larga escala têm revelado a eficácia do tratamento intravítreo com bevacizumab e
ranibizumab nesta patologia, quando administrados de acordo com o mesmo regime.
Material e Métodos: Estudo retrospetivo de doentes com DMI neovascular tratados inicialmente com bevacizumab e que
foram submetidos a switch terapêutico para ranibizumab devido a alteração do protocolo terapêutico usado na DMI
exsudativa, por decisão institucional. A melhor acuidade visual corrigida (MAVC) foi obtida com recurso à escala logMar.
O estudo macular com tomografia de coerência ótica permitiu a avaliação da espessura macular central.
O registo dos dados funcionais e estruturais foi realizado em cinco tempos: basal, prévio às 3 últimas injeções de bevacizumab,
prévio ao switch, após 2-3 injeções de ranibizumab e 6 meses após o switch. Um valor p<0.05 foi considerado estatisticamente
significativo.
Resultados: 30 olhos de 30 doentes foram incluídos no estudo, com idade média 79.7 ±6.87 anos, 70% do sexo feminino. A
MAVC basal média foi 0.38 ±0.26; prévio às 3 últimas injeções de bevacizumab 0.47 ±0.29; prévio ao switch 0.48 ±0.31; após 23 injeções de ranibizumab 0.50 ±0.31 e após 6 meses 0.52 ±0.32 (p>0.05).
A espessura macular central basal foi 403.20 ±164.84; prévio às 3 últimas injeções de bevacizumab 363.83 ±158.20; prévio ao
switch 281.17 ±162.93; após 2-3 injeções de ranibizumab 291.13 ±119.90 (p<0.05) e após 6 meses 275.17 ±132.20 (p<0.05). O
número médio de injeções intravítreas de bevacizumab prévio ao switch foi 7.03 ±3.46 e de ranibizumab após o switch foi 3.80
±1.47.
Conclusão: O switch terapêutico de bevacizumab para ranibizumab revelou-se benéfico em termos anatómicos, contudo, em
termos funcionais, não se comprovou superioridade do segundo fármaco em relação ao primeiro. O carácter degenerativo da
DMI neovascular pode explicar a discordância entre o efeito anatómico e funcional nestes doentes.
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