ecologia de comunidades

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ECOLOGIA DE COMUNIDADES
PROF. C. FREDERICO
RELAÇÕES BIÓTICAS NAS
COMUNIDADES (BIOCENOSES)
1.
2.
3.
4.
Uma relação (biocenose) pode ser:
HARMÔNICA (POSITIVA: + + ou + 0): Quando há
benefícios para pelo menos uma das espécies
envolvidas.
DESARMÔNICA (NEGATIVA: + – ou – – ou – 0):
Quando há prejuízos para pelo menos um dos
associados.
INTRA-ESPECÍFICA (HOMOTÍPICA): Entre seres da
mesma espécie.
INTERESPECÍFICA (HETEROTÍPICA): Entre seres de
espécies diferentes.
OBSERVAÇÃO: O termo simbiose é utilizado para
definir qualquer tipo de relação biótica, seja ela
harmônica ou desarmônica, intra ou interespecífica.
RELAÇÕES BIÓTICAS NAS
COMUNIDADES (BIOCENOSES)
RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICAS HARMÔNICAS
1. COLÔNIAS (+ +)

Ligação anatômica e profunda
interdependência
fisiológica
entre os participantes torna a
Vida
impossível
fora
da
associação.
a)
ISOMORFAS:

Indivíduos
morfologicamente
semelhantes.
Não há divisão de trabalho.
Exemplos: bactérias, corais,
esponjas.

b)
HETEROMORFAS:


Indivíduos morfologicamente distintos.
Há divisão de trabalho.
Exemplos: algas Volvox sp., caravelas.
2. SOCIEDADES (+ +)

Associações interativas, com distinção morfológica entre os indivíduos
(castas), cooperação e divisão de trabalho.
Exemplos: cupins, formigas, abelhas, vespas.
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS HARMÔNICAS
1. MUTUALISMO (+ +)



Associação
obrigatória,
com
interdependência
anatomofisiológica.
A vida fora da associação
é impossível ou muito
difícil.
Os
dois
associados
extraem mútuos benefícios
da relação.
Exemplos:
liquens,
micorrizas, bactérias x
ruminantes,
cupins
x
protozoários.
2. PROTOCOOPERAÇÃO (+ +)


Associação facultativa, sem ligação anatômica.
A vida fora da associação é perfeitamente normal: os dois associados
vivem bem separados, mas melhor juntos, extraindo mútuos benefícios
da relação.
Exemplos: anêmona-do-mar x caranguejo-eremita (paguro), crocodilos x
pássaros-palito, anus e garças x bovinos.
3. COMENSALISMO (+ 0)

Associação em que seres de uma espécie se aproveitam dos restos
deixados por outra espécie.
Exemplos: leões x hienas e abutres, tubarões x peixes-piloto e rêmoras.
4. INQUILINISMO (+ 0)

Associação em que um ser vive dentro de outro, sem o afetar.
Exemplo: pepino-do-mar x peixe-agulha (Fierasfer sp.).
4. EPIFITISMO (+ 0)
5. EPIZOÍSMO (+ 0)

Associações em que um ser vive sobre outro, usando-o como suporte,
mas sem o afetar.
Exemplos: bromélias e orquídeas x árvores, cracas x baleias.
5.
FORESIA (+ 0)

Relação de transporte, em que indivíduos de uma espécie são
transportados por seres de outra espécie.
Exemplo: cracas x baleias.
6.
SINFILIA (+ +, + 0 ou + –)

Indivíduos de uma população aproveitam-se da atividade realizada por
indivíduos de outra espécie para se alimentar, podendo até aprisionar
estes últimos, que são defendidos e alimentados.
Exemplo: formigas x pulgões.
RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICAS DESARMÔNICAS
1. COMPETIÇÃO (– –)

Indivíduos disputam os mesmos recursos do meio, que não estão
disponíveis para todos.
Consequência: territorialidade.
Ocorre praticamente em todas as populações.
2.
CANIBALISMO (– –)


Um indivíduo mata outro da mesma espécie, para dele se alimentar.
Ocorre em condições de limitação extrema de alimentos ou como um
comportamento pós-cópula, como no louva-a-Deus.

RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS DESARMÔNICAS
1. PREDATISMO (+ –)
 Indivíduos de uma espécie
(predadores) matam e se
alimentam de seres de
outra(s) espécie(s) (presas).
 Feedback populacional: As
populações de presas e de
predadores
regulam-se
mutuamente ao longo do
tempo
Exemplos: onças x antas,
leões x zebras, linces x
lebres.
MUITOS PREDADORES
Alta pressão de
predação → redução da
expectativa de vida.
Aumento da
expectativa de vida.
Energia para
reprodução
MUITAS PRESAS
FEEDBACK
POPULACIONAL
POUCAS PRESAS
Alta competição,
possível emigração,
possível canibalismo,
morte por fome →
redução da expectativa
de vida.
POUCOS PREDADORES
Energia para
sobrevivência, não para
reprodução
2. PARASITISMO (+ –)



Indivíduos de uma espécie (parasitas
parasitas) usam seres de outra(s) espécie(s)
(hospedeiros
hospedeiros) como fonte de matéria e energia, geralmente sem os
matar.
Ectoparasitas x Endoparasitas.
Monóxenos x Heteróxenos.
Exemplos: vírus, carrapatos, pulgões, tênias, esquistossomos, erva-depassarinho (hemiparasita
hemiparasita), cipó-chumbo (holoparasita
holoparasita), lombrigas,
ancilóstomos.
3. PARASITOIDISMO (+ –)


Indivíduos de uma espécie (parasitoides
parasitoides) usam seres de outra(s) espécie(s)
(hospedeiros
hospedeiros) como “incubadores” de seus ovos, larvas e jovens. Os tecidos do
hospedeiro são devorados, o que causa sua morte, obrigatoriamente.
De 10 a 20% das espécies de insetos são parasitoides, especialmente na ordem
Hymenoptera (vespas).
Exemplos: vespa tarântula (Pepsis ruficornis) x tarântulas (Lycosa tarantula), vespa
Asphidius ervi x pulgões, vespa Agenioideus nigricornis x aranha-das-costas-vermelhas
(Latrodectus hasseltii).
Vespa tarântula Pepsis ruficornis
Presa sendo arrastada para o ninho
Agenioideus nigricornis x Latrodectus hasseltii
Tarântula parasitada por larva
ectoparasitoide de Pepsis ruficornis
Asphidius ervi x pulgão
4.
AMENSALISMO (ANTIBIOSE: 0 –)

Indivíduos de uma população secretam substâncias (antibióticos
antibióticos) que
inibem ou impedem o desenvolvimento de indivíduos de populações de
outras espécies. Não se considera haver “benefício” nesta relação.
Em casos de “estouros” de manadas, pode haver o pisoteamento de
seres por outros, que nem percebem o ocorrido.
Exemplos: maré-vermelha, fungos x bactérias.

5.
COMPETIÇÃO (– –)

Disputa entre indivíduos de espécies diferentes, que ocupam um
mesmo nicho, por recursos do meio que não existem em quantidade
suficiente para todos como, por exemplo, alimentos.
Exemplos: leões x leopardos x guepardos.
6.
ESCLAVAGISMO (+ –)

Indivíduos de uma população se aproveitam do trabalho de seres de
outra(s) espécie(s).
Exemplos: formigão vermelho x formiga-fusca, cucos x pardais
(parasitismo
parasitismo de ninhada
ninhada).
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