1 - A GESTÃO ORGANIZACIONAL NA ADMINISTRAÇÃO 1.2 - Definições É muito comum se ouvir falar em organização no mundo atual, sem, necessariamente se ter acesso ao mundo acadêmico ou ao conhecimento formal. Não causa estranheza nem mesmo para os leigos nos assuntos da administração. As pessoas vivem em sociedade e por isso é comum que elas precisem estar organizadas de alguma forma, em família, no trabalho, na igreja, entre outros. Segundo Maximiniano (2004), as organizações estão em toda parte. São elas que dão subsídios para atender as necessidades dos seres humanos. Pode se dizer que elas são os resultados da vida em sociedade. Geralmente é através delas que as pessoas sobrevivem. São elas que fornecem os produtos e serviços necessários aos seres humanos. Para Chiavenato (2001), existe uma relação de interdependência entre as pessoas e as organizações, elas nascem, crescem e morrem inseridos nelas. Para este autor, existem dois elementos essenciais para se definir organização: objetivos e recursos. Elas podem ser públicas privadas, ter fins lucrativos ou sociais, mas precisam ser administradas através de objetivos, que são o fornecimento de algum tipo de serviço ou produto. Os recursos são diversos, o de pessoal é o mais importante numa organização, pois as pessoas fazem uso dos demais para o funcionamento da organização, como os recursos materiais, financeiros e de informação. Para Maximiniano (2004, p. 27), “as organizações são grupos sociais deliberadamente orientados para a realização de objetivos, que, de forma geral, se traduzem no fornecimento de produtos e serviços”. Outros dois importantes componentes nas organizações são destacados por ele como sendo “os processos de transformação e divisão do trabalho” (p. 26). Os processos transformam os produtos em resultados, utilizando as especificidades da divisão do trabalho. Na mesma linha de pensamento, Chiavenato (2004, p. 23) caracteriza organização como “uma entidade social composta de pessoas e de recursos, deliberadamente estruturada e orientada para alcançar um objetivo comum”. Para o bom funcionamento da organização, há a necessidade de pessoas especializadas para desenvolver tarefas. Para Maximiniano (2004, p. 28) “a divisão do trabalho é o processo que permite superar as limitações individuais por meio da especialização”. Ele entende as tarefas como sendo as funções organizacionais exercidas por pessoas ou grupos para alcançar os objetivos. Para ele, as tarefas mais importantes são: “produção, marketing, finanças, recursos humanos e pesquisa e desenvolvimento”. (p. ). Mas, para que todas funcionem bem, de forma a garantir bons resultados para a organização, elas precisam de coordenação, que é papel da administração geral. Assim, verifica-se que as organizações estão em todos os lugares e que, de uma forma ou de outra as pessoas fazem parte delas, e, elas existem para suprir necessidades humanas. Eis um dos motivos que faz com que as organizações estejam sempre em processos de mudanças, adaptações e readaptações: as novas exigências do mundo em transformação. Mas, organização não é apenas a forma em que as pessoas estão organizadas, como empresas, associações, escolas, entre outras. “Logo, organização aqui não tem o mesmo sentido de empresas, entidade, instituição, estado, mas o processo de dispor qualquer conjunto de recursos em estrutura que facilite a realização do planos. Ou seja, aqui o sentido é verbal – organizar” (TRIGUEIRO, 2009, P. 97). E, organizar para este autor significa coordenar através das partes que compõem o órgão, ter a capacidade de alocar recursos, sejam eles materiais, pessoais, financeiros, tecnológicos. É, sobretudo ter a capacidade de tomada de decisões. Na atualidade, a gestão organizacional precisa estar preparada para as mudanças, para as possibilidades de parcerias. Necessitam estar em constate estado de observação aos “meios internos e externos”, abertas ao diálogo e ao fluxo de informações. As organizações que rejeitam esse processo estão propensas a deixarem de existir. (Revista Psicologia). Os desafios do administrador para que as organizações tenham êxito são muitos, como já exposto neste trabalho. Ele precisa ter uma ampla visão, precisa conhecer o todo a partir das várias partes, estar aberto ao diálogo, atendo às mudanças globais e às novas exigências. Tendo em vista que, independente de seus fins (lucrativos ou sociais), todas estão centradas na busca de resultados. 1.2 - A importância da Gestão organizacional e a administração As organizações estão por toda parte e faz parte da vida das pessoas. Dessa forma, pode-se dizer que elas existem desde a existência da humanidade e para alcançarem seus fins, é imprescindível que elas sejam administradas. Assim, entende-se que o administrador é quem está à frente de uma equipe, grupo, família, empresa; que envolve o processo de tomada de decisão, seja elas envolvendo outras pessoas, ou a si mesmo; que envolve também planejamento e controle. Para Maximiniano (2004), administração é um termo antigo e está diretamente ligada à tomada de decisões sobre recursos e objetivos. Ainda segundo Maximiniano (2004, p. 34), as organizações precisam ser administradas para garantir o equilíbrio e bom desempenho. Ele acrescenta ainda que o papel da administração é garantir a eficiência1 e a eficácia2 da organização, e que administrar “é um processo dinâmico de tomar e realizar ações que compreende cinco processos principais interligados: planejamento, organização, liderança (e outros processos da gestão de pessoas), execução e controle”. Chiavenato (2004), também compartilha da mesma opinião. Para ele, para alcançar seus propósitos com eficiência, é preciso que as organizações sejam administradas. Observa-se então que a administração é um processo dinâmico porque está diretamente envolvida com várias funções. Embora o papel do administrador não seja executar tarefas operacionais, ele precisa ser alguém com amplos conhecimentos. A administração engloba um conjunto de habilidades e competências. Segundo Chiavenato (2001) elas são as habilidades técnica, humana e convencional. Já as competências, ele as define como “conhecimento, perspectiva e atitude” e as considera como essenciais para o bom desempenho da função de administrar. Embora ele admita que no mundo moderno há sempre a necessidade de desenvolver novas competências e muitas vezes o abandono de outras, devido à dinamicidade da sociedade e do mercado. Ainda segundo Chiavenato (2001, p. 09), o mundo moderno precisa cada vez mais da administração para resolução de problemas. Para ele, A tarefa da administração é interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio do planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos de maneira eficiente e eficaz. Assim, a Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar a ação organizacional a fim de alcançar objetivos globais. 1 - Eficiência “significa fazer bem e corretamente. O trabalho eficiente é um trabalho bem executado” (CHIAVENATO, 2006. p. 22). 2 Eficácia “significa atingir objetivos e resultados. Um trabalho eficaz é proveitos e bem sucedido” (Idem, ibdem) Embora se perceba que a tarefa de administrar possa ser desenvolvida por diversas pessoas e que nem sempre há exigência de ser um administrador de formação, a tarefa é árdua e exige muitos conhecimento, esforços, dedicação, poder de decisão, boa capacidade de relacionamento humano. Assim, para alcançar os resultados propostos, não basta que as organizações possuam objetivos e recursos, mas que tenham um bom administrador ou boas equipes de administradores.