Câncer de Uretra em paciente diagnosticado inicialmente com

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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE
CAMPINA GRANDE
Câncer de Uretra em paciente diagnosticado inicialmente com
Estenose Uretral: Relato de Caso
Marilia Loureiro Gois Cavalcante 1, Hugo Jose Carvalho Florêncio 1 , Tácia Kamilla Silva Gomes 1, Rafaella Maciel Cavalcanti 1, Alexandre Silva Andrade ¹ ² ³
1 Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande,FCM-CG,Av. Senador Argemiro de Figueiredo, 1901, 58411-020, Campina Grande, PB, Brasil; 2 Universidade
Federal de Campina Grande ³ Fundação Assistência da Paraíba – FAP.
Palavras-chave: câncer de uretra; estenose uretral; carcinoma espinocelular
INTRODUÇÃO
O câncer de uretra é uma doença rara, mais incidente em mulheres com proporção 4:1. O carcinoma epidermóide é o
tipo histológico mais comum. No homem, o sítio mais comumente acometido é a uretra bulbomembranosa, seguido
pela uretra peniana e uretra prostática. Um importante fator prognóstico é a localização do tumor, sendo tumores
anteriores de melhor prognóstico (limitado à uretra peniana). Por ser comum quadro de obstrução urinária, a maioria
dos pacientes inicia tratamento como portador de estenose uretral benigna
OBJETIVO
Relatar caso de câncer uretral em homem com diagnóstico inicial de estenose de uretra.
DELINEAMENTO E MÉTODOS
Estudo realizado a partir de consulta bibliográfica e pesquisa documental com dados obtidos do prontuário médico do
paciente admitido em hospital do interior da Paraíba.
DESCRIÇÃO DO CASO
J.A.S, sexo masculino, 53 anos, com queixas obstrutivas e irritativas de longa data. Em junho de 2013, realizou
uretrocistografia que evidenciou áreas irregulares com estenose concêntrica em salto na uretra peniana, sendo
diagnosticada estenose de uretra. Fez várias uretrotomias internas, entretanto, houve recidiva da estenose, retornando
as queixas obstrutivas. Realizou biópsia por uretroscopia, a qual mostrou carcinoma espinocelular de uretra. Em
seguida, realizou quimioterapia neoadjuvante, visto que a tomografia computadorizada (TC) de pelve evidenciou
gânglio metastático em região inguinal esquerda, havendo involução do mesmo. Posteriormente, nova TC de pelve foi
realizada mostrando invasão tumoral em bolsa escrotal e testículo esquerdos; concomitantemente, houve formação de
fístula para região escrotal com drenagem de secreção purulenta volumosa, levando a realização de cistostomia. Após
melhorar as condições clínicas, realizou emasculação associada à rotação de retalho, para recobrir a área da ressecção,
e uretroplastia perineal. A evolução foi com recidiva tumoral na região supra púbica, mesmo após realização de
quimioterapia adjuvante. Foi a óbito em maio de 2015.
Figura 1: Tomografia de pelve mostrando lesão de cerca de 6
cm em região de uretra peniana
Figura 2: Lesões tumorais em bolsa escrotal 15 dias antes da
cirurgia
Figura 3: Pré-operatório imediato com lesões tumorais em bolsa
escrotal ecom distilação de mateial purulento e necrótico em rafe
Figura 4: Aspecto do pós operatório de 20 dias mostrando
do escroto.
completa emasculação e sonda na neo uretra perineal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por cursar com estenoses uretrais subsequentes, várias intervenções para tratá-las podem resultar em estado inflamatório crônico,
predispondo ao carcinoma de células escamosas na uretra, o qual não tem tratamentos definido, pois as características clínicas e
patologias de base podem variar. Dessa forma, a conduta terapêutica depende da apresentação do paciente e consiste em cirurgia,
quimioterapia, radioterapia ou associação dessas modalidades.
BIBLIOGRAFIA
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KOTB, A. F. et al. Squamouscell carcinoma on top ofurethralstricture: case reportandreviewoftheliterature. Alexandria, v.7, n.304,
2013.
Endereço eletrônico do autor: [email protected]
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