3ª Série do Ensino Médio Aluno (a): ______________________________________________________________ Turma: ___ no:___ Disciplina: Filosofia Data: ___/____/2015 Prof.: Marcelo Marques Prova – 4º Bimestre Curso de Filosofia Schopenhauer (1788-1860) Schopenhauer nasceu em Dantzig e veio a falecer em Frankfurt. Sua educação foi voltada para a atuação no comercio, com o intuito de que ele assumisse os negócios do pai. Uma viagem pela Europa talvez tenha possibilitado seu primeiro contato com os elementos que dariam base ao seu pensamento. Nessa viagem Schopenhauer redigiu escritos onde se pode observar sua visão pessimista sobre o mundo e a condição humana. Com a morte de seu pai, pôde se dedicar aos estudos que lhe interessavam realmente. Nessa fase ele pôde obter vasto conhecimento em filosofia e ciências naturais. Chegou a assistir a cursos ministrados por Schleiermacher e por Fichte. Sua primeira obra foi sua tese de doutorado, intitulada A quádrupla raiz do princípio de Razão Suficiente. Texto que sua mãe, Johanna Schopenhauer, acreditava ser um tratado sobre odontologia. A relação do filósofo com sua mãe era conturbada. Possivelmente envolvia grande carga de ciúmes junto ao ódio e desprezo que apregoavam um em relação ao outro. Schopenhauer desdenhava a produção literária de sua mãe. De forma profética afirmou que ela só seria lembrada no futuro pelo fato de ter sido sua progenitora. Mas foi justamente na casa de sua mãe que Schopenhauer conheceu Goethe, e este reconheceu sua genialidade, incentivando-o na época a escrever um tratado sobre a visão e as cores. No entanto, a proposta de seu tratado difere em vários pontos da proposta de Goethe e a relação entre os dois torna-se praticamente se anula após um tempo. Sua obra principal, O Mundo como Vontade e como Representação, teve como principais influências Platão, Kant e o pensamento oriental. Dessa orientação resultaram os seus quatro livros onde ele afirma a partir de um pensamento único tratar do conhecimento, da metafísica, da estética e da ética. A publicação de seu livro fracassa. O caminho a seguir é então de marasmo e decepção. Foi infeliz ao tentar confrontar Hegel, filósofo muito reconhecido em sua época, oferecendo seu curso na Universidade de Berlim no mesmo horário do rival. Seu curso não angariou alunos e logo em seguida ele renunciou ao seu cargo de professor. Durante muito tempo sua única companhia foi seu cão, Atma (nome que significa espírito do mundo). Para ele, os animais são melhores companhias por não dissimularem sua vontade com a máscara do pensamento. Em sua vida dedicou-se totalmente á reflexão filosófica. Agradecia a seu pai pelas economias que este fizera em vida, e que lhe possibilitaram viver de renda e se dedicar apenas ao que considerava importante em sua vida, a filosofia. Schopenhauer também escreveu ensaios que concorreram em concursos promovidos por academias alemãs. Um deles, intitulado Sobre o Fundamento da Moral, foi reprovado, embora fosse o único a concorrer. Isso porque continha insultos a filósofos conceituados como Fichte e Hegel. Seu reconhecimento só foi obtido quando da publicação de sua última obra, Parerga e Paralipomena. Um livro de ensaios sobre temas variados e de escrita simplificada. Isso foi em 1851, já nos últimos anos de sua vida. Mas Schopenhauer ainda pôde usufruir de sua fama e ver a filosofia de Hegel entrar em declínio. Realidade: Para Schopenhauer, o mundo pode ser compreendido sob duas perspectivas. A primeira diz respeito à nossa apreensão da realidade pelo entendimento e pela razão. Por esta via, o mundo aparece como um conjunto de objetos em movimento, ou dispostos no espaço e no tempo. Trata-se do mundo como representação. A outra forma de compreensão (metafísica) parte da percepção que temos dos nossos sentimentos. Para ele, sentimentos como a ansiedade, angústia, tédio ou desejo são na verdade manifestações de uma vontade que nos determina a agir. Mais do que isso, são manifestações de uma vontade que impulsiona todas as coisas; uma vontade que pode ser reconhecida nos desejos e na razão humana, tanto quanto nos instintos animais, no ímpeto de crescimento das plantas, e até mesmo nas forças de resistência e atração presente nos objetos inanimados. O ponto de partida do pensamento de Schopenhauer encontra-se na filosofia kantiana. Immanuel Kant (1724 – 1804) estabelecera distinção entre os fenômenos e a coisaem-si (que chamou noumenon), isto é, entre o que nos aparece e o que existiria em si mesmo. A coisa-em-si (noumenon) não poderia, segundo Kant, ser objeto de conhecimento científico, como até então pretendera a metafísica clássica. A ciência restringir-se-ia, assim, ao mundo dos fenômenos, e seria constituída pelas formas a priori da sensibilidade (espaço e tempo) e pelas categorias do entendimento. Dessas distinções, Schopenhauer concluiu que o mundo não seria mais do que representações, entendidas por ele, num primeiro momento, como síntese entre o subjetivo e o objetivo, entre a realidade exterior e a consciência humana. Como afirma em O Mundo como Vontade e Representação, “por mais maciço e imenso que seja este mundo, sua existência depende, em qualquer momento, apenas de um fio único e delgadíssimo: a consciência em que aparece”. Em outra passagem de sua principal obra, Schopenhauer deixa mais clara essa idéia: “O mundo como representação, isto é; unicamente do ponto de vista de que o consideramos aqui, tem duas metades essenciais, necessárias e inseparáveis. Uma é o objeto; suas formas são o espaço e o tempo, donde a pluralidade. A outra metade é o sujeto; não se encontra colocada no tempo e no espaço, porque existe inteira e indivisa em todo ser que percebe: daí resulta que um só desses seres junto ao objeto completa o mundo como representação, tão perfeitamente quanto todos os milhões de seres semelhantes que existem: mas, também, se esse ser desaparece, o mundo como representação não mais existe”. Não se pode dizer que essas ideias expressem exatamente o pensamento kantiano, mas, seja como for, Schopenhauer chegou a essas conclusões, partindo do mestre que tanto admirava. Schopenhauer, contudo, separa-se, explicitamente, de Kant em um ponto essencial e, a partir daí, constrói uma filosofia original. Para Kant, a coisa-em-si é inacessível ao conhecimento humano, pois encontra-se além dos limites das estruturas do próprio ato cognitivo, entendido como síntese dos dados da intuição sensível, síntese essa realizada pelas categorias a priori do entendimento. Schopenhauer, ao contrário, pretendeu abordar a própria coisa-em-si. Essa coisa-em-si, raiz metafísica de toda a realidade, seria a Vontade. Segundo o autor de O Mundo como Vontade e Representação, a experiência interna do indivíduo assegura-lhe mais do que o simples fato de ele ser “um objeto entre outros”. A experiência interna também revela ao indivíduo que ele é um ser que se move a si mesmo, um ser ativo cujo comportamento manifesto expressa diretamente sua vontade. Essa consciência interior que cada um possui de si mesmo como vontade seria primitiva e irredutível: A vontade revelar-se-ia imediatamente a todas as pessoas como o em-si e a percepção que as pessoas têm de si mesmas como vontades seria distinta da percepção que as mesmas têm como corpo. Mas isso não significa que Schopenhauer tinha esposado a tese de que as ações corporais e as ações da vontade constituem duas séries de fatos, entendidas as primeiras como causadoras das segundas. Para Schopenhauer, o corpo humano é apenas objetivação da vontade, tal como aparece sob as condições da percepção externa. Em outros termos, o que se quer e o que se faz são uma e a mesma coisa, vistos, porém, de perspectivas diferentes. Da mesma forma como nos homens, a vontade seria o princípio fundamental da natureza. Para Schopenhauer, na queda de uma pedra, no crescimento de uma planta ou no puro comportamento instintivo de um animal afirmam-se tendências, em cuja objetivação se constituem os corpos. Essas diversas tendências não passariam de disfarces sob os quais se oculta uma vontade única, superior, de caráter metafísico e presente igualmente na planta que nasce e cresce, e nas complexas ações humanas. Vontade universal: Essa Vontade que anima o mundo se aproxima da perspectiva contemporânea da física (mecânica quântica), onde as unidades essenciais da realidade não são partículas materiais (átomos), mas quantidades de energia (quanta). A diferença é que Schopenhauer reconhece em todas as expressões a atuação da mesma e única energia, a qual denomina Vontade universal. Enquanto o conhecimento racional pode ser transformado em conceitos (palavras, fórmulas, teorias, etc.) e, consequentemente, ser também transmitido, o conhecimento da vontade interna pode apenas ser sentido de forma imediata. Afinal, cada um sente apenas a própria dor, a própria euforia, apenas seus próprios sentimentos em geral. Sendo assim, estes não podem ser demonstrados com palavras, a não ser por indicação ou aproximação. Repare na dificuldade que temos em falar dos sentimentos, e em como as palavras que os definem sempre parecem ser pouco para quem os sente efetivamente... É a mesma dificuldade que se tem para definir conceitos como o de força, energia, magnetismo, desejo, etc., os quais não podem ser observados, mas apenas intuídos ou sentidos diretamente. A energia elétrica, por exemplo, não pode ser vista. Sua existência só pode ser deduzida a partir de seus efeitos, tais como na visão de uma lâmpada acesa. Entretanto, a forma mais direta de se comprovar a presença da eletricidade em determinado local é tomar um choque. É dessa forma, por analogia, que podemos concluir a existência de uma Vontade atuando sobre todas as coisas. A vontade no ser humano – existência como sofrimento: A existência do homem se concretiza em função de seus desejos. As pessoas sempre querem algo, sempre agem em vista de objetivos, e quando estes são realizados, logo são criados novos objetivos. Mas a satisfação decorrente da realização de um desejo não dura muito, e a ausência de objetivos novos leva ao tédio; o que parece ser pior do que o próprio martírio do querer. Assim a vida se resume neste pêndulo que oscila entre o desejo e o tédio. Quando as pessoas não estão agindo em função de seus objetivos desejados, elas procuram vencer o tédio criando objetivos artificiais e momentâneos. Assim surgem os chamados passatempos, os conhecidos jogos de cartas, hobbies, filmes, e uma infinidade de outras atividades. Em última instância, se olharmos para a existência de qualquer pessoa como um todo, veremos que ela não passa de um grande passatempo até o momento da morte, onde finalmente pode-se deixar de desejar, para repousar tranqüilamente, sem que o tédio volte a incomodar. A filosofia de Schopenhauer é considerada pessimista por essa descrição que apresenta sobre a vida. A partir desta trágica perspectiva, resta algum consolo para nós, meros seres viventes? No sistema de Schopenhauer, a vontade é a raiz metafísica do mundo e da conduta humana; ao mesmo tempo, e a fonte de todos os sofrimentos. Sua filosofia é, assim, profundamente pessimista, pois a vontade é concebida em seu sistema como algo sem nenhuma meta ou finalidade, um querer irracional e inconsciente. Sendo um mal inerente à existência do homem, ela gera a dor, necessária e inevitavelmente, aquilo que se conhece como felicidade seria apenas a interrupção temporária de um processo de infelicidade e somente a lembrança de um sofrimento passado criaria a ilusão de um bem presente. Para Schopenhauer, o prazer é momento fugaz de ausência de dor e não existe satisfação durável. Todo prazer é ponto de partida de novas aspirações, sempre obstadas e sempre em luta por sua realização: “Viver e sofrer”. Mas, apesar de todo seu profundo pessimismo, a filosofia de Schopenhauer aponta algumas vias para a suspensão da dor. Num primeiro momento, o caminho para a supressão da dor encontra-se na contemplação artística. A contemplação desinteressada das idéias seria um ato de intuição artística e permitiria a contemplação da vontade em si mesma, o que, por sua vez, conduziria ao domínio da própria vontade. Na arte, a relação entre a vontade e a representação inverte-se, a inteligência passa a uma posição superior e assiste à história de sua própria vontade; em outros termos, a inteligência deixa de ser atriz para ser espectadora. A atividade artística revelaria as idéias eternas através de diversos graus, passando sucessivamente pela arquitetura, escultura, pintura, poesia lírica, poesia trágica, e, finalmente, pela música. Em Schopenhauer, pela primeira vez na história da filosofia, a música ocupa o primeiro lugar entre todas as artes. Liberta de toda referência específica aos diversos objetos da vontade, a música poderia exprimir a Vontade em sua essência geral e indiferenciada, constituindo um meio capaz de propor a libertação do homem, em face dos diferentes aspectos assumidos pela Vontade. Na verdade, existem três possibilidades que, se não se apresentam como solução definitiva, ao menos podem diminuir o fardo da existência. São elas a arte, a compaixão e a sabedoria de vida (ou o auto-conhecimento). A arte funciona como uma válvula de escape dos desejos pessoais. A contemplação de uma obra permite ao indivíduo esquecer de si mesmo, de seus interesses pessoais, suas preocupações. É como se o contemplador se tornasse parte da obra, tal como acontece nos filmes em que nos sentimos transportados para dentro da história. Essa capacidade de contemplar a arte existe em todas as pessoas. A arte funciona como alívio para as dificuldades, mas só está presente em poucos e curtos momentos da vida. É impossível para qualquer um que não seja autista se manter indeterminadamente no estado de contemplação estética. A libertação proporcionada pela arte, segundo Schopenhauer, não é, contudo, total e completa. A arte significa apenas um distanciamento relativamente passageiro e não a supressão da Vontade. Para que atinja a libertação, é necessário que o homem ascenda ao nível da conduta ética, a qual representa uma etapa superior no processo de superação das "dores do mundo". A ética de Schopenhauer não está, contudo, presa à noção de "dever"; Schopenhauer rejeita as formas imperativas de filosofia que são, para ele, formas de coerção. Sua ética não se apóia em mandamentos, antes na noção de que a percepção da Vontade em todas as coisas, e a compaixão decorrente dessa percepção, é o caminho de acesso à moralidade. Para Schopenhauer, o egoísmo, que faz do homem o inimigo do homem, advém da ilusão de vontades independentes que afirmam seus ímpetos individuais. A superação do egoísmo somente seria possível mediante o conhecimento da natureza única universal da Vontade. Como conseqüência moral do desaparecimento de sua individualidade, o homem pode tornar-se bom; ao espírito de luta contra os semelhantes segue-se o espírito de simpatia. Libertado, pela etapa ética, o homem atinge o princípio que é o fundamento de toda verdade moral: "Não prejudiques pessoa alguma, sê bom com todos". Essa ética da piedade e da comiseração, segundo Schopenhauer, encontrou sua mais acabada expressão nos evangelhos, onde "ama a teu próximo como a ti mesmo" constitui o princípio fundamental da conduta. Mas nem mesmo a ética da piedade possibilitaria ao homem atingir a felicidade última. Para Schopenhauer, a mais completa forma de salvação para o homem somente pode ser encontrada na renúncia quietista ao mundo e a todas as suas solicitações, na mortificação dos instintos, na auto-anulação da vontade e na fuga para o Nada: "...desviemos um instante os olhos de nossa própria indigência e de nosso limitado horizonte; levemo-lo sobre esses homens que venceram o mundo nos quais a vontade, atingindo a perfeita consciência de si, se reconheceu em tudo que existe e livremente renunciou a si mesma... Então, em vez desse tumulto de aspirações sem fim, em vez dessas passagens constantes do desejo ao medo, da alegria ao sofrimento, em vez dessas esperanças sempre inalcançadas e sempre renascentes, que fazem da vida humana, enquanto animada pela vontade, um sonho interrompido, não perceberemos mais do que esta paz, mais preciosa que todos os tesouros da razão, a calma absoluta do espírito, esta serenidade imperturbável, tal como Rafael e Corregio a pintaram nas figuras de seus santos e cujo brilho deve ser para nós a mais completa e verídica anunciação da boa nova: a vontade desapareceu; subsiste apenas o conhecimento". A segunda forma de supressão dos efeitos dos desejos diz respeito então à capacidade que algumas pessoas têm de compreender a própria vontade como essência do mundo, de uma forma não racional e tampouco por analogia, mas sim de forma direta, pelo sentimento da compaixão. Para Schopenhauer, sentir compaixão é reconhecer a vontade atuando em todas as coisas e, sendo assim, reconhecer nelas o mesmo movimento de um eterno querer insaciável. A pessoa que reconhece essa verdade passa a se preocupar com o outro da mesma forma com que se preocupa consigo mesma. Aliás, ela deixa de se preocupar tanto consigo mesma, por ver que seus problemas são insignificantes frente aos demais problemas do mundo. Esta pessoa pode chegar a um estado em que passa a repudiar a própria vontade por ver nela a fonte de todo o sofrimento. Ele então consegue de alguma forma negar sua própria vontade e fazer assim cessar seus desejos, alcançando maior tranquilidade em sua vida. Para o filósofo, trata-se da maneira mais eficaz de se conquistar alguma paz. Entretanto, negar a vontade não é algo que se possa fazer por mera deliberação, mas uma capacidade que se dá a alguém de forma incompreensível e incontrolável. A Eudaimonologia ou, a arte de ser feliz A terceira e última alternativa para uma vida mais feliz, ou menos sofrida, é a única que pode ser exercitada por qualquer pessoa, e no decorrer de toda a vida. Consiste em buscar conhecer o próprio caráter, o que na prática significa aprender a reconhecer as situações que nos agradam e as que nos desagradam, as que se afinam com a nossa vontade e as que a sufocam. Não podemos direcionar nossas vidas com total liberdade de ação, mas podemos evitar nos deparar com coisas e eventos que saibamos atuar contra a nossa constituição. Conhecer o próprio caráter permite ao homem não desejar o que é impossível para si, e buscar coisas que realmente tenham a ver com a sua pessoa. Dessa forma, pode-se evitar muitos sofrimentos e conquistar mais momentos de serenidade (o que mais se aproxima do que possa se chamar felicidade). Esta seria a melhor relação possível entre o querer e o tédio. Evitar desejos irrealizáveis, não esperar muito da vida para não se frustrar, se ater mais à consciência interior sobre a realidade (à forma como se vê o mundo) do que à realidade em si (pois em si mesma ela é sempre sofrimento). Schopenhauer ainda fala sobre diversos temas referentes à vida humana, sempre partindo de sua perspectiva metafísica da Vontade universal, ou seja, entendendo cada problema como uma manifestação dessa força intrínseca. É desta maneira que ele discorre sobre o amor, por exemplo. Para ele, uma expressão da vontade enquanto desejo de manutenção da espécie pela reprodução. O amor é um querer irrealizável pela pessoa amada, e o sexo, a maior expressão de como a satisfação de um desejo realizado é efêmera. Após o ato sexual, ou o indivíduo volta logo a desejar novamente, ou então se sente entediado, saturado de seu (sua) parceiro (a).