AU TO RA L TO ID O PE LA LE I DE DI R EI UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE POR: HELLEN CRISTINA SOARES LOPES DO CU M EN TO PR OT EG REDUÇÃO DAS CRISES DE LOMBALGIA NOS PARTICIPANTES DOS GRUPOS DE ATIVIDADE FÍSICA PROMOVIDOS EM DUAS ESF (EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA). ORIENTADOR: PROFESSORA: MS. MARIA POPPE SETE LAGOAS 2010 2 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE REDUÇÃO DAS CRISES DE LOMBALGIA NOS PARTICIPANTES DOS GRUPOS DE ATIVIDADE FÍSICA PROMOVIDOS EM DUAS ESF (EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA). Apresentação de monografia Universidade Cândido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Saúde da Família. Por: Hellen Cristina Soares Lopes 3 AGRADECIMENTOS Agradeço a DEUS e ao meu irmão pelo apoio e incentivo na realização desta pesquisa. 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus familiares pela ajuda e compreensão em momentos de dificuldade. 5 RESUMO Este trabalho acadêmico descreve sobre as lombalgias crônicas de fundo mecanodegenerativas e o que a atividade física pode trazer de benefício para os portadores da mesma. É abordada a anatomia da coluna vertebral, quais são as suas origens e classificações. Foi aplicado um questionário em dois grupos das ESF operativos de atividade física no município Sete LagoasMG, cujos participantes possuem lombalgia crônica. A análise dos dados dessa pesquisa de campo evidenciou que a atividade física em grupo, além de reduzir a intensidade das dores lombares nos participantes. assíduos, melhorou a consciência dos mesmos quanto aos cuidados posturais nas atividades diárias, desenvolveu a comunicação e a socialização destes e ainda promoveu uma certa interação familiar. 6 METODOLOGIA A metodologia utilizada nesta pesquisa fundamenta-se bibliograficamente em livros estruturais como o dos autores DÂNGELO e FATTINI que permitem o conhecimento sobre o objeto de estudo (a coluna vertebral), avaliatórios como a Cinesioterapia de SILVA e CAMPOS permitindo um embasamento analítico do acometimento de lombalgia no público que serve como fonte de estudo. Este texto leva em consideração também trabalhos científicos relatados em artigos como o dos autores SILVA, FASSA e VALE, cuja análise se refere à uma população específica do sul do Brasil que sofrem de dor lombar mecânica. As definições do problema em questão (lombalgia) será baseado em livro como o de MIRANDA, textos de matérias divulgados na internet como o do autor MEIRELLES que esclarecem os tipos de lombalgia e a partir daí direciona qual será o foco deste trabalho, levando-se em consideração os dados coletados nos grupos, através de um questionário específico sobre este assunto. A pesquisa de campo desenvolvida neste trabalho ocorreu a partir da distribuição de um questionário específico para os dois grupos operativos de coluna, sendo um total de 50 questionários, cuja freqüência de tais participantes configura-se num período mínimo de 6 meses e máximo de 2 anos. Visou-se com este recurso observar e de certa forma mensurar resultados. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................. 8 CAPÍTULO I- ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL.............. 10 CAPÍTULO II- LOMBALGIA ....................................................... 25 CAPÍTULO III- ATIVIDADE FÍSICA E O ASPECTO FÍSICO/PSÍQUICO ........................................................................ 33 CAPÍTULO IV- RESULTADOS OBTIDOS A PARTIR DA PESQUISA DE CAMPO ................................................................ 37 CONCLUSÃO ................................................................................ 42 ANEXO .......................................................................................... 43 BIBLIOGRAFIA ............................................................................. 45 ÍNDICE .......................................................................................... 47 ÍNDICE DE FIGURAS .................................................................... 49 FOLHA DE AVALIAÇÃO .............................................................. 50 8 INTRODUÇÃO Este trabalho monográfico visa abordar um tema que acomete a população de modo geral e procura através da realização de grupo operativo de atividade física minimizar dores lombares. Portanto o tema consiste na redução das crises de lombalgia através da prática regular de atividade física voltada para os participantes que sofrem de lombalgia crônica. A questão central deste trabalho consiste em detectar se a atividade física reduz as crises de dor lombar e de sua intensidade nos participantes do grupo operativo para tal fim e se os mesmos ficaram mais conscientes quanto aos cuidados posturais, diante das atividades diárias; cujo objetivo seria a minimização das crises de lombalgia. O assunto aqui abordado é de extrema importância para a população de modo geral, pois a lombalgia corresponde a um problema de saúde pública, onde em média cerca de 65% a 80% da população mundial desenvolverá lombalgia em algum momento de sua vida. Por conseqüência a busca de alternativas para evitá-la ou minimizá-la faz-se necessário. E uma atitude simples, objetiva e regular como a atividade física pode trazer grandes resultados na saúde do indivíduo que tem esta consciência. Para tanto esta pesquisa tem por objetivo analisar dois grupos operativos de atividade física voltados para pacientes que apresentam lombalgia crônica no Município de Sete Lagoas-MG e que fazem parte do mesmo por um período mínimo de 6 meses e máximo 2 anos, onde todos responderam a um questionário específico, visando constatar se melhorou a conscientização dos mesmos quanto aos cuidados posturais diários; se efetivamente as dores diminuíram nos quesitos intensidade e freqüência e também identificar quais as razões que fizeram estes indivíduos desenvolverem quadros de lombalgia. Portanto este trabalho traz no primeiro capítulo a descrição das estruturas que compõe a coluna vertebral (ossos, ligamentos e músculos), 9 visando familiarizar o leitor ao assunto que será abordado. No segundo capítulo objetivou-se definir e classificar os tipos de lombalgia e especificar a do tipo mecânica e degenerativa, a qual será focado neste trabalho, pois estas características estão de acordo com o perfil traçado pelos integrantes dos grupos operativos e também por este tipo ser o mais comum para desenvolver o quadro de lombalgia. O terceiro capítulo vislumbrou analisar o fator emocional/psíquico observado a partir dos benefícios relatados pelos praticantes assíduos de atividade física, quanto a seu estado geral de saúde, incluindo-se neste capítulo a questão do apoio familiar no enfrentamento da lombalgia no dia a dia. O quarto e último capítulo demonstra os resultados obtidos e mensurados a partir de um questionário aplicado aos integrantes dos grupos de atividade física voltados para lombalgia crônica; a fim de detectar os benefícios adquiridos pelos mesmos, direta ou indiretamente relacionados ao problema de coluna em questão. 10 CAPÍTULO I 1. Anatomia da coluna vertebral A coluna vertebral é o eixo ósseo do corpo e ela aloja em seu interior a medula espinhal. Ao mesmo tempo que promove a sustentação e a flexibilidade do tronco, serve também como suporte da cabeça. Sua função é suportar o peso e transmiti-lo para o quadril. A coluna constitui-se de 33 vértebras (sete cervicais, doze torácicas, cinco lombares, cinco sacrais e quatro coccígeas), posicionadas uma sobre as outras, localizadas da região nucal até a pelve e apresentando discos intervertebrais entre elas, permitindo o amortecimento e a mobilidade da coluna. As vértebras dispõem-se através do eixo longitudinal, cujas curvaturas apresentam-se no sentido antero-posterior, essenciais para a manutenção do equilíbrio e da postura ereta. As curvaturas referentes a região cervical e lombar são côncavas posteriormente e das regiões torácica e sacral são anteriores. Neste trabalho focaremos nossa atenção na região lombar. “As articulações entre as vértebras fazem-se ao nível dos corpos vertebrais, através do disco intervertebral, e entre os processos articulares dos arcos vertebrais. Ligamentos e músculos são auxiliares na manutenção do alinhamento das vértebras”. (DÂNGELO & FATTINI, pág. 380-381, 1997). 11 Figura 1: Curvaturas da coluna vertebral (FONTE: Coluna Vertebral – MIRANDA, Edalton). 12 1.1. Características das vértebras lombares As vértebras lombares são as mais volumosas da coluna vertebral e seus processos espinhosos são curtos e quadriláteros. Figura 2: Vértebra lombar típica (FONTE: Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar – DÂNGELO & FATTINI). 1.1.1. Junturas dos corpos vertebrais Os discos intervertebrais posicionam-se entre as vértebras, promovendo a união, alinhamento e certa mobilidade entre elas. Os discos são constituídos de fibrocartilagem o que permite aos mesmos absorverem as forças de tração muscular, gravidade e cargas. No centro destes discos existem um núcleo pulposo (mais cartilaginoso que fibroso), responsável por amortecer os choques de compressão que podem ocorrer na coluna. 13 1.1.2. Músculos que agem sobre a coluna vertebral A seguir descreveremos os músculos que interagem sobre a coluna vertebral. “... os músculos da coluna têm pouca participação na manutenção da atitude ereta, atuando mais nos deslocamentos do tronco”. (DANGELO e FATTINI, pág. 387-1997) 1.1.2.1. Músculos pós-vertebrais profundos A) Músculos interespinhal – unem os processos espinhosos das regiões cervical e lombar. B) Músculos intertransversais – unem os processos transversos adjacentes. Figura 3: Músculos pós-vertebrais profundos (FONTE: Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar – DÂNGELO & FATTINI). 14 C) Músculos rotadores: são músculos que se originam nos processos transversos e se dirigem medial e superiormente para se fixarem na lâmina da (s) vértebra (s) suprajacente (s) (rotadores curtos e longos). Existem nas três regiões da coluna. Figura 4: Músculos pós-vertebrais profundos (FONTE: Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar – DÂNGELO & FATTINI). Acredita-se que os movimentos realizados por estes músculos sejam de pequena amplitude e que portanto, eles estejam mais envolvidos com a manutenção do alinhamento das vértebras adjacentes. 1.1.2.2. Músculos pós-vertebrais intermédios Músculo multífido: é mais espesso na região lombar e termina na região cervical. Este músculo se origina do sacro e de todos os processos 15 transversos, dirigindo-se cranial e medialmente para se inserirem nas laterais dos processos espinhosos de todas as vértebras, de L5 até o áxis. Este músculo é o principal rotador do tronco. 1.1.2.3. Músculos pós-vertebrais superficiais São a camada mais lateral e superficial dos músculos pós-vertebrais longos (complexo sacro-espinhal) ou eretor da espinha – este conjunto de músculos é o principal extensor da coluna vertebral. Figura 5: Músculos pós-vertebrais superficiais (FONTE: Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar – DÂNGELO & FATTINI). 1.1.2.4. Músculos pré-vertebrais O abdome não tem proteção óssea. A única parte do esqueleto situada nesta região está representada pelas cinco vértebras lombares e pelos discos interpostos aos corpos destas vértebras. 16 A proteção para os órgãos situados na cavidade abdominal depende da musculatura da parede abdominal que, além desta função, colabora com os músculos do dorso nos movimentos do tronco e na manutenção da posição ereta. 1.1.2.4.1. Músculos anterolaterais do abdome A) Oblíquo externo origina das oito últimas costelas e vai inserir-se nas fibras posteriores e inferiores na crista ilíaca. B) Oblíquo interno origina-se na aponeurose toracolombar (membrana resistente e ampla que se fixa à coluna lombar), fixando-se na bainha do reto. Estes músculos atuam juntamente com os músculos do dorso para produzir a rotação do tronco. C) Transverso do abdome origina-se nas seis últimas cartilagens costais, aponeurose toracolombar e crista ilíaca e direciona-se a bainha do reto. 17 Figura 6: Músculos da parede anterolateral do abdome (FONTE: Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar – DÂNGELO & FATTINI). 1.1.2.4.2. Músculos do plano mediano da parede do abdome A) Reto do abdome origina-se do processo xifóide do esterno e vai até a sínfise púbica. Tendo como função principal executar a flexão do tronco, auxiliado pelos músculos oblíquos. B) Piramidal origina-se no corpo do púbis e insere-se na parte inferior da linha alva. 18 1.1.2.5. Parede abdominal posterior Figura 7: Músculos da parede posterior do abdome (FONTE: Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar – DÂNGELO & FATTINI). Faz parte desta região as cinco vértebras lombares, os músculos psoas maior e ilíaco (ilíopsoas) e quadrado lombar. A) Músculo ilíopsoas – na verdade são dois músculos (psoas maior e o ilíaco). A.1) Psoas maior - sai lateralmente dos discos e vértebras T12 a L4 e insere-se no trocânter menor da coxa. A.2) Ilíaco – sai da parte superior da fossa ilíaca do quadril e vai em direção ao trocânter menor da coxa. A ação conjugada deste músculo, quando a coxa está fixa é fletir o tronco sobre a coxa e o psoas maior participa também na flexão lateral do tronco. B) Músculo Quadrado Lombar – sai da crista ilíaca e insere-se na 12º costela e processos transversos. Auxilia na flexão lateral do tronco. 19 1.1.3. Movimentos da coluna vertebral A coluna vertebral permite os movimentos de flexão (curva-se anteriormente), extensão (arquear-se posteriormente), flexão lateral (inclinar-se para direita ou esquerda) e rotação (girar o tronco). Figura 8: Amplitudes globais da coluna (FONTE: Coluna Vertebral – MIRANDA, Edalton). 20 Na região lombar especificamente os movimentos de flexão e extensão são mais amplos, principalmente na junção lombossacral. A flexão lateral é máxima no segmento lombar da coluna e no movimento de rotação a mobilidade lombar é mínima. 1.1.4. Ligamentos da coluna Os ligamentos promovem a estabilidade articular onde ao mesmo tempo que permite o acoplamento e interação articular, promovem a delimitação da amplitude do movimento juntamente com a musculatura envolvida, protegendo assim a articulação e dando suporte ao movimento que será executado. A) LIGAMENTO LONGITUDINAL ANTERIOR Posiciona-se anteriormente a coluna vertebral, fixando-se desde a 1º vértebra cervical até a base do sacro. Representa-se como uma barreira ligamentar para os movimentos de extensão da coluna. Este ligamento adere-se aos corpos vertebrais e aos discos fibrocartilaginosos anteriormente e tem o papel predominante de restringir e limitar a hiperextensão. 21 Figura 9: Ligamento longitudinal anterior – vista anterior (FONTE: Coluna Vertebral – MIRANDA, Edalton). B) LIGAMENTO LONGITUDINAL POSTERIOR Distribui-se posteriormente aos corpos vertebrais e discos intervertebrais estendendo-se do osso occipital até o sacro, caracterizando-se como uma barreira ligamentar acessória para a flexão da coluna. 22 Figura 10: Ligamento longitudinal posterior (FONTE: Coluna Vertebral – MIRANDA, Edalton). Este menos ligamento forte ligamento que é o longitudinal anterior. 1.1.4.1. Ligamentos Acessórios A) Ligamentos supra-espinhosos: são ligamentos que distribuem-se nas extremidades dos processos espinhosos. B) Ligamentos intertransversais: estes ligamentos distribuem-se entre os processos transversos das vértebras adjacentes nas regiões torácica e lombar. Funcionam como barreira aos movimentos de inclinação lateral e rotação. C) Ligamentos interespinhosos: estes ligamentos são encontrados entre os processos espinhosos adjacentes. D) Ligamentos amarelos (flavos): distribuem-se entre as lâminas vertebrais e tem como característica serem resistentes e elásticos e tem por função proteger o canal vertebral da invasão de algum tecido, nos movimentos de flexão. 23 Figura 11: Ligamentos acessórios (FONTE: Coluna Vertebral – MIRANDA, Edalton). 1.1.5. Funções da coluna vertebral Como já foi descrito anteriormente a coluna vertebral é o eixo de sustentação do corpo e é ao mesmo tempo responsável pela rigidez e elasticidade do tronco. Tem por função proteger o sistema nervoso (medula espinhal), realizar movimentos devido à disposição dos discos intervertebrais e das vértebras; sustentar a cabeça, tronco e membros superiores e ainda serve como ponto de apoio para a maioria das vísceras toracoabdominais. 24 Portanto, a partir da compreensão de como se estrutura a coluna vertebral ficará mais fácil entender o que é lombalgia. 25 CAPÍTULO II 2. Lombalgia A lombalgia constitui-se como um problema de saúde pública e sabe-se que em média de 65% a 80% da população mundial desenvolverá lombalgia em algum momento de sua vida. As dores crônicas na região lombar geram uma limitação de atividade e representam até a terceira razão mais freqüente de incapacidade para o trabalho em pessoas entre 45 e 65 anos de idade. (MIRANDA, Edalton, pág. 245 – 2007). As principais causas de dor lombar são os fatores biomecânicos, representados pelas causas mecânicas e posturais. “As mulheres são, em geral, mais acometidas que os homens e sua incidência se inicia na segunda década, com aumento na quinta década de vida.” (MEIRELLES , pág 1, 2000 – 19/06/10) 2.1. Definição Segundo o Major e Médico ortopedista Dr. José 2007, a lombalgia se define como uma dor que se localiza na região inferior da coluna, em área situada entre o último arco costal e a prega glútea. Esta dor pode se 26 concentrar na região lombar e/ou irradiar-se para uma ou ambas as nádegas ou para as pernas no trajeto do nervo ciático. 2.2. Funções mecânicas da coluna vertebral § Eixo de suporte do corpo; § Eixo de movimentação do corpo; § Transfere o peso e o movimento de flexão da cabeça e do tronco para o quadril. As curvas da coluna permitem que a mesma aumente a flexibilidade e a capacidade de amortecer os choques, enquanto mantém a tensão e estabilidade adequada das articulações intervertebrais. 2.3. Fatores de risco para desenvolver lombalgias A) Lombalgias ocupacionais (relacionadas ao trabalho): Dores na região lombar provocadas pelo tipo de trabalho executado, como aqueles que exigem do trabalhador movimentos repetitivos do tronco flexão/extensão, carregar/empurrar pesos de forma exagerado. Exemplos: trabalhos braçais, construção, serviços domésticos, etc. 27 A postura incorreta do trabalhador ao executar suas tarefas favorece o aparecimento das dores na região lombar. Como por exemplo os motoristas de ônibus, dentistas, cirurgiões, operadores de máquinas, etc. B) Fatores relacionados ao aspecto físico e a saúde em geral: § Sedentarismo; § Acidentes e quedas que promovam distensões e/ou espasmos musculares; § Aumento dos eixos normais da coluna vertebral sobrecarregando a região. Ex: hiperlordose lombar; § A obesidade aumenta a pressão sobre as estruturas relacionadas com a coluna como: os nervos, as articulações e os discos intervertebrais e além disto deixa os músculos abdominais flácidos, diminuindo assim a estabilidade anterior da coluna. C) Fatores emocionais O stress, as tensões emocionais, insatisfações no trabalho, problemas econômicos entre outros, podem fazer com que o indivíduo projete para o seu próprio corpo o reflexo de suas ansiedades e frustrações vividas gerando dores localizadas. “Os principais fatores responsáveis pela cronicidade das dores lombares são os problemas psicológicos, baixo nível de escolaridade, trabalho pesado ou em posição sentada, levantar grandes quantidades de peso, sedentarismo, acidentes de trabalho, horas excessivas de trabalho, gravidez e tabagismo.” (CABRAL- 2010 – 08/06/10) 28 2.4. Tipos de Lombalgias A) De origem mecanoposturais As dores cuja origem são mecânicas ou posturais costumam piorar com os movimentos, atividades e esforço físico e melhoram com o repouso. A dor pode ser discogênica1 (compartimento anterior), dor facetária2 (compartimento posterior e dor predominantemente ciática). A dor discogênica é a mais comum, sendo sua incidência maior entre 30 e 50 anos. Sua etiologia está relacionada à desidratação e a degeneração do disco intervertebral, principalmente entre L4/L5 e L5/S1. A dor facetária ocorre em indivíduos mais velhos com processo artrósico3 das articulações vertebrais. Ocorrendo desgaste das cartilagens articulares desencadeando dor articular que piora diante da extensão do tronco e piora na posição sentada. Nos casos de hérnia de disco, a dor poderá se instalar no trajeto do nervo ciático devido à compressão nervosa. B) Lombalgia Orgânica Dores na região lombar desencadeadas por: 1 § Tumores da medula espinhal, ósseas que geram compressão; § Alterações ósseas sistêmicas como a osteoporose; § Anomalias congênitas: espondilólise e espondilolestese4; § Degeneração da coluna (osteoartrose). Degeneração do disco intervertebral. Região coberta por cartilagem. 3 Desgaste articular. 4 Escorregamento para frente de um segmento vertebral superior sobre um inferior da coluna lombar. 2 29 2.5. Classificação etiológica das lombalgias A) Mecânicas A.1) Malformações congênitas: vértebras de transição lombar ou sacral, hemivértebra, espinha bífida, fusões vertebrais5, escoliose, estenose de canal vertebral6, espondilolistese , etc. A.2) Deformidades adquiridas: escoliose, hiperlordose do ângulo lombossacro, estenose do canal vertebral, defeito postural por hipotonia muscular, espondilólise7 e espondilolistese. A.3) Traumática: entorse ou distensão das partes moles, fratura de compressão vertebral, subluxação articular, espondilólise e espondilolistese. B) Degenerativas: Osteoartrose, discartrose, hérnia de disco, síndrome de compressão medular ou radicular, etc. C) Inflamatória: Espondilite Anquilosante8, artrite reumatóide, artrites reativas, interoartroplastias, etc. D) Neoplásicas: neurinoma, hemagioma, osteoblastoma, doença de Paget9, leucemia, linfoma, carcinoma metastático de mama, próstata, pulmão, rim, tireóide e trato digestivo. E) Metabólicas: Osteoporose, osteomalácia, osteodistrofia renal , doença de Paget, hiperparatireoidismo, hipercortisonismo. F) Infecciosas: tuberculose, brucelose, salmonelose, síndrome de Grizel. G) Miofasciais: fibromialgia ou dor mofascial. H) Psíquicas: neuroses histéricas, depressivas, astênicas hipocondríacas. 5 Vértebras “coladas”. Estreitamento do espaço (canal). 7 Mal formação vertebral em sua região articular, favorecendo a espondilolistese. 8 Tipo de inflamação que afeta os tecidos conectivos. Acomete a coluna e não possui cura. 9 Distúrbio crônico no esqueleto onde áreas de ossos apresentam crescimento anormal, tornando-os mais frágeis. Sua causa é desconhecida. 6 ou 30 I) Viscerais: Pielonefrite, pancreatite, aneurisma da aorta abdominal, endometriose, tensão pré-menstrual, prolapso ou retroversão uterina, etc. “Na distribuição aproximada das causas de lombalgias, verifica-se que as patologias degenerativas são responsáveis por cerca de 45% do total, as alterações mecânicas por cerca de 25%, as desordens metabólicas por cerca de 10%, os transtornos miofasciais e psíquicos por cerca de 10%, as patologias inflamatórias e as causas viscerais por cerca de 4% cada e, por fim, as causas infecciosas e neoplásicas por cerca de 1% cada.” (MEIRELLES p.3, 2000 – 19/06/10) Obs.: Este trabalho focaliza-se na lombalgia em seu aspecto mecanodegenerativo, uma vez que são as formas prevalentes e que estão mais de acordo com o desenvolvimento deste conteúdo. 2.6. Descrição das fases da lombalgia A) Quanto aos episódios de aparecimento: § Dor lombar aguda: dor cujo ataque é recente, intenso e repentino; § Dor lombar temporária: dor presente por no máximo 90 dias consecutivos e sem reincidência por 12 meses; § Dor na coluna reincidente: dor presente em menos da metade dos dias, num período de 12 meses e em episódios múltiplos ocorridos durante o ano; 31 § Dor lombar crônica: dor presente num período mínimo de 12 meses, em episódios múltiplos ou único. B) Quanto à intensidade e duração da dor: § Dor aguda: ataque imediato, com duração de 0 a 3 meses; § Dor subaguda: ataque lento, com duração de 0 a 3 meses; § Dor crônica: a duração é mais longa que 3 meses, independente do ataque. 2.7. Diagnóstico Exame clínico médico incluindo testes físicos (posições e movimentos) associado a exames como Raio X, Tomografia Computadorizada (solicitada em casos especiais para se ter maior precisão do problema) e Ressonância Magnética ( visualiza todas as estruturas com maior detalhes). 2.8. Tratamento da lombalgia A) Fase Aguda Visa-se nesta fase o alívio da dor com o uso de medicamentos, cuja propriedade será analgésica, antiinflamatória e relaxante muscular associado ao repouso nas primeiras 48 a 72 horas. Após diminuição da dor recomenda-se realizar sessões de fisioterapia prescritas pelo médico, podendo utilizar-se de recursos térmicos, 32 eletroterápicos e a médio e longo prazo exercícios e orientações posturais diárias para o paciente. B) Fase Crônica Alongamento, cuidados posturais e exercícios físicos regulares. O que é feito nos grupos operativos de atividade física das ESF estudadas neste trabalho. 33 CAPÍTULO III 3. Atividade física e o aspecto físico/psíquico Este capítulo enfatizará o aspecto emocional dos participantes dos grupos de modo geral, diante da realização da atividade física de forma assídua. 3.1. Atividade física em grupo e o estado emocional A prática regular de atividade física ajuda a melhorar o estado psíquico, o humor e o nível de tolerância à dor. Isto se justifica da seguinte forma: durante a atividade, o organismo do indivíduo libera alguns hormônios como as endorfinas que promovem a sensação de bem estar e funcionam como um estimulante natural. Mas este mecanismo será desencadeado, toda vez que o indivíduo realiza os exercícios, por um período mínimo de 15 minutos a 40 minutos, dependendo da atividade exercida e de sua intensidade. Durante a atividade física a serotonina pode ser produzida e esta substância está intimamente relacionada aos transtornos afetivos e de humor, o que, portanto ocorre com a pessoa que possue o hábito de realizar exercícios físicos é a elevação desta substância no cérebro, proporcionando sensação de bem-estar e bom humor. Segundo a psicóloga Mara Pusch 2009 as emoções precisam ser vividas e sentidas para poder participar do desenvolvimento global do indivíduo e isso dependerá de um ambiente positivo estabelecido pelo social. Portanto as atividades físicas em grupo oferecem aos mesmos uma relação com o 34 mundo pela ação e pelo movimento e é encarado por eles também como um momento de lazer, gerando integração entre os participantes facilitando o mecanismo de comunicação e desenvolvimento do corpo e da mente que se reflete no seu dia-a-dia e também na sua interação familiar. 3.2. Atividade física e o envelhecimento A atividade física regular é associada a um envelhecimento saudável, pois observa-se: “... um retardamento do declínio normal associado ao envelhecimento, de um agravamento mais lento das doenças associadas à idade e da possibilidade de recuperação de certas disfuncionalidades, uma vez instaladas.” (OKUMA, pág. 10, 1998 – 19/06/10). A prática do exercício físico regular traz benefícios também para as capacidades cognitivas e psicossociais do indivíduo. Nota-se a presença de sentimentos como bem-estar psicológico representados nas formas de satisfação, felicidade e envolvimento do praticante. “Sabe-se que pessoas que estão seguras de que dispõem das competências necessárias para um adequado funcionamento intelectual, físico, afetivo e social, ou seja, que se sentem eficazes, são beneficiadas no que tange à auto estima e aos motivos de realização.” (OKUMA, pág. 11, 1998 – 10/06/10). 35 Quando as pessoas se sentem mais satisfeitas com sua resposta física, tendem a buscar mais controle, mas satisfação e mais envolvimento com o ambiente e as pessoas que ali convivem e também lidam melhor com as mudanças que ocorrem através do processo natural do envelhecimento. A pesquisadora Okuma ao acompanhar um grupo de atividade física de idosos observou que as pessoas se sentiam diferentes consigo mesmas, com o outro e com a vida. Melhoraram a disposição, a comunicação dentro e fora da família e os mantiveram independentes física e mentalmente das outras pessoas. A interação no grupo demonstrou ser muito produtiva e positiva. É fato que a capacidade cardiovascular, massa muscular, força muscular, flexibilidade e capacidade funcional declinam com o avançar da idade e com o sedentarismo. Mas o exercício físico é essencial para a manutenção das funções do aparelho locomotor, sendo o principal responsável pelo desempenho das atividades de vida diária e pela independência e autonomia do idoso, mesmo na presença de doenças. 3.3. Lombalgia e a relação familiar Segundo Helman (2000) citado no artigo das autoras POLIZZELLI e LEITE (2010 p.410), a dor é mais do que um processo neurofisiológico, pois existem os fatores sociais, psicológicos e culturais que devem ser considerados, onde nem todo o grupo social reage à dor da mesma forma. A cultura exercerá grande influência na maneira como as pessoas percebem e reagem à dor em si mesmas ou em outras pessoas. Diante da alta incidência de lombalgia na população ativa, a sociedade possue a tendência de banalizar tal dor considerando a mesma como algo “normal” de se sentir, o que influência na forma como as pessoas lidam com tal 36 problema. Alguns tentam ignorá-la, outras procuram assistência, seja ela profissional ou a informal baseada nas experiências de familiares, amigos ou vizinhos. A dor lombar gera na pessoa que a sente incômodo, irritação, chateamento, provoca sofrimento, produz insegurança para realização de qualquer tarefa e influência em seus relacionamentos diários, principalmente familiares. Portanto o auxílio e as adaptações das atividades diárias precisam ser empregadas e o apoio familiar faz-se necessário para que este processo ocorra de forma mais tranqüila e consciente. 37 CAPÍTULO IV 4. Resultados obtidos a partir da pesquisa de campo 4.1. Perfil dos participantes Esta pesquisa de campo baseou-se nas respostas do questionário sobre lombalgia, aplicadas no mês de Junho/2010, adquiridas por 50 participantes dos grupos de atividade física, sendo 20 pessoas de uma ESF e 30 pessoas da outra ESF. Deste total quatro são homens e 46 mulheres, prevalecendo sobre estes a seguinte características: 68% dedicaram-se à serviços domésticos, 16% à serviços pesados ao longo de suas vidas, 8% são costureiras e 8% são cozinheiras. A idade dos participantes varia de 34 até 78 anos. Perfil dos participantes 8% Homens Mulheres 92% Gráfico 1: Distribuição dos participantes por sexo. 38 Perfil ocupacional dos participantes 8% 8% Serviços domésticos 16% Serviços pesados 68% Costureiras Cozinheiras Gráfico 2: Ocupação dos participantes como fator de causa da lombalgia. 4.2. Descrição da dor lombar (intensidade) Segundo os dados colhidos 42% apresentam dor lombar leve, 44% moderada e 4% dor intensa (após participarem do grupo). Antes de participarem do grupo a intensidade era distribuída da seguinte forma: Dor lombar leve 10%, moderada 20% e intensa 58%. 39 70 58 60 50 44 42 40 30 20 20 10 Antes Depois 10 12 10 4 0 0 0 Sem dor Leve Moderado Intenso Dor insuportável Gráfico 3: Intensidade da dor lombar antes e depois de participar do grupo. 4.3. Conscientização postural Quanto aos cuidados diários posturais diante das tarefas corriqueiras, todas relataram estar mais conscientes no quesito posicionamento e como manter a própria postura diante de suas atividades diárias. 4.4. Benefícios extras à questão lombar Este item foi distribuído na forma de pontos, visto que nesta questão poderia marcar mais de uma opção e assim distribuiu-se: § Melhorou seu estado de saúde: 42 pontos; § Melhorou auto-estima/ humor: 38 pontos; § Trouxe-lhe bem estar: 37 pontos; 40 § Melhorou disposição: 33 pontos; § Melhorou sua relação familiar: 18 pontos. Pontuação 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Melhorou sua relação familiar Melhorou disposição Trouxe-lhe bem estar Melhorou autoestima/humor Melhorou seu estado de saúde Pontuação Gráfico 4: Benefícios extras à questão lombar. 4.5. Relatos individuais quantos a importância do grupo Quanto a única pergunta aberta do questionário obtivemos as seguintes respostas: § Reduziu ansiedade; § Adquiriu-se mais disposição para as tarefas diárias; § Conscientização sobre as doenças e de como evitá-las e/ou tratá-las; § Interatividade, novas amizades, trocas de experiência; § Momento de dedicar a si mesmo (auto-cuidado); 41 § Suporte, apoio, troca; § Dar condição e consciência de como se cuidar e poder trabalhar; § Minimiza as dores corporais. Diante dos dados colhidos nesta pesquisa, nota-se que os resultados foram bem positivos com relação a diminuição das dores lombares e do nível de conscientização dos participantes ao lidar com esta patologia crônica. O questionário aplicado no grupo está reproduzido na seção “Anexo” deste trabalho. 42 CONCLUSÃO Através do desenvolvimento deste trabalho pôde-se constatar que a realização de atividade física regular e em grupo para pessoas que possuem lombalgia crônica é extremamente benéfico, pois reduz tanto a intensidade da dor, quanto a frequência das crises de lombalgia. Este tipo de atividade, além destes benefícios já citados trazem outras vantagens aos participantes, como a questão da conscientização do seu problema de saúde, de como lidar diante de tal situação e atua também no aspecto emocional do indivíduo que acaba por interferir nas suas tarefas e relacionamentos familiares, tornando imprescindível o apoio destes para a pessoa que apresenta lombalgia crônica. No decorrer do processo desta pesquisa notou-se a dificuldade de encontrar materiais que se aprofundassem no aspecto psíquico/emocional do indivíduo que possue lombalgia crônica com relação a interação familiar, ficando assim como sugestão para novas pesquisas, já que o que mobiliza o ser humano é a busca incessante pelo domínio do saber. 43 ANEXO QUESTIONÁRIO Nome:__________________________________________. DN: __________ End: _______________________________________ . Sexo: _____________ Profissão: _______________________ Data da pesquisa: ___/____/______ Tempo que faz parte do grupo: ____________ Patologia: _________________________________. 1) Ocasião que sentiu a primeira crise de lombalgia: ( ) há 6 meses ( ) há 1 ano ( ) há 2 anos ( ) há 4 anos ou mais 2) Intensidade da dor no período de crise lombar em escala-Marque com X: Antes de participar do grupo Depois de freqüentar o grupo Sem_______________________ Pior Dor Leve Moderada Intensa Dor Sem_______________________ Pior Dor Leve Moderada Intensa Dor 3) Qual a posição que mais fica durante o dia? ( ) Pé ( ) Deitado ( ) Sentado 4) Que palavras você usaria para descrever a sua dor lombar, atualmente? ( ) Contínua (constante) ( ) Rítmica (periódica) ( ) Breve (momentânea) 5) Você acha que sua dor lombar, a medida que vem participando no grupo evoluiu de que forma: ( ) Piorando ( ) Estabilizando ( ) Melhorando 6) Sua dor lombar começou como resultado de: ( ) Serviços domésticos ( ) Serviços profissionais ( ) Serviços pesados ( ) Serviços domésticos + profissionais ( ) Presença de alteração na coluna. 44 7) Qual é a posição que você dorme? ( ) Prono (bruços) ( ) Supino (barriga p/ cima) ( ) De lado 8) Marque uma ou mais opções quanto ao seguinte quesito – a sua participação no grupo lhe trouxe algum destes benefícios: ( ) Melhorou sua disposição ( ) Melhorou a sua autoestima/humor ( ) Melhorou sua relação familiar ( )Trouxe-lhe bem-estar ( ) Melhorou seu estado de saúde. 9) Você está mais cuidadoso(a) no dia-a-dia com relação à sua postura? ( )Sim ( ) Não 10) Conversa sobre este assunto (dor lombar) com os integrantes de sua família? ( ) Sim ( ) Não 11) O uso de medicamentos para alívio de sua dor lombar, após frequentar o grupo: ( ) Diminuiu ( ) Manteve a mesma quantidade ( ) Aumentou 12) Após sua participação assídua no grupo sua qualidade de sono: ( ) Melhorou ( ) Piorou ( ) Não alterou em nada 13) Qual é a importância deste grupo em sua vida? _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ Autorizo a utilização das respostas dadas por mim neste questionário para fins de pesquisa científica. Assinatura: _______________________________. 45 BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, Isabela Costa Guerra Barreto; SÁ, Kátia Nunes; SILVA, Marlene et all. Artigo: Prevalência de dor lombar crônica na população da cidade de Salvador – revista Brasileira de Ortopedia – volume 43 – nº 3 .São Paulo. Março 2008. CABRAL, Gilberto Trindade. Lombalgia crônica: um problema de saúde pública. Fonte:www.acessmed.com.br . Acesso em 08/06/10. DÂNGELO, José Geraldo e FATTINI, Carlo Américo – Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar – 2º edição – Belo Horizonte – 1997. FERREIRA, Mariana Simões e NAVEGA, Marcelo Tavella. Artigo: Efeitos de um programa de orientação para adultos com lombalgia. Acta Ortopédica Brasileira. Volume 18. nº3. São Paulo – 2010. Fonte: http:// www.scielo.br . Acesso em:03/07/10. MARCELLO, André Ricardo. Texto: A dor na coluna lombar ou lombalgia. Fonte: www.acak.com.br/saude/colunalombar.htm. Acesso em: 30/03/10. MEIRELLES, Eduardo de Souza. Lombalgia. Revista Brasileira de Medicina. Edição Outubro 2000. volume 57. nº 10. fonte: www.cibersaude.com.br/revista . Acesso em: 19/06/10. MIRANDA, Edalton. Coluna vertebral – Editora Sprint – São Paulo – 2002. OKUMA, Silene Sumire. O idoso e a atividade física: fundamentos e pesquisa – 4º edição- Editora: Papirus – Campinas –SP – 1998. Fonte: http://books.google.com.br/books . Acesso em: 19/06/10. POLIZELLI, Karine Muniz; LEITE, Silvana Nair. Artigo: Quem sente é a gente, mas é preciso revelar: a lombalgia na vida das trabalhadoras do setor têxtil de Blumenau - Santa Catarina. Fonte:http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v19n2/16.pdf . Acesso em: 17/07/10. PUSCH, Mara. Texto: Atividade física em família. http://esmaltenope.blogspot.com/2009/06/atividade.fisica.em.familia.html Acesso em: 24/06/10. Fonte: . 46 SILVA, Marcelo cozzensa; FASSA, Ana Claudia Gastal; VALLE, Neiva Cristina Jorge. Artigo: Dor lombar crônica em uma população adulta do sul do Brasil: Prevalência e fatores associados. Fonte:www.scielo.br/pdf/csp/v20n2/05pdf .Acesso em: 03/03/10. SILVA, Rafael Duarte e CAMPOS, Vinícius Castro. Cinesioterapia – Fundamentos Teóricos para Prática – Coopmed. Editora Médica – São Paulo – 2003. 47 ÍNDICE INTRODUÇÃO ................................................................................ 8 CAPÍTULO I .................................................................................. 10 1. Anatomia da coluna vertebral ................................................................ 10 1.1. Características das vértebras lombares ......................................... 12 1.1.1. Junturas dos corpos vertebrais ............................................... 12 1.1.2. Músculos que agem sobre a coluna vertebral ......................... 13 1.1.2.1. Músculos pós-vertebrais profundos.................................... 13 1.1.2.2. Músculos pós-vertebrais intermédios ................................. 14 1.1.2.3. Músculos pós-vertebrais superficiais.................................. 15 1.1.2.4. Músculos pré-vertebrais ..................................................... 15 1.1.2.4.1. Músculos anterolaterais do abdome ............................ 16 1.1.2.4.2. Músculos do plano mediano da parede do abdome .... 17 1.1.2.5. Parede abdominal posterior ............................................... 18 1.1.3. Movimentos da coluna vertebral ............................................. 19 1.1.4. Ligamentos da coluna ............................................................. 20 1.1.4.1. Ligamentos Acessórios ...................................................... 22 1.1.5. Funções da coluna vertebral ................................................... 23 CAPÍTULO II ................................................................................. 25 2. Lombalgia .............................................................................................. 25 2.1. Definição ........................................................................................ 25 2.2. Funções mecânicas da coluna vertebral ........................................ 26 2.3. Fatores de risco para desenvolver lombalgias ............................... 26 2.4. Tipos de Lombalgias ...................................................................... 28 2.5. Classificação etiológica das lombalgias ......................................... 29 2.6. Descrição das fases da lombalgia .................................................. 30 2.7. Diagnóstico .................................................................................... 31 2.8. Tratamento da lombalgia ................................................................ 31 CAPÍTULO III ................................................................................ 33 3. Atividade física e o aspecto físico/psíquico ........................................... 33 3.1. Atividade física em grupo e o estado emocional ............................ 33 3.2. Atividade física e o envelhecimento ............................................... 34 3.3. Lombalgia e a relação familiar ....................................................... 35 CAPÍTULO IV ................................................................................ 37 4. Resultados obtidos a partir da pesquisa de campo ............................... 37 4.1. Perfil dos participantes ................................................................... 37 4.2. Descrição da dor lombar (intensidade)........................................... 38 4.3. Conscientização postural ............................................................... 39 4.4. Benefícios extras à questão lombar ............................................... 39 4.5. Relatos individuais quantos a importância do grupo ...................... 40 CONCLUSÃO ................................................................................ 42 ANEXO .......................................................................................... 43 BIBLIOGRAFIA ............................................................................. 45 ÍNDICE .......................................................................................... 47 ÍNDICE DE FIGURAS .................................................................... 49 48 FOLHA DE AVALIAÇÃO................................................................50 49 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: Curvaturas da coluna vertebral (FONTE: Coluna Vertebral – MIRANDA, Edalton). ........................................................................................ 11 Figura 2: Vértebra lombar típica (FONTE: Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar – DÂNGELO & FATTINI). .............................................................. 12 Figura 3: Músculos pós-vertebrais profundos (FONTE: Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar – DÂNGELO & FATTINI)............................................ 13 Figura 4: Músculos pós-vertebrais profundos (FONTE: Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar – DÂNGELO & FATTINI)............................................ 14 Figura 5: Músculos pós-vertebrais superficiais (FONTE: Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar – DÂNGELO & FATTINI)............................................ 15 Figura 6: Músculos da parede anterolateral do abdome (FONTE: Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar – DÂNGELO & FATTINI). ............................ 17 Figura 7: Músculos da parede posterior do abdome (FONTE: Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar – DÂNGELO & FATTINI). ............................ 18 Figura 8: Amplitudes globais da coluna (FONTE: Coluna Vertebral – MIRANDA, Edalton). ........................................................................................ 19 Figura 9: Ligamento longitudinal anterior – vista anterior (FONTE: Coluna Vertebral – MIRANDA, Edalton). ..................................................................... 21 Figura 10: Ligamento longitudinal posterior (FONTE: Coluna Vertebral – MIRANDA, Edalton). ........................................................................................ 22 Figura 11: Ligamentos acessórios (FONTE: Coluna Vertebral – MIRANDA, Edalton). ........................................................................................................... 23 50 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da instituição: Título da monografia: Autor: Data da entrega: Avaliado por: Conceito: