Manual do Professor Microbiologia

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Manual do Professor
Microbiologia
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Manual do Professor
1. Introdução
Por muito tempo, a educação profissional foi desprezada e considerada
de segunda classe. Atualmente, a opção pela formação técnica é festejada, pois
alia os conhecimentos do “saber fazer” com a formação geral do “conhecer”
e do “saber ser”; é a formação integral do estudante.
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Este livro didático é uma ferramenta para a formação integral, pois alia
o instrumental para aplicação prática com as bases científicas e tecnológicas,
ou seja, permite aplicar a ciência em soluções do dia a dia.
Além do livro, compõe esta formação do técnico o preparo do professor e de campo, o estágio, a visita técnica e outras atividades inerentes a cada
plano de curso. Dessa forma, o livro, com sua estruturação pedagogicamente
elaborada, é uma ferramenta altamente relevante, pois é fio condutor dessas
atividades formativas.
Ele está contextualizado com a realidade, as necessidades do mundo do
trabalho, os arranjos produtivos, o interesse da inclusão social e a aplicação
cotidiana. Essa contextualização elimina a dicotomia entre atividade intelectual e atividade manual, pois não só prepara o profissional para trabalhar em
atividades produtivas, mas também com conhecimentos e atitudes, com vistas à atuação política na sociedade. Afinal, é desejo de todo educador formar
cidadãos produtivos.
Outro valor pedagógico acompanha esta obra: o fortalecimento mútuo
da formação geral e da formação específica (técnica). O Exame Nacional do
Ensino Médio (ENEM) tem demonstrado que os alunos que estudam em
um curso técnico tiram melhores notas, pois ao estudar para resolver um
problema prático ele aprimora os conhecimentos da formação geral (química,
física, matemática, etc.); e ao contrário, quando estudam uma disciplina geral
passam a aprimorar possibilidades da parte técnica.
Pretendemos contribuir para resolver o problema do desemprego, preparando os alunos para atuar na área científica, industrial, de transações e
comercial, conforme seu interesse. Por outro lado, preparamos os alunos
para ser independentes no processo formativo, permitindo que trabalhem
durante parte do dia no comércio ou na indústria e prossigam em seus estudos superiores no contraturno. Dessa forma, podem constituir seu itinerário
formativo e, ao concluir um curso superior, serão robustamente formados
em relação a outros, que não tiveram a oportunidade de realizar um curso
técnico.
Por fim, este livro pretende ser útil para a economia brasileira, aprimorando nossa força produtiva ao mesmo tempo em que dispensa a importação
de técnicos estrangeiros para atender às demandas da nossa economia.
1.1 Por que a Formação Técnica de Nível Médio É
Importante?
O técnico desempenha papel vital no desenvolvimento do país por
meio da criação de recursos humanos qualificados, aumento da produtividade industrial e melhoria da qualidade de vida.
Alguns benefícios do ensino profissionalizante para o formando:
• Aumento dos salários em comparação com aqueles que têm apenas
o Ensino Médio;
• Maior estabilidade no emprego;
• Facilidade em conciliar trabalho e estudos;
• Mais de 72% ao se formarem estão empregados;
• Mais de 65% dos concluintes passam a trabalhar naquilo que gostam e em que se formaram.
Esses dados são oriundos de pesquisas. Uma delas, intitulada “Educação
profissional e você no mercado de trabalho”, realizada pela Fundação Getúlio
Vargas e o Instituto Votorantim, comprova o acerto do Governo ao colocar,
entre os quatro eixos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE),
investimentos para a popularização da Educação Profissional. Para as empresas, os cursos oferecidos pelas escolas profissionais atendem de forma mais
eficiente às diferentes necessidades dos negócios.
Outra pesquisa, feita em 2009 pela Secretaria de Educação Profissional
e Tecnológica (Setec), órgão do Ministério da Educação (MEC), chamada
“Pesquisa nacional de egressos”, revelou também que de cada dez alunos,
seis recebem salário na média da categoria. O percentual dos que qualificaram a formação recebida como “boa” e “ótima” foi de 90%.
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• Maior rapidez para adentrar ao mercado de trabalho;
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2. Ensino Profissionalizante no Brasil e
Necessidade do Livro Didático Técnico
O Decreto Federal nº 5.154/2004 estabelece inúmeras possibilidades
de combinar a formação geral com a formação técnica específica. Os cursos
técnicos podem ser ofertados da seguinte forma:
a)Integrado – ao mesmo tempo em que estuda disciplinas de formação geral o aluno também recebe conteúdos da parte técnica, na
mesma escola e no mesmo turno.
b)Concomitante – num turno o aluno estuda numa escola que só
oferece Ensino Médio e num outro turno ou escola recebe a formação técnica.
c)Subsequente – o aluno só vai para as aulas técnicas, no caso de já
ter concluído o Ensino Médio.
Com o Decreto Federal nº 5.840/2006, foi criado o programa de profissionalização para a modalidade Jovens e Adultos (Proeja) em Nível Médio,
que é uma variante da forma integrada.
Em 2008, após ser aprovado pelo Conselho Nacional de Educação pelo
Parecer CNE/CEB nº 11/2008, foi lançado o Catálogo Nacional de Cursos
Técnicos, com o fim de orientar a oferta desses cursos em nível nacional.
O Catálogo consolidou diversas nomenclaturas em 185 denominações
de cursos. Estes estão organizados em 12 eixos tecnológicos, a saber:
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1. Ambiente, Saúde e Segurança
2. Apoio Educacional
3. Controle e Processos Industriais
4. Gestão e Negócios
5. Hospitalidade e Lazer
6. Informação e Comunicação
7. Infraestrutura
8. Militar
9. Produção Alimentícia
10.Produção Cultural e Design
11.Produção Industrial
12.Recursos Naturais.
Para cada curso, o Catálogo estabelece carga horária mínima para
a parte técnica (de 800 a 1 200 horas), perfil profissional, possibilidades
de temas a serem abordados na formação, possibilidades de atuação
e infraestrutura recomendada para realização do curso. Com isso, passa
a ser um mecanismo de organização e orientação da oferta nacional e tem
função indutora ao destacar novas ofertas em nichos tecnológicos, culturais,
ambientais e produtivos, para formação do técnico de Nível Médio.
Dessa forma, passamos a ter no Brasil uma nova estruturação legal
para a oferta destes cursos. Ao mesmo tempo, os governos federal e estaduais passaram a investir em novas escolas técnicas, aumentando a oferta
de vagas. Dados divulgados pelo Ministério da Educação apontaram que
o número de alunos na educação profissionalizante passou de 693 mil em
2007 para 795 mil em 2008 – um crescimento de 14,7%. A demanda por
vagas em cursos técnicos tem tendência para aumentar, tanto devido à nova
importância social e legal dada a esses cursos, como também pelo crescimento do Brasil.
COMPARAÇÃO DE MATRÍCULAS BRASIL
Comparação de Matrículas da Educação Básica por Etapa e Modalidade – Brasil, 2007 e 2008.
Etapas/Modalidades de
Educação Básica
Matrículas / Ano
2007
2008
Diferença 2007-2008
Variação 2007-2008
Educação Básica
53.028.928
53.232.868
203.940
0,4
Educação Infantil
6.509.868
6.719.261
209.393
3,2
• Creche
1.579.581
1.751.736
172.155
10,9
• Pré-escola
4.930.287
4.967.525
37.238
0,8
32.122.273
32.086.700
–35.573
–0,1
8.369.369
8.366.100
–3.269
0,0
693.610
795.459
101.849
14,7
Ensino Fundamental
Ensino Médio
Educação Profissional
Educação Especial
348.470
319.924
–28.546
–8,2
EJA
4.985.338
4.945.424
–39.914
–0,8
• Ensino Fundamental
3.367.032
3.295.240
–71.792
–2,1
• Ensino Médio
1.618.306
1.650.184
31.878
2,0
Fonte: Adaptado de: MEC/Inep/Deed.
Para atender à demanda do setor produtivo e satisfazer a procura dos
estudantes, seria necessário mais que triplicar as vagas técnicas existentes
hoje.
Outro fator que determina a busca pelo ensino técnico é ser este
uma boa opção de formação secundária para um grupo cada vez maior de
estudantes. Parte dos concluintes do Ensino Médio (59% pelo Censo Inep,
2004), por diversos fatores, não buscam o curso superior. Associa-se a isso a
escolarização líquida do Ensino Fundamental, que está próxima de 95%, e a
escolarização bruta em 116% (Inep, 2007), mostrando uma pressão de entrada no Ensino Médio,
pelo fluxo quase regular dos que o concluem.
Escolarização líquida é a relação entre a popuA escolarização líquida do Ensino
Médio em 2009 foi de 53%, enquanto a bruta foi
de 84% (Inep, 2009), o que gera um excedente
de alunos para esta etapa.
lação na faixa de idade própria para a escola e o
número de matriculados da faixa. Escolarização
bruta é a relação entre a população na faixa
adequada para o nível escolar e o total de matriculados, independente da idade.
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Microbiologia
No aspecto econômico, há necessidade de expandir a oferta desse tipo
de curso, cujo principal objetivo é formar o aluno para atuar no mercado de
trabalho, já que falta trabalhador ou pessoa qualificada para assumir imediatamente as vagas disponíveis. Por conta disso, muitas empresas têm que
arcar com o treinamento de seus funcionários, treinamento esse que não dá
ao funcionário um diploma, ou seja, não é formalmente reconhecido.
Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno de
9 milhões de estudantes. Se considerarmos o esquema a seguir, concluímos que
em breve devemos dobrar a oferta de Nível Médio, pois há 9,8 milhões de alunos
com fluxo regular do Fundamental, 8 milhões no excedente e 3,2 milhões que
possuem o Ensino Médio, mas não têm interesse em cursar o Ensino Superior.
Além disso, há os que possuem curso superior, mas buscam um curso técnico
como complemento da formação.
Com curso
Superior
Interessados com
Ensino Fundamental
PROEJA
Estimativa 8 milhões.
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Integração
Subsequente
Com Ensino Médio
3,2 milhões.
Técnico
Ensino Fundamental
116% bruta
94,6% líquida (2007)
9,8 milhões
A experiência internacional tem mostrado que 30% das matrículas da educação secundária correspondem a cursos técnicos; este é o patamar idealizado pelo
Ministério da Educação. Se hoje há 795 mil estudantes matriculados, para atingir
essa porcentagem devemos matricular pelo menos três milhões de estudantes em
cursos técnicos dentro de cinco anos.
Para cada situação pode ser adotada uma modalidade ou forma de Ensino
Médio profissionalizante, de forma a atender a demanda crescente. Para os advindos do fluxo regular do Ensino Fundamental, por exemplo, é recomendado o
curso técnico integrado ao Ensino Médio. Para aqueles que não tiveram a oportunidade de cursar o Ensino Médio, a oferta do Proeja estimularia sua volta ao
ensino secundário, pois o programa está associado à formação profissional. Além
disso, o Proeja considera os conhecimentos adquiridos na vida e no trabalho,
diminuindo a carga de formação geral e privilegiando a formação específica. Já
para aqueles que possuem o Ensino Médio ou Superior a modalidade recomendada é a subsequente: somente a formação técnica específica.
Para todos eles, com ligeiras adaptações metodológicas e de abordagem do
professor, é extremamente útil o uso do livro didático técnico, para maior eficácia da
hora/aula do curso, não importando a modalidade do curso e como será ofertado.
Além disso, o conteúdo deste livro didático técnico e a forma como foi concebido
reforça a formação geral, pois está contextualizado com a prática social do estudante e
relaciona permanentemente os conhecimentos da ciência, implicando na melhoria da
qualidade da formação geral e das demais disciplinas do Ensino Médio.
Em resumo, há claramente uma nova perspectiva para a formação técnica
com base em sua crescente valorização social, na demanda da economia, no aprimoramento de sua regulação e como opção para enfrentar a crise de qualidade e
quantidade do Ensino Médio.
3. O Que É Educação Profissionalizante?
O ensino profissional prepara os alunos para carreiras que estão baseadas
em atividades mais práticas. O ensino é menos acadêmico, contudo diretamente
relacionado com a inovação tecnológica e os novos modos de organização da produção, por isso a escolarização é imprescindível nesse processo.
4. Elaboração dos Livros Didáticos
Técnicos
5. O Livro Didático Técnico e o Processo
de Avaliação
O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: realizar prova, fazer exame, atribuir notas, repetir ou passar de ano. Nela a educação
é concebida como mera transmissão e memorização de informações prontas e o
aluno é visto como um ser passivo e receptivo.
Avaliação educacional é necessária para fins de documentação, geralmente
para embasar objetivamente a decisão do professor ou da escola, para fins de progressão do aluno.
O termo avaliação deriva da palavra valer, que vem do latim vãlêre, e refere-se a ter valor, ser válido. Consequentemente, um processo de avaliação tem por
objetivo averiguar o "valor" de determinado indivíduo.
Mas precisamos ir além.
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Microbiologia
Devido ao fato do ensino técnico e profissionalizante ter sido renegado a
segundo plano por muitos anos, a bibliografia para diversas áreas é praticamente
inexistente. Muitos docentes se veem obrigados a utilizar e adaptar livros que
foram escritos para a graduação. Estes compêndios, às vezes traduções de livros
estrangeiros, são usados para vários cursos superiores. Por serem inacessíveis à
maioria dos alunos por conta de seu custo, é comum que professores preparem
apostilas a partir de alguns de seus capítulos.
Tal problema é agravado quando falamos do Ensino Técnico integrado ao
Médio, cujos alunos correspondem à faixa etária entre 14 e 19 anos, em média.
Para esta faixa etária é preciso de linguagem e abordagem diferenciadas, para que
aprender deixe de ser um simples ato de memorização e ensinar signifique mais
do que repassar conteúdos prontos.
Outro público importante corresponde àqueles alunos que estão afastados
das salas de aula há muitos anos e veem no ensino técnico uma oportunidade de
retomar os estudos e ingressar no mercado profissional.
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A avaliação deve ser aplicada como instrumento de compreensão do nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados (conhecimento), em relação ao
desenvolvimento de criatividade, iniciativa, dedicação e princípios éticos (atitude) e ao
processo de ação prática com eficiência e eficácia (habilidades). Este livro didático ajuda,
sobretudo para o processo do conhecimento e também como guia para o desenvolvimento
de atitudes. As habilidades, em geral, estão associadas a práticas laboratoriais, atividades
complementares e estágios.
A avaliação é um ato que necessita ser contínuo, pois o processo de construção de
conhecimentos pode oferecer muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e
dificuldades dos educandos e, assim, rever a sua prática e redirecionar as suas ações, se
necessário. Em cada etapa registros são feitos. São os registros feitos ao longo do processo
educativo, tendo em vista a compreensão e a descrição dos desempenhos das aprendizagens
dos estudantes, com possíveis demandas de intervenções, que caracterizam o processo avaliativo, formalizando, para efeito legal, os progressos obtidos.
Neste processo de aprendizagem deve-se manter a interação entre professor e aluno,
promovendo o conhecimento participativo, coletivo e construtivo. A avaliação deve ser
um processo natural que acontece para que o professor tenha uma noção dos conteúdos
assimilados pelos alunos, bem como saber se as metodologias de ensino adotadas por ele
estão surtindo efeito na aprendizagem dos alunos.
Avaliação deve ser um processo que ocorre dia após dia, visando à correção de erros e
encaminhando o aluno para aquisição dos objetivos previstos. A esta correção de rumos, nós
chamamos de avaliação formativa, pois serve para retomar o processo de ensino/aprendizagem, mas com novos enfoques, métodos e materiais. Ao usar diversos tipos de avaliações
combinadas para fim de retroalimentar o ensinar/aprender, de forma dinâmica, concluímos
que se trata de um “processo de avaliação”.
O resultado da avaliação deve permitir que o professor e o aluno dialoguem, buscando
encontrar e corrigir possíveis erros, redirecionando o aluno e mantendo a motivação para o
progresso do educando, sugerindo a ele novas formas de estudo para melhor compreensão
dos assuntos abordados.
Se ao fizer avaliações contínuas, percebermos que um aluno tem dificuldade em assimilar conhecimentos, atitudes e habilidades, então devemos mudar o rumo das coisas.
Quem sabe fazer um reforço da aula, com uma nova abordagem ou com outro colega
professor, em um horário alternativo, podendo ser em grupo ou só, assim por diante. Pode
ser ainda que a aprendizagem daquele tema seja facilitada ao aluno fazendo práticas discursivas, escrever textos, uso de ensaios no laboratório, chegando a conclusão que este aluno
necessita de um processo de ensino/aprendizagem que envolva ouvir, escrever, falar e até
mesmo praticar o tema.
Se isso acontecer, a avaliação efetivamente é formativa.
Neste caso, a avaliação está integrada ao processo de ensino/aprendizagem, e esta, por
sua vez, deve envolver o aluno, ter um significado com o seu contexto, para que realmente
aconteça. Como a aprendizagem se faz em processo, ela precisa ser acompanhada de retornos avaliativos visando a fornecer os dados para eventuais correções.
Para o uso adequado deste livro recomendamos utilizar diversos tipos de avaliações,
cada qual com pesos e frequências de acordo com perfil de docência de cada professor.
Podem ser usadas as tradicionais provas e testes, mas, procurar fugir de sua soberania, mesclando com outras criativas formas.
5.1 Avaliação e Progressão
Para efeito de progressão do aluno, o docente deve sempre considerar os avanços
alcançados ao longo do processo e perguntar-se: Este aluno progrediu em relação ao seu
patamar anterior? Este aluno progrediu em relação às primeiras avaliações? Respondidas
estas questões, volta a perguntar-se: Este aluno apresentou progresso suficiente para acompanhar a próxima etapa? Com isso o professor e a escola podem embasar o deferimento da
progressão do estudante.
Com isso, superamos a antiga avaliação conformadora em que eram exigidos padrões
iguais para todos os “formandos”.
Nossa proposta significa, conceitualmente, que ao estudante é dado o direito, pela
avaliação, de verificar se deu um passo a mais em relação as suas competências. Os diversos
estudantes terão desenvolvimentos diferenciados, medidos por um processo avaliativo que
incorpora esta possibilidade. Aqueles que acrescentaram progresso em seus conhecimentos, atitudes e habilidades estarão aptos a progredir.
A base para a progressão, neste caso, é o próprio aluno.
Todos têm o direito de dar um passo a mais. Pois um bom processo de avaliação oportuniza justiça, transparência e qualidade.
5.2 Tipos de Avaliação
Existem inúmeras técnicas avaliativas, não existe uma mais adequada, o importante
é que o docente conheça várias técnicas para poder ter um conjunto de ferramentas a seu
dispor e escolher a mais adequada dependendo da turma, faixa etária, perfil entre outros
fatores.
Avaliação se torna ainda mais relevante quando os alunos se envolvem na sua própria
avaliação.
1. Observação
2. Ensaios
3. Entrevistas
4. Desempenho nas tarefas
5. Exposições e demonstrações
6. Seminários
7. Portfólio: Conjunto organizado de trabalhos produzidos por um aluno ao longo de
um período de tempo.
8. Elaboração de jornais e revistas (físicos e digitais)
9. Elaboração de projetos
10.Simulações
11.O pré-teste
12.A avaliação objetiva
13.A avaliação subjetiva
14.Autoavaliação
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A avaliação pode incluir:
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15.Autoavaliação de dedicação e desempenho
16.Avaliações interativas
17.Prática de exames
18.Participação em sala de aula
19.Participação em atividades
20.Avaliação em conselho pedagógico – que inclui reunião para avaliação discente pelo
grupo de professores.
No livro didático as “atividades”, as “dicas” e outras informações destacadas poderão resultar em avaliação de atitude, quando cobrado pelo professor em relação ao “desempenho nas
tarefas”. Poderão resultar em avaliações semanais de autoavaliação de desempenho se cobrado
oralmente pelo professor para o aluno perante a turma.
Enfim, o livro didático, possibilita ao professor extenuar sua criatividade em prol de um
processo avaliativo retroalimentador ao processo ensino/aprendizagem para o desenvolvimento
máximo das competências do aluno.
6. Objetivos da Obra
Microbiologia
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Além de atender às peculiaridades citadas anteriormente, este livro está de acordo com
o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Busca o desenvolvimento das habilidades por meio
da construção de atividades práticas, fugindo da abordagem tradicional de descontextualizado
acúmulo de informações. Está voltado para um ensino contextualizado, mais dinâmico e com
o suporte da interdisciplinaridade. Visa também à ressignificação do espaço escolar, tornando-o
vivo, repleto de interações práticas, aberto ao real e às suas múltiplas dimensões.
Ele está organizado em capítulos, graduando as dificuldades, numa linha da lógica de
aprendizagem passo a passo. No final dos capítulos, há exercícios e atividades complementares,
úteis e necessárias para o aluno descobrir, fixar, e aprofundar os conhecimentos e as práticas
desenvolvidos no capítulo.
A obra apresenta diagramação colorida e diversas ilustrações, de forma a ser agradável e
instigante ao aluno. Afinal, livro técnico não precisa ser impresso num sisudo preto-e-branco
para ser bom. Ser difícil de manusear e pouco atraente é o mesmo que ter um professor dando
aula de cara feia permanentemente. Isso é antididático.
O livro servirá também para a vida profissional pós-escolar, pois o técnico sempre necessitará consultar detalhes, tabelas e outras informações para aplicar em situação real. Nesse
sentido, o livro didático técnico passa a ter função de manual operativo ao egresso.
Neste manual do professor apresentamos:
•
•
•
•
•
•
•
Respostas e alguns comentários sobre as atividades propostas;
Considerações sobre a metodologia e o projeto didático;
Sugestões para a gestão da sala de aula;
Uso do livro;
Atividades em grupo;
Laboratório;
Projetos.
A seguir, são feitas considerações sobre cada capítulo, com sugestões de atividades
suplementares e orientações didáticas. Com uma linguagem clara, o manual contribui para
a ampliação e exploração das atividades propostas no livro do aluno. Os comentários sobre as
atividades e seus objetivos trazem subsídios à atuação do professor. Além disso, apresentam-se
diversos instrumentos para uma avaliação coerente com as concepções da obra.
7. Referências Bibliográficas Gerais
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e
Terra, 1997.
FRIGOTTO, G. (Org.). Educação e trabalho: dilemas na educação do trabalhador. 5. ed. São
Paulo: Cortez, 2005.
BRASIL. LDB 9394/96. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 23 maio 2009.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prática. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2003.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas.
Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
ÁLVAREZ MÉNDEZ, J. M. Avaliar para conhecer: examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed,
2002.
Shepard, L. A. The role of assessment in a learning culture. Paper presented at the Annual Meeting
of the American Educational Research Association. Available at: <http://www.aera.net/meeting/am2000/wrap/praddr01.htm>.
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O livro didático de Microbiologia foi elaborado com o intuito de propiciar ao aluno uma
ferramenta metodológica atualizada sobre Microbiologia. Oferece, inicialmente, definições
importantes e conhecimentos básicos de biologia, os quais são necessários ao entendimento da
Microbiologia. Expõe de forma clara, metodologias e técnicas atualmente utilizadas em laboratório, com gravuras e comentários que facilitam o aprendizado. Antes da realização das práticas,
são descritos os cuidados necessários e as funções de cada equipamento no laboratório. Ao final
do livro, são descritas as aulas práticas, as quais são tratadas nos capítulos teóricos já vistos pelos
alunos, e outros complementares.
O livro também será um instrumento para um trabalho preventivo em relação aos acidentes ocasionados no ambiente laboratorial, com a leitura complementar que trata especificamente
sobre o assunto. Dessa maneira, o conteúdo abordado fornecerá informações e sugestões de
atividades práticas a serem ministradas e trabalhadas em sala de aula, de forma dinâmica e motivadora e por meio da multidisciplinaridade.
A seguir, contextualizar-se-á a importância e a abrangência dos capítulos, bem como a
orientação das atividades a serem conduzidas com a participação interativa dos alunos e dos
professores.
Microbiologia
8. Orientações ao Professor
8.1 Objetivos do Material Didático
Microbiologia
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•
Conhecer a história da Microbiologia e os conceitos específicos da área.
•
Conhecer a importância e saber diferenciar os métodos de esterilização, desinfecção e
técnicas de acondicionamento de materiais utilizados em laboratório.
•
Estudar quais os principais agentes químicos utilizados para desinfecção, e como avaliar a
eficiência do método de esterilização em autoclaves e sua importância.
•
Conhecer a morfologia, o metabolismo e os fatores de crescimento (intrínsecos e extrínsecos) das bactérias, dos fungos e dos vírus.
•
Conhecer o conceito e as principais micotoxinas existentes.
•
Conhecer quais os tipos de meios de cultura existentes, bem como sua função no cultivo
artificial dos micro-organismos em laboratório.
•
Conhecer o procedimento, os cuidados e a quantidade correta para a coleta de amostras
destinadas às análises em laboratório.
•
Definir o que realmente é esterilização comercial, sua importância, viabilidade e aplicação
atual.
•
Conhecer os micro-organismos indicadores de contaminação.
•
Conhecer os principais métodos rápidos de análise microbiológica utilizados em
laboratório.
•
Estudar o microscópio óptico e sua aplicação na técnica de coloração de micro-organismos.
•
Conhecer quais as principais doenças veiculadas por alimentos, bem como diferenciar
suas formas de intoxicação ou infecção.
•
Realizar práticas laboratoriais, melhorando a percepção do aluno acerca do conteúdo teórico abordado em sala de aula.
8.2 Princípios Pedagógicos
O objetivo do livro é informar e promover o conhecimento atual a respeito da Microbiologia, denotando inicialmente definições importantes acerca do assunto, visto este ainda ser
“um novo mundo de conhecimentos” ao aluno, e, posteriormente, executando tarefas práticas
do conteúdo estudado em sala. Utiliza-se informações e técnicas atuais, gravuras e exercícios de
fixação ao término de cada capítulo, dentro de um contexto fácil e atual da matéria.
8.3 Articulação do Conteúdo
O docente pode articular com professores de outras áreas, como Biologia, Nutrição,
bem como convidar profissionais nutricionistas, médicos (as) ou enfermeiros (as), e aplicar
as atividades propostas neste livro, de forma a promover a interdisciplinaridade e o aporte de
conhecimentos aos alunos na área de higiene, no ambiente industrial, hospitalar, de alimentos, etc.
8.4 Atividades Complementares
Ao final de cada capítulo, há atividades relacionadas ao tema abordado que aproximam o
aluno da realidade encontrada na prática, além de ajudar a fixar o conteúdo.
O professor poderá propor outras atividades práticas de laboratório (relacionadas aos
temas descritos nos capítulos), além das disponíveis no livro.
8.5 Sugestões de Leitura
SILVA, N. et al. Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos. 3. ed. [s.c.]: Livraria
Varela, 2007.
FRANCO, B. D. G. M.; LANDGRAF, M. Microbiologia dos Alimentos. São Paulo: Atheneu,
1996.
8.6 Sugestão de Planejamento
Este livro foi elaborado para dar suporte e ser utilizado para 50 horas em sala de aula. A
sugestão de planejamento que anunciamos segue nesse diapasão. Mas é altamente recomendado que o professor da disciplina incremente com textos e atividades complementares em
conformidade com o seu jeito próprio de ministrar as aulas, sobretudo potencializando sua
especialização e aplicando sua criatividade em prol do incremento do processo educativo.
Semestre 1
Capítulo 1 – Histórico e Conceitos Importantes
Capítulo 2 – Métodos de Esterilização, Desinfecção e Acondicionamento
Objetivos
•
Apresentar fatos que levaram ao início desta ciência, nomes e ações de pesquisadores
importantes, conceitos importantes e a classificação dos seres vivos.
•
Demonstrar ao aluno as diferenças entre os métodos de esterilização e desinfecção por
métodos físicos e químicos com definições e metodologias atualmente utilizadas para tais
métodos, e a diferença existente entre os métodos de esterilização comum e de esterilização comercial.
•
Mostrar a importância dos cuidados e o procedimento durante o acondicionamento e a
esterilização de materiais e embalagens, bem como a aplicação de metodologia para verificar a qualidade da esterilização em autoclave.
Microbiologia
Primeiro Bimestre
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Segundo Bimestre
Capítulo 3 – Bactérias
Capítulo 4 – Microscópio Óptico e Coloração de Gram
Capítulo 5 – Procedimentos para a Coleta de Amostras
Objetivos
•
Definir bactérias, sua estruturas celulares, suas formas de reprodução e curva de
desenvolvimento.
•
Mostrar aos alunos os fatores intrínsecos e extrínsecos e sua influência no desenvolvimento de micro-organismos, bem como a classificação destes em relação a temperatura.
•
Apresentar o histórico e os pesquisadores responsáveis pelo invento do microscópio
óptico, suas partes importantes e forma de utilização. A classificação dos micro-organismos quanto à coloração de gram e à definição de esfregaço. Anexo a esse capítulo, o
professor pode ministrar aula acerca dos cuidados e segurança aplicados em laboratórios
de Microbiologia, e a função dos principais equipamentos.
•
Trabalhar em sala o Anexo 2 do livro do aluno, Segurança em Laboratórios de Microbiologia,
para que os alunos tenham ciência da importância e dos cuidados necessários no ambiente
laboratorial, visto que neste momento o aluno iniciará a utilização do laboratório de
Microbiologia para as aulas práticas.
•
Demonstrar ao aluno o material necessário e o procedimento correto de amostragem a ser
utilizado, bem como o transporte e os cuidados a serem tomados. Os passos para a recepção da amostra em laboratório e como realizar análises com segurança em laboratórios de
Microbiologia.
Microbiologia
14
Semestre 2
Primeiro Bimestre
Capítulo 6 – Meios de Cultura e Inoculação de Micro-Organismos em Placas
Capítulo 7 – Fungos
Capítulo 8 – Vírus e Protozoários
Objetivos
•
Mostrar aos alunos as características dos diferentes meios de cultura, suas diferentes classificações, sua importância, origem e definição de ágar.
•
Apresentar diferentes formas de inoculação em placas e a leitura dos micro-organismos
cultivados.
•
Demonstrar um breve histórico e as diferenças entre bolores e leveduras, suas morfologias, formas de reprodução e fatores que auxiliam seu desenvolvimento em diferentes
ambientes, bem como conhecimentos acerca dos tipos de doenças provocadas por fungos
ao homem (micotoxinas).
•
Apresentar uma breve introdução, tipos de estrutura e morfologia de vírus. Definição de
bacteriófagos e formas de replicação do vírus. Definição de protozoários, sua morfologia,
formas de reprodução e principais doenças transmitidas ao homem.
Segundo Bimestre
Capítulo 9 – Micro-Organismos Indicadores e Métodos Rápidos de Análise
Capítulo 10 – Doenças Veiculadas por Alimentos
Objetivos
•
Apresentar o conceito atual de micro-organismos indicadores e suas técnicas de
contagem.
•
Mostrar ao aluno métodos rápidos de análise microbiológica.
•
Apresentar ao aluno definições que diferenciam intoxicação de infecção. Mostrar as principais doenças veiculadas por alimentos (DVA’s), medidas preventivas e os fatores que
facilitam o desenvolvimento destas nos alimentos.
9. Orientações Didáticas e Respostas das
Atividades
Capítulo 1
2)
A Microbiologia é a ciência que estuda os organismos vivos microscópicos, ou seja, aqueles impossíveis de serem vistos a olho nu. De um modo geral, considera-se que a ciência
da Microbiologia começou com a invenção do microscópio.
3)
Os procariontes são seres unicelulares, formados por células sem carioteca (sem núcleo
definido). Já os eucariontes são seres formados por células com membrana celular
envolvendo material genético, e com estrutura celular completa.
4)
Os protistas superiores que possuem células eucarióticas: Protozoários, Algas (exceto as
Cianofíceas) e Fungos. Os protistas inferiores que possuem células procarióticas: Bactérias
Unicelulares e Algas Azuis-Verdes.
5)
• Reino Monera – Compreende as bactérias e as algas azuis (cianofíceas). São organismos unicelulares, dotados de estrutura celular bastante primitiva, na qual o material
genético esta em contato direto com o citoplasma devido à ausência de membrana
celular. Por isso, os componentes desse grupo são considerados procariontes.
• Reino Protista – Compreende os organismos unicelulares eucariontes, isto é, com
núcleo delimitado.
Microbiologia
Respostas – página 14
1) A critério do aluno.
15
• Reino Fungi – Compreende todos os fungos, organismos eucariontes uni ou pluricelulares, de nutrição heterotrófica e que são encontrados, sobretudo, em lugares
úmidos e ricos em matéria orgânica.
• Reino Animalia – Compreende os animais eucariontes e pluricelulares.
• Reino Plantae – Compreende as plantas eucariontes e pluricelulares.
6)
a. Musgo, anêmona-do-mar, samambaia, ouriço-do-mar e cogumelos. Nascem, crescem
e se reproduzem e, principalmente, necessitam obter energia para sobreviver.
b. Anêmona-do-mar e ouriço-do-mar.
c. Samambaia e musgo.
d. Cogumelos.
7)
A critério do aluno.
8)
A critério do aluno.
9)
A critério do aluno.
10) Os trabalhos de Pasteur foram importantes para quebrar a teoria da abiogênese. Segundo
ele: a vida nunca surgia espontaneamente, sendo sempre originada por outra vida.
Capítulo 2
Microbiologia
16
Orientações
Após terminar o conteúdo do capítulo 2 é possível fazer com os alunos a Atividade
Prática 1 (Acondicionamento de materiais), presente no Anexo 1, página 120.
Respostas – página 32
1) A critério do aluno. Professor, dê exemplos como a boca humana, as mãos de crianças em
um parque, etc.
2)
Um adequado conhecimento da fisiologia e do metabolismo do micro-organismo em
questão.
3)
• Esterilização − Termo que indica a total inativação, ou seja, destruição ou remoção
de todas as formas de vida microbiana com relação a sua capacidade de reprodução.
Todo objeto estéril no âmbito microbiológico está completamente livre de micro-organismos vivos.
• Desinfecção − Termo que indica a redução do número de micro-organismos devido
ao uso de um agente químico. Está relacionada aos micro-organismos patogênicos.
Os desinfetantes são substâncias tóxicas capazes de destruir patogênicos importantes.
São frequentemente usados para que objetos inanimados (pinças, bisturis) se tornem
seguros para o analista.
4)
• Calor − É o agente físico mais utilizado e sua ação depende não só da temperatura
empregada, mas também do tempo de aplicação. O calor atua desnaturando as proteínas, nas formas esporuladas sua ação é menor devido ao conteúdo de lipídios dos
esporos que protegem as unidades peptídicas das proteínas.
• Pasteurização − Este processo consiste em aquecer o material a uma temperatura
relativamente baixa, durante um longo período de tempo. É um método de desinfecção e não de esterilização, e não há a completa eliminação dos micro-organismos
contaminantes (bactérias esporuladas).
• Autoclavação − O vapor d’ água sob pressão é o meio mais eficaz de esterilização
e faz-se em aparelho adequado, a autoclave. Esta, de uso corrente nos laboratórios de
Microbiologia e nas salas para preparo de material asséptico em cirurgias, é um aparelho no qual a água é aquecida em recipiente fechado, no qual o vapor fica retido sob
pressão podendo atingir temperaturas muito elevadas sem ferver. Há vários modelos
de autoclave: horizontais, verticais, a gás, a vapor ou a eletricidade.
5)
Os fatores que podem influenciar a esterilização pelo calor são: Temperatura, Tempo,
Umidade e pH.
6)
• Ponto Térmico Mortal − Indica a temperatura capaz de matar a suspensão bacteriana em 10 minutos.
• Tempo Térmico Mortal − Indica o menor tempo necessário para matar os micro-organismos a uma determinada temperatura.
7)
A atividade da maioria dos germicidas se reduz pela presença de matéria orgânica, inclusive as proteínas, pois estas se combinam com o desinfetante, reduzindo sua concentração
efetiva.
8)
Nas concentrações corretas, esses compostos possuem propriedades altamente bactericidas. Eles desnaturam a proteína bacteriana. Lysol é o derivado cresólico mais empregado,
geralmente em concentração de 2 a 3%. Ao contrário dos demais agentes químicos, esses
compostos não são inativados pela presença de matéria orgânica, porém possuem pouco
ou nenhum efeito contra os esporos.
9)
10) Refrigeração e congelamento.
Capítulo 3
Respostas – página 51
1) São organismos unicelulares procariontes, isto é, que não apresentam núcleo definido. As
bactérias são um exemplo de organismos procariontes.
2)
Esféricas ou elipsoidal (Staphylococcus); Cilíndricas ou bastonetes (Bacillus); Espiralada ou
helicoidal (Vibrio cholerae).
3)
As bactérias gram-positivas apresentam, normalmente, uma quantidade maior de peptideoglicano, o que torna a parede celular mais espessa, representando 50% ou mais do
peso seco da parede celular. Nas gram-negativas, o peptideoglicano representa apenas 5
a 10% do peso seco da parede celular. Pode-se observar, também, que nas gram-negativas
há a presença de uma membrana externa cobrindo a camada de peptideoglicano, que
serve como uma barreira seletiva que controla a passagem de algumas substâncias. Essa
membrana externa nas gram-negativas estaria, portanto, cumprindo o papel da parede
celular mais espessa das gram-positivas.
Microbiologia
Por meio de sistemas biológicos, como o uso de esporos de B. stearothermophilus para
testar a eficácia e garantir a qualidade do processo de autoclavação realizado.
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4)
É uma porção fluida contendo substâncias dissolvidas e partículas como os ribossomos
e o material nuclear ou nucleóide, que é rico em material genético, o chamado DNA. O
citoplasma tem em torno de 80% de água, além de ácidos nucléicos, proteínas, carboidratos, lipídios, íons inorgânicos, muitos compostos de baixo peso molecular e partículas
com várias funções.
5)
Os flagelos são responsáveis pela mobilidade das bactérias.
6)
• Monotríquios − apenas um flagelo.
• Anfilofitríquio − um tufo de flagelos em um polo da bactéria.
• Anfitríquios − um flagelo em cada polo da bactéria.
• Peritríquio − flagelos distribuídos uniformemente por toda a bactéria.
7)
Corpo oval de parede espessa, sendo uma estrutura altamente resistente que algumas bactérias produzem. Essa estrutura é formada em determinado estágio do ciclo de vida desses
micro-organismos, ou sempre que a célula vegetativa da bactéria encontra-se em meio
com condições adversas, como quando há escassez de nutrientes. Nesse caso, a célula
bacteriana forma uma espécie de cápsula (esporo) ao redor do seu material genético.
8)
Cissiparidade ou divisão binária.
9)
Fatores intrínsecos: o pH, a atividade de água e os nutrientes. Fatores extrínsecos:
temperatura, umidade relativa e presença de gases no meio.
10) A critério do aluno.
11) A critério do aluno.
12) A critério do aluno.
Microbiologia
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13) Podem-se definir mesófilos como aqueles organismos que têm um ótimo de temperatura
de 25ºC a 45ºC. Existem 2 grupos de organismos na faixa de mesófilos: os micro-organismos saprófitos, que têm um ótimo de temperatura de 25ºC a 30ºC, e patógenos em
potencial, que têm um ótimo entre 30ºC e 45ºC.
Capítulo 4
Orientações
Após terminar o conteúdo do capítulo 4 é possível fazer com os alunos a Atividade
Prática 2 (Coloração de Gram), presente no Anexo 1, página 121. Também é o momento para
a leitura do texto presente no Anexo 2 – Segurança em Laboratórios de Microbiologia, página 144.
Respostas – página 57
1) Citoplasma, membrana, núcleo celular, etc.
2)
A descoberta da célula, a possibilidade de visualizar seres que não são visíveis a olho nu, o
surgimento da Microbiologia, etc.
3)
O cientista inglês Robert Hooke.
4)
Platina, Condensador, Canhão ou Tubo, Botão de Charriot, Lentes Oculares, Lentes
Objetivas, Parafusos Macrométrico e Micrométrico.
5)
A lente objetiva está próxima do objeto em estudo e a lente ocular é a que aumenta a
imagem real. O aumento total é dado pelo aumento realizado pela lente ocular concomitantemente com a objetiva utilizada sob o material em estudo (na prática, multiplica-se a
ampliação da ocular pela da objetiva).
6)
Ampliação de até 1 000 vezes, por exemplo, é o ato de visualizar algo em tamanho maior,
e o poder de resolução de até 0,2 µm, por exemplo, é a mínima medida perceptível para
visualização ao microscópio.
7)
O uso do óleo de imersão tem por finalidade captar os feixes de raios que seriam desviados
pela lâmina e que não seriam pegos pela objetiva, o que diminuiria a nitidez da imagem.
Nesse caso, usa-se a lente objetiva de imersão e coloca-se o óleo de imersão entre ela e a
lâmina, melhorando a resolução da imagem do material em estudo.
8)
A critério do aluno.
9)
Os reagentes utilizados são: cristal violeta, álcool, solução de iodo e safranina. A solução
mordente tem como função fixar os corantes no interior da célula.
10) Porque ela possui a membrana externa que impede a fixação do corante no interior da
célula.
Capítulo 5
Respostas – página 64
1) A amostra deverá ter sido transportada à temperatura em torno de 24ºC negativo, em caixas de isopor contendo gelo seco e na embalagem original sem rasgos, furos ou presença
de materiais estranhos.
Lote é definido como uma quantidade de alimento de mesma composição e características físicas, químicas e sensoriais, produzido e manuseado em uma mesma batelada
(industrial ou artesanal), ou seja, é a quantidade de alimento produzido dentro de um
determinado intervalo de tempo sem que haja interrupção.
3)
O plano de duas classes classifica os lotes analisados em aceitável ou inaceitável, sendo
mais recomendado quando temos análises nas quais são aplicados resultados de presença/
ausência. No plano de três classes são definidos parâmetros de aceitável, qualidade
intermediária (é aceitável) e inaceitável. São recomendados para análises que exigem
ensaios qualitativos, nas quais os padrões não são ausência/presença, mas um determinado valor que pode variar entre M e m.
4)
M − Limite tolerável que pode ser atingido por algumas unidades de amostra.
n − Número de unidades a serem colhidas aleatoriamente de um mesmo lote.
c − Número máximo que pode ser aceito com contagens acima do padrão.
m − Padrão microbiológico estabelecido para um determinado micro-organismo.
5)
Poderão ser coletadas amostras de matérias-primas, utilizadas para o preparo da refeição suspeita; vasilhames onde os alimentos suspeitos foram armazenados ou amostras de
refeições similares, preparadas posteriormente à aquela envolvida no caso de surto.
Microbiologia
2)
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Capítulo 6
Orientações
Após terminar o conteúdo do capítulo 6 é possível fazer com os alunos
a Atividade Prática 3 (Preparo de meios de cultura), página 125, e a Atividade
Prática 4 (Semeadura), página 126, ambas presentes no Anexo 1.
Respostas – página 69
1) Cultura pura é a cultura de uma única espécie de micro-organismo
cultivada em laboratório. Ágar é um polissacarídeo presente em algas e
utilizado na formulação de vários meios de cultura. Dele são extraídas a
agarose (possui a propriedade de gelificação) e agaropectina (forma géis
fracos).
Microbiologia
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2)
Disponibilidade de nutrientes apropriados, necessidade ou não de
oxigenação, necessidade de certo grau de umidade, pH adequado ao
micro-organismo, incubação em temperatura adequada, o meio de cultura deve estar estéril para uso.
3)
Na Técnica de Contagem em Superfície são utilizados 0,1 ml da
diluição na placa já contendo o meio de cultura, e utiliza-se da alça de
Drigalski para espalhar a diluição da amostra em estudo. Na Técnica
Pour Plate, adiciona-se 1 ml da diluição na placa e, em seguida, adiciona-se o meio ainda líquido. Fazer movimentos em “8” e aguardar
solidificar para, então, incubar.
4)
A critério do aluno.
5)
A critério do aluno.
Capítulo 7
Orientações
Após terminar o conteúdo do capítulo 7 é possível fazer com os alunos
a Atividade Prática 5 (Contagem de bolores e leveduras), presente no Anexo
1, página 128.
Respostas – página 81
1) Por serem organismos heterotróficos e obterem sua alimentação a partir da matéria orgânica, o crescimento dos fungos pode ser prejudicial
em alguns casos, como apodrecimento da madeira, dos tecidos e dos
alimentos. Todavia, os fungos são também importantes na fermentação industrial, como na fabricação de cerveja, de vinho, na produção de
antibióticos (penicilina), no amadurecimento de queijos e na fabricação
de pães.
2)
A critério do aluno.
3)
Leveduriformes são colônias pastosas, ou cremosas, formadas por micro-organismos
unicelulares que cumprem as funções vegetativas e reprodutivas. E filamentosas que
podem ser algodonosas, aveludadas ou pulverulentas, e são constituídas por elementos
multicelulares em forma de tubo chamadas de hifas.
4)
Micélios são conjuntos de hifas, e os propágulos são órgãos de disseminação na fase
reprodutiva do fungo.
5)
São elementos de disseminação e são divididos em Blastoconídios, Artroconídios e
Clamidoconídios.
6)
Parede celular, citoplasma, núcleo, flagelos e esporos.
7)
É considerada o tipo de reprodução mais importante para a multiplicação das espécies,
pois produz numerosos indivíduos. Isto é possível pela repetição do ciclo assexual várias
vezes por ano. As reproduções assexuadas que mais ocorrem por meio de esporos são:
por fracionamento da célula, surgindo uma nova célula de cada fragmento, por divisão
das células somáticas em células filhas, por gemação das células somáticas ou esporos e
aparecimento de nova célula, por meio de cada gema e por esporos formadores de tufos
germinativos geradores de novos micélios.
8)
A reprodução sexuada dos bolores ocorre com a união de dois núcleos. O processo de
reprodução possui três diferentes fases; plasmogamia, cariogamia e meiose. Os gametas
são formados em células diferenciadas, chamados gametângios. Em alguns bolores, os
órgãos sexuais masculinos e femininos ficam dispostos em cada lado. Devido a esta característica, são chamados de hermafroditas.
9)
• Temperatura − Segundo suas variedades, os bolores crescem em várias temperaturas
sendo todos destruídos a 100°C, e tendo como temperatura ideal de crescimento a
faixa de 22° a 30°C. Por isso, os bolores, em sua maior parte, são mesófilos, embora
existam psicrófilos e termófilos.
• Qualidade do Substrato − Nenhum bolor é capaz de se desenvolver em um
ambiente com ausência de nutrientes. Não utilizam dióxido de carbono como fonte
exclusiva de carbono. Para sua demanda nutritiva, os bolores utilizam substratos simples e complexos, pois dispõem de enzimas hidrolíticas (lipases, invertases, proteinases
e amilases, entre outras) que tornam tais nutrientes assimiláveis ao seu metabolismo.
10) A critério do aluno.
Capítulo 8
Respostas – página 94
1)
Também chamado de envelope, o capsídio é uma capa proteica que circunda o ácido
nucleico e é composto de subunidades de proteína.
2)
São projeções presentes na superfície dos vírus que são utilizadas para ancorar-se nas
células do hospedeiro, e por serem características de alguns vírus podem ser utilizadas
como meio de identificação dos mesmos.
Microbiologia
21
Microbiologia
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3)
No ciclo lisogênico, o vírus insere seu material genético na bactéria ou na célula hospedeira, na qual o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA
viral torna-se parte do DNA da célula infectada. No ciclo lítico o DNA ou o RNA viral
passa a controlar o metabolismo bactériano e a formar novos vírus. Ocorre a lise da célula,
liberando vários vírus que podem infectar mais bactérias. Nesse tipo de replicação o vírus
insere o seu material genético interrompendo as funções normais da célula atacada.
4)
Período de elipse é aquele no qual ainda não estão formados os vírions completos e passíveis de infecção durante a replicação.
5)
Doenças causadas por vírus que tem a replicação por meio do ciclo lisogênico tendem
a ser incuráveis e os sintomas demoram a aparecer, podendo surgir através de outras
doenças e de determinados tratamentos, como a radioterapia. Alguns exemplos incluem
a AIDS e a herpes.
6)
São organismos que ingerem partículas orgânicas, digerem-nas (enzimas) e, posteriormente, expulsam os metabólitos. Essa ingestão se dá por fagocitose ou pinocitose.
7)
Fagocitose é a ingestão de partículas sólidas. A pinocitose é a ingestão de partículas
líquidas.
8)
Essa transformação ocorre em três fases. No vacúolo ocorre uma série de
transformações:
• Primeira fase − O vacúolo se apresenta com pH extremamente ácido e com tamanho pequeno.
• Segunda fase − Os lisossomos eliminam enzimas hidrolíticas fazendo o vacúolo
aumentar de tamanho e também o pH (passando a ser alcalino).
• Terceira fase − As enzimas digerem o conteúdo do vacúolo, e os produtos da digestão passam para o citoplasma por pinocitose; a matéria não digerida é expelida para o
meio através de uma abertura chamada citopígeo.
9)
A conjugação, porque ocorre troca de material genético entre os dois protozoários
envolvidos.
10) A critério do aluno.
Capítulo 9
Orientações
Após terminar o conteúdo do capítulo 9 é possível fazer com os alunos a Atividade
Prática 6 (Coliformes a 35°C e a 45°C), página 130; Atividade Prática 7 (Análise de água),
página 136; Atividade Prática 8 (Contagem de mesófilos aeróbios, estritos ou facultativos),
página 138 e a Atividade Prática 9 (Contagem de Sthaphylococcus coagulase positiva), página
139, todas presentes no Anexo 1.
Respostas – página 100
1)
Alguns grupos de micro-organismos cuja contagem é feita facilmente
e, quando presentes nos alimentos, são indicativos fiéis de que estes
produtos foram expostos a condições que pudessem introduzir micro-organismos patogênicos e permitir a sua multiplicação.
2)
Presença direta ou indireta de contaminação de origem fecal. Esse micro-organismo é indicador de possível presença de patógenos entéricos na
água, carnes, produtos lácteos e outros. Sua presença nos alimentos significa falta de higiene durante o processo de fabricação/elaboração, ou
mesmo armazenamento inadequado.
3)
Principalmente a contaminação causada pela falta de higiene do manipulador, no processo ou durante o armazenamento do produto.
4)
Os enterococcos podem ter um papel significativo como indicadores de
prática de limpeza e desinfecção deficientes, pois são resistentes às temperaturas elevadas e baixas, bem como aos detergentes e desinfetantes.
Em indústrias de congelamento de alimentos, os enterococcos são indicadores utilizados para análise de práticas deficientes de higienização.
5)
A critério do aluno.
Capítulo 10
23
Orientações
Respostas – página 118
1)
• Infecções − São causadas por agentes microbianos, estes são consumidos juntamente com o alimento contaminado e passam a produzir
toxinas após entrar no organismo do ser humano, ou seja, o próprio agente microbiano é responsável pela doença. São exemplos de
agentes responsáveis por infecções: as Salmonellas, Shigellas, Eschericia
coli enteropatogênica, Listeria monocytogenes, vírus entéricos (rotavírus,
vírus norwalk) e protozoários.
• Intoxicações − O curto período entre o consumo do alimento e o
surgimento dos sintomas é característica das intoxicações. A intoxicação por toxina estafilocócica e toxina do B. cereus provocam sintomas
de vômitos; a toxina botulínica provoca sintomas mais graves, pois
atinge terminações nervosas em nível muscular.
Microbiologia
Após terminar o conteúdo do capítulo 10 é possível fazer com os alunos
a Atividade Prática 10 (Pesquisa de Salmonella spp.), página 141, e a Atividade
Prática 11 (Contagem de Bacillus cereus), página 142, ambas presentes no
Anexo 1.
São substâncias químicas solúveis excretadas por micro-organismos
(bactérias, fungos, protozoários e algas). Essas toxinas podem provocar
danos ao corpo por meio da destruição celular e do bloqueio do metabolismo normal das células.
3)
A critério do aluno.
4)
As afirmativas corretas são:
a. A E.coli, por ser lactase positiva, uma enzima fermentadora de
açúcares, geralmente é responsável por flatulências que surgem
especialmente após o consumo de leite e seus derivados.
d. A neurotoxina botulínica provoca fadiga, fraqueza muscular e morte
por parada respiratória.
e. As doenças causadas por Salmonella costumam ser divididas em cinco
grupos que agem sobre a saúde humana.
f. A giardíase acomete crianças que ingerem essa bactéria, especialmente veiculada por água contaminada por dejetos humanos.
5)
Uma delas é por meio da ingestão de alimentos marinhos, sendo as
ostras o principal alimento envolvido em casos de septicemia com alta
taxa de mortalidade. A segunda via de entrada é por lesões presentes
na pele que entram em contato com o ambiente marinho. Tais lesões
podem ser tão pequenas quanto uma picada de inseto.
6)
As bactérias do gênero Yersinia enterocolitica pertencem à família
Enterobacteriaceae. São amplamente distribuídas na natureza. A Y. enterocolitica é uma bactéria psicotrófica, tornando os alimentos de origem
animal refrigerados um importante fator de risco para o consumidor. A
patogenicidade das cepas virulentas de Y. enterocolitica ocorre por invasão
da mucosa intestinal, pois esta tem proteínas na sua membrana externa
com propriedades de adesão à parede intestinal, e tem a propriedade de
captação de ferro. As Y. enterocolitica produzem uma enterotoxina termoestável que é responsável pela diarreia. As fezes podem conter leucócitos
e, raramente, sangue. A maioria dos pacientes são crianças menores de
cinco anos de idade. Em pacientes imunocomprometidos pode causar
septicemia.
A característica mais marcante do gênero Campylobacter é a microaerofilia, requer tensão baixa de oxigênio para sua multiplicação. As bactérias
do gênero Campylobacter são comensais do trato intestinal de uma grande
variedade de animais domésticos e silvestres. A transmissão ocorre pelo
contato direto com animais contaminados, ou pode ser indireta por
meio de ingestão de água e alimentos contaminados. A maioria dos surtos já descritos foi associada ao consumo de leite cru. Acredita-se que
a contaminação do leite seja decorrente de contaminação com fezes,
devido às condições precárias de higiene da ordenha dos animais.
Microbiologia
24
2)
7)
Micro-Organismos
Vírus entéricos
Agente
Causador
Vírus
1. Hepatite A
2. Norwalk
3. Rotavírus
Giardia lamblia
Protozoário
Sintomas
Prevenção
1. Febre súbita, desconforto,
fadiga, dor de cabeça,
inapetência, vômitos, dores
abdominais e icterícias
(peles e olhos amarelados).
Os alimentos mais envolvidos nessas viroses
são as águas e os gelos
contaminados e alimentos
prontos para o consumo.
Uma medida de controle
2. Náuseas, vômitos, diareficaz é a higiene pessoal
reia, cólicas abdominais, dor
e do ambiente seguida
de cabeça e febre.
pelo tratamento térmico
3. Vômitos, diarreia, dores
adequado dos alimentos
abdominais e febre.
que serão consumidos.
Diarreia com acentuada
perda de peso, má absorção de nutrientes e de
gordura.
• Água de consumo
tratada.
• Higiene pessoal de manipuladores de alimentos.
• Proteção contra insetos
de alimentos pronto para o
consumo.
Entamoeba
histolytica
Higiene pessoal e consumo
de água potável.
25
Microbiologia
Protozoário A amebíase intestinal tem
como sintomas: diarreia
com muco, com ou sem
sangue, cólicas e sensação dolorosa no reto ao
defecar. Podem ocorrer
complicações, como
perfurações, peritonite e
apendicite e a amebíase
extraintestinal, outros
órgãos são afetados,
podendo ocorrer abscessos hepáticos, cutâneos,
cerebrais pulmonares ou
renais.
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