Quimica Geral Prof. Jackson Alves Modelos Atômicos (Thomson até Bohr) 1.1.1 - A descoberta do elétron Século XIX Henrich Geissler (1859) Johann Hittorf (1869) WilliamCrookes (1886) gases submetidos a baixas pressões, os podem tornar-se condutores elétricos. Tubo de raios catódicos A mancha esverdeada(de natureza desconhecida)são provenientes do pólo negativo, chamado de catodo. Esses raios foram denominados raios catódicos. A descarga emitida tinha carga elétrica negativa O modelo atômico de Thomson(1897), propôs uma resposta para: “O átomo é divisível? Têm natureza elétrica? Como estão dispostos suas partículas constituíntes?”. As sugestões: A massa total do átomo seria devida quase que totalmente apenas as cargas positivas, espalhadas, uniformemente, por toda uma esfera, formando uma massa compacta e uniforme. Na superfície dessa massa estariam aderidos os elétrons, espaçados de modo uniforme. Esfera com carga elétrica positiva Elétrons (partículas com carga elétrica negativa) “Modelo de Pudim de Passas” Thomson provou que os elétrons eram corpúsculos, dotados de carga elétrica e de massa, que fazem parte de toda a matéria. O MODELO DE THOMSON FICOU CONHECIDO COMO “PUDIM DE PASSAS”, ONDE SE ASSEMELHARIA A UM PUDIM COBERTO COM PASSAS, EM QUE O PUDIM SERIA A MASSA DE CARGAS POSITIVAS E AS PASSAS OS ELÉTRONS. O modelo de Thomson foi aceito ate 1911, quando Ernest Rutherford propôs um outro modelo mais aprimorado 1.1.2 - O átomo de Rutherford A descoberta da segunda partícula subatômica: o próton - Cientista neozelandês, estudou com J.J. Thomson. - Em 1908 realizou uma experiência que lhe permitiu propor um novo modelo atômico. Ele criou primeiro um modelo estático e, depois, um modelo dinâmico. Experiência de Rutherford Resultados previstos segundo o modelo de Thomson: As partículas “α” deveriam atravessar as folhas de ouro sem sofrer desvios. ● ● ● ● ● ● ● ● A maior parte das partículas α comportava-se como esperado, mas um significativo número delas sofria desvios acentuados. Resultados da experiência de Rutherford Partículas α Existe, no interior do átomo, uma região central positiva – o núcleo, que exerce fortes forças repulsivas sobre as partículas alfa. Modelo proposto por Rutherford (1911): O átomo é uma estrutura praticamente vazia, e não uma esfera maciça; É constituído por: • Núcleo muito pequeno com a carga positiva, onde se concentra quase toda a massa do átomo. • Elétrons com carga negativa movendo-se em volta do núcleo. O átomo seria um sistema semelhante ao sistema solar. “Modelo Planetário” A experiência de Rutherford consistiu em lançar um jato de partículas αlfa emitidas pelo polônio (um elemento radioativo) sobre uma finíssima lâmina de ouro. A lâmina precisava ser extremamente fina (0,001 mm de espessura), pois já se sabia que as partículas alfa não atravessam obstáculos de maior espessura. A lâmina não precisava ser de ouro, podendo ser de outro metal. Todavia, o ouro foi escolhido por ser muito maleável e, portanto, mais adequado a preparação da lâmina. Revendo as observações: 1. A maior parte das partículas αlfa consegue atravessar a lâmina (Au) sem sofrer desvio. 2. Algumas partículas αlfa conseguem atravessar a lâmina, porém sofrem um desvio muito forte em seu caminho. 3. Pouquíssimas partículas alfa não conseguem atravessar a lâmina e voltam para o mesmo lado de onde são lançadas. As possíveis respostas: 1. As partículas não encontram nenhum obstáculo pela frente e seguem em linha reta. 2. As partículas encontravam algum obstáculo, porem não muito grande, quando atravessavam os átomos da lâmina. 3. As partículas encontram um obstáculo irremovível ao colidirem em algum ponto dos átomos da lâmina. •A descoberta da terceira partícula subatômica: o nêutron • Percebeu-se que no núcleo poderia ter mais de 1 próton • Comprometeria a estabilidade do núcleo (forças de repulsão muito fortes). • • • Rutherford admitiu que existia no núcleo partículas semelhantes aos prótons, porém sem cargas Chadwick (1932) descobriu os nêutrons Os nêutrons serviriam para diminuir a repulsão entre os prótons (maior estabilidade no núcleo) O modelo atômico planetário: elétrons giram ao redor do núcleo, podendo ocupar qualquer órbita existente. Velódromo: o ciclista pode ocupar qualquer parte da pista. De acordo com a teoria de Rutherford, os elétrons podiam orbitar o núcleo a qualquer distância. Qdo os elétrons circundam em volta do núcleo, estariam mudando constantemente sua direção. A eletrodinâmica clássica (que trata do movimento dos elétrons) explica que, tais elétrons que mudam constantemente sua direção, seu sentido, sua velocidade ou ambos, devem continuamente emitir radiação. Ao fazer isto, perdem energia e tendem a espiralar para o núcleo. Isto significa que os átomos seriam instáveis, completamente o contrario da realidade. Como a descrição do átomo de Rutherford não está inteiramente correta, ela não esclareceu algumas observações que já tinham sido feitas: - a respeito do comportamento de determinados gases. Estes gases, a pressão baixa, emitem luz em um jogo de faixas discretas do espectro eletromagnético. Isto e completamente diferente da radiação emitida por sólidos, que é espalhada uniformemente através do espectro eletromagnético. As emissões da radiação destes gases eram importantes porque mostraram que, ao menos sob algumas circunstâncias, as órbitas dos elétrons não podem estar a qualquer distância do núcleo, mas confinadas a distâncias discretas do mesmo (ou a estados da energia específicos). 1.1.3 – O átomo de Niels Bohr Niels Bohr trabalhou com Thomson, e posteriormente com Rutherford. Tendo continuado o trabalho destes dois físicos, aperfeiçoou, em 1913, o modelo atômico de Rutherford. A teoria atômica de Bohr foi publicada entre 1913 e 1915. Ela conseguiu explicar perfeitamente o espectro do átomo de hidrogênio, que a teoria de Rutherford não conseguia explicar. Para isto, Bohr aceitou o modelo dinâmico de Rutherford com três postulados. 1- Os elétrons giram ao redor do núcleo em orbitas circulares (modelo de Rutherford), porém sem emitir energia radiante (estado estacionário). 2- Um átomo emite energia sob a forma de luz somente quando um elétron pula de um orbital de maior energia para um orbital de menor energia. ΔE = h.f, a energia emitida é igual a diferença de energia dos dois orbitais envolvidos no salto. 3- As orbitas possíveis são aquelas em que o elétron possui um momento angular múltiplo inteiro de h/2π. Desta forma, o 3º postulado indica que o elétron não pode estar a qualquer distância do núcleo, porém ele fica limitado a poucas órbitas possíveis, as quais são definidas por um parâmetro denominado número quântico principal n. 1- O modelo de Bohr explica o espectro principal do átomo de hidrogênio e átomos hidrogenóides (átomos com apenas 1 elétron). 2- Permite calcular raios e velocidade para o Hidrogênio e átomos com apenas 1elétron. 3- Não explica o espectro fino. 4- Cálculos de raios e velocidade para H e átomos hidrogenóides para valores altos de n e de Z perdem o significado. 5- Para átomos multieletrônicos, as ideias de raio e “v” perdem o significado. 6- Velocidade descontinua, em pulsos, pacotes ou quanta. 7- Raio descontinuo, em saltos ou pulsos. ➔ Aplicações do modelo de Bohr • Teste da chama; • Fogos de artifício; • Luminosos e lâmpadas (neônio e lâmpadas de vapor de Na ou Hg); • Fluorescência e Fosforescência; • Raio Laser; • Bioluminescência: a luz dos vaga-lumes;