x “A LEITURA E A CULTURA” Quando ainda não existia o papel, o homem já se preocupava em deixar gravados o seu pensamento e as suas idéias. A escrita tornou-se uma necessidade dos nossos ancestrais, desde épocas mais remotas. Por volta de 45.000 anos, antes de Cristo, o homem registrava a sua imaginação por meio de símbolos, em desenhos nas pedras e paredes das cavernas. Esta, possivelmente, foi a origem da Escrita, cuja evolução se estendeu por milhares de anos. Foi escrevendo na pedra, no barro, na madeira, nas folhas e cascas de árvores, que o homem iniciou a sua trajetória de escriba e comunicador, bem como, sua ascensão ao Conhecimento e à Cultura. Há 3.500 anos, antes de Cristo, os egípcios faziam uma espécie de papel extraído do papiro, um tipo de planta regional. Posteriormente, surgiu o pergaminho, feito de pele de animal. Duzentos anos antes da Era Cristã, os chineses fabricavam delgadas folhas de papel, a partir de uma pasta de pano, madeira e palha, tratados com água. A escrita evoluía e se expandia de acordo com a facilidade da impressão. O jornal apareceu no século XVII, logo surgindo as primeiras máquinas para a fabricação do papel. Além de outros usos, o papel mostrou-se fundamental para a preservação e difusão do conhecimento humano, através da comunicação do Saber, pela Escrita. Neste particular, o livro se tornou o veículo por excelência da expansão cultural. Se alguém tem uma idéia, por exemplo, sobre um novo método de plantar; sua idéia poderá beneficiar milhões de outros, através da comunicação escrita. Se um pesquisador localiza um novo transmissor de doença, logo a sua descoberta chegará ao conhecimento do público pelos meios de comunicação, principalmente pela escrita. O cientista, após estudar por muitos anos um determinado fenômeno, difundirá o seu saber em forma de escrita que, ao chegar às mãos do leitor, dar-lhe-á a oportunidade de conhecer, em poucas horas de leitura, tudo o que o primeiro aprendeu em décadas de pesquisas e estudo. Isto é fantástico, levando-se em consideração o volume de conhecimento estocado, sob a forma de livros, revistas, jornais, boletins, etc.; à disposição de qualquer pessoa. O homem que lê, vale por dois; já dizia Rui Barbosa (por isso é que existem poucos como ele). A linguagem escrita parece ter exercido um papel preponderante na evolução do homem, quando propiciou às comunidades a comunicação mútua de suas experiências e feitos, enriquecendo o acervo cultural de grupos heterogêneos e distantes entre si. Alguns estudiosos crêem que a aquisição da linguagem tornou o homem mais consciente e, principalmente, mais consciente de si mesmo. Paralelamente ao desenvolvimento da linguagem, o cérebro humano veio se desenvolvendo com as trocas de informações com o meio ambiente e com os outros cérebros. Neste particular a escrita trouxe enorme ajuda ao desenvolvimento cerebral, haja vista a grande interação com os outros viventes e o fluxo de informações que esta forma de comunicação proporcionou e proporciona. Entre o autor e o leitor cria-se um contínuo e enriquecedor intercâmbio cultural, num “feedback” de valor inestimável para os humanos. Cérebro: o mentor de tudo Na evolução das espécies, o homem superou os seus ancestrais símios graças a sua atividade intelectual. Com um volume de 600g, cerca de dois milhões de anos atrás e, hoje, com 1.500g de “massa encefálica, o cérebro humano conquistou a supremacia terrena e avança na conquista do espaço sideral. Constituído por muitos bilhões de células especiais denominadas de neurônios, em que cada uma delas se comunica e troca informações contínuas, a cada segundo, com milhares de outras, através de ligações chamadas de sinapses, formando uma “teia” maravilhosa, misteriosa e fantástica. Esse “emaranhado” de células e fios coleta processa e conduz uma infinidade de informações pertinentes ao mundo externo e interno do indivíduo. Por isso, a capacidade do cérebro de estocar, processar e conduzir informações é quase infinita. O neurocientista Steven Rose, do Open University of London, estima que o cérebro humano possa guardar mais informações que todas as bibliotecas do mundo. Esta impressionante e, ainda inexplicada, capacidade cerebral deve-se à sua constituição inata e suas interações com o meio ambiente. Usando os 5 sentidos(visão,audição,gustação,olfação e tato)como receptores dos estímulos ambientais, o cérebro recebe,seleciona,processa e estoca conhecimento, a fim de promover comportamentos adequados a uma vida saudável ao seu portador e ao meio em que vive. É recolhendo,assimilando e processando dados que lhe chegam pelos cinco sentidos que o cérebro, órgão superior da vida, aprende promovendo o bem-estar ou a destruição do homem. A aprendizagem dá ao ser humano um registro de informações para serem usadas na ação comportamental Consciente e Inconsciente. Para resolvermos um problema matemático, por exemplo, necessitamos de informações prévias sobre esta disciplina. Um médico para curar um doente necessita de dados, estocados anteriormente em seu cérebro, relativos à biologia, física, química e outros. De um advogado, esperamos que tenha conhecimentos jurídicos armazenados em seu cérebro. De um psicólogo, imagina-se que tenha estudado e aprendido biologia, química, filosofia, psicobiologia, neurociências, etc. A um engenheiro, exige-se que tenha levado a sério e armazenado em seu cérebro as matérias do seu curso, para que nossas casas, pontes e elevados não caiam sobre as nossas cabeças. Logicamente, quando tais profissionais não possuem o conhecimento inerente às suas profissões, não poderão desempenhá-las com competência, acarretando prejuízos incalculáveis a si e aos outros. Vemos, assim, que o conhecimento é fator de vida, progresso individual e social. É o conhecimento e o saber que expande a ação do indivíduo e, a falta do conhecimento (a ignorância), limita o sujeito e toda a sociedade. Uma pessoa que não cultiva o seu cérebro, alimentando-o com informações, através da leitura, da análise e da observação; será uma pessoa imatura, devido a carência de dados em seu cérebro. É como um computador sem programa, com pouca ou nenhuma eficácia. A Luz da Mente Sobre a mente, é necessário que expliquemos sobre esta importante e principal atividade cerebral... Pode se fazer uma pálida analogia com uma lâmpada e a sua luz. A Mente está para o Cérebro assim como a luz está para a sua lâmpada. No cérebro e na lâmpada, podemos tocá-los e apalpálos. Entretanto, na mente e na luz não podemos pegá-las, embora possamos senti-las e avaliar as suas intensidades. Apesar da mente ser originada do cérebro; ela o transcende, constituindo-se um grande mistério para a ciência. Embora já se tenha obtido muitos conhecimentos sobre o cérebro; pouco se explica essa estranha e maravilhosa capacidade do cérebro. Como afirmam alguns neurocientistas, a mente é a última barreira no conhecimento do homem.. Em 1951, o neurocientista canadense Wilder Penfied, examinando o cérebro, descoberto, de um paciente epilético que se submetia à cirurgia, notou que ao estimular, eletricamente, certas áreas cerebrais, através de um micro eletrodo, fazia esse paciente recordar fatos acontecidos há muitos anos atrás. Tais lembranças eram relatadas ao cirurgião, com riqueza de detalhes, apesar de terem se passado 40 ou mais anos. Esses famosos experimentos que se repetiram com centenas de outros pacientes, vieram reforçar a idéia de que a mente de um adulto sofre influência de fatos acontecidos, desde tenra idade. Se esses fatos antigos forem negativos (sofrimentos, dissabores, frustrações, etc.); eles concorrerão para a geração de múltiplos conflitos para a pessoa. Portanto, o cérebro é um órgão susceptível de engrandecer ou de destruir o seu possuidor, conforme tenham nele gravados eventos positivos (gratificantes) ou negativos (sofrimentos). Isso, também, deixa claro que, quanto mais informações contiverem gravadas no cérebro, mais este terá capacidade para a análise e, assim, maior competência para discernir entre os comportamentos negativos (que provocarão a si e aos outros prejuízos atuais e futuros) e os comportamentos positivos (que gratificarão o presente e o futuro seu e da sociedade). Voltando à Mente, conclui-se que uma pessoa carente de conhecimento, se comportará de forma inadequada na vida. Será uma pessoa imatura que prejudicará com o seu comportamento inadequado e negativo a si e a todos nós. Imagine-se, agora, uma sociedade onde a maioria dos seus membros faz “pouco caso” do conhecimento, elegendo como prioridade os bens materiais, os valores estéticos corporais (beleza física) e os efêmeros prazeres mundanos! Como se comportaria a espécie humana, caso seus membros rejeitassem os fatores de enriquecimento interno, como o Estudo, a Leitura, a Pesquisa, a Observação e Análise dos fenômenos da própria natureza que os abriga? Por certo, os humanos pouco se diferenciariam das outras espécies menos evoluídas, como os símios e outros mamíferos menos desenvolvidos (aliás, este assunto já foi descrito por nós, em Trabalho recente, denominado: “A Descendência de Caim”). Em decorrência da deficiência de conhecimentos gravados no cérebro, haverá um perigoso distanciamento da realidade ambiental, por falta das informações que o capacitam para tomar providências positivas e criativas, pertinentes à vida individual e social. Se a maioria dos cérebros se torna incompetente para cuidar, de forma positiva, dos problemas que, invariavelmente, surgem no cotidiano social; teremos um eclipse do “Homo sapiens sapiens”, em todas as suas atividades, devido à pobreza mental, originada de cérebros alienados, desprovidos de conhecimentos que deveriam estar contidos nas células gravadoras do cérebro de cada homem. Para isto é que a Natureza ( O Criador) lhe gratificou com bilhões dessas células especiais e únicas. A mente humana, assim desprovida do Saber, enfrentará sérios obstáculos vitais para a sua sobrevivência (não é exatamente isto o que está acontecendo conosco!). O processo de vida, tanto individual quanto social, implica em uma série de providências nascidas da mente, tanto no sentido fisiológico como social, a fim de ajustar o indivíduo ao seu meio ambiente. Entretanto, tais providências implicam e dependem do estoque de informações desse mesmo meio ambiente, contidas no cérebro. Uma pessoa alienada, isto é, que tem poucas informações ambientais gravadas e estocadas em seu cérebro, terá poucos recursos mentais para se comportar de forma positiva e ficaria desajustada em seu meio, contribuindo para uma séria de transtornos pessoais e sociais. As doenças mentais de origem funcional; isto é, causadas por transtornos no cérebro; embora este esteja neurologicamente normal, ocorrem, em grande parte, devido aos comportamentos negativos de pessoas que se encontram inadaptadas para a vida em sociedade, em razão do pouco conhecimento que dispõem em seus cérebros, mentalmente regredidos. É muito comum os Psicólogos e Psiquiatras tratarem de distúrbios mentais gerados pelas exigências familiares e sociais sobre pessoas cujo conhecimento está aquém das necessidades exigidas no seu cotidiano. Fica mais fácil a compreensão desses fatos, exemplificando-os com casos clínicos tirados da prática desses profissionais da Mente: -Uma paciente de 35 anos, solteira, procura a terapia pelo motivo de há muito vir sofrendo de depressão, com crises periódicas de choro e abatimento geral. Ao longo do tratamento a sua vida pregressa foi sendo analisada e verificou-se que ela levava a vida fundamentada em sua beleza física, não se preocupando com o aprimoramento de sua Mente, gravando em seu cérebro as informações que mais tarde ser-lhe-iam exigidas pelas necessidades de sua vida. Conseguiu concluir um curso superior, via de regra se utilizando de meios que não lhe proporcionaram o adequado conhecimento para exercer a profissão desejada. Segundo seu relato, durante o seu curso, utilizava-se de “cola”; de “sedução” para conseguir notas; assinava trabalhos feitos por alguns colegas mais estudiosos; etc. Com o diploma na mão, incompetente para o exercício profissional, teve que percorrer alguns gabinetes de políticos, em busca de “pistolão” para ter acesso a algum emprego que não exigisse dela concurso ou prova comprobatória de conhecimento (que não tinha) do Curso que fizera. Ela conseguiu a ajuda política, mas, à custa, de “favores sexuais”; violentandose física e moralmente por indivíduos inescrupulosos e imaturos (assim como ela) socialmente “importantes” que se aproveitaram de sua necessidade de sobrevivência, por ser ela vítima dos poucos conhecimentos gravados em seu cérebro. Quanto menos conhecimentos gravados, mais incompetente e imatura estará a pessoa. Por carecer de enriquecimento mental, a paciente voltou-se para a “idolatria” do corpo (narcisismo) que, com o passar do tempo, um acidente ou uma moléstia qualquer, perderá os encantos da beleza jovial. Foi o que lhe aconteceu! Não mais dispondo da beleza física, pouco lhe restou para a manutenção da sua vaidade, segurança material e amorosa. Estão aí, as causas da sua depressão! Perdeu a sua auto-estima e se frustrou diante da realidade adversa daquela que, fantasiosamente, idealizara. -Um casal procurou-nos em busca da estabilidade conjugal, muito desgastada pelos atritos e incompreensões diárias,originados pela incompatibilidade mental existente entre ambos. A desarmonia foi gerada pelo desequilíbrio cultural entre eles. A esposa era bióloga, pós-graduada e com doutoramento nessa área. Ele era comerciante e nunca manifestou interesse pelos estudos, recusando-se a aprimorar a sua mente com novas e importantes informações que lhes dariam suporte cultural à altura da mente da esposa. A mulher, logo no início da vida conjugal pôs em prática os seus conhecimentos científicos, principalmente quanto à higiene de sua casa. Preocupou-se, com a assepsia a fim de evitar proliferações microbianas em casa. Fez muito bem, quanto a tais cuidados; tendo em vista que ela havia estudado tanto este assunto. Um biólogo competente sabe muito bem a importância da limpeza no combate microbiano. Entretanto, o marido cujo conhecimento biológico era nulo, não entendendo os bons e louváveis propósitos da esposa, julgou que esta o estava menosprezando e humilhando-o, quando ela o alertava sobre a possibilidade de contágio, quando, por exemplo, ele ficava gripado e não lavava as mãos; ou, quando ele utilizava as vasilhas destinadas aos outros, principalmente as do bebê. Quanto mais ela tentava explicar-lhe e convencê-lo da existência e perigo das bactérias, vírus e outros microrganismos; mais ele reagia com agressividade e descaso para com a higiene do lar. Dizia que ela não gostava dele e por isso sentia “nojo” dele. Foi neste clima que nos procuraram (por iniciativa dela e grande oposição dele), a fim de por termo ao sofrimento mútuo, gerado pela falta de informações biológicas, gravadas no cérebro desse marido. Vê-se que a falta de um tipo de conhecimento (o biológico) provocou grandes transtornos econômicos, físicos, psíquicos, sociais e familiares. Poderia ter causado outros tantos conflitos mais graves, como agressões, suicídio e, até mesmo o homicídio. -Outro exemplo que podemos citar como um comportamento nocivo a todos nós, motivado pela falta de conhecimento e ignorância decorrente desse, é o comportamento generalizado, entre hortigranjeiros, de pulverizar com agrotóxicos as hortaliças e aplicar hormônios, em demasia, nas criações avícolas. Nos países mais avançados culturalmente; aqueles em que os cérebros da maioria da população contém muitos conhecimentos gravados (com mentes mais ricas, ágeis, competentes e inteligentes) a prática do uso desses venenos agrícolas está sendo suprimida. Mas, entre países em que a maioria dos cérebros é culturalmente pobre, mercê da falta de conhecimentos gravados, o uso desses pesticidas continuará a provocar inúmeras doenças nos consumidores, inclusive alguns tipos de câncer. Tanto os aplicadores do veneno, quanto os consumidores têm pouca ou nenhuma noção dos males que acarretam à saúde pública. Eles morrem pela boca por desconhecerem (ignorarem) as informações biológicas, químicas e psicológicas daqueles venenos e da própria saúde. Conversando com alguns desses aplicadores de agrotóxicos, constatei que nada sabiam e entendiam da constituição desses produtos e, alguns, desconheciam até a dosagem certa da sua aplicação. Por falta de conhecimento eles nos matam e se matam. -Casos como a poluição sonora que cada vez mais neurotiza a todos, exemplifica a ignorância dos milhões de indivíduos imaturos que deterioram o som e desestruturam as nossas mentes com a infernal barulheira que promovem em suas casas,carros,motos,festinhas,botecos,boates, nas ruas e onde quer que estejam, a fim de atraírem os aplausos e olhares de outros imaturos e a busca da auto-afirmação ( sobre este assunto; ler o Artigo: “O Império do Barulho”). Cada vez mais, num crescente incontrolável, bandos de imaturos barulhentos perturbam e danificam as mentes alheias (nossas) e as deles. Muitos são os exemplos que poderíamos citar para comprovar a inexorável rota da imaturidade que atinge todas as Cidades do Planeta. A Força da Alienação Poderíamos continuar citando mais exemplos de perturbações comportamentais decorrentes da desinformação cérebro-mente que concorrem para desestabilizar todo o social. Nos dias atuais, parece que a desinformação e a ignorância, relativas ao conhecimento geral sobre a própria Natureza, assumem proporções gigantescas, atingindo limites insuportáveis de prejuízos e transtornos de toda espécie à Sociedade. A falta de conhecimento, a ignorância e alienação tornaram-se bastante comuns e populares, prejudicando todos que vivem em sociedade. Entre os adolescentes e púberes, principalmente, a leitura, estudo e a pesquisa, tornaram-se quase nulos, como meio de obtenção de conhecimentos que deveriam “alimentar” os seus cérebros, a fim de se comportarem de forma sadia, construtiva e positiva para eles e para a sociedade. Condicionados e presos no prazer imediato do aqui-e-agora, a maior parte deles rejeita o conhecimento. É muito raro encontrarmos alguém que goste de estudar. Quando se fala em livros,estudo,ciência e saber; é como se insultássemos a maioria das pessoas de hoje.Chega-se ao cúmulo de condenar e rejeitar aqueles que nas escolas são mais dedicados ao estudos. Nas Faculdades, onde se encontram os nossos futuros “doutores”, muitos deles só conseguem “passar de ano” graças a expedientes escusos, criou-se até um chavão que comprova o desinteresse pelos estudos: “quem não cola, não sai da Escola”. Algumas escolas, ainda, levam a sério os seus currículos; mas, muitos delas, estão interessadas, apenas, nas mensalidades pagas pelos alunos. É bem conhecida a incompetência de muitos recémformados, cujas atuações põem-nos em risco nos diversos setores em que exercem suas atividades profissionais. Quem mais sofre com essa incompetência são os mais pobres e humildes que se submetem a esses profissionais, por não poderem pagar profissionais mais competentes e capacitados; isto é, aqueles que se dedicaram com seriedade aos estudos e nutriram os seus cérebros-mente com os conhecimentos necessários para exercerem bem as suas profissões. Imaginemos profissionais médicos e enfermeiros formados em faculdades desaparelhadas e incompetentes, lançando, semestralmente milhares de recém-formados incapacitados e imaturos que irão cuidar das nossas vidas quando adoecemos e tivermos que recorrer aos hospitais onde entregamos as nossas vidas e dos nossos amados, nas mãos imaturas de tais profissionais! Estamos todos “fritos”, em gordura “trans”!!! O indivíduo sem conhecimento torna-se vazio, alienado e perigoso a todos. Vazio por se sentir dependente e controlado por outrem; alienado, porque está no mundo, apenas, como mero expectador da passagem do tempo; e, perigoso, porque está apto, a qualquer momento, comportar-se de forma nociva, agredindo,destruindo e matando o seu ambiente e o seu semelhante; basta dar uma olhadinha nos noticiários diários da TV e dos Jornais. Uma pessoa que, tendo condições de estudar e aprender, não o faz; é um verdadeiro traidor da Natureza; pois denigre a própria Espécie, ao invés de engrandecê-la e honrá-la. Os exemplos são inúmeros e podem ser vistos diariamente por todos que queiram observar o comportamento da maioria das pessoas de todas as populações do mundo. Projetando as suas frustrações (carências, deficiências, inveja, imaturidade) no ambiente social, a maior parte da população nova busca nas drogas, crenças cabalísticas, fugas alucinógenas, bebidas, consumismo, carros e outros bens materiais; procuram fugir da realidade chocante que protagonizaram e dela são vítimas inconscientes e protagonistas inconseqüentes. Toda Geração, em determinado momento de sua época, fornece o alicerce para as vindouras. Nenhuma Geração prescinde da sabedoria de seus antepassados. A História nos revela a “saga” dos nossos ancestrais; seus inventos, descobertas e criações estão sendo usados hoje (e muito mal) por bilhões de imaturos que em nada concorreram apara tê-los; muito pelo contrário; fazem péssimo uso deles. Vejam os exemplos dos carros, armas, dos aparelhos de som, das drogas farmacêuticas, da cola de sapateiro, de alguns xaropes para a tosse, etc. Agora, pergunta-se, que “saga” esta geração deixará como exemplos para as próximas? Por quais feitos se notabilizarão para os que nos sucederão os briosos, conscientes, competentes e alegres rapazes e moças; dignos patriotas e autênticos representantes destes nossos dias? De que forma os novos “moykanos” escreverão as páginas do Porvir? Creio que a nossa herança não lhes será muito rica! Talvez, sejamos lembrados pelas Drogas, Gírias, Palavrões, Exibicionismo, Irresponsabilidade, Inconseqüência, Narcisismo, Alcoolismo, Tabagismo, Atrocidades, Violência, Alienação, Desonestidade, Amoralidade, Imoralidade e tantos outros atributos não muito honrosos; além do risco de os nossos sucessores receberem o Planeta todo “depenado”. Possivelmente, esta será a herança que deixaremos. Muitos Homens do passado nos deixaram a marca dos seus “gênios” que ainda hoje nos deleitam e tornam melhor a nossa vida. Quando comparamos os atuais adolescentes com os de ontem, devemos ser fortes para suportarmos a visão do que se espera em futuro próximo. A geração atual, com raras e honrosas exceções, exibe-se pela ignorância, insensatez, degeneração, desestruturação, insegurança, barulho, violência, agressividade, desrespeito a tudo e a todos, além de enorme descompromisso com o passado, presente e com o futuro. É de se prever, analisando o comportamento da maioria, que a vida futura na Terra (se não conseguirem destruí-la antes) será terrivelmente ameaçadora para todas as espécies, animais, vegetais e minerais. Os Pais, geradores e degeneradores dessa atual geração, devem se preocupar com os seus rebentos, procurando saber onde estão, com quem estão e o que andam fazendo,principalmente nas caladas das noites! Para finalizar, seria muito bom que observássemos mais o comportamento das pessoas, conhecidas, amigas, colegas, parentes, familiares e desconhecidos com quem nos relacionamos. Procuremos ver a pobreza de assuntos (pobreza mental) quando se reúnem, por exemplo, em um aniversário. Os homens, falando de futebol, bebidas, jogos, riqueza, material, carros, apartamentos, mulheres, sexo fácil e tantas outras futilidades passageiras e efêmeras. E as mulheres! Por outro lado comentando as novelas do dia, as fanfarronices dos seus maridos e filhos desgovernados; falam de cabelos, unhas, riquezas materiais, beleza física, cabeleireiros, infidelidade conjugal, rivalidade estética e material, de homens “bonitos”, malhação, cosméticos, intrigas, fofocas e tantas outras futilidades. E o que falam,discutem, analisam e divulgam os nossos filhos adolescentes e os mais crescidinhos quando se reúnem nos botecos,boates,festinhas e outros locais não muito lisonjeiros? Acho que cada pai deve imaginar o que dizem e o que fazem eles; afinal, foram eles que os criaram. Os “moykanos” do mundo inteiro, com honrosas exceções, estão se drogando,fumando,bebendo, ”fazendo sexo” (sexo não se fabrica) sem saber fazê-lo (milhares de crimes de aborto por mês, agredindo uns aos outros (ver final de jogo de futebol), pichando e depredando os bens públicos e particulares, berrando,gritando,ouvindo lixo sonoro a 200 decibéis por segundo, exibindo carros e motos comprados por inúmeros pais irresponsáveis, fazendo “pegas” para as suas filhas imaturas verem e quererem “ficar” com eles, discutindo futebol, falando de quantas mulheres/homens eles/elas “pegaram” por noite/dia, falando das novelas de televisão e outros sacrilégios contra a Espécie Humana. Além disso, assassinaram a Moral, a Ética, o Respeito, a Honestidade, o Amor, a Música, a Poesia e o Cavalheirismo; além de darem as costas ao Criador. Mataram a Língua Portuguesa, utilizando-se de meia dúzia de palavras, quase sempre importadas dos presídios norte-americanos, como: “legal”, ”beleza”, ”jóia”, ”valeu”,”cara” e alguma outra expressão chula condicionada pela TV ou algum modismo copiado de delinqüentes de além-mar; sem falarmos dos desenhos de morte,agressividade,violência e horror,estampados em suas roupas e peles. O que devemos esperar desses nossos sucessores! Quantos bilhões deles, em todo o mundo, estão fazendo o mesmo, comportando-se da mesma maneira! Na Globalização do MAL, este prevaleceu sobre o BEM? E as palavras Dele, quando afirmou que o MAL não prevaleceria sobre o BEM! Pais, procurem saber se seus filhos estão falando,discutindo e se preocupando com a poluição devastadora da terra, ar, mar e espaço sideral, quando bilhões de toneladas de lixo/ano,são evaporados, enviados e retornados para os nossos pulmões. Perguntem se eles estão procurando solução para os milhões de esfomeados no mundo inteiro; se estão pensando na cura do câncer e de muitas outras doenças que virão em decorrência dos seus muitos desatinos promíscuos; sobre o que seus filhos estão tramando para diminuirmos a barulheira infernal que eles mesmos promovem, nos 500 decibéis dos seus alto-falantes dos seus carros exibicionistas e em suas casas; nas festinhas e nas algazarras que fazem nos bares e botecos, dentro deles e nas calçadas, diariamente, encharcados de álcool e outras drogas mais. Pensem muito nisso e vejam o que nos esperam no futuro deles, seus e nossos. Brevemente, em outro Trabalho de pesquisa comportamental, intitulado: “PAIS, NÃO CHOREIS POR VOSSOS FILHOS...”, poderemos analisar melhor o comportamento dos seus filhos e as conseqüências, para todos nós, dos seus desatinos, patrocinados por vocês mesmos. CARLEIAL. Bernardino Mendonça Psicólogo-Clínico pela Universidade Católica de Minas Gerais; Estudante de Direito da Faculdade de Direito Estácio de Sá-BH; Escritor e Pesquisador na área da Psicobiologia.