Educação em Saúde e Doação de Sangue

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VII JORNADA DE SOCIOLOGIA DA SAÚDE
Saúde como objeto do conhecimento: história e cultura
ISSN: 1982-5544
EDUCAÇÃO EM SAÚDE E DOAÇÃO DE SANGUE
Dania Macedo Weigert1
Edlainne Aparecida Lino Cordeiro1
Gislayne ktoniski1
Na atual situação de saúde do contexto brasileiro na dinâmica da saúde pública, estamos
conquistando grandes avanços, porém há setores que há deficiência e carências na atenção da
demanda pública, salienta-se neste projeto a falta de Banco de Sangue como também
conseqüentemente falta de sangue, doadores de sangue e seus hemoderivados no sistema de
saúde, sendo uma situação constante no país. O uso de hemocomponentes em hospitais de alta
complexidade é elevado, sendo necessário o controle e a racionalização de sua utilização,
assim o projeto busca otimizar a coleta e a doação de sangue na grande Curitiba. Com bases
em revisões bibliográficas de estudos apresentados pela revista brasileira de hematologia e
hemoterapia o candidato á doação de sangue é submetido à triagem clínica hematológica e
sorologia que tem por o objetivo proteger o doador de doenças passiveis de transmissão pelo
sangue, nesta triagem é realizado um questionário que abordam questões referentes ao estilo
de vida do doador, possibilitando dependendo das respostas a doação segura para total
aproveitamento do sangue. De acordo com outro estudo realizado sobre doação de sangue
sobre a ótica escolar: concepções e valores, verificou-se pouca informação e ainda errôneas
sobre a doação de sangue. Discutiu-se a importância do papel da escola de educação em
saúde, os dados do estudo revelaram que segundo OMS 1,8 % da população mundial é
doadora, sendo necessário recorrer a programas nas escolas influenciando na aquisição de
valores e exercícios de cidadania com estratégias pedagógicas, sociais e psicológicas,
considerando o estágio cognitivo, idade, experiência e cultura, visando à necessidade de
trabalhar nas escolas desde a fase pré-escolar dispondo de informações e esclarecimento sobre
o processo de doar sangue, considerando um ato de generosidade e ajuda ao próximo, devido
ao alto índice de desinformação observou-se a necessidade de campanhas, folhetos
explicativos e investimentos em informações através dos meios de comunicação. Coube a
família o principal papel de fornecer informações aos filhos, associar valores e sentimentos
positivos de doação, apesar do baixíssimo número de pais doadores. A mídia veio em segundo
lugar para a influência nas doações sanguíneas, segundo esta mesma pesquisa os meios de
comunicação são considerados veículos poderosos de formação de opiniões devido ao seu
poder de transformar, colocar conteúdo simbólico e cultural para a sociedade. Nos países
desenvolvidos a tentativa de contornar os baixos índices de doação, foram através de
campanhas educativas iniciadas no ensino fundamental, conscientizando as crianças da
importância de serem doadores causando uma influência em doar sangue dentro da família e
sociedade. Em outro estudo referente ao impacto da transfusão em morbimortalidade que
discorre sobre a importância da transfusão de sangue e hemocomponentes evidenciando o
poder de salvar vidas e melhorar a saúde dos pacientes, sendo uma prática médica muito
usada, percebeu-se que a doação de sangue poderia levar a complicações agudas ou tardias,
transmissão de agentes infecciosos, morbidade e mortalidade. Devido a estes riscos o estudo
mostra um fato marcante na história das doações de sangue que foi a criação do programa
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Centro Universitário Campos de Andrade - Uniandrade
Curitiba –08 de novembro de 2013
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nacional de sangue e hemoderivados, formalizado pelo ministério da saúde em 1980, atraindo
recursos humanos qualificados e com qualidade na triagem clínica e sorológica trazendo
informações que poderiam oferecer maior segurança para os doadores e receptores,
desenvolvendo uma melhora na parte técnico-cientifica e ações de vigilância sanitária e
controle de transmissão natural de doença, onde foram alcançados grandes avanços na
América latina na década de 1980 e 1990, sobretudo no Brasil, com medidas de vigilância e
controle da transfusão sanguínea. Em discussão sobre o tema de incentivar que a população
curitibana se torne doadora de sangue, surgiram alguns questionamentos de acordo com uma
pesquisa realizada sobre os riscos envolvidos na transfusão de sangue, podendo ser
ocasionado por procedimentos inadequados, erros ou omissão dos profissionais responsáveis
pela transfusão, foram avaliados enfermeiros, auxiliares de enfermagem e técnicos de
enfermagem sobre o tema de administração de transfusões. Mais da metade se sentia pouco ou
mal informado sobre o assunto, grande parte referindo que os pacientes não são orientados
sobre sinais e sintomas, referente as reações transfusionais. O estudo evidencia a necessidade
dos profissionais terem conhecimento e respeitar as regras sobre as complicações que podem
acorrer, alguns com sérios prejuízos podendo ser fatais ou inevitáveis, sendo a maioria
atribuída ao erro humano, as causas mais comuns foram a incompatibilidade e falhas na
instalação, por isso ouve a necessidade de treinamento da equipe e orientação correta ao
doador e ao paciente que receberia o sangue. De acordo com as buscas realizadas com foco
voltado para a enfermagem, foi possível observar a importância do papel fundamental do
profissional enfermeiro não só administrando, mas também na segurança transfusional e
estimulação das informações repassadas ao público doador e ao receptor do sangue e a equipe
de enfermagem, orientando, indicando, prevenindo erros e atuando no atendimento das
reações transfusionais, bem como documentando todo o processo, minimizando riscos e
custos e evitando danos. O enfermeiro tem como capacitação planejar, executar, coordenar,
supervisionar e avaliar procedimentos de hemoterapia, assim como educação continuada,
evidenciando que os profissionais de enfermagem devem atuar na promoção, prevenção e
reabilitação da saúde da população divulgando a importância da doação de sangue, neste
raciocínio os objetivos foram: implementar ações de incentivo a doação de sangue com alunos
de enfermagem; Criar ações pedagógicas para orientações, nas instituições públicas e
privadas; Instrumentalizar cartazes e folders. A matriz metodológica a ser trabalhada, é
indutiva, quantitativa e qualitativa. Será realizada uma revisão bibliográfica em teses,
dissertações e artigos técnicos científicos. Além de seu forte a criação da ação pedagógica
como palestras adaptadas com conteúdo lúdico, e organização de cartazes e folders adaptado a
faixa etária, destacando a importância da doação de sangue, salienta-se que o grupo organiza
encontros mensais, e participa junto a sindicatos e a trabalhadores dos setores do contexto
econômico da cidade de Curitiba e região metropolitana. Os resultados analisados com a
intenção do projeto mostram que hoje os trabalhos que estão sendo realizados no campo da
enfermagem referentes ao incentivo para doação de sangue na área dos hemocomponetes e
hemoderivados, não estão voltados para programas de educação permanente, devido a um
problema político de saúde pública, não há continuidade nos incentivos o que não permite
obter grandes avanços e resultados, com isso gera-se uma grande carência de doadores de
sangue em todo Brasil.
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