Plano de Trabalho Estatística aplicada ao esporte

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Estatística Aplicada
a Medicina
Prof. Dra. Camila Bertini Martins
[email protected]
[email protected]
UNIFESP – São José dos Campos
Agenda
Apresentação
Metanálise
UNIFESP
Importância da Estatística na Pesquisa
 Referências Bibliográficas
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• 2009-2013: Doutorado em Estatística (USP)
UNIFESP
Formação acadêmica:
• 2007-2008: Mestrado em Estatística (UFSCar)
• 2003-2006: Bacharelado em Estatística (UFSCar)
Atuação Profissional:
•
2014-atual: Professor Adjunto no ICT - UNIFESP/ SJC
•
Colaboradora do IPq-HCFMUSP
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UNIFESP
Linha de Pesquisa:
•
Modelos Estatísticos em Metanálise
•
Interfaces gráficas e aplicativos digitais envolvendo metodologias
estatísticas
Áreas de Atuação:
•
Probabilidade e Estatística Aplicada
•
Análise de Sobrevivência
•
Metanálise
•
Inferência Bayesiana
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Importância da Estatística
Estatística
Conjunto de técnicas que permite organizar, descrever,
experimentos,
realizados
conhecimento
em
qualquer
área
do
UNIFESP
analisar e interpretar dados oriundos de estudos ou
Divisão da Estatística:
• Estatística descritiva
• Probabilidade
• Inferência Estatística
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UNIFESP
Importância da Estatística
População é o conjunto de todos os elementos ou resultados sob
investigação. Amostra é qualquer subconjunto da população.
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Importância da Estatística no Projeto de
Pesquisa
Definição do Problema
estudado
• O pesquisador deverá examinar outros levantamentos
UNIFESP
• Definição ou formulação correta do problema a ser
análogos
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Importância da Estatística no Projeto de
Pesquisa
Definição do Problema
UNIFESP
Planejando a coleta de dados
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Importância da Estatística no Projeto de
Pesquisa
Planejando a coleta de dados
• Custos
• Delineamento amostral
UNIFESP
• Tipo de levantamento: Censo ou Amostragem
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Importância da Estatística no Projeto de
Pesquisa
Planejando a coleta de dados
tratamento para cada grupo de pessoas, mas
Tipo do Estudo
usa as informações já disponíveis sobre o
UNIFESP
Observacional: o pesquisador não impõe um
paciente.
Intervenção: estudo experimental em que o
pesquisador em geral aloca os pacientes a
cada tratamento.
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Importância da Estatística no Projeto de
Pesquisa
Definição do Problema
Organizando os dados
UNIFESP
Planejando a coleta de dados
11
Importância da Estatística no Projeto de
Pesquisa
Organizando os dados
Indiv
Bruno
Maria
Raphael
João
Alan
Sexo Peso (kg)
1
2
1
1
1
Altura (m)
IMC
Situação
1,90
1,64
1,80
1,65
1,79
21,1
28,3
25,3
28,7
23,4
2
3
3
3
2
76
76
82
78
75
...
Sexo
1 – Masculino
2 - Feminino
UNIFESP
Construção do banco de dados
...
IMC
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Importância da Estatística no Projeto de
Pesquisa
Organizando os dados
estatísticas
• Investiga-se
os
dados
coletados
e
UNIFESP
• Preparar os dados para possíveis análises
Erro
digitação
arrumados à procura de possíveis valores
discrepantes, diferenças acentuadas de
escalas e informações não adequadas ao
contexto da análise
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Importância da Estatística no Projeto de
Pesquisa
Definição do Problema
Organizando os dados
UNIFESP
Planejando a coleta de dados
Análises ao longo do processo para guiar a pesquisa
14
Importância da Estatística no Projeto de
Pesquisa
Análises ao longo do processo para guiar a pesquisa
exploratória dos dados, com o intuito de conhecer da amostra.
• O interesse está na redução, análise e interpretação dos dados
UNIFESP
• Toda análise estatística é iniciada com uma análise
através de cálculos de medidas resumo e gráficos
Tenta-se obter dos dados a maior
quantidade possível de informação
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Importância da Estatística no Projeto de
Pesquisa
Análises ao longo do processo para guiar a pesquisa
A análise estatística a ser realizada varia de acordo com a
Algumas técnicas estatísticas:
UNIFESP
questão a ser respondida
Testes de Hipóteses
Regressão Linear
 Frequentemente, no desenvolvimento de um projeto, um
conjunto de técnicas estatísticas pode ser utilizado de tal
maneira que cada técnica se complementa
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Importância da Estatística no Projeto de
Pesquisa
Definição do Problema
Organizando os dados
UNIFESP
Planejando a coleta de dados
Análises ao longo do processo para guiar a pesquisa
Interpretação dos resultados
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Comparações, discussões e conclusões
Revisão Sistemática
e
Metanálise
Alunos Colaboradores:
Catarina Fernandes Proglhof
Letícia Souza Gomes
Ricardo Manhães Savii
Introdução
• Devido ao acelerado crescimento da produção de estudos
científicos nos últimos anos e à disponibilização de um grande
dificuldades em manter-se sempre atualizado e ainda correr o
risco
de
deparar-se
com
informações
divergentes
e
UNIFESP
número de informações, o pesquisador pode encontrar
contraditórias
19
Introdução
A
ferramenta
metanálise
para
dar
apresenta-se
ao
como
pesquisador
uma
boa
informações
Sintetiza da forma mais coerente informações de estudos
UNIFESP
consistentes e valiosas.
sobre o mesmo tema
• Principais fontes de informação nas áreas médicas,
biológicas, engenharias, entre outras.
20
Revisão Sistemática
UNIFESP
Filtro: Garantir a confiabilidade e precisão dos resultados
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Revisão Sistemática
Os dados dos diferentes estudos podem ser
quantitativamente combinados por métodos estatísticos
UNIFESP
metanálise.
Observações: Uma Metanálise de qualidade só é possível
quando precedida de uma boa Revisão Sistemática.
Porém...
Pode-se realizar uma Revisão Sistemática sem Metanálise.
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Metanálise
O primeiro a usar técnicas de metanálise foi provavelmente
Karl Pearson no início do século XX quando procurava
UNIFESP
“Síntese de Pesquisas”
tratamentos para febre tifoide
“Uma análise estatística de grandes coleções de resultados de
estudos individuais com o propósito de integrar os achados
destes estudos” (Glass, 1976)
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Metanálise
Metanálise Baseada na Literatura
resultados (medidas de efeito) de cada estudo, e então,
UNIFESP
O modo usual de se fazer metanálise é considerar apenas os
combiná-los através do cálculo da média ponderada destas
medidas (Mantel e Haenszel, 1959; DerSimonian e Laird, 1986).
24
Metanálise Baseada na Literatura
Limitações do método:
1. Métodos diferentes (dificuldades na combinação dos
2. Estudos pequenos e que não mostram significância
estatística podem não estar representados na literatura
UNIFESP
resultados)
publicada
3. Se apenas medidas-resumo são apresentadas na
literatura, pode ser impossível a realização de certos
tipos de análises
25
Metanálise Baseada na Literatura
• A metodologia pode ser aplicada para diferentes medidas
de efeito, tais como: odds ratio, risco relativo, diferença
• Homogeneidade entre os estudos: a variabilidade
UNIFESP
entre médias, proporção, entre outras.
observada entre os estudos é devida apenas a flutuações
amostrais aleatórias;
• Heterogeneidade entre os estudos: a variabilidade dos
estudos têm origem não aleatória.
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Metanálise Baseada na Literatura
Heterogeneidade em metanálise
-Diferenças
os
protocolos
utilizados;
-Definição da doença;
-Variações entre tratamentos;
UNIFESP
Possíveis causas
de
heterogeneidade
entre
-Variabilidades demográficas.
Sua avaliação é importante, pois indica o tratamento
estatístico mais adequado a ser utilizado.
Ausência
Modelos de Efeito Fixo
Presença
Modelos de Efeito Aleatório
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Metanálise Baseada na Literatura
Exemplo: avaliação da prevalência de sintomas depressivos
clinicamente significativos (SDCS) em idosos brasileiros residentes
UNIFESP
em instalações de longa permanência (ILP)
28
Figura: Prevalência combinada de SDCS entre idosos de ILP
Metanálise Caso a Caso
IPD Metanalysis (Individual Patient-level Data)
“Padrão Ouro”: Resgata
os dados originais de cada
• Pode-se realizar análises de subgrupos, combinar diferentes
UNIFESP
participante dos estudos.
escalas de medidas e ainda permite a verificação dos
resultados por meio reanálise dos dados
Desvantagem: Impossibilidade de acesso aos dados dos estudos
por motivos simples, como a falta de colaboração ou perda de
dados
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Metanálise Caso a Caso
• Esta abordagem requer habilidades particulares, modelos
sofisticados e, é considerada o padrão ouro de metanálise.
dados; no entanto, não há uma única "metodologia correta".
UNIFESP
• Existem diferentes metodologias estatísticas para a análise dos
• O modelo estatístico apresentado se baseia na mistura de
distribuições a posteriori dos parâmetros de interesse de cada
estudo pertencente a metanálise e então, encontrar uma
medida metanalítica.
30
Metanálise Caso a Caso
Interesse: Verificar o sucesso na aplicação de uma nova técnica
cirúrgica que foi aplicada em sete centros universitários de cinco
UNIFESP
estados brasileiros de três diferentes regiões.
Modelo estatístico: Bernoulli com parâmetro p (proporção
populacional de sucesso).
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Metanálise Caso a Caso
X: aplicação da nova técnica cirúrgica;
X = 1, se houve sucesso com probabilidade p ou
X = 0, se não houve sucesso com probabilidade 1 - p.
UNIFESP
Logo, Y~Bernoulli(p).
Para cada estudo j:
Posteriori ∝ Priori × Verossimilhança
Distribuição a Priori: Uniforme(0,1)
Distribuição a Posteriori: 𝜋𝑗 𝑝 𝑋 ~𝐵𝑒𝑡𝑎 𝑦𝑗 + 1, 𝑛𝑗 − 𝑦𝑗 + 1
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Metanálise:
𝐽
𝑗=1 𝑤𝑗
𝜋𝑗 𝑝 𝑋
UNIFESP
Metanálise Caso a Caso
33
Metanálise Caso a Caso
•
Ao se usar a média como
medida-resumo da presente
p, perde-se informação.
•
Probabilidade preditiva: a
UNIFESP
distribuição metanalítica de
chance de um novo paciente
obter
sucesso
na
nova
técnica cirúrgica é de 56%.
•
Este resultado é como jogar uma moeda para predizer se o próximo
paciente terá ou não sucesso na cirurgia.
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UNIFESP
Metanálise Caso a Caso
Distribuições preditivas: 𝑃 𝑍 = 1 𝑦𝐺1 = 73% e 𝑃 𝑍 = 1 𝑦𝐺2 = 51%
Resultado muito mais interessante!!
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UNIFESP
Metanálise Caso a Caso
36
Metanálise Caso a Caso
Considerações sobre a metodologia:
• O método produz como medida metanalítica uma distribuição
• Medida geral, fazendo com que ela possa ser utilizada, desde
o problema mais trivial de metanálise aos mais complexos;
•
UNIFESP
de probabilidade a posteriori para o parâmetro de interesse;
Quando há estatística suficiente disponível, realizar uma
metanálise baseada na literatura é equivalente a realizar uma
metanálise caso a caso, sem perda de informação.
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Referências Bibliográficas
• Bueno, A et al. (2002). Environmental genotoxicity evaluation:
Bayesian approach for mixture statistical model. “SERRA” Stochastic
• DerSimonian, R and Laird, N (1986). Meta-Analysis in Clinical Trials.
Controlled Clinical Trials, 7, 177--188.
UNIFESP
Environmental Research & Risk Assessment, 16, 4, 267-78.
• Glass, GV (1976). Primary, secondary, and meta-analysis of research.
Educ Res, 5, 3--8.
• Martins, CB (2013). Metanálise caso a caso sob perspectiva
bayesiana. Tese de Doutorado – Instituto de Matemática e
Estatística, USP.
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Referências Bibliográficas
• Mantel, N and Haenszel, W (1959). Statistical aspects of analysis of
data from retrospective studies of disease. Journal of the National
• Pearson, ES (1938). The probability integral transformation for
UNIFESP
Cancer Institute, 22 (4), 719--748.
testing goodness of fit and combing independent tests of
significance. Biometrika, 30, 134--148.
• http://hiru.mcmaster.ca/cochrane/cochrane/hbook.htm
39
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