Cérebro

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Setembro 2011
Exercícios e
envelhecimento
Aumento da sensação
de bem-estar e da força
muscular, redução de fatores
de risco para doenças coronarianas, diminuição da
massa gorda e melhora da
função cardiovascular: esses
são alguns dos benefícios
mais conhecidos a serem
obtidos com a prática regular
de exercícios físicos. Mas o
que pouca gente sabe é que
o exercício físico também
pode melhorar o funcionamento cerebral e retardar o
envelhecimento.
Exercícios físicos ajudam no
envelhecimento?
Existem diversas ações
que podem ser realizadas para
mantermos nosso cérebro saudável, tais como interagir socialmente, manter uma dieta saudável,
dormir bem e praticar exercícios.
Neste sentido, a prática de exercícios proporciona benefícios tanto
físicos quanto mentais para
pessoas de qualquer idade, independente do sexo, idade ou do seu
grau de condicionamento prévio.
Porém, se você não dispõe de
muito tempo por dia, aproveite-o
ao máximo, pois o importante é a
prática regular e constante de
exercícios!
Com a prática contínua de
exercícios físicos há a diminuição
da gordura corporal e o aumento
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da massa muscular, componente
que é diminuído com o envelhecimento. Além disso, a prática
de exercícios regulares melhora a
capacidade cardiovascular, contribuindo assim para diminuir o risco
de desenvolvimento de doenças
cardíacas e ajudar no combate aos
fatores de risco como obesidade e
pressão arterial elevada. Outro
ponto positivo para esta prática é a
diminuição da taxa de perda óssea.
Atividade física e o
envelhecimento cerebral
Com o envelhecimento há
o declínio das funções executivas,
muito importantes para o planejamento e execução de tarefas do
dia-a-dia e que envolvem processos como raciocínio, pensamento,
percepções, tempo de reação,
atenção e memória. Assim, quando
nos propomos a realizar uma
tarefa, por mais simples que seja,
como limpar a casa, precisamos
das funções executivas para gerencia-las. Se com o envelhecimento
há um declínio nessas funções,
estas atividades diárias podem
ficar comprometidas.
de novos neurônios. Isso mesmo:
fazer exercícios físicos ajuda a
gerar mais células nervosas, além
de fortalecer as conexões já
existentes e estimular novas.
Esses benefícios adquiridos com a prática de exercícios
físicos culminam na melhora das
funções executivas, além de
melhorar a auto-estima e o
condicionamento físico.
Interações sociais e
exercícios
Muitas pessoas aderem aos
programas de exercícios físicos
não somente pelos ganhos físicos,
mas também pelo bem estar gerado
pelas interações e pela prática em
si. A redução do convívio social,
resultado muitas das vezes da saída
do mercado de trabalho, perdas
familiares ou limitações físicas é
comum durante o envelhecer, o
que pode ser agravado pela instalação de quadros de depressão.
Assim, os exercícios físicos podem
contribuir estimulando a interação
social durante a sua prática e, desta
forma, gerando uma sensação de
bem estar. Além disso, uma
atividade prazerosa pode aumentar
a liberação de dopamina, um dos
neurotransmissores ligados ao
prazer e à recompensa.
Saiba mais sobre:
O envelhecimento também
está associado à perda da massa
cinzenta cortical, a qual é formada
pelo corpo das células neuronais
responsáveis pelo processamento
das informações em nosso cérebro.
Em contrapartida, a prática de
exercícios físicos reduz essa perda,
contribuindo para a manutenção do
tecido nervoso e estimulando a
neurogênese. Este último processo é o responsável pela formação
Exercícios e envelhecimento
http://www.dana.org/news/brainwork/detail.asp
x?id=13666
http://www.sfn.org/index.aspx?pagename=brain
Briefings_11_healthyaging
Por Tatiana Maia e Alfred Sholl
Franco
www.cienciasecognicao.org
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