Intolerantoterapia Intolerância Alimentar Alergia Alimentar Hipersensibilidade Alimentar Os vilões da sua saúde podem estar no prato. Muita gente passa mal porque tem intolerância alimentar, alergia alimentar ou a hipersensibilidade a algum alimento. A intolerância alimentar é o resultado da dificuldade do organismo na digestão ou assi- milação de determinado alimento. Surge quando o organismo tem dificuldade em digerir ou “processar” corretamente o alimento ou ingrediente ingerido, não existindo participação imunológica, ou seja, não envolvendo anticorpos. Neste caso, a reação surge devido a uma deficiência enzimática (como por exemplo,. a intolerância à lactose por défice de lactase) ou devido a contaminantes dos alimentos (por ex. bactérias, ou substâncias tóxicas), sendo os sintomas imediatos, logo após a primeira ingestão. A alergia alimentar consiste na resposta do sistema imunitário a um determinado alimento, ao qual reage como sendo uma ameaça externa que deve combater. A reação aparece, normalmente, na segunda vez que o alimento é ingerido. A reação alérgica pode ser desencadeada apenas com o toque ou cheiro do alimento alergéneo, pelo que é muito importante evitar qualquer tipo de contato, ainda que indireto. Além disso, o mesmo alimento pode provocar sintomas diferentes em pessoas diferentes ou até na mesma pessoa. A hipersensibilidade alimentar (geralmente usado como sinônimo de alergia alimen- tar) pode ser definido como uma reação clínica adversa, reproduzível após a ingestão de alergenos (substâncias que desencadeiam a alergia) presentes nos alimentos, causados pela exposição a um estímulo em uma dose tolerada por pessoas normais As hipersensibilidades alimentares podem ser de dois tipos: imediata ou tardia. As Imediatas são um fenômeno raro e afetam de 0,3 a 7,5% das crianças e 1 a 2% dos adultos. Como todo processo alérgico, a alergia imediata também mobiliza anticorpos, mais especificamente do tipo IgE. Estes se ligam ao antígeno alimentar agressor, formando-se os imunocomplexos (complexos de antígeno e anticorpo). As Tardias, ocorrem quando anticorpos do tipo IgA, IgG e IgM são produzidos em resposta a ingestão de alimentos, agentes químicos ou toxinas bacterianas produzidas no ambiente intestinal ou veiculadas através dos alimentos. A maneira de diagnosticar uma hipersensibilidade e que está mais ao alcance da maior parte dos profissionais é aplicar a dieta de eliminação por pelo menos 30 dias, onde somente devem ser ingeridos aqueles alimentos com baixo potencial alergênico. Após este período segue com a re introdução gradual dos alimentos, sempre estando atenta para correlacionar o aparecimento de algum sintoma com a ingestão de determinado alimento. Neste sentido, as hipersensibilidades tardias podem ser cíclicas ou fixas. São chamadas cíclicas quando a eliminação do alergeno alimentar em questão é feita durante meses (o tempo varia entre indivíduos) e isto permite a sua reintrodução desde que esta não seja de maneira muito frequente. Normalmente se tolera bem a ingestão do alimento com 4 dias de intervalo. Já nas alergias fixas, toda a vez que o alimento é ingerido ocorre reação independente do tempo de intervalo que se dá entre as ingestões do mesmo, ou seja, não há descensibilização do sistema imunológico mesmo que se permaneça meses ou anos sem ingerir o alergeno alimentar. Praticamente qualquer alimento pode provocar as reações de hipersensibilidades tardias, mas os mais comuns são a carne vermelha, frutas cítricas, leites e seus derivados, glúten (trigo, centeio, cevada, aveia e malte), ovos, milho e carne de porco. Estes contribuem com pelo menos 80% dos casos Alergia alimentar De acordo com o Food and Drug Admistration (FDA), órgão governamental norte-americano, já passamos dos 3 mil tipos de produtos químicos tais como conservantes, preservativos e edulcorantes passivos de serem encontrados em nossa alimentação. E paralelo ao aumento destes produtos ocorre também o crescimento no número de casos de alergia alimentar, embora este problema ainda seja mal diagnosticado O que é? A alergia alimentar é uma reação indesejável que ocorre após a ingestão de determinados alimentos ou aditivos alimentares. A alergia alimentar sempre envolve um mecanismo imunológico, expressando-se através de sintomas muito diversos. A alergia alimentar é, simplificando ao máximo, uma resposta exagerada do organismo à determinada substância presente nos alimentos. É muito comum entendermos a alergia como sendo uma reação individual sintomática relativa a fatores do ambiente cuja concentração, ou quantidade, a maioria das pessoas consegue facilmente tolerar. Contudo, é preciso ser comprovado cientificamente a presença de um reagente que, na terminologia médica, é um anticorpo chamado de imunoglobulina E (IgE). Este anticorpo por sua vez se manifesta especialmente nas alergias por pólen, poeira e pelos de animais, porém, aparece em número limitado na alergia alimentar. A resposta do IgE é o que o alergista esta procurando quando realiza testes em nossa pele ou quando solicita o Radioalergosorbent Test (RAST IgE) no sangue. Entretanto, a maioria das alergias alimentares tem um tempo para manifestação bastante variável, podendo acontecer dentro de 1 hora ou em até 30 dias depois da ingestão de determinado alimento. Infelizmente, o leque de reações, tanto emocional quanto física, aos alergênicos não é facilmente descoberto quando medido pelo IgE. Como conseqüência disso, muito se rotulou, principalmente as mulheres, como neuróticas, hipocondríacas ou inseguras quando apresentavam queixas físicas e ou emocionais inespecíficas. Atualmente, este fato está sendo contornados com o avanço da medicina nutricional embasada em trabalhos científicos conduzidos e publicados nos principais meios médicos da medicina moderna. Por que temos alergias? O aparecimento destas alergias está vinculado à mudança de hábito alimentar do fim de século. É um tema que começou a se tornar importante nos últimos anos pelo fato de utilizarmos uma alimentação muito industrializada, refinada e com excessiva concentração de conservantes e preservativos, como dissemos anteriormente. Isto se associa a mais de 10 mil tipos de químicos contaminantes presentes na água, ar e alimentos. Há, pois, uma dificuldade do nosso organismo em lidar com esses xenobióticos, que o enfraquecem criando a intolerância alimentar e, posteriormente, a alergia. Adicione a essa condição o fato de que nosso padrão alimentar não contém mais a quantidade necessária de nutrientes para manter o nível de saúde. Outro fator causador do desenvolvimento de alergias e o fato de comermos mais do que precisamos, com isso causando sobrecarga em nosso sistema digestivo e imunológico. Para termos uma ideia, consumimos em média de 500 a 1000 calorias a mais do que seria necessário para uma boa saúde. Temos ainda que levar em consideração o fato de que, com muita frequência, estamos comendo alimentos com uma variedade bastante limitada. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos apontou que cerca de 80% das calorias obtidas provém de apenas 11 tipos de alimentos. Isso significa que estamos constantemente bombardeando o nosso corpo com o mesmo alimento, que contém os mesmos nutrientes, criando uma sensibilidade e permitindo o surgimento de alergia, com as manifestações diversas. Alguns sintomas associados a alergia alimentar Sintomas Físicos Cabeça Olheiras escuras, inchaço e rugas sob os olhos (sinal de Dennie), dores de cabeça localizadas e outras dores de cabeça “vasculares”, enxaquecas, fraquezas, tonturas, sensações de estufamento na cabeça, sono excessivo logo após alimentar-se, insônia, acordar frequente durante a noite, de madrugada (geralmente entre duas e quatro da manhã), incapacidade de voltar a dormir. Olhos, ouvidos, nariz e garganta com coriza, nariz entupido, formação excessiva de mucos, lacrimejamento, visão turva, estalos, barulhos nos ouvidos, dor de ouvido, sensação de estufamento nos ouvidos, perda de audição, infecções de ouvidos recorrentes, pruridos no ouvido, corrimento do ouvido, dores de garganta, rouquidões, tosse crônica, engasgamento, pruridos no céu da boca, sinusites recorrentes, necessidade de higiene nasal frequente. Coração e pulmões da por exercícios. Palpitações, arritmias, taquicardia, asma, congestão no peito e asma induzi- Gastrointestinal Mucos nas fezes, comida não digerida nas fezes, náusea, vômitos, diarreia, constipação, distensão abdominal, eructação, colites, flatulência, dores ou cólicas abdominais, síndrome de intestino irritado, cólicas em crianças, sede extrema, doença inflamatória do intestino (doença de Crohn e colites ulcerativa), pruridos anais, língua com crosta esbranquiçada, sintomas aparentes de doença de vesícula (os quais podem vir a ser de natureza alérgica). Pele Erupções, assaduras, eczema, dermatites herpertiformes, palidez, pele seca, caspa, unhas e cabelos quebradiços. Outros sintomas “Dores de crescimento” em crianças, sintomas de TPM, fadiga crônica, fraqueza, dores musculares, dores articulares, artrites, inchaço das mãos, pés ou tornozelos, sintomas do sistema urinário (frequência, urgência), pruridos vaginais, corrimento vaginal, obesidade, variação rápida de peso de 1 dia para outro (1 a 5 kg ou mais). Sintomas Psicológicos Ansiedade, surtos de pânico, depressão, crise de choro, comportamento agressivo, irritabilidade, confusão mental, letargia mental, hiperatividade em crianças e adultos, agitação, desabilidades de aprendizagem, hábitos de trabalho que deixam a desejar, falar arrastado, gaguejamento, dificuldade de concentração, indiferença, provavelmente, certos tipos de autismo e esquizofrenia e bulimia/anorexia nervosa. Reação anafilática É uma reação grave, potencialmente fatal, de início súbito, que demanda socorro imediato. A anafilaxia (reação anafilática) é desencadeada pela liberação maciça de substâncias químicas que despertam um quadro grave de resposta generalizada. Remédios, picadas de insetos, alimentos, etc., podem ser os desencadeantes. Em situações excepcionais o alimento induz o aparecimento, de coceira generalizada, edema (inchaços), tosse, edema de glote, rouquidão, diarréia, dor na barriga, vômitos, aperto no peito com queda da pressão arterial, arritmias cardíacas e colapso vascular (“choque anafilático”). Como podem ser as reações alimentares indesejáveis. Alergia alimentar mediada por IgE As AA mediadas por IgE tipicamente envolvem um ou dois alimentos e ocorrem rapidamente após a ingestão da proteína (de segundos até cerca de 2 horas). A quantidade do alérgeno capaz de deflagrar sintomas varia de traços a alguns mililitros (ou gramas), dependendo da predisposição individual. Alguns indivíduos também podem tolerar o alimento na forma cozida, mas não na forma crua. A restrição completa das proteínas do alimento responsável pelas reações, no entanto, deve ser sempre orientada após estabelecido o diagnóstico de AA (3). Alergia alimentar não mediada por IgE e mistas As AA não mediadas por IgE ou as formas mistas da doença devem ser suspeitadas quando os sintomas, geralmente envolvendo o trato gastrintestinal (TGI), apresentam caráter mais crônico, sem resolução rápida e não tão fortemente relacionadas à ingestão do alimento. Portanto, a AA deve ser investigada, mas os diagnósticos diferenciais, nestes casos, são muito variados Reações tóxicas -causadas por ação de toxinas ou por agentes infectantes. Secundárias à ingestão de alimentos contaminados, costumam se apresentar agudamente com febre, vômitos e diarréia. Não tóxicas- por Intolerância alimentar (exemplo: intolerância à lactose (falta da enzima lactase que desdobra o açúcar lactose). Ela não é imunomediada). Diagnóstico A correta anamnese e o exame físico minucioso levam às informações mais importantes no processo de investigação do alimento causador. Deve-se investigar detalhadamente o alimento suspeito, a quantidade ingerida, o tempo entre a ingestão e o aparecimento dos sintomas, reprodutibilidade dos sintomas e fatores associados (ingestão de álcool, prática de exercícios, etc). O exame físico deve ser criterioso na avaliação de outros sinais de atopia e do estado nutricional, como parâmetro de repercussão da doença. Exames laboratoriais úteis para as reações alérgica mediadas por IgE Teste cutâneo de hipersensibilidade imediata (prick test) O prick test é um método seguro e útil na identificação de alimentos potencialmente relacionados às AA mediadas por IgE, mas apresenta um baixo valor preditivo positivo para o diagnóstico clínico. Muitos pacientes apresentam testes positivos, indicando presença de anticorpos IgE específicos sem apresentarem sintomas quando expostos ao alimento testado . Testes para Alergia Alimentar Os testes convencionais utilizados para diagnosticar os mediadores alergênicos (IgE) feitos na pele, além de normalmente caros e dolorosos não funcionam para a maioria das alergias alimentares. Os testes para mediadores não IgE para alergia alimentar medem a lesão causada aos glóbulos brancos quando entram em contato com cada alimento potencialmente alergênico. Como a alergia alimentar pode causar dano ou mesmo destruir as células sanguíneas, o teste mostra qual alimento o paciente deve evitar no futuro. Apesar da possibilidade de falso positivo e pobre reprodutibilidade, ainda é melhor que o teste de pele para IgE ou RAST para IgE. Atualmente dispomos do teste Food Immune Complex Assay, ou “FICA”, que é capaz de medir a presença de anticorpos no sangue, específicos para alimentos e imunocomplexo para alergênicos alimentares em cada alimento testado. Outro teste que vem apresentando bons resultados e não é doloroso é o Teste Dermoelétrico. Através de diferenças de potenciais eletromagnéticos ele consegue determinar os alergênicos por meio de um sistema computadorizado, com resultado imediato. Entre os alimentos mais envolvidos encontramos: ovo, peixe, farinha de trigo, leite de vaca, soja e crustáceos. As reações graves (anafiláticas) estão, na maior parte das vezes, relacionadas à ingestão de crustáceos, leite de vaca, amendoim, e nozes. Porque temos alergia alimentar O aparecimento destas alergias está vinculado à mudança de hábito alimentar do fim de século. É um tema que começou a se tornar importante nos últimos anos pelo fato de utilizarmos uma alimentação muito industrializada, refinada e com excessiva concentração de conservantes e preservativos, como dissemos anteriormente. Isto se associa a mais de 10 mil tipos de químicos contaminantes presentes na água, ar e alimentos. Há, pois, uma dificuldade do nosso organismo em lidar com esses xenobióticos, que o enfraquecem criando a intolerância alimentar e, posteriormente, a alergia. Adicione a essa condição o fato de que nosso padrão alimentar não contém mais a quantidade necessária de nutrientes para manter o nível de saúde. Outro fator causador do desenvolvimento de alergias e o fato de comermos mais do que precisamos, com isso causando sobrecarga em nosso sistema digestivo e imunológico. Para termos uma ideia, consumimos em média de 500 a 1000 calorias a mais do que seria necessário para uma boa saúde. Temos ainda que levar em consideração o fato de que, com muita frequência, estamos comendo alimentos com uma variedade bastante limitada. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos apontou que cerca de 80% das calorias obtidas provém de apenas 11 tipos de alimentos. Isso significa que estamos constantemente bombardeando o nosso corpo com o mesmo alimento, que contém os mesmos nutrientes, criando uma sensibilidade e permitindo o surgimento de alergia, com as manifestações diversas. Tratamento O único tratamento comprovado para uma alergia alimentar é evitar o alimento. Outros tratamentos incluindo injeções contra alergia e probióticos, não foram claramente comprovados no auxílio a alergia alimentar. Se seu filho tem um problema com a fórmula de leite de vaca, seu médico talvez sugira experimentar uma fórmula de leite à base de soja ou algo chamado de fórmula elemental, se disponível. Se você suspeita que você ou os seus filhos são alérgicos a alimentos, consulte um alergologista. Se você apresenta sintomas em apenas uma região do corpo (por exemplo, uma urticária no queixo após comer o alimento específico), talvez você não precise de tratamento. Os sintomas provavelmente desaparecerão em pouco tempo. Os anti-histamínicos podem aliviar o desconforto. Pomadas suaves podem oferecer um pouco de alívio. Consulte seu médico se achar que apresentou uma reação alérgica a algum alimento, mesmo que tenha sido apenas uma reação local. Qualquer pessoa diagnosticada com alergia alimentar deve sempre carregar consigo (e saber como usar) a epinefrina injetável. Se você apresentar qualquer tipo de reação grave ou distribuída por todo o corpo (mesmo que sejam urticárias) depois de comer o alimento que causa alergia, injete a epinefrina. Em seguida, vá para o hospital ou pronto-socorro mais próximo, de preferência em uma ambulância. Procure ajuda médica imediatamente depois de injetar a epinefrina por causa de uma reação a alimentos. INTOLERANCIA ALIMENTAR Muito confundida com a alergia alimentar a intolerância alimentar é caracterizada pela incapacidade de digerir determinados alimentos ou aditivos alimentares pela falta de alguma enzima que é necessária para a correta digestão deste alimento. A intolerância alimentar é uma reação de sensibilidade não alérgica do organismo causada por mecanismos não imunológicos, a alguns alimentos ou a substâncias encontradas num ou mais grupos de alimentos. As substâncias tóxicas vão provocar desequilíbrios devido à deficiência ou ausência de enzimas digestivas para decomporem os alimentos. A ingestão excessiva e continuada de um determinado alimento pode levar a uma saturação do organismo e se assim for, ele deixa de metabolizar esse alimento e isto provoca problemas de saúde e mal-estar. No fundo a intolerância alimentar é uma resposta adversa e retardada do organismo relativa à ingestão de alimentos que, já eram, ou passaram a tornar-se nocivos. Normalmente essa resposta é lenta, assintomática, isto é, sem manifestações visíveis e imediatas após a ingestão desses alimentos. Com o passar do tempo, pode resultar em inflamações crónicas que se transformam em doenças debilitantes que afetam o bem-estar e a qualidade de vida do ser humano. Veja como pode manifestar a intolerância alimentar? Problemas digestivos (azia, refluxo gastro esofágico, sensação de enfartamento); Doenças inflamatórias intestinais; Doenças de pele (prurido, psoríase, acne, urticária); Transtornos psicológicos (depressão, ansiedade); Problemas respiratórios (asma, rinite, tosse, espirros); Inflamações articulares; Alterações de humor, irritabilidade; Enxaquecas, náuseas/enjoos; Retenção de líquidos; Fadiga crônica; Dificuldade em perder peso; Debilidade imunitária; Rubor facial Suor em excesso Palpitação cardíaca Causas da intolerância alimentar As causas da intolerância alimentar estão relacionadas à falta de algum enzima que atua no processo de digestão dos alimentos, e esta falta pode ser causada por: Alterações no sistema digestivo; Alterações genéticas; Doenças infecciosas; Efeito colateral de determinados medicamentos. A intolerância alimentar pode ainda ser um efeito colateral de uma cirurgia bariátrica, pois com a redução do estômago a digestão de alguns alimentos pode ficar prejudicada. Neste caso, as intolerâncias alimentares mais comuns são à carne de vaca, devido a alteração na produção de pepsina, a principal enzima responsável pela digestão das carnes vermelhas, e ao arroz, devido as alterações recentes à amilase, enzima responsável pela sua digestão. A causa do seu aumento de peso pode ser a intolerância a alguns alimentos Aparentemente o seu peso pode estar aumentando não devido ao excesso de calorias, nem à falta de exercício mas sim porque a comida pode estar causando uma irritação e, consequentemente, uma inflamação que leva ao aumento de peso. È possível ter uma sensibilidade à comida que faz com que, quando come, esta cause inflamação e aumento de peso. A intolerância a alguns alimentos é mesmo uma das causas mais comuns de aumento de peso. É importante, portanto, descobrir a que é que tem sensibilidade - ovos, leite, trigo, etc. Para descobrir estas sensibilidades, é aconselhado que se use o processo de eliminação, experimentando uma longa lista de alimentos que têm alguma tendência a ser problemáticos, tal como ovos, fermento e leite. O objetivo é ir experimentando todos para observar as reações do corpo e, mais tarde, descobrir quais se pode reintroduzir na dieta. O que difere da alergia alimentar é que estes sintomas podem surgir horas ou muitos dias depois da ingestão do alimento que o indivíduo não consegue digerir corretamente. Quanto mais a quantidade de alimento ingerido, mais fortes serão os sintomas. Mas há uma série de outros sintomas que podem estar relacionados com a intolerância alimentar, alguns exemplos são: Acne ou outras alterações dermatológicas; Variação entre prisão de ventre e diarreia; Ganho de peso; Síndrome do intestino irritável. Os alimentos que mais causam intolerância alimentar são marisco, ovo, chocolate, nozes, trigo, amendoim e soja, e estima-se que metade da população mundial sofra com este problema. Tratamento para intolerância alimentar O tratamento para intolerância alimentar consiste em diminuir a ingestão ou retirar da alimentação todos os alimentos que não sejam corretamente digeridos pelo indivíduo. Os indivíduos que possuem intolerância alimentar ao ovo, por exemplo, não podem comer ovo frito, ovo cozido, e nem nada que tenha sido preparado com o ovo, como bolos, biscoitos e tortas, o que pode dificultar um pouco sua alimentação, e por isso é importante que o médico ou nutricionista indique quais as substituições que o indivíduo deverá fazer para garantir que seu corpo receba todos os nutrientes necessários e desta forma evitar as carências nutricionais. Optar por não tratar a intolerância alimentar pode levar a situações como cansaço frequente, crises de enxaquecas e até mesmo depressão. Intolerância alimentar tem cura? A intolerância alimentar nem sempre tem cura pois vai depender da causa da falta da enzima, se for possível solucionar esta causa, então a intolerância alimentar poderá ser curada, caso contrário o indivíduo não deverá ingerir o alimento em questão por toda vida. Intolerância Alimentar Alergia Alimentar Hipersensibilidade Alimentar Em todos os casos, tantos das hipersensibilidades, alergias e intolerâncias alimentares usa-se a principio para seu diagnostico determinar se o paciente está tendo uma reação adversa a alimentos específicos. Esses métodos de avalição pode ser feita através de : • História detalhada do paciente, • Diário alimentar , ou uma • Dieta eliminação. (restritiva) DIETA RESTRITIVA •Dieta de eliminação: O próximo passo é uma dieta de eliminação. O doente não come um alimento suspeito de provocar a alergia, por exemplo, ovos, e outra de alimentos substitutos, neste caso, outra fonte de proteína. Se depois que o paciente retira o alimento, o sintomas desapareçam, quase sempre pode fazer o diagnóstico da alergia alimentar. DIETA RESTRITIVA E SUAS CONSEQUENCIAS • Déficit de nutrientes • Desequilíbrio da nutrição das células • Surgimentos de patologias • Aumento dos sinais e sintomas da deficiência de nutrientes Alimentação & Alteração Metabólica •Todas as células do corpo produzem energia, viabilizando a produção de vários tipos de moléculas necessárias para o seu bom funcionamento. Das centenas de substâncias que entram neste processo todas são sintetizadas pelo organismo, exceto cerca de 47 delas. •Estas substâncias são chamadas de "nutrientes essenciais" e portanto o organismo deve recebêlas já prontas do meio externo. • Sendo assim necessitamos de um aporte nutricional adequado em elementos essenciais e não é difícil compreender que a falta de um ou mais desses elementos prejudicara o funcionamento das células, aumentando a ocorrência de várias doenças O que é Intolerância à lactose? A intolerância à lactose é a incapacidade de digerir lactose. A lactose é um tipo de açúcar encontrado no leite e em outros produtos lácteos. Após consumir leite ou seus derivados, algumas pessoas podem sentir dor abdominal, náuseas, desconforto, diarreia e gases. Em geral, tais sintomas são percebidos como um simples mal-estar, típico de estômago sensível. Mas se o incomodo aparecer num período entre meia hora e duas horas após o consumo de laticínio, pode significar intolerância à lactose – uma rejeição do organismo ao leite e seus derivados. Classificação Há três tipos de intolerância à lactose, que são decorrentes de diferentes processos. São eles: 1) deficiência congênita da enzima; 2) diminuição enzimática secundária a doenças intestinais; 3) deficiência primária ou ontogenética. O primeiro tipo é um defeito genético muito raro, no qual a criança nasce sem a capacidade de produzir lactase. Como o leite materno possui lactose, a criança é acometida logo após o nascimento. O segundo tipo é bastante comum em crianças no primeiro ano de vida e ocorre devido à diarréia persistente, pois há morte das células da mucosa intestinal (produtoras de lactase). Assim, o indivíduo fica com deficiência temporária de lactase até que estas células sejam repostas. Estatisticamente, o terceiro tipo é o mais comum na população. Com o avançar da idade, existe a tendência natural à diminuição da produção da lactase. Esse fato é mais evidente em algumas raças como a negra (até 80% dos adultos têm deficiência) e menos comum em outras, como a branca (20% dos adultos). Como se desenvolve? Na superfície mucosa do intestino delgado há células que produzem, estocam e liberam uma enzima digestiva (fermento) chamada lactase, responsável pela digestão da lactose. Quando esta é mal absorvida passa a ser fermentada pela flora intestinal, produzindo gás e ácidos orgânicos, o que resulta na assim chamada diarréia osmótica, com grande perda intestinal dos líquidos orgânicos. Existem pessoas que nascem sem a capacidade de produzir lactase e, enquanto bebês, sequer podem ser amamentados, pois surge implacável diarréia. Por outro lado, em qualquer época da vida pode aparecer esta incapacidade de produção ou uma inibição temporária, por exemplo, na seqüência de uma toxinfecção alimentar que trouxe dano à mucosa intestinal. Igualmente, a dificuldade pode advir de lesões intestinais crônicas como nas doenças de Crohn e de Whipple, doença celíaca, giardíase, AIDS, desnutrição e também pelas retiradas cirúrgicas de longos trechos do intestino (síndrome do intestino curto). A deficiência congênita é comum em prematuros nascidos com menos de trinta semanas de gravidez. Nos recém-nascidos de gestações completas, os casos são raros e de caráter hereditário. A concentração da lactase nas células intestinais é farta ao nascermos e vai decrescendo com a idade. Nos EUA, um a cada quatro ou cinco adultos pode sofrer de algum grau de intolerância ao leite. Os descendentes brancos de europeus têm uma incidência menor de 25%, enquanto que na população de origem asiática o problema alcança 90%. Nos afroamericanos, nos índios e nos judeus, bem como nos mexicanos, a intolerância à lactose alcança níveis maiores que 50% dos indivíduos. Como se faz o diagnóstico? Frequentemente a intolerância à lactose é sugerida pela história clínica, principalmente quando os dados são definidos e especificamente perguntados. A diminuição de sintomas após algumas semanas de dieta livre de lactose serve como teste diagnóstico/ terapêutico. O Teste de Tolerância à Lactose é o usado em nosso meio, pois não dispomos do Teste Respiratório, tido com o mais sensível e certamente o mais simples dos métodos. Entre nós, o paciente recebe para beber um copo d'água contendo de 50 a 100 g de lactose e lhe é tirado sangue quatro a cinco vezes no espaço de duas horas. Quando a diferença entre a dosagem sanguínea da lactose de jejum e o pico da curva das demais medidas se mostrar menor de 20 mg%, o teste tem "curva plana" e é considerado positivo, indicando má absorção de lactose nessas pessoas. Há possibilidade de erro nos diabéticos, entre outros. A ocorrência de diarreia, ainda no laboratório e ou nas primeiras horas a seguir, reforça a conclusão de diagnóstico positivo para intolerância à lactose. Sinais e sintomas Na Deficiência Congênita o recém-nascido vai apresentar quadro de diarréia grave nas primeiras horas ou dias de vida, logo após iniciar alimentação com leite materno ou leites substitutivos (de vaca, ou de cabra, por exemplo) que possuem lactose. A Deficiência Secundária geralmente se manifesta após episódio de diarréia infecciosa. Nestes casos, após resolvida a infecção, há persistência da diarréia até que ocorra a cicatrização da mucosa intestinal. Continuar a alimentação com mamadeiras contendo lactose (afora o leite materno) após o início da gastroenterite pode prolongar a diarréia. Crianças pequenas comumente apresentam assaduras na região das fraldas. Na deficiência primária, ou ontogenética, a criança a partir dos três a quatro anos, ou o adulto, pode apresentar diarréia aquosa, dor ou distensão abdominal, flatulência, náuseas ou vômitos, minutos ou horas após ingerir leite e/ou derivados de leite. A intensidade dos sintomas depende da quantidade de lactose ingerida. Em muitos casos pode ocorrer somente dor e/ou distensão abdominal, sem diarreia. Tratamento O tratamento é fácil de ser instituído mas, paradoxalmente, bastante difícil de ser seguido. Como qualquer orientação terapêutica deve estar baseada no diagnóstico correto. Em primeiro lugar é importante esclarecer que não há como promover a produção de lactase, mas sim como controlar os sintomas. Nos dois ou três primeiros anos de vida, as crianças com intolerância à lactose não devem ingerir alimentos que contenham lactose. O substituto mais utilizado é a soja. Não há qualquer base para a substituição do leite de vaca pelo de cabra ou de qualquer outro mamífero. Algumas vezes, crianças mais velhas e adultos não têm necessidade de uma dieta tão severa e podem tolerar pequenas porções de lactose. Há diferenças individuais importantes nas quantidades de lactose que podem ser toleradas. Por exemplo, alguns toleram iogurte, outros não. E não há como prever a intensidade do problema, a não ser através da estratégia de tentativa/erro. Aos indivíduos que têm intolerância limitada, pode-se tentar a introdução de enzimas artificiais para decompor o açúcar. Estas enzimas existem no comércio sob diversas formas: pós, comprimidos e drágeas, mas não estão disponíveis com facilidade, no Brasil. Nem sempre é necessário substituir leite por soja na dieta de indivíduos com intolerância à lactose. Hoje em dia, há fórmulas industriais feitas com leite de vaca e isentas de lactose. Estas dietas devem ser supervisionadas por profissionais, sobretudo para o adequado balanço de nutrientes, como o cálcio, que são ingeridos em geral através do leite. Disbiose intestinal e sua relação com intolerâncias e alergias alimentares O intestino humano abriga cerca de 100 trilhões de microrganismos, a chamada microbiota intestinal (ou “flora microbiana”), dentre os quais, cerca de 400 espécies de bactérias apresentam importância vital para a saúde. O desequilíbrio dessa flora microbiana pode influenciar no surgimento de alergias e intolerâncias alimentares. Entenda melhor sobre o tema e sobre a relevância desses microrganismos para a nossa saúde e bem estar. O resultado da alimentação incompatível ao nosso organismo pode demorar anos para ser percebido. Os efeitos podem se camuflar e passar longo tempo, minando a nossa saúde sem percebermos o que está acontecendo como olheiras, enxaquecas, cansaço sem causa conhecida, gastrite, estufamento gástrico, constipação ou diarreia, coceiras e inflamações de repetição entre outros. Em geral, estas reações normalmente são exaustivamente tratadas sem um bom resultado, ou após o tratamento, o sintoma reaparece. Os alimentos intolerantes podem estar em meio àqueles que sempre fizeram parte da nossa dieta. Alimentos comuns, com propriedades nutricionais boas, mas que, no entanto, de acordo com a individualidade bioquímica se tornam extremamente prejudiciais, fazendo com que muita gente conviva por toda a vida com sintomas incômodos sem suspeitar que eles são causados por alimentos. Hoje se sabe que uma série de sintomas indesejáveis causados pelas intolerâncias, alergias alimentares se dá pelo fato de as mesmas provocarem o aumento da permeabilidade intestinal. A permeabilidade intestinal resulta de uma alteração na mucosa do intestino. Sua principal característica é o aumento no espaço entre as células do revestimento, com uma consequente irritação da mucosa ou inflamação. Assim, materiais estranhos como fungos, bactérias e proteínas entram com maior facilidade para a corrente sanguínea. A penetração de materiais indesejados no sangue altera o sistema imune e a detoxificação hepática podendo levar a quadros de sensibilidade química, alergia alimentar, doenças auto-imunes, psoríases, dermatites, eczemas, fadiga, além de comprometer os mecanismos de absorção de vitaminas, minerais, e todos nutrientes provenientes da alimentação que são absorvidos normalmente através das vilosidades saudáveis do intestino. Outro fator ligado à permeabilidade intestinal é a chamada disbiose, que é o desequilíbrio da flora intestinal. Nosso intestino é colonizado por uma infinidade de microorganismos. Cerca de 50 trilhões! A nossa flora intestinal benéfica é composta de bactérias que são indispensáveis ao nosso sistema imunológico, como saccharomyces boulardi e o bifidobacterium. Estas bactérias sintetizam antibióticos naturais e vitaminas importantíssimas, como as do complexo B. Outra vitamina sintetizada a partir de lactobacilos é a vitamina K. Uma flora intestinal íntegra disponibiliza a correta absorção de nutrientes provenientes da nossa alimentação. Ela também regula nossa digestão, protege o organismo favorecendo uma maior eficiência do sistema imunológico e impedindo inflamações repetitivas, ou seguidas infestações por fungos e bactérias patogênicas. Causas da disbiose podem ser atribuídas a uma serie de fatores: Uso indiscriminado de antibióticos Uso indiscriminado de anti-inflamatório hormonais e não hormonais Alergias alimentares e intolerâncias alimentares Abuso de laxantes Nutrição pobre, com consumo excessivo de alimentos processados em detrimento aos alimentos crus Excessiva exposição a toxinas ambientais Doenças consuptivas (câncer e Aids) Disfunções hepato pancreáticas Alteração de pH gastrintestinal Stress Diverticulose O diagnóstico da disbiose se dá pelas seguintes considerações: História de constipação crônica, flatulência e distensão abdominal Sintomas associados como fadiga, depressão ou mudanças de humor estão freqüentemente presentes camuflando a doença intestinal como causa Culturas bacterianas fecais Exame clínico revela abdômen hipertimpânico e dor à apalpação particularmente do cólon descendente Avaliação pela eletroacupuntura de Voll, onde o índice de quebra nos pontos de medição do intestino grosso, intestino delgado, fígado, pâncreas e baço são importantes nesta patologia, proporcionando principalmente nos pontos do intestino grosso e delgado a possibilidade de diagnosticar o agente patológico da disbiose. Teste pelo Vegatest, EIS ou Moraterapia. O tratamento da disbiose consiste em duas abordagens uma dietética outra usando complexos homeopáticos, probióticos e organoterápicos, resolvendo assim a grande maioria dos casos. Nos casos mais graves, há a necessidade de lavagens colônicas (hidrocolonterapia) para remover conteúdos putrefativos do intestino e permitir a drenagem linfática do cólon. O stress psíquico deve ser identificado e tratado adequadamente. A dietoterapia para disbiose passa por uma orientação alimentar, evitando-se carnes vermelhas, leite de vaca e derivados, leite de cabra, ovos, soja, açúcar branco e alimentos processados. A dieta deve consistir em grande quantidade de vegetais, particularmente cenoura crua, couve-flor, repolho, cebola, alho e alho-poró, além de frutas, grãos, castanhas e outros legumes. Os prebióticos são fibras que possuem a capacidade de reequilibrar a flora microbiana do intestino, pois são substratos da fermentação de microrganismos benéficos. Atualmente são encontrados alimentos enriquecidos com essas fibras, sendo que as mais conhecidas são a inulina e o FOS (frutooligosacarídeos) O tratamento com os probióticos (preparações alimentícias ou farmacêuticas na qual são encontrados microrganismos definidos e vivos) é imprescindível, pois leva à recolonização intestinal com microrganismos benéficos, restabelecendo o equilíbrio intestinal, a integridade da mucosa e, consequentemente, o equilíbrio funcional do organismo.