Ensaísta, poeta e filósofo norte

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RALPH WALDO EMERSON
1803 – 1882
Ensaísta, poeta e filósofo norte-americano.
Descendente de colonizadores puritanos e
de eclesiásticos, fez seus estudos em Harvard
para se tornar, como seu pai, ministro religioso.
Foi pastor, prelado e pregador da segunda Igreja
de Boston mas interrompeu essa atividade por
divergências doutrinárias sobre a eucaristia).
Renunciou ao sacerdócio (1832), depois de perder sua esposa, mas manteve o espírito de sua
seita (que nega a Trindade).
Em 1833 viajando pela Europa, entrou em
contato com Carlyle, Coleridge e Wordsworth,
aderindo então ao pensamento transcendentalista
e idealista alemão, aliado ao neoplatonismo, ao
misticismo de Swedenborg e ao ceticismo de
Montaigne. Manteve durante toda a vida um diário que servia de base para seus trabalhos, sermões e conferências. De regresso aos E.U.A.,
começou a desenvolver sua filosofia "transcendentalista", exposta em obras como Natureza,
Ensaios e Sociedade e solidão. Passou a dedicar-se ao ensino e às conferências. Estabeleceuse, em 1835, em Concord, vila vizinha de Boston, terra de seus antepassados, onde contraiu
segundo casamento e se associou ao grupo de transcendentalistas: H. D. Thoreau, Hawthorne, Bronson Alcott, Margaret Fuller.
O transcendentalismo é, para Emerson, um esforço de introspecção metódica para se
chegar além do "eu" superficial ao "eu" profundo, o espírito universal comum a toda a espécie humana.
Seu primeiro livro, "Nature" (1836; A Natureza), reúne o principal de sua filosofia, depois desenvolvida nos "Essays" (Ensaios) em duas séries (1841-1844). Uma serie de conferências foi reunida no volume "Representative Men" (1850; Homens representativos), a que
outros livros se seguiriam.
Sua obra é vasta, figurando como o núcleo do transcendentalismo, através do qual o
romantismo teve representação nos E.U.A.. Seu sistema não é, todavia, coerente, pois anexa
ao puritanismo o poder do instinto, a fé na "luz interior", o otimismo e a esperança como vias
de pensamento e vida. É das mais famosas figuras da inteligência norte-americana, com irradiação universal.
O clube transcendentalista de Concord, ao qual pertenciam entre outros Thoreau e Margareth Füller, e cujo órgão oficial era a revista The Dial, exercia grande influência sobre a
vida intelectual americana do século XIX.
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