intervenção fisioterapêutica em um paciente com

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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Fisioterapia
Carla Cristina Magnani
Carolláine da Silva Casa Grande
Kertulem Larissa Aparecida Silvério Pastor
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM UM
PACIENTE COM GLIOBLASTOMA MULTIFORME: UM
ESTUDO DE CASO
LINS – SP
2014
Carla Cristina Magnani
Carolláine da Silva Casa Grande
Kertulem Larissa Aparecida Silvério Pastor
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM UM PACIENTE COM GLIOBLASTOMA
MULTIFORME: UM ESTUDO DE CASO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
a Banca Examinadora do Centro Universitário
Católico Salesiano Auxilium, Curso de
Fisioterapia, sob a orientação da Profª Ma. Ana
Claudia de Souza Costa e orientação técnica
da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni.
LINS – SP
2014
Magnani, Carla Cristina; Casa Grande, Carolláine da Silva;
Pastor, Kertulem Larissa Aparecida Silvério
M176i
Intervenção fisioterapêutica em um paciente com Glioblastoma
Multiforme: um estudo de caso / Carla Cristina Magnani; Carolláine
da Silva Casa Grande; Kertulem Larissa Aparecida Silvério Pastor – –
Lins, 2014.
97p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em
Fisioterapia, 2014.
Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Ana Claudia Souza Costa
1. Fisioterapia. 2. Glioblastoma Multiforme. 3. Qualidade de vida.
4. Reabilitação Onlógica I Título.
CDU 615.8
CARLA CRISTINA MAGNANI
CAROLLÁINE DA SILVA CASA GRANDE
KERTULEM LARISSA APARECIDA SILVERIO PASTOR
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM UM PACIENTE COM GLIOBLASTOMA
MULTIFORME: UM ESTUDO DE CASO
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para
obtenção do titulo de Fisioterapeuta.
Aprovada em: __/__/__
Banca Examinadora:
Profª Orientadora: Ana Cláudia de Souza Costa
Titulação: Mestre em Fisioterapia pela Unimep-Piracicaba
Assinatura: ______________________________________
1º Prof(a): __________________________________________________________
Titulação: __________________________________________________________
Assinatura: __________________________________
2 º Prof(a): _________________________________________________________
Titulação: __________________________________________________________
Assinatura: __________________________________
Dedico esse trabalho a Deus, pela graça e
sabedoria concedida.
"Porque dele e por ele, e para ele, são todas
as coisas; glória, pois, a ele eternamente.
Amém." (Romanos 11:36)
A minha Vózinha Thereza, tudo que sou hoje
devo a você, a ti todo o meu respeito,
admiração e amor eterno. Te Amo.
Ao nosso paciente, foi um prazer conhecê-lo e
estar contigo, perceber a cada dia sua força
de vontade. Ver você conseguindo enfrentar e
vencer suas dificuldades. E a seus familiares
que sempre nos receberam de braços
abertos, nos deixando a vontade para realizar
o tratamento da melhor forma possível,
obrigada pela oportunidade.
Carla C. Magnani
Dedico esse trabalho aos grandes amores da
minha vida, minha mãe Inês, meu pai
Sebastião e meu irmão Murillo.
Dedico também ao João Luiz e à sua família,
vocês são grandes exemplos de vida, serei
eternamente grata a vocês por esse trabalho.
Carolláine S. Casa Grande
А minha mãe que, cоm muito carinho е apoio,
nãо mediu esforços para qυе еυ chegasse аté
esta etapa dе minha vida. Dedico também
este trabalho ao voluntário do estudo de caso
e aos seus familiares, se não fossem vocês a
realização deste trabalho não seria possível.
Kertulem Larissa Silvério Pastor
AGRADECIMENTOS
A Deus
Meu melhor amigo e conselheiro.
Obrigada por Tua Bondade, Fidelidade e Misericórdia.
Por tudo que fizeste, está fazendo e ainda fará por mim, sei que as Tuas promessas são
grandiosas e o Teu amor não falha.
Grata sou por essa oportunidade que o Senhor me concedeu e por ter estado sempre
comigo, capacitando-me.
A Ti seja dada toda Honra e Glória.
A minha família
Vocês sabem o quanto foi difícil, acompanharam de perto toda a correria do dia-a-dia.
Obrigada pelo apoio e compreensão. A minha avó Thereza, meu pai Carlos, minha mãe
Lurdes, meu irmão Cristiano e minhas tias Ilda e Fátima. Obrigada por tudo, amo vocês.
A minha amiga Carolláine e família
Obrigada Carol por fazer parte da minha vida, sou grata a Deus por ter me concedido a
oportunidade de tê-la como amiga e companheira nesse tempo todo. Que Deus continue te
abençoando grandemente, não sei quais são os planos de Deus pra nossas vidas, mas vou
estar sempre torcendo pelo seu sucesso. Amo você!
Agradeço também a sua família que sempre me recebeu gentilmente em seu lar todas as
vezes que nos reuníamos para estudar, fazer trabalhos ou apenas por diversão. Vocês são
pessoas maravilhosas.
A minha amiga Kertulem
Obrigada Ker por ser essa pessoa maravilhosa e cativante que você é, sempre com esse
sorriso lindo no rosto, te admiro muito amiga. Que Deus ilumine seus passos todos os dias e
te conceda grandes bênçãos. Obrigada por todos os momentos inesquecíveis que passei ao
seu lado, desde os momentos mais tranquilos até as correrias do cotidiano. Vou sempre me
lembrar de você, te desejo muito sucesso. Te amo!
A meu namorado Everton Felipe
Obrigada Fe por me aceitar, amar e compreender mesmo nos meus piores dias. Você é um
presente de Deus em minha vida. Te amo muito!
A minhas orientadoras Ana Cláudia e Jovira
Obrigada Ana por estar sempre disponível pra nos ajudar e pela dádiva de tê-la como
professora, aprendi muito contigo, você é um grande exemplo pra mim. Obrigada também
pela confiança e apoio concedido a nós. Que Deus te abençoe cada vez mais.
Obrigada Jovira por nos ajudar todas as vezes que precisamos e nos aconselhar quando
necessário. Suas palavras e ensinamentos foram de fundamental importância para
realização desse trabalho. Muito obrigada.
Aos meus Professores
Muito obrigada por tudo que vocês me ensinaram, foi um prazer conhecê-los e tê-los como
parte de extrema importância em minha formação acadêmica. Que vocês continuem
contribuindo para formação de muitos outros alunos, vocês são essenciais. Obrigada Ana
Cláudia, Júnior, Aninha, Marco, Márcia, Cristiane, José Alexandre e muitos outros que por
aqui passaram. Desejo a vocês sempre a alegria e satisfação em ensinar.
Aos meus companheiros de estágio e amigos de turma
A vocês que tornaram minhas manhãs mais animadas e minhas tardes mais felizes no
estágio, obrigada por todas as palhaçadas, risadas e momentos musicais que
compartilhamos. Aprendi amar cada um de vocês. Muito obrigada Alex, Guilherme, Jéssika,
Vinícius e Fabiana. Sucesso sempre.
Não poderia deixar de agradecer também o pessoal do quarto ano que nos momentos mais
corridos e complicados se dispuseram a nos ajudar. Muito obrigada.
Enfim a todas essas pessoas maravilhosas que eu pude conhecer e conviver nesses cinco
anos, seja nos estágios, em aula ou nas festinhas. Cada um com seu jeitinho particular que
ficará marcado em meu coração. Vocês fazem parte da minha história, obrigada por tudo.
Foi difícil, porém não impossível, somos a prova disso. Que Deus abençõe cada um de
vocês, principalmente nessa nova etapa que virá, que possamos sempre exercer essa
profissão linda que escolhemos com ética, respeito e amor ao próximo. Desejo muitas
realizações e sucesso a todos vocês. Boa sorte.
Carla C. Magnani
AGRADECIMENTOS
Deus
Primeiramente agradeço a Deus por tudo, pela minha vida, pela vida da minha
família e pelos meus amigos, por me abençoar e me dar forças para continuar sem
perder as esperanças.
Família
Agradeço aos meus pais e meu irmão por serem os grandes pilares da minha vida,
por nunca desistirem de mim, sempre me apoiarem e nunca medirem esforços para
me ajudarem e me verem feliz, são meus exemplos, eu amo vocês.
Parceiras
Kertulem e Carla, não tenho nem palavras para agradecer a vocês, minhas queridas
parceiras, não só de TCC mas de vida. Vocês são maravilhosas, agradeço a Deus
por ter colocado vocês em minha vida. Não foi nada fácil, mas conseguimos.
Obrigada por estarem sempre ao meu lado. Amo vocês.
Orientadora Ana Claudia
Ana, você é uma pessoa excepcional, muito obrigada por nos orientar, não
poderíamos escolher pessoa melhor, obrigada por sua amizade, pelos seus
ensinamentos, puxões de orelha, obrigada por ser essa pessoa incrível, sou muito
grata por ter você em minha vida.
Jéssika Lays
Minha irmã, não poderia deixar de te agradecer por ser essa amiga maravilhosa que
sempre está ao meu lado, me ajudando, me ouvindo, me divertindo diariamente,
muito obrigada por tudo, estar com você durante esses anos foi maravilhoso, te amo
muito e desejo tudo que há de maravilhoso nessa vida pra você.
Guilherme
Meu amor, muito obrigada por ser essa pessoa maravilhosa, obrigada por me
aguentar, por ser esse amigo que está sempre comigo, me ajudando, me
aconselhando, me entende como ninguém, obrigada por enfrentar comigo a
comissão de formatura, sem você eu não aguentaria. Te amo muito.
Dhiego
Obrigada por tudo meu amor, você é uma pessoal sensacional, te admiro demais,
sua determinação e força de vontade me inspiram a cada dia, tenho muito orgulho de
você, muito sucesso na sua vida. Te amo
Volmir
Meu Shrek, muito obrigada por tudo meu querido parceiro e grande amigo, obrigada
por estar ao meu lado sempre que precisei, você é muito importante pra mim, nunca
me esquecerei de tudo que vivemos juntos, você vai estar para sempre no meu
coração, obrigada por ser essa pessoa maravilhosa que sempre me faz sorrir, quero
você sempre ao meu lado.
Caio
Obrigada querido amigo por sempre nos ajudar, por estar com a gente durante esses
anos, vou sentir muita saudades, você alegra meus dias, obrigada por tudo príncipe.
Supervisores e Professores
À todos professores e supervisores, muito obrigada por todos ensinamentos durante
todos esses anos, vocês foram essenciais para minha formação, espero um dia
poder me tornar pelo menos metade do que vocês são, serei eternamente grata a
vocês
Meu quarto ano
Camila, Rafaela, Adriana, Bianca vocês me ensinaram tanto, não sei como
agradecer a vocês por todo o ensinamento, todo o carinho que tiveram comigo, muito
obrigada mesmo.
Cíntia, Nátali, Luana, Leonardo, Nayara e Ana Laura muito obrigada por tudo
pessoal, não sei o que seria de mim sem vocês para me ajudar na correria do dia a
dia, espero ter conseguido passar um pouquinho do que eu sei para vocês, vocês
com certeza me ensinaram muito, muito obrigada.
Aos meus pacientes
Muito obrigada por confiarem em mim, por sempre terem palavras de carinho para
me oferecer, obrigada por me deixarem demonstrar o meu amor pela minha
profissão através de vocês.
Talita
Amiga, muito obrigada por sempre estar presente em minha vida, obrigada por me
ajudar sempre que preciso, obrigada por corrigir meu TCC, até aqui você está
presente kkkkkk muito obrigada. Amo você.
Jovira
Muito obrigada pela sua orientação, pela sua paciência, sem você nada disso seria
possível, muito obrigada por exercer seu trabalho com tanto carinho e compreensão.
João Luiz e Família
Meu muito obrigada João, Elisa e família, sem vocês esse trabalho não existiria,
muito obrigada por nos acolher tão bem, por confiarem no nosso trabalho, por serem
pessoas maravilhosas, vocês são exemplos de força, garra, fé e superação. Desejo a
vocês tudo que há de melhor nesse mundo, vocês merecem. Amo vocês
Grupos de estágio
Meus grupos de estágio, muito obrigada meus amores, vocês foram sensacionais,
nada teria feito sentido se não tivesse vocês ao meu lado, muito obrigada pelo
companheirismo, pela alegria, pelas risadas, obrigada cada um de vocês, Volmir,
Vinícius, Jacqueline, Joyce, Alex, Carla, Jéssika, Kertulem, Patricia, Anderson,
Dhiego, Ana Laura e Leiliane são pessoas maravilhosas que aprendi a amar, admirar
e respeitar a cada dia.
Turma
Depois de 5 longos anos estamos aqui, firmes e mais fortes do que nunca, unidos,
amigos, companheiros, muito obrigada por fazerem parte da minha caminhada,
vocês foram essenciais para que tudo desse certo, finalmente ou infelizmente está
no fim, mas valeu a pena cada minuto passado ao lado de vocês, muito obrigada, já
sinto saudades. Amo vocês.
Carolláine S. Casa Grande
AGRADECIMENTOS
Ao único digno de toda honra e de toda glória... Deus
Agradeço à Deus por teu amor e tua misericórdia sobre minha vida, sei que teus sonhos são
maiores que os meus e já havia preparado este momento. Agradeço por me conceder
forças, sabedoria, esperança e renovar minha fé a todo instante, serei eternamente grata
por me ajudar a realizar esta etapa em minha vida.
Aos meus pais
Aos meus pais, a minha eterna gratidão, vocês acreditaram em meus sonhos desde o
princípio e me ensinaram valores inestimáveis que por mim jamais serão esquecidos. E о
qυе dizer а você Mãe? Obrigada pеlа paciência, pelo incentivo, pela força е principalmente
pelo carinho. Valeu а pena toda distância, tоdо sofrimento, todas аs renúncias... Valeu а
pena esperar, orar e confiar em Deus. Te amo!
A minha família
Agradeço a todos meus familiares que me deram apoio e acreditaram em meu sonho, vocês
contribuíram muito para que este momento acontecesse. Em especial à tia Rosenilda, tio
João e tia Glaucia obrigada por tudo que fizeram por mim este tempo todo, sem a
contribuição de vocês a minha jornada seria muito mais difícil, jamais esquecerei e serei
eternamente grata.
Ao meu noivo Josué
Agradeço por todo companheirismo, a paciência e a dedicação que teve estes cinco anos,
jamais me esquecerei todos os momentos vividos com você nesta etapa, obrigada por todo
carinho e compreensão. Te amo amor!
A minha orientadora Ana Claudia
Você nos deu a honra de realizar este trabalho, obrigada por toda dedicação, carinho,
respeito e acima de tudo nos ensinou a amar ainda mais esta profissão tão linda!
A minha orientadora Jovira
Obrigada pela dedicação e compreensão em nos atender e orientar sempre que necessário.
As minhas parceiras deste trabalho
Carla e Carolláine, eu serei eternamente grata à Deus por me presentear com nossa
amizade e peço que ele realize todos os sonhos de vocês, tenho certeza de que serão
excelentes profissionais porque escolheram reabilitar com amor. Com vocês compartilhei
minha vida e passei muito mais tempo ao lado de vocês do que com minha família, como
valeu a pena, passávamos horas de nosso dia juntas e no fim tudo acabava em
gargalhadas!. Obrigada por tudo! Amo vocês
A equipe de Fisioterapia do NAIAEE
A minha coordenadora de curso e supervisora do estágio no “NAIAEE” Gislaine Ogata,
obrigada por toda dedicação, carinho e compreensão. Agradeço também a toda equipe de
Fisioterapia do “NAIAEE”, vocês foram sensacionais, tenho um orgulho imenso de ter feito
parte deste projeto lindo e que tanto agregou na minha vida pessoal e profissional. Em
especial a minha parceira Aneleide, foram dois anos de convivência, aprendizado, amizade
e companheirismo, tenho muito orgulho de você amiga e espero que todos os teus sonhos
sejam realizados por Deus...Obrigada por tudo!
A XXX turma de Fisioterapia
Foram cinco anos de dedicação, aprendizado e companheirismo. Agora, é hora de alcançar
novos horizontes, é o momento de buscar novos conhecimentos, desafios, é hora de confiar
em nossa competência, e assim buscar nossa realização profissional e pessoal. Que Deus
nos abençoe, nos ilumine e nos guie para que todos os nossos sonhos sejam realizados por
Ele. Obrigada Fisios, que uma linda história se inicie a partir de agora.
Aos meus professores e supervisores de estágio
Agradeço à todos os professores que fizeram parte da minha vida acadêmica, que Deus
abençoe a cada um de vocês. Em especial aos meus supervisores de estágio Ana Claudia,
Marco Aurélio, Gislaine Ogata e Júnior agradeço por toda paciência, dedicação,
ensinamentos e respeito à profissão pela qual escolhemos.
Aos meus amigos
Guilherme, Dhiego e Jé obrigada amores, vocês são demais! Tenho certeza que serão
excelentes profissionais. Amo vocês!
Ao meu quarto ano
Não tenho como não agradecer à você Juliete, por todo conhecimento a mim passado com
tanta paciência e dedicação.
E ao meu quarto ano 2 rsrs, meninas não tenho como agradecer a ajuda que nos deram
neste período de correria e aprendizado.
A minha parceira Luana, obrigada por toda dedicação, companheirismo, ajuda e pela troca
de conhecimento. Sucesso minha fisio linda.
Kertulem Larissa Silvério Pastor
RESUMO
A fisioterapia em oncologia é uma especialidade que tem como objetivo
preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos
e sistemas do paciente, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento
oncológico. O fisioterapeuta participa ativamente da manutenção da qualidade de
vida do doente, tanto no pré, durante, como no pós-operatório, ou nos tratamentos
de quimioterapia e radioterapia. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo
verificar a importância da intervenção fisioterapêutica na melhora da qualidade de
vida de um paciente com Glioblastoma Multiforme. A metodologia é baseada em um
estudo de caso com abordagem qualitativa. Foram observados: equilíbrio, amplitude
de movimento, força muscular e marcha em um paciente de 55 anos, que realizou
uma cirurgia de retirada de um Glioblastoma Multiforme. As técnicas utilizadas foram
a cinesioterapia, a eletroterapia e a bandagem funcional elástica. O estudo foi
realizado em ambiente domiciliar; com frequência de (3x) por semana, com duração
de cinquenta minutos de tratamento, em um período de sete meses. Após este
período observou-se uma melhora significativa na marcha, no equilíbrio, nas
atividades diárias, melhora do edema em membros inferiores, quadro álgico e na
qualidade de vida em geral do paciente. Após relato do paciente verifica-se a
importância que a intervenção fisioterapêutica pode ter na vida de um paciente em
tratamento oncológico.
Palavras-chave: Fisioterapia.
Reabilitação Oncológica
Glioblastoma
Multiforme.
Qualidade
de
Vida.
ABSTRACT
Physical therapy in oncology is a specialty that aims to preserve, maintain, develop
and restore the kinetic functional integrity of organs and systems of the patient, as
well as preventing disturbances caused by cancer treatment. The therapist actively
participates in maintaining the quality of life of patients, both pre, during and postoperatively, or the chemotherapy and radiation treatments. Therefore, this study aims
to determine the importance of physical therapy intervention in improving the quality
of life for a patient with Glioblastoma Multiforme. The methodology is based on a
case study with a qualitative approach. Balance, range of motion, muscle strength
and gait in a patient of 55 years who performed a surgery to remove a Glioblastoma
Multiforme, were observed. The techniques used were cinesioterapia, electrotherapy
and elastic taping. The study was conducted in the home environment; with
frequency (3x) per week, lasting fifty minutes of treatment, over a period of seven
months. After this period, there was a significant improvement in gait, balance in daily
activities, improvement of edema in lower, pain symptoms and quality of life overall
patient members. After the patient's account, we see the importance that physical
therapy can have in the life of a patient undergoing cancer treatment.
Keywords: Physiotherapy. Glioblastoma Multiforme. Quality of Life. Oncology
rehabilitation
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 (a, b, c, d) - Alongamento de membros superiores
Figura 2 (a, b) - Exercícios com medicine ball entre as duas mãos para flexão e
extensão de ombro
Figura 3 (a, b) - Exercício de abdução de ombro
Figura 4 (a, b) - Exercícios com bastão para flexão de cotovelo
Figura 5 (a, b) - Exercícios com bastão para flexão de ombro
Figura 6 (a, b) - Exercícios com faixa elástica para fortalecimento de bíceps, tríceps
e deltoide
Figura 7 (a, b) - Exercício de flexão e extensão de punho
Figura 8 (a) - Aplicação de bandagem elástica funcional na mão direita para
extensão das falanges
Figura 9 (a) - Aplicação de bandagem elástica funcional em ombro direito para
reduzir quadro álgico
Figura 10 (a) - Uso de eletroterapia em ombro direito para reduzir quadro álgico
Figura 11 (a, b) - Alongamentos de membros inferiores
Figura 12 (a, b) - Exercício de flexão de quadril
Figura 13 (a, b) - Exercício de Abdução e adução de perna
Figura 14 (a, b) - Exercício de tríplice flexão com bola suíça
Figura 15 (a, b) - Exercício de flexão de joelho, com apoio (posição ortostática)
Figura 16 (a, b) - Exercício de extensão de joelho (posição sentado)
Figura 17 (a, b) - Exercício de Dorsiflexão e Flexão plantar de pés
Figura 18 (a, b) - Exercício de Inversão e Eversão de tornozelos
Figura 19 (a) - Exercícios Isométricos de adutores com medicine ball entre os joelhos
Figura 20 (a) - Exercícios Isométricos de quadríceps com medicine ball atrás do
joelho
Figura 21 (a, b) - Treino de equilíbrio estático em posição ortostática e sentado
Figura 22 (a, b) - Treino de marcha com andador e bengala
Figura 23 (a) - Drenagem Linfática em pé direito se houver edema
LISTA DE TABELA
Tabela 1: Qualidade de vida SF 36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ADM: Amplitude de Movimento
AVD”s: Atividades de vida diárias
DNA: Ácido Desoxirribonucleico
GBM: Glioblastoma Multiforme
INCA: Instituto Nacional do Câncer
SEG: Segundos
SN: Sistema Nervoso
SNC: Sistema Nervoso Central
TCLE: Termo de consentimento livre e esclarecido
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................... 19
CAPÍTULO I – ONCOLOGIA ............................................................................... 21
1 NEOPLASIA ..................................................................................................... 21
1.1 Conceito de neoplasia .................................................................................... 21
1.1.1 Tumores Benignos e Malignos .................................................................... 21
1.1.2 Tumores Benignos ...................................................................................... 22
1.1.3 Tumores Malignos ....................................................................................... 22
1.1.4 Epidemiologia .............................................................................................. 22
1.1.5 Etiologia....................................................................................................... 23
1.1.5.1 Vírus e Bactérias ...................................................................................... 23
1.1.5.2 Agentes Físicos ........................................................................................ 24
1.1.5.3 Agentes Químicos .................................................................................... 24
1.1.5.4 Fatores Genéticos e Familiares ................................................................ 24
1.1.5.5 Agentes Hormonais .................................................................................. 25
1.1.5.6 Fatores Alimentares ................................................................................. 25
1.2 Neoplasia no Sistema Nervoso Central .......................................................... 25
1.2.1 Conceito ...................................................................................................... 25
1.2.2 Neoplasia Primária ...................................................................................... 26
1.2.3 Incidência e Prevalência.............................................................................. 26
1.2.4 Gliomas ....................................................................................................... 27
1.2.4.1 Tumores Astrocitários............................................................................... 27
1.2.4.2 Astrocitoma pilocítico................................................................................ 28
1.2.4.3 Astrocitoma difuso .................................................................................... 28
1.2.4.4 Astrocitoma anaplásico ............................................................................ 28
1.2.4.5 Glioblastoma ............................................................................................ 28
1.3 Glioblastoma Multiforme ................................................................................. 29
1.3.1 Conceito ...................................................................................................... 29
1.3.2 Glioblastoma Primário e Secundário ........................................................... 30
1.3.3 Epidemiologia .............................................................................................. 30
1.3.4 Sinais Clínicos ............................................................................................. 30
1.3.5 Diagnóstico.................................................................................................. 31
CAPÍTULO II – FISIOTERAPIA ........................................................................... 32
2 A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA ONCOLÓGICA .................................... 32
2.1 Intervenção da fisioterapia ............................................................................. 33
2.1.1 Eletroterapia ................................................................................................ 33
2.1.2 Terapia Manual ........................................................................................... 33
2.1.3 Drenagem Linfática ..................................................................................... 34
2.1.4 Hidroterapia ................................................................................................. 34
2.1.5 Cinesioterapia ............................................................................................. 35
2.1.5.1 Alongamentos .......................................................................................... 35
2.1.5.2 Manutenção da amplitude de movimento ................................................. 35
2.1.5.3 Exercicios passivos .................................................................................. 36
2.1.5.4 Exercícios ativos ...................................................................................... 36
2.1.5.5 Exercícios ativo-assistidos ....................................................................... 36
2.1.5.6 Exercícios resistidos ................................................................................. 37
2.2. Benefícios da cinesioterapia para o paciente oncológico .............................. 37
2.3 Bandagem Elástica Funcional ........................................................................ 37
CAPITULO III - A PESQUISA .............................................................................. 40
3 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 40
3.1 Métodos e técnicas utilizados ......................................................................... 40
3.1.1 Métodos....................................................................................................... 40
3.1.2 Técnicas ...................................................................................................... 41
3.1.3 Avaliação ..................................................................................................... 42
3.1.3.1 Testes realizados ..................................................................................... 42
3.1.4 Atividades desenvolvidas e Resultados ...................................................... 45
3.2 Discussão ....................................................................................................... 47
3.3 Parecer Final .................................................................................................. 49
3.4 Opinião dos profissionais..................................................................................50
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ........................................................................ 51
CONCLUSÃO ...................................................................................................... 52
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 53
APÊNDICES ........................................................................................................ 56
ANEXOS .............................................................................................................. 81
19
INTRODUÇÃO
O Glioblastoma, conhecido como Glioblastoma Multiforme, é o tipo de
Astrocitoma de crescimento mais rápido, invadindo o tecido normal do cérebro. Ele
contém áreas de células mortas no centro do tumor. (INSTITUTO ONCOGUIA,
2012).
A sintomatologia produzida pode dividir-se em específica e não específica. A
específica é provocada pela localização intracraniana do tumor. Manifesta-se por
sinais neurológicos lateralizadores como a paresia, a afasia e os déficits visuais. As
convulsões são um sintoma comum, ocorrendo em cerca de 25% dos gliomas de
alto grau e podem ser parciais ou generalizadas. As alterações do estado de
consciência associadas à cefaleias sugerem uma hemorragia intracraniana, ao invés
de um enfarte cerebral. (CORREIA et al., 2009)
A sintomatologia não específica é caracterizada pelas cefaleias, náuseas e
vômitos, que são provocados pelo aumento da pressão intracraniana. Devido à
realização da TC (Tomografia Computadorizada) e da RMN (ressonância magnética
nuclear) pode-se comprovar que, o papiledema é, atualmente, visto em menos de
10% dos casos, mesmo quando os sintomas de aumento da pressão intracraniana
estão presentes. (CORREIA et al, 2009).
A fisioterapia em oncologia é uma especialidade que tem como objetivo
preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos
e sistemas do paciente, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento
oncológico. Há alguns anos, a grande preocupação da equipe médica em relação ao
câncer era a sobrevivência dos pacientes. Atualmente, o foco do tratamento mudou,
ou seja, a preocupação passou a ser também a qualidade de vida que ele terá
durante e após o tratamento oncológico. A fisioterapia oncológica é um dos
procedimentos que estão sendo adotados nesse sentido, tanto antes, quanto após
uma cirurgia de câncer, como também durante todo o tratamento. Esse recurso pode
ser utilizado em todos os casos, como no de câncer de mama, tumores de cabeça e
pescoço, além dos relacionados ao sistema músculo-esqueléticos (ossos e
músculos). O fisioterapeuta participa ativamente da manutenção da qualidade de
vida do doente, tanto no pré, durante, como no pós-operatório, ou nos tratamentos
de quimioterapia e radioterapia. (OLIVEIRA, 2009)
20
O objetivo deste trabalho é demonstrar a importância da fisioterapia na
qualidade de vida de um paciente com Glioblastoma Multiforme por meio de um
estudo de caso.
Este estudo procura responder o seguinte questionamento: até que ponto a
fisioterapia, através de técnicas específicas, pode promover melhora da qualidade
de vida de um paciente com Glioblastoma Multiforme?
É de suma importância o tratamento fisioterapêutico em um paciente
oncológico. A aplicação de várias técnicas promove uma satisfatória reabilitação,
minimizando possíveis complicações para alcançar o resultado almejado. A principal
meta da fisioterapia oncológica é mostrar ao paciente a necessidade de retomar as
atividades diárias e oferecer a ele condições para isso. O tratamento engloba desde
alongamentos, exercícios ativos, exercícios ativos-assistidos, exercícios passivos,
fortalecimento muscular, treino de marcha, treino de equilíbrio, drenagem linfática,
aplicação de bandagem elástica funcional. Os recursos foram aplicados de acordo
com a necessidade específica do paciente.
Para a realização desta pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, foram
utilizados os seguintes métodos: estudo de caso e observação sistemática;
O trabalho ficou assim estruturado:
Capítulo I – Descreve os conceitos básicos de neoplasia e Glioblastoma Mutiforme;
Capítulo II - Descreve a importância da fisioterapia e os recursos utilizados no
paciente oncológico;
Capítulo III – Descreve a pesquisa.
Finaliza-se com a proposta de intervenção e a conclusão.
21
CAPÍTULO I
ONCOLOGIA
1 NEOPLASIA
1.1
Conceito de Neoplasia
Montenegro e Franco (2008) descrevem que a capacidade de se dividir de
forma autônoma e se libertar dos controles de crescimento são as principais
características das células neoplásicas.
Kumar, Abbas e Fausto (2005) afirmam que a neoplasia representa o
processo de um novo crescimento, chamado também de neoplasma. Já o termo
tumor, foi originalmente usado para descrever o edema durante um processo
inflamatório.
Um neoplasma é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento
ultrapassa e não é coordenado com o dos tecidos normais e persiste
na mesma maneira excessiva depois da interrupção dos estímulos
que deram origem à mudança. (WILLIS apud KUMAR; ABBAS;
FAUSTO, 2005, p. 282).
Segundo Braunwald et al. (2002), o câncer é uma exceção da interação
coordenada entre células e órgãos. Normalmente, as células de um organismo
multicelular desempenham seu papel de forma colaborativa.
De acordo com Mitchell et al. (2006), um tumor é uma massa anormal de
tecido, cujo crescimento excede os tecidos normais. Isso significa que mesmo após
a cessação dos estímulos que deram origem a mudança, ele continua a se proliferar.
Tumores são classificados em benignos e malignos.
1.1.1 Tumores Benignos e Tumores Malignos
Montenegro e Franco (2008) descrevem que, para classificar os tumores em
benignos ou malignos, é preciso considerar os efeitos que eles causam no
organismo do hospedeiro.
22
Segundo Stevens e Lowe (2002), a neoplasia benigna apresenta contornos
bem definidos e crescimento localizado. Já a neoplasia maligna apresenta contornos
fracamente definidos e as células neoplásicas se desenvolvem sobre os tecidos
adjacentes, destruindo-os posteriormente:
Os tumores benignos são de crescimento lento, expansivo, e bem
tolerados pelo organismo do hospedeiro. Os tumores malignos têm
crescimento rápido, de tipo infiltrativo, produzindo efeitos nocivos
importantes, podendo, frequentemente, levar à morte [...] tumores
malignos dão metástases e os benignos não o fazem.
(MONTENEGRO; FRANCO, 2008, p. 243-4)
1.1.2 Tumores Benignos
De acordo com Mitchell et al. (2006), os tumores benignos são designados
com a inclusão do sufixo oma. Por exemplo: lipoma, fibroma, angioma, osteoma e
leiomioma, para tumores que tem origem em células mesenquimais.
Segundo Montenegro e Franco (2008), são denominados papilomas os
tumores benignos nos epitélios de revestimento. Já os tumores benignos originados
nas glândulas são chamados de adenomas.
1.1.3 Tumores Malignos
Segundo Mitchell et al. (2006), os tumores malignos são chamados de
cânceres e estão divididos em duas categorias. Os cânceres originados nas células
epiteliais são chamados de Carcinomas e os originados no tecido mesenquimal são
chamados de Sarcomas.
Montenegro e Franco (2008) relatam que linfomas são neoplasias malignas
derivadas dos linfócitos, leucomias são neoplasias derivadas de células dos tecidos
hematopoético e mielomas são neoplasias oriundas de plasmócitos. Entretanto,
existe a possibilidade de formação de tumores mistos, onde mais de um tipo de
célula se prolifera.
1.1.4 Epidemiologia
De acordo com Kumar, Abbas e Fausto (2005), os tumores mais comuns em
23
homens são os cânceres de próstata, pulmão, cólon e reto. Já nas mulheres, são
mais frequentes o câncer de mama, pulmão, cólon e reto.
A idade é o fator de risco mais importante, pois dois terços de todos os casos
ocorrem em indivíduos acima de 65 anos de idade. (BRAUNWALD et al., 2002) .
Smeltzer et al. (2011) afirmam que embora o câncer afete pessoas de todas
as idades, sua maior prevalência é em pessoas com idade superior aos 65 anos. A
incidência é mais elevada em homens do que em mulheres e mais alta nos países
industrializados.
Entre o nascimento e 39 anos de idade, 1 em 62 homens e 1 em 52
mulheres desenvolveram câncer; entre 40 e 59 anos, 1 em 12
homens e 1 em 11 mulheres apresentaram câncer; e, entre 60 e 79
anos ocorrerá câncer em 1 de cada 3 homens e 1 de cada 4
mulheres. (BRAUNWALD et al., 2002, p. 521)
Stevens e Lowe (2002) relatam que as neoplasias mais frequentes durante a
infância são caracterizadas por leucemias e tumores que se assemelham a tecidos
embrionários. Os tumores que incidem em adultos jovens são raros, entre eles,
linfomas, osteossarcomas e tumores de células germinativas. Já na vida adulta
tardia, tem se observado o desenvolvimento crescente de uma grande variedade de
neoplasias epiteliais.
Os autores afirmam que o câncer é a segunda causa mais comum de
mortalidade, depois da doença cardíaca isquêmica, na maioria dos países
desenvolvidos, representando aproximadamente 23% da taxa total de mortalidade.
"Calcula-se que ocorreram em torno de 556.000 óbitos por câncer em 2003,
representando 23% de toda a mortalidade, uma frequência só ultrapassada pelas
mortes causadas por doenças cardiovasculares." (KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005,
p. 294).
1.1.5 Etiologia
São agentes e fatores importantes na causa e desenvolvimento de neoplasias
os vírus e bactérias, agentes químicos, agentes físicos, fatores genéticos ou
familiares, agentes hormonais e fatores da dieta. (SMELTZER et al., 2011)
1.1.5.1
Vírus e Bactérias
24
Smeltzer et al. (2011) afirmam que os vírus são difíceis de avaliar como uma
causa de cânceres humanos, porque são difíceis de isolar. Quando causas
infecciosas são consideradas, acredita-se que os vírus se incorporam a estrutura
genética das células, alterando as futuras gerações da população celular, podendo
levar ao câncer.
Existem poucas evidências para sustentar a ligação das bactérias com o
câncer, as reações inflamatórias às bactérias e a produção de metabólitos
carcinogênicos ainda estão sob investigação. (SMELTZER et al., 2011)
1.1.5.2
Agentes Físicos
Segundo Smeltzer et al. (2011) o risco de desenvolver cânceres de pele está
diretamente associado à exposição excessiva aos raios ultravioleta do sol. Já a
exposição à radiação ionizante em procedimentos radiográficos, realizados de
maneira repetida para fim de diagnóstico, a radioterapia usada para tratar doença e
a exposição à materiais radioativos, estão associados a uma incidência mais
elevada de desenvolvimento de leucemia, mieloma múltiplo, cânceres de pulmão,
ossos, mama e tireoide.
1.1.5.3
Agentes Químicos
De acordo com Smeltzer et al. (2011), existem muitas substâncias químicas
perigosas que produzem efeitos tóxicos no organismo, modificando a estrutura do
Ácido desoxirribonucleico (DNA) nos locais do corpo a distância da exposição. Os
sistemas orgânicos mais afetados são aqueles que possuem papéis de
desintoxicação das substâncias químicas, como o fígado, os pulmões e os rins. A
fumaça de tabaco é o carcinógeno químico mais letal, contribuindo com pelo menos
30% das mortes por câncer e está associado aos cânceres de pulmão, cabeça,
pescoço, esôfago, estômago, pâncreas, colo de útero, rins e bexiga.
1.1.5.4
Fatores Genéticos e Familiares
Smeltzer et al. (2011) declaram que apenas 5% dos cânceres que se
25
desenvolvem em adultos estão relacionados com uma predisposição familiar:
As características das famílias com uma síndrome de câncer
hereditário incluem o câncer em dois ou mais parentes em primeiro
ou segundo grau, o início precoce do câncer em familiares com
menos de 50 anos de idade, o mesmo tipo de cânceres em diversos
membros da família, familiares individuais com mais de um tipo de
câncer, e um câncer raro em um ou mais membros da família.
(SMELTZER et al., 2011, p. 339)
1.1.5.5
Agentes Hormonais
Segundo Smeltzer et al. (2011), distúrbios no equilíbrio hormonal, pela própria
produção de hormônios do organismo ou pela administração de hormônios
exógenos, podem contribuir para o desenvolvimento de tumores. As alterações
hormonais relacionadas com o ciclo reprodutor feminino também estão relacionadas
à incidência de câncer.
1.1.5.6
Fatores Alimentares
Segundo Smeltzer et al. (2011) existem alguns tipos de alimentos que podem
aumentar o risco de câncer, como a ingestão de gorduras, álcool, carnes
defumadas ou curadas com sal, alimentos contendo nitrato e nitrito e carnes
vermelhas processadas:
O álcool aumenta o risco de cânceres da boca, faringe, laringe,
esôfago, fígado, colorretal e de mama. A ingestão de álcool deve ser
limitada a não mais que dois drinques por dia, para homens, e um
drinque por dia para mulheres. O maior consumo de vegetais e frutas
está associado a um risco diminuído de cânceres de pulmão,
colorretal, gástrico e esofágico. (KUSHI et al. apud SMELTZER et
al.,2011, p. 3400)
1.2
Neoplasia no Sistema Nervoso Central
1.2.1
Conceito
A neoplasia do Sistema Nervoso Central (SNC) tem importância por vários
motivos: incidem em todas as faixas etárias, mostram histopatologia complexa, com
26
ampla variedade de aspectos histológicos e histogenéticos (célula de origem),
resultando em neoplasias benignas e com graus variados de malignidade. Alguns
tumores de baixo grau de malignidade apresentam progressão para alto grau de
malignidade durante sua evolução, sendo que certos tumores podem ser
constituídos por dois ou mais tipos celulares (fenótipo múltiplo). Tumores
histologicamente benignos podem, pela dificuldade de remoção cirúrgica, atingir
volumes consideráveis, comprometer a circulação sanguínea e comprimir estruturas
nobres e, assim, levar o paciente à morte. (BRASILEIRO FILHO, 2011):
As neoplasias do Sistema Nervoso (SN) podem localizar-se no
encéfalo, na medula espinhal, nos nervos periféricos (inclusive em
suas raízes cranianas e espinhais) e nas meninges, podendo,
portando situar-se no interior do crânio (neoplasia intracraniana), no
canal vertebral (neoplasia intrarraquidianas) ou no trajeto de algum
nervo periférico. Podem derivar de: células do SNC maduro
(neurônios, células gliais e células do parênquima da pineal, ou seja,
célula de origem neuroepitelial); células neuroepiteliais embrionárias;
nervos craniais, espinhais e periféricos; meninges; células
germinativas; células linfoides; disseminação de neoplasias de outros
órgãos. (BRASILEIRO FILHO, 2011, p.989)
Segundo Rubin et al. (2006). os tumores intracranianos constituem apenas
2% de todas as neoplasias “agressivas”, e a maioria acomete idosos. 60% das
neoplasias intracranianas primárias são gliomas, os meningiomas correspondem à
20% e todos os outros, 20%.
1.2.2 Neoplasia Primária
As células da glia representam 55% das neoplasias primárias, porém os
tumores podem ser originados da linhagem neuronal e neuronal-glial mista. O
restante da porcentagem (45%), são divididos em meninges, raízes cranianas e
espinhais, representando respectivamente 32% e 8,5% dos tumores primários.
Enquanto os que derivam das células linfoides e germinativas constituem,
respectivamente, 3% e 1% dos tumores primários do SN. (BRASILEIRO FILHO,
2006)
1.2.3
Incidência e Prevalência
27
É difícil estabelecer com exatidão a incidência e a prevalência dos
tumores do SN. A incidência dos tumores primários é estimada em
14 novos casos por 100.0000 indivíduos/ano, enquanto sua
prevalência é estimada em 130 casos por 100.000 indivíduos. A
incidência maior é nos países desenvolvidos, comparados aos
países em desenvolvimento, o que pode ser explicado por diferenças
quanto à expectativa de vida e fatores étnicos. Os tumores primários
do SN são responsáveis por cerca de 1,2% de todos óbitos em
material de autópsia e representam aproximadamente 9% de todos
os tumores primários. Na infância, os tumores do SN são
relativamente mais frequentes, representando cerca de 19% de todos
os tumores nessa faixa etária. (BRASILEIRO FILHO, 2012, p. 990)
Uma grande maioria dos tumores primários do SNC, aproximadamente 85%,
localiza-se no interior da caixa craniana. Sendo que 70% dos tumores intracranianos
nos adultos situam-se acima da tenda do cerebelo e, nas crianças, 70% estão
abaixo da tenda do cerebelo, alojados na fossa posterior do crânio. Apenas 15% dos
tumores
primários
do
SN
são
tumores
intrarraquidianos,
podendo
ser
extramedulares e intramedulares, sendo que, a maioria é constituída por gliomas.
(BRASILEIRO FILHO, 2012)
1.2.4 Gliomas
Os
gliomas,
derivados
das
células
gliais,
incluem
astrocitomas,
oligodendrogliomas e ependimomas. (BRASILEIRO FILHO, 2012)
1.2.4.1 Tumores Astrocitários
Segundo Brasileiro Filho (2012), os tumores de origem astrocitária,
denominados astrocitomas, são os mais frequentes do SN. Representam 40% dos
tumores intracranianos em crianças e adultos e 75% dos gliomas em todas as faixas
etárias. Esses tumores podem ser benignos (grau I) ou de graus variados de
malignidade (grau II, III, e IV). A denominação astrocitoma designa tumores de
crescimento infiltrativo difuso que, conforme seu comportamento biológico, são
classificados como astrocitoma ou astrocitoma difuso (grau II), astrocitoma
anaplásico (grau III) e glioblastoma (grau IV). Outros tumores são representados
pelo astrocitoma pilocítico (grau I), pelo xantoastrocitoma pleomórfico (grau II) e pelo
astrocitoma de células gigantes subependimário (grau I).
28
1.2.4.2
Astrocitoma pilocítico
Neoplasia benigna (grau I) de crescimento lento e expansivo acomete
principalmente os nervos ópticos, no quiasma óptico/região hipotalâmica, no
tálamo/núcleo da base cerebelo, atingindo mais crianças e adolescentes.
(BRASILEIRO FILHO, 2012)
1.2.4.3
Astrocitoma difuso
Tumor de baixo grau de malignidade (grau II) ocorre predominantemente por
astrócitos fibrilares e, menos comumente, por astrócitos gemistocíticos e
protoplasmáticos, ou por mistura desses tipos celulares. Infiltra-se difusamente nas
estruturas cerebrais adjacentes, preferencialmente nos hemisférios cerebrais,
especialmente nos lobos frontais e temporais. Atinge adultos, frequentemente entre
25 e 45 anos, e em crianças é mais comum no tronco encefálico e no tálamo.
(BRASILEIRO FILHO, 2012)
1.2.4.4
Astrocitoma anaplásico
Astrocitoma difuso com áreas focais ou mais extensas (grau III), podendo
originar-se de um astrocitoma de baixo grau (grau II) ou como lesão com
característica histológica desde o inicio de malignidade. Acomete mais adultos de 30
a 50 anos, sendo que, 1/3 sobrevivem até 5 anos após o diagnóstico. (BRASILEIRO
FILHO, 2012)
1.2.4.5
Glioblastoma
Astrocitoma de alto grau de malignidade (grau IV) representa 55% dos
gliomas intracranianos em todas as idades, sendo próprio do adulto, incide entre 45
e 70 anos, constituindo o mais comum em homens. É o tumor primário maligno mais
frequente no SNC. Supratentorial, com favoritismo pela substância branca dos
29
hemisférios cerebrais e tem habilidade de invadir de forma rápida as estruturas
vizinhas. (BRASILEIRO FILHO, 2012)
1.3 Glioblastoma Multiforme
1.3.1
Conceito
Dentre os tumores astrocitários, o glioblastoma multiforme é considerado
como o de maior grau de malignidade, correspondendo ao IV grau. Esse tumor é
caracterizado com a presença de astrócitos neoplásicos com proliferação vascular
e/ou necrose. (LUCENA et al., 2006).
Segundo Brasileiro Filho (2012), o glioblastoma multiforme é o tumor primário
maligno mais frequente do SNC, sua origem pode se dar em lobos frontais. sendo
esse o mais frequente, lobos temporais e parietais ou em outras regiões como
núcleos da base, tálamo e tronco encefálico, porções anteriores e posteriores do
corpo caloso.
De acordo com Faria et al. (1999), o glioblastoma multiforme é o termo
empregado à um glioma de alta malignidade, por possuir uma entidade tumoral
independente, diferentemente de outros astrocitomas que podem ter áreas malignas
ou as desenvolverem durante sua evolução. É equivocado afirmar que os
glioblastomas multiformes são “puros” ou inteiramente anaplásicos em toda sua
extensão desde o principio. A presença de um tumor com aspecto de glioblastoma
multiforme irá determinar sua evolução posteriormente, geralmente má. Não há
diferença se o glioblastoma está presente na área central de um astrocitoma ou em
uma neoplasia como todo:
Os glioblastomas clássicos caracterizam-se pelo aspecto variado da
superfície de corte, em que se alternam áreas hemorrágicas,
necróticas, císticas, e porções acinzentadas ou esbranquiçadas de
multiforme. Às vezes, todo o tumor é necrótico com cor amarelada ou
esverdeada, estando o tecido neoplásico restante restrito a fina orla.
Raramente, pode haver hematoma originado de um glioblastoma. O
tumor é geralmente único e restrito a um lobo. Pode, contudo atingir
o hemisfério contralateral, infiltrando-se ao longo do corpo caloso que
então se apresenta espesso e granuloso. Em uma minoria dos
casos, a neoplasia é multicêntrica (FARIA et al.,1999, p.556).
30
De acordo com Stevens e Lowe (2002), os glioblastomas são tumores que
apresentam um rápido crescimento e são altamente malignos. Por meio de análise
macroscópica, vê-se que são constituídos por massas hemorrágicas necróticas,
sendo basicamente encontrado nos hemisférios cerebrais, podendo também ser
encontrado no tronco cerebral e raramente no cerebelo ou cordão espinhal.
1.3.2 Glioblastoma Primário e Secundário
Os glioblastomas multiformes podem ser classificados em primários e
secundários, atingem indivíduos com diferentes idades e adaptam-se por meio de
diferentes mecanismos. As diferenças notadas entre o glioblastoma primário e o
secundário são em relação à genética e ao comportamento biológico. O
glioblastoma primário é o mais comum, atingindo principalmente adultos acima de 60
anos, já os secundários se mantém por meio da evolução de um glioma de baixo
grau, astrocitoma, por exemplo, e atinge pessoas a partir dos 45 anos (LOPES;
FERNANDES; TEDESCO, 2012).
1.3.3
Epidemiologia
Segundo Lucena et al. (2006), entre os tumores da glia, o Glioblastoma
Multiforme (GBM) é um tumor frequente, que corresponde de 50 a 60% de todos os
gliomas. A maior incidência é em adultos na faixa etária de 45 a 70 anos, atingindo
principalmente aos homens, com proporção de 3:2 com as mulheres.
De acordo com Ferreira et al. (2004), em 67 exames de ressonância
magnética realizados no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo em
pacientes com glioblastoma Multiforme, verificou-se que a idade média dos
pacientes foi de 48 anos e a região mais afetada foi o lobo frontal, com 47% dos
casos, dos quais houve metástases em 15 pacientes, os que constitui um fato raro
na literatura sobre esse tipo de tumor glial.
1.3.3 Sinais Clínicos
31
Os sinais e sintomas relacionados com este tipo de tumor cerebral estão
associados com sua localização, extensão e gravidade do edema cerebral. Os
principais sinais e sintomas são: intensa dor de cabeça matinal (75%) devido à
pressão intracraniana, as convulsões que ocorrem em 30% a 90% dos pacientes e o
déficit neurológico que inclui perda de movimento, sensação ou função em um local
específico no corpo, dificuldade de concentração, confusão, perda de equilíbrio ou
coordenação, perda de visão ou visão dupla, fraqueza ou paralisia em uma área do
corpo, dificuldade ao falar, náuseas, vômitos e fadiga extrema. (INSTITUTO
ONCOGUIA, 2012).
Segundo Faria et al. (1999), os pacientes diagnosticados com glioblastoma
multiforme podem apresentar as seguintes manifestações clinicas: pressão
intracraniana, cefaleia, vômitos, edema de papila, crises convulsivas, síndromes
psiquiátricas e/ou sinais neurológicos como hemiparesia e afasias.
1.3.5
Diagnóstico
O glioblastoma multiforme é diagnosticado através de exame físico e por
exames
de
imagem.
Exames
de
ressonância
magnética
e
tomografia
computadorizada são solicitados para identificar o tamanho e a localização do tumor.
Após um possível diagnóstico, a biópsia pode ser solicitada para a avaliação do
tumor. (INSTITUTO ONCOGUIA, 2012)
32
CAPÍTULO II
FISIOTERAPIA
2 A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NA ONCOLOGIA
O tratamento oncológico deve priorizar a qualidade de vida do paciente o
mais precocemente possível e permanecer por toda evolução da doença,
proporcionando maior independência e funcionalidade nas atividades do paciente.
Portanto, torna-se indispensável uma equipe multidisciplinar, abordando as
necessidades do indivíduo de forma especifica e, ao mesmo tempo, visando o
objetivo principal, que é proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente.
Nesse contexto, a fisioterapia torna-se essencial para a reabilitação deste paciente,
por possuir técnicas que auxiliam os cuidados necessários aos pacientes
oncológicos, melhorando a sintomatologia e a qualidade de vida, tendo como
objetivos principais a recuperação precoce da funcionalidade e proporcionar bem
estar ao indivíduo. (BORGES et al, 2008)
Segundo Borges et al (2008), a fisioterapia possui vários recursos que trazem
grandes benefícios para o tratamento dos pacientes oncológicos, podendo ocorrer
por meio de atendimento hospitalar e domiciliar. Dentre os benefícios que o
tratamento fisioterapêutico traz aos pacientes estão: o alívio da dor, diminuição da
tensão muscular, prevenção ou redução do linfedema, melhora da circulação
tecidual e garantia de bem estar ao paciente.
O paciente oncológico necessita de uma intervenção com uma equipe
multidisciplinar atuando em conjunto com a família. A fisioterapia tem por objetivo
manter a qualidade de vida, recuperar a função e manter a funcionalidade do
indivíduo. (GABRIEL; PETIT; CARRIL, 2001).
Acrescenta-se que a fisioterapia tem uma atuação essencial dentro
da oncologia. Ela não se preocupa apenas com o local afetado pelo
câncer, mas com todo o indivíduo e principalmente com sua
qualidade de vida. (BORGES, 2008, p. 338)
33
Segundo Muller, Scartegagna e Moussalle (2011) o trabalho multidisciplinar é
importante nos cuidados paliativos, pois a união das habilidades dos profissionais
faz com que o individuo seja tratado como um todo, melhorando assim sua
qualidade de vida. Neste contexto, a fisioterapia tem por objetivo a melhora da
sintomatologia e a qualidade de vida do paciente, pois contribui com recursos
terapêuticos, tais como: terapia manual, alongamentos, exercícios passivos,
exercícios
ativos
para
fortalecimento
muscular,
mobilizações
articulares,
posicionamentos, exercícios respiratórios e técnicas de higiene brônquica.
2.1 Intervenção da fisioterapia
A fisioterapia oferece recursos que contribuem para a melhora da sintomatologia e
qualidade de vida do indivíduo. Neste contexto, podemos citar:
2.1.1 Eletroterapia
Segundo Starkey (2001), a eletricidade é o resultado de um desequilíbrio no
número de elétrons entre dois pontos. Nesse processo, é gerada uma força
conhecida como força eletromagnética, que na tentativa de equilibrar as cargas, faz
com que os elétrons se movimentem, gerando assim a corrente elétrica. A corrente
elétrica pode ser classificada em correntes diretas, que, por sua vez, são
classificadas em: fluxo contínuo de elétrons em uma direção, correntes alternadas,
nas quais a direção e magnitude do fluxo se invertem e as correntes em pulso, que
são fluxos unidirecionais ou bidirecionais de elétrons que são intercalados por
períodos curtos com a ausência de corrente. Este recurso terapêutico pode ser
utilizado para controle da dor, redução de edema, fortalecimento muscular e entre
outros.
2.1.2 Terapia Manual
A terapia manual é um recurso coadjuvante no processo da reabilitação e, por
meio de suas técnicas, proporciona aos pacientes vários benefícios, tais como:
aumento do retorno venoso, relaxamento sistêmico, melhora da dor, melhora e
estimulação do fluxo sanguíneo local. (STARKEY, 2001)
34
2.1.3 Drenagem Linfática
A drenagem linfática é uma técnica em terapia manual que trabalha o sistema
linfático, cuja principal função é diminuir o edema local. Esse processo se dá por
meio da retirada dos líquidos acumulados entre as células e de resíduos
metabólicos. Estes são encaminhados aos vasos capilares e por meio de
movimentos específicos, são direcionados para que sejam eliminados. A drenagem
linfática contribui para a regeneração dos tecidos, melhora do sistema imunitário e
tem uma ação anti-inflamatória sobre o organismo. A técnica consiste em
movimentos circulares com as mãos e polegar, movimentos circulares e pressão em
bracelete. (CABRAL [s.d])
2.1.4 Hidroterapia
A hidroterapia é um recurso fisioterápico realizado de forma individual ou em
grupo e para a eficácia do tratamento, a piscina deve estar aquecida entre 32 e
34°C. O corpo pode ser tratado como um todo na água, o que facilita a abordagem
ao paciente. Existem várias técnicas que podem ser utilizadas na hidroterapia,
porém, estas dependerão da avaliação do profissional. Essa forma de tratamento é
um recurso que oferece significantes vantagens, tais como: alívio da dor, redução de
edema, fortalecimento muscular, normalização do tônus muscular, relaxamento e
alívio do stress, melhora da amplitude de movimento, melhora do equilíbrio e
independência funcional ao paciente. (COMPANHIA PAULISTA DE REABILITAÇÃO,
[s.d]).
A hidroterapia é vantajosa pela combinação dos efeitos fisiológicos do
exercício em conjunto com o calor da água. Uma das características da água é o
empuxo, que alivia o stress sobre as articulações sustentadoras de peso, ou seja,
permite a realização de exercícios com redução da gravidade, o que facilita a
execução do movimento. Especialistas sugerem que a temperatura da água ideal
deve estar entre 32 e 34°C. Os efeitos terapêuticos da hidroterapia estão
relacionados ao alívio da dor e espasmos musculares, manutenção ou aumento da
amplitude de movimento da articulação, fortalecimento muscular, melhora da
35
circulação, melhora do equilíbrio e melhora das atividades funcionais. (CAMPION,
2000)
2.1.5 Cinesioterapia
Kisner e Colby (2009) descrevem a cinesioterapia, conceito também
encontrado como exercício terapêutico, sendo esta a terapia por meio de
movimentos corporais, posturas ou atividades físicas com o intuito de proporcionar
aos pacientes meios para a reabilitação. O exercício terapêutico tem por finalidade:
melhorar e recuperar a função física, tratar ou prevenir comprometimentos e fatores
de risco ligados à saúde, proporcionando assim a sensação de bem-estar ao
paciente.
2.1.5.1 Alongamento
Kisner e Colby (2009) descrevem o alongamento como um termo utilizado
para qualquer manobra fisioterapêutica que aumente a extensibilidade dos tecidos
moles, ou seja, dos músculos, tendões, fáscias, cápsulas articulares, ligamentos,
nervos, vasos sanguíneos e pele. O alongamento aumenta o tamanho das
estruturas que estão encurtadas devido a hipomobilidade, melhorando assim a
flexibilidade. Há alguns tipos de alongamentos que podem ser utilizados: no
alongamento passivo, o fisioterapeuta aplica uma força externa manualmente ao
final da amplitude de movimento; no auto-alongamento, o próprio paciente se alonga
com instrução e supervisão de um fisioterapeuta. Há também o alongamento que é
realizado com auxílio de dispositivos mecânicos.
2.1.5.2 Manutenção da amplitude de movimento
Segundo Kisner e Colby (2009) a amplitude de movimento (ADM),
corresponde ao movimento completo possível. Existem muitos fatores que podem
levar à redução na ADM, como imobilização prolongada, doenças sistêmicas,
articulares, neurológicas, musculares, agressões cirúrgicas ou traumáticas. Por isso,
todos os seguimentos corporais devem ser movimentados periodicamente, para
manter a ADM normal das articulações, evitar a perda de flexibilidade e minimizar a
formação de encurtamentos e contraturas.
36
2.1.5.3 Exercícios passivos
De acordo com Kisner e Colby (2009), o exercício passivo é produzido por
uma força externa com pouca ou nenhuma contração muscular voluntária. O
exercício é realizado com auxilio de outra pessoa, outra parte do corpo da própria
pessoa, um aparelho ou da gravidade. A ADM passiva é benéfica e indicada nos
casos de inflamação aguda após lesão ou cirurgia, pois auxilia na cicatrização e
recuperação dos tecidos. Também é indicada quando o paciente não consegue se
movimentar sozinho ou não está autorizado a realizar exercícios ativamente, como
em casos de repouso absoluto no leito, paciente em estado comatoso ou paralisia
de algum segmento do corpo. O uso da ADM passiva é muito importante para
diminuir as complicações causadas pela imobilização, pois minimiza a formação de
aderências e contraturas, além de contribuir para boa circulação.
2.1.1.4 Exercícios ativos
Kisner e Colby (2009) relatam que o exercício ativo consiste na
movimentação ativa de um segmento, por meio da ADM livre, que gera a contração
muscular. O paciente consegue realizar o movimento sem restrições e sem auxilio.
A ADM ativa é muito utilizada para melhorar o condicionamento físico. Os exercícios
ativos são benéficos, pois ajudam a manter a contratilidade dos músculos
participantes; favorecem a circulação e previnem a formação de trombos; auxiliam
no desenvolvimento da coordenação motora para realização de atividades
funcionais; entre outros.
2.1.1.5 Exercícios ativo-assistidos
Segundo Kisner e Colby (2009), os exercícios ativo-assistidos são aplicados
quando o paciente possui uma musculatura fraca e não consegue sozinho mover
uma articulação por toda a sua amplitude, necessitando assim de ajuda. Depois que
o paciente adquire o controle da ADM e consegue realizar os movimentos sem
auxilio, são utilizados exercícios com resistência manual ou mecânica para
fortalecimento de forma progressiva dos músculos, reabilitando o paciente até que
este consiga retornar a suas atividades normais.
37
2.1.5.6 Exercícios resistidos
De acordo com Kisner e Colby (2009), o exercício resistido é qualquer forma
de exercício ativo que produza contração muscular dinâmica ou estática por meio de
uma força externa aplicada de forma manual ou mecânica. Muito utilizado nos
programas de reabilitação para pessoas com função comprometida, nos programas
de condicionamento físico para promover saúde e bem estar, prevenir e reduzir o
risco de lesões e melhorar o desempenho de habilidades motoras. Os exercícios
resistidos contribuem para restauração, melhora ou manutenção de força, maior
resistência à fadiga, diminuição da sobrecarga nas articulações, redução do risco de
lesões nos tecidos moles durante as atividades físicas, aumento da massa magra,
diminuição da gordura corporal, possível melhora no equilíbrio, além de proporcionar
sensação de bem-estar físico, entre outros.
2.1.1.7 Benefícios da cinesioterapia para o paciente oncológico.
De acordo com Cipolat, Pereira e Ferreira (2011), durante o tratamento
fisioterapêutico no paciente oncológico, algumas alterações cinético funcionais
também podem ser observadas. Pode ocorrer redução da força muscular, limitação
da mobilidade funcional, descondicionamento físico, diminuição na amplitude dos
movimentos ativo e passivo e atraso no desenvolvimento motor grosseiro.
A cinesioterapia no paciente oncológico tem como objetivo preservar, manter e
restaurar a integridade cinético funcional dos órgãos e sistema do paciente, tal como
prevenir os distúrbios causados pelo tratamento da doença. (INSTITUTO NACIONAL
DE CÂNCER apud CIPOLAT; PEREIRA; FERREIRA, 2011).
Segundo Marcucci (2004), a fisioterapia auxilia no alivio dos sintomas, para
proporcionar ao paciente maior independência funcional.
2.3 Bandagem Elástica Funcional
A Kinesio Taping é uma técnica de bandagem terapêutica
desenvolvida em 1973 pelo Dr. Kenso Kase, com o objetivo de
proporcionar ao paciente um recurso terapêutico que auxiliasse o
músculo e outros tecidos a buscarem a sua homeostase no intervalo
entre as sessões de quiropraxia. Dr. Kenso percebeu que os tecidos
contráteis e outros tecidos moles, como fáscias, ligamentos e
38
tendões, quando submetidos a estímulos gerados por um suporte
externo, consequentemente buscavam suas funções normais.
Contudo, os materiais existentes no mercado, como bandagens,
faixas, esparadrapos e adesivos, apresentavam reações dérmicas
indesejáveis, mesmo ao curto tempo de permanência na pele do
paciente, por limitarem certos movimentos e proporcionarem
estímulos inadequados à derme. Dessa forma, iniciou uma pesquisa
em busca de um material elástico inovador, que pudesse
proporcionar alta tolerância à pele sem provocar reações adversas.
(KASE; LEMOS; DIAS, 2013, p.11).
De acordo com Kase, Lemos e Dias (2013), já foram desenvolvidas mais de
20 tipos de bandagem pelo Dr. Kenso, chegando à bandagem atual, a Kinesio Tex
Tap Gold. Comparada às bandagens tradicionais, é fina e complacente (pode ser
estendida de 40% a 60% do seu comprimento original), apresentando elasticidade
semelhante à da pele. Vem sendo aplicada na população em geral, de recémnascido a idosos e também com grande eficiência em atletas de alto desempenho.
A Kinesio Taping tem vários benefícios, tais como redução do quadro álgico
por estímulo sensorial cutâneo; correção da biomecânica articular e de funções
musculares; alinhamento de tecidos moles, como pele e aponeuroses; melhora da
circulação dos fluídos orgânicos (sangue e linfa); otimização da reparação de lesões
teciduais; alívio da compressão de tecidos moles; e facilitação ou limitação dos
movimentos. (KASE; LEMOS; DIAS, 2013).
Segundo Kase, Lemos e Dias (2013), pode-se usar a bandagem em conjunto
com outras terapias, como cinesioterapia, cromoterapia, acupuntura, hidroterapia,
terapia manual, eletrotermofototerapia, entre outras, sem interferir na função de
nenhum desses recursos terapêuticos, atuando de forma sinérgica e diminuindo o
tempo da recuperação.
Seu objetivo é desencadear efeitos diretamente sobre a musculatura,
estimulando e ativando o músculo ou um grupo muscular durante o
movimento. Desse modo, é possível melhorar a contração sinérgica
de um músculo enfraquecido, inibido, hipotônico e desequilibrado,
reduzindo episódios de fadiga, contraturas, espasmos e lesões
musculares. (KASE; LEMOS; DIAS, 2013 p. 22).
Kase, Lemos e Dias (2013) relatam que a propriedade elástica da bandagem
favorece a massagem suave da região por meio das trações e tensões superficiais,
desencadeando uma drenagem dos fluidos corporais.
Esta promove trocas de
pressão entre a primeira camada superficial da epiderme com a derme, a hipoderme
e a fáscia superficial. Isso leva à abertura e ao fechamento dos vasos linfáticos e
39
sanguíneos devido a seus diversos filamentos aderidos às camadas superficiais da
pele. O efeito da bandagem sobre os músculos também melhora o mecanismo
funcional linfático profundo.
Segundo Kase, Lemos e Dias (2013) a função articular resulta da melhora do
desalinhamento biomecânico e da instabilidade das estruturas osteomusculares,
desencadeadas frequentemente por disfunções de movimento, que, em geral, estão
relacionadas a uma atividade constante e repetitiva, a manutenções posturais
estáticas e a desequilíbrios musculares (encurtamento, fraqueza, tensão, perda da
rigidez, distonias, entre outras condições). Nessas situações, a bandagem age
diretamente sobre o alinhamento articular, facilitando a relação e o equilíbrio entre
os músculos agonistas, antagonistas e sinergistas, o que possibilita o controle dos
movimentos patológicos e a reeducação motora.
40
CAPITULO III
A PESQUISA
3 INTRODUÇÃO
Para demonstrar a importância da intervenção fisioterapêutica na melhora da
qualidade de vida de um paciente com Glioblastoma Multiforme e após aprovação
do projeto pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium de Araçatuba, Protocolo n° 764.464 em 25/08/2014 (ANEXO B),
foi realizada uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa na residência do
paciente, na cidade de Promissão, no período de março a outubro de 2014.
Após apresentação e assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido TCLE (ANEXO C), realizou-se um levantamento de dados sobre os
hábitos de vida do paciente, com o intuito de fornecer informações sobre as formas
individuais de enfrentamento e entendimento da doença. Foram utilizados protocolos
de medidas, avaliações, questionário SF 36, pré e pós-exercícios físicos a fim de
avaliar: condições físicas e a qualidade de vida.
Segundo Rodrigues (2007), a pesquisa descritiva com abordagem qualitativa
é realizada por fatos observados, registrados, analisados, classificados e
interpretados
sem
interferência
do
pesquisador.
Faz-se
uso
de
técnicas
padronizadas de coleta de dados através de questionário e observação sistemática,
as informações obtidas não podem ser quantificáveis e a interpretação dos
fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa
qualitativa.
3.1 Métodos e técnicas utilizados
3.1.1 Métodos
Foi realizado um estudo de caso com um paciente do gênero masculino,
supervisor de vendas, de 55 anos de idade, que apresenta diagnóstico de
Glioblastoma Multiforme.
41
O grupo realizou uma visita à residência do voluntário em março de 2014,
para conhecê-lo, criar laços de confiança, objetivando facilitar a realização do
estudo.
O paciente relata que em novembro de 2013 sentiu uma dormência na mão
direita, e devido a este sintoma procurou o pronto socorro da cidade em que residia,
sendo diagnosticado como stress. Não obtendo melhoras no quadro, após seguir o
tratamento para este referido diagnóstico, optou por investigar melhor o quadro.
Desde então foram solicitados vários exames diagnósticos, desde exames
laboratoriais, até Raio-X, Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética.
Após a bateria de exames, foi diagnosticado com lesão glial em região do giro
do cíngulo à esquerda, sendo submetido à ressecção neurocirúrgica da lesão em
dezembro de 2013. O resultado anatomopatológico foi glioblastoma multiforme.
Posteriormente, o paciente foi encaminhado para tratamento adjuvante de
quimioterapia e radioterapia (30 sessões em dosagem máxima).
Em abril de 2014, por apresentar convulsões foi levado ao hospital em que foi
diagnosticado com outro glioma com proporções maiores que o anterior, por essa
razão, passou a maior parte do mês de abril internado. Em julho, realizou outra
ressonância magnética em que mostrou uma evolução insignificante do tumor, no
momento realiza quimioterapia uma vez ao mês.
Durante as hospitalizações foram realizados exercícios leves devido ao
paciente estar acamado, pois qualquer intensificação dos exercícios lhe causava
crises convulsivas.
Em outubro de 2014 foi realizada uma reavaliação clínica do paciente com
intuito de observar sua evolução nos sete meses de acordo com o tratamento
proposto.
3.1.2 Técnicas
a) Roteiro de estudo de caso (Apêndice A)
b) Roteiro de observação sistemática (Apêndice B)
c) Roteiro de entrevista para o fisioterapeuta (Apêndice C)
d) Roteiro de entrevista para o paciente (Apêndice D)
e) Roteiro de avaliação funcional (apêndice E)
42
f) Termo de consentimento livre e informado (Apêndice F)
g) Fotos Ilustrativas (Apêndice G)
h) Questionário SF 36 (Anexo A)
i) Parecer Consubstanciado do CEP (Anexo B)
j) Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE (Anexo C)
3.1.3 Avaliação
Para a realização das sessões de fisioterapia, foi necessário uma avaliação
do paciente, que apresentava-se com hemiparesia à direita, alterações de memória,
instabilidade postural, equilíbrio precário e diminuição de força generalizada.
O paciente apresentava dificuldade ao segurar objetos com a mão direita, fato
este que o limitava na realização das atividades de vida diária (AVD’s), dificuldade
em subir escadas, sendo este devido à limitação de ADM e equilíbrio. Não
apresentava quadro álgico.
3.1.3.1 Testes realizados
Equilíbrio: Apoio Unipodal. Este teste consistiu em pedir para o indivíduo
equilibrar-se em apenas um dos pés com olhos abertos e depois com olhos
fechados por no máximo 30 segundos. O tempo que o paciente conseguiu ficar
apoiado somente em um dos pés foi medido em três tentativas e foi considerada a
melhor das três tentativas, ou seja, a que teve o maior valor.
Resultado da avaliação: Não conseguiu realizar, pois não consegue elevar a
perna direita para ficar em um só pé. Porém, mesmo em duplo apoio, apresenta
instabilidade postural.
Resultado da reavaliação: Conseguiu elevar a perna direita, porém não
permanece por muito tempo, em duplo apoio apresenta estabilidade postural.
Flexibilidade: Banco de Wells
Realização do teste: pedir para o paciente sentar-se de frente para o banco
de Wells com as pernas estendidas e os pés descalços. O banco fica encostado na
parede para dar sustentação durante o teste. O avaliado deve posicionar as mãos
uma sobre a outra com os braços estendidos acima da cabeça, o avaliador deve
43
certificar-se de que o avaliado não irá flexionar os joelhos ao realizar o movimento.
Pedir para o avaliado estender os braços sobre o banco tentando atingir a maior
distância que conseguir. Realizar o exercício três vezes, e escolher a melhor.
(GUEDES, 2006).
Resultado da avaliação: 10 cm
Resultado da reavaliação: 13 cm
Coordenação:
Index-index: Com o membro superior estendido lateralmente, o paciente é
solicitado a tocar a ponta dos dedos indicadores. Repete-se a prova algumas vezes,
primeiramente com os olhos abertos, depois, fechados. O paciente deve estar
preferencialmente de pé ou sentado.
Índex- nariz: Com o membro superior estendido lateralmente, o paciente é
solicitado a tocar a ponta do nariz com o indicador. Repete-se a prova algumas
vezes, primeiramente com os olhos abertos, depois, fechados. O paciente deve
estar preferentemente de pé ou sentado. (FORTE, [s.d])
Índex-orelha: Com o membro superior estendido lateralmente, o paciente é
solicitado a tocar a orelha com o indicador. Repete-se a prova algumas vezes,
primeiramente com os olhos abertos, depois, fechados. O paciente deve estar
preferencialmente de pé ou sentado.
Diadococinesia: Determina-se ao paciente realizar movimentos rápidos e
alternados, tais como abrir e fechar a mão, movimentos de supinação e pronação,
extensão e flexão dos pés. (FORTE, [s.d])
Resultado da avaliação: realizou índex-index, índex-nariz, índex-orelha com
dificuldade, devido à hemiparesia. Diadococinesia não conseguiu coordenar.
Resultado da reavaliação: não consegue realizar o índex-index, consegue
realizar o índex-nariz, índex-orelha com dificuldade, devido à hemiparesia.
Diadococinesia consegue realizar em membros superiores e não consegue em
membros inferiores.
Força de MMII: Agachamento na cadeira sem carga.
Execução: sentado com os pés afastados na largura do quadril, levantar apoiandose na barra fixa na parede e sentar novamente. (DELAVIER, 2000)
44
Resultado da avaliação: Não consegue levantar da cadeira sozinho, com e
sem apoio.
Resultado da reavaliação: Consegue levantar da cadeira sozinho, sem apoio.
Força de MMSS: Força de membros superiores.
Material: halter de 2 kg e cadeira de madeira.
O paciente deverá estar sentado na cadeira com as costas apoiadas, os pés
inteiros no chão e halter ao lado da cadeira. O avaliador ao lado do participante com
o cronômetro, ao seu comando o avaliado deverá realizar flexões de cotovelo,
segurando o halter com a palma da mão virada para cima. O objetivo é realizar o
máximo de flexões em 30 segundos. (ZAGO; VILLAR e GOBBI, 2005).
Resultado da avaliação: Membro superior esquerdo (14 flexões em 30 seg.)
Membro superior direito, não consegue nem realizar o movimento livre.
Resultado da reavaliação: Membro superior esquerdo (14 flexões em 30 seg.)
Membro superior direito (5 flexões livres em 30 seg.)
Short-Form 36 Health Survey (SF – 36)
O SF – 36 é um questionário composto por 36 itens que avalia a capacidade
funcional, dor, aspectos sociais, saúde mental, estado geral de saúde, aspectos
físicos, aspectos emocionais e vitalidade.
A capacidade funcional avalia atividades rigorosas, moderadas e atividades
de vida diária.
O referido questionário é composto por dez itens. Contendo quatro itens,
encontram-se a análise das limitações nas atividades de vida diária e atividades de
vida prática, tempo de dedicação ao trabalho e também a quantificação das
limitações trazidas no cotidiano e no trabalho.
Para avaliar aspectos emocionais, foram utilizados três itens que implicam na
quantidade de dedicação ao trabalho ou outras atividades que impliquem em
problemas emocionais.
A análise de aspectos sociais, frente à participação e
níveis de atividades sociais é feita por meio de três itens.
As
dores
intensidade e as limitações trazidas foram avaliadas em dois itens.
no
corpo,
Quanto ao
45
estado geral de saúde, avalia-se o bem-estar do indivíduo em cinco itens.
A análise da saúde mental consta de cinco itens e avalia o comportamento,
bem-estar psicológico e alterações de comportamento ou descontrole emocional.
Foram destinados quatro itens para verificar a vitalidade, disposição, nível de
energia, vigor, vontade, cansaço, fadiga e esgotamento.
O
resultado
final
da
avaliação é obtido através do escore, que varia de 0 a 100, em que zero é a pior
pontuação e 100, a melhor pontuação, indicando melhor estado de saúde.
Dentre os 36 itens do questionário, alguns respondidos conforme a percepção
comparativa do paciente entre sua saúde quatro semanas atrás e, sua atual situação
da saúde. Após o tratamento realizado; estes fatores foram aliados importantes ao
trabalho, analisando a visão das participantes perante o tratamento instituído.
(SANTOS, ROSSINOLI, 2012)
Tabela 1- Qualidade de vida SF 36
Domínios
Avaliação
Reavaliação
Capacidade funcional
5
0
Limitação por aspectos físicos
0
0
Dor
20
40
Estado geral de saúde
87
72
Vitalidade
40
55
Aspectos sociais
0
87
Limitação por aspectos emocionais
0
0
Saúde mental
44
52
Média
24,50
38,25
Fonte: elaborado pelos autores, 2014.
3.1.4 Atividades desenvolvidas
As atividades desenvolvidas foram alongamentos, exercícios ativos livres,
ativos-assistido, treino de equilíbrio estático em posição ortostática e sentado,
agachamento na cadeira sem carga, treino de marcha com andador, exercícios na
bola suíça, bandagem elástica funcional e eletroterapia. O objetivo da fisioterapia é
preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional,
melhorando assim a qualidade de vida, AVD’s e autoestima. (OLIVEIRA, 2009)
46
Para realizar as atividades foram utilizados os seguintes materiais:
a) Andador para a melhora da deambulação e para auxiliar as trocas posturais;
b) Faixa elástica para dar resistência aos exercícios;
c) Halter para fortalecimento muscular de membros superiores;
d) Medicine Ball para fortalecimento e como meio facilitador de alguns exercícios;
e) Tornozeleira para fortalecimento muscular de membros inferiores;
f) Bastão como meio facilitador de exercícios de membro superior;
g) Bola suíça como meio facilitador em exercícios de equilíbrio e exercícios de
controle postural;
h) Bandagem Elástica Funcional para drenagem linfática de membro inferior direito e
analgesia quando necessário
O atendimento foi realizado na residência do paciente, sob a supervisão da
orientadora, com frequência de 3 vezes por semana, com duração de 60 minutos por
atendimento.
O tratamento fisioterapêutico foi realizado de acordo com a condição física e
emocional do paciente durante cada sessão. A primeira semana foi de adaptação do
paciente aos exercícios, após a adaptação houve uma progressão dos exercícios de
acordo com a resposta do paciente.
Os exercícios foram realizados com resistência no braço esquerdo e livres no
braço direito (hemicorpo afetado).
a) Alongamento de membros superiores;
b) Exercícios com medicine ball entre as duas mãos para flexão e extensão
de ombro;
c) Exercício de abdução de ombro;
d) Exercícios com bastão para flexão de cotovelo;
e) Exercícios com bastão para flexão de ombro;
f) Exercícios com faixa elástica para fortalecimento de bíceps, tríceps e
deltoide;
g) Exercício de flexão e extensão de punho;
h) Aplicação de bandagem elástica funcional na mão direita para extensão
das falanges;
47
i) Aplicação de bandagem elástica funcional em ombro direito para reduzir
quadro álgico;
j) Uso de eletroterapia em ombro direito para reduzir quadro álgico;
k) Alongamentos de membros inferiores;
l) Exercício de flexão de quadril;
m) Exercício de Abdução e adução de perna;
n) Exercício de tríplice flexão (livre ou com bola suíça);
o) Exercício de flexão de joelho, com apoio (posição ortostática);
p) Exercício de extensão de joelho (posição sentado);
q) Exercício de Dorsiflexão e Flexão plantar de pés;
r) Exercício de Eversão e Inversão de tornozelos;
s) Exercícios Isométricos de adutores com medicine ball entre os joelhos;
t) Exercícios Isométricos de quadríceps com medicine ball atrás do joelho;
u) Treino de equilíbrio estático em posição ortostática e sentado;
v) Treino de marcha com andador e bengala;
x) Drenagem Linfática em pé direito se houver edema;
z) Aplicação de bandagem elástica funcional em pé direito se houver edema.
3.2 Discussão
Segundo Sousa et al. (2002), o Glioblastoma Multiforme é uma neoplasia
cerebral primária e tem sua origem em suas células gliais (astrócitos), sendo mais
frequentemente na fase adulta e atinge apenas 2% de todos os processos
oncológicos. Apesar de sua raridade o tumor está associado com grande
deteriorização das capacidades e funções cerebrais, e com prognóstico muito
reservado, fatos estes que contribuem para o impacto individual e social destes
tumores.
A cirurgia visa não apenas a remoção do tumor, mas também dos tecidos
sadios adjacentes, a fim de evitar a permanência de doença residual macro ou
microscópica. Tal fato acarreta sequelas sensitivas, motoras, vasculares e
respiratórias, dependendo da área afetada (INCA, 2010).
No referido estudo, o paciente foi submetido a uma neurocirurgia para a
retirada de tumor glial, que acarretou em hemiparesia à direita, convulsões,
48
movimentos involuntários em membro superior direito, cefaleias, disartria, déficit de
equilíbrio, déficit de memória, perda de força muscular, edema de membro inferior
direito e limitação de amplitude de movimento no hemicorpo direito.
Bernardo (2002), ressalta que apesar dos avanços nos tratamentos
oncológicos, quando não é possível alcançar a cura, surge a necessidade de
cuidados específicos a estes pacientes, os cuidados paliativos. A inserção dos
cuidados paliativos no tratamento dos mesmos visa melhorar a qualidade de vida e a
funcionalidade.
De acordo com Borges et al. (2008), a fisioterapia faz parte de uma equipe
multidisciplinar de saúde e atua de forma bastante abrangente na sintomatologia dos
pacientes
oncológicos,
tendo
como
principais
objetivos
sua
reabilitação
biopsicossocial e recuperação precoce da funcionalidade. Podendo ser verificado no
presente estudo, pois o paciente apresentava muita dor, principalmente na região do
ombro e no decorrer das sessões, este sintoma foi sendo amenizado, o que
promoveu uma menor dependência e maior disposição para a realização das
atividades de vida diária.
Marcucci (2004), relata que os cuidados paliativos adotam uma abordagem
humanista e integrada para o tratamento de pacientes sem possibilidade de cura,
reduzindo os sintomas e aumentando a qualidade de vida. Para isto necessita-se de
uma equipe multiprofissional apta a compreender todas as necessidades físicas,
psicológicas e espirituais presentes nestes casos.
A fisioterapia em oncologia tem como objetivo preservar, manter, desenvolver
e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas do paciente, assim
como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico. O fisioterapeuta
deve saber lidar com as sequelas próprias do tratamento, atuando de forma
preventiva para minimizá-las. As indicações para assistência fisioterapêutica são
determinadas pelas disfunções causadas pelo tumor no paciente (INCA, 2010).
Bernardo (2012), descreve que os recursos utilizados pela fisioterapia, a
cinesioterapia,
fisioterapia
respiratória
e
terapia
manual;
podem
evitar
o
confinamento ao leito, e minimizar os demais sintomas decorrentes da doença,
como a fadiga, dispnéia, dor, entre outros, que muitas vezes, leva os pacientes a
sentirem-se incapazes de realizar suas atividades de vida diária (AVD’s) de forma
independente, resultando em situações de desuso e imobilidade que afetam
49
diretamente na qualidade de vida e na funcionalidade. Este fato foi demonstrado por
meio desta pesquisa, pelo resultado apresentado na melhora dos aspectos sociais,
pois o paciente permanecia o tempo todo em casa, e após apresentar uma melhora,
começou a ter uma vida social, podendo sair de casa.
Os aspectos mencionados acima demonstram a importância da fisioterapia
para pacientes oncológicos. No presente estudo, foi realizado um trabalho visando
não só o bem estar físico, mas o paciente como um todo, prevenindo, minimizando e
tratando possíveis complicações; assim como reabilitando o paciente e promovendo
meios para que possa ter uma vida saudável apesar de suas limitações e
dificuldades.
Apesar de poucas publicações cientificas a respeito da atuação da fisioterapia
em pacientes com glioblastoma multiforme, conhecendo-se os benefícios da
fisioterapia e seus recursos para a melhora da sintomatologia e da qualidade de vida
do paciente, podemos ressaltar neste estudo a importância da realização do
tratamento fisioterapêutico.
3.3 Parecer final
Conclui-se ao fim deste capitulo que, no tratamento para ganho de equilíbrio,
o paciente conseguiu um significativo ganho de equilíbrio estático e dinâmico. Em
flexibilidade o paciente alcançou três centímetros após intervenção. No quesito
coordenação motora houve um retrocesso, pois o paciente apresentou um quadro
de internação hospitalar decorrente do diagnostico de outro tumor.
No teste de força de membros inferiores o paciente obteve após intervenção
uma melhora significativa, pois conseguiu levantar-se de uma cadeira sozinho sem
apoio, o que não era possível antes do tratamento. No teste de força de membros
superiores o paciente manteve o mesmo resultado em hemicorpo esquerdo e teve
importante ganho de força em hemicorpo direito que está parético.
Na avaliação da qualidade de vida, o paciente apresentou melhora
significativa nos itens dor, vitalidade, aspectos sociais e saúde mental. Faz-se
necessário destacar outros itens avaliados em que não foram obtidos resultados
satisfatórios estão diretamente relacionados com o trabalho, atividade esta que o
paciente realizava.
50
As técnicas utilizadas para alcançar esses resultados foram de extrema
importância, pois a fisioterapia atua de maneira plena e está apta para desenvolvêlas.
3.4 Opinião dos profissionais
Fisioterapeuta, 40 anos, gênero feminino. Eis o seu depoimento:
Acredito que a fisioterapia, através de seus vários
recursos disponíveis, pode trazer benefícios à um
paciente oncológico, mesmo este apresentando um
prognóstico não favorável. Pois precisamos nos
preocupar com a qualidade de vida deste paciente,
e proporcionar à ele a melhor condição possível
para realizar as suas atividades. Dentre os
recursos disponíveis na fisioterapia, acredito que a
cinesioterapia seja o mais indicado e melhor, pois
possibilita uma melhora nos movimentos facilitando
assim a realização de atividades de vida diária. Na
minha
experiência
clínica
com
pacientes
oncológicos, pude vivenciar perdas e ganhos, mas
sempre possibilitando e priorizando esta melhora
na qualidade de vida do paciente.
Voluntário, 56 anos, gênero masculino. Eis o seu depoimento:
O meu dia-a-dia tornou-se bem melhor do que
antes, pois eu apresentava dificuldades para me
alimentar, para realizar higiene pessoal e me
locomover, sempre precisando do auxilio de meus
familiares. A fisioterapia foi muito importante, pois
fui acompanhando desde o início, o tratamento
realizado me proporcionou melhora da auto-estima
e esperança para a minha reabilitação. Hoje,
graças a fisioterapia, consigo realizar minha higiene
pessoal sozinho, levantar da cadeira, andar com
bengala, me alimentar sozinho, ir ao banheiro
sozinho, estou mais confiante e sou mais
independente.
51
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Sendo o glioblastoma multiforme um tumor cerebral que afeta a qualidade de
vida do paciente e apresenta sinais clínicos como: hemiparesia, déficit de memória,
perda de força muscular e perda de equilíbrio levando o paciente à incapacidade de
realizar suas atividades de vida diária, faz se então necessária a intervenção
fisioterapêutica à reabilitação do mesmo.
No tratamento fisioterapêutico enfatiza-se o ganho de amplitude de
movimento, fortalecimento muscular, treino de marcha, treino de equilíbrio e
bandagem elástica funcional para edema e analgesia.
Para que o tratamento seja efetivo, é necessário que se faça periodicamente
uma avaliação das capacidades e funcionalidade do paciente para que não haja
acomodação do quadro apresentado pelo mesmo. A intervenção fisioterapêutica por
meio de seus recursos tem como prioridade proporcionar uma melhor qualidade de
vida ao paciente.
Propõe-se que seja elaborado um programa de reabilitação para pacientes
oncológicos, que deverá ser composto por uma equipe multidisciplinar, para que
estes pacientes tenham acompanhamento e tenham uma qualidade de vida durante
e após o tratamento clínico.
52
CONCLUSÃO
Diante dos resultados obtidos ao longo dessa pesquisa, conclui-se que a
fisioterapia no caso de Glioblastoma Multiforme mostrou-se como uma aliada
importante na reabilitação e na qualidade de vida em portadores dessa patologia e
pacientes oncológicos em geral.
A intervenção fisioterapêutica contribui não só para o bem estar físico, mas
também mental e social do paciente, melhorando sua auto-estima. Através das
atividades desenvolvidas o paciente conseguiu recuperar e desenvolver habilidades
para realização de suas atividades de vida diária, demonstrando estar cada dia mais
animado e empenhado, sendo isto comprovado pela grande melhora no aspecto
social, que foi avaliado no questionário de qualidade de vida.
As técnicas empregadas pela fisioterapia promoveram funcionalidade,
independência e redução do quadro álgico, quadro este que debilita o paciente em
diversos aspectos de sua vida.
Sugerem-se mais estudos na área a fim de disseminar informações e
contribuir de maneira efetiva para a reabilitação física e qualidade de vida do
paciente com Glioblastoma Multiforme e pacientes oncológicos de uma maneira
geral.
53
REFERÊNCIAS
ALFIERI, F.M. et al. Uso de testes clínicos para verificação do controle postural em
idosos saudáveis submetidos a programas de exercícios físicos. Acta Fisiátrica [s.l],
17 set. 2010. Disponível em http://www.actafisiatrica.or.br/detalhe_artigo.asp?id=33.
Acesso em: 06 out. 2014.
BERNARDO, E. S. Pacientes Oncológicos em cuidados paliativos: Correlação entre
qualidade de vida e funcionalidade. Pena de morte para o nascituro.
Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, Criciúma, 28 nov. 2002.
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57
APÊNDICES
58
APÊNDICE A – ROTEIRO DE ESTUDO DE CASO
1 INTRODUÇÃO
Para demonstrar a importância da fisioterapia na reabilitação de um paciente com
Glioblastoma Multiforme, foi realizado uma intervenção fisioterapêutica cujo principal
objetivo é melhorar a qualidade de vida do paciente, através de técnicas e recursos
específicos.
2 RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO ESTUDADO
a) Foram realizadas avaliação física e reavaliação.
b) Aplicação do questionário de Qualidade de Vida SF 36.
c) Depoimento de um profissional da área da saúde.
3 DISCUSSÃO
Confronto entre teoria e a prática utilizada para o presente estudo de caso.
Parecer final sobre o caso e sugestões sobre manutenção ou modificações de
procedimentos.
59
APÊNDICE B – ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA
I Dados de identificação
1. Cidade
2. Local
3. Nome
II Aspectos a serem observados
1. Quadro clínico
2. Técnicas utilizadas
3. Evolução
60
APÊNDICE C – ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA O FISIOTERAPÊUTA
1. Dados de identificação:
Profissão:..................................................... Gênero:............................................
Idade:........................... Formação:........................................................................
Reside em:.............................................................................................................
2. Perguntas Especificas
De acordo com os seus conhecimentos, é possível trazer benefícios ao paciente
oncológico através da fisioterapia?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Na sua opinião, o método de cinesioterapia é eficaz no tratamento oncológico? Por
quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Na tua experiência clínica, você já realizou atendimento fisioterapêutico em um
paciente oncológico? Caso tenha realizado, quais resultados obteve com este?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
61
APÊNDICE D – ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA O VOLUNTÁRIO
I DADOS DE IDENTIFIACÃO
Idade:......................................................Gênero:..................................................
Cidade:....................................................Estado:..................................................
Profissão:...............................................................................................................
II PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1) Quais as dificuldades encontradas após a descoberta do Glioblastoma Multiforme
e cirurgia para retirada do mesmo?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
2) Como você avalia a intervenção fisioterapeutica no seu processo de reabilitação?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3) Quais as mudanças que você notou durante e após a intervenção da fisioterapia?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
62
APÊNDICE E – ROTEIRO DE AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Data (avaliação inicial e reavaliação): ___/___/___ e ___/___ /____
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome:___________________________________________________
Idade:_________________________Gênero:____________________
Cidade:________________________Estado:____________________
Profissão:________________________________________________
II AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
1) Hipótese Diagnóstica
________________________________________________________________
________________________________________________________________
2) História Pregressa:
________________________________________________________________
________________________________________________________________
3) História da Moléstia Atual:
________________________________________________________________
________________________________________________________________
4) Exames Complementares:
________________________________________________________________
________________________________________________________________
5) Sinais vitais:
Frequência Cardíaca:___________________
Pressão Arterial:_______________________
Frequência Respiratória:_________________
63
6) Testes Realizados:
Equilíbrio: Apoio Unipodal :______________________________
Flexibilidade: Banco de Wells:_____________________________
Coordenação Motora: Index-index:__________________________
Index-nariz:__________________________
Index-orelha:_________________________
Diadococinesia:_______________________
Força de MMSS: Quantidade de flexões em 30 segundos:
Membro superior direito:___________
Membro superior esquerdo:________
Força de MMII: Agachamento na cadeira sem carga:______________
III PLANO DE TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO:
Objetivos:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Conduta Fisioterapêutica:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
64
APÊNDICE F – TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E INFORMADO
Tendo sido satisfatoriamente informado sobre o trabalho de pesquisa intitulado:
Intervenção fisioterapêutica em um paciente com Glioblastoma Multiforme: um
estudo de caso, realizado pelas alunas Carla Cristina Magnani, Carolláine da Silva
Casa
Grande
e
Kertulem
Larissa
Aparecida
Silvério
Pastor,
eu
________________________________________________, portador do documento
de identificação _________________ concordo em participar do mesmo. Fui
esclarecido de que deverei responder a questionamentos relacionados à minha
saúde física e que serei submetido a tratamento prescrito e orientado por elas. Estou
ciente de que Carla Cristina Magnani, Carolláine da Silva Casa Grande e Kertulem
Larissa Aparecida Silvério estarão disponíveis para responder a quaisquer perguntas
e de que posso retirar este meu consentimento a qualquer tempo, sem prejuízo de
cuidados paramédicos. Caso não me sinta atendido, poderei entrar em contato com
o orientador (a) do trabalho de monografia.
Lins, __ de __________________ de 2014
________________________________________________________
Assinatura paciente/responsável
Pesquisadores: Carla Cristina Magnani
Rua Gino Corbucci, 796, fone: 018 99180-3007
Carolláine da Silva Casa Grande
Av: Pedro de Toledo, 713, fone: 014 99122-9762
Kertulem Larissa Aparecida Silvério Pastor
Fazenda Santa Izabel
Orientadora: Ana Claudia de Souza Costa
Rua 9 de julho, 1010, fone: 014 99125-2231
65
APÊNDICE G – FOTOS
Figura 1 (a, b, c, d) - Alongamento de membros superiores
66
Figura 2 (a, b) - Exercícios com medicine ball entre as duas mãos para flexão e
extensão de ombro
Figura 3 (a,b) - Exercício de abdução de ombro
67
Figura 4 (a, b) - Exercícios com bastão para flexão de cotovelo
Figura 5 (a, b) - Exercícios com bastão para flexão de ombro
68
Figura 6 (a, b) - Exercícios com faixa elástica para fortalecimento de bíceps, tríceps
e deltoide
Figura 7 (a, b) - Exercício de flexão e extensão de punho
69
Figura 8 (a) - Aplicação de bandagem elástica funcional na mão direita para
extensão das falanges
Figura 9 (a) - Aplicação de bandagem elástica funcional em ombro direito para
reduzir quadro álgico
70
Figura 10 (a) - Uso de eletroterapia em ombro direito para reduzir quadro álgico
Figura 11 (a, b) - Alongamentos de membros inferiores
71
Figura 12 (a, b) - Exercício de flexão de quadril
72
Figura 13 (a, b) - Exercício de Abdução e adução de perna
73
Figura 14 (a, b) - Exercício de tríplice flexão (livre ou com bola suíça)
74
Figura 15 (a, b) - Exercício de flexão de joelho, com apoio (posição ortostática)
75
Figura 16 (a, b) – Exercício de extensão de joelho (posição sentado)
Figura 17 (a, b) - Exercício de Dorsiflexão e Flexão plantar de pés
76
Figura 18 (a, b) – Exercício de inversão e eversão de tornozelo
Figura 19 (a) - Exercícios Isométricos de adutores com medicine ball entre os joelhos
77
Figura 20 (a) - Exercícios Isométricos de quadríceps com medicine ball atrás do
joelho
Figura 21 (a, b) – Treino de equilíbrio estático em posição ortostática e sentado
78
Figura 22 (a, b) – Treino de marcha com andador e bengala
79
Figura 23 (a) – Drenagem Linfática em pé direito se houver edema
80
Figura 24 (a) - Aplicação de bandagem elástica funcional em pé direito se houver
edema.
81
ANEXOS
82
ANEXO A- Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida -SF-36
1- Em geral você diria que sua saúde é:
Excelente
Muito Boa
Boa
Ruim
Muito Ruim
1
2
3
4
5
2- Comparada há um ano atrás, como você se classificaria sua idade em geral,
agora?
Muito Melhor
Um Pouco Melhor Quase
a Um Pouco Pior Muito Pior
Mesma
1
2
3
4
5
3- Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente
durante um dia comum. Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer
estas atividades? Neste caso, quando?
Não, não
Sim,
Sim,
dificulta
dificulta
muito
um pouco
1
2
3
1
2
3
carregar
1
2
3
lances de
1
2
3
Atividades
dificulta
de modo
algum
a) Atividades Rigorosas, que
exigem
muito
esforço,
tais
como correr, levantar objetos
pesados,
participar
em
esportes árduos.
b) Atividades moderadas, tais
como mover uma mesa, passar
aspirador de pó, jogar bola,
varrer a casa.
c)
Levantar
ou
mantimentos
d) Subir vários
escada
83
e) Subir um lance de escada
1
2
3
f) Curvar-se, ajoelhar-se ou
1
2
3
g) Andar mais de 1 quilômetro
1
2
3
h) Andar vários quarteirões
1
2
3
i) Andar um quarteirão
1
2
3
j) Tomar banho ou vestir-se
1
2
3
dobrar-se
4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com
seu trabalho ou com alguma atividade regular, como conseqüência de sua saúde
física?
Sim
Não
1
2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria?
1
2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras
1
2
1
2
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava
ao seu trabalho ou a outras atividades?
atividades.
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras
atividades (p. ex. necessitou de um esforço extra).
5- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com
seu trabalho ou outra atividade regular diária, como conseqüência de algum
problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)?
Sim
Não
1
2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria?
1
2
c) Não realizou ou fez qualquer das atividades com tanto
1
2
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava
ao seu trabalho ou a outras atividades?
cuidado como geralmente faz.
6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas
emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à
família, amigos ou em grupo?
84
De
forma Ligeiramente
Moderadamente Bastante Extremamente
nenhuma
1
2
3
4
5
7- Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?
Nenhuma
Muito
Leve
Moderada
Grave
leve
1
Muito
grave
2
3
4
5
6
8- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho
normal (incluindo o trabalho dentro de casa)?
De
maneira Um pouco
Moderadamente Bastante
Extremamente
3
5
alguma
1
2
4
9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido
com você durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor dê uma
resposta que mais se aproxime de maneira como você se sente, em relação às
últimas 4 semanas.
A
Uma
maior
boa
parte
parte
do
do
tempo
tempo
1
2
1
2
Todo
Tempo
a)
tempo
Alguma
Uma
parte
pequena
do
parte do
tempo
tempo
3
4
5
6
3
4
5
6
Nunca
Quanto
você
tem se sentindo
cheio de vigor,
de vontade, de
força?
b)
tempo
Quanto
você
tem se sentido
85
uma
pessoa
muito nervosa?
c)
Quanto
tempo
você
tem se sentido
tão
deprimido
1
2
3
4
5
6
1
2
3
4
5
6
1
2
3
4
5
6
1
2
3
4
5
6
1
2
3
4
5
6
1
2
3
4
5
6
1
2
3
4
5
6
que nada pode
anima-lo?
d)
Quanto
tempo
você
tem se sentido
calmo
ou
tranqüilo?
e)
Quanto
tempo
você
tem se sentido
com
muita
energia?
f)
Quanto
tempo
você
tem se sentido
desanimado ou
abatido?
g)
Quanto
tempo
você
tem se sentido
esgotado?
h)
tempo
Quanto
você
tem se sentido
uma
pessoa
feliz?
i)
Quanto
86
tempo
você
tem se sentido
cansado?
10- Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou
problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar
amigos, parentes, etc)?
Todo
A maior parte do Alguma parte do Uma pequena
Nenhuma
Tempo
tempo
parte
1
tempo
2
parte
do
do
tempo
tempo
4
5
3
11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?
Definitivamente
verdadeiro
a)
Eu
costumo
obedecer
um pouco
mais facilmente que
A
maioria
das vezes
verdadeiro
A maioria
Não
das
sei
vezes
falso
Definitivamente
falso
1
2
3
4
5
1
2
3
4
5
1
2
3
4
5
1
2
3
4
5
as outras pessoas
b)
Eu
saudável
sou
tão
quanto
qualquer pessoa que
eu conheço
c) Eu acho que a
minha saúde vai piorar
d)
Minha
excelente
saúde
é
Cálculo dos escores do questionário de qualidade de vida
Fase 1: Ponderação dos dados
87
Questão
Pontuação
01
Se a resposta for
Pontuação
1
5,0
2
4,4
3
3,4
4
2,0
5
1,0
02
Manter o mesmo valor
03
Soma de todos os valores
04
Soma de todos os valores
05
Soma de todos os valores
06
Se a resposta for
Pontuação
1
5
2
4
3
3
4
2
5
1
Se a resposta for
Pontuação
1
6,0
2
5,4
3
4,2
4
3,1
5
2,0
6
1,0
07
88
08
A resposta da questão 8 depende da nota da questão 7
Se 7 = 1 e se 8 = 1, o valor da questão é (6)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 1, o valor da questão é (5)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 2, o valor da questão é (4)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 3, o valor da questão é (3)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 4, o valor da questão é (2)
Se 7 = 2 à 6 e se 8 = 3, o valor da questão é (1)
Se a questão 7 não for respondida, o escorre da questão 8 passa a
ser o seguinte:
Se a resposta for (1), a pontuação será (6)
Se a resposta for (2), a pontuação será (4,75)
Se a resposta for (3), a pontuação será (3,5)
Se a resposta for (4), a pontuação será (2,25)
Se a resposta for (5), a pontuação será (1,0)
09
Nesta questão, a pontuação para os itens a, d, e ,h, deverá seguir a
seguinte orientação:
Se a resposta for 1, o valor será (6)
Se a resposta for 2, o valor será (5)
Se a resposta for 3, o valor será (4)
Se a resposta for 4, o valor será (3)
Se a resposta for 5, o valor será (2)
Se a resposta for 6, o valor será (1)
Para os demais itens (b, c,f,g, i), o valor será mantido o mesmo
10
Considerar o mesmo valor.
11
Nesta questão os itens deverão ser somados, porém os itens b e d
deverão seguir a seguinte pontuação:
Se a resposta for 1, o valor será (5)
Se a resposta for 2, o valor será (4)
Se a resposta for 3, o valor será (3)
Se a resposta for 4, o valor será (2)
Se a resposta for 5, o valor será (1)
89
Fase 2: Cálculo do RawScale
Nesta fase você irá transformar o valor das questões anteriores em notas de 8
domínios que variam de 0 (zero) a 100 (cem), onde 0 = pior e 100 = melhor para
cada domínio. É chamado de rawscale
porque o valor final não apresenta nenhuma unidade de medida.
Domínio:

Capacidade funcional

Limitação por aspectos físicos

Dor

Estado geral de saúde

Vitalidade

Aspectos sociais

Aspectos emocionais

Saúde mental
Para isso você deverá aplicar a seguinte fórmula para o cálculo de cada
domínio:
Domínio:
Valor obtido nas questões correspondentes – Limite inferior x 100
Variação (Score Range)
Na fórmula, os valores de limite inferior e variação (Score Range) são fixos e
estão estipulados na tabela abaixo.
Domínio
Pontuação das questões Limite inferior
Variação
correspondidas
Capacidade funcional
10
20
4
4
07 + 08
2
10
Estado geral de saúde 01 + 11
5
20
Limitação
03
por 04
aspectos físicos
Dor
90
Vitalidade
09 (somente os itens a + 4
20
e + g + i)
Aspectos sociais
Limitação
06 + 10
por 05
2
8
3
3
aspectos emocionais
Saúde mental
09 (somente os itens b + 5
25
c + d + f + h)
Exemplos de cálculos:

Capacidade funcional: (ver tabela)
Domínio: Valor obtido nas questões correspondentes – limite inferior x 100
Variação (Score Range)
Capacidade funcional: 21 – 10 x 100 = 55
20
O valor para o domínio capacidade funcional é 55, em uma escala que varia de
0 a 100, onde o zero é o pior estado e cem é o melhor.

Dor (ver tabela)
- Verificar a pontuação obtida nas questões 07 e 08; por exemplo: 5,4 e 4, portanto
somando-se as duas, teremos: 9,4
- Aplicar fórmula:
Domínio: Valor obtido nas questões correspondentes – limite inferior x 100
Variação (Score Range)
Dor: 9,4 – 2 x 100 = 74
10
O valor obtido para o domínio dor é 74, numa escala que varia de 0 a 100,
onde zero é o pior estado e cem é o melhor.
91
Assim, você deverá fazer o cálculo para os outros domínios, obtendo oito
notas no final, que serão mantidas separadamente, não se podendo soma-las e
fazer uma média.
Obs.: A questão número 02 não faz parte do cálculo de nenhum domínio,
sendo utilizada somente para se avaliar o quanto o indivíduo está melhor ou pior
comparado a um ano atrás.
Se algum item não for respondido, você poderá considerar a questão se esta
tiver sido respondida em 50% dos seus itens.
92
ANEXO B - PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP
CENTRO UNIVERSITÁRIO
CATÓLICO SALESIANO
AUXILIUM - UNISALESIANO/SP
DADOS DO PROJETO DE PESQUISA
Título da Pesquisa: Intervenção fisioterapêutica em um paciente com Glioblastoma
Multiforme: um estudo de caso
Pesquisador: Ana Cláudia de Souza Costa
Área Temática:
Versão: 1
CAAE: 34377514.4.0000.5379
Instituição Proponente: MISSAO SALESIANA DE MATO GROSSO
Patrocinador Principal: Financiamento Próprio
DADOS DO PARECER
Número do Parecer: 764.464
Data da Relatoria: 25/08/2014
Apresentação do Projeto:
O projeto , "Intervenção fisioterapêutica em um paciente com Glioblastoma
Multiforme: um estudo de
caso"do Centro Universitário Católico Salesiano Auxillium torna-se um estudo de
relevância científica que poderá fornecer informações importantes a respeito da
contribuição da fisioterapia
a pacientes com Glioblastoma Multiforme.
Objetivo da Pesquisa:
Os objetivos estão coerentes com as hipóteses e o método proposto pela pesquisa
Avaliação dos Riscos e Benefícios:
Os riscos e benefícios apresentam-se aceitáveis para a pesquisa proposta, uma vez
que, os resultados servirão direcionar outros trabalhos em busca de como a
intervenção fisioterapêutica pode contribuir para a melhoria na qualidade de vida de
pacientes com Glioblastoma Multiforme. E, também, repensar no âmbito da saúde
pública, ações voltadas a implementar políticas públicas voltadas a valorização da
fisioterapia em tratamentos voltados a esta questão
Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:
Há domínio do assunto e clareza sobre os itens principais, como metodologia,
critérios a serem adotados e análise dos riscos e benefícios.
Endereço: Rodovia Teotônio Vilela 3821
Bairro: Alvorada
CEP: 16.016-500
UF: SP
Município: ARACATUBA
Telefone: (18)3636-5252 Fax: (18)3636-5252 E-mail:[email protected]
93
Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:
Os termos do projeto estão redigidos corretamente.
Recomendações:
Não há recomendações.
Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:
Esta proposta de pesquisa forma está devidamente adequado as normas éticas
Situação do Parecer:
Aprovado
Necessita Apreciação da CONEP:
Não
Considerações Finais a critério do CEP:
ARACATUBA, 25 de Agosto de 2014
____________________________________
Assinado por:
CLAUDIA LOPES FERREIRA
(Coordenador)
94
ANEXO C - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO TCLE
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – CEP / UniSALESIANO
(Resolução nº 01 de 13/06/98 – CNS)
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE OU RESPONSÁVEL LEGAL
1. Nome do Paciente:
Documento
Identidade nº
de Sexo:
Data de Nascimento:
Endereço:
Cidade:
Telefone:
U.F.
CEP:
1. Responsável Legal:
Documento
Identidade nº
de Sexo:
Endereço:
Data de Nascimento:
Cidade:
U.F.
Natureza (grau de parentesco, tutor, curador, etc.):
II – DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA
1. Título do protocolo de pesquisa:
2. Pesquisador responsável:
Cargo/função:
Inscr.Cons.Regiona Unidade ou
l:
Solicitante:
Departamento
do
3. Avaliação do risco da pesquisa: (probabilidade de que o indivíduo sofra algum
dano como conseqüência imediata ou tardia do estudo).
SEM RISCO
RISCO MÍNIMO
RISCO MÉDIO
4. Justificativa e os objetivos da pesquisa (explicitar):
RISCO MAIOR
95
5.
Procedimentos que serão utilizados e propósitos, incluindo a
identificação dos procedimentos que são experimentais: (explicitar)
6. Desconfortos e riscos esperados: (explicitar)
7. Benefícios que poderão ser obtidos: (explicitar)
8. Procedimentos alternativos que possam ser vantajosos para o indivíduo:
(explicitar)
9. Duração da pesquisa:
10. Aprovação do Protocolo de pesquisa pelo Comitê de Ética para análise
de projetos de pesquisa em
/
/
III - EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO PACIENTE OU SEU
REPRESENTANTE LEGAL
1. Recebi esclarecimentos sobre a garantia de resposta a qualquer pergunta, a
qualquer dúvida acerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos
relacionados com a pesquisa e o tratamento do indivíduo.
2. Recebi esclarecimentos sobre a liberdade de retirar meu consentimento a
qualquer momento e deixar de participar no estudo, sem que isto traga prejuízo à
continuação de meu tratamento.
3. Recebi esclarecimento sobre o compromisso de que minha identificação se
manterá
confidencial tanto quanto a informação relacionada com a minha
privacidade.
96
4. Recebi esclarecimento sobre a disposição e o compromisso de receber
informações obtidas durante o estudo, quando solicitadas, ainda que possa afetar
minha vontade de continuar participando da pesquisa.
5. Recebi esclarecimento sobre a disponibilidade de assistência no caso de
complicações e danos decorrentes da pesquisa.
Observações complementares.
IV – CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO
Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido (a) pelo pesquisador
responsável e assistentes, conforme registro nos itens 1 a 6 do inciso III, consinto
em participar, na qualidade de paciente, do Projeto de Pesquisa referido no inciso II.
________________________________
.
Assinatura
Local,
/
/
97
____________________________________
Testemunha
Nome .....:
Endereço.:
Telefone .:
R.G. .......:
____________________________________
Testemunha
Nome .....:
Endereço.:
Telefone .:
R.G. .......:
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