- CITA-A - Universidade dos Açores

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Fauna Auxiliar
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BANANEIRA!
FAUNA AUXILIAR:
BANANEIRAS
ARTRÓPODES
PREDADORES
DAS B A N A N E I R A
INTRODUÇÃO
Os artrópodes auxiliares ajudam a combater as pragas das diferentes culturas, sendo um
recurso natural e gratuito que deve ser mantido e protegido.
Os artrópodes predadores incluem-se neste grupo benéfico ao Homem, uma vez que podem matar várias
presas ao longo das diferentes fases do seu ciclo biológico.
ARTRÓPODES
Coleópteros
Insectos de tamanho variável, com asas coreáceas que lhe cobrem o corpo. Destes insectos destacam-se três
grupos:
Coccinelídeos vulgarmente conhecidos por joaninhas – insectos de cores vivas que se alimentam de afídeos,
cochonilhas, ácaros, tripes e outras pragas. Algumas espécies são actualmente criadas em laboratórios e
utilizadas em luta biológica (Fig.2).
Estafilinídeos – voadores activos de cores escuras e corpo comprido. Podem viver no solo, ou na casca e copa
de certas árvores. Alimentam-se de ovos, larvas e adultos de várias pragas (Fig.3).
Silvanidae – Inclui uma espécie predadora (Cryptamorpha desjardinsii) que se encontra associada a esta
cultura, alimentando-se de ácaros e tripes (Fig.1).
Figura
1
Cryptamorpha
ilvanidae) adulto.
desjardinsii (Silvanidae)
Tamanho real:: 7 mm.
Figura 2 - Scymnus interruptus
/Scymnus nubilis
(Coccinelídeo) adulto. Alimenta-se
de afídeos. Tamanho real: 4 mm.
fungi
Figura 3 - Atheta fung
adulto.
(Estafilinídeo)
Tamanho real: 4 mm.
Aranhas
Todas as aranhas são predadoras, alimentando-se sobretudo de insectos e outros invertebrados
invertebrados, incluindo
outras aranhas.
As aranhas dispersam-se
de todas as
am-se andando pelo solo e através do uso de pontes de fios de seda. Apesar d
cidade de produzir sedas, nem todas constroem teias. As que não utilizam a teia
t
aranhas terem a capacidade
como
f
método de caça podem perseguir as presas ou esperar por elas em pontos estratégicos. Algumas das famílias
de
aranhas existentes nos pomares de bananeiras são:
Oecobídeos – Inclui aranhas construtoras de teias (Fig.4).
bém conhecidas como aranhas saltadoras. Estas aranhas estão activas durant
durante o dia e
Salticídeos – Também
perseguem as suas presas
esas (Fig.5).
Figura 4 - Oecobius navus (Oecobídeo) adulto.
Tamanho real: 6 mm.
Figura 5 - Synageles
Tamanho real: 6 mm.
venator
(Salticídeo).
Autores: Ana M. C. Santos2, Paulo A. V. Borges2 & David. J. H. Lopes1
1
Centro de Biotecnologia dos Açores, Universidade dos Açores, Departamento de Ciências Agrárias, Secção de Protecção de
Plantas, 9701 – 851 Terra-Chã, Açores, Portugal
Centro de Investigação e Tecnologias Agrárias, Universidade dos Açores, Departamento de Ciências Agrárias, 9701 – 851
Terra-Chã, Açores, Portugal
2
Folhas Divulgativas
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Dermápteros
Insectos nocturnos de dimensões médias, que não têm a capacidade de voar.
São vulgarmente conhecidos por corta-unhas devido aos apêndices que possuem
no fundo do abdómen (Fig.6).
A maioria das espécies é omnívora, alimentando-se de material vegetal e
animal.
Hemípteros
Figura
6
Forficula
auricularia. Tamanho real: 20
mm.
Grupo de insectos geralmente designados por percevejos, que inclui espécies
que voam pouco. O seu corpo é achatado e as suas asas são compostas por uma parte posterior coreácea, e uma
anterior membranosa.
Destacam-se quatro famílias:
Antocorídeos – Inclui espécies predadoras de ácaros, afídeos, ovos e larvas de borboletas, psilas e tripes
(Fig.7).
Mirídeos – Algumas espécies são fitófagas, mas algumas espécies alimentam-se de outros insectos (ex.:
Campyloneura virgula).
generalistas,
s, cuja
uj importância
po
como auxiliares é limitada (Fig.8).
Reduvídeos – Inclui espécies predadoras ge
Figura 7 - Buchananiella continua (Antocorídeo)
adulto. Tamanho real: 3 mm.
Figura 8 - Empicoris rubromaculatus (Reduvídeo)
adulto. Tamanho real: 7 mm.
MEIOS DE PROTECÇÃO
Estes artrópodes predadores são sensíveis aos insecticidas, sendo necessário reduzir ao mínimo a aplicação
destes produtos.
A existência de sebes, bosques e taludes revestidos de vegetação espontânea, são bastante importantes para
a sobrevivência dos auxiliares. Aí, estes artrópodes encontram abrigo e podem procurar alimento quando este é
diminuto na cultura, como acontece durante o Inverno. Como tal, deve ser mantida a vegetação natural existente à
volta das zonas agrícolas, nos caminhos, e devem ser plantados arbustos e outras plantas.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CHINERY, M. 1993. Collins field guide – Insects of Britain & Northern Europe. Haper Collins Publishers,
London, 320 pp.
COUTINHO C. 2002. Insectos auxiliares da agricultura - ficha técnica 101. Direcção Regional da Agricultura de
Entre-Douro e Minho.
OLIVEIRA, O. F. 2002. Inventariação e ecologia dos artrópodes auxiliares em citrinos, macieiras e
pessegueiros na ilha Terceira. Relatório final de estágio em Licenciatura em Engenharia Agrícola, Universidade
dos Açores, Angra do Heroísmo.
ROBERTS, M. J. 1995. Collins field guide – Insects of Britain & Northern Europe. Haper Collins Publishers, UK,
383 pp.
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