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Fauna Auxiliar
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PESSEGUEIRO
FAUNA AUXILIAR:
PESSEGUEIROS
ARTRÓPODES
PREDADORES
NOS
PESSEGUEIRO
INTRODUÇÃO
Os artrópodes auxiliares ajudam a combater as pragas das diferentes culturas, sendo um recurso natural e
gratuito que deve ser mantido e protegido.
Os artrópodes predadores incluem-se neste grupo benéfico ao Homem, uma vez que podem matar várias
presas ao longo das diferentes fases do seu ciclo biológico.
ARTRÓPODES
Coleópteros
Insectos de tamanho variável, com asas coriáceas que lhe cobrem o corpo. Destes insectos destacam-se dois
grupos:
Coccinelídeos vulgarmente conhecidos por joaninhas – insectos de cores vivas que se alimentam de afídeos,
cochonilhas, ácaros, tripes e outras pragas. Algumas espécies são actualmente criadas em laboratórios e
utilizadas em luta biológica (Fig.1).
Estafilinídeos – voadores activos de cores escuras e corpo comprido. Podem viver no solo, ou na casca e copa
de certas árvores. Alimentam-se de ovos, larvas e adultos de várias pragas (Fig.2).
Figura 1 - Scymnus interruptus /Scymnus
nubilis
(Coccinelídeo) adulto. Tamanho real: 4 mm.
Figura 2 - Coproporus pulchellus (Estafilinídeo)
adulto. Tamanho real: 5 mm.
Aranhas
Todas as aranhas são predadores, alimentando-se sobretudo de insectos e outros invertebrados, incluindo
outras aranhas.
As aranhas dispersam-se andando pelo solo e através do uso de pontes de fios de seda. Apesar de todas as
aranhas terem a capacidade de produzir sedas, nem todas constroem teias. As que não utilizam a teia como
método de caça podem perseguir as presas ou esperar por elas em pontos estratégicos.
Algumas das famílias de aranhas existentes nos pomares de pessegueiros são:
Linifídeos (Linyphiidae) – Inclui aranhas construtoras de teias.
Salticídeos (Salticidae) – Também conhecidas como aranhas saltadoras. Estas aranhas estão activas durante
o dia e perseguem as suas presas.
Neurópteros
Insectos de corpo alongado, com asas grandes, membranosas, transparentes, com nervuras reticuladas.
Geralmente alimentam-se de afídeos, ácaros, mosca branca, cochonilhas e outras pragas. Durante o estado larvar
são predadores, enquanto que no estado adulto podem ser predadores ou alimentar-se de pólen e néctar.
Destacam-se duas famílias:
Crisopídeos – inclui espécies utilizadas em luta biológica (ex.: Chrysoperla carnea). Neste grupo só as larvas
são predadoras (Fig.3).
Hemerobídeos – inclui espécies cujos adultos e larvas se alimentam de afídeos.
Autores: Ana M. C. Santos2, Paulo A. V. Borges2 & David. J. H. Lopes1
1
Centro de Biotecnologia dos Açores, Universidade dos Açores, Departamento de Ciências Agrárias, Secção de Protecção de
Plantas, 9701 – 851 Terra-Chã, Açores, Portugal
2
Centro de Investigação e Tecnologias Agrárias, Universidade dos Açores, Departamento de Ciências Agrárias, 9701 – 851
Terra-Chã, Açores, Portugal
Folhas Divulgativas
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Figura 3 - Chrysoperla lucasina (Crisopídeo) – Ovo (tamanho real: 5 mm, larva (tamanho real
real: 6
mm) e adulto, que naturalmente tem o corpo verde (tamanho real: 15 mm).
Hemípteros
Insectos geralmente
corpo é achatado
mente designados por percevejos, que inclui espécies que voam pouco. O seu corp
e as suas asas são compostas por uma parte posterior coriácea, e uma anterior membranosa.
atro famílias:
Destacam-se quatro
Antocorídeos – Inclui espécies predadoras de ácaros, afídeos, ovos e larvas de borboletas, psilas e tripes
(Fig.4).
umas espécies são fitófagas, mas algumas espécies alimentam-se de outros iinsectos (ex.:
Mirídeos – Algumas
Campyloneura virgula).
gula).
lui apenas espécies predadoras (Fig.5).
Nabídeos – Inclui
Reduvídeos – Inclui
nclui espécies predadoras generalistas, cuja importância como auxiliares é limitada
limitada.
Figura
4
Brachysteles
parvicornis
(Antocorídeo) adulto. Tamanho real: 4 mm.
Figura 5 - Nabis pseudoferus ibericus (Nabideo)
adulto. Tamanho real: 10 mm.
MEIOS DE PROTECÇÃO
Estes insectos auxiliares são sensíveis aos insecticidas, sendo necessário reduzir ao mínimo a aplicação
destes produtos.
A existência de sebes, bosques e taludes revestidos de vegetação espontânea são bastante importantes para
a sobrevivência dos auxiliares. Aí, estes artrópodes encontram abrigo e podem procurar alimento quando este é
diminuto na cultura, como acontece durante o Inverno. Como tal, deve ser mantida a vegetação natural existente à
volta das zonas agrícolas, nos caminhos, e devem ser plantados arbustos e outras plantas.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CHINERY, M. 1993. Collins field guide – Insects of Britain & Northern Europe. Haper Collins Publishers,
London, 320 pp.
COUTINHO C. 2002. Insectos auxiliares da agricultura - ficha técnica 101. Direcção Regional da Agricultura de
Entre-Douro e Minho.
OLIVEIRA, O. F. 2002. Inventariação e ecologia dos artrópodes auxiliares em citrinos, macieiras e
pessegueiros na ilha Terceira. Relatório final de estágio em Licenciatura em Engenharia Agrícola, Universidade
dos Açores, Angra do Heroísmo.
ROBERTS, M. J. 1995. Collins field guide – Insects of Britain & Northern Europe. Haper Collins Publishers,
UK, 383 pp.
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