8 DOMINGO - O Estado do Maranhão - São Luís, 6 de março de 2011 SAÚDE / BEM-ESTAR Saiba cuidar dos pés no Fotos/Divulgação Carnaval A junção de muitas horas em pé dançando e sapatos desconfortáveis pode ser uma combinação perigosa para os pés na época carnavalesca; para evitar lesões e garantir seu conforto e diversão durante todos os dias de folia, veja as dicas dos especialistas Bruno Folli Para o site iG S ÃO PAULO - Sambar é divertido e saudável. Faz bem para a cabeça e para o corpo. Mas quem pretende cair na folia deve ter alguns cuidados com os pés, especialmente se deseja manter o pique por três dias, às vezes quatro dias seguidos. “A pressão sobre os pés é grande quando estamos pulando carnaval”, explica o podólogo Armando Bega. A conseqüência disso é uma sensibilização maior nos pés, que pode acabar com a festa antes da hora ou impedir que a pessoa volte a sambar no dia seguinte. Para evitar problemas, é preciso preparar os pés antes da folia e dar uma atenção especial depois de sambar. “Não corte as unhas muito curtas”, recomenda Bega. Alessandro Guerra, coordenador técnico da Doctor Feet, sugere que se evite retirar totalmente as cutículas das unhas, além de não lixar demais a sola dos pés. “Essas são proteções naturais do corpo que impedem a formação de infecções por bactérias, calos, frieiras e, principalmente, o aparecimento de bolhas”, conta. O especialista recomenda também evitar sapatos apertados demais, pois eles podem aumentar ainda mais a pressão nos pés. Esse é um erro comum, especialmente entre pessoas que compram calçados para estrear no Carnaval. Recomenda-se usar na folia apenas calçados que já tenham sido usados algumas vezes anteriormente, evitando assim surpresas desagradáveis como descobrir que ele aperta demais ou marca alguma parte do pé em demasia. Na hora de ir seguir os blocos ou de entrar na avenida, dê preferência aos calçados fechados. “Eles vão proteger os pés de pedras, cacos de vidro e outros objetos que possam causar feridas”, afirma Bega. O ideal, segundo Guerra, são os calçados confortáveis e sem salto. Eles cansam menos os pés. Saltos - Mas se você é mulher e gosta mesmo de mostrar que tem samba no pé, os sapatos sem salto podem forçar ainda mais a musculatura das pernas e causar fadiga muscular mais rapidamente. Isso porque se samba na ponta do pé. Então, o salto alto funciona como um suporte. “A bota, por ser fechada e se prender melhor ao pé, é mais recomendada”, afirma Bega. Se você gosta da folia mas não tem samba no pé, não deixe de se mexer. Nada de ficar em pé, parado, enquanto vê as escolas de samba desfilar na avenida. “O movimento ajuda a circulação e evita edemas nos pés. É melhor do que ficar em pé e totalmente parado”, recomenda o podólogo Armando Bega. Depois da folia, os especialistas recomendam fazer escalda-pés com água quente ou morna para se recuperar. “Massagem também ajuda. A pessoa pode ainda ficar alguns minutos com os pés para cima, pois isso melhora a circulação”, diz Bega. Isso só não é muito recomendado para hipertensos e pessoas com problemas cardíacos. Guerra recomenda uma massagem nos pés e nas pernas com um hidratante à base de menthol. Na hora do escalda-pés, vale pingar duas ou três gotas de óleo Cuidar dos pés durante o Carnaval ajuda folião a curtir os dias festivos com conforto e saúde essencial de melaleuca, que tem ação antifúngica, ou óleo essencial de lavanda, que é relaxante. Caso não encontre os óleos à venda, Guerra afirma que vale juntar a água a um bom punhado de sal, que ajuda na circulação. Em caso de bolhas, o ideal é não estourar, manter o local limpo e repousar. Mas repouso é a última coisa que algumas pessoas querem no Carnaval. Para elas, o melhor pode ser furar a bolha com uma agulha esterilizada – pode ser agulha de injeção, comprada em farmácias. Mas não remova a pele, pois ela servirá de proteção natural para a região machucada. Fique mais atento para manter a área limpa, pois agora o risco de infecção passa a ser maior. Evite meias ásperas. Saiba mais - Escalda pés com ervas e sais - Segundo a fisioterapeuta estética Sueli Marini as ervas e o sal devem ser escolhidos de acordo com a necessidade de cada um. Para essa receita coloque água morna em uma bacia, adicione o sal e a erva de sua preferência e deixe os pés relaxando por 15 minutos. Veja algumas indicações da profissional: Arnica – auxilia na diminuição da dor Calêndula e manjericão - são ervas anti-sépticas e antibactericidas, combatem frieiras Guine - diminuem dores nas articulações Arruda - ativa a circulação Sal grosso - Diminui os edemas Cravo, canela e alecrim - estimulantes Lavanda, erva cidreira e camomila - Relaxantes, estimulantes e melhoram o sono Dicas para um escalda pés eficiente: - A água deve cobrir os pés e vir pelo menos até a altura da panturrilha - Temperatura ideal para a água: de 36º a 40º C - Deixe seus pés relaxando por cerca de 15 minutos - Indica-se que o tratamento seja feito duas vezes por semana Período é propício para contrair vírus, como o da doença do beijo Mistura de energético e álcool causa três vezes mais embriaguez A doença do beijo é transmitida pela saliva e é muito comum após os dias de folia momesca Estudo da Flórida comprovou os riscos da mistura, que não deixa bebedor alerta RIO - Com você, o Carnaval é na base do beijo? Então antes de cair na farra é bom estar atento aos riscos que ficar com diversos parceiros representa para a saúde. A troca de salivas propicia a transmissão de uma série de vírus, entre eles o Epstein-Barr, causador da doença do beijo. Se você adota o lema de que, na folia de Momo, ninguém é de ninguém, é bom se preparar para a possibilidade de sofrer com febre e dor de garganta dentro de 30 a 45 dias, período de incubação do vírus. Mas aí já é Semana Santa, tempo de repouso com a família... A doença do beijo, ou mononucleose, é transmitida pela saliva e é muito comum entre adolescentes e adultos jovens, por causa da grande variedade de parceiros. Ela costuma ser confundida com gripe, por causar dor de garganta, no corpo, febre, mal-estar e inchaço dos gânglios. A doença não costuma ser grave, mas às vezes gera aumento do Beijar muitas pessoas no Carnaval é comum, mas pode transmitir vírus baço e do fígado, inflamação do coração e amigdalite com pus. Em alguns casos, evolui para hepatite moderada e conjuntivite. Se o baço aumentar, a pessoa deve evitar a prática de exercícios físicos, pois o órgão pode se romper. Se isso acontecer, o tratamento é cirúrgico. Neste caso, há risco de morte. Mas calma. Este quadro é incomum. O folião beijoqueiro deve se preocupar mais com o incômodo gera- do pela doença, contra a qual não há remédio. “Não existe medicamento que tenha alguma ação comprovada contra o vírus. O que se pode fazer é tomar analgésico e repousar”, explica o infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro Edmilson Migowski. O diagnóstico da mononucleose é feito por exame de sangue. Mas muitas pessoas manifestam a doença e nem tomam conhecimento: tratam-se em casa e pensam que tiveram uma gripe. O período de transmissão é limitado. No entanto, não é só pelo beijo na boca que ela acontece. Falar a curtas distâncias e compartilhar bebidas são outras formas de contágio. Existem muitos vírus que podem ser transmitidos não só pelo beijo, mas pelo contato físico muito próximo, típico de ambientes com grandes concentrações, como os blocos de Carnaval. É o caso do vírus da rubéola, gripe, herpes e tuberculose. Fora cárie e gengivite, que podem aparecer após beijar alguém com esses problemas. Então a solução é ficar em casa e abortar os planos de curtir a folia? Não é necessário. O que os especialistas recomendam apenas é que se tenha um pouco mais de cuidado na hora de escolher um parceiro, e senso de seletividade. “Procure selecionar mais o parceiro, assim como no sexo. Como não tem camisinha para boca, fique atento se a pessoa tem mau hálito, gengiva vermelha e dentes malcuidados”, indica a cirurgiã dentista Cristiane Tavares. SÃO PAULO - A combinação entre energéticos e bebidas alcoólicas pode causar três vezes mais embriaguez, em comparação com o consumo exclusivo de álcool, segundo um estudo da Universidade da Flórida (EUA), publicado no periódico Addictive Behaviors.Foram entrevistados mais de 800 freqüentadores de bares com idade universitária, que responderam sobre seus hábitos de ingestão de bebidas. Além de concluir que a taxa de embriaguez aumenta em até três vezes, as análises também sugerem que os consumidores da mistura álcool e bebidas energéticas tendem a permanecer mais tempo nos bares, pois com mais "gás", dado pela cafeína e os outros estimulantes do energético, ficam empenhados em beber por um período de tempo maior. Em segundo plano, também foi verificado que os jovens que relataram Mistura pode ser muito perigosa consumir bebidas energéticas misturadas com álcool têm 4,26 vezes mais chances de conduzir um veículo automóvel após sair do bar. Um dos motivos da popularidade da combinação álcoolenergéticos é a crença de que ingerir cafeína com uma bebida alcoólica, o efeito estimulante da cafeína neutraliza o efeito depressor do álcool. O que não é verdade: a cafeína simplesmente reduz a sensação de sonolência causada pelo álcool, mas não a "lerdeza" causada pela embriaguez. Outro mito é que, por ser uma bebida, os energéticos hidratariam o corpo - enquanto são, na verdade, diuréticos.