QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES COM DIABETES MELLITUS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE Edilene de Souza Dias1, Lainara Caiena Bonfim Araújo Ribeiro1, Flávia Alves Moreira2 1 Graduando(a) do curso de enfermagem. Faculdade Guanambi – FG/CESG, E-mail: [email protected]. Enfermeiro(a) Especialista em Saúde Pública com Ênfase em PSF pelo Centro de Pós Graduação, Extensão e Pesquisa Ltda – CEPEX. Especialista em Enfermagem em Nefrologia pela Atualiza Cursos de Especialização. Docente Faculdade Guanambi - FG/CESG. 2 RESUMO: De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a qualidade de vida está ligada aos aspectos sociais que rodeiam o ser humano na sociedade em que vive. Diante disso, pacientes com Diabetes Mellitus (DM) possuem uma qualidade de vida comprometida, devido à dificuldade da obtenção de níveis glicêmicos decorrentes da deficiência da função renal. Assim, há necessidade de intervir no processo para retardar complicações microvasculares e proporcionar internações mais curtas. Este trabalho tem como objetivo, analisar a qualidade de vida dos pacientes diabéticos com a doença renal crônica, submetidos à hemodiálise a partir do questionário SF-36. Para obtenção dos resultados foi realizada uma pesquisa exploratória quantitativa com vinte e quatro pacientes portadores de DM em tratamento de hemodiálise, entre vinte e oitenta anos. A coleta de dados ocorreu entre fevereiro e abril de 2014 no Hospital do Rim de Guanambi-Ba. Observou-se que, em relação à qualidade de vida dos domínios do SF-36, as dimensões aspectos sociais e dor tiveram médias mais altas. Por outro lado, a limitação por aspectos físicos e aspectos emocionais tiveram as mais baixas. Conclui-se que os pacientes diabéticos em tratamento de hemodiálise quando se tratados individualmente possuem características diferentes em relação ao tratamento, em que o principal ponto para a diminuição da qualidade de vida é o desconhecimento do tratamento e a falta de cuidado com as doenças de base. Para redução dessa problemática pode-se realizar estratégias de acompanhamento das doenças crônicas na Atenção Básica para que se levante conhecimento e adesão ao tratamento de maneira positiva. Palavras-chave: Doenças crônicas. Hospital do rim. Questionário SF-36. QUALITY OF LIFE OF PATIENTS WITH DIABETES MELLITUS UNDERGOING HEMODIALYSIS ABSTRACT: According to the World Health Organization, the quality of life is connected to the social aspects that surround the human being in the society in which he lives. Therefore, patients with Diabetes Mellitus (DM) have an impaired quality of life due to the difficulty of obtaining blood glucose levels arising from worsening renal function. So, no need to intervene in the process to delay microvascular complications and provide shorter hospitalizations. This work has as objective to analyze the quality of life of diabetic patients with chronic kidney disease submitted the hemodialysis, from questionnaire SF-36. To obtain the results it was held a research exploratory quantitative with Twenty-four patients DM in hemodialysis treatment, between twenty and eighty years old. The data collection occurred between February and April 2014 in the Rim´s Hospital of Guanambi-Ba. It was observed that, with respect to quality of life domains of the SF-36, dimensions social 2 aspects and pain had the highest averages. On the other hand, the limitations due to physical and emotional aspects had the lowest. It is concluded that diabetic patients on hemodialysis when treated individually have different characteristics relative to treatment, in which the main point to decreased quality of life is lack of treatment and the lack of care with underlying diseases. To reduce this problematic it can be performed strategies monitoring chronic diseases in Primary Care to stand knowledge and treatment adherence positively. Key words: Chronic diseases. Hospital Kidney. Quality of life. INTRODUÇÃO De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o conceito de qualidade de vida (QV) é definido como “a percepção da pessoa quanto a sua posição na vida, no contexto cultural e sistemas de valores nos quais ela vive, assim como quanto aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações” (SILVA et al., 2011; ZULIAN et al., 2013). Para Ramos & Ferreira, (2011) e Zulian et al. (2013), pacientes com Diabetes Mellitus (DM) têm a qualidade de vida diminuída, pois necessitam de um controle glicêmico rigoroso seguido de atividades físicas regulares. O DM é considerado um distúrbio metabólico provocado por hiperglicemia, caracterizado pela deficiência da produção de insulina ou de sua ação no organismo (BRASIL, 2013). De acordo com Fráguas et al. (2008), o acúmulo de glicose, provoca lesões na microcirculação das veias renais, prejudicando a filtração glomerular. Se não tratada, leva a perda total da função renal, denominada nefropatia diabética. “A Diabetes Mellitus é a principal causa da Insuficiência Renal Crônica (IRC)” (BURMEISTER et al., 2012). Pelos dados coletados do censo IBGE (2010), a população brasileira chegou a um número estimado de 12.054.827 de diabéticos no Brasil, que de acordo com Censo da Sociedade brasileira de Nefrologia (2012) 28,5% destes estão em tratamento de diálise. “Estima-se que de 20 a 45% dos pacientes diabéticos desenvolverão nefropatia ao final de 10 – 15 anos de observação” (PEREZ et al., 2007). Com essa elevação do número de casos, torna-se uma preocupação dos profissionais de saúde para a obtenção da melhoria da qualidade de vida dessa população, como também o planejamento da assistência para a prevenção e diminuição das complicações na terapia de hemodiálise. De acordo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2011), a perda da função renal maior que 85 a 90% progride para a Insuficiência Renal Crônica Terminal em que se deve iniciar 3 um tratamento que substitua a função dos rins, onde Lopes (2009) afirma que a hemodiálise é a terapia mais utilizada para o tratamento, controle e manutenção vital desses pacientes. De acordo Martins (2005), essa terapia promove uma filtração do sangue através de uma máquina que possui um capilar pelo qual exerce a função de um rim artificial que remove o excesso de líquidos e toxinas (ureia e creatinina) do organismo. Segundo os autores Marchesan et al. (2011) e Silva et al. (2012) apud Martins & Cesarino (2005), que esse tratamento por ser monótono e restrito, leva a limitação dos pacientes, acarretando em problemas psicoemocionais que influenciam na diminuição da qualidade de vida. Necessita-se de uma investigação da qualidade de vida desses pacientes para obter um planejamento de cuidados adequado para estimular a melhora na adaptação do seu novo estilo de vida. Neste contexto, objetivou-se com a realização do presente trabalho analisar a qualidade de vida dos pacientes portadores da DM submetidos ao tratamento hemodialítico, uma vez que grande maioria desses pacientes restringe-se a execução de diversas atividades rotineiras em virtude das limitações impostas pelo tratamento. MATERIAL E MÉTODOS Trata-se de uma pesquisa exploratória quantitativa acerca da qualidade de vida dos pacientes que realizam diálise, sendo realizado no Hospital do Rim de Guanambi, localizado na cidade de Guanambi, município brasileiro do estado da Bahia, distante 796 quilômetros a sudoeste de Salvador. Sua população estimada em 2014, segundo o IBGE, é de 85 237 habitantes, o que a faz continuar sendo o 20ª município mais populoso da Bahia. Nessa unidade são atendidos semanalmente 152 pacientes no serviço de hemodiálise, separados por três turnos diferentes (1º turno, 2º turno e 3º turno). A população foi composta por 24 pacientes diabéticos que realizam hemodiálise, com presença de fístula ou cateter central. Os critérios de inclusão utilizados foram: ter diagnóstico de DM, usarem cateter central ou fístula e ter entre 20 a 80 anos. Inicialmente o paciente foi abordado para informá-lo da pesquisa e logo após foram explicados os objetivos da mesma, sendo feita a leitura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) e a solicitação da assinatura do entrevistado. 4 As entrevistas tiveram duração média de 20 minutos e foram realizadas no momento da hemodiálise com os pacientes clinicamente estáveis, pelas acadêmicas responsáveis pelo estudo. A coleta de dados foi realizada no período de fevereiro a abril de 2014, sendo utilizado o questionário de Qualidade de Vida SF-36 The Medical Outcomes Study 36 – Item Short Form Health Survey, traduzido e validado culturalmente no Brasil por Ciconelli et al. (1997) cuja versão brasileira avalia a Qualidade de Vida do indivíduo e consiste de oito domínios, a saber: capacidade funcional, limitação por aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. O cálculo dos escores é realizado em duas fases: Fase 1 – Ponderação dos dados. Nesta fase, cada resposta equivale uma pontuação. Questão 1: se a resposta for 1, a pontuação será 5,0; se a resposta for 2, a pontuação será 4,4; se a resposta for 3, a pontuação será 3,4; se a resposta for 4, a pontuação será 2,0 e se a resposta for 5, a pontuação será 1,0. Questão 2: manter o mesmo valor da resposta. Questão 3, 4 e 5 soma-se todos os valores de cada questão. Questão 6: se a resposta for 1, a pontuação será 5,0; se a resposta for 2, a pontuação será 4; se a resposta for 3, a pontuação será 3,0; se a resposta for 4, a pontuação será 2,0 e se a resposta for 5, a pontuação será 1,0. Questão 7: se a resposta for 1, a pontuação será 6,0; se a resposta for 2, a pontuação será 5,4; se a resposta for 3, a pontuação será 4,2; se a resposta for 4, a pontuação será 3,1; se a resposta for 5, a pontuação será 2,0 e se a resposta for 6, a pontuação será 1,0. Questão 8: a resposta da questão 8 depende da pontuação da questão 7. Se a pontuação da questão 7 for 1,0 e se a resposta da questão 8 for 1, a pontuação da questão será 6,0; se a pontuação da questão 7 for 2,0 à 6,0 e se a resposta da questão 8 for 1, a pontuação da questão será 5,0; se a pontuação da questão 7 for 2,0 à 6,0 e se a resposta da questão 8 for 2, a pontuação da questão será 4,0; se a pontuação da questão 7 for 2,0 à 6,0 e se a resposta da questão 8 for 3, a pontuação da questão será 3,0; se a pontuação da questão 7 for 2,0 à 6,0 e se a resposta da questão 8 for 4, a pontuação da questão será 2,0; se a pontuação da questão 7 for 2,0 à 6,0 e se a resposta da questão 8 for 5, a pontuação da questão será 1,0. Se a questão 7 não for respondida, a pontuação da questão 8 passa a ser: se a resposta for 1, a pontuação será 6,0; se a resposta for 2, a pontuação será 4,75; se a resposta for 3, a pontuação será 3,5; se a resposta for 4, a pontuação será 2,25; se a resposta for 5, a pontuação será 1,0. Questão 9: a pontuação para os itens a, d, e, h será a seguinte: se a resposta de cada item for 1, a pontuação de cada será 6,0; se a resposta de cada item for 2, a pontuação de cada será 5,0; se a resposta de cada item for 3, a pontuação de cada será 4,0; se a resposta de cada item for 4, a pontuação de cada será 3,0; se a resposta de cada item for 5, a pontuação de cada será 2,0; se a resposta de cada 5 item for 6, a pontuação de cada será 1,0. A pontuação para os demais itens, b, c, f, g, i será mantido o mesmo da resposta. Questão 10: manter o mesmo valor da resposta. Questão 11: as respostas deverão ser somadas para obtenção da pontuação, porém, os itens b e d deverão seguir as seguintes pontuações: se a resposta for 1, o valor será 5,0; se a resposta for 2, o valor será 4,0; se a resposta for 3, o valor será 3,0; se a resposta for 4, o valor será 2,0 e se a resposta for 5, o valor será 1,0. Fase 2 – Cálculo do Raw Scale. Nesta fase, as pontuações da fase 1, deverão ser transformadas em valores de 8 domínios, que variam entre 0 e 100; os valores menores correspondem à qualidade de vida relacionada à saúde menos favorável, enquanto que os escores mais elevados refletem QV melhor. Para realização do cálculo de cada domínio, deverá ser aplicada a fórmula: Domínio: Valor obtido nas questões correspondentes – Limite inferior x 100 Variação (Score Range) Na fórmula, os valores de limite inferior e variação (Score Range) são fixos e estão estipulados na tabela 1. Valores de limite inferior e variação (Score Range) Tabela 1 Domínio Pontuação das questões Limite inferior correspondidas Capacidade funcional 03 10 Limitação por aspectos 04 4 físicos Dor 07 + 08 2 Estado geral de saúde 01 + 11 5 Vitalidade 09 (somente os itens a + e + 4 g + i) Aspectos sociais 06 + 10 2 Limitação por aspectos 05 3 emocionais Saúde mental 09 (somente os itens b + c + 5 d + f + h) Variação 20 4 10 20 20 8 3 25 Fonte: Ciconelli et al. (1997) Observaram-se todos os preceitos éticos que regem uma pesquisa com pessoas (Res. Nº 466/12 do MS). O trabalho foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Plataforma Brasil. As respostas obtidas foram analisadas e digitalizadas utilizando o programa Excel e Word 2010 da Microsoft®, versão for Windows 7. Os dados foram tabulados e organizados em tabelas, no qual foram feitas as análises estatísticas e descritivas. 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO A avaliação de qualidade de vida vem ganhando atenção especial nos últimos anos, especialmente nos casos de pacientes portadores de doenças crônicas (DUARTE et al., 2003). Esse fato é decorrente da mudança na forma de avaliar a condição geral do paciente, que passou a ser realizada não apenas pelos profissionais responsáveis pelo tratamento, mas também pelo próprio paciente. A qualidade de vida dos pacientes portadores da doença crônica tem sido avaliada de diversas formas, sendo que o instrumento mais utilizado é o questionário SF-36, que permite a avaliação da qualidade de vida dos pacientes entrevistados, avaliando, sobretudo o desempenho nas atividades diárias e de trabalho, dentre outras. A análise deste estudo tem como objetivo verificar os fatores que comprometam a qualidade de vida dos pacientes e identificar limitações e alterações adquiridas durante o tratamento dialítico. Verifica-se que dos 24 pacientes pesquisados, 10 (41,7%) eram do sexo feminino e 14 (58,3%) do sexo masculino, conforme mostra a tabela 2. Possuem dados semelhantes às pesquisas de Mortari et al. (2010) (53%), Fassbinder et al. (2011) (73%) , Silva et al. (2011) (60,53%) e Silva et al. (2012) (63,16%) no score sexo masculino. Diante disso, comprovamos a dificuldade em que o sexo masculino tem em procurar assistência e prevenção, sobrepondo à iniciativa do sexo feminino, quando se trata de doenças crônicas e suas complicações. Tabela 2 – Caracterização dos pacientes diabéticos em tratamento de hemodiálise quanto ao gênero, no Hospital do Rim de Guanambi, no município de Guanambi-BA, 2014 Variáveis N % Feminino 10 41,7 Masculino 14 58,3 Total 24 100 Fonte: Dados da pesquisa A idade média dos pacientes estudados é de 53,5 anos, com faixa etária prevalente de 60 anos (45,8%), seguida de 29-39 anos (25%), 51-59 anos (20,8%), 40-50 anos (4,2%) e 1828 anos (4,2%) conforme a tabela 3; diante disso, pode-se observar um maior percentual na população de idosos, indo ao encontro da literatura de Frazão et al. (2011), com faixa etária acima de 60 anos (39,4%), seguida de 40-50 anos (30,3 %), 51-59 anos (15,2%), 18-28 anos (12,1%) e 29-39 anos (3%). No estudo de Frazao et al. (2011), a faixa etária de 29-39 anos 7 teve o menor percentual, em que diferencia do presente estudo com uma elevação nessa mesma faixa etária. O aumento da faixa etária de 29-39 anos surge proveniente ao estilo de vida adotado por esses indivíduos, devido ao sedentarismo e os hábitos alimentares incorretos, que propicia às doenças crônicas precocemente. O surgimento do DM em jovens vem se elevando constantemente e, consequentemente, o aumento da insuficiência renal crônica. Isso ocorre pelo fato desses pacientes portadores de DM não apresentarem sintomas decorrentes dessa morbidade, provocando o descaso pela doença e o descontrole glicêmico, ocasionando complicações, como o comprometimento renal. Tabela 3 – Caracterização dos pacientes diabéticos em tratamento de hemodiálise quanto sua faixa etária, no Hospital de Guanambi no município de Guanambi-BA, 2014 Faixa etária N % 18-28 anos 01 4,2 29-39 anos 06 25,0 40-50 anos 01 4,2 51-59 anos 05 20,8 Acima de 60 anos 11 45,8 Total 24 100 Fonte: Dados da pesquisa. A Sociedade Brasileira de Diabetes (2010) diz que 20% dos diabéticos diagnosticados não realizam o tratamento e que 50% do total de diabéticos não conhecem a doença. O nível de escolaridade é um fator primordial em relação ao conhecimento da doença e de suas consequências. A baixa escolaridade reflete à realidade brasileira na qual grande parte da população não apresenta primeiro grau completo ocorrendo pouca adesão ao tratamento, pois se torna difícil à assimilação das informações e que de acordo Pace et al. (2006) leva a desvalorização da assistência médica em relação as ações preventivas da atenção primaria agravando as doenças crônicas. Para a adesão ao tratamento se faz necessário uma educação continuada para os pacientes diabéticos sobre os riscos, complicações pertinentes e um controle glicêmico e, assim, resultar em uma em uma elevação da qualidade de vida. Identificou-se deficiência no conhecimento relacionado à doença, pois durante a aplicabilidade do questionário percebeu-se que os pacientes não sabiam e/ou não entendiam os motivos pelos quais os levaram a realizarem o tratamento da hemodiálise como causa da diabetes. 8 Em relação à ocupação, 91,6% não trabalham (Figura 1), corroborando com o estudo de Frazão et al. (2011), em que 93,9% não trabalham, e superiores ao estudo de Silva et al. (2011), sendo apenas 60,5%, que não trabalham. Figura 1 - Caracterização dos pacientes diabéticos em tratamento de hemodiálise quanto a sua ocupação, do Hospital de Guanambi no município de Guanambi-BA, 2014 100 91,6 90 80 70 60 50 40 30 20 8,4 10 0 NÃO TRABALHAM TRABALHAM Fonte: Dados da pesquisa A insuficiência renal crônica não possibilita aos pacientes terem uma jornada de trabalho adequada, devido às sessões de hemodiálise ser frequentemente. O trabalho é de fundamental importância para as pessoas, onde estar empregado é visto como um status social, fator importante e que influencia a qualidade de vida. Indivíduos que não trabalham comprometem seu tratamento. De acordo Frazão et al. (2011), esse fator interfere no tratamento e na melhora desses pacientes, porque danifica seu estado psicológico. Os pacientes entrevistados relatam incapacidade de realizar qualquer tipo de trabalho, em decorrência ao comprometimento físico ocasionado pela cirurgia da fístula arterio-venosa além de não realizarem atividades que o ambiente de trabalho propõe pela fraqueza após o tempo que permanece na hemodiálise. Por outro lado, de acordo com Silva et al. (2012) apud Mariotti (2009) os pacientes renais crônicos possuem benefícios pela Previdência Social, ou seja, recebem uma aposentadoria para a realização do tratamento adequado sem a necessidade do esforço físico decorrente da carga horária de trabalho. A primeira questão do questionário SF-36, refere-se à qualidade da saúde, classificando-se em: excelente, muito boa, boa, ruim e muito ruim. Os pacientes pesquisados 9 tiveram o maior escore no item Boa (66,6%) de acordo a tabela 4, pois relatam que após o tratamento de diálise, ocorreu uma diminuição nos sintomas decorrentes da insuficiência renal crônica, estabilizando assim, a sua saúde. De acordo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (2014), os pacientes dialisados apresentam uma redução nos sintomas da doença, como: edema, cansaço, indisposição, náuseas e vômitos, falta de apetite, prurido generalizado e mal-estar. Seguido disto, apresentam uma melhora na qualidade de sua saúde, pois as limitações dietéticas que devem ser seguidas são reduzidas nos dias de suas sessões, antes da realização da diálise. Por outro lado, o tratamento contínuo de hemodiálise é rigoroso, levando a limitações alimentares, sociais, físicas, sexuais e emocionais, ocasionando em um baixo escore no item Muito boa (4,2 %) e no item Excelente (0 %). Tabela 4 – Distribuição dos pacientes diabéticos em tratamento de hemodiálise quanto a resposta da questão 1 do questionário SF-36. (“Você diria que sua saúde é”), 2014 SF-36 Questão 1 N % Excelente --Muito boa 01 4,2 Boa 16 66,6 Ruim 04 16,6 Muito ruim 03 12,5 Total 24 100 Fonte: Dados da pesquisa A segunda questão do questionário SF-36, trata-se de como o paciente classifica sua saúde no momento, comparado há um ano, como: muito melhor, um pouco melhor, quase a mesma, um pouco pior e muito pior. Nos resultados obtidos nesta questão citada na tabela 5, o item Um pouco melhor (41,7%) alcançou o maior escore e o item Muito pior (8,3%) teve o menor percentil. Tabela 5 – Distribuição dos pacientes diabéticos em tratamento de hemodiálise quanto a resposta da questão 2 do questionário SF-36. (“Comparado há um ano, como você diria que sua saúde está hoje?”), 2014 SF-36 Questão 2 N % Muito melhor 05 20,8 Um pouco melhor 10 41,7 Quase a mesma 03 12,5 Um pouco pior 04 16,7 Muito pior 02 8,3 Total 24 100 Fonte: Dados da pesquisa 10 Diante disso, percebe-se que apesar das limitações impostas pelo tratamento de hemodiálise como: diminuição ou ausência no trabalho, déficit na vida social e restrições hídricas e alimentares, os pacientes relatam terem um superávit em sua saúde, pois ocorre uma melhora nos sintomas provocados pela diabetes mellitus e pela doença renal crônica. As questões subsequentes expõem sobre a média de todos os domínios descritos abaixo. Para cada mediana foi utilizado um cálculo de escore para o questionário SF-36. Através do questionário SF-36 obtiveram as seguintes médias dos oito domínios, descritos na Figura 2: Capacidade funcional (54,2%); Limitação por Aspectos Físicos (30,2%); Dor (73,0%); Estado Geral de Saúde (50,8%); Vitalidade (66,3%); Aspectos Sociais (70,3%); Aspectos Emocionais (47,2%) e Saúde Mental (70,3%). De acordo os escores médios dos pacientes em cada dimensão do questionário SF-36, apresentou redução em qualidade de vida, pelo grau de serevidade da doença no domínio “Limitação por Aspectos Físicos” (30,2%) e melhores no domínio “Aspectos Sociais” (79,3%). Os estudos apresentaram valores semelhantes a estes dois domínios, Mortari et al. (2010) com menor valor em “Limitação por Aspectos Físicos” (0%) e maior em “Aspectos Sociais” (87,5%) e Fasbinder et al. (2011) com menor valor em “Limitação por Aspectos Sociais” (36%) e maior em “Aspectos Sociais” (76%). De acordo os resultados obtidos dos oito domínios do SF-36, apenas dois obtiveram um resultado abaixo da média de 50% que foram: Limitação por aspectos físicos (30,2%) e Aspectos emocionais (47,2%) enquanto o domínio Aspectos Sociais (79,3%), foi o fator menos afetado na vida desses pacientes. A dimensão capacidade funcional (54,2%) está muito comprometida, pois a maioria dos pacientes tem idade superior a 60 anos, em que relatam dificuldade da realização de atividades físicas além do esgotamento após as sessões de hemodiálise, que na maioria das vezes, impossibilita a realização de pequenas tarefas como: levantar mantimentos, mover uma mesa, varrer a casa, subir escadas, tomar banho ou vestir-se. Marques & Dias (2009) apud Moreira (1993) diz que a debilidade no funcionamento físico desses pacientes resulta na diminuição da qualidade de vida, devido à inatividade dos mesmos por conta da hemodiálise. Enfatiza Pauletto & Lima (2009) que para melhoria da saúde, sugere-se realizar programas de atividades físicas na unidade de tratamento com prescrições individualizadas, que irá atuar positivamente nos níveis de glicose e proporcionar um aumento da força física e com isso uma elevação na qualidade de vida. A equipe multidisciplinar deverá conter um educador físico para o acompanhamento correto, e analisar as contraindicações adequadas. 11 Figura 2 – Escore de qualidade de vida, avaliada pelo questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36, em 24 pacientes diabéticos submetidos à hemodiálise, no Hospital do Rim de Guanambi, Guanambi- BA. 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 79,3 73,0 54,2 70,3 66,3 50,8 47,2 30,2 Fonte: Dados da pesquisa O domínio limitações por aspectos físicos (30,2%) é avaliado por questões relacionadas ao trabalho. Os pacientes que realizam o tratamento dialítico necessitam rotineiramente realizar sessões de diálise, que geram fraqueza, dor e mal-estar ao final das mesmas, só se recuperando no dia seguinte, que influencia na realização de uma carga horária de trabalho adequada, onde irá refletir na qualidade de vida. O domínio dor (73,0%) é avaliado a partir da presença da mesma, nas últimas quatro semanas. O aparecimento desse sintoma ocasiona limitações funcionais que dificulta suas atividades rotineiras. Os pacientes referiam a algum sintoma de dor que apresentasse naquele mês. Muitos informaram que não apresentavam dor e alguns a sentiam, devido problemas como: cirurgias ou a outras doenças de base. O domínio estado geral de saúde (50,8%) é avaliado através do conceito do indivíduo de sua própria saúde no presente, em que os mesmos classificam-se através das sessões rotineiras de hemodiálise, como também a comparação de sua saúde com outras pessoas sadias e o que esperam de sua saúde futuramente. A hemodiálise tem o objetivo de prolongar a vida dos pacientes com Insuficiência Renal Crônica, devido a sua função de um rim artificial, e assim melhorar seu estado geral de saúde; porém esse tratamento em longo prazo leva a uma série de comprometimentos, como: fraqueza, debilidade e dor, o que significa uma percepção do paciente em uma piora do estado geral de saúde, que compromete a qualidade de vida dos mesmos. 12 No domínio vitalidade (66,3%) refere-se ao vigor ou sofrimento de cansaço em que os pacientes ficam após as sessões de hemodiálise. O tratamento prologando da hemodiálise provoca indisposição e falta de energia que se tornam impossibilitados de realizarem atividades que exigem esforço. A dimensão aspectos Sociais (79,3%) está relacionada à sua vida social (viagem, família e amigos). Pacientes em tratamento de hemodiálise possuem limitações em sua vida social, pois com as frequentes sessões de hemodiálise estão restritos de viajar, visitar amigos e familiares e por conta disso se sentem inúteis. Porém na pesquisa realizada, essa dimensão alcançou bons resultados devido às possibilidades de transição, ou seja, os pacientes podem viajar para locais em que possuem clínicas de hemodiálise, dando continuidade ao tratamento, dessa forma, a vida social desses pacientes não estão totalmente afetadas. O domínio aspectos emocionais (47,2%) indica os problemas advindos do trabalho ou outras atividades diárias regulares relacionadas a sentimentos de depressão e ansiedade. O novo estilo de vida com restrições hídricas e alimentares, além da rotina de sessões de hemodiálise, provoca redução na jornada de trabalho que consequentemente leva a uma diminuição na autoestima do paciente. De acordo Fassbinder et al. (2011), o novo estilo de vida com a diálise, possibilidades de transplantes, permanência em ambiente hospitalar, ansiedade e insegurança e expostos ao estresse contínuo, altera a qualidade de vida do individuo. A possibilidade de ser portador de diabetes aumenta ainda mais a chance desse paciente permanecer afetado pelas consequências da doença e os efeitos hipoglicêmicos decorrentes do tratamento da diálise. O domínio saúde mental (70,3%) é avaliado pelo nervosismo, abatimento, tranquilidade, depressão e felicidade dentro das últimas quatro semanas. De acordo as respostas ao questionário, este domínio está pouco afetado. Alguns pacientes relatam nervosismo, abatimento e depressão pelo fato de não terem apoio familiar, tendo muitas vezes que lidar com as restrições obtidas da doença renal crônica; já a maioria dos pacientes, relatam tranquilidade e felicidade por terem a oportunidade de estar realizando a hemodiálise e diminuindo as complicações das doenças de base. CONCLUSÕES Com a realização do presente estudo pode-se concluir que a população estudada tem sua qualidade de vida afetada quando se tratados individualmente, pois cada indivíduo define sua qualidade de vida da maneira que se sentem satisfeitos. A rotina das sessões de 13 hemodiálise produz um impacto na qualidade de vida dos pacientes e apesar dos pontos negativos, é de suma importância para que a vida do paciente renal crônico seja prolongada. Portanto, a principal questão para a diminuição da qualidade de vida, em relação ao Diabetes Mellitus associada à Insuficiência Renal são as limitações decorrentes do tratamento que repercutem nos aspectos emocionais. Adaptar-se a essa nova realidade não é um processo fácil. Pela análise dos domínios, a forma de melhorar a qualidade de vida desses pacientes seria a finalização das sessões de hemodiálise, ou seja, o sucesso do transplante renal. Então para redução dessa problemática, pode-se realizar uma estratégia de educação continuada na Atenção Básica para que seja feito um acompanhamento contínuo com os pacientes do programa Hiperdia, visando aumentar o conhecimento, gerar autoresponsabilidade e compreensão de suas complicações e que seja facilitada a adesão ao tratamento da doença de base, a DM, para prevenção da doença renal crônica. Na mesma ocasião, realizar uma educação continuada específica para doação de órgãos aos profissionais de saúde para incentivar a população na doação e aumentar a captação de órgãos e por consequência melhorar a qualidade de vida devido à finalização das sessões de hemodiálise. 14 REFERÊNCIAS ARAÚJO, A. F.; SOUZA, M. E. A.; MENESES, C. A. Qualidade de vida e aspectos socioeconômicos em diabetes tipo I. Arq. Bras. Endocrinol. Metab. v. 52, n.7, 2008. BEERS, M. H.; BERKOW, R. Manual Merck: diagnostico e tratamento. In: BONGIN, R. M.; FLETCHER A. J. 17 ed. São Paulo, SP: Roca, 2701 p, 2000. BRASIL. Ministério da saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica DIABETES MELLITUS. Caderno de Atenção Básica, nº 36. Brasília, DF. 2013. BRASIL, Ministério da saúde: Organização Mundial de Saúde. Versão em português dos instrumentos de avaliação de qualidade de vida (WHOQOL), 1998. Disponível em: http://www.ufrgs.br/psiquiatria/psiq/whoqol-manual.html. 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