diagnóstico do município de estrela de alagoas - Rigeo

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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
S ECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E
TRANSFORMAÇÃO MINERAL
CPRM - SERV I ÇO G E OLÓ GIC O DO BR AS I L
PROD EE M - PRO G RAMA DE DESEN VOL VIM ENTO
ENERGÉTICO DOS ESTADOS EM UNI CÍPI OS
PROJETO CADASTRO
DE FONTES DE
ABASTECIMENTO POR
ÁGUA SUBTERRÂNEA
ALAGOAS
DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO
DE ESTRELA DE ALAGOAS
CPR M
Ser vi ço Geológi co do Brasi l
Secretaria de Geologia,
Mineração e Transfor mação Mineral
Secretaria de Pl anej amento
e Desenvolvi mento Ener géti co
Ministéri o de
Minas e Energia
Agosto/2005
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
Silas Rondeau Cavalcante Silva
Ministro de Estado
SECRETARIA EXECUTIVA
Nelson José Hubner Moreira
Secretário Executivo
SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E
DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO
Márcio Pereira Zimmermam
Secretário
SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO
E TRANSFORMAÇÃO MINERAL
Cláudio Scliar
Secretário
PROGRAMA LUZ PARA TODOS
Aur élio Pav ão
Diretor
SERVI ÇO GEOL ÓGICO DO BRASIL – CPRM
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
ENERG ÉTICO DOS ESTADOS E
MUNICÍPIOS
PRODEEM
Luiz Carlos Vieira
Diretor
Agamenon S érgio Lucas Dantas
Diretor-Presidente
Jos é Ribeiro Mendes
Diretor de Hidrologia e Gest ão Territorial
Manoel Barretto da Rocha Neto
Diretor de Geologia e Recursos Minerais
Álvaro Rog ério Alencar Silva
Diretor de Administra ção e Finan ças
Fernando Pereira de Carvalho
Diretor de Rela ções Institucionais e
Desenvolvimento
Frederico Cláudio Peixinho
Chefe do Departamento de Hidrologia
Fernando Antonio Carneiro Feitosa
Chefe da Divisão de Hidrogeologia e Explora ção
Ivanaldo Vieira Gomes da Costa
Superintendente Regional de Salvador
Jos é Wilson de Castro Tem óteo
Superintendente Regional de Recife
Hélbio Pereira
Superintendente Regional de Belo Horizonte
Darlan Filgueira Maciel
Chefe da Resid ência de Fortaleza
Francisco Batista Teixeira
Chefe da Resid ência Especial de Teresina
Ministério de Minas e Energia
Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético
Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral
Programa Luz Para Todos
Programa de Desenvolvimento Energético dos Estados e Municí pios - PRODEEM
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial
PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO POR
ÁGUA SUBTERRÂNEA
ESTADO DE ALAGOAS
DIAGNÓSTICO DO MUNICÍ PIO DE ESTRELA DE ALAGOAS
ORGANIZA ÇÃO DO TEXTO
João de Castro Mascarenhas
Breno Augusto Beltrão
Luiz Carlos de Souza Junior
Recife
Agosto/2005
COORDENA ÇÃO GERAL
Frederico Cláudio Peixinho - DEHID
COORDENA ÇÃO T ÉCNICA
Fernando Ant ônio C. Feitosa - DIHEXP
COORDENA ÇÃO ADMINISTRATIVOFINANCEIRA
Jos é Emílio C. de Oliveira – DIHEXP
APOIO T ÉCNICO-ADMINISTRATIVO
Sara Maria Pinotti Benvenuti-DIHEXP
COORDENA ÇAO REGIONAL
Jaime Quintas dos S. Colares - REFO
Francisco C. Lages C. Filho - RESTE
Jo ão Alfredo C. L. Neves - SUREG-RE
Jo ão de Castro Mascarenhas – SUREG-RE
Jos é Alberto Ribeiro - REFO
Jos é Carlos da Silva - SUREG-RE
Luiz Fernando C. Bomfim - SUREG-SA
Oderson A. de Souza Filho - REFO
EQUIPE T ÉCNICA DE CAMPO
SUREG-RE
Ari Teixeira de Oliveira
Breno Augusto Beltr ão
Cícero Alves Ferreira
Cristiano de Andrade Amaral
Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha
Franklin de Moraes
Frederico Jos é Campelo de Souza
Jardo Caetano dos Santos
Jo ão de Castro Mascarenhas
Jorge Luiz Fortunato de Miranda
Jos é Wilson de Castro Temoteo
Luiz Carlos de Souza J únior
Manoel Julio da Trindade G. Galv ão
Saulo de Tarso Monteiro Pires
S érgio Monthezuma Santoianni Guerra
Simeones Néri Pereira
Valdecílio Galv ão Duarte de Carvalho
Vanildo Almeida Mendes
SUREG-SA
Edmilson de Souza Rosas
Edvaldo Lima Mota
Hermínio Brasil Vilaverde Lopes
Jo ão Cardoso Ribeiro M. Filho
Jos é Cl áudio Viegas
Luis Henrique Monteiro Pereira
Pedro Ant ônio de Almeida Couto
V ânia Passos Borges
SUREG-BH
Ang élica Garcia Soares
Eduardo Jorge Machado Sim ões
Ely Soares de Oliveira
Haroldo Santos Viana
Reynaldo Murilo D. Alves de Brito
REFO
Ân gelo Tr évia Vieira
Felicíssimo Melo
Francisco Alves Pessoa
J áder Parente Filho
Jos é Roberto de Carvalho Gomes
Liano Silva Veríssimo
Luiz da Silva Coelho
Rob ério B ôto de Aguiar
RECENSEADORES
Ac ácio Ferreira Júnior
Adriana de Jesus Felipe
Alerson Falieri Suarez
Almir Gomes Freire – CPRM
Ân gela Aparecida Pezzuti
Antonio Celso R. de Melo - CPRM
Antonio Edílson Pereira de Souza
Antonio Jean Fontenele Menezes
Antonio Manoel Marciano Souza
Antonio Marques Honorato
Armando Arruda C. Filho - CPRM
Carlos A. G óes de Almeida - CPRM
Celso Viana Marciel
Cícero Ren é de Souza Barbosa
Cl áudio Marcio Fonseca Vilhena
Claudionor de Figueiredo
Cleiton Pierre da Silva Viana
Cristiano Alves da Silva
Edivaldo Fateicha - CPRM
Eduardo Benevides de Freitas
Eduardo Fortes Cris óstomos
Eliomar Coutinho Barreto
Emanuelly de Almeida Le ão
Emerson Garret Menor
Emicles Pereira C. de Souza
Ér ika Peconnick Ventura
Erval Manoel Linden - CPRM
Ewerton Torres de Melo
F ábio de Andrade Lima
F ábio de Souza Pereira
F ábio Luiz Santos Faria
Francisco Augusto A. Lima
Francisco Edson Alves Rodrigues
Francisco Ivanir Medeiros da Silva
Francisco Jos é Vasconcelos Souza
Francisco Lima Aguiar Junior
Francisco Pereira da Silva - CPRM
Frederico Antonio Araújo Meneses
Geancarlo da Costa Viana
Genivaldo Ferreira de Ara újo
Gustavo Lira Meyer
Haroldo Brito de Sá
Henrique Cristiano C. Alencar
Jamile de Souza Ferreira
Jaqueline Almeida de Souza
Jeft é Rocha Holanda
Jo ão Carlos Fernandes Cunha
Jo ão Luis Alves da Silva
Joelza de Lima Enéas
Jorge Hamilton Quidute Goes
Jos é Carlos Lopes - CPRM
Joselito Santiago Lima
Josemar Moura Bezerril Junior
Julio Vale de Oliveira
K ênia Nogueira Di ógenes
Marcos Aurélio C. de G óis Filho
Matheus Medeiros Mendes Carneiro
Michel Pinheiro Rocha
Narcelya da Silva Ara újo
Nic ácia Débora da Silva
Oscar Rodrigues Acioly Júnior
Paula Francinete da Silveira Baia
Paulo Eduardo Melo Costa
Paulo Fernando Rodrigues Galindo
Pedro Hermano Barreto Magalh ães
Raimundo Correa da Silva Neto
Ramiro Francisco Bezerra Santos
Raul Frota Gon çalves
Saulo Moreira de Andrade -CPRM
S érvulo Fernandez Cunha
Thiago de Menezes Freire
Valdirene Carneiro Albuquerque
Vicente Calixto Duarte Neto - CPRM
Vilmar Souza Leal – CPRM
Wagner Ricardo R. de Alkimim
Walter Lopes de Moraes Junior
TEXTO
ORGANIZA ÇÃO
Breno Augusto Beltr ão
Jo ão de Castro Mascarenhas
Luiz Carlos de Souza Junior
CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICIPIO E
DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS
CADASTRADOS
Breno Augusto Beltr ão
Frederico Jos é Campelo de Souza
Jardo Caetano dos Santos
Jo ão de Castro Mascarenhas
Luiz Carlos de Souza J únior
ASPECTOS SOCIOECON ÔMICOS
Breno Augusto Beltr ão
Liliane Assunção Serra Ramos Campos
Maria L úcia Acioli Beltr ão
FIGURAS ILUSTRATIVAS
Aloízio da Silva Leal
Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino
Jaqueline Pontes de Lima
N úbia Chaves Guerra
Waldir Duarte Costa Filho
MAPAS DE PONTOS D’ ÁGUA
Robson de Carlo Silva
Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino
BANCO DE DADOS
Desenvolvimento dos Sistemas
Josias Barbosa de Lima
Ricardo C ésar Bustillos Villafan
Coordena ção
Francisco Edson Mendonça Gomes
Administração
Eriveldo da Silva Mendon ça
Consist ência
Breno Augusto Beltr ão
EDITORA ÇÃO ELETR ÔNICA
Aline Oliveira de Lima
Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino
Jaqueline Pontes de Lima
SUPORTE T ÉCNICO DE EDITORA ÇÃO
Claudio Scheid
Jos é Pessoa Veiga Junior
Manoel J úlio da T. Gomes Galv ão
Roberto Batista dos Santos
ANALISTA DE INFORMA ÇÕE S
Dalvanise da Rocha S. Bezerril
RESTE
Antonio Reinaldo Soares Filho
Carlos Ant ônio Luz
Cipriano Gomes Oliveira
Heinz Alfredo Trein
Ney Gonzaga de Souza
CPRM - Serviço Geol ógico do Brasil
Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterr ânea. Diagn óstico
do município de Estrela de Alagoas, estado de Alagoas/ Organizado [por] Jo ão de
Castro Mascarenhas, Breno Augusto Beltr ão, Luiz Carlos de Souza Junior. Recife:
CPRM/PRODEEM, 2005.
12 p. + anexos
EM DESTAQUE
Almir Ara újo Pacheco- SUREG-BE
Ana Cl áudia Vieiro – SUREG-PA
Bráulio Rob ério Caye - SUREG-PA
Carlos J. B. Aguiar - SUREG-MA
Geraldo de B. Pimentel – SUREG-PA
Paulo Pontes Ara újo – SUREG-BE
Tom ás Edson Vasconcelos - SUREG-GO
“Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea, estado
de Alagoas”
1. Hidrogeologia – Alagoas - Cadastros. 2. Água subterr ânea – Alagoas Cadastros. I. Mascarenhas, Jo ão de Castro org. II. Beltr ão, Breno Augusto org. III.
Souza Júnior, Luiz Carlos de org. I. Título.
CDD 551.49098135
Permitida a reprodução desde que mencionada a fonte
APRESENTAÇÃ O
A CPRM – Serviço Geológico do Brasil, cuja missão é gerar e difundir
conhecimento geológico e hidrológico básico para o desenvolvimento sustentável do
Brasil, desenvolve no Nordeste brasileiro, para o Ministério de Minas e Energia,
ações visando o aumento da oferta hí drica, que estão inseridas no Programa de
Água Subterrânea para a Região Nordeste, em sintonia com os programas do
governo federal.
Executado por intermédio da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial,
desde o iní cio o programa é orientado para uma filosofia de trabalho participativa e
interdisciplinar e, atualmente, para fomentar ações direcionadas para inclusão social
e redução das desigualdades sociais, priorizando ações integradas com outras
instituições, visando assegurar a ampliação dos recursos naturais e, em particular,
dos recursos hí dricos subterrâneos, de forma compatí vel com as demandas da
região nordestina.
É neste contexto que está sendo executado o Projeto Cadastro de Fontes de
Abastecimento por Água Subterrânea, localizado no semi-árido do Nordeste, que
engloba os estados do Piauí , Ceará, Rio Grande do Norte, Paraí ba, Pernambuco,
Alagoas, Sergipe, Bahia, norte de Minas Gerais e do Espí rito Santo. Embora com
múltiplas finalidades, este projeto visa atender diretamente as necessidades do
PRODEEM, no que se refere à indicação de poços tubulares em condições de
receber sistemas de bombeamento por energia solar.
Assim, esta contribuição técnica de significado alcance social do Ministério de
Minas e Energia, em parceria com a Secretaria de Geologia, Mineração e
Transformação Mineral e com o Serviço Geológico do Brasil, servirá para dar
suporte aos programas de desenvolvimento da região, com informações
consistentes e atualizadas e, sobretudo, dará subsí dios ao Programa Fome Zero, no
tocante às ações efetivas para o abastecimento público e ao combate à fome das
comunidades sertanejas do semi-árido nordestino.
José Ribeiro Mendes
Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial
CPRM – Serviço Geológico do Brasil
SUMÁ RIO
APRESENTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
2. ÁREA DE ABRANGÊNCIA
3. METODOLOGIA
4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍ PIO DE ESTRELA DE ALAGOAS
4.1
4.2
4.3
4.4
- LOCALIZAÇÃO E ACESSO
- ASPECTOS SOCIOECON ÔMICOS
- ASPECTOS FISIOGRÁFICOS
- GEOLOGIA
5. RECURSOS HÍ DRICOS
5.1 - ÁGUAS SUPERFICIAIS
5.2 - ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
5.2.1 - DOMÍ NIOS HIDROGEOL ÓGICOS
6. DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS
6.1 - ASPECTOS QUALITATIVOS
7. CONCLUS ÕES E RECOMENDA ÇÕES
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
1 - PLANILHAS DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO
2 - MAPA DE PONTOS DE ÁGUA
3 - ARQUIVO DIGITAL - CD ROM
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Estrela de Alagoas
Estado de Alagoas
1. INTRODU ÇÃO
O Polígono das Secas apresenta um regime pluviom étrico marcado por extrema irregularidade
de chuvas, no tempo e no espaço. Nesse cen ário, a escassez de água constitui um forte entrave ao
desenvolvimento socioecon ômico e, at é mesmo, à subsist ência da popula ção. A ocorr ência cíclica
das secas e seus efeitos catastr óficos s ão por demais conhecidos e remontam aos prim órdios da
hist ória do Brasil.
Esse quadro de escassez poderia ser modificado em determinadas regi ões, atrav és de uma
gest ão integrada dos recursos hídricos superficiais e subterr âneos. Entretanto, a car ência de estudos
de abrang ência regional, fundamentais para a avaliação da ocorr ência e da potencialidade desses
recursos, reduz substancialmente as possibilidades de seu manejo, inviabilizando uma gest ão
eficiente. Al ém disso, as decis ões sobre a implementa ção de a ções de conviv ência com a seca
exigem o conhecimento b ásico sobre a localiza ção, caracteriza ção e disponibilidade das fontes de
água superficiais e subterr âneas.
Para um efetivo gerenciamento dos recursos hídricos, principalmente num contexto
emergencial, como é o caso das secas, merece aten ção a utilização das fontes de abastecimento de
água subterr ânea, pois esse recurso pode tornar-se significativo no suprimento hídrico da população
e dos rebanhos. Neste sentido, um fato preocupante é o desconhecimento generalizado, em todos os
setores, tanto do n úmero quanto da situação das captações existentes, fato este agravado quando se
observa a grande quantidade de captações de água subterr ânea no semi- árido, principalmente em
rochas cristalinas, desativadas e/ou abandonadas por problemas de pequena monta, em muitos casos
passíveis de serem solucionados com a ções corretivas de baixo custo.
Para suprir as necessidades das institui ções e demais segmentos da sociedade atuantes na
regi ão nordestina, no atendimento à popula ção quanto à garantia de oferta hídrica, principalmente
nos momentos críticos de estiagem, a CPRM est á executando o Projeto Cadastro de Fontes de
Abastecimento por Água Subterrânea em conson ância com as diretrizes do Governo Federal e dos
prop ósitos apresentados pelo Minist ério de Minas e Energia.
Este Projeto tem como objetivo a realiza ção do cadastro de todos os po ços tubulares, po ços
2
amazonas representativos e fontes naturais, em uma área de 722.000 km da regi ão Nordeste do
Brasil, excetuando-se as áreas urbanas das regi ões metropolitanas.
2. ÁREA DE ABRANG ÊNCIA
A área de abrang ência do projeto de cadastramento (figura 1) estende-se pelos estados do
Piauí, Cear á, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e
Espírito Santo.
Figura 1 – Área de abrang ência do Projeto
1
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Estrela de Alagoas
Estado de Alagoas
3. METODOLOGIA
O planejamento operacional para a realiza ção desse projeto teve como base a experi ência da
CPRM nos projetos de cadastramento de po ços dos estados do Cear á e Sergipe, executados com
sucesso em 1998 e 2001, respectivamente.
Os trabalhos de campo foram executados por microrregi ão, com áreas variando de 15.000 a
2
25.000 km . Cada área foi levantada por uma equipe coordenada por dois t écnicos da CPRM e
composta, em m édia, de seis recenseadores, na maioria estudantes de nível superior dos cursos de
Geologia e Geografia, selecionados e treinados pela CPRM.
O trabalho contemplou o cadastramento das fontes de abastecimento por água subterrânea (po ço
tubular, poço escavado e fonte natural), com determinação das coordenadas geogr áficas pelo uso do
Global Positioning System (GPS) e obten ção de todas as informa ções passíveis de serem coletadas
atrav és de uma visita t écnica (caracterização do poço, instalações, situa ção da captação, dados
operacionais, qualidade da água, uso da água e aspectos ambientais, geol ógicos e hidrológicos).
Os dados coletados foram repassados sistematicamente a Divis ão de Hidrogeologia e
Explora ção da CPRM, em Fortaleza, para, ap ós rigorosa an álise, alimentarem um banco de
dados. Esses dados, devidamente consistidos e tratados, possibilitaram a elabora ção de um
mapa de pontos d’ água, de cada um dos municípios inseridos na área de atua ção do Projeto,
cujas informa ções s ão complementadas por esta nota explicativa, visando um f ácil manuseio e
compreens ão acessível a diferentes usu ários.
Na elabora ção dos mapas de pontos d‘ água, foram utilizados como base cartogr áfica os mapas
municipais estatísticos em formato digital do IBGE (Censo 2000), elaborados a partir das cartas
topogr áficas da SUDENE e DSG – escala 1:100.000, sobre os quais foram colocados os dados
referentes aos po ços e fontes naturais contidos no banco de dados. Os trabalhos de arte final e
impress ão dos mapas foram realizados com o aplicativo CorelDraw. A base estadual com os limites
municipais foi cedida pelo IBGE. O mapa de pontos d’ água foi gerado a partir da Base Cartogr áfica
Digital do Estado de Alagoas, cedida pela Secretaria Executiva de Meio Ambiente, Recursos Hídricos
e Naturais – SEMARHN.
H á municípios em que ocorrem alguns casos de poços plotados fora dos limites do mapa
municipal. Tais casos ocorrem devido à imprecis ão nos traçados desses limites, seja pela pequena
escala do mapa fonte utilizado no banco de dados (1:250.000), seja por problemas ainda existentes
na cartografia estadual, ou talvez devido a informa ções incorretas prestadas aos recenseadores ou,
simplesmente, erro na obten ção das coordenadas.
Al ém desse produto impresso, todas as informa çõe s coligidas est ão disponíveis em meio
digital, através de um CD ROM, permitindo a sua contínua atualiza ção.
4. CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICÍPIO DE ESTRELA DE ALAGOAS
4.1 - Localiza ção e Acesso
O município de Estrela de Alagoas est á localizado na regi ão centro-norte do Estado de
Alagoas, limitando-se a norte com o estado de Pernambuco, a sul com Igaci, a leste com Palmeira
2
dos Índios e a oeste com Cacimbinhas e Minador do Negr ão. A área municipal ocupa 264,41 km
(0,95% de AL), inserida na mesorregi ão do Agreste Alagoano e na microrregi ão de Palmeira dos
Índios, predominantemente na Folha Palmeira dos Índios (SC.24-X-D-II), na escala 1:100.000,
editada pelo MINTER/SUDENE em 1973.
A sede do município tem uma altitude aproximada de 290 m e coordenadas geogr áficas de
9°23’25’’ de latitude sul e 36°45’36’’ de longitude oeste.
O acesso a partir de Macei ó é feito atrav és da rodovia pavimentada BR-316, com percurso total
em torno de 147 km (Figura 2).
2
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Estrela de Alagoas
Estado de Alagoas
01
-1
01
A
BR
B R - 10
A L-4 65
05
4
CANAPI
-1
6
1
MATA GRANDE
L -1
PE
RN
AM
BU
CO
B
3
R-
PE
RN
AM
BU
CO
CO
BU
AM
RN
PE
AL
3
B R -42
B R-3
ESTRELA
de
ALAGOAS
AT
LÂ
NT
IC
O
BR
AL 4 13
4
42
OURO BRANCO
INHAPI
ÁGUA
BRANCA
16
-120
AL
BR 10
1
0
0
22
AL
-1
10
AL
-10
1
AL -10 5
TRAIPU
01
-10°
36°
AL
AL -1
10
R1
1
OC
EA
NO
ARAPIRACA
B
-9°30´
35°30´
AL
-1
AL
-1
30
10
4
BATALHA
R-
PÃO de AÇÚCAR
AL
-
SE
RG
IPE
BR-316
B
PIRANHAS
6
-3 1
AL -220
BR
OLHO D’ÁGUA
do CASADO
A L -11 5
SANTANA do
IPANEMA
DELMIRO GOUVEIA
45
5
N
SE
RG
IPE
Convenções
Convenções
10
1
Sede do município
A L100 km
Rodovias Federais:
pavimentadas
não pavimentadas
Rodovias Estaduais:
pavimentadas
não pavimentadas
Estradas vicinais
Figura 2 – Mapa de acesso rodovi ário
4.2 - Aspectos Socioecon ômicos
O município foi criado em 1989. Segundo o censo 2000 do IBGE, a população total residente é
de 16.341 habitantes, dos quais 7.929 do sexo masculino (48,50%) e 8.412 do sexo feminino
(51,50%). S ão 3.260 os habitantes da zona urbana (19,90%) e 13.081 os da zona rural (80,10%). A
2
densidade demogr áfica é de 61,80 hab/km .
A rede p ública de sa úde n ão disp õe de hospital, tendo apenas 10 Unidades Ambulatoriais e 06
Postos de Sa úde. N ão existem consult órios m édicos ou odontol ógicos registrados no município.
Na área educacional, s ão 16 escolas de ensino pr é-escolar, com 449 alunos matriculados e 30
escolas de ensino fundamental, com 4.043 alunos matriculados. N ão h á estabelecimentos de ensino
m édio. No município, existem 6.974 habitantes alfabetizados com idades acima de 10 anos (42,70%
da popula ção).
Existem 7.579 eleitores cadastrados no município (46,40% da popula ção).
Existem no município 3.891 domicílios particulares permanentes, dos quais 1.684 (43,30%)
possuem banheiro ou sanit ário e destes, apenas 03 (0,08%) possuem banheiro e esgotamento
sanit ário via rede geral. Cerca de 768 (19,70%) s ão abastecidos pela rede geral de água, enquanto
que 285 (7,30%) s ão abastecidos por po ço ou nascente e 2.838 utilizam outras formas de
abastecimento (72,90%). Apenas 834 (21,40%) domicílios s ão atendidos pela coleta de lixo,
evidenciando a exist ência de uma fonte de sérios problemas ambientais e de sa úde p ública para a
popula ção.
Existe 01 ag ência dos Correios na sede do município. N ão h á infra-estrutura banc ária
disponível.
A infra-estrutura urbana indica 50% das vias pavimentadas e 90% iluminadas.
O PIB de Estrela de Alagoas foi de U$ 6.095.542,00 e o PIB per capita foi de U$ 399,00 em
1998. O FPM = R$ 2.125.535,79, o ITR = R$ 1.275,41 e o Fundef = 885.055,98 (Anu ário Estatístico
de Alagoas – 2001). O sal ário m édio mensal é de R$ 120,52 (46,35% do sal ário mínimo nacional)
As principais atividades econ ômicas do município são: Com ércio, servi ços e agropecu ária.
Atualmente conta com 38 empresas com CNPJ, atuantes (1998), ocupando 167 pessoas (1,02% da
popula ção).
3
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Estrela de Alagoas
Estado de Alagoas
Na área de pecu ária, conta com os seguintes rebanhos (cabeças): bovinos – 10.713; suínos –
1.856; eq üinos – 762; asininos – 88; muares – 168; caprinos – 976; ovinos – 3.029, aves – 21.134. A
produção leiteira é de 4.046.000 litros e a de ovos de galinha –27.000 d úzias.
Na área agrícola: Coco-da-Baía – 06 ha (18.000 frutos); Laranja – 09 ha (275.000 frutos);
Manga – 15 ha (181.000 frutos); Maracuj á – 03 ha (31.000 frutos); Algod ão – 12 ha (01 t); Batata
Doce – 05 ha (30 t); Fava – 14 ha (2 t); Feij ão – 390 ha (93 t); Mandioca – 180 ha (1.530 t) e Milho –
500 ha (210 t).
3
O Extrativismo produz 13 t de Castanha de Caju, 2 t de Carv ão Vegetal e 818 m de Lenha.
No ranking de desenvolvimento, Estrela de Alagoas est á em 84º lugar no estado (84/102
municípios)
e
em
5.340º
lugar
no
Brasil
(5.340/5.561
municípios)
(www.desenvolvimentomunicipal.com.br).
4.3 Aspectos Fisiográficos
O município de Estrela de Alagoas tem parte de sua área (cerca de 35%) inserida na unidade
geoambiental do Planalto da Borborema, formada por maci ços e outeiros altos, com altitude variando
entre 650 a 1.000 metros. Ocupa uma área de arco que se estende do sul de Alagoas at é o Rio
Grande do Norte. O relevo é geralmente movimentado, com vales profundos e estreitos dissecados.
Com respeito à fertilidade dos solos é bastante variada, com certa predomin ância de m édia para alta.
O restante de sua área (cerca de 65%) est á inserida na unidade geoambiental da Depressão
Sertaneja, que se trata de uma paisagem típica do semi- árido nordestino, caracterizada por uma
superfície de pediplana ção bastante mon ótona, relevo predominantemente suave-ondulado, e
cortada por vales, com vertentes dissecadas. Eleva ções residuais, cristas e/ou outeiros pontuam a
linha do horizonte. Esses relevos isolados testemunham os ciclos intensos de erosão que atingiram
grande parte do sert ão nordestino.
A área do município é recortada por rios perenes, por ém de pequena vazão e o potencial de
água subterr ânea é baixo.
A vegeta ção desta unidade é formada por Florestas Subcaducif ólica e Caducif ólica, pr óprias
das áreas agrestes.
O clima é do tipo Tropical Chuvoso, com ver ão seco. A estação chuvosa se inicia em
janeiro/fevereiro com t érmino em setembro, podendo se adiantar at é outubro.
Nos topos e vertentes dos vales ondulados baixos os solos s ão do tipo Podzólicos, bem
drenados; nos fundos de vales os solos s ão aluviais, mal drenados e nas cristas residuais ocorrem os
solos Lit ólicos, mal drenados.
4.4 Geologia
O município de Estrela de Alagoas encontra-se geologicamente inserido na Província
Borborema, abrangendo rochas do embasamento gnáissico-migmatítico, datadas do Arqueano ao
Paleoproteroz óico e a seq üência metam órfica oriunda de eventos tect ônicos ocorridos durante o
Meso e NeoProteroz óico. A Província est á aqui representada pelos lit ótipos dos complexos Cabrob ó,
Bel ém de S ão Francisco e Maranc ó, Suíte Itaporanga e Granit óides Indiscriminados (Figura 3).
O Complexo Cabrob ó-Unidade 2 (MPca2), situa-se nos quadrantes NE e NW do município,
sendo constituído por xistos, gnaisses, leucognaisses, metarc óseos, metagrauvacas e quartzitos.
O Complexo Bel ém de S ão Francisco (MP3bf), aflora a NE, SE, SW e NW da área, sendo
representado por leuco-ortognaisses tonalítico-granodioríticos migmatizados e enclaves de
supracrustais.
O Complexo Maranc ó-Unidade 1(MP3mr1), ocorre nos quadrantes SE e SW da área, formado
por xistos, gnaisses, metagrauvacas, metavulcanocl ásticas e metam áficas e metaultram áficas.
A Suíte Intrusiva Itaporanga, calcialcalina de m édio a alto pot ássio (NP3γ2cm), aflora no
extremo NE da área, englobando granitos e granodioritos associados a dioritos.
Os Granit óides Indiscriminados (MPgi), ocorrem ao sul do município.
4
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Estrela de Alagoas
Estado de Alagoas
N
PERNA MBUCO
o
9 18´
o
9 18´
MPca2
M in ador do Negrão
NP3 γ 2cm
MP3bf
Estrela de Alagoas
MP3m1
MPγi
Igaci
2
ESCALA GRÁFICA
0
2
4 Km
CONVENÇÕES GEOLÓGICAS
UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS
UNIDADES ESTRUTURAIS
Contato geológico
Suíte alcalina de méd io a a lto potás sio Itaporanga (cm): granito e
NP3 γ2cm granodiorito porfirítico associado a diorito
MP γ i
MP3mr1
Corpo Granitóides Ind is criminad os: Metagranito, m etagranodiorito,
metamon zodiorito.
Comp le xo Marancó (mr1): xisto, gnaisse, metagra uvaca, metavulcanoclástica, metamafica/m etaultramáfica (1007 a 1047 M a Upb)
Falha o u Zona d e Cisalhame nto C ontra ciona l
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
Sed e M unicipal
Rodovias
MP3bf
Lim ite s Intermun icipais
Rios e ria cho s
MPca2
Figura 3 – Mapa Geol ógico
5. RECURSOS HÍDRICOS
5.1 - Águas Superficiais
O município de Estrela de Alagoas encontra-se inserido na bacia hidrogr áfica do Rio S ão
Francisco, sendo banhado pela sub-bacia do Rio Traipu, que limita o município a SW, e cujos
principais tribut ários s ão o Riacho do Boi, na porção centro-leste e o Rio Doce, na porção S do
município. O padr ão de drenagem é do tipo dendrítico.
5
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Estrela de Alagoas
Estado de Alagoas
5.2 - Águas Subterrâneas
5.2.1 – Domínios Hidrogeol ógicos
A área do município em estudo est á inserida no Domínio Hidrogeol ógico Fissural: Subdomínio
Rochas Metam órficas: caracterizado por rochas do embasamento cristalino regionalmente
representadas por granulitos do Grupo Girau do Ponciano e pelos complexos gnaíssico-migmatítico e
migmatítico granítico (Arqueano), rochas vulcano-sedimentares, compostas por quartzitos, micaxistos,
gnaissese metavulc ânicas diversas do Grupo Macururé e ortognaisses (Proteroz óico). Figura 4.
Figura 4 – Domínios Hidrogeol ógicos
6. DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS
O levantamento realizado no município registrou a presen ça de 42 pontos d’ água, todos poços
tubulares.
Com rela ção a propriedade do terreno onde est ão localizados os pontos d’ água cadastrados,
podemos ter: terrenos p úblicos, quando o mesmo for de serventia p ública e; particulares, quando for
de uso privado. Conforme ilustrado na figura 5.1, existem 37 pontos d’ água em terreno p úblico e 05
em terreno particular.
6
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Estrela de Alagoas
Estado de Alagoas
Particular
12%
Público
88%
Particular
Público
Figura 5.1 – Natureza da propriedade dos terrenos onde existem po ços tubulares.
Quanto ao tipo de abastecimento a que se destina o uso da água, os pontos cadastrados foram
classificados em: comunit ários, quando atendem a várias famílias e particulares, quando atendem
apenas ao seu propriet ário. A figura 5.2 mostra que 24 pontos d’ água destinam-se ao atendimento
comunitário, 01 ponto d’ água destina-se a uso particular e em 17 pontos a finalidade do
abastecimento n ão foi definida.
Tipo do Abastecimento
2%
40%
Não definido
Comunitário
Particular
58%
Figura 5.2 – Finalidade do abastecimento dos po ços.
Quatro situa ções distintas foram identificadas na data da visita de campo: poços em opera ção,
paralisados, n ão instalados e abandonados. Os poços em operação s ão aqueles que funcionavam
normalmente. Os paralisados estavam sem funcionar temporariamente devido a problemas
relacionados à manutenção ou quebra de equipamentos. Os n ão instalados representam aqueles
po ços que foram perfurados, tiveram um resultado positivo, mas n ão foram ainda equipados com
sistemas de bombeamento e distribuição. E por fim, os abandonados, que incluem po ços secos e
po ços obstruídos, representam os po ços que n ão apresentam possibilidade de produ ção.
7
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Estrela de Alagoas
Estado de Alagoas
A situa ção dessas obras, levando-se em conta seu car áter p úblico ou particular, é apresentada
em n úmeros absolutos no quadro 5.1 e em termos percentuais na figura 5.3.
Quadro 5.1 – Situa ção dos po ços cadastrados conforme a finalidade do uso
Natureza do Po ço Abandonado Em Opera ção
Não Instalado
Paralisado
Comunit ário
15
9
Particular
1
Indefinido
5
11
1
Total
5
15
11
11
Abandonado
12%
Paralisado
26%
Em
Operação
36%
Não
Instalado
26%
Abandonado
Não Instalado
Em Operação
Paralisado
Figura 5.3 – Situa ção dos po ços cadastrados em percentagem
Em rela ção ao uso da água, dos pontos cadastrados, 09 s ão destinados exclusivamente ao uso
dom éstico prim ário ( água de consumo humano para beber)(21,40%); 01 é utilizado para uso
dom éstico prim ário e secund ário ( água de consumo humano para beber e uso geral) (2,40%); 10 s ão
usados para dessedenta ção animal (23,80%), 03 s ão destinados ao consumo dom éstico prim ário e
dessedenta ção animal (7,10%), 03 para consumo prim ário, secund ário e dessedentação animal
(7,10%), 02 para consumo dom éstico secund ário e dessedenta ção animal (4,80%), 01 apenas para
uso dom éstico secund ário (2,40%) e 12 encontram-se sem uso (28,60%), sendo 05 abandonados
(secos ou obstruídos), 06 n ão instalados e 01 paralisado para uso estrat égico, conforme mostra a
figura 5.4.
Doméstico
Secundário
19%
Animal
44%
Doméstico
Primário
37%
Animal
Doméstico Primário
Doméstico Secundário
Figura 5.4 – Uso da água
8
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Estrela de Alagoas
Estado de Alagoas
A figura 5.5 mostra a rela ção entre os po ços tubulares atualmente em opera ção e os po ços
passíveis de entrarem em funcionamento (paralisados e n ão instalados). Verifica-se que 02 poços
particulares encontram-se n ão instalados ou paralisados e nenhum est á em opera ção. Com rela ção
aos poços tubulares p úblicos, 09 po ços encontram-se n ão instalados e 10 paralisados, podendo
entretanto vir a operar, somando suas descargas àquelas dos po ços que est ão em uso.
20
15
10
5
0
Em Operação
Paralisado/Não Instalado
Particular
0
3
Público
15
19
Figura 5.5 – Rela ção entre po ços em uso e desativados
Com rela ção à fonte de energia utilizada nos sistemas de bombeamento dos po ços, a figura
5.6 mostra que dentre os poços particulares, apenas 01 utiliza energia el étrica monof ásica e n ão
existem outras fontes de energia alternativa. Quanto aos poços p úblicos, 06 operam com energia
el étrica monof ásica e 13 com energia el étrica trif ásica. Apenas 02 utilizam outras fontes de energia,
sendo 01 com energia e ólica e 01 com energia solar.
20
15
10
5
0
Com Energia
Outras Fontes
Particular
1
0
Público
19
2
Figura 5.6 – Tipo de energia utilizada no bombeamento d’ água
6.1 – Aspectos Qualitativos
Com relação a qualidade das águas dos pontos cadastrados, foram realizadas in loco medidas
de condutividade el étrica, que é a capacidade de uma subst ância conduzir a corrente el étrica estando
diretamente ligada com o teor de sais dissolvidos sob a forma de íons.
Na maioria das águas subterr âneas naturais, a condutividade el étrica multiplicada por um fator,
que varia entre 0,55 a 0,75, gera uma boa estimativa dos s ólidos totais dissolvidos (STD) na água.
Para as águas subterr âneas analisadas, a condutividade el étrica multiplicada pelo fator 0,65 fornece
o teor de s ólidos dissolvidos.
9
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Estrela de Alagoas
Estado de Alagoas
o
Conforme a Portaria n 1.469/FUNASA, que estabelece os padr ões de potabilidade da água
para consumo humano, o valor m áximo permitido para os s ólidos dissolvidos (STD) é 1000 mg/l.
Teores elevados deste par âmetro indicam que a água tem sabor desagrad ável, podendo causar
problemas digestivos, principalmente nas crian ças, e danifica as redes de distribui ção.
Para efeito de classifica ção das águas dos pontos cadastrados no município, foram
considerados os seguintes intervalos de STD (S ólidos Totais Dissolvidos):
0
501
a 500 mg/l água doce
a 1.500 mg/l água salobra
> 1.500 mg/l água salgada
Foram coletadas e analisadas amostras de água de 08 po ços tubulares. Os resultados das
an álises mostraram valores oscilando de 1058,20 e 14755,00 mg/l., com valor m édio de 9147,78 mg/l.
Observando o quadro 5.2 e a figura 6, que ilustra a classifica ção das águas subterr âneas no
município, verifica-se a predomin ância de água salgada em 87,50% dos po ços analisados.
Quadro 5.2 – Qualidade das águas subterr âneas no município conforme a situa ção do po ço
Qualidade da água
Em Uso
Não Instalado
Paralisado
Salobra
1
Salina
3
1
3
Total
3
2
3
Salobra
13%
Salina
87%
Salobra
Salina
Figura 6 – Qualidade das águas subterr âneas do município.
10
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Estrela de Alagoas
Estado de Alagoas
7. CONCLUS ÕES E RECOMENDA ÇÕES
A an álise dos dados referentes ao cadastramento de pontos d’ água executado no município
permitiu estabelecer as seguintes conclus ões e recomenda ções:
• Dos 42 pontos d’ água cadastrados, apenas 15 (35,70%) encontram-se em opera ção e 05
(11,90%) foram descartados (abandonados) por estarem secos ou obstruídos. Dos 22 pontos
restantes (52,40%), 11 encontram-se n ão instalados, sendo 01 por raz ões indefinidas e 10
por falta de energia el étrica e 11 paralisados, 10 por problemas com o equipamento e 01 para
uso estrat égico. Estes po ços representam uma reserva potencial, que pode vir a refor çar o
abastecimento no município se, ap ós uma an álise t écnica apurada, forem considerados aptos
à recuperação e/ou instala ção. Cabe à administra ção municipal promover ou articular o
processo de an álise desses po ços, podendo aumentar substancialmente a oferta hídrica no
município.
• Apesar de todos os pontos d’ água que tiveram amostras analisadas apresentarem águas
salobras (11,10%) ou salgadas (88,90%), por se encontrarem dentro do domínio fissural,
existem no município 08 dessalinizadores (19,00% do total de po ços), dos quais 01
encontrava-se abandonado, 01 em fase de instala ção, 04 paralisados e apenas 02 em
operação normal, todos em po ços p úblicos, evidenciando a necessidade de uma urgente
interven ção do poder p úblico, principalmente no que concerne aos po ços comunit ários,
visando a instalação e a recupera ção dos dessalinizadores, para melhoria da qualidade da
água oferecida à popula ção e redu ção dos riscos à saúde existentes.
• Po ços paralisados ou n ão instalados em virtude da alta salinidade e que possam ter uso
o
comunit ário, tamb ém devem ser analisados em detalhe (vaz ão, an álise físico-química, n de
famílias atendidas, etc) para verifica ção da viabilidade da instala ção de equipamentos de
dessaliniza ção;
• Com rela ção ao ítem anterior, deve ser analisada a possibilidade de treinamento de
moradores das proximidades dos po ços, para manuten ção de bombas e dessalinizadores em
caso de pequenos defeitos, ou ainda, para serem os responsáveis por fazer a comunica ção à
Prefeitura Municipal, em caso de problemas mais graves, para que sejam tomadas ou
articuladas as medidas cabíveis.
• Importante chamar a aten ção para o lan çamento inadequado dos rejeitos dos
dessalinizadores (geralmente direto ao solo). É necess ário que as prefeituras se empenhem
no sentido de dotar os po ços equipados com dessalinizadores, de um recept áculo adequado,
evitando a polui ção do aq üífero e a saliniza ção do solo.
• Todos os po ços deveriam sofrer manuten ção peri ódica para assegurar o seu pleno
funcionamento, principalmente em tempos de estiagem prolongada; por manuten ção
peri ódica entende-se um período, no mínimo anual, para retirada do equipamento do po ço e
sua manuten ção e limpeza, al ém de limpeza do po ço como um todo, possibilitando a
recupera ção ou manuten ção das suas vaz ões originais.
• Para assegurar a boa qualidade da água, do ponto de vista bacteriol ógico, devem ser
implantadas em todos os po ços ativos e paralisados, passíveis de recupera ção, medidas de
proteção sanit ária tais como: selo sanit ário, tampa de proteção, limpeza permanente do
terreno, cerca de proteção, etc. O que pode ser articulado entre a Prefeitura Municipal e a
pr ópria popula ção benefici ária do po ço. Quanto aos poços abandonados, devem ser tomadas
medidas de conten ção, como a coloca ção de tampas soldadas ou aparafusadas, visando
evitar a contamina ção do lençol fre ático por queda acidental de pequenos animais e
introdu ção de corpos estranhos, especialmente por crian ças, fato muito comum nas áreas
visitadas.
11
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Estrela de Alagoas
Estado de Alagoas
8. REFER ÊNCIAS BIBLIOGR ÁFICAS
ANU ÁRIO MINERAL BRASILEIRO, 2000. Brasília: DNPM, v.29, 2000. 401p.
BRASIL. MINIST ÉRIO DAS MINAS E ENERGIA. Secretaria de Minas e Metalurgia; CPRM – Servi ço
Geol ógico do Brasil [CD ROM] Geologia, tect ônica e recursos minerais do Brasil, Sistema de
Informa ções Geográficas SIG. Mapas na escala 1:2.500.000. Brasília: CPRM, 2001. Disponível
em 04 CD’s
FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Geografia do
Brasil. Regi ão Nordeste. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. Disponível em 1 CD
FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Mapas Base dos
municípios do Estado de Alagoas. Escalas variadas. In édito.
LEAL, Jos é Menezes Invent ário hidrogeol ógico do Nordeste. Folha nº 20
SUDENE, 1970. 150p.
Aracaj ú NE. Recife:
RODRIGUES E SILVA, Fernando Barreto; SANTOS, José Carlos Pereira dos; SILVA, Ademar Barros
da et al [CD ROM] Zoneamento Agroecol ógico do Nordeste do Brasil: diagn óstico e
progn óstico. Recife: Embrapa Solos. Petrolina: Semi-Árido, 2000. Disponível em 1 CD
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Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Estrela de Alagoas
Estado de Alagoas
ANEXO 1
PLANILHA DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO
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Diagnóstico do Municí pio de Estrela de Alagoas
Estado de Alagoas
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Estrala de Alagoas – Estado de Alagoas
C ÓDI GO
PO ÇO
CU403
CU820
CU821
CU822
CU829
CU830
CU831
CU832
CU833
CU834
CU835
CU836
CU837
CU838
CU839
CU840
CU841
CU842
CU843
CU845
CU846
CU847
CU848
CU849
CU850
CU851
CU852
CU853
CU854
CU855
CU856
CU857
CU858
CU859
LOCALIDADE
Xexéu
Povoado Santa Cruz
Povoado Serra do Bernardino
Povoado Renascença
Povoado Lagoa do Exu
Sitio Pedra Vermelha
Sitio Preguiça
Sitio Preguiça
Povoado Gameleira
Sitio Lagoa Grande
Povoado Renascença
Povoado Renascença
Sitio Areia Branca
Sitio Barriguda
Sitio Lagoa
Sitio Lagoa do Mato
Sitio Lagoa do Mato
Sitio Pe de Serra
Povoado Empoeirais
Povoado Lagoa da Serra
Povoado Lagoa da Serra
Povoado Gameleira II
Sitio Itapecuru
Povoado Lagoa da Coroa
Povoado Lag. daAreia do Siriaco
Povoado Lag. daAreia do Siriaco
Povoado Lag. daAreia do Siriaco
Povoado Pilões
Povoado Pilões
Povoado Jurema
Sitio Logradouro da Vassoura
Povoado Lajeiro do Nicaceos
Povoado Lajeiro do Nicaceos
Povoado Xexéu de Cima
LATITUDE
S
LONGITUDE
W
PONTO DE
ÁGUA
NATUREZA DO
TERRENO
092319,4
092344,1
092439,7
092553,9
092554,2
092721,7
092726,9
092720,0
092439,5
092428,9
092558,3
092559,7
092631,5
092454,5
092416,7
092416,8
092416,7
092638,7
092630,0
092802,2
092758,5
092518,8
092849,7
092832,5
092753,1
092801,7
092800,2
092053,3
092053,0
091924,3
092155,5
092107,6
092046,0
092304,4
364309,0
364833,9
364756,2
364821,6
364320,3
364419,1
364440,0
364456,6
364415,6
364433,0
364825,4
364821,0
364831,1
364622,5
364550,5
364550,4
364550,7
364715,0
364626,7
364549,3
364552,7
364446,1
364357,0
364439,0
364441,8
364429,0
364420,0
364402,9
364402,1
364313,7
364515,7
364642,9
364703,2
364401,5
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Particular
Particular
Particular
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
PROF.
(m)
VAZ ÃO
(L/h)
SITUA ÇÃO DO
PO ÇO
EQUIPAMENTO DE
BOMBEAMENTO
Abandonado
Em Operação
Em Operação
Abandonado
Em Operação
Em Operação
Paralisado
Paralisado
Em Operação
Não Instalado
Não Instalado
Abandonado
Não Instalado
Paralisado
Abandonado
Não Instalado
Em Operação
Em Operação
Em Operação
Não Instalado
Paralisado
Paralisado
Não Instalado
Em Operação
Não Instalado
Em Operação
Em Operação
Paralisado
Não Instalado
Não Instalado
Em Operação
Não Instalado
Paralisado
Paralisado
Não Equipado
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Não Equipado
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Não Equipado
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Não Equipado
Não Equipado
Bomba Submersa
Cata-vento
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Não Equipado
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Não Equipado
Bomba Submersa
Não Equipado
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Não Equipado
Bomba Submersa
Não Equipado
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
FONTE DE
ENERGIA
FINALIDADE
DO USO
STD (mg/L)
Monofásica
Monofásica
Trifásica
Monofásica
Monofásica
Monofásica
14755,00
6812,00
10517,00
Comunitário
Monofásica
Eólica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Comunitário
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Comunitário
Comunitário
Comunitário
Comunitário
Comunitário
Comunitário
Comunitário
Comunitário
Comunitário
14365,00
5889,00
1058,20
10868,00
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Estrela de Alagoas
Estado de Alagoas
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Estrela de Alagoas – Estado de Alagoas
C ÓDI GO
PO ÇO
LOCALIDADE
LATITUDE
S
LONGITUDE
W
PONTO DE
ÁGUA
NATUREZA DO
TERRENO
CU860
CU861
CU862
CU863
CU864
CV101
CV102
CV304
Sitio Lagoa do Porcos
Lagoa da Areia do Marianos
Sitio Lag. da Areia do Marianos
Sitio Timbaúba
Sitio Casinhas
Povoado Caraí bas Dantas
Caraí bas Dantas
Fazenda São João
092211,5
092134,0
092145,7
091859,1
092636,7
092620,2
092622,5
092329,4
364409,3
364337,3
364313,7
364554,6
364421,2
364302,5
364306,9
364732,1
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Particular
Publico
Particular
PROF.
(m)
VAZ ÃO
(L/h)
SITUA ÇÃO DO
PO ÇO
EQUIPAMENTO DE
BOMBEAMENTO
FONTE DE
ENERGIA
Paralisado
Paralisado
Não Instalado
Em Operação
Em Operação
Paralisado
Em Operação
Abandonado
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Não Equipado
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Solar
Trifásica
Monofásica
Trifásica
FINALIDADE
DO USO
STD
(mg/L)
8918,00
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Estado de Alagoas
ANEXO 2
MAPA DE PONTOS D’ Á GUA
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