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Fundação Medtronic
HealthRise Brasil
Abordagens e Atividades do
Projeto
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1. Abordagens e Atividades para o HealthRise Brasil
As propostas devem considerar a integração de duas ou mais das seguintes abordagens, que têm como
alvo as pessoas que foram diagnosticadas com diabetes e/ou doença cardiovascular e/ou que estão em
risco de desenvolver essas condições (conhecendo ou não sua condição de saúde). As atividades
devem concentrar-se no nível primário de cuidados com referências adequadas para os níveis
secundário e terciário. Quando possível, as intervenções deverão integrar ou fortalecer iniciativas
existentes e investimentos em intervenções comunitárias com foco em doenças não transmissíveis e
outras áreas da saúde, conforme apropriado e possível.
 Abordagem 1: Modelos que melhoram comportamentos de busca de cuidados à saúde
entre populações carentes devem ter como foco o envolvimento e empoderamento dos
pacientes de suas comunidades alvo: intensificar o comportamento de busca e de adesão a
tratamentos para controle de diabetes e/ou DCV. A partir do empoderamento de pacientes e
redução de barreiras aos cuidados à saúde. Promover o cuidado centrado no paciente em toda a
linha de cuidados, incluindo atenção primária, atenção especializada, em hospitais-dia, hospitais
e cuidados no domicílio.
 Abordagem 2: Modelos que melhoram a capacidade e a efetividade dos profissionais da
área da saúde: melhorar a capacidade e a eficiência dos profissionais de saúde, especialmente
ACS e outros provedores que atuam em pontos de entrada no sistema para cuidados à saúde
(por exemplo: enfermeiros, médicos, conselheiros, nutricionistas e farmacêuticos), para que
alcancem, envolvam e acompanhem pessoas que vivem com DCV ou diabetes em áreas
urbanas e rurais em cada uma das regiões de saúde priorizadas.
 Abordagem 3: Modelos que constroem evidências para o avanço da defesa e das políticas
que promovem o aumento do acesso a cuidados integrados entre as populações carentes
de serviços e desfavorecidas: promover políticas que estimulem e incorporem mudanças
sustentáveis que colaborem para o aumento do acesso a cuidados integrados e coordenação do
cuidado e tratamento de diabetes e DCV.
Veja mais detalhes sobre cada uma das abordagens a seguir.
1.1. Abordagem 1: Mudança de comportamento
Modelos que melhoram comportamentos de busca de cuidados à saúde entre populações
carentes devem ter como foco o envolvimento e empoderamento dos pacientes de suas
comunidades alvo: o reforço de comportamentos positivos de busca de cuidados à saúde, tais
como a procura por cuidados médicos e a auto-gestão, tem como base diversos fatores, incluindo a
promoção de literacia em saúde e desenvolvimento de competências, bem como o enfrentamento
de barreiras, tais como longos tempos de espera para cuidados, restrições físicas e financeiras. Os
candidatos devem propor projetos de demonstração que incluam populações carentes, sem
necessariamente se restringirem a esse enfoque, podendo, portanto, incluir indivíduos e famílias
com recursos limitados e pessoas que têm outras doenças/condições que os colocam em alto risco
para DCV e diabetes, e/ou outras condições definidas pelos candidatos em seus projetos.
Será dada prioridade às intervenções propostas que:
 Abordem condições coexistentes (mais de uma condição e/ou múltiplos fatores e/ou
comportamentos de risco).
 Integram-se com cuidados na atenção primária.
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 Motivam os membros da comunidade a procurar os serviços de saúde para o rastreio,
diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares e diabetes e outras possíveis condições
coexistentes.
 Assegurem que doentes (envolvimento do paciente) com diabetes e doenças cardiovasculares
tenham voz e sejam parte da intervenção (por exemplo, que promovam a criação de grupos de
apoio para diabetes e doenças cardiovasculares).
 Reforcem a compreensão do paciente sobre sua condição, envolvendo-os em seus planos de
tratamento.
 Promovam adesão à medicação, auto monitoramento e habilidades de auto-gestão.
 Abordem barreiras financeiras que impedem o acesso a serviços de diagnóstico e tratamento
eficientes.
 Envolvam as comunidades usando abordagens geradoras de mudança de comportamento que
sejam apropriadas culturalmente, respeitando as características de comunicação de acordo com
o gênero.
 Garantam o acesso a todos os pontos da linha de cuidados.
 Envolvam partes interessadas dos diversos setores para construir parcerias, promover
sustentabilidade, integração e inovação.
 Integrem e / ou alavanquem intervenções já existentes em outras áreas da saúde.
 Integrem a prestação de cuidados ao nível da comunidade onde pacientes vivem tanto em áreas
urbanas quanto rurais.
 Envolvam a família no plano de cuidados e tratamento do paciente.
 Desenvolvam redes de apoio na comunidade, incluindo rodas de contação de histórias e outras
técnicas.
Atividades a serem financiadas podem incluir, mas não estão limitados a: sessões de
aconselhamento (individuais ou grupo de apoio a mudanças de comportamento); desenho de
currículo para educação de paciente ou de prestador e implementação; concepção e utilização de
Informação, Educação e Comunicação, mídia social e novas tecnologias para melhorar
comunicação de paciente/provedor ou o acesso do paciente à informação; campanhas de educação
de base comunitária que promovam comportamento de busca de cuidados à saúde e redução de
estigma e/ou focam em partes da comunidade, conhecidas por terem elevada carga de diabetes,
doenças cardiovasculares, e comorbidades; grupos de apoio para pacientes e familiares; expansão
do alcance e avanço de grupos/lideranças existentes nas comunidades, incluindo organizações de
base religiosa; e criação de grupos de apoio à comunidade.
Resultados de interesse relacionados a essa abordagem podem incluir, mas não estão limitados a:
aumento do número de visitas às unidades de saúde; aumento da consciência e do conhecimento
de pacientes e familiares sobre diabetes, colesterol alto, hipertensão, doenças cardiovasculares e
risco de comorbidades; melhora nas atitudes de pacientes e das famílias em relação a diabetes,
colesterol alto, hipertensão, doenças cardiovasculares e comorbidades; redução de estigma.
Resultados intermediários de interesse relacionados a essa abordagem podem incluir, mas não
estão limitados a: aumento da satisfação do paciente com os serviços de saúde; aumento da
utilização dos serviços; aumento na proporção de pessoas em risco para o diabetes ou DCV, e
comorbidades que são rastreadas e diagnosticadas; aumento das taxas de adesão ao tratamento;
aumento na proporção de doentes que atingem suas metas clínicas e de tratamento e melhoram a
competência para auto-gestão.
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1.2. Abordagem 2: Capacidade e efetividade de profissionais
Modelos que melhoram a capacidade dos trabalhadores de saúde e eficácia. Estes modelos
devem visar categorias específicas de profissionais/prestadores de cuidados à saúde,
especialmente ACS, para reforçar seu papel no diagnóstico das doenças, redução de barreiras ao
tratamento, e retenção dos pacientes em tratamento, para promover melhoria na gestão do cuidado
de doenças cardiovasculares e diabetes entre os pacientes atendidos.
Será dada prioridade às propostas com intervenções que:
 Buscam melhorar a comunicação entre prestador e pacientes e fortalecer os mecanismos de
referência e contra referência.
 Objetivam reorientar a composição do quadro de pessoal e de habilidades profissionais para o
papel específico dos ACS, a fim de complementar e reforçar o papel desses profissionais na
equipe de saúde. Essa reorientação deve incluir uma definição clara dos papéis dos ACS,
formação adequada, supervisão e apoio contínuos para garantir que sejam atendidas as
expectativas com relação a detecção, gestão e cuidado de DCV e de diabetes.
 Aumentam a capacitação de profissionais de saúde no rastreamento e coordenação do cuidado
de DCNT e seu monitoramento.
 Encorajam a intensificação de estratégias para o diagnóstico e a coordenação do cuidado de
DCNT.
 Melhoram a comunicações entre os ACS e as unidades de saúde para fornecer atenção
integrada, coordenada e multidisciplinar, centrada no paciente.
 Abordam a insuficiência de profissionais e o excesso de pacientes, que podem impedir novos
pacientes de receber apoio e cuidados e de aderir ao tratamento, por meio de maior
envolvimento dos ACS.
 Melhoram atitude e conhecimento de profissionais de saúde sobre as boas práticas em saúde.
 Melhoram o monitoramento, a coordenação dos cuidados e o suporte ao paciente.
 Certificam-se que as contribuições recebidas dos profissionais de saúde façam parte das
intervenções.
 Integram e fortalecem iniciativas e investimentos em intervenções comunitárias existentes que
focam em outras doenças.
 Complementam iniciativas do governo, tais como melhorar a comunicação entre os profissionais
da atenção básica e equipe de especialista por meio de telessaúde ou melhorar a troca de
informações por meio eletrônico ao longo das linhas de cuidado.
 Promovem a integração de sistemas eletrônicos existentes.
Atividades a serem financiadas podem incluir, mas não estão limitados a: capacitação de uma rede
de profissionais de saúde; desenvolvimento e implementação de currículo para formação
profissional; desenvolvimento e teste de modelos para melhorar conhecimentos, atitudes e práticas
de profissionais de saúde; diretrizes e protocolos para oferecer cuidados holísticos para pessoas
com múltiplas doenças; desenvolvimento e adesão a protocolos clínicos; definição de projeto
terapêutico singular para cada paciente de alto risco; supervisão de apoio e/ou outros mecanismos
para melhorar a capacidade em termos de recursos humanos; testes de modelos de cuidado com
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base na comunidade; expansão de papéis das equipes existentes; uso criativo das mídias de
comunicação social; uso criativo de registros médicos eletrônicos e sistemas de gestão de
informação em saúde para melhorar a troca de informações em encaminhamentos de pacientes,
acompanhamento e tratamento; e a concepção e utilização de novas tecnologias para melhorar a
comunicação entre os prestadores de serviços de saúde e ou para melhorar a comunicação entre
provedor e paciente.
Resultados de interesse relacionados a esta abordagem podem incluir, mas não estão limitados a:
guias, protocolos e manuais para treinamento concluídos; número de profissionais treinados;
melhora da supervisão de profissionais de saúde; maior conhecimento e melhores atitudes em
relação ao diagnóstico e coordenação de cuidados das DCNT; adesão dos profissionais de saúde
às diretrizes e protocolos de melhores práticas disponíveis; e aumento da proporção de pessoas em
risco para o diabetes, colesterol alto, hipertensão, doenças cardiovasculares e comorbidades que
são rastreadas e diagnosticadas.
Resultados intermediários de interesse relacionados com esta abordagem podem incluir, mas não
estão limitados a: aumento da proporção das pessoas com rastreamento positivo para diabetes,
colesterol alto, hipertensão, doenças cardiovasculares e comorbidades que acessam as unidades
de saúde para o diagnóstico, cuidados e tratamento; e aumento da proporção de pacientes que
atingem suas metas clínicas e de tratamento.
1.3. Abordagem 3: Evidências para defesa e construção de políticas de saúde.
Modelos que constroem evidências para a defesa e o avanço de políticas de saúde que
objetivam o aumento do acesso a cuidados integrados nas populações carentes de serviços
e desfavorecidas. Estes modelos devem apoiar o trabalho de grupos ou coalisões comunitárias de
defesa e promoção de avanço das políticas de saúde, que possam contribuir para apoio e regulação
de estratégias efetivas evidenciadas a partir de ações com Abordagem 1 ou 2, que mostram
evidência de potencial para escalabilidade. Atividades que seguem esse modelo devem incorporar
as perspectivas e preocupações dos pacientes, bem como aquelas dos profissionais de saúde de
forma significativa. Prestação de contas pelas partes interessadas também deve ser uma área de
foco.
Será dada prioridade à proposta de intervenções que:
 Complementarem iniciativas do governo, tais como melhorar a comunicação entre os
profissionais da atenção básica e equipe de especialista por meio de telessaúde ou melhorar a
troca de informações por meio eletrônico ao longo das linhas de cuidado.
 Promoverem a integração de sistemas existentes.
 Integrarem serviços de prevenção, cuidados e controle de DCNT ao sistema de saúde pública
e/ou privada.
 Estabelecerem parcerias multissetoriais com as partes interessadas, tais como o governo, o
setor privado e a sociedade civil, para reforçar a prevenção, tratamento e controle das DCNT.
 Fortalecerem intervenções e investimentos existente em outras áreas da saúde.
 Envolverem-se em abordagens de defesa e organizações que apresentam sucesso em outras
áreas da saúde.
 Envolverem-se na defesa de um fornecimento adequado de equipamentos e medicamentos
Atividades a serem financiadas podem incluir, mas não estão limitadas a: formação e capacitação
de pacientes para a defesa do acesso aos cuidados e abordagem direta das barreiras ao tratamento
e retenção dos cuidados; promover políticas que ampliem o papel do ACS na coordenação do
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cuidado de pessoas com DCNT; engajamento de outros setores da saúde e ministérios para
aumentar a alocação de recursos para as DCNT; desenvolvimento de políticas que abordem a
provisão irregular e quebra de estoque de medicamentos e equipamentos de monitorização e de
diagnóstico; estabelecimento de comitês de convergência de provedores e membros da
comunidade para análise e planificação conjunta; e conexão entre provedores públicos e privados
para ampliar o acesso ao cuidado.
Resultados de interesse relacionados com essa abordagem podem incluir, mas não estão limitados
a: sistemas/protocolos para agilizar e promover a equidade nos serviços de referência e contra
referência desenvolvidos e implementados; desenvolvimento de políticas que abordam
inconsistências no estoque de medicamentos e equipamentos diagnósticos e de monitorização
através de parcerias público-privadas.
Resultados intermediários de interesse relacionados com esta abordagem podem incluir, mas não
estão limitados a: melhorias na disponibilidade de medicamentos, pessoal médico e equipamentos
nas unidades de saúde e para a auto-gestão do cuidado por pacientes; redução na ocorrência de
desabastecimento.
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