Campanha reforça a importância da prevenção ao câncer de testículo

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Campanha reforça a importância da prevenção ao câncer de
testículo
Poucas pessoas sabem, mas abril é o mês de combate e prevenção ao câncer de testículo. Simbolizado pelo
laço lilás, o período é dedicado à conscientização dos homens acerca do tumor, que atinge principalmente
jovens em idade reprodutiva, entre os 15 e 50 anos. Segundo o Instituto Nacional de Combate ao Câncer
(INCA), mesmo sendo considerada rara, a doença representa 5% dos tipos de tumores que afetam os homens.
Segundo o urologista Filipe Tenório, do Hospital Santa Joana Recife, o fato de o câncer ter maior incidência
em pessoas jovens e sexualmente ativas possibilita a chance dele ser confundido ou mascarado por inflamações
dos testículos e/ou epidídimos, geralmente transmitidas através do sexo. Por isso, os homens devem estar
atentos aos sintomas. “Alteração no tamanho dos testículos, presença de nódulo ou caroço, sensação de peso,
sangue na urina, aumento ou sensibilidade dos mamilos e dores na virilha, na parte inferior do abdômen ou no
testículo são alguns sinais”, alerta o médico.
Ainda de acordo com o especialista, o desenvolvimento deste tipo de câncer está associado a lesões, histórico
familiar e a criptorquidia, que acontece quando os testículos estão posicionados fora da bolsa escrotal.
“Indivíduos com essas características possuem um risco 50 vezes maior de desenvolver câncer”, explica
Tenório. Outro grupo com maior incidência de câncer de testículo são os homens portadores de infertilidade.
Nesses casos, a presença do tumor pode ser a causa da diminuição da produção de espermatozoides.
A melhor forma de prevenção é o autoexame. O hábito, que deve ser mensal, pode identificar nódulos ou
endurecimento nos testículos ainda na fase inicial do problema. “Se outro sintoma aparecer é preciso consultar
um urologista. Ele deve solicitar um exame de sangue que vai confirmar ou não o diagnóstico”, afirma Dr.
Tenório, explicando que o câncer de testículo possui marcadores tumorais sanguíneos, como a alfa-feto
proteína e beta-HCG, que auxiliam a detecção da doença.
O tratamento adequado vai depender da evolução do tumor, variando entre cirurgia, radio ou quimioterapia.
Normalmente o tratamento é iniciado com cirurgia para retirar o testículo afetado e todas as células
cancerígenas. “Nesses casos de retirada do órgão é recomendado o congelamento do sêmen como uma forma
de precaução, pois a infertilidade pode atingir ou não o paciente”, explica Dr. Tenório. Já nos casos mais
desenvolvidos, pode ser necessário fazer radioterapia ou quimioterapia para eliminar as células tumorais
remanescentes. Quanto ao aspecto estético, o urologista esclarece que hoje são utilizadas próteses testiculares
de silicone quase imperceptíveis visualmente quando comparadas ao testículo normal.
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