Plasticidade cerebral e aprendizagem • Modificações nas redes neuronais em função das experiências vividas e do meio em que estamos inseridos. •Plasticidade porquê? 1﴿O cérebro é plástico no sentido das aprendizagens efetuadas deixarem marcas físicas nos neurónios, como por exemplo o desenvolvimento das dendrites – (experiência de Marian Diamond). 2) Plástico, no sentido em que áreas especializadas em dadas tarefas são capazes de desempenhar tarefas diferentes, em substituição de outras áreas que deixaram de as desempenhar por terem sido lesadas (função vicariante). Plasticidade cerebral e aprendizagem • Experiência laboratorial: • Marian Diamond através de experiências efetuadas em ratos concluiu que estes quando colocados em gaiolas onde eram estimulados com brinquedos, desenvolviam uma maior quantidade de dendrites do que ratos que viviam isolados e sem objectos que os incitassem a qualquer aprendizagem. • Concluindo, se o número de dendrites aumenta, resultante de processos de aprendizagem anteriores, a transmissão de informação pelos circuitos sinápticos é facilitada. Logo, quanto maior for a circulação de mensagens nas redes neuronais, maiores são as possibilidades de aprendizagem. • O cérebro humano é suscetível de maior ou menor desenvolvimento. Plasticidade cerebral e aprendizagem • Se à nascença o ser humano se apresenta com doses fortes de imaturidade, o seu cérebro potencia-lhe uma vasta gama de aprendizagens que lhe conferem plasticidade e maturação, ficando apto a desenvolver formas pessoais de agir, cujas consequências se repercutem na construção de si mesmo e nas transformações que provoca no mundo. Lentificação e individuação • O desenvolvimento do ser humano é o mais lento de todas as espécies, uma vez que demora muito tempo a atingir o pleno desenvolvimento, daí ter uma infância tão longa. • A lentidão do desenvolvimento do cérebro constitui uma vantagem na medida em que possibilita a influência do meio ao longo da vida, permite uma maior capacidade de aprendizagem e uma adaptação ao meio. É na prematuridade que reside a força criativa que torna o ser humano autónomo e singular. Lentificação e individuação Individuação Processo que conduz o indivíduo à construção da sua identidade. É a procura da particularidade e da singularidade. • O ser humano só pode ser aquilo que é porque nasceu no lugar e no tempo em que nasceu, porque tem dados progenitores, determinada fisiologia, e está a viver a única oportunidade de vida que tem. Não se deve pensar por haver zonas do cérebro com funções específicas: - Que essas zonas sejam compartimentos estanques, isto é, que funcionam todas independentemente umas das outras. - Que danificada uma determinada zona, a função que lhe está associada desaparece irremediavelmente. Função vicariante ou de suplência do cérebro Integração Uma função perdida devido a uma lesão numa dada área pode ser recuperada ao ser substituída a área cortical lesionada por outra, sobretudo uma área vizinha. Não se trata de uma regeneração de células nervosas, mas de uma substituição funcional. Uma mesma função exige, em muitos casos, a contribuição de diversas áreas Um cérebro Desempenha várias funções Interação de várias áreas e estruturas FIM