24/10/2012 Estresse Abiótico em Plantas Conceito de estresse: FISIOLOGIA VEGETAL Estresse abiótico em plantas É um fator externo que exerce uma influência desvantajosa sobre a planta Plantas sob estresse apresenta: • Redução no crescimento da planta (alterações morfológicas) • Alterações nas atividades fisiológicas e metabólicas Pombal – PB • Redução na produtividade das espécies Resposta das plantas ao estresse abiótico Tipos de estresse Dois tipos: • Estresses bióticos → Pragas Estresse reduz o rendimento das culturas culturas Rendimento Recorde (t) Rendimento médio (t) Perca estresse biótico (t) Perca estresse abiótico (t) Perca estresse abiótico (%) Milho 19,30 4,60 1,95 12,70 65,80 Batata 94,10 28,3 17,78 50,90 54,10 Trigo 14,50 1,88 0,73 11,90 82,10 Beterraba 121,00 42,6 17,10 61,30 50,70 Sorgo 20,10 2,83 1,05 16,20 80,60 → Doenças → Plantas daninhas • Estresses abióticos → Déficit hídrico → Salinidade do solo e da água → Temperaturas supra ótimas → Encharcamento (deficiência de O2) → Nutrientes e luz 1 24/10/2012 Resposta das plantas ao estresse abiótico Resposta das plantas ao estresse abiótico A resistência ao estresse pode ser agrupado em duas categorias: • Mecanismos de evitação: evita que a planta seja exposta ao estresse abiótico • Mecanismos de tolerância: permite com que a planta conviva com o estresse abiótico imposto Extremas 2 24/10/2012 Déficit hídrico e resistência a seca É todo conteúdo de água de um tecido ou célula que está abaixo do conteúdo de água mais alto exibido no estado de maior hidratação Efeito do déficit hídrico sobre a planta • Desbalanço nutricional: ↓ na absorção do K, Ca, N, P, entre outros • Redução no potencial hídrico • Redução na absorção de água do solo • Fechamento estomático • Redução na fixação do CO2 • Redução na fotossíntese • Redução no crescimento e na produção -2 -1 Condutância estomática (mol m s ) Estresse hídrico em mamona 1.8 Y = 1,99 [1-exp -0,014 X] (R2=0,9503) 1.7 1.6 1.5 1.4 1.3 1.2 1.1 60 80 100 120 140 Lâmina de irrigação (%) 3 24/10/2012 30 -1 Fotossíntese (µmol CO2 m s ) -2 -2 -1 Transpiração (mmol H 2O m s ) 12.0 11.5 11.0 10.5 10.0 Y = 11,66 [1-exp -0,032 X] (R2=0,8340) 9.5 Y = 27,70 [1-exp -0,04 X] (R2=0,8453) 29 28 27 26 25 24 9.0 60 60 80 100 120 80 140 100 120 140 Lâmina de irrigação (%) Lâmina de irrigação (%) Déficit hídrico e resistência a seca Déficit hídrico e resistência a seca • Estratégias de resistência a seca • Estratégias de resistência a seca → Redução na área foliar ♦ Redução no volume celular ♦ Diminuição na pressão de turgor ♦ Concentração de solutos na célula → Redução do número de folhas por planta Benefício: reduz a área foliar exposta ao ambiente (↓ transpiração) → Abscisão foliar ♦ Redução na síntese de auxina e citocinina ♦ Estímulo a produção de etileno Benefício: reduz a área foliar exposta ao ambiente (↓ transpiração) → Fechamento dos estômatos ♦ Hidropassivo: ativado por umidade relativa do ar baixa ♦ Hidroativo: redução da pressão de turgor nas células-guardas em virtude da redução no conteúdo de solutos estimulado ABA Benefício: reduz a perda de água para o ambiente (↓ transpiração) 4 24/10/2012 Déficit hídrico e resistência a seca • Estratégias de resistência a seca → Aprofundamento das raízes em direção ao solo úmido Déficit hídrico e resistência a seca • Estratégias de resistência a seca → Ajuste osmótico ♦ Redução na área foliar ♦ Redução no consumo de CO2 e energia na parte aérea ♦ Açúcares ♦ Maior translocação de assimilados para o sistema radicular ♦ Benefício: aumenta a capacidade de captação de água do solo → Ajuste osmótico ♦ Potencial hídrico da planta < potencial hídrico do solo (absorção de água pela planta) ♦ Tolerância a seca: ↓ potencial osmótico → ↓ potencial hídrico Como a planta reduz seu potencial osmótico-hídrico interno? totais Ácidos orgânicos ♦ Aminoácidos ♦ Íons inorgânicos (K+) ♦ Solutos compatíveis: prolina, sorbito, manitol e glicina betaína Benefício: a planta continua absorvendo água do solo por mais tempo 5 24/10/2012 Déficit hídrico e resistência a seca Salinidade do solo e da água • Estratégias de resistência a seca → Deposição de cêra na folha ♦ Cutícula torna-se mais espessa ♦ Redução da perda de água pela epiderme → Alteração na dissipação de calor ♦ Reduz a perda de calor por transpiração Áreas cultivadas no mundo: 20 % Áreas irrigadas: 50 % Causas da salinização: Homem (antropogênicas): manejo de fertilizantes manejo da irrigação água de má qualidade ♦ Perda de calor por convecção (pelo vento) Ambientais: baixa precipitação pluviométrica altas temperaturas alta demanda evaporativa Efeito da salinidade sobre a planta • Desbalanço nutricional (K+ e Ca2+ → Na+) (NO3- e H2PO4- → Cl-) • Toxidez por íons: Cl- e Na+ • Efeito osmótico → Redução no potencial osmótico – hídrico → Redução na absorção de água do solo → Fechamento estomático → Redução na fixação do CO2 → Redução na fotossíntese → Redução no crescimento e na produção 6 24/10/2012 1.8 -2 -1 Condutância estomática (mol m s ) Estresse salino em melancia Y = 1,50 - 0,095 X (R2 = 0,71) 1.6 1.4 1.2 1.0 0.8 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 -1 Níveis de salinidade (dS m ) 34 -1 Fotossíntese (µmol CO2 m s ) -2 -2 -1 Transpiração (mmol H2O m s ) 12.0 11.5 11.0 10.5 10.0 Y = 11,73 - 0,16 X - 0,04 X2 (R2 = 0,84) 9.5 34 Y = 33,39 - 0,29 X (R2 = 0,92) 33 33 32 32 31 9.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 Níveis de salinidade (dS m-1) 4.0 4.5 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 Níveis de salinidade (dS m-1) 7 24/10/2012 Estresse causado por temperaturas extremas • Estresse por altas temperaturas -1 Produção comercial (Mg ha ) 80 Y=82,89-7,85 (R2=0,96) 75 ♦ → Reemissão da radiação solar 65 → Perda de calor por ação do vento 60 ♦ Plantas C3 e C4: 40 a 45ºC ♦ Em plantas C3 altas temperaturas são mais prejudiciais: → Reduz a temperatura através da transpiração 55 50 fotorrespiração 45 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 -1 Níveis de salinidade (dS m ) ♦ Estresse causado por temperaturas extremas Efeitos causados por altas temperatura ♦ Plantas CAM: 60 a 65ºC 70 Redução da fotossíntese e respiração Plantas C4 e CAM: não apresentam fotorrespiração detectável Estresse causado por temperaturas extremas Efeitos causados por baixas temperatura ♦ Redução na fotossíntese e respiração → RS: consome carboidratos ♦ Redução na absorção de água e nutrientes → Ponto de compensação: temperatura na qual o que é produzi- ♦ Redução na translocação de fotoassimilados ♦ Desnaturação de proteínas e perda da atividade enzimática → FS: produz carboidratos do pela fotossíntese é consumido pela respiração ♦ Redução na estabilidade das membranas celulares → Causam perdas de íons ♦ Desnaturação de proteínas e perda da atividade enzimática ♦ Redução ♦ Amarelecimento ♦ e senescência foliar Redução no crescimento e rendimento das plantas no crescimento e rendimento da planta 8 24/10/2012 Estresse causado por deficiência de oxigênio Estresse causado por deficiência de oxigênio Efeitos causados por falta de oxigênio ♦ Inibição da respiração ♦ Síntese de etileno ♦ Senescência da planta Síntese de etileno e senescência da planta 9 24/10/2012 Estresse causado por deficiência de oxigênio Adaptações da planta ao déficit de oxigênio • Aplicação de pretratamento com falta de oxigênio moderado Estresse causado por deficiência de oxigênio Adaptações da planta ao déficit de oxigênio • Aplicação de pretratamento com falta de oxigênio moderado Aerênquimas é 10 24/10/2012 Raízes pneumatófagas Estresse oxidativo Espécies de oxigênios reativos 11 24/10/2012 Eliminação de espécies de oxigênios reativos pela planta Problemas causados EORs: • Dano a membranas celulares • Destruição de proteínas 12