PDF - 1.4 MB - Archives of Endocrinology and Metabolism

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ISSN 0004-2730
issn 0004-2730
Vol. 58 • Suplemento 04 - Junho 2014
Arquivos Brasileiros de
Endocrinologia
& Metabologia
OutubrO 2012
BRAZILIAN ARCHIVES OF ENDOCRINOLOGY AND METABOLISM
56/7
Arquivos Brasileiros de
Endocrinologia
& Metabologia
BRAZILIAN ARCHIVES OF ENDOCRINOLOGY AND METABOLISM
Órgão oficial de divulgação
científica da SBEM – Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia (Departamento
da Associação Médica
Brasileira), SBD – Sociedade
Brasileira de Diabetes, ABESO
– Associação Brasileira para o
Estudo da Obesidade e
Síndrome Metabólica
2013-2014
EDITOR-CHEFE
Comissão Editorial Nacional
Manoel Ricardo Alves Martins (CE)
Sérgio Atala Dib (SP)
Ana Luiza Silva Maia (RS)
Márcio Faleiros Vendramini (SP)
André Fernandes Reis (SP)
Márcio Mancini (SP)
Antônio Carlos Pires (SP)
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Antônio Marcondes Lerário (SP)
Mário Vaisman (RJ)
Antônio Roberto Chacra (SP)
Marise Lazaretti Castro (SP)
Ayrton Custódio Moreira (SP)
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Mônica Andrade Lima Gabbay (SP)
Carlos Alberto Longui (SP)
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Carmen C. Pazos de Moura (RJ)
Nina Rosa de Castro Musolino (SP)
Célia Regina Nogueira (SP)
Regina Célia S. Moisés (SP)
César Luiz Boguszewski (PR)
Ricardo M. R. Meirelles (RJ)
EDITORES ASSOCIADOS
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Rodrigo Oliveira Moreira (RJ)
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departamentos da SBEM
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Edna Nakandakare (SP)
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Adrenal e Hipertensão
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COEDITORES
Alexander A. L. Jorge (SP)
Bruno Geloneze Neto (SP)
Francisco de Paula (SP)
Evandro S. Portes (SP)
Laura Sterian Ward (SP)
Renan M. Montenegro Jr. (CE)
Editor associado
internacional
Antonio C. Bianco (EUA)
Sonir Antonini (SP)
Diabetes Melito
Balduino Tschiedel (RS)
FUNDADOR
Waldemar Berardinelli (RJ)
EDITORES e CHEFES
DE REDAÇÃO*
1951-1955
Waldemar Berardinelli (RJ)
Thales Martins (RJ)
1957-1972
Clementino Fraga Filho (RJ)
1964-1966*
Luiz Carlos Lobo (RJ)
1966-1968*
Pedro Collett-Solberg (RJ)
1969-1972*
João Gabriel H. Cordeiro (RJ)
1978-1982
Armando de Aguiar Pupo (SP)
1983-1990
Antônio Roberto Chacra (SP)
1991-1994
Rui M. de Barros Maciel (SP)
Dislipidemia e Aterosclerose
Fernando de S. Flexa Ribeiro Filho (PA)
Endocrinologia Básica
Tania Ortiga Carvalho (RJ)
Francisco Bandeira (PE)
Gil Guerra-Júnior (SP)
Gisah M. do Amaral (SP)
Comissão Editorial Internacional
Hans Graf (SP)
Charis Eng (EUA)
Henrique de Lacerda Suplicy (PR)
Décio Eizirik (Bélgica)
Ileana G. S. Rubio (SP)
Efisio Puxeddu (Itália)
Janice Sepuvelda Reis (MG)
Fernando Cassorla (Chile)
João Roberto de Sá (SP)
Franco Mantero (Itália)
Jorge Luiz Gross (RS)
Fredric E. Wondisford (EUA)
José Augusto Sgarbi (SP)
Gilberto Paz-Filho (Austrália)
José Gilberto H. Vieira (SP)
Gilberto Velho (França)
Mario Khedi Carra (SP)
Josivan Gomes de Lima (RN)
James A. Fagin (EUA)
Tireoide
Laércio Joel Franco (SP)
John P. Bilezikian (EUA)
Léa Maria Zanini Maciel (SP)
Norisato Mitsutake (Japão)
Leandro Arthur Diehl (PR)
Patrice Rodien (França)
Luciano Giacáglia (SP)
Peter A. Kopp (EUA)
EndoCRINOLOGIA Feminina e
Andrologia
Dolores P. Pardini (SP)
Endocrinologia Pediátrica
Paulo Cesar Alves da Silva (SC)
Metabolismo Ósseo e Mineral
Sergio Maeda (SP)
Neuroendocrinologia
Antônio Ribeiro de Oliveira Jr. (MG)
Obesidade
Carmen Cabanelas P. Moura (RJ)
Representantes
das Sociedades Colaboradoras
SBD
1995-2006
Claudio Elias Kater (SP)
Balduino Tschiedel (RS)
2007-2010
Edna T. Kimura (SP)
Mario Khedi Carra (SP)
ABESO
Lucio Vilar (PE)
Luiz Armando de Marco (MG)
Madson Queiroz Almeida (SP)
Magnus R. Dias-da-Silva (SP)
Arquivos Brasileiros de
Endocrinologia
& Metabologia
BRAZILIAN ARCHIVES OF ENDOCRINOLOGY AND METABOLISM
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ARQUIVOS BRASILEIROS DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA.
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. – São Paulo, SP: Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, v. 5, 1955Nove edições/ano
Continuação de: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia (v. 1-4), 1951-1955
Título em inglês: Brazilian Archives of Endocrinology and Metabolism
ISSN 0004-2730 (versões impressas)
ISSN 1677-9487 (versões on-line)
1. Endocrinologia – Periódicos 2. Metabolismo-Periódicos I. Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia II. Associação Médica Brasileira.
CDU 612.43 Endocrinologia
CDU 612.015.3 Metabolismo
Apoio:
SBEM – Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia
Diretoria Nacional da SBEM 2013-2014
Presidente: Vice-presidente: Primeiro Secretário: Segundo Secretário: Primeira Tesoureira: Segunda Tesoureira: Nina Rosa de Castro Musolino
Victoria Zeghbi Cozhenski Borba
Luiz Henrique Maciel Griz
Alexandre Hohl
Rosane Kupfer
Marise Lazaretti-Castro
Rua Humaitá, 85, cj. 501
22261-000 – Rio de Janeiro, RJ
Fone/Fax: (21) 2579-0312/2266-0170
Secretária executiva: Julia Maria C. L. Gonçalves
www.endocrino.org.br
[email protected]
Departamentos Científicos - 2013/2014
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
Adrenal e Hipertensão
Diabetes Mellitus
Presidente
Sonir Antonini
[email protected]
Presidente
Balduino Tschiedel
www.diabetes.org.br
Vice-PresidenteTania Longo Mazzuco
Secretária
Milena Coelho Fernandes Caldato
TesoureiraTânia A. Soares Bachega
[email protected]
Vice-PresidenteJoão Eduardo Nunes Salles
Secretária
Geisa Maria Campos de Macedo
Tesoureira
Lenita Zajdenverg
Diretores
Adriana Costa e Forti
Airton Golbert
Hermelinda Cordeiro Pedrosa
Suplentes
Antônio Carlos Lerário
Levimar Araujo
Dislipidemia e Aterosclerose
Endocrinologia Básica
Presidente
Fernando de S. Flexa Ribeiro Filho
[email protected]
PresidenteTânia Maria Ortiga Carvalho
www.fisio.icb.usp.br
Vice-Presidente
Maria Tereza Zanella
[email protected]
Secretárias
Monica Maués
Vice-Presidente
Catarina Segreti Porto
Gláucia Carneiro
Diretores
Doris Rosenthal
Diretores
Fernando Giuffrida
Maria Izabel Chiamollera
Rodrigo de Oliveira Moreira
Maria Tereza Nunes
Magnus R. Dias-da-Silva
Ubiratan Fabres Machado
Departamentos Científicos - 2013/2014
Endocrinologia Feminina e
Andrologia
Presidente
Dolores Perovano Pardini
Endocrinologia Pediátrica
Presidente
Paulo Cesar Alves da Silva
[email protected]
www.feminina.org.br
www.andrologia.org.br
[email protected]
Vice-Presidente
Diretores
Carlos Alberto Longui
Vice-Presidente
Ruth Clapauch
Marília Martins Guimarães
Diretores
Ricardo Martins da Rocha Meirelles
Maria Alice Neves Bordallo
Rita de Cassia V. Vasconcellos Weiss
Amanda Valéria Luna de Athayde
Poli Mara Spritzer
Carmem Regina Leal de Assumpção
Julienne Ângela Ramires de Carvalho
Secretária Geral Angela Maria Spinola-Castro
Metabolismo Ósseo e Mineral
Neuroendocrinologia
Presidente
Sergio Maeda
[email protected]
Presidente
Antônio Ribeiro de Oliveira Júnior
[email protected]
Vice-Presidente
Dalisbor Marcelo Weber Silva
Vice-Presidente
César Luiz Boguszewski
Diretores
Cynthia Maria Alvares Brandão
Diretores
Lúcio Vilar
Henrique Pierotti Arantes
Luiz Antônio de Araújo
Luiz Claudio G. de Castro
Luciana Ansanelli Naves
Carolina Kulak
Mônica Gadelha
Marcello Delano Bronstein
Paulo Augusto C. Miranda
Obesidade
Tireoide
Presidente Mario Khedi Carra
www.abeso.org.br
[email protected]
Presidente
Carmen Cabanelas Pazos de Moura
www.tireoide.org.br
[email protected]
Vice-Presidente
João Eduardo Nunes Salles
Vice-Presidente
Gisah Amaral de Carvalho
Secretária
Maria Edna de Mello
Secretária
Célia Regina Nogueira
Diretores
Márcio Correa Mancini
Diretores
Ana Luiza Silva Maia
Rosana Bento Radominski
Janete Maria Cerutti
Laura Sterian Ward
Rosalina Camargo
Comissões Permanentes - 2013/2014
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
Acompanhamento do Planejamento
Estratégico
Presidente
Airton Golbert
[email protected]
Membros
Ricardo M. R. Meirelles, Ruy Lyra,
Marisa Coral, Valéria Guimarães
Campanhas em Endocrinologia
História da Endocrinologia
Presidente
Henrique Suplicy
[email protected]
Membros
Adriana Costa e Forti, Thomaz Cruz
Internacional
Presidente
César Boguszewski
[email protected]
Membros Ruy Lyra, Valéria Guimarães,
Ana Cláudia Latrônico
Presidente
Adriana Costa e Forti
[email protected]
Membros
Laura S. Ward, Rodrigo Moreira
Científica
NORMAS, QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO
Presidente
Victória Borba
[email protected]
Membros Presidentes Regionais, Presidentes
dos Departamentos Científicos
Indicados pelas Diretorias
Alexander Lima Jorge,
Carolina Kulak,
Mirian da Costa Oliveira,
Estela Jatene, Paulo Miranda,
Victor Gervásio, Milena Caldato,
Marcello Bertolucci, Manuel Faria
Presidente
Ronaldo Rocha Sinay Neves
[email protected]
Membros
Eduardo Dias, Vivian Ellinger,
Leila Maria Batista Araújo, Nilza Torres
Comunicação Social
Paritária – CAAEP
Presidente
Angela Maria Spinola-Castro
[email protected]
MembrosOsmar Monte,
Maria Alice Neves Bordallo,
Presidente
Ricardo M. R. Meirelles
[email protected]
Nomeada pelo Presidente Marise Lazaretti Castro
Editor ABEM
Sérgio Atala Dib
Membros
Severino Farias, Luiz Cláudio Castro
PESQUISAS
Educação Médica Continuada
Projeto Diretrizes
Presidente Dalisbor Marcelo W. Silva
[email protected]
Membros
Adelaide Rodrigues,
Gustavo Caldas, Ruth Clapauch
Coordenador
Guilherme Alcides F. Soares Rollin
[email protected]
Adrenal e Hipertensão
Sonir Antonini
Dislipidemia e Aterosclerose
Fernando de S. Flexa Ribeiro Filho
Diabetes Mellitus
Balduino Tschiedel
Endocrinologia Básica
Tânia Maria Ortiga Carvalho
Endocrinologia Feminina e Andrologia Dolores Perovano Pardini
Endocrinologia Pediátrica
Paulo Cesar Alves da Silva
Metabolismo Ósseo e Mineral
Sergio Maeda
Neuroendocrinologia
Antônio Ribeiro de Oliveira Júnior
Obesidade
Mario Khedi Carra
Tireoide
Carmen Cabanelas Pazos de Moura
Estatutos, Regimentos e Normas
Presidente Airton Golber
[email protected]
Membros
Ruy Lyra, Marisa Coral,
Henrique Suplicy
Representante da Diretoria Nacional Evandro Portes
Presidente Membros Freddy Eliaschewitz
[email protected]
Antônio Roberto Chacra,
Luiz Augusto Russo
Ética e Defesa Profissional
Corregedor
João Modesto
[email protected]
Vice-CorregedorItairan de Silva Terres
1º vogal
Diana Viega Martin
2º vogal
João Eduardo Salles
3º vogal
Cleo Mesa Junior
4º vogal
Neuton Dornellas
5º vogal
Maite Chimeno
DESREGULADORES ENDÓCRINOS
PresidenteTânia Bachega
[email protected]
Membros
Alexandre Hohl,
Elaine Maria F. Costa,
Ricardo Meirelles,
Angela Spinola, Laura Ward,
Luiz Cláudio Castro,
Renan Montenegro Jr.,
Milena Caldato
Título de Especialista em
Endocrinologia
e Metabologia
Presidente: Francisco Bandeira
[email protected]
Vice-Presidente: Osmar Monte
Membros: Josivan Lima, César Boguszewski,
Marisa Coral, Marília Guimarães,
Márcio Mancini
Valorização de Novas Lideranças
Presidente
Felipe Gaia
[email protected]
Vice-Presidente
André Gustavo P. Sousa
Sociedades e Associações Brasileiras
na Área de Endocrinologia e Metabologia
SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes
Diretoria Nacional da SBD (2014/2015)
Presidente
Walter José Minicucci
Vice-Presidentes
Hermelinda Cordeiro Pedrosa
Luiz Alberto Andreotti Turatti
Marcos Cauduro Troian
Rosane Kupfer
Ruy Lyra da Silva Filho
1o Secretário
Domingos Augusto Malerbi
2a Secretário
Luis Antonio de Araujo
1o Tesoureiro
Antonio Carlos Lerário
2o Tesoureiro
Edson Perrotti dos Santos
Conselho Fiscal
Antonio Carlos Pires
Levimar Rocha Araujo
Denise Reis Franco
Rua Afonso Brás, 579, cj. 72/74
04511-011– São Paulo, SP
Fone/Fax: (11) 3842-4931
[email protected]
www.diabetes.org.br
Gerente Administrativa: Anna Maria Ferreira
ABESO – Associação Brasileira para o Estudo
da Obesidade e Síndrome Metabólica
Diretoria Nacional da ABESO (2013-2014)
Presidente
Mario Khedi Carra
Vice-Presidente
João Eduardo Nunes Salles
1a Secretária
Cintia Cercato
2o Secretário
Alexander Benchimol
Tesoureira
Maria Edna de Melo
Rua Mato Grosso, 306, cj. 1711
01239-040 – São Paulo, SP
Fone: (11) 3079-2298/Fax: (11) 3079-1732
Secretária: Renata Felix
[email protected]
www.abeso.org.br
Diretoria da SBEM-PE
Presidente: Dr. Lucio Vilar
Vice-presidente: Dra. Maria Amazonas
Secretário: Dr. Francisco Bandeira
Secretário adjunto: Dr. Gustavo Caldas
Tesoureiro: Dr. Amaro Gusmão
Tesoureiro adjunto: Dr. Ruy Lyra
Convidados Estrangeiros
Adrian F. Daly, MD, PhD
Consultant Physician and Assistant Professor Department of Endocrinology Centre Hospitalier
Universitaire de Liège University of Liège Liège (Belgium)
John Bilezikian, MD
Professor of Medicine and Chairman, Division of Endocrinology Metabolic Bone Diseases
Program Columbia University New York (USA)
Vivian A. Fonseca, MD, PhD
Tullis-Tulane Alumni Chair in Diabetes, Department of Medicine, Section of Endocrinology and
Metabolism, Diabetes and Metabolism; Professor of Medicine, Chief
Realização:
Informações Gerais
Local do Congresso
Summerville Beach Resort
Rodovia PE – 09, Acesso Muro Alto, s/n, Praia do Muro Alto
Porto de Galinhas, Ipojuca, PE – CEP: 55592-000
Secretaria Executiva
Assessor – Assessoria e Marketing Ltda.
Av. Visconde de Suassuna, 140, Boa Vista
Recife, PE – CEP: 50050-540
Telefone/Fax: (81) 3423-1300
[email protected]
Consultoria Comercial
Grow-Up
Rua Alvorada, 631, Vila Olímpia
São Paulo, SP – CEP: 04555-603
Telefone/Fax: (11) 3849-0099
[email protected]
www.growup-eventos.com.br
Mensagem do Presidente
Caríssimos colegas,
Neste ano estamos realizando a 17a edição do EndoRecife, na qual foram introduzidas algumas
inovações no formato da grade científica, com maior interação entre palestrantes e congressistas,
visando a um maior aproveitamento das informações e discussões sobre os avanços no diagnóstico
e tratamento dos distúrbios endócrinos mais relevantes. Teremos a participação de vários ilustres
convidados nacionais, bem como de três renomados convidados internacionais na área de diabetes,
doenças osteometabólicas e neuroendocrinologia.
A comissão organizadora trabalhou dedicadamente e se empenhou ao máximo no sentido de
realizar um evento que possa satisfazer plenamente aos endocrinologistas, clínicos e demais profissionais de saúde que venham a participar do EndoRecife 2014.
Confiantes no sucesso do EndoRecife 2014, antecipadamente agradecemos a todos pela colaboração e participação.
Prof. Dr. Lucio Vilar
Presidente do EndoRecife 2014
Programação Científica
05 de junho – 5ª Feira
HORÁRIO
14h00/15h30
SALA 1
SALA 2
Mesa-redonda 1
DIABETES E DOENÇA MACROVASCULAR
Moderador: Raimundo Sotero (SE)
Mesa-redonda 2
DOENÇAS ADRENAIS
Moderadora: Patrícia Gadelha (PE)
Temas:
Temas:
¡¡ Tema livre
¡¡ Tema livre
¡¡ Adiposopatia central e ectópica: Sua relação
com DM2 e DCV
Marcos Tambascia (SP)
¡¡ Incidentaloma adrenal – Investigação
diagnóstica
André Faria (MA)
¡¡ Disfunção hepática não alcoólica: Sua relação
com pré-diabetes, DM2 e DCV
Lúcia Cordeiro (PE)
¡¡ Hipercortisolismo subclínico: Controvérsias no
manuseio
Milena Caldato (PA)
¡¡ Antidiabéticos e DCV: Riscos e benefícios
Ruy Lyra (PE)
¡¡ Controvérsias na reposição glicocorticoide em
casos de insuficiência adrenal
Claudio Kater (SP)
¡¡ Debate
¡¡ Debate
15h30/16h10
Conferência
PROLACTINOMAS RESISTENTES:
DEFINIÇÃO E MANUSEIO
Presidente: Lucio Vilar (PE)
Conferencista: Adrian Daly (Bélgica) 16h10/16h50
Conferência
O SISTEMA INCRETÍNICO NA PRÁTICA CLÍNICA
Presidente: Ruy Lyra (PE)
Conferencista: Vivian Fonseca (EUA)
16h50/17h10
Visita aos expositores e aos pôsteres 17h10/18h10
SIMPÓSIO LILLY 18h10/19h30
Mesa-redonda 3
Câncer DE TIREOIDE
Moderadora: Eliane Moura (PE)
Mesa-redonda 4
GONADAS
Moderador: Thomaz Cruz (BA)
Temas:
Temas:
¡¡ Tema livre
¡¡ Tema livre
¡¡ Carcinoma medular da tiroide: Atualizações na
prática clínica
Laura Ward (SP)
¡¡ SOP na adolescência: Podemos usar os
mesmos critérios de mulheres adultas?
Jacqueline Araújo (PE)
¡¡ Controvérsias na utilização da terapia com
radioiodo
Paulo Almeida Filho (PE)
¡¡ Devemos tratar o hipogonadismo
masculino funcional?
Fábio Moura (PE)
¡¡ Quando há falência da terapia com
iodorradiativo e a doença progride, o que
fazer?
Pedro Rosário (MG)
¡¡ TRH – O que muda depois dos estudos
KEEPS e ELITE?
Amanda Athayde (RJ)
¡¡ Debate
19h30
ABERTURA ¡¡ Debate Programação Científica
06 de Junho – 6ª Feira
HORÁRIO
08h30/09h30
SALA 1
08h30 – 09h10
Conferência
INFLAMAÇÃO NO DIABETES E PRÉ-DIABETES
Presidente: Vera Santos (PE)
Conferencista: Vivian Fonseca (EUA)
SALA 2 08h30 -09h00
Encontro com o Professor 1
CONTROVÉRSIAS EM TRH FEMININA
Moderador: Amaro Gusmão (PE)
Professora: Amanda Athayde (RJ)
09h00-09h30
Encontro com o Professor 2
INSULINOTERAPIA NO DM1
Moderador: Luciano Albuquerque (PE)
Professor: Alberto Ramos (PB)
09h30/10h30
SIMPÓSIO SANOFI
10h30/11h50 Mesa-redonda 5
DESAFIOS NO MANUSEIO DO DM
Moderador: Carlos Marinho (PE)
Mesa-redonda 6
TIREOIDE – MISCELÂNEA
Moderador: Nair Cristina Almeida (PE)
Temas:
Temas:
¡¡ Tema livre: Meta-analysis of GLP-1 agonist
lixisenatide use in patients insufficiently
controlled with oral antidiabetic drugs suggests
improved results in efficacy, hypoglycemia &
weight gain
Vivian Fonseca (USA)
¡¡ Tema livre
¡¡ Hipotireoidismo subclínico: Indicações
atuais de tratamento
Pedro Rosário (MG)
¡¡ Há metas ideais para glicemia e HbA1c?
Saulo Cavalcanti (MG)
¡¡ A tiroide e a gestação: Atualização dos
consensos
Gustavo Caldas (PE)
¡¡ Novos critérios para o DM gestacional –
Vantagens e desvantagens
Paulo Miranda (MG)
¡¡ Síndrome da resistência aos hormônios
tiroidianos: Do diagnóstico ao tratamento
Laura Ward (SP)
¡¡ Dislipidemia – Alcançar metas ou prescrever
estatinas para todos?
Josivan Lima (RN)
¡¡ Debate ¡¡ Debate
SIMPÓSIO LILLY
12h00/13h30
13h30/14h50 SIMPÓSIO NOVONORDISK Mesa-redonda 7
NEUROENDÓCRINO
Moderador: Renan Montenegro (CE)
Mesa-redonda 8
ENDOCRINOPEDIATRIA
Moderadora: Jacqueline Araújo (PE)
Temas:
Temas:
¡¡ Tema livre
¡¡ Tema livre
¡¡ Terapia medicamentosa para a doença de
Cushing – O que há de novo?
Lucio Vilar (PE)
¡¡ Vitamina D na criança e adolescente: Quando
dosar e quando repor?
Luiz Cláudio Castro (DF)
¡¡ Adenomas hipofisários clinicamente não
funcionantes – Controvérsias no manuseio
Manuel Faria (MA)
¡¡ Desreguladores endócrinos: Mitos e verdades
Thereza Selma Lins (PE)
¡¡ Planejamento terapêutico dos tumores
hipofisários baseado em casos clínicos
Marcello Bronstein (SP)
¡¡ Debate
¡¡ GH na baixa estatura idiopática: É eficaz?
É seguro?
Durval Damiani (SP)
¡¡ Debate
Programação Científica
14h50/15h10
Visita aos patrocinadores e aos pôsteres 15h10/16h10
SIMPÓSIO ABBOTT
SIMPÓSIO BOEHRINGER LILLY
VANTAGENS DO USO DOS INIBIDORES DA DPP4 E
SGLT2 NA DECISÃO TERAPÊUTICA
¡¡ Introdução: Ruy Lyra (PE)
¡¡ Caso Clínico Linagliptina
Fábio Trujilho (BA)
¡¡ Caso Clínico Inibidor do SGLT2
Saulo Cavalcanti (MG)
16h10/16h50
Conferência
DESAFIOS E CONTROVÉRSIAS NO MANUSEIO DOS
PROLACTINOMAS
Presidente: Lucia Helena C. Lima (PE)
Conferencista: Marcello Bronstein (SP)
16h50/17h30
Conferência
IV WORKSHOP SOBRE HIPERPARATIROIDISMO
PRIMÁRIO: ORGANIZAÇÃO, DEBATES E
CONCLUSÕES
Presidente: Francisco Bandeira (PE)
Conferencista: John Bilezikian (EUA)
17h30/19h00
Mesa-redonda 9
Neuroendócrino
ACROMEGALIA
Moderador: Lucio Vilar (PE)
Conferência
USOS E ABUSOS DE ANABOLIZANTES E
SUPLEMENTOS
Presidente: Cristina Bandeira (PE)
Conferencista: Renan Montenegro Jr. (CE)
Mesa-redonda 10
PECULIARIDADES DO DIABETES
Moderador: Luiz Gonzaga (PE)
Temas:
Temas:
¡¡ Tema livre
¡¡ Análogos da somatostatina –
Controvérsias no seu uso
Adrian Daly (Bélgica)
¡¡ Tecnologia aplicada no manuseio do
diabético: Quais as novidades e o que
esperar no futuro?
Walter Minicucci (SP)
¡¡ Há ainda lugar para a radioterapia?
Nina Musolino (SP)
¡¡ Será que estamos tratando bem os
nossos diabéticos?
Ney Cavalcanti (PE)
¡¡ Efeito do tratamento sobre as
complicações metabólicas da
acromegalia
Luciana Naves (DF)
¡¡ Neuropatia diabética e desafios: O que
podemos e poderemos fazer por nossos
diabéticos?
Geisa Macedo (PE)
¡¡ Debate
¡¡ Debate
Programação Científica
07 de Junho – Sábado
HORÁRIO
SALA 1
08h30/09h30
SIMPÓSIO LILLY
09h30/10h50
Mesa-redonda 11
PECULIARIDADES EM
METABOLISMO ÓSSEO
Moderadora: Patrícia Mesquita (PE)
Temas:
¡¡ Métodos não invasivos para a avaliação
da qualidade óssea
John Bilezikian (EUA)
¡¡ Osteoporose secundária
Erico Higino (PE)
10h50/11h30
SALA 2
Mesa-redonda 12
DIABETES & OBESIDADE
Moderador: Luciano Teixeira (PE)
Temas:
¡¡ Incretinas e glucagon
Amélio Godoy (RJ)
¡¡ Papel do exercício no tratamento da obesidade
e controle do diabetes
Amaro Gusmão (PE)
¡¡ Casos clínicos com densitometria
João Modesto (PB)
¡¡ Novas drogas para Obesidade – O que elas
vêm acrescentar?
Fabio Moura (PE)
¡¡ Debate
¡¡ Debate
DEBATE
Tiroide
CASOS DIFÍCEIS EM CDT
Coordenador: Gustavo Caldas (PE)
DEBATE
Endocrinopediatria
PUBERDADE ADIANTADA,
MAS QUE NÃO É PRECOCE
Moderadora: Bárbara Gomes (PE)
Debatedores:
Gustavo Caldas (PE)
Laura Ward (SP)
Pedro Rosário (MG)
Paulo Almeida Filho (PE) 11h30/11h45
Visita aos expositores 11h45/13h00
Mesa-redonda 13
METABOLISMO ÓSSEO
Moderadora: Juliana Maia (PE)
Temas:
¡¡ Suplementação de cálcio e risco
cardiovascular – Mito ou fato?
Francisco Bandeira (PE)
¡¡ Hipercalcemia não paratiroidiana: diagnóstico
e tratamento
Luiz Griz (PE)
¡¡ O que há de novo sobre hipoparatiroidismo?
John Bilezikian (EUA)
¡¡ Debate
Temas:
Tratar: Durval Damiani (SP)
Não tratar: Luiz Cláudio Castro (DF)
Mesa-redonda 14
NOVOS PARADIGMAS PARA CIRURGIA
BARIÁTRICA NO DM2 (VISÃO DO CIRURGIÃO E DO
ENDOCRINOLOGISTA)
Moderadores: Ney Cavalcanti (PE) e
Josemberg Campos (PE)
11h30-12h00 – Cirurgia metabólica em
pacientes com IMC < 35
Vladimir Curvelo (PE)
12h00-12h30 – Cirurgia e remissão do diabetes:
a verdade segundo Descartes
Amélio Godoy (RJ)
¡¡ Debate 13h00
Encerramento
TRabalhOS CIeNtíFIcOs
TRabalhOs
CIeNtíFIcOs
A AVALIAÇÃO CIENTÍFICA DOS RESUMOS FOI REALIZADA PELA COMISSÃO CIENTÍFICA DESTE EVENTO.
TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO
ORAIS
TL-001 A INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA EM OBESOS ANTES E APÓS A cirurgia BARIÁTRICA.............................................................S145
Bruno Leandro de Melo Barreto, Josemberg Marins Campos, Joana Cristina da Silva, Maíra Danielle Gomes de Souza,
Daniel da Costa Lins, Cinthia Barbosa de Andrade, Alvaro Antonio Bandeira Ferraz
TL-014 AVALIAÇÃO DO STATUS DA VITAMINA D E DOS NÍVEIS DE CÁLCIO E PTH EM MULHERES PÓS-MENOPAUSADAS............................S145
Lucio Vilar, Patricia S. Gadelha, Amaro Gusmão, Frederico Rangel Filho, Aline Maria C. Siqueira, Maíra Melo Fonseca,
Karoline Frazão Viana, Lais Lopes Dantas, Ana Virginia Gomes, Cyntia Chaves Gomes, Viviane Canadas, Vera Santos G. Ferreira,
Renata Oliveira Campos
TL-040 IS SCREENING FOR MACROPROLACTIN WORTHWHILE AMONG PATIENTS WITH IDIOPATHIC HYPERPROLACTINEMIA?...................S145
Lucio Vilar, Patricia S. Gadelha, Frederico Rangel Filho, Aline Maria C. Siqueira, Karoline F. Viana, Maira M. Fonseca, Giulliana Nobrega,
Ana Virginia Gomes, Cyntia Chaves Gomes, Licinia L. Matos, Lais L. Dantas, Vera Santos G. Ferreira, José Luciano Albuquerque, Amaro
Gusmão
TL-043 METÁSTASE HEPÁTICA EM CARCINOMA FOLICULAR DE TIREOIDE....................................................................................................S146
Lucas Vieira de Carvalho, Paulo Almeida Filho
TL-045 METASTATIC INSULINOMA MANAGED WITH RADIOLABELED SOMATOSTATIN ANALOG...................................................................S146
Lucas Vieira de Carvalho, Ricardo Costa, Rubens Costa, Carlos E. Bacchi, Paulo Almeida Filho
TL-060 SECOND ATTEMPT TO WITHDRAW CABERGOLINE IN PROLACTINOMAS: RESULTS FROM A PROSPECTIVE STUDY.............................S146
Lucio Vilar, Patricia S. Gadelha, Frederico Rangel Filho, Aline Maria C. Siqueira, Renata O. Campos, Vera Maria dos Santos Gomes Ferreira,
Viviane Canadas, Karoline F. Viana, Maíra M. Fonseca, Ana Virgínia Gomes, Cyntia Chaves, Daniela Coelho, José Luciano Albuquerque
TL-063 SOCIAL DEMOGRAPHIC FEATURES OF OBESITY IN VOLUNTEERS IN A LEISURE PARK IN BRAZIL........................................................S146
Lúcia Helena de Oliveira Cordeiro, Maíra Souza, Francimar Bezerra, Lucio Vilar, Raíssa Albuquerque, Cinthia Andrade, Josemberg
Campos
TL-064 TELESSAÚDE: PREVENÇÃO DA OBESIDADE ATRAVÉS DA TELE-EDUCAÇÃO........................................................................................S147
Claudinalle Farias Queiroz de Souza, Maíra Danielle Gomes de Souza, Cinthia Barbosa de Andrade, Joana Cristina da Silva, Caio
Porciúncula Teixeira Basto, Josemberg Martins Campos, Magdala de Araújo Novaes
PÔSTERes
TL-002 A PRÁTICA EDUCATIVA DE ENFERMEIROS POR MEIO DE UMA CARTILHA SOBRE DIABETES: EXPERIÊNCIA DE UM CENTRO DE
REFERÊNCIA.......................................................................................................................................................................................S147
Silvana Linhares de Carvalho, Francisca Diana da Silva Negreiros, Tatiana Rebouças Moreira, Clarice da Silva Neves, Livia Dantas Lopes,
Renan Magalhães Montenegro Junior
TL-003 ACROMEGALIA CAUSADA POR MACROADENOMA GIGANTE CALCIFICADO................................................................................S148
Teresa Cristina de Alencar Lacerda, Kamilla Liberal Leite, Ana Carla Peres Montenegro, Mônica de Oliveira, Érico Higino de Carvalho,
Thais Gelenske Braga e Oliveira, Livya Susany Bezerra de Lima
TL-004 AGRANULOCITOSE EM UM PACIENTE COM DOENÇA DE BASEDOW-GRAVES EM USO DE METIMAZOL – IMPORTÂNCIA DO
DIAGNÓSTICO PRECOCE..................................................................................................................................................................S148
Priscilla Maris Pereira Alves, Eduardo Falcão, Fátima Alécio, Mônica Lessa, José Anderson da Silva, Emillene Cursino Cordeiro, Laís Beltrão
Magalhães, Marcia Gabrielle Tenório Correia Alves Casado
TL-005 ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA COMO SINTOMA INICIAL DE HIPERCALCEMIA MALIGNA EM PACIENTE COM LINFOMA DE
HODGKIN...........................................................................................................................................................................................S148
José Anderson da Silva, Marcia Gabrielle Tenório Correia Alves Casado, Emilene Cursino Cordeiro, Laís Beltrão Magalhães, Eduardo
Falcão Lima de Souza, Mônica Lessa, Sandra Márcia Omena, Cláudia Falcão, Celina Lacet, Fátima Alécio, Flavio Teles, Joyce Santos
Nascimento
TL-006 AMPUTAÇÕES POR DIABETES NO ESTADO DE ALAGOAS: ANÁLISE DE DADOS DO DATASUS E REVISÃO DE LITERATURA................S149
Victor José Correia Lessa, Priscilla Maris Pereira Alves, Joyce Santos Nascimento, José Anderson da Silva
TL-007 ANÁLISE DOS EFEITOS DA DGYR NO DIABETES TIPO 2 ASSOCIADO AO SOBREPESO.......................................................................S149
Lúcia Helena de Oliveira Cordeiro, Vladimir Curvelo Tavares de Sá, Daniel da Costa Lins, Joana Cristina da Silva, Bruno Leandro de Melo
Barreto, Cinthia Barbosa de Andrade, Josemberg Marins Campos, Lyz Bezerra de Lima
TL-008 ANÁLISE MOLECULAR DO GENE DO RECEPTOR DE ANDRÓGENOS EM PACIENTES COM DDS 46,XY E QUADRO CLÍNICO SUGESTIVO
DE INSENSIBILIDADE ANDROGÊNICA.................................................................................................................................................S149
Reginaldo José Petroli, Victor José Correia Lessa, Larissa Clara Vieira Góes, Camila Maia Costa de Queiroz, Ilanna Fragoso Peixoto
Gazzaneo, Reinaldo Luna de Omena Filho, Diogo Lucas Lima do Nascimento, Maricilda Palandi de Mello, Isabella Lopes Monlleó
TL-009 ASSOCIAÇÃO DA INGESTÃO DIÁRIA DE CÁLCIO E FATORES DE RISCO CARDIOMETABÓLICOS EM UMA AMOSTRA ALEATÓRIA DE
MACEIÓ, ALAGOAS............................................................................................................................................................................S150
Gustavo Piech Ricardo, Priscilla Maris Pereira Alves, Joyce Santos Nascimento, Renata Leonel Freire Mendes, Victor José Correia Lessa,
José Anderson da Silva
TL-010 AVALIAÇÃO DA INGESTÃO DIETÉTICA DE CÁLCIO EM UMA AMOSTRA POPULACIONAL PARTICIPANTE DE UM EVENTO DE EDUCAÇÃO
EM SAÚDE EM MACEIÓ/AL................................................................................................................................................................S150
Francisco de Freitas Machado Netto, Gustavo Piech Ricardo, Renata Leonel Freire Mendes, Diego Augusto Medeiros Santos, Kelvyn Melo
Vital, Samyra Melo Vital, José Anderson da Silva
TL-011 AVALIAÇÃO DA OBESIDADE, HIPERTENSÃO E DIABETES MELLITUS EM FREQUENTADORES DE UM PARQUE DE REFERÊNCIA
EM RECIFE..........................................................................................................................................................................................S151
Lúcia Helena de Oliveira Cordeiro, Maíra Danielle Gomes de Souza, Lucio Vilar, Cinthia Barbosa de Andrade, Joana Cristina da Silva,
Fernanda Barbosa de Andrade, Josemberg Marins Campos, Marília Agostinho de Lima
TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO
TL-012 AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO GLICÊMICO DOS PACIENTES ATENDIDOS NA EMERGÊNCIA DO HOSPITAL E MATERNIDADE
GOVERNADOR FLÁVIO RIBEIRO COUTINHO EM SANTA RITA – PB.....................................................................................................S151
Alysson Costa da Nóbrega, George Robson Ibiapina, Waleria Viana Ibiapina, Daniele Kelle Lopes de Araújo, Valeria Siqueira de
Carvalho Besarria, Alana Moura di Pace, Tauanny Stephane Frazão e Silva, Sandro Cézar Vieira da Silva, Pedro Henrique Xavier Sá
Bezerra de Menezes, Daniel Henriques Tenório de Souza, Leandro Castelo Alves, Wiliams Germano Bezerra Segundo
TL-013 AVALIAÇÃO DO RISCO DE DESENVOLVER DIABETES MELLITUS TIPO 2 UTILIZANDO O QDScore EM PARTICIPANTES DE UM EVENTO
EDUCATIVO EM MACEIÓ/AL.............................................................................................................................................................S151
Priscilla Maris Pereira Alves, Elizabeth Ferreira Freire, Renata Leonel Freire Mendes, Victor José Correia Lessa, Gustavo Piech Ricardo,
José Anderson da Silva
TL-015 AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA OSTEOPOROSE EM PARTICIPANTES DE EVENTO EDUCATIVO EM MACEIÓ/AL............S152
Francisco Barbosa Lima Neto, Deborah Inayara Mendes Tenório de Albuquerque, Mylena Lucena Couto, Samyra Melo Vital,
Gláucio Vinícius Pereira de Andrade, José Anderson da Silva
TL-016 AVALIAÇÃO NEURORRADIOLÓGICA DO POLÍGONO DE WILLIS NO SEGUIMENTO DIAGNÓSTICO DA ACROMEGALIA..................S152
Alysson Costa da Nóbrega, George Robson Ibiapina, Waleria Viana Ibiapina, Daniele Kelle Lopes de Araújo, Valeria Siqueira de
Carvalho Besarria, Alana Moura di Pace, Tauanny Stephane Frazão e Silva, Sandro Cézar Vieira da Silva, Pedro Henrique Xavier Sá
Bezerra de Menezes, Daniel Henriques Tenório de Souza, Leandro Castelo Alves, Wiliams Germano Bezerra Segundo
TL-017 AVALIAÇÃO TARDIA DA EFICÁCIA DA DGYR EM OBESOS GRAU I COM DIABETES TIPO 2................................................................S152
Lúcia Helena de Oliveira Cordeiro, Vladimir Curvelo Tavares de Sá, Daniel da Costa Lins, Maíra Danielle Gomes de Souza,
Joana Cristina da Silva, Helga Cristina A. W. Alhinho Caheté, Josemberg Marins Campos, Lyz Bezerra da Silva
TL-018 BROWN TUMOR IN HYPERPARATHYROIDISM SECONDARY TO CHRONIC RENAL FAILURE AND VITAMIN D DEFICIENCY..................S153
Monique Cardoso Santos, Lucyana Melo Baptista, Karoline Gonçalves Barros, Fernando Raposo, Ana Paula Souza-Tavares, Lúcia
Cordeiro
TL-019 CÂNCER GÁSTRICO E TÉCNICAS DE SLEEVE: PERSPECTIVAS PROSPECTIVAS...................................................................................S153
Israel Guedes Dias Barbosa, Bruno Leandro de Melo Barreto, Isabella Cristina Gomes Rodrigues, Rodrigo Conrado Lorena de Medeiros,
Josemberg Marins Campos, Daniel da Costa Lins
TL-020 CARACTERÍSTICAS POSTURAIS EM PORTADORES DA SÍNDROME DE BERARDINELLI.........................................................................S153
Renan Magalhães Montenegro Junior, Fabíola Monteiro de Castro, Fabricia Salvador Bezerra, Paula Jordana Silva dos Santos, Marivaldo
Aragão Loyola, Virginia Oliveira Fernandes, Ana Paula Dias Rangel Montenegro
TL-021 CARCINOMA DE TIREOIDE: PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS EM UM SERVIÇO TERCIÁRIO ESPECIALIZADO...............................S154
Adriana Duarte Miranda Queiroz, Ivo Marquis Beserra Junior, Uirá Luiz de Melo Sales Marmhoud Coury
TL-022 CARCINOMAS ADRENOCORTICAIS: DIVERGÊNCIAS ENTRE CRITÉRIOS PROGNÓSTICOS...............................................................S154
Alysson Costa da Nóbrega, George Robson Ibiapina, Waleria Viana Ibiapina, Daniele Kelle Lopes de Araújo, Valeria Siqueira de
Carvalho Besarria, Alana Moura di Pace, Tauanny Stephane Frazão e Silva, Sandro Cézar Vieira da Silva, Pedro Henrique Xavier Sá
Bezerra de Menezes, Rena Matusa de Oliveira Barros, Juliana Navarro Ribeiro Henriques, Lana Muriely Borges de Assis
TL-023 CIRCUNFERÊNCIA DO TÓRAX PREDIZ SÍNDROME METABÓLICA E ALTERAÇÕES DOS SEUS COMPONENTES EM ADULTOS NÃO
OBESOS..............................................................................................................................................................................................S154
Ana Paula Abreu Martins Sales, Nádia Tavares Soares, Maria Helane Costa Gurgel Castelo, Lia Silveira Adriano, Rinaldo e Silva de
Oliveira, Antônio Augusto Ferreira Carioca, Virginia Oliveira Fernandes, Clarisse Mourão Melo Ponte, Ana Paula Dias Rangel Montenegro,
Carlos Antonio Negrato, Renan Magalhães Montenegro Junior
TL-024 CIRURGIA BARIÁTRICA E A ANÁLISE DA AUTOIMAGEM PRÉ E PÓS-INTERVENÇÃO CIRÚRGICA.......................................................S155
Rodrigo Conrado de Lorena Medeiros, Israel Guedes Dias Barbosa, Bruno Leandro de Melo Barreto, Daniel da Costa Lins, Isabella
Cristina Gomes Rodrigues, Josemberg Marins Campos
TL-025 COMPARAÇÃO DAS ESTIMATIVAS DO RISCO DE FRATURA UTILIZANDO-SE O FRAX BRASIL E O FRAX US CAUCASIANO................S155
Josivan Gomes de Lima, Lúcia Helena Coelho Nóbrega, Mônica Virgínia Solano Brito Marinho, Ane Daliane Paulino de Sousa Amorim,
Manuella Melo Nery Dantas, Denise Brena Feitosa Mendes Leite, Gabriela Polisel Gonçalves
TL-026 COMPARAÇÃO ENTRE TOPIRAMATO E SIBUTRAMINA NO TRATAMENTO DA OBESIDADE EM 12 SEMANAS.....................................S155
Alysson Costa da Nóbrega, George Robson Ibiapina, Daniele Kelle Lopes de Araújo, Tauanny Stephane Frazão e Silva, Sandro Cézar
Vieira da Silva, Waleria Viana Ibiapina, Valeria Siqueira de Carvalho Besarria, Pedro Henrique Xavier Sá Bezerra de Menezes, Alana
Moura di Pace, Rena Matusa de Oliveira Barros, Juliana Navarro Ribeiro Henriques, Lana Muriely Borges de Assis
TL-027 CONHECIMENTO SOBRE OSTEOPOROSE E SUAS COMPLICAÇÕES EM PARTICIPANTES DE EVENTO EDUCATIVO EM
MACEIÓ/AL.......................................................................................................................................................................................S156
Deborah Inayara Mendes Tenório de Albuquerque, Francisco Barbosa Lima Neto, Gláucio Vinícius Pereira de Andrade, Brenda
Cavalcanti Costa Barros, Teodorico Romualdo Costa Júnior, José Anderson da Silva
TL-028 CORRELAÇÃO DA INGESTÃO DE CÁLCIO COM A PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM UMA POPULAÇÃO PARTICIPANTE
DE EVENTO EDUCATIVO EM MACEIÓ/AL..........................................................................................................................................S156
Teodorico Romualdo Costa Júnior, Gustavo Piech Ricardo, Elizabeth Ferreira Freire, Mylena Lucena Couto, Brenda Cavalcanti Costa
Barros, José Anderson da Silva
TL-029 DIAGNÓSTICO AO ACASO DE FEOCROMOCITOMA SIMULANDO TRANSTORNO DE ANSIEDADE EM UMA PACIENTE
HIPERTENSA........................................................................................................................................................................................S156
José Anderson da Silva, Victor José Correia Lessa, Fabrísia Coutinho Lôbo Cruz, Sandra Márcia Omena, Cláudia Falcão
TL-030 DISPLASIA FIBROSA ÓSSEA POLIOSTÓTICA COM FRATURA BILATERAL DE MEMBROS INFERIORES NÃO ASSOCIADA COM A
SÍNDROME DE MCCUNE-ALBRIGHT...................................................................................................................................................S157
Teresa Cristina de Alencar Lacerda, Thais Gelenske Braga e Oliveira, Érico Higino de Carvalho, Ana Carla Peres Montenegro, Mônica de
Oliveira, Livya Susany Bezerra de Lima, Kamilla Liberal Leite
TL-031 DOR TORÁCICA, ALTERAÇÕES ISQUÊMICAS NO ELETROCARDIOGRAMA ASSOCIADAS A DIABETES E DEMAIS FATORES DE RISCO
PARA DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA OBSERVADOS EM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA DE SANTA RITA/PB................................S157
Alysson Costa da Nóbrega, George Robson Ibiapina, Waleria Viana Ibiapina, Daniele Kelle Lopes de Araújo, Valeria Siqueira de
Carvalho Besarria, Alana Moura di Pace, Tauanny Stephane Frazão e Silva, Sandro Cézar Vieira da Silva, Pedro Henrique Xavier Sá
Bezerra de Menezes, Rena Matusa de Oliveira Barros, Juliana Navarro Ribeiro Henriques, Lana Muriely Borges de Assis
TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO
TL-032 EPIFISIÓLISE DA CABEÇA FEMORAL COMO MOTIVO DA CONSULTA INICIAL DE UM PACIENTE COM SÍNDROME DE
KALLMANN.........................................................................................................................................................................................S158
José Anderson da Silva, Marcia Gabrielle Tenório Correia Alves Casado, Emilene Cursino Cordeiro, Laís Beltrão Magalhães, Eduardo
Falcão de Lima Souza, Gustavo Piech Ricardo
TL-033 FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM UMA AMOSTRA POPULACIONAL PARTICIPANTE DE EVENTO EDUCATIVO EM
MACEIÓ/AL.......................................................................................................................................................................................S158
Gláucio Vinícius Pereira de Andrade, Francisco Barbosa Lima Neto, Francisco de Freitas Machado Netto, Teodorico Romualdo Costa
Júnior, Kelvyn Melo Vital, José Anderson da Silva
TL-034 FEOCROMOCITOMA MALIGNO BILATERAL NÃO FUNCIONANTE COM METÁSTASE ÓSSEA............................................................S158
Livya Susany Bezerra de Lima, Mônica de Oliveira, Rodrigo Alves Pinto, Thais Gelenske Braga e Oliveira, Érico Higino de Carvalho,
Teresa Cristina de Alencar Lacerda, Ana Carla Peres Montenegro, Kamilla Liberal Leite
TL-035 HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR COMO FATOR DE RISCO PARA COLEDOCOLITÍASE EM PRÉ-ESCOLAR: RELATO DE CASO........S159
Maria Luísa Saraiva Costa, Thyago Vieira Soares da Nóbrega, Laio Caju Wanderley, Rivaldo Serrano de Andrade Neto,
Heloísa Brandão Vieira, Marília Denise de Saraiva Barbosa, Rosa Maria Troccoli Caldas
TL-036 HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA FORMA NÃO CLÁSSICA: MANIFESTAÇÃO NA PERIMENOPAUSA............................................S159
Rosangela Meira Rodrigues Cisneiros
TL-037 INCIDÊNCIA DE DIABETES GESTACIONAL NO SERTÃO DE PERNAMBUCO.......................................................................................S159
Rosangela Meira Rodrigues Cisneiros, João Guilherme de Bezerra Alves, Luciana Paula Fernandes Dutra, Fernando José Carvalho
Silveira, Audimar de Souza Alves, Carolina Prado Diniz, Marcelo Marques de Souza Lima
TL-038 ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS DE OBESIDADE E SUA RELAÇÃO COM FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM UMA
POPULAÇÃO PARTICIPANTE DE UM EVENTO EDUCATIVO..................................................................................................................S160
Victor José Correia Lessa, Priscilla Maris Pereira Alves, Gláucio Vinícius Pereira de Andrade, Elizabeth Ferreira Freire, Joyce Santos
Nascimento, José Anderson da Silva
TL-039 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E ASSOCIAÇÃO A DIABETES MELLITUS E FATORES DE PIOR PROGNÓSTICO EM AMBULATÓRIO DE CLÍNICA
MÉDICA EM SANTA RITA/PB...............................................................................................................................................................S160
Alysson Costa da Nóbrega, George Robson Ibiapina, Waleria Viana Ibiapina, Daniele Kelle Lopes de Araújo, Valeria Siqueira de
Carvalho Besarria, Alana Moura di Pace, Tauanny Stephane Frazão e Silva, Sandro Cézar Vieira da Silva, Pedro Henrique Xavier Sá
Bezerra de Menezes, Rena Matusa de Oliveira Barros, Juliana Navarro Ribeiro Henriques, Lana Muriely Borges de Assis
TL-041 LYMPHOCYTIC INFUNDIBULONEURO HYPOPHYSITIS: CASE REPORT AND LITERATURE REVIEW..........................................................S160
Lucyana de Melo Baptista, Renata Tereza de Barros Silva, Monique Cardoso Santos, Ana Paula Tavares-Souza, Fernando Raposo, Lucia
Cordeiro
TL-042 METÁSTASE DE CARCINOMA RENAL PARA A TIREOIDE: RELATO DE CASO.......................................................................................S161
Rosalia Gouveia Filizola, Patrícia Leandro Bezerra
TL-044 METÁSTASE INTRACRANIANA COMO APRESENTAÇÃO INICIAL DE CARCINOMA FOLICULAR DE TIREOIDE SEM INVASÃO
LOCAL................................................................................................................................................................................................S161
Livya Susany Bezerra de Lima, Teresa Cristina de Alencar Lacerda, Érico Higino de Carvalho, Ana Carla Peres Montenegro, Thais
Gelenske Braga e Oliveira, Mônica de Oliveira, Kamilla Liberal Leite
TL-046 MIOPATIA PROXIMAL COMO APRESENTAÇÃO PRINCIPAL DO HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO.................................................S162
Cyntia Chaves Gomes de Freitas, Lucio Vilar, Patricia Sampaio Gadelha, Aline Maria C. Siqueira, Giulliana Nobrega Guimarães, Ana
Virgínia Gomes, Maíra Melo de Fonseca, Karoline F. Viana, Viviane Canadas, Renata O. Campos
TL-047 O DESEMPENHO DA CIRCUNFERÊNCIA TORÁCICA NO RASTREIO DO SOBREPESO É EQUIVALENTE OU SUPERIOR A OUTRAS
CIRCUNFERÊNCIAS CORPORAIS CURVA ROC, SOBREPESO, CIRCUNFERÊNCIA TORÁCICA.............................................................S162
Ana Paula Abreu Martins Sales, Nádia Tavares Soares, Maria Helane Costa Gurgel Castelo, Lia Silveira Adriano, Rinaldo e Silva de
Oliveira, Virginia Oliveira Fernandes, Clarisse Mourão Melo Ponte, Ana Paula Dias Rangel Montenegro, Patrícia Soares de Moura, Carlos
Antonio Negrato, Renan Magalhães Montenegro Junior
TL-048 O SURGIMENTO DA DEPRESSÃO FRENTE O DIAGNÓSTICO DO DIABETES........................................................................................S162
Alysson Costa da Nóbrega, George Robson Ibiapina, Waleria Viana Ibiapina, Daniele Kelle Lopes de Araújo, Valeria Siqueira de
Carvalho Besarria, Alana Moura di Pace, Tauanny Stephane Frazão e Silva, Sandro Cézar Vieira da Silva, Pedro Henrique Xavier Sá
Bezerra de Menezes, Rena Matusa de Oliveira Barros, Juliana Navarro Ribeiro Henriques, Lana Muriely Borges de Assis, Daniel Henriques
Tenório de Souza, Leandro Castelo Alves, Wiliams Germano Bezerra Segundo
TL-049 PAN-HIPOPITUITARISMO EVOLUINDO COM COMA MIXEDEMATOSO SECUNDÁRIO À SÍNDROME DE SHEEHAN............................S163
Patricia Sampaio Gadelha, Lucio Vilar, Mayara Laís C. Dourado, Frederico Rangel Filho, Aline Maria C. Siqueira, Karoline Frazão Viana,
Maíra Melo de Fonseca, Giulliana Nóbrega, Ana Virginia Gomes, Cyntia Chaves Gomes, Daniela Coelho, Laís Lopes Dantas, Eliane
Moura, Vera Santos G. Ferreira
TL-050 PAN-HIPOPITUITARISMO: HIPOFISITE LINFOCÍTICA ASSOCIADA À PSORÍASE?...................................................................................S163
Narriane Chaves Pereira de Holanda, Bruno Leandro de Souza, Patrícia Nunes Mesquita, Rafael Jose Coelho Maia
TL-051 PÉ DE CHARCOT: RELATO DE CASO – CONSEQUÊNCIAS DA DEMORA DO DIAGNÓSTICO............................................................S163
Andrea Zappala Abdalla, Angela Beatriz Pimentel Zappala, Barbara Linhares, Renata Hamaoka
TL-052 PERFIL DOS PACIENTES COM BÓCIO MERGULHANTE ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ (HUOC) RECIFE/PE
NO ANO DE 2012...............................................................................................................................................................................S164
Athos Gabriel Vilela Queiroz, Maíra Teti Cavalcanti de Paiva, José Torres Barbosa Júnior, Moacir Novaes Lima Ferreira, Fábio Ferreira
Moura
TL-053 PERFIL DOS PACIENTES DO PROGRAMA DE CIRURGIA BARIÁTRICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ
NO ANO DE 2013...............................................................................................................................................................................S164
Luis Gustavo de Oliveira Pessoa, Maria Daniele de Miranda Duarte, Luana Costa Oliveira Braga, Amanda de Almeida Arruda, Lucas
Soares Bezerra, Moacir de Novaes Lima Ferreira, Fábio Ferreira Moura
TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO
TL-054 PSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO TIPO 1B – RELATO DE CASO...........................................................................................................S164
Ana Virgínia Gomes, Lucio Vilar, Cyntia Chaves Gomes, Aline Maria C. Siqueira, Frederico Rangel Filho, Maíra Melo de Fonseca, Karoline
Frasão Viana, Laís Lopes Dantas, Renata O. Campos, Amaro Gusmão, Patricia Sampaio Gadelha
TL-055 RELAÇÃO DA OBESIDADE COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM INDIVÍDUOS PARTICIPANTES DE EVENTO NA SEMANA
NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA 2013 EM MACEIÓ, ALAGOAS...........................................................................................S165
Joyce Santos Nascimento, Gustavo Piech Ricardo, Mylena Lucena Couto, José Anderson da Silva
TL-056 RELAÇÃO ENTRE O PADRÃO ANDROIDE DE DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL EM MULHERES CLIMATÉRICAS PARTICIPANTES
DA SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA 2013 EM MACEIÓ, ALAGOAS......................................................................S165
Joyce Santos Nascimento, Gustavo Piech Ricardo, Brenda Cavalcanti Costa Barros, Diego Augusto Medeiros Santos, Francisco de
Freitas Machado Netto, José Anderson da Silva
TL-057 RELAÇÃO ENTRE OBESIDADE E NÍVEL DE ESCOLARIDADE EM INDIVÍDUOS PARTICIPANTES DE EVENTO EDUCATIVO EM MACEIÓ,
ALAGOAS...........................................................................................................................................................................................S165
Gustavo Piech Ricardo, Mylena Lucena Couto, Joyce Santos Nascimento, José Anderson da Silva
TL-058 RETINOPATIA DIABÉTICA E ASSOCIAÇÃO A FATORES DE RISCOS CLÁSSICOS EM UM COORTE DE PACIENTES DE
JOÃO PESSOA-PB...............................................................................................................................................................................S166
Alysson Costa da Nóbrega, George Robson Ibiapina, Waleria Viana Ibiapina, Daniele Kelle Lopes de Araújo, Valeria Siqueira de
Carvalho Besarria, Alana Moura di Pace, Tauanny Stephane Frazão e Silva, Sandro Cézar Vieira da Silva, Pedro Henrique Xavier Sá
Bezerra de Menezes, Rena Matusa de Oliveira Barros, Juliana Navarro Ribeiro Henriques, Lana Muriely Borges de Assis
TL-059 RISCO DE PACIENTES NÃO DIABÉTICOS DESENVOLVEREM DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM 10 ANOS: APLICAÇÃO DO FINNISH
DIABETES RISK SCORE (FINDRISC).....................................................................................................................................................S166
Camila Ataíde Rocha, Victor José Correia Lessa, Maria Helena Correia Lessa, Milena de Fátima Queiroz Oliveira, Thays Fernanda Avelino
dos Santos, Fernanda Thaysa Avelino dos Santos, Guilherme Benjamin Brandão Pitta
TL-061 SÍNDROME DE BERARDINELLI-SEIP: RELATO DE CASO E MANEJO DA HIPERTRIGLICIDEREMIA.........................................................S167
Aline Campitelli Fernandes, Ana Herminia Ferreira, Thereza Selma Soares Lins, Ana Carla Lins Neves, Monick Mariz Passos, Taciana de
Andrade Schuler
TL-062 SÍNDROME DO EUTIREÓIDEO DOENTE (SED) EM PACIENTES PORTADORES DO HIV........................................................................S167
Alysson Costa da Nóbrega, George Robson Ibiapina, Waleria Viana Ibiapina, Daniele Kelle Lopes de Araújo, Valeria Siqueira de
Carvalho Besarria, Alana Moura di Pace, Tauanny Stephane Frazão e Silva, Sandro Cézar Vieira da Silva, Pedro Henrique Xavier Sá
Bezerra de Menezes, Rena Matusa de Oliveira Barros, Juliana Navarro Ribeiro Henriques, Lana Muriely Borges de Assis, Daniel Henriques
Tenório de Souza, Leandro Castelo Alves, Wiliams Germano Bezerra Segundo
TL-065 TRATAMENTO DE BÓCIO MERGULHANTE EM PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DESCOMPENSADA..............................S167
Teresa Cristina de Alencar Lacerda, Livya Susany Bezerra de Lima, Érico Higino de Carvalho, Ana Carla Peres Montenegro, Thais
Gelenske Braga e Oliveira, Mônica de Oliveira, Kamilla Liberal Leite
TL-066 WHATSAPPITE EM PACIENTE PORTADORA DE DIABETES MELLITUS TIPO 1 – RELATO DE CASO..........................................................S168
Josivan Gomes de Lima, Lúcia Helena Coelho Nóbrega, Mônica Virgínia Solano Brito Marinho, Gabriela Polisel Gonçalves, Denise Brena
Feitosa Mendes Leite, Manuella Melo Nery Dantas
Trabalhos Científicos
ORAIS
TL-001 A INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA EM OBESOS
ANTES E APÓS A CIRURGIA BARIÁTRICA
Bruno Leandro de Melo Barreto1, Josemberg Marins Campos1,
Joana Cristina da Silva1, Maíra Danielle Gomes de Souza1, Daniel
da Costa Lins1, Cinthia Barbosa de Andrade1, Alvaro Antonio
Bandeira Ferraz1
1
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Introdução: A inatividade física, em seu processo evolutivo na história da humanidade, tem mostrado complicações significantes quanto
à qualidade de vida, ao desencadeando processos fisiopatológicos e/
ou doenças crônicas degenerativas não transmissíveis, entre elas a
obesidade. A cirurgia bariátrica é um processo invasivo e apresenta-se como alternativa eficaz para o controle da obesidade, pois possibilita uma abrupta redução ponderal. Objetivo: Buscar na literatura
a relação entre a atividade física e cirurgia bariátrica. Metodologia:
Trata-se de uma revisão da literatura, efetuada por meio de busca nos
portais PubMed e BVS utilizando os seguintes descritores: “atividade
física”, “cirurgia bariátrica” e “obesidade”. Foram incluídos apenas
artigos publicados entre os anos de 2009 e 2014 que atenderam aos
seguintes critérios de inclusão: ter ao menos um descritor contido no
título; ter pelo menos três descritores no resumo. Foram excluídos
os artigos que no seu texto integral não apresentaram relação direta
com o tema abordado. Encontrou-se um total de 87 artigos, dos
quais foram excluídos 71, e restaram 16, listados neste estudo com a
tabela de autores e fluxograma. Discussão e resultados: Os artigos
selecionados nesse estudo analisaram os benefícios da atividade física
em pacientes antes e após a cirurgia bariátrica. Os principais resultados encontrados entre os autores quanto à pré-intervenção cirúrgica
foram: 5% a 10% da redução do peso ponderal; melhora no condicionamento cardiorrespiratório; redução dos níveis de estresse e riscos
cardiovasculares; maior sensibilidade dos receptores relacionados à
glicemia; diminuição da resistência vascular periférica e benefícios
secundários relacionados em alguns estudos, como melhora na qualidade de vida e autoimagem. Quanto à pós-intervenção cirúrgica, os
artigos relataram que, devido à necessidade exposta pelos pacientes
no tocante à redução de massa magra, foi inserido treinamento de
força em suas rotinas, tentando atenuar a redução da taxa metabólica basal e aumentar a densidade mineral óssea. A literatura, ainda,
demostra que o medo de voltar a engordar é um dos principais motivos de tal prática pós-intervenção cirúrgica. São necessários estudos
longitudinais pós-intervenção cirúrgica para melhor compreensão de
aspectos relacionados a alterações que envolvam fisiologia do exercício e adaptação do corpo outrora obeso. Palavras-chave: Atividade
física, cirurgia bariátrica, obesidade.
TL-014 AVALIAÇÃO DO STATUS DA VITAMINA D E
DOS NÍVEIS DE CÁLCIO E PTH EM MULHERES PÓSMENOPAUSADAS
Lucio Vilar1,2, Patricia S. Gadelha1, Amaro Gusmão1,2, Frederico
Rangel Filho1, Aline Maria C. Siqueira1, Maíra Melo Fonseca1,
Karoline Frazão Viana1, Lais Lopes Dantas1, Ana Virginia Gomes1,
Cyntia Chaves Gomes1, Viviane Canadas1, Vera Santos G. Ferreira1,
Renata Oliveira Campos1
1
2
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE).
Centro de Pesquisas Endocrinológicas de Pernambuco (Cepepe)
Introdução: Dados escassos sugerem ser frequentes em nosso meio a
deficiência de vitamina D e o hiperparatireoidismo primário (HPTP)
entre mulheres pós-menopausadas. Materiais e métodos: Em um
estudo prospectivo, avaliamos o status da vitamina D e do metabo-
lismo do cálcio em pacientes pós-menopausadas, consecutivamente
atendidas em nosso Serviço em um período de 12 meses, por meio
da dosagem do cálcio sérico, da 25 (OH) vitamina D (25OHD) e do
PTH. A reposição atual de cálcio e vitamina D foi considerada como
critério de exclusão. Resultados: Um total de 370 pacientes com
idade entre 50 e 75 anos (média, 61,33 ± 6,26) foi incluído no estudo. Os valores de 25OHD variaram de 8,2 a 48,3 ng/ml (média de
27,3). Deficiência de vitamina D, definida como níveis de 25OHD
até 20 ng/ml, foi detectada em 70 pacientes (19%). Os percentuais
correspondentes para insuficiência de vitamina D (níveis entre 21 e
29 ng/ml) e suficiência de vitamina D (níveis entre 30 e 100 ng/
ml) foram de 54% e 27%, respectivamente. Foram identificados seis
pacientes com HPTP (prevalência de 1,6%). Nesses casos, os níveis
de cálcio variaram de 10,8 a 12,5 mg/dl (média de 11,9 ± 0,67),
enquanto os valores de PTH situaram-se entre 101,6 e 285,8 (média
de 185,2 ± 72,54). Elevação do PTH (valores entre 78,5 e 158 pg/
ml) foi também observada em 28% das pacientes com deficiência
de vitamina D. Conclusão: Enquanto deficiência e insuficiência de
vitamina D mostraram-se bastante comuns na população estudada
(presentes em 73% dos casos), o HPTP revelou-se pouco frequente.
Palavras-chave: Vitamina D, deficiência, PTH, cálcio, hiperparatireoidismo.
TL-040 IS SCREENING FOR MACROPROLACTIN
WORTHWHILE AMONG PATIENTS WITH IDIOPATHIC
HYPERPROLACTINEMIA?
Lucio Vilar1,2, Patricia S. Gadelha1, Frederico Rangel Filho1, Aline
Maria C. Siqueira1, Karoline F. Viana1, Maira M. Fonseca1, Giulliana
Nobrega1, Ana Virginia Gomes1, Cyntia Chaves Gomes1, Licinia
L. Matos1, Lais L. Dantas1, Vera Santos G. Ferreira1, José Luciano
Albuquerque1,2, Amaro Gusmão1,2
Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal
de Pernambuco (HC-UFPE). 2 Centro de Pesquisas Endocrinológicas de
Pernambuco (Cepepe)
1
Background: Macroprolactinemia does not need treatment as it is
characterized by the predominance in the serum of macroprolactin
(MP), a prolactin (PRL) with high molecular mass and low biological activity. Idiopathic hyperprolactinemia (IH) is usually defined as
the presence of elevated serum PRL levels in a patient in the absence of demonstrable pituitary or central nervous system disease
and of any other recognized cause of increased PRL secretion.
Dopamine agonists are the treatment of choice for IH. Subjects
and me­thods: The aim of this prospective trial was to evaluate the
prevalence macroprolactinemia among consecutive patients with IH
routinely followed during a period of 12 months in the Division of
Endocrinology of Hospital das Clínicas, Federal University of Pernambuco, Recife, Brazil. We also compared clinical, laboratorial and
demographic features in IH patients with or without macroprolactinemia. The diagnosis of macroprolactinemia was established by the
demonstration of a PRL recovery < 40% after polyethylene glycol
(PEG) serum precipitation. Results: A total of 40 patients (30 women and 10 men; mean age, 39.7 ± 4.1 yrs; age range, 25-50) were
included; 30 of them (75%) have been treated with cabergoline. The
screening for macroprolactin was positive in 10 patients (25%) all
submitted to CAB therapy. The clinical and demographic features,
as well as PRL levels did not differ in patients with true IH patients
and in those with macroprolactinemia. Conclusions: Our findings
demonstrated that macroprolactinemia is highly prevalent in patients
with an apparent idiopathic hyperprolactinemia. They also highlight
the importance of routine screening for MP in most patients with
hyperprolactinemia and all of those with IH, regardless their clinical features. Palavras-chave: Macroprolactin, macroprolactinemia,
idiopathic hyperprolactinemia, screening.
S145
Trabalhos Científicos
TL-043 METÁSTASE HEPÁTICA EM CARCINOMA FOLICULAR
DE TIREOIDE
Lucas Vieira de Carvalho1, Paulo Almeida Filho1
1
Real Hospital Português (RHP) de Beneficência em Pernambuco
O câncer de tireoide é a neoplasia mais frequente da região de cabeça
e pescoço, perfazendo em torno de 1% a 2% entre os diversos tipos
de câncer. O carcinoma folicular abrange 15% a 25% da totalidade
dos casos. Os pacientes, em geral, são assintomáticos, apresentando
sinais clínicos quando se encontram em estágio avançado da doença.
A prevalência é maior em mulheres, por volta da quinta década de
vida. Metástases a distância são relativamente incomuns no momento do diagnóstico (15% a 20% dos casos). Os sítios mais frequentes
são pulmões e ossos, de forma que nódulos pulmonares múltiplos e
fraturas patológicas são manifestações possíveis e podem conduzir ao
desfecho do caso. Relatamos o caso de um paciente de 87 anos que
foi submetido à tireoidectomia em 2009, constatando presença de
hiperplasia folicular reativa em lobo direito, sem alterações sugestivas de malignidade na época. Três anos após a cirurgia, ressonância
magnética da coluna cervical apontou lesão óssea destrutiva e
insuflativa no corpo vertebral de C4, determinando compressão
na face ventral do saco dural e ocupando o neuroforamen direito
C4-C5. A principal hipótese levantada foi a de lesão neoplásica
secundária, aventando-se pela primeira vez a possibilidade de
neoplasia primária da tireoide como foco para a disseminação da
metástase. A confirmação veio após análise anatomopatológica
dos fragmentos, em outubro daquele ano. Exames laboratoriais
realizados em janeiro de 2014 revelaram tireoglobulina de 2661,0
ng/ml, sugestionando presença de células tireoidianas metastáticas
em atividade. Em 13 de março deste ano, o paciente foi internado
no Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco para
submeter-se à iodoterapia, recebendo a dose terapêutica de 200 mCi
de iodo-131. Dois dias após, na ocasião de sua alta, foram efetuados
a pesquisa de corpo inteiro (PCI) e o SPECT-CT, que identificou
lesão hepática iodocaptante em segmento VII, compatível com implante secundário. Até maio de 2011, haviam sido documentados
apenas dez casos de carcinoma primário de tireoide com metástase
para o fígado, sendo três homens e sete mulheres, com uma média
de idade em torno de 63 anos. Desses, cinco eram carcinomas foliculares. Implantes metastáticos no fígado, em geral, não são captantes
após administração de iodo-131. Massas hepáticas iodo-captantes
são extremamente raras, o que confere ao caso descrito uma particularidade e o torna ainda mais especial. Palavras-chave: Carcinoma
folicular, tireoglobulina, SPECT-CT.
TL-045 METASTATIC INSULINOMA MANAGED WITH
RADIOLABELED SOMATOSTATIN ANALOG
Lucas Vieira de Carvalho, Ricardo Costa, Rubens Costa, Carlos E.
Bacchi, Paulo Almeida Filho
Real Hospital Português (RHP) de Beneficência em Pernambuco. Cedar Valley
Cancer Center (CVCC). Laboratorio Bacchi (LB). Real Hospital Português
(RHP) de Beneficência em Pernambuco. Real Hospital Português (RHP) de
Beneficência em Pernambuco
Insulinoma is a rare pancreatic neuroendocrine tumor. Overproduction of insulin and associated hypoglycemia are hallmark features
of this disease. Diagnosis can be made through demonstration of
hypoglycemia and elevated plasma levels of insulin or C-peptide.
Metastatic disease can be detected through computerized tomography (CT) scans, magnetic resonance imaging (MRI), and positron
emission tomography (PET)/CT. Somatostatin receptor scintigraphy can be used not only to document metastatic disease but also
as a predictive marker of the benefit from therapy with radiolabeled
somatostatin analog. Unresectable metastatic insulinomas may present as a major therapeutic challenge for the treating physician. When
feasible, resection is the mainstay of treatment. Prevention of hy-
S146
poglycemia is a crucial goal of therapy for unresectable/metastatic
tumors. Diazoxide, hydrochlorothiazide, glucagon, and intravenous glucose infusions have been used for glycemic control yielding
temporary and inconsistent results. Sandostatin and its long-acting
depot forms have occasionally been used in the treatment of Octreoscan-positive insulinomas. Herein, we report a case of metastatic
insulinoma with very difficult glycemic control successfully treated
with the radiolabeled somatostatin analog lutetium (177LU). Palavras-chave: Insulinoma, lutetium, octreoscan, somatostatin.
TL-060 SECOND ATTEMPT TO WITHDRAW CABERGOLINE IN
PROLACTINOMAS: RESULTS FROM A PROSPECTIVE STUDY
Lucio Vilar1, Patricia S. Gadelha1, Frederico Rangel Filho1, Aline
Maria C. Siqueira1, Renata O. Campos1, Vera Maria dos Santos
Gomes Ferreira1, Viviane Canadas1, Karoline F. Viana1, Maíra M.
Fonseca1, Ana Virgínia Gomes1, Cyntia Chaves1, Daniela Coelho1,
José Luciano Albuquerque1,2
Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal
de Pernambuco (HC-UFPE). 2 Centro de Pesquisas Endocrinológicas de
Pernambuco (Cepepe)
1
Background: It has been widely demonstrated that cabergoline
(CAB) therapy can be successfully discontinued after 2 years in
20%-30% of hyperprolactinemic patients who achieve normal prolactin (PRL) levels. However, it is not well established whether CAB
therapy can be successfully withdrawn when the first attempt has
failed. Subjects and methods: The aim of this multicenter prospective open trial was to evaluate the likelihood of successful discontinuation of CAB therapy in patients harbouring prolactinomas who
fulfilled the following criteria: (1) recurrence of hyperprolactinemia
after first withdrawal; (2) additional CAB therapy for at least 2 years;
(3) normal serum prolactin; (4) CAB dose ≤ 1.5 mg/week (5) tumor remnant < 10 mm. Disease recurrence was defined as increase
of PRL levels above 1.2-fold the upper limit of normal (ULN). Results: A total of 25 patients (17 women and 8 men; mean age, 39.7
± 4.1 yrs; age range, 32-47) treated for 26.1 ± 1.68 months (range,
24-29) were included in this prospective study and CAB therapy was
stopped. Initial tumors were microadenoma in 68%, and macroadenoma in 32%. The average weekly CAB dose at second withdrawal
was 0.9 ± 0.28 mg (median = 1.0; range = 0.5-1.5). Recurrence
was found in 17 of 25 patients (68%). Fifteen patients (88.2%) recurred within 12 months after withdrawal: 2 did so within 3 months,
8 within 6 months, 12 within 9 months and 2 within 15 months.
Median time to recurrence was 9 months. After withdrawal non-recurring patients were followed for a period of 15-24 months (mean,
18.1 ± 3.2; median, 17).When recurring and non-recurring patients
were compared, no significant difference was found concerning age,
gender, PRL levels, CAB dose, and duration of CAB therapy before
second withdrawal. Conclusions: Our findings demonstrated that
second attempt of CAB withdrawal after 2 additional years of therapy is worthwhile and may be as effective as first attempt of treatment
discontinuation. Most of the recurrences occurred within the first
12 months after withdrawal. Predictors of recurrence could not be
identified. Palavras-chave: Cabergoline, prolactinomas, withdrawal.
TL-063 SOCIAL DEMOGRAPHIC FEATURES OF OBESITY IN
VOLUNTEERS IN A LEISURE PARK IN BRAZIL
Lúcia Helena de Oliveira Cordeiro1, Maíra Souza1, Francimar
Bezerra1, Lucio Vilar1, Raíssa Albuquerque1, Cinthia Andrade1,
Josemberg Campos1
1
Federal University of Pernambuco (UFPE)
Obesity is a public healthy concern. In developed countries including Brazil, the number of obese people is growing and death related
to obesity is more than undernutrition. The aim was to detect the
Trabalhos Científicos
social and demographic features of a leisure Park users in Brazil.
Gender, age, education level, family income, food habits were analysed. Total of 619 volunteers between June to December 2013 were
submitted to a quest. Height, weight, BMI, waist/hip relationship
and blood glucose level were evaluated. This study had the ethic
approval from the institution specific committee. Gender distribution was similar 50,1% (309) female, age between 50-59 was more
frequent in 26,8%, 68% (418) had incomplete superior level, 29,2%
(176) had family income between $1200 to 3000 dollars monthly.
Forty-five per cent (276) of the volunteers were overweight and
25,7% (158) were obese. Obesity was associated to incomes less
than $300 dollars monthly (p < 0,01), had less than 3 meals a day
and age between 30-39 years (34%). Practice exercise didn’t correlated with obesity. According to the Health Ministry of Brazil in
2013, more than 50% of Brazilian citizens are overweight and 17%
obese. In our study, overweight exceeds 40%, being 25,6% obese.
Obesity was frequent between families with income less than 300
dollars per month. Obesity in Brazil is growing fast and sooner as we
can see in this sample. Obesity was more frequent between 30-39
years old. According to Brazil’s data overweight in male population
between 19-29 years old steeped from 18,5% in 1974-75 to 50,1%
in 2008-09, in female it was 28,7 to 48%. In conclusion, obesity is
a pandemic concern and in developing countries it is now frequent
in younger, poorest and low education population. Palavras-chave:
Epidemiology, leisure, obesity, overweight, prevention.
TL-064 TELESSAÚDE: PREVENÇÃO DA OBESIDADE ATRAVÉS
DA TELE-EDUCAÇÃO
Claudinalle Farias Queiroz de Souza1,2, Maíra Danielle Gomes de
Souza3, Cinthia Barbosa de Andrade4, Joana Cristina da Silva4,
Caio Porciúncula Teixeira Basto5,6, Josemberg Martins Campos4,6,
Magdala de Araújo Novaes2,6
Universidade de Pernambuco (UPE). 2 Núcleo de Telessaúde (NUTES) – UFPE.
Programa de Pós-Graduação em Cirurgia (PPGC) da UFPE. 4 CNPQ, Grupo
de Pesquisa em Cirurgia da Obesidade da UFPE. 5 Curso de Medicina da
Faculdade Maurício de Nassau (FMN). 6 Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE)
1
3
Introdução: As ações de Telessaúde na atenção primária de saúde
(APS) são realizadas por meio dos Núcleos Técnico-Científicos de
Telessaúde. Em Pernambuco o Programa de Telessaúde é desenvolvido pela RedeNUTES, sediada no Núcleo de Telessaúde do Hospital das Clínicas (NUTES/UFPE), e disponibiliza, entre outros,
o serviço de Tele-educação. Esse serviço visa promover a educação
permanente dos profissionais de saúde dos municípios do estado,
principalmente os que estão a grandes distâncias da capital. Objetivo: Utilizar a Tele-educação da RedeNUTES para construção do
conhecimento dos profissionais de saúde das equipes de saúde da
família de Pernambuco no planejamento de estratégias de prevenção
da obesidade e suas comorbidades na comunidade local. Metodologia: Ofertar seminários por webconferência para profissionais de
saúde das Unidades de Saúde da Família (USF) cadastradas no Programa Telessaúde Brasil Redes/Pernambuco. Os teleconsultores palestrantes foram profissionais integrantes do Grupo de Pesquisa em
Obesidade do HC/UFPE. Cada seminário teve duração de 1 hora,
com dois momentos, apresentação e esclarecimento de dúvidas. Resultados: Foram realizadas 18 webconferências no período de julho
a dezembro de 2013, com participação de 70 profissionais de diversas áreas: enfermeiros, nutricionistas, psicólogo, cirurgião-dentista,
educador físico, técnicos de enfermagem, de informática, de saúde
bucal, e de educação em saúde; agentes comunitários de saúde, coordenadores, recepcionistas e gerente administrativo que atuavam
em USF, NASF, PMAQ, Unidades Mistas e Secretarias de Saúde de
20 municípios do estado. Não houve a presença de médicos, porém
15 acadêmicos de medicina e enfermagem participaram. Todos os
seminários foram avaliados como ótimo e bom pelos participantes
em relação à qualidade do material e ao palestrante, o que poderá proporcionar alguma contribuição para as atividades profissionais. Conclusão: Os profissionais que participaram dos seminários
puderam ser capacitados em diferentes assuntos a fim de orientar
a população com maior qualidade. A tele-educação contribuiu na
integração e articulação entre ensino-serviço-pesquisa, pois estimulou a discussão entre atores da academia e do serviço, aproximando
suas realidades, e envolveu uma equipe multidisciplinar composta
por docentes e discentes integrantes dos Grupos de Pesquisa em
Obesidade CNPQ/UFPE e Informática em Saúde TIS/UFPE e
GPIS/UPE. Palavras-chave: Telessaúde, obesidade, educação em
saúde, educação a distância.
PÔSTERes
TL-002 A PRÁTICA EDUCATIVA DE ENFERMEIROS POR MEIO
DE UMA CARTILHA SOBRE DIABETES: EXPERIÊNCIA DE UM
CENTRO DE REFERÊNCIA
Silvana Linhares de Carvalho1, Francisca Diana da Silva
Negreiros1, Tatiana Rebouças Moreira1, Clarice da Silva Neves1,
Livia Dantas Lopes1, Renan Magalhães Montenegro Junior1
1
Universidade Federal do Ceará (UFC)
Introdução: O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica que
se tornou um problema de saúde pública. As estatísticas mostram
que a cidade de Fortaleza (CE) aparece como a capital com o maior
percentual de diabéticos. Diante disso, as atividades educativas em
saúde realizada pelos enfermeiros aos portadores DM são relevantes
por permitir um conhecimento mais significativo sobre a doença,
possibilitando maior adesão ao tratamento, redução ou prevenção
das sequelas futuras, autonomia para o autocuidado, além de estimular a aceitação das mudanças no aspecto biopsicossocial. Objetivo: Descrever a prática educativa de enfermeiros na promoção do
autocuidado em diabéticos por meio de uma cartilha ilustrada. Método: Trata-se de um estudo descritivo, utilizando cartilha educativa ilustrada, elaborada por enfermeiros e residente de enfermagem
para pacientes com diabetes, num Ambulatório de Endocrinologia
e Diabetes de um Hospital Universitário do município de Fortaleza.
Resultados: Duas enfermeiras e uma residente de enfermagem em
diabetes atuam na assistência ao paciente com diabetes. As consultas
de enfermagem são realizadas com pacientes recém-diagnosticados,
em terapia inicial com insulinas ou em mudança de terapia e com
pacientes em difícil adesão ao tratamento. O processo de educação
em saúde é realizado de forma individualizada, considerando a necessidade de cada usuário. Na prática, é apresentada aos usuários
uma cartilha ilustrada abordando: o que é o diabetes, os tipos e
objetivos do tratamento, sinais e sintomas de hipo e hiperglicemia,
necessidades nutricionais, hipoglicemiantes orais, tipos de insulina e
suas ações, armazenamento, técnicas de aplicação, rodízio dos locais
de aplicação, necessidade de exercícios físicos, automonitoramento,
cuidado com os pés para prevenção de lesões, complicações crônicas
e como preveni-las. A entrega do material educativo é realizada ao
fim da consulta, procedendo-se à evolução no prontuário. Conclusão: Tendo em vista a elevada prevalência do diabetes no panorama
atual, torna-se essencial a educação e emponderamento do paciente.
Nesse contexto, ressalta-se a importância da utilização da cartilha
ilustrada nos programas educativos, estimulando a prática do autocuidado em diabéticos, já que o conhecimento acerca da doença é
um recurso fundamental para a adesão ao tratamento, objetivando
ao controle glicêmico e prevenindo ou retardando complicações relacionadas à doença. Palavras-chave: Educação em saúde, autocuidado, enfermagem.
S147
Trabalhos Científicos
TL-003 ACROMEGALIA CAUSADA POR MACROADENOMA
GIGANTE CALCIFICADO
Teresa Cristina de Alencar Lacerda1, Kamilla Liberal Leite1, Ana
Carla Peres Montenegro1, Mônica de Oliveira1, Érico Higino de
Carvalho1, Thais Gelenske Braga e Oliveira1, Livya Susany Bezerra
de Lima1
1
Instituto de Medicina Integral de Pernambuco (Imip)
Introdução: Adenomas de hipófise são a causa de acromegalia em
95% dos casos, sendo 75% a 80% macroadenomas ao diagnóstico.
Os macroadenomas são tumores maiores de 1 cm e são classificados como gigantes se ultrapassam 4 cm, sendo considerados raros.
Podem apresentar-se com sintomas compressivos, somáticos ou
metabólicos, os quais nortearão o diagnóstico. Objetivo: Relatar
caso de paciente com acromegalia, submetido à cirurgia transesfenoidal para exérese de macroadenoma gigante sem êxito por causa
da presença de calcificações tumorais. Métodos: Dados coletados
em prontuário médico, no período de março de 2014, após consentimento livre e esclarecido do paciente. Descrição DAO, 31
anos, masculino, refere perda de calçados há três anos, crescimento
ocular à direita há seis anos e cefaleia holocraniana, intensa, esporádica, com remissão espontânea há 12 anos. Foi suspeitada acromegalia
pelo fenótipo e feitas dosagens séricas de IGF-1 725 ng/ml (normal
103-391) e GH 3,68 microgramas/L (normal < 3). Realizou ressonância nuclear magnética (RNM), que demonstrou tumor com
sinais de invasão do seio cavernoso direito, compressão de diversas
estruturas adjacentes, medindo 6,4 x 4,7 x 3,5 cm nos maiores diâmetros. Foi realizada cirurgia transesfenoidal sem êxito por causa
da presença de calcificações que impossibilitaram a retirada tumoral. Nova RNM realizada no pós-cirúrgico com dimensões tumorais praticamente inalteradas e aumento da extensão de áreas com
aspecto necro-hemorrágico em seu interior, além de insinuação
do tumor na cisterna pré-pontina com leve compressão em região
anterolateral direita da ponte. Quatro meses após a cirurgia retorna com queixa de perda do campo visual temporal à direita. Ao
exame apresentava ginecomastia bilateral sem descarga à expressão,
tireoide normopalpável, aumento da fronte, nariz e espessura labial,
além de proptose ocular direita e hemianopsia temporal direita. O
paciente está em programação de nova abordagem cirúrgica por
craniotomia para redução tumoral, tratamento medicamentoso adjuvante com análogo de somatostatina e radioterapia. Conclusão:
O caso é relevante devido à raridade tanto dos macroadenomas
gigantes de hipófise como pela presença de proptose ocular, além
dos poucos relatos de macroadenomas calcificados da hipófise na
literatura. Palavras-chave: Acromegalia, macroadenoma, calcificações cerebrais.
TL-004 AGRANULOCITOSE EM UM PACIENTE COM
DOENÇA DE BASEDOW-GRAVES EM USO DE METIMAZOL –
IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE
Priscilla Maris Pereira Alves1,2, Eduardo Falcão3, Fátima Alécio3,
Mônica Lessa3, José Anderson da Silva1,3, Emillene Cursino
Cordeiro3, Laís Beltrão Magalhães3, Marcia Gabrielle Tenório
Correia Alves Casado3
1
Universidade Federal de Alagoas (UFAL). 2 Liga Acadêmica de Endocrinologia
e Metabologia (LAEM). 3 Santa Casa de Misericórdia de Maceió (SCMM).
Introdução: A agranulocitose, de suposta etiologia autoimune,
representa a principal e mais temida reação adversa às tionamidas
e se caracteriza pelo achado de uma contagem absoluta de
granulócitos < 500 mm3. Ocorre em 0,02% a 0,5% dos pacientes e mostra-se potencialmente fatal caso o fármaco seja mantido.
Seus sintomas estão relacionados com infecções em orofaringe,
entretanto sepse, infecções de pele e outras infecções sistêmicas
são possíveis formas adicionais de manifestação. Parece ser mais
S148
comum acima dos 40 anos, após uso irregular de propiltiouracil
ou com doses de metimazol acima de 20 a 30 mg/dia. O tratamento consiste na descontinuação da tionamida e internação
para monitorização e antibioticoterapia de amplo espectro. Estudos mostram benefícios do fator estimulador de colônias de
granulócitos humanos. Material e métodos: Paciente do sexo
feminino, 40 anos, portadora de doença de Graves em uso de
metimazol 30 mg/d e propanolol 40 mg 3xd, procurou várias
vezes o pronto atendimento de urgência com quadro de queda
do estado geral, odinofagia, episódios de febre, dificuldade para
ingestão de alimentos e líquidos, sendo medicada com sintomáticos e orientada a aumentar a dose do tapazol para 40 mg/d e
procurar o ambulatório de endocrinologia para avaliação de possível descompensação tireoidiana. Resultados: No momento da
avaliação apresentava queda do estado geral, febre de 38,8 ºC e
sintomas relacionados à infecção de orofaringe. Ao exame físico
apresentava exoftalmia bilateral e bócio difuso. Em exame da cavidade bucal, observaram-se ulceração em face posterior da língua
e sinais de monilíase. Trazia exames do último mês: hemograma,
bioquímica, transaminases e fosfatase alcalina normais. Foi realizada a hipótese de agranulocitose devido ao uso de metimazol e
encaminhada à hospitalização, sendo realizado hemograma, que
evidenciou: leucócitos = 2.500 células/mm3; segmentados = 15%
(375 granulócitos). Foram iniciadas medidas de suporte clínico e
antibioticoterapia para neutropenia febril com cefepima 2g 8/8h
e suspensão do metimazol. A paciente evoluiu com melhora progressiva e no 10º dia de internação recebeu alta sem sintomas clínicos e melhora importante, sendo encaminhada para tratamento
com iodo radioativo. Conclusão: Este caso ilustra a necessidade
de descontinuação do uso das tionamidas para realização de
leucograma em caso de febre, dor de garganta e aparecimento de
úlceras na boca ou outros sintomas de infecção. Palavras-chave:
Febre, hipertireoidismo, odinofagia.
TL-005 ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA COMO
SINTOMA INICIAL DE HIPERCALCEMIA MALIGNA EM
PACIENTE COM LINFOMA DE HODGKIN
José Anderson da Silva1,2, Marcia Gabrielle Tenório Correia Alves
Casado2, Emilene Cursino Cordeiro2, Laís Beltrão Magalhães2,
Eduardo Falcão Lima de Souza2, Mônica Lessa2, Sandra Márcia
Omena2, Cláudia Falcão2, Celina Lacet2, Fátima Alécio2, Flavio
Teles1,2, Joyce Santos Nascimento1
1
Universidade Federal de Alagoas (UFAL). 2 Residência de Clínica Médica da
Santa Casa de Misericórdia de Maceió (SCMM), Alagoas
Introdução: A hipercalcemia associada à malignidade é descrita em
20% a 30% dos pacientes com câncer em alguma etapa da doença,
sendo associada a mau prognóstico. É mais frequente em algumas
doenças malignas como no câncer de mama com metástase óssea
(em torno de 20% dos casos), carcinoma escamoso de pulmão (25%
dos casos) e mieloma múltiplo (10% dos casos). No entanto, é rara
no câncer de mama sem metástase óssea, no carcinoma pulmonar de
pequenas células, no linfoma de células T, células B ou de Hodgkin.
Os sintomas relacionados ao sistema nervoso central predominam,
tais como progressivo declínio da capacidade cognitiva, estupor e
coma; nesse contexto, as alterações na função renal e no trato gastrointestinal corroboram a desidratação e agravam a hipercalcemia.
Material e métodos: Relata-se o caso de uma paciente do sexo feminino, 58 anos, encaminhada à enfermaria de clínica médica com
quadro de sonolência, astenia, náuseas e dorsalgia. Resultados: Os
exames laboratoriais evidenciaram hipercalcemia (cálcio total: 16,4
mg/dl, cálcio iônico: 2,49 mg/dl), alteração da função renal (creatinina: 2,39 mg/dl e ureia: 65 mg/dl), proteína C reativa (150
mg/l), sódio (131 mmol/l), potássio (3,9 mmol/l) e fósforo (3,9
mg/dl), redução dos níveis de PTH (< 3 pg/ml), TSH (3,17 µUI/
dl) e T4 livre (1,11 ng/dl) normais, hemograma (Hb: 8,7 g/dl,
Trabalhos Científicos
Htc: 26,5%, leucócitos: 8.600 cél/mm3, plaquetas: 197.000), eletroforese de proteínas: pico monoclonal na região de gamaglobulina
correspondendo a 7,5% do total de proteína e hipoalbuminemia (2,6
g/dl). Tomografia de tórax evidenciou derrame pleural bilateral, linfonodomegalias em regiões axilares, lesões ósseas agressivas em 5º
arco costal e corpo vertebral de D11. Tomografia computadorizada
de abdome com contraste revelou baço com dimensões aumentadas
com presença de lesões invasivas intraparenquimatosas, nódulo hepático de limites mal definidos no lobo direito, lesões sugestivas de
implantes secundários em ossos vertebrais, asas ilíacas e em sacro.
Cintilografia óssea com lesões sugestivas de implantes metastáticos
em 5º e 6º arcos costais esquerdos, corpos vertebrais e região sacroilíaca. Biópsia óssea revelou linfoma Hodgkin. Conclusão: Este
caso revela a importância de conhecer as manifestações e repercussões clínicas da hipercalcemia, além de sua relação com malignidades hematológicas. Palavras-chave: Hipercalcemia maligna, linfoma
Hodgkin, capacidade cognitiva.
TL-006 AMPUTAÇÕES POR DIABETES NO ESTADO DE
ALAGOAS: ANÁLISE DE DADOS DO DATASUS E REVISÃO DE
LITERATURA
Victor José Correia Lessa1, Priscilla Maris Pereira Alves1, Joyce
Santos Nascimento1, José Anderson da Silva1
1
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (Famed-UFAL)
Introdução: O diabetes mellitus (DM) é responsável por metade das
amputações não traumáticas no mundo, causando grande impacto
socioeconômico e na qualidade de vida dos afetados. Diabéticos
apresentam risco relativo de ter que se submeter a uma amputação
ao longo da vida de 15 a 40 vezes maior do que os não diabéticos.
A etiologia mais frequente das amputações são as complicações do
pé diabético. Recentemente foi divulgado pela Associação Médica Brasileira (AMB) que Alagoas (AL) atualmente lidera o ranking
de amputações devidas ao DM no Brasil. Diante disso, este estudo objetivou conhecer as amputações por diabetes realizadas no
estado em todo o período disponível na base do Datasus (janeiro
de 2002 a abril de 2013). Material e métodos: Foram analisados
retrospectivamente dados disponíveis no Datasus provenientes do
Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e
Diabéticos (Hiperdia), que foram tabulados on-line via TabNet. Revisão de literatura: foram consultadas as bases LILACS e SciELO
em busca de estudos sobre amputações por DM em AL. Resultados: 1.953 pacientes foram cadastrados como diabéticos tipo 1
(DM1), 6.657 como diabéticos tipo 2 (DM2) e 33.077 como hipertensos e diabéticos (DM&HAS) no Hiperdia em AL. Trinta pessoas foram submetidas à amputação devida a DM no grupo DM1
(16 com pé diabético), 77 no grupo DM2 (45 com pé diabético) e
833 no grupo DM&HAS (442 com pé diabético), totalizando 940
amputações. No Brasil, realizaram-se 1.970 amputações no grupo
DM1, 4.487 no DM2 e 52.321 no DM&HAS. No período estudado, AL não deteve o maior número de amputações. Entre os
estados do Nordeste, superou o número de amputações somente
de Piauí (n = 876) e Sergipe (n = 778). Foram encontrados apenas
dois artigos durante a revisão de literatura. Um deles verificou evolução para amputação em 4,3% de uma amostra de 93 pacientes com
DM2. O outro mostrou realização de algum tipo de amputação em
582, de 614 portadores de pé diabético, com lesões necróticas e/
ou infecciosas em membros inferiores. Conclusões: Em 11 anos,
AL somou um número grande de amputações por DM, o qual pode
ser ainda maior, de acordo com o que foi divulgado pela AMB e
pelo fato de as estatísticas só incluírem pacientes atendidos no SUS
e cadastrados no Hiperdia. Este trabalho atesta a necessidade da
realização de mais estudos, objetivando-se conhecer melhor o perfil
das amputações por DM no estado e, consequentemente, elaborar
ações e políticas públicas para prevenção dessa condição mutiladora.
Palavras-chave: Amputação, diabetes mellitus, pé diabético, Hiperdia, Sistema Único de Saúde.
TL-007 ANÁLISE DOS EFEITOS DA DGYR NO DIABETES TIPO
2 ASSOCIADO AO SOBREPESO
Lúcia Helena de Oliveira Cordeiro, Vladimir Curvelo Tavares de
Sá1, Daniel da Costa Lins, Joana Cristina da Silva, Bruno Leandro
de Melo Barreto, Cinthia Barbosa de Andrade, Josemberg Marins
Campos, Lyz Bezerra de Lima
Programa de Pós-Graduação em Cirurgia da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE). CNPQ – Grupo de Pesquisa da UFPE. Departamento de
Cirurgia da UFPE. Hospital Agamenon Magalhães, Residência de Cirurgia Geral
Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e a síndrome metabólica (SM) são pandemias sem controle clínico adequado. Cirurgias
bariátricas proporcionam boa resolução do DM2 em obesos, entretanto os efeitos da derivação gástrica em Y de Roux (DGYR) são
desconhecidos em diabéticos sem obesidade. Objetivo: Avaliação da
eficácia e segurança da DGYR no tratamento do DM2 sem controle
clínico associado ao sobrepeso. Materiais e métodos: Foi analisada
prospectivamente uma população submetida à DGYR, comparando-se variáveis clínicas e laboratoriais no pré e pós-operatório. O grupo consta de 17 pacientes, teve seguimento médio de 20 meses e
apresentou média de IMC 27,7 kg/m2 e HbA1c de 10,2% e tempo
de diagnóstico do DM2 de 10,4 anos. Resultados: (1) A remissão
do DM2 foi de 29% (n = 5). (2) O controle glicêmico sem drogas
foi obtido em 35% dos casos (n = 6), independentemente das medicações em 53% (n = 9). (3) A síndrome metabólica foi reduzida
de 62% a 54%, com diminuição pela metade do risco de eventos
coronarianos. (4) Houve redução de 18% do peso. Não houve mortalidade, morbidade grave, desnutrição ou casos com IMC abaixo
de 20 kg/m2. O menor tempo de doença proporcionou melhores
resultados, porém não há interferência quanto ao grau de IMC ou
uso de insulina. Conclusão: A DGYR é uma opção segura e eficaz
no tratamento da SM e do DM2 em pacientes não obesos no curto
prazo. Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 2, cirurgia metabólica,
síndrome metabólica, bypass gástrico, sobrepeso.
TL-008 ANÁLISE MOLECULAR DO GENE DO RECEPTOR DE
ANDRÓGENOS EM PACIENTES COM DDS 46,XY E QUADRO
CLÍNICO SUGESTIVO DE INSENSIBILIDADE ANDROGÊNICA
Reginaldo José Petroli1,2, Victor José Correia Lessa1, Larissa Clara
Vieira Góes1, Camila Maia Costa de Queiroz1, Ilanna Fragoso
Peixoto Gazzaneo1, Reinaldo Luna de Omena Filho3, Diogo Lucas
Lima do Nascimento4, Maricilda Palandi de Mello2, Isabella Lopes
Monlleó1,5
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (Famed-UFAL).
Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG) da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).3 Setor de Genética Médica
(SGM)/Núcleo de Saúde Materno-Infantil e do Adolescente (Nusmiade), Centro
de Ciências da Saúde (CCS), Universidade Estadual de Ciências da Saúde de
Alagoas (Uncisal). 4 Laboratório de Citogenética Humana (LCH), Nusmiade,
CCS, Uncisal. 5 Serviço de Genética Clínica (SGC) do Hospital Universitário
Professor Alberto Antunes (HUPAA) da UFAL
1
2
Introdução: Os distúrbios da diferenciação do sexo (DDS) caracterizam-se pelo desenvolvimento genital ou gonadal incompleto ou desordenado que resulta em discordância entre o sexo
genético e fenotípico do indivíduo. As alterações no gene do
receptor de andrógenos (RA) são responsáveis por diversos fenótipos associados às síndromes de insensibilidade androgênica
(SIA). Devido à sobreposição clínica no grupo de DDS 46,XY, a
identificação de alterações moleculares no gene RA torna-se uma
ferramenta fundamental para o diagnóstico. O presente estudo
tem como objetivo a caracterização de alterações no gene RA
em pacientes com quadro sugestivo de insensibilidade androgênica. Os pacientes foram avaliados quanto aos aspectos clínicos,
citogenéticos e hormonais no Serviço de Genética Clínica do
S149
Trabalhos Científicos
Hospital Universitário da UFAL e encaminhados para o Centro
de Biologia Molecular e Engenharia Genética, na Unicamp, para
análise do gene RA. Metodologia: Amostras de DNA genômico
foram obtidas do sangue total periférico. A metodologia de extração de DNA utilizada foi a de lise com proteinase K. A caracterização das alterações moleculares do gene RA foi realizada
por meio da reação da polimerase em cadeia (PCR) seguida de
sequenciamento automático dos fragmentos amplificados. As sequências obtidas foram analisadas e comparadas com a sequência
normal do gene por meio de programas de bioinformática. Resultado: Quatorze famílias com diagnóstico sugestivo de SIA foram incluídas neste trabalho. Até o momento, nenhuma alteração
associada ao fenótipo foi observada, contudo os resultados são
preliminares por causa da dificuldade de amplificação de alguns
fragmentos ricos em nucleotídeos guaninas e citosinas. Conclusão: O diagnóstico de SIA pode ser mais rapidamente confirmado
com a identificação da alteração molecular no gene RA, dada a
urgência em se definir ou ajustar o sexo para fins de registro
tanto em recém-nascidos quanto em outras fases do desenvolvimento. Até o momento, nenhuma mutação que comprove o
fenótipo dos pacientes analisados foi encontrada. Como descrito
na literatura, até 50% dos casos de DDS não têm sua etiologia
esclarecida, o que evidencia a dificuldade de diagnóstico e de
conduta. Nesses casos, o próximo passo será a análise molecular
de outros genes que participam dos processos de determinação
e diferenciação do sexo, não só para o entendimento das bases
moleculares da doença, mas também a fim de proporcionar uma
conduta apropriada para os afetados. Palavras-chave: Distúrbios
da diferenciação do sexo, receptor de andrógenos, síndromes de
insensibilidade androgênica.
TL-009 ASSOCIAÇÃO DA INGESTÃO DIÁRIA DE CÁLCIO
E FATORES DE RISCO CARDIOMETABÓLICOS EM UMA
AMOSTRA ALEATÓRIA DE MACEIÓ, ALAGOAS
Gustavo Piech Ricardo1, Priscilla Maris Pereira Alves1, Joyce Santos
Nascimento1, Renata Leonel Freire Mendes1, Victor José Correia
Lessa1, José Anderson da Silva1,2
Universidade Federal de Alagoas (UFAL). 2 Santa Casa de Misericórdia de
Maceió
1
Introdução: Estudos epidemiológicos indicam associação inversa entre ingestão de cálcio e adiposidade global e abdominal, resistência à insulina e pressão arterial. Estudos recentes mostram
que mulheres que consumiam mais de 1.400 mg/dia de cálcio
tinham risco mais alto de morte cardiovascular do que as mulheres que consumiam entre 600 e 1.000 mg diariamente. Por outro
lado, a baixa ingestão de cálcio (< 600 mg/d) está associada a
taxas mais altas de fraturas em pessoas idosas e a maior risco de
acidente vascular cerebral e doença cardíaca isquêmica fatal. Baseados nesses achados, os estudos recomendam ingestão moderada de cálcio, na qual não se deve ultrapassar o total de 1.200
mg/dia, incluindo a alimentação e a suplementação. Objetivos:
Descrever a ingestão diária de cálcio e sua relação com fatores de
risco cardiometabólicos. Metodologia: Trata-se de um estudo
transversal desenvolvido a partir de dados coletados em uma
amostra aleatória de 59 pacientes durante a semana nacional de
ciências e tecnologia, ocorrida em outubro de 2013, Maceió, AL.
Os dados foram analisados por meio do Epi-Info (7.1.3.3), sendo
avaliada a ingestão diária de cálcio com a frequência de diabetes,
hipertensão, obesidade e evento cardiovascular. Resultados: A
idade média dos participantes foi de 46,6 ± 13,7 anos e o sexo
masculino correspondeu a 50,8% (n = 30) dos participantes. Na
amostra, 25,4% (n = 15) possuíam ingesta de cálcio superior a 1g/
dia [homens 66,7% (n = 10); mulheres 33,3% (n = 5)]; e 74,6%
(n = 44) com ingesta inferior a 1g/dia [homens 45% (n = 20);
S150
mulheres 55% (n = 24)]. No grupo estudado, 37,1% (n = 23) possuíam hipertensão e, desses, 26,1% (n = 6) com ingesta superior a
1g/dia e 73,9% (n = 17) com ingesta inferior a 1g/dia. Um total
de 20,97% (n = 13) da amostra apresentou evento cardiovascular
[30,8% (n = 4) com ingesta superior a 1g/dia e 69,2% (n = 9),
inferior a 1g/dia]. Indivíduos diabéticos representam 16,1% (n
= 10), dos quais 40% ingerem mais que 1g/dia e 60% menos que
1g/dia de cálcio. Em relação à obesidade, 32,2% (n = 19) eram
obesos, dos quais 26,3% (n = 5) com ingestão maior que 1g/dia e
73,7% (n = 14) com ingestão diária menor que 1g/dia. Conclusões: Os dados desse estudo mostram que a maioria dos pacientes
obesos, hipertensos, diabéticos e com evento cardiovascular prévio
apresenta ingestão diária de cálcio inferior a 1g/dia, corroborando
a literatura estudada. Palavras-chave: Diabetes, hipertensão, ingestão de cálcio, obesidade, risco cardiovascular.
TL-010 AVALIAÇÃO DA INGESTÃO DIETÉTICA DE CÁLCIO
EM UMA AMOSTRA POPULACIONAL PARTICIPANTE DE UM
EVENTO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM MACEIÓ/AL
Francisco de Freitas Machado Netto1, Gustavo Piech Ricardo1,
Renata Leonel Freire Mendes1, Diego Augusto Medeiros Santos1,
Kelvyn Melo Vital1, Samyra Melo Vital1, José Anderson da Silva1,2
1
Universidade Federal de Alagoas (UFAL). 2 Santa Casa de Misericórdia de
Maceió (SCMM)
Introdução: A osteoporose é o distúrbio osteometabólico mais
comum, constituindo-se num problema de saúde pública. Essa
doença provoca aumento de fraturas nos ossos que causam grande
morbimortalidade. Com o envelhecimento da população, a prevalência da osteoporose também aumenta, e a principal maneira de
combatê-la é atuar sobre os fatores de risco. Vale ressaltar que a ingestão de cálcio desde a adolescência é fundamental para a formação óssea, a qual tem pico por volta dos 30 anos. Objetivo: Avaliar
a quantidade de cálcio diário ingerido na dieta de uma amostra
populacional. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal,
desenvolvido com base nos dados coletados em uma amostra
populacional de 59 entrevistados durante a Semana Nacional de
Ciência e Tecnologia, em outubro de 2013, em Maceió, AL. Os
participantes do evento responderam a um questionário sobre
a ingestão diária de cálcio na dieta. Resultados: Os indivíduos
apresentam idade média de 46,6 ± 13,7 anos e o sexo masculino correspondeu a 50,8% (n = 30) dos participantes. Na amostra,
25,42% (n = 15) possuíam ingesta de cálcio superior a 1g/dia [homens 66,7% (n = 10); mulheres 33,3% (n = 5)]; e 74,58% (n = 44)
com ingesta inferior a 1g/dia [homens 45% (n = 20); mulheres
55% (n = 24)]. Avaliando a faixa etária dos que tiveram ingesta
inferior a 1g/dia, observou-se que: 4,65% tinham menos que 25
anos; 16,28% tinham entre 25 e 34 anos; 23,26% tinham entre 35
e 44 anos; 18,60% tinham entre 55 e 64; e 13,95% tinham mais
que 65 anos. Já entre os que ingeriram mais que 1g/dia, observou-se que: 5,88% tinham menos que 25 anos; 11,76% tinham
entre 25 e 34 anos; 23,53% tinham entre 35 e 44 anos; 17,65%
tinham entre 55 e 64 anos; e 5,88% tinham mais que 65 anos.
No grupo, 43,33% são brancos (15,38% com ingestão superior a
1g/dia e 84,62%, inferior a 1g/dia); 8,33% são negros (40% com
ingestão superior a 1g/dia e 60%, inferior a 1g/dia); e 48,33%
são pardos, dos quais 34,48% têm ingestão superior a 1g/dia e
65,52%, inferior a 1g/dia de cálcio. Conclusões: Este trabalho
ilustra que a maioria da amostra estudada tem baixa ingestão diária
de cálcio, predominando no sexo feminino. Medidas educativas
sobre a importância da ingestão adequada de cálcio é fundamental,
principalmente desde a infância e adolescência, visando à obtenção
de adequado pico de massa óssea. Palavras-chave: Fatores de risco, ingestão de cálcio, osteoporose.
Trabalhos Científicos
TL-011 AVALIAÇÃO DA OBESIDADE, HIPERTENSÃO E
DIABETES MELLITUS EM FREQUENTADORES DE UM PARQUE DE
REFERÊNCIA EM RECIFE
Lúcia Helena de Oliveira Cordeiro, Maíra Danielle Gomes de
Souza, Lucio Vilar, Cinthia Barbosa de Andrade, Joana Cristina da
Silva, Fernanda Barbosa de Andrade, Josemberg Marins Campos,
Marília Agostinho de Lima
Programa de Pós-Graduação em Cirurgia da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE). CNPQ – Grupo de Pesquisa da UFPE. Departamento de
Cirurgia da UFPE. Gaduação Medicina da UFPE
Introdução: A obesidade é uma das doenças nutricionais que mais
cresce atualmente. No mundo, cerca de 1 bilhão de pessoas vivem com sobrepeso e 300 milhões com obesidade, o que a torna
um fator muito preocupante, pois está associada a doenças crônicas como hipertensão e diabetes mellitus tipo 2. Nesse cenário, as
práticas preventivas tornam-se cruciais para o controle por meio da
avaliação do risco para obesidade. Objetivo: Avaliar o risco para
obesidade, por meio de ações preventivas e educativas desenvolvidas em frequentadores do Parque da Jaqueira, uma das mais importantes áreas de lazer em Recife. Material e métodos: Trata-se de
um projeto de extensão realizado no período de julho a dezembro
de 2013, desenvolvido por equipe multidisciplinar de profissionais
da área de saúde, discentes e docentes do Centro de Ciências da
Saúde e do Grupo de Pesquisa em Obesidade da UFPE. Foram desenvolvidas as seguintes atividades: entrevistas dos frequentadores
do parque, avaliação do peso e altura com cálculo do IMC, circunferências abdominal e braquial, pressão arterial, glicemia capilar.
Posteriormente, foram realizadas orientações sobre a prevenção da
obesidade e suas comorbidades. Resultados: Foram avaliados 619
participantes voluntários frequentadores do Parque da Jaqueira;
desses, 276 (45%) tinham sobrepeso, 127 (20,7%), obesidade tipo
I, 24 (3,9%), obesidade tipo II, 7 (1,1%), obesidade tipo III, ao
passo que 7 (1,1%) tinham baixo peso e 173 (28,2%), peso normal.
Em relação ao estadiamento da hipertensão, realizado segundo os
critérios da OMS, 85 (13,9%) tinham estágio 1, 21 (3,4%), estágio
2 e 3 (0,5%), estágio 3. Além disso, a pressão arterial se mostrou
limítrofe em 135 (22,1%), normal em 195 (31,9%) e ótima em 172
(28,2%). Já em relação à glicemia capilar, 29 (5,1%) apresentaram
diabetes mellitus, 44 (7,7%), pré-diabetes e 496 (87,2%), glicemia
normal. Conclusões: Por meio da execução das ações com a população do estudo, percebe-se a importância do desenvolvimento
de práticas de educação em saúde e atividades extensionistas com
ênfase na prevenção da obesidade e suas comorbidades, além de
proporcionar a integração entre o tripé ensino-pesquisa-extensão.
Palavras-chave: Obesidade, prevenção, hipertensão arterial, diabetes mellitus, educação em saúde
TL-012 AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO GLICÊMICO
DOS PACIENTES ATENDIDOS NA EMERGÊNCIA DO HOSPITAL
E MATERNIDADE GOVERNADOR FLÁVIO RIBEIRO COUTINHO
EM SANTA RITA – PB
Alysson Costa da Nóbrega1, George Robson Ibiapina1, Waleria
Viana Ibiapina1, Daniele Kelle Lopes de Araújo1, Valeria Siqueira
de Carvalho Besarria1, Alana Moura di Pace1, Tauanny Stephane
Frazão e Silva1, Sandro Cézar Vieira da Silva1, Pedro Henrique
Xavier Sá Bezerra de Menezes1, Daniel Henriques Tenório de
Souza1, Leandro Castelo Alves1, Wiliams Germano Bezerra
Segundo1
1
Faculdade de Medicina Nova Esperança (Famene)
Estudo avalia o comportamento do metabolismo dos carboidratos
por medida de glicemia capilar em pacientes atendidos em serviço de pronto-socorro, verifica sua associação a comorbidades,
diabetes mellitus prévio, uso de insulina, sulfoniureia ou biguani-
da e presença de sintomas de hipo ou hiperglicemia. Materiais e
métodos: Entre junho e dezembro de 2010 foram selecionadas
fichas de atendimento que possuíam registros de glicemia capilar
pelo método de HGT (hemoglicoteste). Agrupamos valores de
HGT em intervalos que chamamos de hipoglicemias, com HGT
< 70 mg/dl, euglicemia entre 70 e 180 mg/dl e hiperglicemias
acima de 180 mg/dl. Relacionamos esses com idade, sexo, comorbidades, uso de insulina, sulfoniureia, metformina e sintomas
de hipo ou hiperglicemia. Resultados: Nos 421 pacientes a idade
média foi de 62,41 anos, e 243 (57,7%) eram mulheres. As faixas
etárias com mais hipoglicemia, euglicemia e hiperglicemias, respectivamente, são 16 a 29 (18,5%), (70,4%) e 50 a 59 (52,6%), p
< 0,001; homens tiveram mais hipo e euglicemia (9,6% e 50,6%)
e as mulheres mais hiperglicemia (42,4 %), p < 0,001, diabéticos tiveram, respectivamente, 12%, 26% e 61,2% (p < 0,001);
usuários de insulina, 14,4%, 11,8% e 73,7% (p < 0,001); sulfoniureia, 23,7%, 15,8% e 60,5% (p < 0.001); metformina apenas
euglicemia 27% e hiperglicemia 23%; sintomas de hiperglicemias
obtiveram 1,8%, 7,3% e 90,8% (p < 0,001) e sintomas de hipoglicemia 34,3%, 62,8% e 78% (p < 0,001); nas comorbidades essa
sequência foi 6,5%, 53,8% e 39,6% (p < 0,028) de forma geral e,
por afecção, hipertensão teve mais hipoglicemia 12,5%, etilismo,
euglicemia 86,5% e doenças pulmonares mais hiperglicemias 50%
(p < ,056); glicemia média teve maior valor entre 50 e 59 anos
218,36 mg/dl (p = 0,008); no sexo, o feminino com 197,57 mg/
dl (p = 0,049), diabéticos 232,68 mg/dl (p < 0,001), uso de insulina, metformina e sulfoniureia, respectivamente, 274,28 mg/dl,
260,43 mg/dl (p < 0,001), 260,43 mg/dl (p = 0,122); sintomas
de hiper e hipoglicemia, respectivamente, 317,39 mg/dl e 84,01
mg/dl (p < 0,01). Conclusão: Os pacientes com hiperglicemias
foram mulheres na quinta década, a maioria diabética em uso de
insulina e em associação com doenças pulmonares e sintomas de
hiperglicemia; hipoglicemia frequente em homens entre 16 e 29
anos, hipertensos, diabéticos em uso de sulfoniureias e com sintomas de hipoglicemia. Homens entre 16 e 29 anos, não diabéticos
e etilistas apresentaram-se com glicose na faixa da normalidade.
Palavras-chave: Hiperglicemias, hipoglicemia, insulina, hipoglicemiante oral.
TL-013 AVALIAÇÃO DO RISCO DE DESENVOLVER DIABETES
MELLITUS TIPO 2 UTILIZANDO O QDScore EM PARTICIPANTES
DE UM EVENTO EDUCATIVO EM MACEIÓ/AL
Priscilla Maris Pereira Alves1,2, Elizabeth Ferreira Freire1,2, Renata
Leonel Freire Mendes1,2, Victor José Correia Lessa1,2, Gustavo Piech
Ricardo1,2, José Anderson da Silva1,3
Universidade Federal de Alagoas (UFAL). 2 Liga Acadêmica de Endocrinologia
e Metabologia (LAEM). 3 Santa Casa de Misericórdia de Maceió (SCMM)
1
Introdução: Segundo a International Diabetes Federation, em
2035 haverá cerca de 592 milhões de pessoas com diabetes tipo
2 (DM2) no mundo. Na América do Sul, em 2013, gastaram-se
$26 bilhões com a doença, que apresentou mortalidade de 44%.
Estudos já demonstraram que a detecção precoce da DM2 melhora
o seu manejo, assim sendo o maior investimento na identificação
e no combate aos seus fatores de riscos torna-se de fundamental
importância em decorrência de seu grande impacto social e financeiro. Nessa perspectiva, pesquisadores ingleses desenvolveram a escala
QDScore, que prevê o risco de desenvolvimento de DM2 em 10
anos, cm base em dados clínicos. Material e métodos: Trata-se de
um estudo transversal, desenvolvido com base em dados de 73 participantes da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em outubro
de 2013. Após aplicação de questionário e exame físico, 64 deles
(87,86%), por não serem diabéticos, foram submetidos ao QDScore.
Os resultados do teste foram correlacionados a sexo, IMC, presença
de HAS, idade e tipo de obesidade. Resultados: Em relação à idade,
S151
Trabalhos Científicos
os grupos de 25-29 anos (14%), 30-39 anos (21,4%), 40-49 anos
(32,14%), 50-59 anos (16,07%), 60-69 anos (10,70%) e 74 anos
(5,35%) apresentaram as respectivas médias do QDScore: 0,98%,
2,5%, 14,3%, 12,52%, 24,42% e 17,5%. Quanto ao IMC, pacientes com valores normais (27,27%), com sobrepeso (45,45%), com
obesidade grau I (25%) e com obesidade grau II (2,27%) obtiveram
as médias, respectivamente, de: 2,85%, 5,03%, 18,92% e 50%. Dos
obesos, os com obesidade androide (75%) obtiveram uma média de
20,26%, enquanto os com obesidade ginecoide (25%), de 5,82%. Os
pacientes portadores de HAS 93,4%, por sua vez, obtiveram média
de 4,3%, enquanto os sem HAS (2,17%), uma média de 0,9%. Conclusões: O estudo ilustra maior risco de desenvolvimento de DM2
em 10 anos, relacionado à idade avançada, à obesidade (principalmente a androide) e à presença de HAS, condizendo com os dados
da literatura. Esses dados reforçam a importância da implementação
de programas intensivos de mudança de estilo de vida visando intervir de forma efetiva nos fatores risco modificáveis. Palavras-chave:
Hipertensão, idade, obesidade.
TL-015 AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA
OSTEOPOROSE EM PARTICIPANTES DE EVENTO EDUCATIVO
EM MACEIÓ/AL
Francisco Barbosa Lima Neto1, Deborah Inayara Mendes Tenório
de Albuquerque1, Mylena Lucena Couto1, Samyra Melo Vital1,
Gláucio Vinícius Pereira de Andrade1, José Anderson da Silva1
1
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (Famed-UFAL)
Introdução: A osteoporose representa o distúrbio osteometabólico mais comum e se constitui num importante problema de saúde
pública, pois acarreta diminuição da qualidade do osso, tornando-o
mais suscetível a fraturas, as quais aumentam a morbimortalidade
e diminuem a qualidade de vida dos acometidos. Como a idade
média da população vem aumentando, a incidência e a prevalência da osteoporose, assim como seu impacto econômico, tendem
a aumentar. Educar a população se faz necessário para uma efetiva
prevenção, na busca de combate aos modificáveis fatores de risco.
Objetivo: Avaliar a prevalência dos fatores de risco para osteoporose em participantes de evento de educação em saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal desenvolvido com base
em dados coletados em uma amostra populacional aleatória de 69
entrevistados durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
em outubro de 2013, Maceió, AL. Foram realizadas correlações
de dados, por meio do Epi-Info (7.1.3.3), de fatores de risco para
osteoporose. Resultados: No estudo, 50,72% (n = 35) dos participantes eram do sexo masculino, com faixa etária predominante
abaixo dos 65 anos [60,87% (n = 42)] e pardos [52,18% (n = 36)].
Na amostra, 34,93% (n = 31) eram sedentários; 39,13% (n = 27)
faziam uso regularmente de bebidas alcoólicas; 20,29% (n = 14)
fumavam regularmente e 17,39% (n = 12) faziam uso contínuo de
corticoides. Em relação aos antecedentes de osteoporose, 36,23%
(n = 25) afirmaram existir histórico de osteoporose em familiares
de primeiro grau e 14,49% (n = 10), fratura pós-queda da própria
altura. Ao analisar a ingesta de cálcio, observou-se que 24,64% (n =
17) possuíam ingesta de cálcio superior a 1g/dia; desses, 64,7% (n
= 11) eram homens e 35,3% (n = 6), mulheres; os restantes, 75,36%
(n = 52) tinham ingesta inferior a 1g/dia, no qual 44,2% (n = 23)
eram homens e 55% (n = 29), mulheres. Conclusões: O trabalho
mostra que a população estudada apresentou frequência maior de
fatores protetores para osteoporose. Todavia, observaram-se baixa
ingestão de cálcio, principalmente no sexo feminino, e um número
considerável de pessoas com história familiar positiva para osteoporose e fratura pós-queda da própria altura, sendo esses os fatores
de risco mais prevalentes no estudo. Palavras-chave: Osteoporose,
fatores de risco, prevenção.
S152
TL-016 AVALIAÇÃO NEURORRADIOLÓGICA DO
POLÍGONO DE WILLIS NO SEGUIMENTO DIAGNÓSTICO DA
ACROMEGALIA
Alysson Costa da Nóbrega1, George Robson Ibiapina1, Waleria
Viana Ibiapina1, Daniele Kelle Lopes de Araújo1, Valeria Siqueira
de Carvalho Besarria1, Alana Moura di Pace1, Tauanny Stephane
Frazão e Silva1, Sandro Cézar Vieira da Silva1, Pedro Henrique
Xavier Sá Bezerra de Menezes1, Daniel Henriques Tenório de Souza1,
Leandro Castelo Alves1, Wiliams Germano Bezerra Segundo1
1
Faculdade de Medicina Nova Esperança (Famene)
A acromegalia é uma doença rara que em mais de 98% dos casos é
secundária a um tumor pituitário benigno secretor de hormônio do
crescimento (GH). A idade típica de apresentação da acromegalia é
entre 30 e 50 anos. O crescimento lento do adenoma pituitário atrasa
a procura por atenção médica em 5 a 10 anos. O risco relativo de
mortalidade desses indivíduos em relação à população geral é de 2 a
3, sendo as principais causas de mortalidade as complicações cardiovasculares e respiratórias. Fez-se uma revisão bibliográfica enfatizando
a avaliação da neuroimagem do polígono de Willis, dados clínicos,
achados laboratoriais (GH e IGF-1) e presença de adenoma pituitário
no exame de imagem. Um em cada seis pacientes com acromegalia era
portador de aneurisma sacular da circulação intracraniana, demonstrando, assim, que a acromegalia pode acarretar aumento do risco de
abrigar aneurismas intracranianos. A prevalência local e a frequência
dos aneurismas observados em casuísticas diferem do que é relatado
na população em geral. A taxa de aneurismas vista em nossa revisão
foi superior à da população geral feita em exame de angiorressonância
magnética (MRA) (38,5 vs. 10%) e era ainda ligeiramente superior
quando comparada à angiografia (38,5 vs. 14-34%); mais de dois terços (67,5%) dos recém-diagnosticados com aneurismas foram localizados na circulação carotídea. O aumento da prevalência de aneurisma
observado em nosso trabalho parece não ser consequência entre GH/
IGF-1 com comorbidades. A maioria dos aneurismas foi detectada
distante do campo cirúrgico, excluindo o papel da cirurgia na sua
formação. Nenhum estudo demonstrou correlação entre a formação
de aneurisma e radioterapia; também não encontramos correlação entre tamanho e invasão dos adenomas e aneurismas. Portanto, uma
avaliação neurorradiológica do polígono de Willis poderia ser considerada no seguimento diagnóstico da acromegalia. Palavras-chave:
Aneurismas saculares intracranianos, acromegalia, polígono de Willis.
TL-017 AVALIAÇÃO TARDIA DA EFICÁCIA DA DGYR EM
OBESOS GRAU I COM DIABETES TIPO 2
Lúcia Helena de Oliveira Cordeiro, Vladimir Curvelo Tavares de
Sá, Daniel da Costa Lins, Maíra Danielle Gomes de Souza, Joana
Cristina da Silva, Helga Cristina A. W. Alhinho Caheté, Josemberg
Marins Campos, Lyz Bezerra da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Grupo de Pesquisa/CNPq da
UFPE. Departamento de Cirurgia da UFPE. Hospital Agamenon Magalhães,
Residência de Cirurgia Geral
Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e a obesidade são
pandemias sem controle clínico adequado. Cirurgias bariátricas proporcionam resolução do DM2 em obesos no curto prazo, entretanto
os efeitos da derivação gástrica em Y de Roux (DGYR) são desconhecidos no longo prazo na obesidade grau I. Objetivo: Avaliação
da eficácia da DGYR no tratamento do DM2 sem controle clínico
associada à obesidade grau I. Material e métodos: Foi analisada
prospectivamente uma população submetida à DGYR, comparando-se variáveis clínicas e laboratoriais no pré e pós-operatório. O
grupo consta de 18 pacientes e teve seguimento médio de cinco
anos e apresentava média de IMC de 33,4 kg/m2 e HbA1c de 8,8%
e tempo de diagnóstico do DM2 de 9,4 anos. Resultados: (1) A
remissão do DM2 foi de 39% (n = 7). (2) O controle glicêmico
sem drogas foi obtido em metade dos casos (n = 9) e, independente
das medicações, em 78% (n = 14). (3) Redução de 22% do peso.
Trabalhos Científicos
Não houve mortalidade, morbidade grave, desnutrição ou casos com
IMC abaixo de 20 kg/m2. O menor tempo de doença proporcionou
melhores resultados, porém não há interferência quanto ao grau de
IMC ou uso de insulina. Conclusão: A DGYR é uma opção segura e
eficaz no tratamento do DM2 associada à obesidade grau I no longo
prazo. Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 2, cirurgia metabólica,
síndrome metabólica, bypass gástrico, sobrepeso.
TL-018 BROWN TUMOR IN HYPERPARATHYROIDISM
SECONDARY TO CHRONIC RENAL FAILURE AND VITAMIN D
DEFICIENCY
Monique Cardoso Santos1, Lucyana Melo Baptista1, Karoline
Gonçalves Barros1, Fernando Raposo1, Ana Paula Souza-Tavares1,
Lúcia Cordeiro1
Hospital Barão de Lucena (HBL) – Secretaria de Saúde do Estado de
Pernambuco (SES)
1
Introduction: Brown Tumor (BT) is a severe localized form of
fibrous-cystic osteitis associated with Hyperparathyroidism (HPT).
The majority of cases report the maxilla and mandible as the main
sites of occurrence. Methods: Case description of a patient with BT
in the face as a consequence of severe SHPT associated with vitamin
D deficiency and ESRD. Case description: 35-years-old man with
ESRD on hemodialysis secondary to nonsteroidal anti-inflammatory
drugs for 17 months, developed in seven ms a fast growing tumor
located on the face, affecting the palate. Difficulty breathing, dysphonia, intraoral swelling of upper and lower jaws were the complains
and also intense and generalized bone pain, muscle weakness, loss
of height, and weight loss in this period. Labtests evidenced iPTH
2024 pg/mL, calcium 9,6 mg/dL, phosphorus 6,8 mg/dL, alkaline phosphatase 2970 IU/L, 25OH vitamin D 7,7 pg/mL, and
hemoglobin 8,7 g%. Patient reported unsuccessful attempts SHPT
treatment with calcitriol and sevelamer. CT scan showed changes in
bone volume and texture, greater impairment of mandible and maxillary bones. histopathological findings were fibroendothelial connective tissue with irregularly shaped trabeculae of mineralized tissue,
interspersed with cellularized connective tissue. Parathyroidectomy
(3 glands, remaining 1) was proceeded (PTX). After PTX, PTH level
was 4,7 pg/mL, and cholecalciferol and calcium carbonate were added. Histopathological findings showed diffuse hyperplasia, Improvement of bone pain and important decreased tumor mass in the face
were observed six months after PTX. Discussion: Brown tumors are
caused by alterations in the trabecular bone pattern, demineralization, and replacement by loose connective tissue due high levels of
PTH. The development of secondary HPT results from many factors,
including deficiency of calcitriol, retention of phosphorus, a decrease
in the activation of the calcium-sensing receptor (CaR) in the parathyroid gland, and skeletal resistance to the calcemic effect of PTH.
The most common cause is chronic renal failure, but vitamin D deficiency is also described. HPT is commonly treated with calcium,
vitamin D and parathyroidectomy. Conclusions: Regarding to BT, it
represents potentially destructive lesion presentation of cystic fibrosis
osteitis caused by Secondary HPT and surgical PTX is an adequate
approach. Vitamin D deficiency may be involved and should be investigated and treated appropriately. Palavras-chave: Brown tumor,
hyperparathyroidism, vitamin D, chronic renal failure.
TL-019 CÂNCER GÁSTRICO E TÉCNICAS DE SLEEVE:
PERSPECTIVAS PROSPECTIVAS
Israel Guedes Dias Barbosa1, Bruno Leandro de Melo Barreto1,2,
Isabella Cristina Gomes Rodrigues3, Rodrigo Conrado Lorena de
Medeiros2, Josemberg Marins Campos2, Daniel da Costa Lins2
Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau). 2 Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE). 3 Faculdade Boa Viagem (FBV)
1
Introdução: Estima-se que em 2014 surgirão aproximadamente 20
mil novos casos de câncer gástrico, sendo sua maior incidência em
homens na faixa etária dos 70 anos. No entanto, a relação entre obe-
sidade e câncer gástrico vem sendo relatada na literatura, entre outros
fatores, sobre a excreção de adiponectina e interleucinas que iriam
alterar o ciclo de proliferação celular, caracterizando a fuga da apoptose, trazendo a gênese das células cancerígenas. Objetivo: Buscar
na literatura alguma relação entre a cirurgia por Sleeve e o câncer
gástrico. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática efetuada
por meio de busca nos portais PubMed, BVS e INCA, utilizando-se
os seguintes descritores: “gastrectomia por Sleeve”, “câncer gástrico”, “obesidade” e “cirurgia bariátrica. Foram incluídos apenas artigos publicados entre os anos de 2009 e 2014 que atenderam aos
seguintes critérios de inclusão: ter ao menos um descritor contido
no título; ter pelo menos três descritores; citar no resumo “câncer
gástrico” e a técnica utilizada. Foram excluídos os artigos que no seu
texto integral e no resumo não apresentaram relação direta com o
tema abordado e citaram linfonodos sentinelas positivos. Encontrou-se um total de 15 artigos, dos quais 7 foram excluídos por repetição,
7 foram excluídos pelos critérios de exclusão anteriormente citados,
restando 1, listado neste estudo. Discussão: A possibilidade da cirurgia por Sleeve no tratamento da obesidade em pacientes com risco de
câncer gástrico mostrou-se nesta revisão uma técnica promissora no
tocante ao controle da obesidade e fatores relacionados à recessividade cirúrgica. O estudo selecionado nesta revisão argumenta sobre
a possibilidade da intervenção cirúrgica de maneira segura e eficaz,
reduzindo o risco de mortalidade. Palavras-chave: Gastrectomia por
Sleeve, câncer gástrico, obesidade, cirurgia bariátrica.
TL-020 CARACTERÍSTICAS POSTURAIS EM PORTADORES DA
SÍNDROME DE BERARDINELLI
Renan Magalhães Montenegro Junior1, Fabíola Monteiro de
Castro1, Fabricia Salvador Bezerra1, Paula Jordana Silva dos
Santos1, Marivaldo Aragão Loyola1, Virginia Oliveira Fernandes1,
Ana Paula Dias Rangel Montenegro1
1
Universidade Federal do Ceará (UFC)
Introdução: A lipodistrofia generalizada congênita (síndrome de
Berardinelli – SB) é uma doença autossômica recessiva rara, caracterizada por escassez do tecido adiposo, disfunção metabólica dos
lípides e carboidratos, resistência periférica à insulina, hipertrigliceridemia e hipermetabolismo. Outros achados são acantose nigricans,
acromegalia, hepatomegalia, alterações cardiovasculares, neurológicas, musculares e ósseas. Este estudo identificou as principais características posturais dos portadores de SB. Material e métodos:
Estudo transversal, descritivo, realizado no Ambulatório de Endocrinologia da Universidade Federal do Ceará. Dados foram coletados
por meio de avaliação fisioterápica, exame de baropodometria, foto
de corpo inteiro, registrados em questionário, durante consulta de
rotina realizada em agosto de 2013. Resultados: Foram avaliados
12 pacientes, sendo 69,2% (n = 9) mulheres, com idade média de
14,3 anos (DP ± 8,4), tempo médio de diagnóstico de SB de11 anos
(DP ± 4,8). Quanto às alterações posturais: 66,7% (n = 8) apresentam rotação da cabeça para esquerda (E), 41,7% (n = 5), supradesnivelamento da crista ilíaca direita (D), 100% (n = 12), anteversão
pélvica, 75% (n = 9), joelhos valgos, 33,3% (n = 4), joelhos recurvatum, 50% (n = 6), pé plano, 25% (n = 3), retificação cervical, 50%
(n = 6), retificação torácica, 50% (n = 6), retificação lombar, 91%
(n = 11), rotação interna dos ombros e 83,3% (n = 10), elevação do
ombro E. Quanto à pressão plantar: 58,3% (n = 7) deslocam o peso
corporal para o pé D e 66,7% (n = 8), para plantar de antepé. Além
das alterações posturais detectadas, 33,3% (n = 4) dessa população,
apresentam escoliose toracolombar. Conclusão: Diante de tantas alterações posturais, concluímos que essa população de portadores de
lipodistrofia necessita de intervenção fisioterapêutica para reduzir as
complicações osteomusculares ocasionadas pela síndrome, além de
promover melhora na qualidade de vida. Palavras-chave: Lipodistrofia, osteomuscular, fisioterapia.
S153
Trabalhos Científicos
TL-021 CARCINOMA DE TIREOIDE: PERFIL DOS PACIENTES
ATENDIDOS EM UM SERVIÇO TERCIÁRIO ESPECIALIZADO
Adriana Duarte Miranda Queiroz1, Ivo Marquis Beserra Junior1, Uirá
Luiz de Melo Sales Marmhoud Coury1
1
Fundação Assistencial da Paraíba (FAP)
Introdução: O câncer de tireoide classifica-se em diferenciado, indiferenciado e medular. O pico de incidência do carcinoma papilífero
(CP) ocorre entre a terceira e a quarta décadas, corresponde a 40%
e 70% de todos os carcinomas de tireoide em adultos e a disseminação metastática mais comum é locorregional. O carcinoma folicular
(CF) tem pico de incidência na quinta década, representando 20%;
e 40% dos casos e metástases a distância são comuns, principalmente
para pulmão e osso. O carcinoma medular (CM) corresponde a 2%
e 8% dos cânceres de tireoide, sendo a maioria esporádica. Objetivo: Avaliar os casos de carcinoma de tireoide atendidos na FAP.
Método: Foram analisados retrospectivamente os prontuários de
pacientes com carcinoma de tireoide, atendidos na FAP de abril de
2011 a fevereiro de 2014. Resultado: Foram atendidos 80 pacientes no período; 88,8% pacientes do sexo feminino e 11,2% do sexo
masculino. 98,8% apresentavam carcinoma diferenciado (CD), um
de carcinoma indiferenciado e nenhum caso de CM. Entre os casos
de CD, 88,6% eram de CP, 10,1% eram de CF e um caso era de
CP e CF associados. 23,8% apresentavam lesões multifocais (89,5%
CP, 10,5% CF). A média da idade ao diagnóstico dos pacientes com
CP foi de 45,0 anos e com CF, de 42,4 anos. A presença de metástases ganglionares locorregionais ao diagnóstico foi encontrada em
24,3% dos casos de CP. 4,3% dos pacientes com CP apresentaram
metástases à distância, 12,5% dos pacientes com CF e o paciente
com CP + CF apresentaram metástase pulmonar ao diagnóstico. Os
casos de CP foram classificados como muito baixo risco de recidiva
em 43,5%, baixo risco em 7,3%, risco intermediário em 28,5% e alto
risco em 20,7%. Pacientes com CF foram classificados como muito
baixo, baixo, intermediário e alto em 0%, 12,5%, 62,5% e 25% dos
casos, respectivamente. 6,3% dos pacientes não apresentavam dados
anatomopatológicos, e o tempo médio de diagnóstico dele será de
15,4 anos. Conclusão: Retratou-se uma casuística local. Apesar do
pouco tempo de seguimento e do pequeno número de pacientes,
os dados encontrados são compatíveis com a literatura, exceto pela
menor faixa etária no diagnóstico do CF (média de 42,4 anos). No
entanto, devido ao baixo número de pacientes da amostra, é necessário novo estudo para verificar essa tendência. Foi observado maior
risco de recidiva em pacientes com CF e nos pacientes com CP com
tumores maiores, metástase ganglionar e abandono do seguimento.
Palavras-chave: Câncer de tireoide, incidência, metástase, tireoide.
TL-022 CARCINOMAS ADRENOCORTICAIS: DIVERGÊNCIAS
ENTRE CRITÉRIOS PROGNÓSTICOS
Alysson Costa da Nóbrega1, George Robson Ibiapina1, Waleria
Viana Ibiapina1, Daniele Kelle Lopes de Araújo1, Valeria Siqueira
de Carvalho Besarria1, Alana Moura di Pace1, Tauanny Stephane
Frazão e Silva1, Sandro Cézar Vieira da Silva1, Pedro Henrique
Xavier Sá Bezerra de Menezes1, Rena Matusa de Oliveira Barros1,
Juliana Navarro Ribeiro Henriques1, Lana Muriely Borges de Assis1
1
Faculdade de Medicina Nova Esperança (Famene)
O carcinoma adrenocortical (CAC) é um tumor raro, heterogêneo,
com prognóstico ruim, em geral. Sua patogênese é bastante estudada, apesar de permanecer pouco compreendida. Os aspectos clínicos
e laboratoriais e o curso clínico do CAC na infância são diferentes
daqueles dos adultos. O diagnóstico precoce em adultos é particularmente difícil, pois muitas vezes sinais de excesso de hormônio podem
não se manifestar. Por outro lado, aproximadamente 90% das crianças
acometidas podem ser reconhecidos por excesso desses hormônios,
o que possibilita um diagnóstico precoce. Em crianças, apesar de o
prognóstico tender a ser melhor, temos visto que em pacientes adul-
S154
tos, mesmo com tumores volumosos, existe uma alta taxa de sobrevida após tratamento cirúrgico. Os critérios diagnósticos e prognósticos
dos carcinomas são baseados em diversas características microscópicas,
nenhuma das quais é um critério absoluto de malignidade. Diferentes
sistemas de classificação dos carcinomas adrenocorticais são desenvolvidos utilizando modelos matemáticos ou escores numéricos de pontuação baseados na associação de um determinado limiar considerado
para cada parâmetro de malignidade. Infelizmente, os sistemas são
difíceis de aplicar, não sendo, portanto, surpreendente que várias tentativas para simplificar os algoritmos diagnósticos e prognósticos de
adenocarcinoma para fornecer informações clínicas relevantes tenham
sido feitas ao longo dos anos. Há muito debate sobre quais características tumorais são melhores indicadores prognósticos, mas até o
momento não há um consenso fundamentado. Estudos prospectivos
com maior número de casos são necessários para estabelecer reais
marcadores de malignidade com maior especificidade e capacidade de
diferenciar precocemente os casos de má evolução. Palavras-chave:
Carcinoma adrenocortical, carcinoma adrenal, prognóstico.
TL-023 CIRCUNFERÊNCIA DO TÓRAX PREDIZ SÍNDROME
METABÓLICA E ALTERAÇÕES DOS SEUS COMPONENTES EM
ADULTOS NÃO OBESOS
Ana Paula Abreu Martins Sales, Nádia Tavares Soares, Maria
Helane Costa Gurgel Castelo, Lia Silveira Adriano, Rinaldo e
Silva de Oliveira, Antônio Augusto Ferreira Carioca, Virginia
Oliveira Fernandes, Clarisse Mourão Melo Ponte, Ana Paula Dias
Rangel Montenegro, Carlos Antonio Negrato, Renan Magalhães
Montenegro Junior
Universidade Federal do Ceará (UFC). UFC. Universidade Estadual do Ceará
(UECE). Universidade de São Paulo (USP). Sociedade Brasileira de Diabetes
(SBD)
Objetivos: A relação entre circunferência torácica e síndrome metabólica em adultos é muito pouco estudada. Neste estudo testamos
a capacidade da circunferência torácica em prever síndrome metabólica e alterações dos seus componentes em adultos não obesos.
Métodos: A amostra foi composta por 276 voluntários, selecionados
em uma unidade básica de saúde de Fortaleza/Ceará, entre maio e
dezembro de 2010, com idade entre 18 e 60 anos e índice de massa corporal (IMC) entre 18,5 e 29,9 kg/m². Foram aferidos peso,
altura, circunferência abdominal (CA) e torácica (CT), pressão arterial, HDL-colesterol, triglicerídeos e glicemia. Para o cálculo da
prevalência de SMet, seguimos os critérios da Associação Americana
do Coração (2009)¹, que diagnostica como portador o indivíduo
com três dos seguintes fatores de risco: circunferência abdominal,
glicemia, triglicerídeos e pressão arterial elevados e HDL-colesterol
diminuído. Na análise estatística, utilizamos os testes de Kolmogorov-Smirnov, curva ROC (Receiver Operating Characteristic), qui-quadrado, t de Student ou Mann-Whitney, correlação de Pearson
ou Spearman, e regressão linear bruta, ajustada por IMC, CA, sexo
e idade. Foi considerado estatisticamente significante quando p <
0,05. Resultados: A média da idade foi de 34,9 anos (11,2), sendo de 33,7 (10,0) anos entre os homens e 35,5 (11,6) anos entre
as mulheres. A média de IMC do grupo foi 25,0 (2,9) kg/m2 e
não houve diferença estatística entre o percentual de peso adequado
(49,9%) e sobrepeso (50,4%). A prevalência da síndrome metabólica
foi elevada na amostra (33%), não diferindo entre os sexos (X² =
1,904; p = 0,168). A CT teve capacidade para prever SMet (AUC
= 0,682; p < 0,001), sendo a discriminação mais significativa entre
as mulheres (AUC = 0,700; p < 0,001) do que nos homens (AUC
= 0,670; p < 0,009). A CT apresentou correlação com todos os
componentes da SMet, sendo mais forte com a CA (r = 0,695; p
< 0,001). A CT foi capaz de predizer aumentos nos triglicerídeos
(β = -0,006; R² = 0,092) e reduções no HDL-colesterol (β = -0,670;
R²=0,087), após ajuste pelo IMC. Em indivíduos com sobrepeso,
após controle da CA, CT só prediz alterações na HDL-colesterol
Trabalhos Científicos
(β = -0,725; R² = 0,113). Conclusão: Nossos achados mostram que
a circunferência torácica é capaz de discriminar presença da síndrome
metabólica e está correlacionada com seus componentes em adultos
não obesos. A circunferência do tórax pode ser uma opção na avaliação do risco cardiovascular. Palavras-chave: Circunferência torácica,
síndrome metabólica, risco cardiovascular.
TL-024 CIRURGIA BARIÁTRICA E A ANÁLISE DA
AUTOIMAGEM PRÉ E PÓS-INTERVENÇÃO CIRÚRGICA
Rodrigo Conrado de Lorena Medeiros1, Israel Guedes Dias
Barbosa2, Bruno Leandro de Melo Barreto2, Daniel da Costa Lins1,
Isabella Cristina Gomes Rodrigues3, Josemberg Marins Campos1
1
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 2 Centro Universitário Maurício de
Nassau (Uninassau). 3 Faculdade Boa Viagem (FBV)
Introdução: Sendo a obesidade uma pandemia envolvida nos processos prospectivos em países desenvolvidos e em desenvolvimento, estima-se que 20% da população brasileira terão obesidade em
2025. A cirurgia bariátrica vem se apresentando como uma alternativa eficiente para o controle da obesidade, pois possibilita abrupta
redução ponderal. A literatura cita a imagem corporal como um dos
fatores motivacionais de grande relevância para a decisão do paciente em relação à cirurgia. Objetivo: Analisar na literatura a relação
entre cirurgia bariátrica e autoimagem. Metodologia: Trata-se de
uma revisão sistemática na qual foi efetuada a busca nos portais PubMed e BVS, utilizando-se os seguintes descritores: “autoimagem”,
“imagem corporal”, “cirurgia bariátrica” e “obesidade”. Foram incluídos apenas artigos publicados entre os anos de 2009 e 2014 que
atenderam aos seguintes critérios de inclusão: apresentar ao menos
um descritor contido no título; apresentar pelo menos três descritores no resumo. Foram excluídos os artigos que no seu texto integral
não apresentaram relação direta com o tema abordado. Encontrou-se um total de 74 artigos, dos quais foram excluídos 65, e restaram
9, listados neste estudo com a tabela de autores e fluxograma. Discussão: Os resultados dos autores e dos artigos selecionados neste
estudo demonstram, sobretudo, que o déficit de autoimagem está
relacionado à cascata fisiopatológica da obesidade em si. Esta, formada por fatores psicossociais e fisiológicos, pode resultar em isolamento total, depressão e morte. Demonstra-se no estado da arte
que a falta de conhecimento e déficit da imagem corporal são fatores relevantes na escolha do paciente obeso pela cirurgia bariátrica.
Destarte, recomendam-se estudos longitudinais, prospectivos, bem
como análise e adequação de questionários sobre a imagem corporal
utilizados em brasileiros. A relação cirurgia bariátrica/autoimagem
se estende ao pós-operatório. A literatura indica que há melhora na
imagem corporal após a intervenção cirúrgica. Como consequência
da redução de peso, a melhora da imagem corporal se apresenta
como um ganho secundário com a cirurgia bariátrica. Propõem-se estudos posteriores com melhor avaliação dos questionários e
do tempo pós-intervenção cirúrgica para avaliação da autoimagem.
Palavras-chave: Autoimagem, imagem corporal, cirurgia bariátrica,
obesidade.
TL-025 COMPARAÇÃO DAS ESTIMATIVAS DO RISCO
DE FRATURA UTILIZANDO-SE O FRAX BRASIL E O FRAX US
CAUCASIANO
Josivan Gomes de Lima1, Lúcia Helena Coelho Nóbrega1, Mônica
Virgínia Solano Brito Marinho1, Ane Daliane Paulino de Sousa
Amorim1, Manuella Melo Nery Dantas1, Denise Brena Feitosa
Mendes Leite1, Gabriela Polisel Gonçalves1
Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) – Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN)
1
Introdução: Osteoporose é uma epidemia séria ao redor do mundo;
aumenta o risco de fraturas e está associada a aumento de morbidade, mortalidade e sobrecarga econômica. A ferramenta FRAX, criada
pela OMS em 2008, calcula a probabilidade de fratura em 10 anos,
ajudando profissionais de saúde a identificar pacientes com osteopenia que necessitam de tratamento. Na ausência do FRAX específico
para a população brasileira, utilizavam-se os dados de um país cuja
epidemiologia fosse mais aproximada do país índex, sendo utilizados
no Brasil dados da população caucasiana dos USA. Recentemente,
foi disponibilizada uma calculadora específica para o Brasil. O objetivo do presente trabalho é comparar as estimativas de risco de fratura
utilizando o FRAX Brasil vs. FRAX US caucasiano. Material e métodos: Foram selecionados 85 pacientes cujos dados de sexo, peso,
altura, ocorrência de fratura prévia, de fratura de quadril nos pais,
tabagismo, uso de corticoide, diagnóstico de artrite reumatoide,
osteoporose secundária, consumo de álcool e dados da DMO
foram utilizados para obter os valores dos FRAX (risco percentual
de desenvolver fratura maior ou fratura de quadril em 10 anos).
Foram excluídos pacientes portadores de osteoporose e com idade
inferior a 40 anos. Os dados foram inseridos no aplicativo FRAX
(WHO Fracture Risk Assessment Tool), utilizando as opções Brazil
e US Caucasian. Dados são mostrados como mediana (Q25-Q75)
e foram analisados no SPSS 16.0, utilizando teste t para dados pareados, não paramétricos (Wilcoxon). Resultados: Foram avaliados
dados de 72 mulheres (84,7%) e 13 homens (15,3%), com idade de
56 (50-61,5) anos. Nessa amostra, a estimativa de risco de fraturas
maiores calculada pelo FRAX BR foi de 2,4% (2,1-3,0), enquanto a
calculadora americana para caucasianos encontrou um risco de 5,4%
(4,1-6,9), sendo estatisticamente significante (p < 0,005). Resultado
semelhante foi encontrado para o risco de fratura de quadril: 0,2%
(0,1-0,5%) e 0,3% (0,1-0,8%) (p < 0,005). Conclusões: As estimativas de risco de fratura maior ou de quadril obtidas pela calculadora brasileira (FRAX Brasil) são menores que aquelas alcançadas
utilizando o FRAX US caucasiano. Palavras-chave: FRAX, risco de
fraturas, osteopenia.
TL-026 COMPARAÇÃO ENTRE TOPIRAMATO E SIBUTRAMINA
NO TRATAMENTO DA OBESIDADE EM 12 SEMANAS
Alysson Costa da Nóbrega1, George Robson Ibiapina1, Daniele
Kelle Lopes de Araújo1, Tauanny Stephane Frazão e Silva1, Sandro
Cézar Vieira da Silva1, Waleria Viana Ibiapina1, Valeria Siqueira
de Carvalho Besarria1, Pedro Henrique Xavier Sá Bezerra de
Menezes1, Alana Moura di Pace1, Rena Matusa de Oliveira Barros1,
Juliana Navarro Ribeiro Henriques1, Lana Muriely Borges de Assis1
1
Faculdade se Medicina Nova Esperança (Famene)
Nosso objetivo é comparar essas duas terapêuticas no tratamento de
pacientes com obesidade, índice de massa corpórea (IMC > 30 kg/m2)
ou sobrepeso (IMC > 25 kg/m2 com comorbidades) em curta duração, 12 semanas, associados a mudanças no estilo de vida, como
dieta hipocalórica e atividade física regular. Observamos perda de
peso, decréscimo no índice de massa corporal (IMC) e suas relações
com sexo e idade. Pacientes e métodos: Em um período de 12
semanas foram avaliados 61 pacientes com obesidade, IMC > 30
kg/m2, ou sobrepeso, IMC > 25 kg/m2, com comorbidades. Anotamos o peso, sexo, idade e IMC, e a cada grupo foi oferecida uma
terapêutica (A1: topiramato 50 mg; A2: topiramato 100 mg; B1:
sibutramina 10 mg). Também, na primeira abordagem, foram encaminhados à avaliação nutricional para realizarem dieta hipocalórica
e estimulados à prática de atividade física regular. Na semana 12, 59
pacientes retornaram para nova avaliação clínica e coletas de novos
resultados de peso e IMC. Todos os casos de utilização do topiramato foram associados a 40 mg de fluoxetina. Resultados: Os homens
tiveram perda de peso média de 8,91 kg, as mulheres, de 3,35 kg
(p = 0,003). No IMC essa queda média para o sexo masculino agora
foi de 2,54 kg/m2 e no feminino, de 1,57 kg/m2 (p = 0,102). Analisando a variação da perda de peso médio por droga, temos: topiramato 100 mg, perda de 6,72 kg (p < 0,001); sibutramina 10 mg,
S155
Trabalhos Científicos
4,02 kg (p < 0,031); topiramato 50 mg, 3,77 kg (p < 0,001). Agora
em relação à amostra inteira, tivemos uma perda de peso média de
4,19 kg (p < 0,001); na variação média do IMC no intervalo de
tempo, verificamos a seguintes quedas para topiramato de 100 mg,
sibutramina e topiramato 50 mg respectivamente: 3,13 kg/m2 (p =
0,028), 1,77 kg/m2 (p < 0,001) e 1,31 kg/m2 (p < 0,001). A queda
global do IMC da amostra foi de 1,72 kg/m2 (p < 0,001). Conclusão: O topiramato de 100 mg foi superior à sibutramina de 10 mg
e ao topiramato de 50 mg, tanto na perda de peso médio quanto na
redução média do IMC. Já na comparação em os dois últimos, observamos uma nítida superioridade da sibutramina em relação aos 50
mg de topiramato, não só na perda de peso, mas também na redução
do IMC, e todas essas associações com significado estatístico. O sexo
masculino superou o sexo feminino na perda de peso e na redução
do IMC, mas apenas o primeiro desfecho de significado estatístico.
Palavras-chave: Topiramato, sibutramina, perda de peso, índice de
massa corporal
TL-027 CONHECIMENTO SOBRE OSTEOPOROSE E SUAS
COMPLICAÇÕES EM PARTICIPANTES DE EVENTO EDUCATIVO
EM MACEIÓ/AL
Deborah Inayara Mendes Tenório de Albuquerque1, Francisco
Barbosa Lima Neto1, Gláucio Vinícius Pereira de Andrade1, Brenda
Cavalcanti Costa Barros1, Teodorico Romualdo Costa Júnior1, José
Anderson da Silva1
1
Faculdade de Medicina (Famed) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Introdução: A osteoporose é definida como uma doença caracterizada por diminuição na massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, levando a um aumento da fragilidade óssea
e, consequentemente, a um maior risco de fraturas. Representa o
distúrbio osteometabólico mais comum e se constitui em importante problema de saúde pública, acometendo mais de 200 milhões
de mulheres no mundo todo. Educar pessoas sobre osteoporose torna-se um importante meio tanto para sua prevenção quanto
de suas complicações. Objetivo: Avaliar o nível de conhecimento
sobre osteoporose de uma amostra populacional aleatória que engloba participantes de um evento de educação em comemoração à
Semana Nacional de Ciência e Tecnologia na cidade de Maceió, Alagoas. Material e métodos: Trata-se de um estudo Observacional,
transversal de caráter descritivo, desenvolvido com base em dados
coletados em uma amostra populacional de 66 pacientes. Os participantes do evento responderam a um questionário no qual, entre
outros itens, havia um teste de conhecimento com perguntas sobre osteoporose. Resultados: Há uma pequena superioridade de
participantes do sexo masculino (50,8%), sendo a idade média do
total de 46,6 +/- 13,7 anos e com escolaridade em nível médio. Desses, 98,48% dos pacientes conceituaram osteoporose como uma doença que causa enfraquecimento dos ossos e 84,06% entenderam ser
a idade fator responsável pelo aparecimento da doença, assim como
a falta de cálcio no organismo (91,30%). Entretanto, fatores importantes como sexo (37,68%), fumo (49,28%) e diminuição dos hormônios (55,07%) não foram tidos como relevantes por quase metade
da população em estudo. Os fatores mais apontados como responsáveis pela prevenção da doença foram: alimentação rica em cálcio
(89,86%), prática de atividades físicas (82,61%), ir sempre ao médico
(76,81%), ler sobre a doença (76,81%) e ter exposição moderada
ao sol (71,01%). Conclusões: Este trabalho ilustra que a maioria
da população participante entende osteoporose como uma doença
associada à fragilidade óssea, sendo a ingestão de uma dieta rica em
cálcio e a prática de atividades físicas importantes para sua prevenção.
Campanhas educativas devem ser realizadas para esclarecimento dos
principais fatores de risco. Palavras-chave: Conhecimento, osteoporose, complicações.
S156
TL-028 CORRELAÇÃO DA INGESTÃO DE CÁLCIO COM
A PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM UMA
POPULAÇÃO PARTICIPANTE DE EVENTO EDUCATIVO EM
MACEIÓ/AL
Teodorico Romualdo Costa Júnior1, Gustavo Piech Ricardo1,
Elizabeth Ferreira Freire1, Mylena Lucena Couto1, Brenda
Cavalcanti Costa Barros1, José Anderson da Silva1,2
1
Universidade Federal de Alagoas (UFAL). 2 Santa Casa de Misericórdia de
Maceió (SCMM).
Introdução: A incidência de sobrepeso e obesidade assumiu
proporções epidêmicas na população mundial. Além da
influência exercida pelos macronutrientes no desenvolvimento da
obesidade, estudos mostram a influência exercida, também, pelos
micronutrientes – de maneira especial pelos minerais, destacando-se o papel do cálcio. Dados epidemiológicos sugerem que indivíduos com alta ingestão de cálcio têm menor prevalência de
sobrepeso, obesidade e resistência à insulina. Entre as evidências
encontradas, observamos que uma diminuição na ingesta desse
íon acarretaria elevação da 1,25 di-hidroxivitamina D, o que pode
estimular o influxo de cálcio para o adipócito, aumentando a atividade da ácido graxo sintase, promovendo a lipogênese. Dessa
forma, é importante conhecer o perfil da ingesta de cálcio pela
população para melhor compreender seu perfil alimentar e fatores de risco relacionados aos hábitos de vida, além de planejar
estratégias de promoção em saúde. Objetivo: Correlacionar a
ingestão de cálcio com a prevalência de sobrepeso e obesidade em
uma população participante de evento educativo em Maceió/AL.
Metodologia: Trata-se de um estudo transversal desenvolvido
por meio de dados coletados em uma amostra populacional de
59 pacientes durante Semana Nacional de Ciência e Tecnologia,
ocorrida em outubro de 2013, em Maceió, AL. Foram realizadas
correlações de dados, por meio do Epi-Info (7.1.3.3), de ingestão
diária de cálcio com obesidade. Foi considerado o IMC abaixo de
29,9 como não obeso e maior que 30 como obesidade, segundo
critérios da OMS. Resultados: A idade média dos participantes
era de 46,6 ± 13,7 anos e o sexo masculino correspondeu a
50,8% (n = 30) dos participantes. Em relação à antropometria,
19 (32,20%) eram obesos e 40 (67,80%) eram não obesos. Entre
os obesos, 73,68% apresentavam ingesta de cálcio menor que 1g/
dia contra 26,32% que consumiam mais que 1g/dia. A maioria
dos não obesos, ou seja, 72,50%, apresentou consumo de cálcio
inferior a 1g/dia. Apenas 27,50% dos não obesos ingeriam mais
que 1g/dia de cálcio. Conclusão: Este trabalho ilustra que tanto
a maioria dos obesos quanto de não obesos referia menor ingestão de cálcio, não se podendo atribuir ao cálcio, nesse estudo,
qualquer efeito protetor contra obesidade. Assim, o consumo de
alimentos fonte de cálcio deve ser incentivado independentemente
de sua participação no controle da adiposidade, considerando sua
fundamental importância para a saúde óssea e outras funções orgânicas. Palavras-chaves: Diabetes, hipertensão, ingestão de cálcio,
obesidade, risco cardiovascular.
TL-029 DIAGNÓSTICO AO ACASO DE FEOCROMOCITOMA
SIMULANDO TRANSTORNO DE ANSIEDADE EM UMA PACIENTE
HIPERTENSA
José Anderson da Silva1,2, Victor José Correia Lessa1, Fabrísia
Coutinho Lôbo Cruz2, Sandra Márcia Omena2, Cláudia Falcão2
1
2
Faculdade de Medicina (Famed) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Santa Casa de Misericórdia de Maceió (SCMM)
Introdução: Os feocromocitomas são tumores de células
cromafins que produzem, armazenam, metabolizam e secretam
catecolaminas, sendo uma doença rara, com prevalência estimada
em 0,1% a 0,2% da população de hipertensos. Apesar de incomuns, devem sempre ser considerados na investigação de um
paciente hipertenso, levando-se em conta que se trata de uma
Trabalhos Científicos
causa curável de hipertensão, potencialmente letal, de mortalidade prematura, a possibilidade de serem malignos, hereditários e
estarem associados a outros tumores. Podem manifestar-se com
uma plêiade de sintomas descritos como “crises”, geralmente composta de cefaleia, sudorese, palidez, rubor facial, dores,
ansiedade, náuseas, vômitos, tremores ou palpitações. Metodologia: Uma paciente de 57 anos procurou ambulatório para
avaliar glicemia. Durante história clínica negava sintomas de
descompensação glicêmica, mas referia entradas em urgências
com crises de cefaleia, tremores, sudorese, sensação de morte
iminente, labilidade emocional e palpitação que tinham início
súbito e que melhoravam após uso de medicação durante
atendimento na urgência. Ao exame: bom estado geral. Exames de tireoide, cardiovascular e respiratório normais. PA: 170
x 100 mmHg. Medicamentos: losartana potássica 100 mg/dia;
hidroclorotiazida 25 mg/dia; anlodipino 5 mg/dia; clonazepam
5 gotas/dia; citalopram 20 mg/dia. Resultados: Exames laboratoriais: hematimetria, bioquímica, função renal e tireoidiana
normais; catecolaminas plasmáticas – epinefrina: 80 pg/ml (< 84
pg/ml); norepinefrina: 205 pg/ml (< 420 pg/ml); dopamina =
45 pg/ml (< 85 pg/ml); metanefrinas urinárias totais = 17.875
mcg/24h (< 1.000 mcg/24h); metanefrina = 9.461 mcg/24h
(< 320 mcg/24h); normetanefrina = 7.634 mcg/24h (< 390
mcg/24h). TC de abdômen: formação expansiva sólida de limites bem definidos, medindo: 6,9 x 5,7 x 5,6 cm, localizada em
adrenal esquerda; MIBG I-131: área arredondada hipercaptante
na região superior da adrenal esquerda. Após diagnóstico de feocromocitoma, foi realizado o preparo pré-operatório, sendo a paciente encaminhada à cirurgia, evoluindo no pós-operatório com
normalização das metanefrinas urinárias e desaparecimento de todas as manifestações clínicas, sendo necessária a suspensão do uso
das drogas antidepressivas e redução importante das anti-hipertensivas. Conclusão: Este caso ilustra a importância de se pensar
em feocromocitoma em pacientes hipertensos apresentando
episódios paroxísticos simulando crises de ansiedade. Palavras-chave: Hipertensão endócrina, paroxismos, metanefrinas.
TL-030 DISPLASIA FIBROSA ÓSSEA POLIOSTÓTICA
COM FRATURA BILATERAL DE MEMBROS INFERIORES NÃO
ASSOCIADA COM A SÍNDROME DE MCCUNE-ALBRIGHT
Teresa Cristina de Alencar Lacerda1, Thais Gelenske Braga e
Oliveira1, Érico Higino de Carvalho1, Ana Carla Peres Montenegro1,
Mônica de Oliveira1, Livya Susany Bezerra de Lima1, Kamilla Liberal
Leite1
1
Instituto de Medicina Integral de Pernambuco (Imip)
Introdução A displasia fibrosa óssea (DFO) é uma doença rara em
que porções do osso são substituídas por tecido conjuntivo fibroso
e osso trabecular malformado. É causada por uma mutação no gene
guanine nucleotide stimulatory protein (GNSAS1). Pode ocorrer na
forma monostótica ou poliostótica: com acometimento na infância
até 20 anos. Os pacientes podem apresentar dor, fraturas e deformidades ósseas graves, habitualmente segmentares. Acomete mais
fêmur proximal, tíbia, costelas e crânio. Em exames radiológicos,
observa-se expansão do osso e curvatura, erosão endostal e displasia fibrosa como lesão lítica na metáfise ou diáfise e aparência de
“vidro moído”. Correspondem a cerca de 7% dos tumores ósseos
benignos. A forma mais grave poliostótica é usualmente associada à síndrome de McCune-Albright. A terapia com bisfosfonatos
é um alternativa para os pacientes sintomáticos. Objetivo: Relatar
um caso de displasia fibrosa poliostótica com fratura bilateral de
membros inferiores não associada à síndrome de McCune-Albright
e distúrbio endócrino. Métodos: Após assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, as informações foram coletadas em dados contidos em prontuário médico do ambulatório de
endocrinologia do Instituto de Medicina Integral do Recife (Imip),
no período de 13 de dezembro de 2005 a março de 2014. Resultados: ALAM, masculino, 20 anos, com relato de fratura de fêmur
direito após trauma, aos 7 anos de idade. Após um ano sofreu novo
evento por queda da própria altura e fratura em fêmur esquerdo.
Realizou biópsia óssea cujo laudo histopatológico evidenciou displasia fibrosa óssea. Em cintilografia óssea foi identificado hipersinal em parietal direito, órbita direita, úmero e terço proximais de
antebraço direito, hemibacia direita, fêmures e tíbias. A despeito
do uso de bisfosfonato por 11 anos, sofreu novas fraturas, que chamavam a atenção por acometerem sempre os membros inferiores
bilateralmente. A última fratura ocorreu há dois anos e o paciente
encontra-se sem dor. Conclusão: Relatamos o caso de um paciente com DFO disseminada, de evolução grave não associada com
a síndrome de McCune-Albright e distúrbio endócrino e oligossintomático. Palavras-chave: Displasia fibrosa óssea, fratura óssea,
tumor ósseo benigno.
TL-031 DOR TORÁCICA, ALTERAÇÕES ISQUÊMICAS
NO ELETROCARDIOGRAMA ASSOCIADAS A DIABETES
E DEMAIS FATORES DE RISCO PARA DOENÇA ARTERIAL
CORONARIANA OBSERVADOS EM SERVIÇO DE
EMERGÊNCIA DE SANTA RITA/PB
Alysson Costa da Nóbrega1, George Robson Ibiapina1, Waleria
Viana Ibiapina1, Daniele Kelle Lopes de Araújo1, Valeria Siqueira
de Carvalho Besarria1, Alana Moura di Pace1, Tauanny Stephane
Frazão e Silva1, Sandro Cézar Vieira da Silva1, Pedro Henrique
Xavier Sá Bezerra de Menezes1, Rena Matusa de Oliveira Barros1,
Juliana Navarro Ribeiro Henriques1, Lana Muriely Borges de Assis1
1
Faculdade de Medicina Nova Esperança (Famene)
O objetivo desse estudo é descrever as associações entre alterações
isquêmicas encontradas nos ECG, dor torácica como sintoma que levou doente ao serviço de emergência e variáveis clínicas associadas a
aumento da probabilidade de DAC, como sexo, idade, diabetes e hipertensão. Pacientes e métodos: Entre agosto e setembro de 2012,
colhemos registros de 138 pacientes atendidos na emergência do
Hospital Governador Flávio Ribeiro Coutinho. Apenas fichas com
ECG eram selecionadas; idade, sexo, hipertensão, diabetes e dor torácica eram as características observadas e que seriam relacionadas
com os sinais de isquemia no ECG (supra e infra de seguimento ST,
inversão simétrica de onda T e onda Q de necrose). Resultados:
A idade dos pesquisados teve média de 58,21 anos, mais de 80%
com mais de 40 anos e o sexo feminino com 68,8% da amostra.
57,2% não sabiam ser hipertensos e 39,9% o eram; 10,1% tinham
diabetes. Um pouco menos da metade (47,1%) com dor torácica e
14,5% com o exame ECG alterado. Os maiores de 60 anos (17,4%)
possuíam ECG com alguma alteração de isquemia, mas sem significado estatístico (p = 0,549), e nos homens o resultado do exame foi
alterado em 23,3% (p = 0,049). Relativamente às variáveis clínicas,
entre os pacientes com dor torácica, 21,5% (p = 0,027) apresentaram
ECG com sinais de isquemia. Hipertensão, uso de anti-hipertensivos
e diabetes apresentaram alterações eletrocardiográficas em, respectivamente, 14,5%, 16,3% e 21,5%, e todos com p sem significado
estatístico; agora, na dor torácica e sua relação com idade e sexo, os
maiores de 60 anos, em 47,5% (p = 0,975) das vezes, sentiram dor
torácica e o sexo feminino, em 47,4% (p = 0,926), tinham o sintoma;
hipertensos, em uso de anti-hipertensivos e diabéticos apresentaram
dor torácica, respectivamente, em 43,6%, 44,9% e 42,9%, e todos
sem significado estatístico. Conclusão: Concluímos que o sexo masculino possui a maioria dos eletrocardiogramas alterados e menos de
1/3 dos pacientes com dor torácica típica possui ECG com sinais de
isquemia. Palavras-chave: Dor torácica, eletrocardiograma, doença
arterial coronariana, diabetes mellitus.
S157
Trabalhos Científicos
TL-032 EPIFISIÓLISE DA CABEÇA FEMORAL COMO MOTIVO
DA CONSULTA INICIAL DE UM PACIENTE COM SÍNDROME DE
KALLMANN
José Anderson da Silva1,2, Marcia Gabrielle Tenório Correia Alves
Casado2, Emilene Cursino Cordeiro2, Laís Beltrão Magalhães2,
Eduardo Falcão de Lima Souza2, Gustavo Piech Ricardo1
1
Universidade Federal de Alagoas (UFAL). 2 Santa Casa de Misericórdia de
Maceió (SCMM)
Introdução: A prevalência da síndrome de Kallmann (SK) é estimada entre 1:10.000 e 1:80.000 nos homens e cerca de 1:50.000 nas
mulheres. A maioria dos casos é esporádica, mas a síndrome também pode ter caráter familiar. Os homens são mais frequentemente
acometidos do que as mulheres, em uma proporção aproximada de
4:1 nos casos esporádicos e de 2:1 nos casos familiares. A SK é essencialmente caracterizada pela associação de hipogonadismo hipogonadotrófico e anosmia. O hipogonadismo pode ser diagnosticado
logo na infância em virtude da criptoquirdia e/ou micropênis ou,
mais comumente, na idade puberal em virtude da falta de desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. O diagnóstico pode,
ainda, ser feito em investigação para condições clínicas comumente
associadas, como depressão, falta de energia e fraqueza muscular e
osteoporose. Material e métodos: Relata-se o caso de um paciente
do sexo masculino, 31 anos, com retardo no desenvolvimento
sexual, que evoluiu com dor crônica em articulação coxofemoral
esquerda após esforço físico. O exame físico evidenciou voz aguda,
obesidade central e em região do quadril, aumento da envergadura
em relação à estatura de 8 cm, testículos pré-puberais e ausência de
pelos em axilas e barba e distribuição triangular dos pelos pubianos.
Resultados: Os exames laboratoriais revelaram testosterona total
reduzida (< 0,8 nmol/l), valores normais de FSH (1,4 mUI/ml) e
LH (1,12 mUI/ml), VHS: 12 mm, função tireoidiana normal (T4
livre: 0,89 ng/dl, TSH: 1,5 μg/dl), glicemia de jejum: 71 mg/dl,
colesterol total: 173 mg/dl, triglicerídeos: 164 mg/dl, fosfatase
alcalina: 162 U/l, hemograma sem alterações, cálcio urinário 24
horas: 108 mg/24h e baixos valores de 25-hidroxivitamina D: 18
ng/ml. A radiografia da coxa demonstrou fratura do colo do fêmur,
e a ressonância magnética da coxa esquerda, condrólise com lesão
acetabular anterolateral. A ressonância nuclear de encéfalo evidenciou sinais de agenesia dos bulbos olfatórios associados à hipoplasia
hipofisária. O paciente foi tratado com reposição de testosterona
e vitamina D, evoluindo com significativa melhora clínica e na
qualidade de vida. Conclusão: Este caso relata a importância da
investigação de hipogonadismo em um adulto jovem com fratura
por osteoporose. Palavras-chaves: Fratura patológica, hipogonadismo, osteoporose, síndrome de Kallmann.
TL-033 FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM UMA
AMOSTRA POPULACIONAL PARTICIPANTE DE EVENTO
EDUCATIVO EM MACEIÓ/AL
Gláucio Vinícius Pereira de Andrade1, Francisco Barbosa Lima
Neto1, Francisco de Freitas Machado Netto1, Teodorico Romualdo
Costa Júnior1, Kelvyn Melo Vital1, José Anderson da Silva1
1
Faculdade de Medicina (Famed) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Introdução: O aumento da expectativa de vida traz consigo maior
prevalência de doenças crônicas degenerativas, sendo as principais, as
doenças cardiovasculares. Elas são a principal causa de óbitos, causam impacto na qualidade de vida e geram gastos ao SUS. A avaliação dos fatores de riscos cardiovasculares possibilita ações preventivas mais eficazes, que resultam numa melhora da qualidade de vida.
Objetivo: Avaliar os fatores de risco das doenças cardiovasculares
numa amostra aleatória. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, desenvolvido com a coleta de dados em uma amostra aleatória
de 74 entrevistados, dos quais 16 foram excluídos por apresentarem
doença cardiovascular prévia, durante a Semana Nacional de Ciência
S158
e Tecnologia, em outubro de 2013, em Maceió, AL. Os participantes responderam a um questionário sobre seus antecedentes pessoais
e familiares e foram submetidos à aferição de pressão arterial, exame
de glicemia capilar e medidas antropométricas. Resultados: A amostra foi composta por 46,55% (n = 27) do sexo masculino e 53,45%
(n = 31) do sexo feminino, com uma média de idade de 44,67 anos.
Do grupo, 29,31% (n = 17) são hipertensos; 10,34% (n = 6) são diabéticos tipo 2; 5,17% (n = 3) são hipertensos e diabéticos; 58,82% (n
= 10) dos hipertensos e 83,33% (n = 5) dos diabéticos são mulheres.
História de doença cardiovascular na família representou 63,79% (n
= 37). 55% (n = 32) consomem regularmente álcool (56,25% homens e 43,75% mulheres). Em relação ao tabagismo, 10,34% (n = 6)
afirmaram fumar regularmente e 10,34% (n = 06) são ex-tabagistas.
43,10% (n = 25) apresentaram roncos noturnos; 12,06% (n = 7)
utilizavam regularmente corticosteroides. 44,82% (n = 26) praticavam atividade física. A análise do IMC revelou que 67,24% (n = 39)
estavam com excesso de peso (64,1% com sobrepeso e 35,9% com
obesidade). Quanto à circunferência abdominal, 46,55% (n = 27)
apresentavam-se acima dos valores estabelecidos pela OMS (> 80
cm para mulheres e > 94 cm para homens). Em relação à pressão
arterial sistólica, 31,03% (n = 18) apresentaram valores acima de 140
mmHg e 37,93% (n = 22), valores superiores a 90 mmHg, em relação à diastólica. Conclusões: Este estudo mostra frequência aumentada de obesos com predomínio de adiposidade abdominal, além
de maior frequência de diabetes e hipertensão entre as mulheres,
reforçando a necessidade de medidas educativas e de mudanças para
hábitos saudáveis. Palavras-chave: Doença cardiovascular, fatores de
risco, obesidade.
TL-034 FEOCROMOCITOMA MALIGNO BILATERAL NÃO
FUNCIONANTE COM METÁSTASE ÓSSEA
Livya Susany Bezerra de Lima1, Mônica de Oliveira1, Rodrigo
Alves Pinto1, Thais Gelenske Braga e Oliveira1, Érico Higino de
Carvalho1, Teresa Cristina de Alencar Lacerda1, Ana Carla Peres
Montenegro1, Kamilla Liberal Leite1
1
Instituto de Medicina Integral de Pernambuco (Imip)
Introdução: Feocromocitomas são tumores raros das células cromafins da medula adrenal. Podem ser sintomáticos ou incidentalomas; 5% a 10% são bilaterais e cerca de 10% desses são malignos,
malignidade essa caracterizada por invasão local ou metástases a distância. Material: Descrevemos o caso de uma paciente acompanhada no Instituto de Medicina Integral de Pernambuco desde 2007,
por meio de revisão de prontuário, após consentimento esclarecido
dela. Resultados: Paciente de 58 anos, que na investigação de dor
lombar realizou TAC: “volumosa lesão expansiva de aspecto heterogêneo de 10,0 x 9,5 x 9,0 cm, em adrenal direita, de contornos
lobulados, calcificações grosseiras e áreas de necrose/liquefação
no seu interior”. Não tivemos acesso à avaliação funcional. A paciente foi submetida à adrenalectomia direita em outro serviço em
2007. Histopatológico: feocromocitoma adrenal de 460g, ausência
de invasão e margens livres. A paciente foi admitida no Imip para
acompanhamento. Rea­lizou TAC de controle anuais. Em 2009, foi
observada lesão arredondada em adrenal esquerda de 2,2 x 1,6 cm.
A lesão foi seguida até 2010 e, por causa do crescimento tumoral
(3,9 x 3,3 cm), a paciente foi submetida à adrenalectomia esquerda. Catecolaminas e metanefrinas urinárias normais. Cintilografia
MIBG negativa. Apenas a cromogranina A mostrava-se elevada
517 (< 36,41 ng/ml). Histopatológico: feocromocitoma de 5,0 x
3,5 cm, sem invasões. Imunoistoquímica: positividade para cromogranina e S100. Ki67 foi positivo em menos de 5%, evidenciando
baixo índice proliferativo. Evoluiu com dor cervical e fraqueza de
membro superior. RNM de coluna: formação expansiva com hipossinal em T1 e T2, acometendo corpo vertebral de T1 e pedículos
e elementos posteriores de C7 e D1 com obliteração do forame
Trabalhos Científicos
neural esquerdo. Submetida à descompressão medular de urgência. Histopatológico dos fragmentos ósseos: metástase de adrenal.
Evoluiu sem resposta radioterápica, havendo necessidade de novo
procedimento neurológico para ressecção tumoral parcial. Persistiu com dor cervical intensa, sendo contraindicada nova cirurgia.
Cintilografia com análogo da somatostatina Tc99 revelou apenas
discreta captação do traçador na região torácica, o que não nos
estimulou ao uso de análogos da somatostatina. Há três meses iniciou quimioterapia com vincristina, dacarbazina e ciclofosfamida,
na tentativa de controle da dor. Conclusões: Relatamos um caso
de feocromocitoma metastático não funcionante de difícil controle álgico. Palavras-chave: Feocromocitoma, metástase, tumor
bilateral.
TL-035 HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR COMO FATOR DE
RISCO PARA COLEDOCOLITÍASE EM PRÉ-ESCOLAR: RELATO
DE CASO
Maria Luísa Saraiva Costa1, Thyago Vieira Soares da Nóbrega1,
Laio Caju Wanderley1, Rivaldo Serrano de Andrade Neto1, Heloísa
Brandão Vieira1, Marília Denise de Saraiva Barbosa2, Rosa Maria
Troccoli Caldas3
1
Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba (FCM-PB). 2 Universidade Federal
da Paraíba (UFPB). 3 Complexo de Pediatria Arlinda Marques (CPAM)
Introdução: A colelitíase e suas complicações são entidades infrequentes na faixa etária pediátrica, porém, devido ao melhor entendimento da doença e ao avanço dos meios diagnósticos ao longo
dos anos, essa patologia vem sendo cada vez mais diagnosticada na
infância. A exata prevalência de cálculos biliares nessa faixa etária é
desconhecida, contudo estudos europeus mostram prevalência de
0,13% a 1,9% de litíase biliar. Durante muito tempo, acreditava-se
que as patologias hemolíticas funcionavam como único fator determinante para o diagnóstico, entretanto sabe-se, atualmente, que
existem elementos secundários e idiopáticos. Entre eles, encontramos a hipercolesterolemia familiar, que não figura entre os mais
frequentes, porém merece atenção em sua abordagem, em vista
das possíveis consequências. Método: Descrevemos, aqui, um caso
de coledocolitíase em pré-escolar, associada à hipercolesterolemia
familiar. MMSA, 4 anos, sexo feminino, foi admitida com quadro
de icterícia, associada à acolia fecal e colúria, dor abdominal difusa
e vômitos, com cinco dias de duração. Como antecedente familiar,
destacou-se a presença de dislipidemia em parentes de 1º grau,
sem antecedentes pessoais relevantes. Resultados: Investigação
complementar revelou elevação de bilirrubina direta, assim como
hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia, configurando dislipidemia mista. Ultrassonografia abdominal evidenciou dilatação de
ductos biliares intra e extra-hepáticos, vesícula biliar de dimensões
aumentadas, sem indícios de cálculos em seu interior. Colangiorressonância revelou cálculo obstrutivo em ducto colédoco distal,
determinando importante dilatação das vias biliares intra e extrahepáticas. Como conduta terapêutica, foi submetida à colangiopancreatografia endoscópica retrógada (CPRE), com realização
de papilotomia endoscópica e extração de cálculo de via biliar. Tal
procedimento apresentou complicação, evoluindo com retropneumoperitônio, tratado de forma conservadora. No momento, em
aguardo de colecistectomia eletiva e em acompanhamento pela endocrinologia pediátrica. Conclusão: Conclui-se, portanto, que a
coledocolitíase, afecção rara na infância, apresenta forte associação
com elementos predisponentes, quando presente. Apesar de não
ser um fator de risco frequente, a hipercolesterolemia familiar não
deve ser subestimada, necessitando de adequado acompanhamento endocrinológico, de forma a reduzir as possíveis complicações,
como no caso relatado. Palavras-chave: Colelitíase, dislipidemia,
endocrinologia, infância.
TL-036 HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA FORMA NÃO
CLÁSSICA: MANIFESTAÇÃO NA PERIMENOPAUSA
Rosangela Meira Rodrigues Cisneiros1
1
Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf)
Introdução: A hiperplasia adrenal congênita forma não clássica
(HACFNC) se manifesta até a vida adulta com sinais e sintomas de
hiperandrogenismo, como hirsutismo, acne, infertilidade, irregularidade menstrual em adolescentes e/ou em mulheres jovens. Atinge
aproximadamente 0,1% da população geral. Objetivo: Relatar um
caso de HACFNC com manifestação tardia. Método: Paciente, 52
anos, atendida num serviço privado de Endocrinologia, em Petrolina/Pernambuco, no período de fevereiro/2013, para investigação
de acne de aparecimento nos oito meses antecedentes ao atendimento. Referia ciclos menstruais regulares, sem qualquer outra queixa.
Relatava três gestações e três partos. Ao exame físico: acne grau I,
com pápulas apenas em região da fronte, nariz e mento. Escala de
Ferriman-Galleway com escore 3. Índice de massa corpórea 24 kg/m2,
genitália externa sem alterações. Exames laboratoriais mostravam:
17(OH)-progesterona: 1.290 ng/dl; testosterona total: 116 ng/
dl (VN até 75 ng/dl); S-DHEA: 200 ng/dl (VN até 133 ng/dl);
androstenediona: 4,4 ng/ml (VN até 4,4 ng/ml); DHEA, FSH,
LH, estradiol, função tireoidiana e bioquímica dentro dos limites da
normalidade. A 17(OH)-progesterona foi repetida, durante a fase
folicular, com resultado de 2.360 ng/dl. Diante da idade da paciente e da queixa apenas de acne discreta, optou-se por tratamento
tópico dermatológico. Discussão: A HACFNC pode se manifestar
em mulheres adultas de forma oligo ou assintomática. Valores de
17(OH)-progesterona basal > 200 ng/dl ou ≥ 1.000 ng/dl pós-estímulo com ACTH sintético fortemente sugerem o diagnóstico.
No entanto, valores basais > 500 ng/dl tornam desnecessário o teste
confirmatório. Relatamos um caso de HACFNC, manifestado a partir da quinta década, apenas como acne leve. Há descrição da acne
como manifestação isolada em mulheres, em apenas 3,6% dos casos.
Diante do valor basal, não houve necessidade do teste de estímulo
com ACTH. Pode haver também alteração de outros precursores
androgênicos como: androstenediona, DHEA, S-DHEA e testosterona em até 60% dos casos, o que também foi observado em nosso caso. O tratamento da HACFNC em mulheres adultas deve ser
direcionado às manifestações. No caso relatado, a paciente evoluía
com regularidade menstrual, ausência de hirsutismo, apenas com
acne leve, o que definiu como conduta, apenas tratamento cosmético. Palavras-chave: Diagnóstico, hiperplasia suprarrenal congênita,
perimenopausa, tratamento.
TL-037 INCIDÊNCIA DE DIABETES GESTACIONAL NO
SERTÃO DE PERNAMBUCO
Rosangela Meira Rodrigues Cisneiros1, João Guilherme de Bezerra
Alves2, Luciana Paula Fernandes Dutra1, Fernando José Carvalho
Silveira1, Audimar de Souza Alves1, Carolina Prado Diniz2, Marcelo
Marques de Souza Lima1,2
Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). 2 Instituto de
Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (Imip)
1
Introdução: Diabetes mellitus gestacional (DMG) é a complicação
metabólica mais comum na gestação e compete de forma importante
para elevar a morbimortalidade materno-fetal. Além dos riscos durante o período gravídico, gestantes com DMG têm risco aumentado
de recidiva e de futuramente desenvolver diabetes mellitus tipo 2.
Entre as mulheres grávidas, 2%-14% desenvolvem DMG. No Brasil, estima-se em 7,6%. Objetivo: Determinar a incidência de DMG
em gestantes atendidas no Hospital Dom Malan (HDM)/Imip e
duas Unidades Básicas de Saúde (UBS), no município de Petrolina/
Pernambuco. Métodos: Realizou-se estudo de coorte em gestantes
atendidas no serviço de pré-natal HDM e de duas UBS, no período de outubro/2011 a dezembro/2013. Incluíram-se mulheres até
S159
Trabalhos Científicos
20ª semana de gestação, com idade entre 10-49 anos, e excluíram-se
portadoras de DM pré-gestação, gestação múltipla, adolescentes na
ausência de representante legal e fetos com anomalias congênitas.
Foram analisadas características socioeconômicas e realizadas avaliação antropométrica e aferição de pressão arterial. O diagnóstico
do DMG foi feito com pelo menos um valor alterado do teste oral
de tolerância à glicose (TOTG), com glicemia dosada em jejum, 1
e 2 horas pós-administração de glicose. Foram utilizados os critérios HAPO (Hyperglycemia and Adverse Pregnancy Outcome) para o
diagnóstico de DMG. Resultados: Foram estudadas 176 gestantes,
das quais 116 (65,9%) realizaram o TOTG. A média de idade foi
de aproximadamente 25 anos e a da idade gestacional de inclusão
do estudo, de 16 semanas. Aproximadamente, 59% das gestantes
tinham renda familiar de até 1 salário mínimo da época; 34% iniciaram a gravidez com índice de massa corpórea acima do normal. As
médias da pressão arterial sistólica e diastólica foram de 105,6 e 68,7
mmHg, respectivamente. A média das glicemias em jejum, 1 e 2
horas pós-sobrecarga de glicose, foi, respectivamente, de 72,4 mg/
dl, 117,3 mg/dl e 98,4 mg/dl. A incidência de diabetes gestacional
foi de 6,8% (n = 8). Conclusões: O diagnóstico de DMG permanece
controverso. O reconhecimento dos valores diagnósticos, recentemente adotados pelo International Association of Diabetes Pregnancy
Study Group (IADPSG) e reconhecidos pelo International Diabetes
Federation, mostraram incidência de 16,1%. Embora aumente a incidência, esse rastreamento permite redução dos desfechos adversos
materno-fetais. Nosso estudo mostrou incidência menor, provavelmente por conta do tamanho da amostra. Sugerem-se estudos com
amostra maior e em diferentes populações. Palavras-chave: Diabetes gestacional, diagnóstico, incidência.
TL-038 ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS DE OBESIDADE E SUA
RELAÇÃO COM FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM
UMA POPULAÇÃO PARTICIPANTE DE UM EVENTO EDUCATIVO
Victor José Correia Lessa1, Priscilla Maris Pereira Alves1, Gláucio
Vinícius Pereira de Andrade1, Elizabeth Ferreira Freire1, Joyce
Santos Nascimento1, José Anderson da Silva1
1
Faculdade de Medicina (Famed) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Introdução: Várias tentativas têm sido feitas para identificar o
melhor preditor antropométrico de doenças crônicas em diferentes
populações. A adiposidade abdominal tem sido considerada um
dos melhores preditores de doenças cardiovasculares, embora
existam controvérsias em relação ao melhor indicador para gordura
abdominal. O objetivo deste estudo foi verificar a relação entre
índices antropométricos e alguns fatores de risco para doenças
cardiovasculares. Material e métodos: Estudo transversal. Amostra
não probabilística por conveniência composta por indivíduos
participantes de evento de educação em saúde ocorrido em outubro
de 2013, em Maceió/AL. Os participantes responderam a um
questionário e foram submetidos a exame físico antropométrico. As
medidas antropométricas serviram de base para o cálculo de índices
antropométricos de obesidade – índice de massa corpórea (IMC)
e índice de adiposidade corporal (IAC) – e de índices específicos
de obesidade abdominal – relação cintura/quadril (RCQ), relação
cintura/estatura (RCEst) e índice de conicidade (Índice C). Os dados foram analisados no programa Epi-Info 7 e tratados por distribuição de frequência, medidas de tendência central e dispersão.
Resultados: Foram entrevistadas 74 pessoas, metade de cada sexo,
com média de idade de 45,6 ± 14,5 anos. 53,42% dos indivíduos
referiram a inatividade física como fator de risco cardiovascular
(FRCV), 67,12%, a história familiar de doença cardiovascular,
36,49%, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e 13,51%, o diabetes
(DM). Indivíduos com FRCV apresentaram maiores IMC, RCQ e
RCEst quando comparados aos sem FRCV. Não houve diferença
significante em relação ao IAC entre grupos com ou sem FRCV.
S160
O índice C foi maior no grupo sem FRCV, exceto para a HAS, sendo maior no grupo portador dessa patologia em comparação aos
não hipertensos. A média da RCQ foi maior no grupo com DM
(0,95 ± 0,06), assim como a da RCEst (13,64 ± 25,92). A média
do IMC foi maior no grupo com HAS (30,1 ± 5,5 kg/m²), assim
como a do IAC (30,6 ± 10,0%). Conclusões: Neste estudo foi
verificada associação positiva entre o aumento do IMC com HAS,
resultado que tem sido evidenciado na literatura. Novos estudos
devem ser realizados na população brasileira, a fim de verificar as
verdadeiras associações entre índices antropométricos e fatores de
risco para doenças cardiovasculares, já que não existe consenso em
relação ao(s) melhor(es) indicador(es) e seus pontos de corte para
discriminar risco cardiovascular. Palavras-chaves: Antropometria,
risco cardiovascular, obesidade, HAS, diabetes.
TL-039 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E ASSOCIAÇÃO A
DIABETES MELLITUS E FATORES DE PIOR PROGNÓSTICO EM
AMBULATÓRIO DE CLÍNICA MÉDICA EM SANTA RITA/PB
Alysson Costa da Nóbrega1, George Robson Ibiapina1, Waleria
Viana Ibiapina1, Daniele Kelle Lopes de Araújo1, Valeria Siqueira
de Carvalho Besarria1, Alana Moura di Pace1, Tauanny Stephane
Frazão e Silva1, Sandro Cézar Vieira da Silva1, Pedro Henrique
Xavier Sá Bezerra de Menezes1, Rena Matusa de Oliveira Barros1,
Juliana Navarro Ribeiro Henriques1, Lana Muriely Borges de Assis1
1
Faculdade de Medicina Nova Esperança (Famene)
Introdução: Nosso objetivo com esse estudo é buscar alguma associação entre pacientes com IC em seguimento ambulatorial e variáveis laboratoriais como creatinina, hemoglobina e sódio sérico.
Nesse mesmo trabalho observamos também a relação de IC e essas
mesmas variáveis com idade, sexo, diabetes melito, tabagismo, hipertensão e fração de ejeção no ecocardiograma transtorácico. Pacientes e métodos: Estudo transversal observacional realizado por coleta
de dados de prontuários em consulta ambulatorial. Em maio e junho
de 2013, no ambulatório de clínica médica da Faculdade de Medicina Nova Esperança, em Santa Rita/PB, 58 pacientes em seguimento
clínico com diagnóstico de IC foram selecionados e tiveram seus
dados coletados. Fração de ejeção no ecocardiograma, hemoglobina,
creatinina, sódio, idade, sexo, se portador de hipertensão, diabetes e
se fazia uso de tabaco, foram os dados registrados no questionário.
Algumas variáveis tiveram seus valores colocados em intervalos ditos
maior ou menor que um valor determinado de corte para facilitar a
análise. Hemoglobina = 12 g/dl, creatinina = 1,4 mg/dl, sódio =
135 mg/dl e fração de ejeção = 50% são os respectivos pontos de
corte para essas variáveis. Resultados: Alguns dos resultados com
valor próximo a significado estatístico foram respectivamente: hemoglobina maior ou igual a 12 mg/dl (50%, p = 0,09) e creatinina
menor que 1,4 mg/dl (44,9%, p = 0624); não fumantes = 42,9%
(p = 0,054), fumantes = 81,8% (p = 0,054), diabéticos = 75% (p =
0,074). Conclusão: Os fatores prognósticos que mais se aproximaram de significado estatístico em nossos pacientes com IC foram o
diabetes e a anemia em pacientes com baixa fração de ejeção. Nos
pacientes fumantes, observamos maior predomínio de doentes com
hemoglobina normal. Palavras-chave: Insuficiência cardíaca, prognóstico, diabetes mellitus.
TL-041 LYMPHOCYTIC INFUNDIBULONEURO HYPOPHYSITIS:
CASE REPORT AND LITERATURE REVIEW
Lucyana de Melo Baptista1, Renata Tereza de Barros Silva1,
Monique Cardoso Santos1, Ana Paula Tavares-Souza1, Fernando
Raposo1, Lucia Cordeiro1
1
Hospital Barão de Lucena (HBL)
Introduction: Lymphocytic hypophysitis is a rare pituitary disorder mainly in the adenohypophysis and has unidentified etiology.
Trabalhos Científicos
Goal: To describe a case of infundibuloneuro hypophysitis in a boy
as an initial presentation of a lymphocytic hypophysitis. Case report:
During the last 3 years a 14 year-old boy complains about polyuria,
polydipsia and nocturia. Was refered to an endocrinology service to
investigate, but lost the follow up. His mother has Graves’s disease
diagnosis. In June 2013, he came to our hospital with suspicious
of diabetes insipidus confirmed with the water deprivation test and
MRI results posterior bright spot (neurohypophysis signal) and
thickened pituitary stalk (coronal section, post-contrast). The other
hormones were normal except for a prepuberal LH and FSH. A
month later he was re-admitted with an adrenal crisis with weakness,
postural hypotension and electrolytes abnormalities as well as low
T4 and TSH. Presenting now with the panhypophysitis. The GH
deficiency was confirmed with the GH test after clonidine associated
with a low IGF-1. MRI 3 ms later showed a partially empty sella.
Treatment with hormonal replacement was performed. Discussion:
Lymphocytic hypophysitis is a rare disease occurring in 1 in 9 million person/year. Lymphocytic adeno-hypophysitis is the most often
form of presentation, more frequently in young women (6:1) mainly during pregnancy and post-partum. The etiology is unidentified
probably autoimmune, or more recently being related with some
drugs like anti-CTLA-4 ipilimumab, an antineoplasic drug. In 75%
of patients there are multiple hormone deficiency being 80% parcial
ou total panhypopituitarism. Classical presentation of lost sequency
(ACTH>TSH>LH/FSH) sometimes is not found, as described in
the present case. Lymphocytic infundibuloneuro hypophysitis is a
rare condition, represents 25% of the cases, has no correlation with
pregnancy. The male: female ratio is 1:1. The gold-standart diagnosis is the transesphenoidal biopsy or a high grade of clinical suspicious with the selar MRI image of simetric enlargment of the stalk
followed by the hormonal deficiencies. Conclusion: Lymphocytic
hypophysitis is a rare condition being the infundibuloneuro hypophysitis even more rare form of presentation as initial manifestation
and should be investigated in male with diabetes insipidus and other
hormonal deficiency. Palavras-chave: Lymphocytic hypophysitis,
diabetes insipidus, panhypopituitarism.
TL-042 METÁSTASE DE CARCINOMA RENAL PARA A
TIREOIDE: RELATO DE CASO
Rosalia Gouveia Filizola1, Patrícia Leandro Bezerra1
1
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Os tumores tireoidianos de células claras (TTCC) são raros. Em contrapartida, metástase de carcinoma renal (MCR) para essa glândula
é também raro, mas deve ser considerada no diagnóstico diferencial
de TTCC, a fim de evitar erros de classificação e estabelecer a terapêutica correta. Caso clínico: Paciente do sexo feminino, 44 anos de
idade, cuja queixa principal foi crescimento progressivo de nódulo
tireoidiano havia quatro anos. Negava manifestações de disfunção
tireoidiana e de compressão local. Na história patológica pregressa relatava nefrectomia esquerda por carcinoma de células claras
de rim (CCCR), tendo sido considerada “curada” pelo cirurgião.
Ao exame físico, apresentava nódulo tireoidiano visível e palpável,
de consistência fibroelástica, medindo, aproximadamente, 4 cm de
diâmetro, pouco móvel, indolor às manobras palpatórias. Ausência
de adenomegalias cervicais. Restante do exame estava normal. Após
realização de ultrassonografia e punção aspirativa do nódulo, a paciente foi encaminhada à cirurgia, em que se realizou lobectomia
direita. Anatomopatológico: tumoração amarelada medindo 5 cm
de diâmetro, evidenciando neoplasia de células claras, com padrão
morfológico sólido e alveolar. O exame imunoistoquímico mostrou
tratar-se de CCCR metastático em tireoide. De posse dos resultados,
solicitamos tomografia de tórax e ressonância magnética de abdome,
que evidenciou uma imagem com sinal hipointenso em T1 e levemente hiperintenso em T2, medindo 1,5 x 1,3 cm, na face posterior
do 1/3 médio em rim e uma imagem hiperintensa em T2, com realce precoce em fase arterial, medindo cerca de 0,7 cm, localizada no
corpo/cauda do pâncreas. Discussão: Embora os CCCR apresentem um curso quiescente, podem ocorrer metástases e disseminação
da doença. Quando a tireoide é acometida, outros sítios o são e a
remoção cirúrgica das lesões pode prolongar a vida. Até 2011 apenas
36 casos de MCR para tireoide foram obtidos, segundo o Endocrine
Registry of the Armed Forces Institute of Pathology. Com maior frequência, essas metástases são encontradas à autópsia como parte da
disseminação da lesão ou invadem diretamente a tireoide a partir de
uma neoplasia de órgãos adjacentes. Quando presente, MCR pode
mimetizar neoplasia primária de tireoide, levando à potencial dificuldade diagnóstica, pois o nódulo se apresenta solitário e pode ocorrer
em paciente sem história conhecida de CCCR. Dessa maneira, o caso
aqui relatado vem ilustrar a importância do diagnóstico diferencial
dos TTCC. Palavras-chave: Carcinoma de células claras, diagnóstico diferencial, tumor metastático para tireoide.
TL-044 METÁSTASE INTRACRANIANA COMO
APRESENTAÇÃO INICIAL DE CARCINOMA FOLICULAR DE
TIREOIDE SEM INVASÃO LOCAL
Livya Susany Bezerra de Lima1, Teresa Cristina de Alencar
Lacerda1, Érico Higino de Carvalho1, Ana Carla Peres
Montenegro1, Thais Gelenske Braga e Oliveira1, Mônica de
Oliveira1, Kamilla Liberal Leite1
1
Instituto de Medicina Integral de Pernambuco (Imip)
Introdução: O carcinoma folicular de tireoide é um tumor epitelial bem diferenciado. Acomete pacientes idosos, sendo três vezes
mais comuns em mulheres. São tipicamente uninodulares, sendo
a invasão vascular frequente. Metástases a distância acontecem
em 10% a 15% dos pacientes, incomumente presentes com tumores locais < 2 cm. O diagnóstico ocorre com base na avaliação de
nódulo tireoidiano. Metástase cerebral assintomática é rara e, normalmente, possui prognóstico favorável, podendo indicar outros
sítios metastáticos. O tratamento é baseado em tireoidectomia com
esvaziamento linfonodal associado à radioterapia com iodo. Método: Relato de um caso de carcinoma folicular de tireoide cujo
diagnóstico foi dado com base em avaliação inicial de metástase
intracraniana. Após assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido, as informações foram coletadas em dados contidos em
prontuário médico do ambulatório de endocrinologia do Instituto
de Medicina Integral do Recife (Imip), no período de 1º de março de 2013 a 2 de fevereiro de 2014. Resultado: Mulher, de 54
anos, parda, encaminhada por oncologista para o ambulatório de
endocrinologia do Imip, com história de tumor intracraniano revelado por RNM de encéfalo que mostrava lesão expansiva sólida de
aproximadamente 4 cm em calota craniana extradural e subgaleal,
operada em agosto de 2012, cujo laudo histopatológico era de tumor intracraniano extra e intradural com infiltração óssea, sugestivo
de carcinoma folicular de tireoide, com imunoistoquímica positiva
para CK7, TTF1, tireoglobulina e KI67. Posteriormente, realizou
USG de tireoide, que evidenciou bócio multinodular, cujo maior
nódulo media 1,7 cm no maior diâmetro. Realizada tireoidectomia
total com esvaziamento linfonodal em outubro de 2012; peça cirúrgica demonstrava carcinoma folicular com invasão focal da cápsula
tireoidiana com margem livre, em tireoide com bócio adenomatoso
multinodular, linfonodos cervicais livres. Apresentava altos níveis
de tireoglobulina após cirurgia, sendo realizada iodoterapia com
250 mCi de iodo-131 e reposta levotiroxina na dose de 150 mcg.
Paciente em acompanhamento ambulatorial, mantendo níveis elevados de tireoglobulina e tomografia de bacia e pelve apontando
para nova metástase óssea. Conclusão: O presente estudo relata o
caso de paciente com carcinoma folicular de tireoide e invasão focal
de cápsula tireoidiana, porém com margens livres, cujo diagnóstico
S161
Trabalhos Científicos
foi alcançado após a avaliação de tumor intracraniano. Palavras-chave: Carcinoma folicular de tireoide, metástase cerebral, nódulo
de tireoide.
TL-046 MIOPATIA PROXIMAL COMO APRESENTAÇÃO
PRINCIPAL DO HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO
Cyntia Chaves Gomes de Freitas1, Lucio Vilar1, Patricia Sampaio
Gadelha1, Aline Maria C. Siqueira1, Giulliana Nobrega Guimarães1,
Ana Virgínia Gomes1, Maíra Melo de Fonseca1, Karoline F. Viana1,
Viviane Canadas1, Renata O. Campos1
Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
Pernambuco (HC-UFPE)
1
Introdução: O hiperparatireoidismo primário (HPTP) é a causa
mais comum de hipercalcemia em pacientes ambulatoriais e é a terceira desordem endócrina mais frequente depois do diabetes mellitus e doenças tireoidianas. Especialmente no mundo ocidental, a
maioria dos pacientes com HPTP se apresenta com sintomas não
específicos, como fadiga, distúrbios do humor e comprometimento
cognitivo. Relatamos o caso de uma paciente com apresentação clínica rara de uma doença endócrina comum. Relato de caso: Relatamos o caso de uma paciente de 37 anos que desenvolveu quadro
de fraqueza proximal de membros superiores e inferiores, o que
resultou em dificuldade de levantar da posição sentada e subir e
descer escadas. O exame físico era compatível com quadro miopático. A princípio, a suspeita era de uma miopatia hereditária. No
entanto, ao se realizar nova investigação, após dois anos, exames laboratoriais revelaram elevação dos níveis séricos de cálcio [10,7 ng/
dl (VR: 8,6-10,2)], hipofosfatemia [fósforo = 1,7 mg/dl (VR: 2,54,8)] e níveis reduzidos de 25(OH) vitamina D [9,1 ng/ml (normal > 20)]. A suspeita de HPTP foi confirmada pela demonstração
de níveis elevados de PTH [577 pg/ml (VR: 4-58)] e evidência
adenoma de paratireoides ao exame histopatológico. Após a cirurgia, a paciente apresentou melhora progressiva da força muscular,
bem como normalização da calcemia e do PTH. Conclusão: Apesar
de inicialmente ter recebido o diagnóstico de uma doença degenerativa, a paciente possuía uma condição passível de tratamento. O
HPTP tem um quadro clínico bastante variável, e o aumento do
uso dos testes de triagem permite o diagnóstico precoce, evitando
os riscos que advêm de uma hipercalcemia prolongada e erros diagnósticos. Palavras-chave: Hiperparatireoidismo primário, miopatia
proximal, hipercalcemia.
TL-047 O DESEMPENHO DA CIRCUNFERÊNCIA TORÁCICA
NO RASTREIO DO SOBREPESO É EQUIVALENTE OU SUPERIOR
A OUTRAS CIRCUNFERÊNCIAS CORPORAIS CURVA ROC,
SOBREPESO, CIRCUNFERÊNCIA TORÁCICA
Ana Paula Abreu Martins Sales1, Nádia Tavares Soares2, Maria
Helane Costa Gurgel Castelo1, Lia Silveira Adriano2, Rinaldo e Silva
de Oliveira2, Virginia Oliveira Fernandes1, Clarisse Mourão Melo
Ponte1, Ana Paula Dias Rangel Montenegro1, Patrícia Soares de
Moura3, Carlos Antonio Negrato4, Renan Magalhães Montenegro
Junior1
1
Universidade Federal do Ceará (UFC). 2 Universidade Estadual do Ceará
(UECE). 3 Universidade de São Paulo (USP). 4 Sociedade Brasileira de Diabetes
(SBD)
Objetivos: São escassos estudos sobre o desempenho da
circunferência torácica na identificação do excesso de peso. Este
estudo testou a capacidade da circunferência torácica em predizer
o sobrepeso em comparação com outras circunferências corporais.
Métodos: Amostra de 276 voluntários selecionados em uma unidade básica de saúde de Fortaleza/Ceará, entre maio e dezembro de
2010. As variáveis avaliadas foram peso, altura, IMC e as circunferências torácica, do pescoço (inferior, média e superior), abdominal,
quadril, braço e coxa. A estatística foi feita por meio da curva ROC
S162
(receiver operating characteristic), utilizando o IMC maior que 24,9
kg/m2 como referência de excesso de peso e teste qui-quadrado para
avaliar proporcionalidade de frequências de sobrepeso rastreadas pelos pontos de corte. Os resultados foram considerados significativos
quando a área da curva (AUC) era maior que 0,5 e p-value ≤ 1%.
Resultados: Entre os participantes do estudo, 85 (30,8%) eram do
sexo masculino e 191 (69,2%) do sexo feminino. A idade média foi
de 34,9 anos (11,2), sendo de 33,7 (10,0) anos entre homens e 35,5
(11,6) anos entre mulheres. As prevalências de sobrepeso foram de
51,8% [IMC = 25,08 (2,8)] e 49,7% [IMC = 24,9 (2,9)] para sexo
masculino e feminino, respectivamente. Nos homens, todas as circunferências apresentaram boa acurácia (UAC > 0,79; p < 0,001) e
entre as mulheres, somente as circunferências torácica, abdominal,
braquial e quadril. A precisão da circunferência do pescoço foi inferior à torácica no sexo feminino. O ponto de corte da circunferência
torácica de 95,9 cm para os homens e de 86,6 cm para as mulheres
identificou 88%-89% dos casos de sobrepeso. Não houve diferença
significativa entre a proporção de verdadeiro e falso-positivos e negativos para as circunferências em homens e mulheres. Nossos dados mostram que a circunferência torácica tem boa capacidade em
predizer o sobrepeso em ambos os sexos e sem diferença estatística
com outras circunferências corporais rotineiramente utilizadas ou
analisadas em pesquisas clínicas e epidemiológicas, tais como circunferência abdominal e quadril. Conclusão: A circunferência torácica
tem poder discriminatório do sobrepeso semelhante ou superior à
maioria das circunferências tradicionalmente utilizadas no rastreio
cardiometabólico. Nosso estudo corrobora achados anteriores de
que as circunferências corporais são boas preditoras do excesso de
peso, com destaque para o potencial uso da circunferência torácica.
Palavras-chave: Curva ROC, sobrepeso, circunferência torácica.
TL-048 O SURGIMENTO DA DEPRESSÃO FRENTE O
DIAGNÓSTICO DO DIABETES
Alysson Costa da Nóbrega1, George Robson Ibiapina1, Waleria
Viana Ibiapina1, Daniele Kelle Lopes de Araújo1, Valeria Siqueira
de Carvalho Besarria1, Alana Moura di Pace1, Tauanny Stephane
Frazão e Silva1, Sandro Cézar Vieira da Silva1, Pedro Henrique
Xavier Sá Bezerra de Menezes1, Rena Matusa de Oliveira Barros1,
Juliana Navarro Ribeiro Henriques1, Lana Muriely Borges de Assis1,
Daniel Henriques Tenório de Souza1, Leandro Castelo Alves1,
Wiliams Germano Bezerra Segundo1
1
Faculdade de Medicina Nova Esperança (Famene)
Introdução: A depressão no paciente com diabetes mellitus é muito
frequente, o que ocasiona pior evolução tanto da doença psiquiátrica
como da doença clínica. Leva-se em conta que a depressão tende a
provocar alterações tanto neuroquímicas como hormonais, ocasionando distúrbios no metabolismo glicêmico. Material e métodos:
Realizou-se uma pesquisa bibliográfica utilizando a base de dados do
banco online SciELO, por meio de artigos relevantes que subsidiassem a produção do resumo. Resultados: A presença de depressão
tende a piorar aspectos relacionados à saúde em pacientes clínicos. A
aceitação do diabetes é diferente em cada indivíduo, já que dependerá da estrutura psíquica e mental de cada um, assim o emocional,
que é constituído por aspectos mais profundos internamente e inconscientes, pode impedir um bom controle da doença caso essa
não seja aceita. No entanto, o diabetes mellitus possui efeitos neuroquímicos, noradrenérgicos e dopaminérgicos, o que pode ocasionar
diminuição da função monoaminérgica, semelhante ao que ocorre
na depressão. Conclusões: As alterações fisiopatológicas de ambas as
condições poderiam explicar os frequentes sintomas depressivos em
diabéticos, logo o tratamento da depressão teria efeitos benéficos,
melhorando o controle glicêmico e, indiretamente, diminuindo o
risco de complicações crônicas da doença. Palavras-chave: Depressão, diabetes mellitus, diagnóstico.
Trabalhos Científicos
TL-049 PAN-HIPOPITUITARISMO EVOLUINDO COM COMA
MIXEDEMATOSO SECUNDÁRIO À SÍNDROME DE SHEEHAN
Patricia Sampaio Gadelha1, Lucio Vilar1, Mayara Laís C. Dourado1,
Frederico Rangel Filho1, Aline Maria C. Siqueira1, Karoline Frazão
Viana1, Maíra Melo de Fonseca1, Giulliana Nóbrega1, Ana Virginia
Gomes1, Cyntia Chaves Gomes1, Daniela Coelho1, Laís Lopes
Dantas1, Eliane Moura1, Vera Santos G. Ferreira1
Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
Pernambuco (HC-UFPE)
1
Introdução: Hipopituitarismo corresponde à diminuição da secreção de hormônios hipofisários, que pode resultar de doenças da
glândula pituitária ou do hipotálamo. Em um estudo de 172 adultos
com hipopituitarismo, apenas 0,5% tinham a síndrome de Sheehan
como etiologia. Além disso, o hipotireoidismo central é uma rara
causa de hipotireoidismo, tendo frequência estimada na população
geral entre 1:20.000 e 1:80.000. Materiais e métodos: Relatamos
o caso de uma paciente de 49 anos que desenvolveu quadro de dor
abdominal, dispneia, mialgia e edema generalizado iniciado há dois
dias. Ao exame físico, estava um pouco desorientada, sonolenta,
dispneica (+/4+), hipocorada (1+/4+), com edema periférico sem
cacifo, periorbital e em membros superiores e inferiores. Apresentava, ainda, lentificação de fala e movimentos. Durante avaliação laboratorial, chamava a atenção presença de: leucopenia [2.700-3.700
mm3 (VR: 5.000-11.000)]; elevação do colesterol total [265-456
mg/dl (VR: < 200)] e CK [1.539-4.353 U/L (VR: 26-140)], além
de níveis baixos do T4 livre [0-0,25 ng/dl (VR: 0,7-1,5)], associados a valores de TSH dentro da normalidade [2,4-4,0 mUI/L (VR:
045-4,5)]. Resultados: Durante investigação para hipopituitarismo,
a paciente realizou uma RNM de sela túrcica sem evidências de adenoma hipofisário e sugestiva de sela vazia. As dosagens hormonais de
ACTH, prolactina, cortisol e IGF-1 foram compatíveis com hipopituitarismo. A paciente relatou que havia realizado hemotransfusão
em sua última gestação e não havia amamentado no período pós-parto. Após a reposição de L-tiroxina e cortisol, a paciente evoluiu
com melhora dramática do estado geral, bem como regressão completa dos sintomas. Conclusão: Apesar de ser uma causa rara de pan-hipopituitarismo, a necrose hipofisária pós-parto deve ser sempre
considerada nas mulheres com relato de agalactia e passado obstétrico com complicações. Palavras-chave: Pan-hipopituitarismo, coma
mixedematoso, síndrome de Sheehan.
TL-050 PAN-HIPOPITUITARISMO: HIPOFISITE LINFOCÍTICA
ASSOCIADA À PSORÍASE?
Narriane Chaves Pereira de Holanda1, Bruno Leandro de Souza1,
Patrícia Nunes Mesquita1, Rafael Jose Coelho Maia1
1
Clínica Viva
Introdução: Pan-hipopituitarismo refere-se à diminuição da secreção de hormônios hipofisários, o que pode resultar em doenças hipofisárias ou hipotalâmicas. Entre as causas pituitárias, encontram-se
os tumores hipofisários e tratamento desses, doenças infecciosas e
infiltrativas, hipofisite linfocítica, síndrome de Sheehan, trauma craneano, aneurisma de artéria intracraniana, causas genéticas e medicamentosas. Hipofisite linfocítica é uma desordem neuroendócrina
caracterizada por inflamação autoimune da glândula hipofisária, com
vários graus de disfunção hipofisária. É reportada uma coexistência
com outra condição autoimune em 25%-50% dos casos. A apresentação clínica depende do segmento hipofisário mais severamente afetado. Hipofunção preferencial de células secretoras de ACTH e TSH
tem sido descrita. Ressonância nuclear magnética (RNM) geralmente
revela características de uma massa hipofisária imitando um adenoma
e um aumento de contraste difuso e homogêneo da hipófise anterior,
mas pode haver atraso ou falha na região posterior da hipófise. Caso
clínico: JVCJ, 42 anos, masculino, portador de diabetes mellitus tipo
2 há 11 anos, em tratamento com metformina 2 g/d, sinvastatina 20
mg/d e glimepirida 4 mg/d, e psoríase em remissão, em uso apenas
de hidratante à base de ureia. Negava uso crônico de corticoide, comorbidades outras ou antecedentes pessoais significativos. Procurou
assistência endocrinológica com queixa de impotência sexual com
libido preservada, além de astenia e indisposição. Exame físico sem
alterações, exceto por presença de pele de braços, pernas e tronco
com áreas ressecadas e descamativas. Apresentava testosterona total
= 178 (VR: 300-900 ng/ml); LH = 1,5 (VR: 1,5-9,3 mUI/ml) e
FSH = 3,3 (VR:1,1-8 mUI/ml); TSH = 2,01 (VR: 0,4-4 mUI/
ml), T4L = 0,68 (VR: 0,7-1,5 ng/ml) e T3T = 0,58 (VR: 40-180
ng/dl); cortisol matinal = 0,4 (VR: 5,4-25 mcg/dl), cortisol salivar
às 8h = 4,7 nmol/l (VR: 5,25-19,1 nmol/l) e ACTH = 5 (VR:
10-60 pg/ml). Submetido à RNM de sela túrcica que evidenciou
hipófise levemente aumentada de volume, finamente heterogênea ao
FLAIR. Iniciada reposição de levotiroxina, testosterona e corticoide,
com melhora significativa dos sintomas. Conclusão: O caso ilustra
uma rara apresentação de pan-hipopituitarismo secundário à hipofisite linfocítica associada a uma doença autoimune. Palavras-chave:
Hipopituitarismo, hipofisite, psoríase.
TL-051 PÉ DE CHARCOT: RELATO DE CASO –
CONSEQUÊNCIAS DA DEMORA DO DIAGNÓSTICO
Andrea Zappala Abdalla1, Angela Beatriz Pimentel Zappala1,
Barbara Linhares1, Renata Hamaoka1
1
Universidade Católica de Brasília (UCB)
Introdução: Diabetes mellitus (DM) é definida como “desordem
metabólica de etiologia múltipla e se caracteriza por elevada e mantida hiperglicemia”. Uma das complicações mais frequentes e temidas
no diabetes é o pé diabético, que pode evoluir para um quadro mais
grave, conhecido como “pé de Charcot”. Nessa neuro-osteoartropatia há destruição não infecciosa do osso e das articulações dos pés
e dos tornozelos. Sua evolução em geral é rápida, por isso enfatiza-se
o diagnóstico precoce para que as intervenções adequadas sejam capazes de minimizar os efeitos de tal complicação. Objetivo: Relatar
caso clínico atentando para a importância do diagnóstico precoce
do pé de Charcot e do conhecimento da patologia por parte do
paciente. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 21 anos, diagnosticada com DM tipo 1 há 11 anos, bem orientada com relação
à doen­ça, seguia dieta rigorosamente e fazia exercício regularmente
até início dos sintomas ortopédicos. A despeito do acompanhamento e controle, com as glicemias adequadas, mantinha glico-hemoglobina elevada. Em 2012, iniciou quadro álgico em membros inferiores e região lombar. No ano seguinte apresentou queixas de dor
lancinante em membro inferior direito, com sinais flogísticos. Foram
solicitadas ultrassonografia venosa com Doppler, ressonância magnética e cintilografia óssea dos membros inferiores. Com os resultados
apresentados, foi solicitada tomografia computadorizada do pé direito, que evidenciou fraturas, irregularidades em superfície articular, subluxações, derrame de articulações e borramento de paredes
moles. Resultados: A neuroartropatia é ocasionada pela perda da
regulação das comunicações arteriovenosas, que é precipitada pela
neuropatia autonômica. A tomografia axial computadorizada possui
alta sensibilidade, sendo considerada padrão-ouro para diagnóstico.
No tratamento, é importante diferenciar o acometimento agudo daqueles que já se encontram em estágios avançados, assim como realizar o acompanhamento do pé contralateral. Conclusão: O pé de
Charcot é um quadro clínico grave, dependendo, para sua prevenção
e controle, de ações de saúde paradoxalmente simples e que dependem, fundamentalmente, de educação e interação multidisciplinar.
Dessa forma, este artigo, por meio de um relato de caso, evidenciou
a importância do diagnóstico precoce, não realizado no caso, para
que as intervenções adequadas sejam capazes de minimizar os efeitos
de tal complicação, reduzindo, assim, a morbilidade dessa doença.
Palavras-chave: Charcot, diabetes, complicações, pé.
S163
Trabalhos Científicos
TL-052 PERFIL DOS PACIENTES COM BÓCIO
MERGULHANTE ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
OSWALDO CRUZ (HUOC) RECIFE/PE NO ANO DE 2012
Athos Gabriel Vilela Queiroz, Maíra Teti Cavalcanti de Paiva, José
Torres Barbosa Júnior, Moacir Novaes Lima Ferreira, Fábio Ferreira
Moura
Universidade de Pernambuco (UPE). Liga Acadêmica de Endocrinologia da
Universidade de Pernambuco (Laenupe). Serviço de Endocrinologia do Hospital
Universitário Oswaldo Cruz (HUOC)
Introdução: Bócio mergulhante foi descrito primeiramente
por Haller, em 1749, recebendo diversas definições até então.
Estima-se que, de cada 100 casos de bócio, apenas 1 é do tipo
mergulhante. O tema atinge maior importância por causa de
sua frequente associação com sintomas obstrutivos das vias aéreas
e malignidade. Objetivos: Traçar um perfil dos pacientes com
BM atendidos no ambulatório de endocrinologia de um hospital universitário, no ano de 2012. Metodologia: Nesse estudo,
foi realizado um levantamento dos pacientes atendidos no
ambulatório de Endocrinologia do HUOC, no ano de 2012,
portadores de patologias tireoidianas e bócio mergulhante. Foram
investigados para tal patologia pacientes que apresentaram limite
inferior da tireoide impalpável e o diagnóstico foi confirmado
por TC cefalocervical, na qual havia extensão tireoidiana abaixo da abertura superior do tórax. Resultados: Os pacientes
diagnosticados com bócio mergulhante representaram 3,08% de
todos os portadores de patologias tireoidianas (259) e 1,12%
de todos os atendidos no ambulatório de Endocrinologia do
Hospital Universitário Oswaldo Cruz em Recife/PE (714). Dos 8
pacientes com diagnóstico confirmado, 1 era do gênero masculino
e 7, do gênero feminino, perfazendo uma relação de 1:7. A faixa
etária variou entre 47 e 81 anos, com média de 62,5 anos. Dos
pacientes com a patologia confirmada, 3 foram encaminhados por
suspeita de BM (37,5%) e 5 não possuíam suspeita prévia (62,5%);
2 (25%) pacientes eram completamente assintomáticos ao diagnóstico e 6 (75%) apresentavam dispneia, dos quais 3 (37,5%)
tinha disfagia associada. Quanto à função tireoidiana, 2 (25%)
apresentavam hipotireoidismo franco, 1 (12,5%), hipotireoidismo
subclínico, 1 (12,5%), hipertireoidismo subclínico e 4 (50%) eram
eutireoideos. Conclusão: Em relação à casuística mundial, os
pacientes atendidos no HUOC apresentaram maior média etária
ao diagnóstico e tinham mais sintomas e disfunções tireoidianas
(clínica e subclínica). Chama a atenção a proporção entre os gêneros: sensivelmente mais favorável às mulheres no HUOC em
relação à literatura mundial. A nossa hipótese versa sobre a ideia
de que os pacientes possuem menor acesso ao sistema de saúde,
sendo diagnosticados com idade mais avançada e possuindo mais
sintomas. Soma-se a isso a questão sociocultural do preconceito
masculino quanto à procura ao serviço de saúde, o que leva a um
subdiagnóstico nos homens e uma relação entre os gêneros mais
favorável às mulheres. Palavras-chave: Bócio mergulhante, ambulatório, sintomas associados.
TL-053 PERFIL DOS PACIENTES DO PROGRAMA DE
CIRURGIA BARIÁTRICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
OSWALDO CRUZ NO ANO DE 2013
Luis Gustavo de Oliveira Pessoa1, Maria Daniele de Miranda
Duarte1, Luana Costa Oliveira Braga1, Amanda de Almeida
Arruda1, Lucas Soares Bezerra1, Moacir de Novaes Lima Ferreira2,
Fábio Ferreira Moura2
1
2
Liga Acadêmica de Endocrinologia da Universidade de Pernambuco (UPE).
Serviço de Endocrinologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), UPE
Introdução: A obesidade é um problema de saúde pública mundial, com aumento progressivo do número de casos. Em paralelo,
várias doenças associadas com a obesidade também aumentam de
S164
maneira exponencial, como o DM2, a HAS, a apneia do sono e as
manifestações osteoarticulares. O tratamento cirúrgico é realizado
de maneira cada vez mais frequente. O HUOC é um dos serviços
de referência para a realização desse procedimento no estado de
PE. Objetivos: Avaliar o perfil clínico e identificar as comorbidades predominantes nos pacientes inscritos no Programa de Cirurgia
Bariátrica de um hospital universitário, em Recife/PE, no ano de
2013. Metodologia: Este estudo foi realizado no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, com base em dados registrados na ficha de
triagem multidisciplinar dos pacientes candidatos à cirurgia bariátrica no ano de 2013. Essa ficha é padronizada e todos os pacientes foram avaliados para a presença de HAS, DM2, manifestações
osteoarticulares (dor lombar, nos joelhos ou membros) e distúrbios do sono (ronco, apneia). Foram analisados 149 prontuários
do Ambulatório de Endocrinologia do HUOC, sendo incluídos os
pacientes com indicação formal para cirurgia bariátrica. Os pacientes foram classificados por idade, gênero, IMC e comorbidades.
Resultados: Foram estudados 149 pacientes, sendo 109 (73,15%)
do sexo feminino e 40 (26,85%) do sexo masculino. A idade variou
entre 18 e 73 anos, com a faixa etária predominante de 26 a 35
anos tanto para mulheres (39,44%) quanto para homens (35%). O
IMC médio do grupo foi de 46,59 kgm², sendo 45,52 para mulheres e 49,5 para homens. De 18 a 40 anos, o IMC médio feminino
seria de 45,15 kg/m² e o masculino, de 49,32kg/m²; e na faixa >
40 anos, o IMC médio feminino seria de 46,19 e o masculino, de
49,96. Em relação às comorbidades, 20,13% eram diabéticos (n =
30) e 64,42% eram hipertensos (n = 96). Chamava atenção que
100% dos diabéticos também eram hipertensos. 66,44% dos pacientes relataram algum grau de manifestações osteoarticulares (n
= 99). 44,96% referiram distúrbios do sono (n = 67). Conclusão:
O perfil dos pacientes atendidos no programa de cirurgia bariátrica
do HUOC se assemelha ao dos pacientes admitidos em outras instituições, chamando a atenção a alta prevalência de manifestações
osteoarticulares e distúrbios do sono encontrados neste estudo,
sugerindo que essas alterações são mais frequentes e precedem as
alterações cardiometabólicas, devendo sempre ser investigadas e
levadas em consideração na indicação do procedimento. Palavras-chave: Cirurgia bariátrica, comorbidades, obesidade.
TL-054 PSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO TIPO 1B – RELATO
DE CASO
Ana Virgínia Gomes1, Lucio Vilar1, Cyntia Chaves Gomes1, Aline
Maria C. Siqueira1, Frederico Rangel Filho1, Maíra Melo de
Fonseca1, Karoline Frasão Viana1, Laís Lopes Dantas1, Renata O.
Campos1, Amaro Gusmão1, Patricia Sampaio Gadelha1
Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
Pernambuco (HC-UFPE)
1
Introdução: Pseudo-hipoparatireoidismo (PHP) compreende um
grupo heterogêneo de raras desordens metabólicas, todas caracterizadas por resistência dos órgãos-alvo ao PTH. É uma doença hereditária e laboratorialmente se manifesta por hipocalcemia, hiperfosfatemia e níveis elevados de PTH. Existem dois tipos principais
de PHP (tipos 1a e 1b), e mais recentemente foram descritos o
PHP tipo 1c e tipo 2. O PHP-1a é caracterizado pela presença de
atividade diminuída da subunidade alfa da proteína G estimuladora (Gsa), decorrente de mutações no gene GNAS1. Os pacientes
em geral têm um conjunto de características fenotípicas denominadas osteodistrofia hereditária de Albright (OHA). Pode ocorrer
também resistência parcial a outros hormônios (gonadotrofinas,
TSH, GH e prolactina). Pacientes com PHP tipo 1b têm hipocalcemia, mas não possuem as anormalidades fenotípicas de OHA e
nem outras resistências hormonais. A terapia em longo prazo da
hipocalcemia em pacientes com PHP é similar à de outras formas
Trabalhos Científicos
de hipoparatireoidismo. Relato de caso: IBSS, 15 anos, sexo masculino, foi atendido na emergência com quadro de crise convulsiva
tônico-clônica. Genitora referiu ser o primeiro episódio de convulsão e relatava passado de desenvolvimento neuropsicomotor
normal. Negava outras comorbidades. Ao exame físico, não foram
evidenciadas anormalidades. Submeteu-se à tomografia computadorizada de crânio, que revelou calcificações de gânglios da base.
Exames laboratoriais evidenciaram: cálcio = 5,3 mg/dl (VR: 8,610,2), fósforo = 6,0 mg/dl (VR: 2,5-4,8), magnésio = 1,6 mg/
dl (VR: 1,7-2,6), albumina = 4,1 g/dl (VR: 3,2-5), creatinina =
0,9 mg/dl, sódio = 134 mEq/l, potássio = 3,78 mEq/l, PTH =
358 pg/ml (VR: 15-68); 25(OH) vitamina D = 32 ng/ml (VR:
> 30). Com esses achados, foi aventada a hipótese de PHP, sendo
então iniciado tratamento com suplementação de cálcio e calcitriol. O paciente não apresentava características clínicas compatíveis com OHA e, após investigação, não foram evidenciadas outras
resistências hormonais, além de dosagem normal de vitamina D, o
que tornou provável o diagnóstico de PHP tipo 1b. Após início do
tratamento, o paciente evoluiu com normalização da calcemia e não
apresentou novos episódios de convulsão. Palavras-chave: Pseudohipoparatireoidismo tipo 1B, hipocalcemia, crise convulsiva.
TL-055 RELAÇÃO DA OBESIDADE COM HIPERTENSÃO
ARTERIAL SISTÊMICA EM INDIVÍDUOS PARTICIPANTES DE
EVENTO NA SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
2013 EM MACEIÓ, ALAGOAS
Joyce Santos Nascimento1, Gustavo Piech Ricardo1, Mylena
Lucena Couto1, José Anderson da Silva1
1
Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Introdução: A obesidade já atingiu proporção epidêmica em alguns países do mundo. Do ponto de vista de saúde pública, a obesidade resulta num gasto elevado, principalmente pelo fato de esta
estar relacionada com um grande número de doenças e fatores de
risco para a doença cardiovascular. Dentre os fatores de risco para
a doença cardiovascular associados à obesidade, pode-se destacar
a hipertensão. Obesidade e hipertensão arterial estão intimamente relacionadas, sendo a prevalência de hipertensão cerca de 50%
maior nos indivíduos obesos. No entanto, os mecanismos fisiopatológicos que favorecem o desenvolvimento de hipertensão na
obesidade são complexos e multifatoriais. Objetivos: Correlacionar
obesidade com hipertensão, em uma amostra aleatória de participantes da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Maceió,
Alagoas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal desenvolvido
com base em dados coletados em uma amostra aleatória de 79 entrevistados durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em
Maceió, Alagoas. Foi realizada a correlação dos dados de obesidade
– IMC maior ou igual a 30,0 kg/m², segundo a OMS – com os de
hipertensão – PA sistólica ≥ 140 mmHg e∕ou de PA diastólica ≥ 90
mmHg, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão. Foi utilizado o Epi-Info versão 7.0 para análise dos dados. Resultados: A
idade média dos participantes do estudo foi de 46,10 anos. Vinte e
oito entrevistados possuíam IMC > 30 kg/m², sendo considerados
obesos; desses, 25% (n = 7) não são hipertensos e 75% (n = 21)
são considerados hipertensos. 51 entrevistados possuíam IMC < 30
kg/m², não sendo, portanto, considerados obesos; desses, 86,27%
(n = 44) não são hipertensos e 13,72% (n = 7) são hipertensos;
o valor médio de pressão arterial entre os indivíduos obesos foi
de 175/11 mmHg e entre os não obesos foi de 130/90 mmHg.
Conclusão: Este trabalho entra em acordo com a literatura quando
conclui que entre os obesos, a hipertensão arterial sistêmica está
presente em mais da metade dos indivíduos. E entre os não obesos,
o número de indivíduos hipertensos é menor. Palavras-chave: Hipertensão, IMC, obesidade.
TL-056 RELAÇÃO ENTRE O PADRÃO ANDROIDE DE
DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL EM MULHERES
CLIMATÉRICAS PARTICIPANTES DA SEMANA NACIONAL DE
CIÊNCIA E TECNOLOGIA 2013 EM MACEIÓ, ALAGOAS
Joyce Santos Nascimento1, Gustavo Piech Ricardo1, Brenda
Cavalcanti Costa Barros1, Diego Augusto Medeiros Santos1,
Francisco de Freitas Machado Netto1, José Anderson da Silva
1
Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Introdução: Durante o processo de envelhecimento, as mulheres
sofrem alterações no perfil metabólico que modificam as composições e distribuições do tecido adiposo. Essas modificações, além de
considerações estéticas, estão reconhecidamente implicadas na gênese e progressão da doença cardiovascular, que, por sua vez, constitui a principal causa de mortalidade. As mudanças observadas no
perfil biofísico feminino ao longo dos anos, e particularmente na
fase climatérica, resultam do ganho ponderal e em alterações na distribuição do tecido adiposo, ocasionando obesidade tipo androide.
Objetivo: Correlacionar obesidade tipo androide – relação cintura/
quadril > 0,8 cm, segundo a Abeso – com o sexo feminino e idade
entre 45 e 60 anos, correspondente ao período do climatério, em
uma amostra aleatória de participantes da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2013 em Maceió, Alagoas. Método: Trata-se de
um estudo transversal desenvolvido com base em dados coletados
em uma amostra aleatória de 79 entrevistados durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Maceió, Alagoas. Foi realizada a
correlação dos dados de obesidade tipo androide com o sexo feminino e idade entre 45 e 60 anos. Os critérios adotados para a definição
de obesidade foi de acordo com a OMS, IMC maior ou igual a 30
kg/m². O padrão de distribuição da gordura corporal, definido pela
relação das medidas das circunferências da cintura e quadril, foi categorizado pelo valor dessa razão em androide, se maior que 0,80 cm.
Foi utilizado o Epi-Info 7.0 para análise dos dados. Resultados: A
idade média dos participantes do estudo foi de 46,10 anos. Foram
79 entrevistados; desses, 50,63% (n = 40) eram mulheres e 49,37%
(n = 39) eram homens. 31,65% (n = 25) entrevistados foram considerados obesos tipo androide. Do total de mulheres, 35% (n = 14)
possuíam mais de 50 anos; dessas, 50% (n = 7) eram consideradas
obesas tipo androide. A média de IMC entre elas foi de 36,36 kg/
m². A porcentagem de eventos cardiovasculares entre essas mulheres
foi de 85,71%. 65% (n = 26) mulheres eram menores de 50 anos;
dessas, 15,38% (n = 4) eram obesas tipo androide. Conclusões: Este
estudo entra em comum acordo com a literatura quando conclui
que a maior parte das mulheres que se encontram no período do
climatério possui obesidade tipo androide e está mais suscetível a
eventos cardiovasculares. Palavras-chave: Androide, climatério,
IMC, obesidade.
TL-057 RELAÇÃO ENTRE OBESIDADE E NÍVEL DE
ESCOLARIDADE EM INDIVÍDUOS PARTICIPANTES DE EVENTO
EDUCATIVO EM MACEIÓ, ALAGOAS
Gustavo Piech Ricardo1, Mylena Lucena Couto1, Joyce Santos
Nascimento1, José Anderson da Silva1,2
1
Universidade Federal de Alagoas (UFAL). 2 Santa Casa de Misericórdia de
Maceió
Introdução: Doença de caráter multifatorial, a obesidade é considerada um dos maiores problemas de saúde pública do mundo,
tanto por sua elevada e crescente prevalência quanto pelos riscos associados a diversas doenças, como diabetes e hipertensão. A OMS
destaca que a obesidade androide é a que mais se relaciona ao risco cardiovascular e sugere que uma análise combinada do IMC e
de medidas antropométricas permite melhor avaliação desse risco.
Diversos estudos reiteram uma relação inversa entre nível de escolaridade e obesidade na atualidade, diferentemente do que era visto
até a década de 1980. Dessa forma, esse trabalho faz-se importante
S165
Trabalhos Científicos
por estudar um fator associado à possibilidade de intervenção – a
educação. Objetivo: Avaliar a relação entre nível de escolaridade e
obesidade em uma população participante de um evento educativo
em Maceió, Alagoas. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal desenvolvido com base em dados coletados em uma amostra
aleatória de 70 pacientes na cidade de Maceió, Alagoas, durante a
Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, ocorrida em outubro
de 2013. A escolaridade foi sistematizada em cinco categorias conforme os anos completos de estudo dos participantes: 0, 1-4, 5-8,
9-11 e > 12, que correspondem respectivamente a analfabeto, ensino básico, ensino fundamental, ensino médio e ensino superior.
Os dados foram analisados por meio do Epi-Info (7.1.3.3). Resultados: Do grupo estudado, 60% afirmaram possuir curso superior
completo ou incompleto e, desses, 71,4% não foram considerados
obesos. O grupo dos indivíduos com escolaridade entre 9-11 anos
representa 24,3% do total, e mais de 80% estiveram fora dos níveis de obesidade (82,4%). Referente aos participantes com ensino fundamental completo ou incompleto (11,4% do total), 62,5%
foram classificados como obesos. Apenas 2,87% dos entrevistados
possuem escolaridade entre 1-4 anos, e metade dos participantes
desse grupo foi considerada obesa (50% obesos). A minoria (1,4%)
considerada analfabeta não apresentou índices de obesidade. Conclusão: Os dados desse estudo mostram que a maioria dos pacientes com alto nível de escolaridade (9-11 anos e > 12 anos) não é
obesa, diferentemente do que foi observado naqueles com níveis
de escolaridade mais baixos (1-4, 5-8 anos), sendo nesses maiores
os percentuais de obesidade, corroborando a literatura estudada.
Isso aponta para possíveis intervenções com base na educação em
saúde para controle desse problema de saúde pública. Palavras-chave: Diabetes, escolaridade, hipertensão, obesidade, risco cardiovascular.
TL-058 RETINOPATIA DIABÉTICA E ASSOCIAÇÃO A FATORES
DE RISCOS CLÁSSICOS EM UM COORTE DE PACIENTES DE
JOÃO PESSOA-PB
Alysson Costa da Nóbrega1, George Robson Ibiapina1, Waleria
Viana Ibiapina1, Daniele Kelle Lopes de Araújo1, Valeria Siqueira
de Carvalho Besarria1, Alana Moura di Pace1, Tauanny Stephane
Frazão e Silva1, Sandro Cézar Vieira da Silva1, Pedro Henrique
Xavier Sá Bezerra de Menezes1, Rena Matusa de Oliveira Barros1,
Juliana Navarro Ribeiro Henriques1, Lana Muriely Borges de Assis1
1
Faculdade de Medicina Nova Esperança (Famene)
Identificar na população da região metropolitana de João Pessoa a
prevalência de complicações retinianas em pacientes diabéticos, sua
relação com fatores de risco conhecido para doença ocular, tempo
de doença e o controle do diabetes. Materiais e métodos: 118
pacientes com diabetes mellitus (DM), entre janeiro e fevereiro de
2013, responderam a questionário em dez centros médicos. Este
avaliava o conhecimento dos doentes sobre complicações oculares
do DM e outros tópicos como duração do DM, uso de insulina,
hipertensão e noção deles sobre outras complicações associadas ao
DM. Resultados: Entre os entrevistados, a maioria (65,3%) era do
sexo masculino e 56% encontravam-se entre 50 e 69 anos de idade;
42,4% dos pacientes tinham até cinco anos de DM, 35,6% utilizavam insulina e 80,5% informaram conhecer outras complicações
do DM que não retinopatia. Em relação a saber ter doença ocular,
possuir outras complicações do DM e ser portador de hipertensão, esses percentuais eram: 62,7%, 39%, 67,8%, respectivamente.
Quando observamos as complicações oculares em relação a tempo
de DM, 83,3% (p = 0,003) tinham mais de 10 anos de doença,
73,2% (p = 0,808) usavam insulina, 86,7% (p = 0,002) possuíam
outra complicações do DM, 80,3% (p = 0,003) eram hipertensos.
Discussão: Retinopatia diabética (RD) é a complicação crônica
microvascular mais comum no DM. Representa uma das causas
S166
mais frequentes de cegueira em jovens. Origem multifatorial, os
fatores de risco mais importantes para seu aparecimento e progressão são: tempo de evolução de DM, disglicemia, hipertensão arterial, nefropatia diabética, insulinoterapia, puberdade, gravidez e
dislipidemia. Nosso trabalho confrontou a RD com os seus sabidos
fatores de risco, encontrando significância estatística apenas em relação ao tempo de DM, maiores de 10 anos de DM dominaram o
quadro, outras complicações do DM e portadores de hipertensão.
Em conclusão, tempo de DM, complicações outras e hipertensão
arterial sistêmica são variáveis associadas a desenvolvimento de RD
em nossos entrevistados. Palavras-chave: Diabetes mellitus, retinopatia, hipertensão arterial.
TL-059 RISCO DE PACIENTES NÃO DIABÉTICOS
DESENVOLVEREM DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM 10 ANOS:
APLICAÇÃO DO FINNISH DIABETES RISK SCORE (FINDRISC)
Camila Ataíde Rocha1, Victor José Correia Lessa2, Maria Helena
Correia Lessa2, Milena de Fátima Queiroz Oliveira2, Thays
Fernanda Avelino dos Santos1, Fernanda Thaysa Avelino dos
Santos1, Guilherme Benjamin Brandão Pitta1
1
2
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal).
Faculdade de Medicina (Famed) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Introdução: Entre as formas de diabetes mellitus (DM), o tipo
2 é a mais comum, responsável por 90% a 95% dos casos, e sua
prevalência tem aumentado vertiginosamente em países do mundo
todo. Entre os fatores de risco para a doença, estão obesidade,
inatividade física, hipertensão, dislipidemia e história prévia de DM
gestacional. O risco aumenta com a idade, e sua frequência varia
em diferentes grupos étnicos. Vários estudos recentes de intervenção provaram que DM tipo 2 pode ser prevenido com eficiência
por modificação do estilo de vida em indivíduos de alto risco. Material e métodos: Estudo transversal. Amostra não probabilística
por conveniência composta por 43 pacientes não diabéticos
participantes da “I Semana de Atenção ao Paciente Portador de Pé
Diabético” – evento realizado em Maceió/AL, no ano de 2013 –, nos
quais foram realizadas medidas de glicemia capilar, peso, altura,
índice de massa corpórea (IMC) e aplicado o questionário Finnish
Diabetes Risk Score (FINDRISC). O questionário é composto por
oito perguntas e o risco total de desenvolver DM tipo 2 em 10
anos é calculado somando o valor dos parâmetros individuais, variando entre 0 e 24, sendo baixo risco o escore < 7, médio risco entre 7 e 14 e alto risco > 15. Os dados foram agrupados utilizando
o software Excel 2010 e tratados por distribuição de frequência e
medidas de tendência central. Resultados: Dos 43 pacientes, 33%
(n = 14) apresentaram baixo risco, 57% (n = 24), médio risco e 10%
(n = 5), alto risco. 52,4% eram do sexo feminino e 47,6% do sexo
masculino. A média de idade foi de 48 anos. Os pacientes de baixo
risco se mostraram mais jovens, com média de 35 anos, enquanto
os pacientes de médio risco apresentaram média de 52 anos e os de
alto risco, de 63 anos. A média de glicemia capilar encontrada foi
de 112; o grupo de baixo risco apresentou as menores glicemias
capilares, com média de 105, e o grupo de alto risco apresentou
as maiores médias, com 130. A média do IMC foi de 26,6; os
grupos de médio e alto risco apresentaram média de IMC de 28,
já o de baixo risco apresentou média de 22,7. A média total de
circunferência abdominal foi de 88 cm; o grupo de baixo risco
apresentou menores medidas, com a média de 75,17, enquanto o
grupo de médio risco apresentou 94,79 cm de média. Conclusão:
Este trabalho reforça a importância e a necessidade de medidas
educativas em saúde direcionadas para a efetivação de mudanças
comportamentais e no estilo de vida como estratégias de prevenção
do DM tipo 2. Palavras-chaves: Risco, diabetes tipo 2, índice de
massa corporal, glicemia.
Trabalhos Científicos
TL-061 SÍNDROME DE BERARDINELLI-SEIP: RELATO DE CASO
E MANEJO DA HIPERTRIGLICIDEREMIA
Aline Campitelli Fernandes1, Ana Herminia Ferreira1, Thereza Selma
Soares Lins1, Ana Carla Lins Neves1, Monick Mariz Passos1, Taciana
de Andrade Schuler1
Serviço de Endocrinologia Pediátrica – Instituto de Medicina Integral de
Pernambuco (Imip)
1
Introdução: A lipodistrofia generalizada congênita (síndrome de
Berardinelli-Seip) é uma doença hereditária rara, com prevalência de
1:10.000.000 nascidos vivos, caracterizada por redução extrema da
quantidade de tecido adiposo e hipertrofia muscular generalizada,
que é facilmente reconhecida clinicamente. Essa condição está associada à resposta anormal à ação da insulina, com complicações endócrinas (crescimento acelerado e aumento de extremidades, puberdade precoce, resistência à insulina com tolerância alterada à glicose
ou diabetes mellitus), além de esteatose hepática, hepatomegalia e
disfunção hepática, miocardiopatia hipertrófica, hipertrigliceridemia
e aterosclerose de início precoce. Objetivos: Descrever as características da síndrome de Berardinelli-Seip a fim de ampliar o conhecimento sobre essa doença grave, rara, com poucos estudos relatados
e ainda sem tratamento específico. Métodos: Após assinatura do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as informações foram
coletadas em prontuário médico do ambulatório de endocrinologia
pediátrica/Imip. Resultados: AJAA, feminino, 2 anos, atendida aos
2 meses de vida, encaminhada pela cirurgia pediátrica, por apresentar
em exame pré-operatório (herniorrafia) dislipidemia grave, evidenciar triglicerídeos (TGL) de 1.506,2 mg/dl, nova coleta com sete
dias confirmando TGL de 1.411,6 mg/dl. Ao exame físico, apresentava escassez de tecido adiposo, hipertrofia muscular generalizada,
mãos e pés aumentados e hepatomegalia. Exames repetidos aos 5
meses de vida, com TGL de 1.320,0 mg/dl, sendo iniciado tratamento dietético com suspensão do aleitamento materno, introdução
de leite desnatado e TGL de cadeia média. Houve melhora significativa dos níveis de TGL, que voltaram a se elevar após introdução
de alimentação sólida complementar. Aos 12 meses de idade, com
níveis de TGL acima de 1.000,0 mg/dl, optou-se pelo uso de fibrato. Apresentou boa resposta, com 1 ano e 6 meses de vida índice
de TGL de 107 mg/dl, sem efeitos colaterais. Conclusão: A abordagem terapêutica atual na síndrome de Berardinelli-Seip resume-se ao controle das complicações crônicas. Drogas não aprovados
na faixa etária pediátrica como os fibratos podem ser alternativas
para o controle da hipertrigliceridemia, devendo ser avaliado risco-benefício no intuito de amenizar as complicações cardiovasculares,
que podem culminar em eventos fatais numa fase precoce da vida.
Palavras-chave: Lipodistrofia congênita generalizada, BerardinelliSeip, hipertrigliceridemia, resistência à insulina.
TL-062 SÍNDROME DO EUTIREÓIDEO DOENTE (SED) EM
PACIENTES PORTADORES DO HIV
Alysson Costa da Nóbrega1, George Robson Ibiapina1, Waleria
Viana Ibiapina1, Daniele Kelle Lopes de Araújo1, Valeria Siqueira
de Carvalho Besarria1, Alana Moura di Pace1, Tauanny Stephane
Frazão e Silva1, Sandro Cézar Vieira da Silva1, Pedro Henrique
Xavier Sá Bezerra de Menezes1, Rena Matusa de Oliveira Barros1,
Juliana Navarro Ribeiro Henriques1, Lana Muriely Borges de Assis1,
Daniel Henriques Tenório de Souza1, Leandro Castelo Alves1,
Wiliams Germano Bezerra Segundo1
1
Faculdade de Medicina Nova Esperança (Famene)
Introdução: Pacientes portadores de doenças sistêmicas graves, entre eles os portadores de HIV, podem apresentar níveis séricos de
hormônio T3 (triiodotironina) muito abaixo do normal, em alguns
casos acompanhado de altos níveis do hormônio T4 (tiroxina), com
subsequente baixa para níveis redutos. Isso se deve, principalmente,
à produção excessiva de citocinas IL-6 no organismo como resposta
à infecção. Muitas vezes é confundida com hipotireoidismo. Objetivo: Evidenciar as causas e cuidados provindos da SED em pacientes
soropositivos para o HIV. Método: Baseando-se em artigos científicos e bases de dados de sites de pesquisa científica, foi desenvolvida
uma revisão literária acerca do tema sobre síndrome do eutireoidiano
doente em aidéticos. Resultados: Dados serão analisados sobre o
fato de que a alta quantidade de citocina IL-6 no organismo desestabiliza a relação hipotálamo-hipófise-tireoide, pois inibe a ação
da enzima desiodase tipo 1, que converte perifericamente T3 (hormônio ativo) e T4 (pró-hormônio), sendo essa a fonte principal da
triiodotironina do corpo humano (80%). Isso explicará a baixa taxa
desse hormônio. Entretanto, a taxa da tiroxina aumenta, pois não há
conversão desse hormônio. Mas esse aumento é limitado, chegando
a uma saturação de substrato, provavelmente por fatores circulantes
que competem pelo mesmo substrato da tiroxina (globulina ligadora
de tiroxina), havendo subsequente baixa na quantidade de T4 no
organismo. Esse é o pior prognóstico para pacientes aidéticos com
SED, que pode levar algumas vezes o indivíduo à morte. Muito se
tem ainda a ser descoberto sobre essa síndrome, sendo ela muito
estudada em casos clínicos. Conclusão: Os profissionais de saúde, ao
abordarem um paciente com caso parecido com o descrito, podem
erroneamente classificar como hipotireoidismo, sem se deter a exames mais detalhados. Deve-se ter cuidado de observar os outros indícios e solicitar mais estudos sobre o caso do paciente, como testes
sorológicos para HIV, para, assim, chegar a um diagnóstico correto
e saber lidar com o indivíduo. Além disso, ao haver possibilidade
de evoluir para uma síndrome do T4 baixo em pacientes com HIV,
deve-se ter um cuidado específico e tratamento adequado para a situação, com T3 associado a T4 se já houver baixa da taxa de tiroxina,
ou apenas T3, se não houver baixos níveis de T4. Palavras-chave:
Síndrome do eutireoidiano doente, HIV, SED.
TL-065 TRATAMENTO DE BÓCIO MERGULHANTE
EM PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
DESCOMPENSADA
Teresa Cristina de Alencar Lacerda1, Livya Susany Bezerra de
Lima1, Érico Higino de Carvalho1, Ana Carla Peres Montenegro1,
Thais Gelenske Braga e Oliveira1, Mônica de Oliveira1, Kamilla
Liberal Leite1
1
Instituto de Medicina Integral de Pernambuco (Imip)
Introdução: O bócio mergulhante é detectado incidentalmente em
radiografia de tórax ou tomografia computadorizada ou encontrado
por sintomas obstrutivos. A dispneia de esforço está presente em até
60% dos pacientes. A cirurgia é recomendada assim que os sintomas
obstrutivos estiverem presentes, pelo risco de maior crescimento
da tireoide e compressão traqueal progressiva, que em alguns casos
pode ser rápida e fatal. No entanto, para pacientes com muitas comorbidades, a iodoterapia é uma opção, principalmente se o bócio é
funcional na cintilografia da tireoide. Em paciente com insuficiência
cardíaca (IC), a liberação de hormônios tireoidianos após iodoterapia é um potencial fator agravante da doença de base. Objetivo:
Relatar o tratamento de bócio mergulhante em paciente com insuficiência cardíaca descompensada e doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC), utilizando corticosteroide associado à iodoterapia.
Métodos: Após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as informações foram coletadas por meio de dados contidos em prontuário médico preenchido durante internamento na
enfermaria de clínica médica do Imip, no período de 3 de outubro
de 2013 a 24 de março de 2014. Resultados: MLCM, feminina,
68 anos, hipertensa, portadora de DPOC, fibrilação atrial crônica,
IC grave (NIHA IV, FE 26%) e bócio mergulhante com desvio e
compressão parcial da traqueia. Encaminhada à enfermaria de clínica
médica do Imip por causa de dispneia e ortopneia. Iniciadas drogas
em doses otimizadas para IC e DPOC. Diante das comorbidades,
S167
Trabalhos Científicos
impossibilidade cirúrgica e manutenção da dispneia, optou-se por iodoablação. Considerando que a liberação de hormônios tireoidianos
pós-iodo poderia agravar a IC e por causa de contraindicação para o
uso de betabloqueador não seletivo, foi iniciado corticosteroide (60
mg) pré (4 dias) e pós (5 dias) iodoterapia, com intuito de diminuir
a conversão periférica de T4 em T3. Após a dose de iodoterapia,
a paciente permaneceu estável e, quando iniciado o desmame do
corticoide, houve um aumento de 20 bpm na frequência cardíaca
associado com à piora da dispneia. Retornou-se a dose de 60 mg/dia
e associou-se o propiltiuracil. Houve controle da frequência cardíaca
e consequente melhora dos sintomas. Conclusão: Relatamos o caso
de uma paciente tratada com iodoterapia para bócio mergulhante e
que apresentava múltiplas comorbidades e alto risco cirúrgico para
tireoidectomia total. Apresentou controle dos sintomas adrenérgicos
com o uso de corticoide e propiltiuracil. Palavras-chave: Bócio intratorácico, insuficiência cardíaca, corticoide.
TL-066 WHATSAPPITE EM PACIENTE PORTADORA DE
DIABETES MELLITUS TIPO 1 – RELATO DE CASO
Josivan Gomes de Lima, Lúcia Helena Coelho Nóbrega, Mônica
Virgínia Solano Brito Marinho, Gabriela Polisel Gonçalves, Denise
Brena Feitosa Mendes Leite, Manuella Melo Nery Dantas
Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), Universidade Federal do Rio Grande
do Norte (UFRN). Centro de Endocrinologia de Natal (CEN)
Introdução: Nintendinite (uma lesão por esforço repetitivo,
classificada como um problema de saúde relacionado ao uso de videogame) foi descrita em 1990, e desde então várias injúrias vem
sendo associadas com tecnologias. Inicialmente reportadas em crianças, atualmente também vistas em adultos. Tenossinovite (um tipo
S168
de injúria no tendão), causada por digitação em telefones celulares,
vem sendo apontada como uma nova doença. Relato do caso: JFS,
sexo feminino, 32 anos, portadora de DM1 diagnosticada aos 26
anos, em uso de insulinas Lantus e Novorapid e de anticoncepcional
oral. Há seis meses referia parestesias em mãos bilateralmente, tendo
usado Thiotacid 600 mg/d, com melhora significativa. Há um mês,
começou com dor em pulsos, bilateralmente. A paciente relata uso
frequente do celular, o qual vem substituindo várias ferramentas de
trabalho do dia a dia e com acesso a redes sociais e Whatsapp diuturnamente. Ao exame, sinais de Tinel e Phalen negativos. Sensibilidade
tátil, dolorosa e vibratória normais, presença de pequena nodulação (0,5 cm) em antebraço esquerdo. Tireoide normal à palpação.
Exames laboratoriais: glicemia de jejum: 76 mg/dl; HbA1c: 5,4%,
colesterol total: 204 mg/dl, HDL: 65 mg/dl, triglicerídeos: 117
mg/dl, LDL: 115,6 mg/dl, ureia: 20 mg/dl e creatinina: 0,8 mg/
dl. Frutosamina: 295 mic/L (VR 205-285). Microalbuminúria = 43
mg/l. Eletroneuromiografia: normal. Foi descartada a possibilidade
de síndrome do túnel do carpo, sendo iniciado tratamento com anti-inflamatório não hormonal e solicitado à paciente que reduzisse o
uso do celular. Duas semanas depois, a paciente tinha reduzido o uso
do celular em 50% e relatava melhora da dor (intensidade subjetiva
de 9/10 na consulta prévia para 6/10). Conclusões: Em diabéticos,
a dor em membros usualmente faz pensar em neuropatia, porém,
com o aparecimento e uso excessivo de novas tecnologias, a lesão
por esforço repetitivo deve ser lembrada. A anamnese e o exame
físico direcionados para esses novos hábitos de vida ganham importância no cenário atual. Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 1, neuropatia diabética, WhatsAppite.
Índice remissivo de autores
ABDALLA AZ ............................................................ TL-051
ADRIANO LS ............................................... TL-023, TL-047
ALBUQUERQUE DIMT ..............................TL-015, TL-027
ALBUQUERQUE JL .................................... TL-040, TL-060
ALBUQUERQUE R ................................................... TL-063
ALÉCIO F .................................................... TL-004, TL-005
ALMEIDA FILHO P .................................... TL-043, TL-045 ALVES AS ................................................................... TL-037
ALVES JGB ................................................................. TL-037
ALVES LC ........................ TL-012, TL-016, TL-048, TL-062
ALVES PMP ....... TL-006, TL-004, TL-009, TL-013, TL-038
AMORIM ADPS ......................................................... TL-025
ANDRADE BA ........................................................... TL-001
ANDRADE C ............................................................. TL-063
ANDRADE CB ............................... TL-007, TL-011, TL-064
ANDRADE FB ............................................................ TL-011
ANDRADE GVP ............... TL-015, TL-027, TL-033, TL-038 ARAÚJO DKL ... TL-012, TL-016, TL-022, TL-026, TL-031,
TL-039, TL-048, TL-058, TL-062
ARRUDA AA .............................................................. TL-053
ASSIS LMB ........ TL-022, TL-026, TL-031, TL-039, TL-048,
TL-058, TL-062
BACCHI CE ............................................................... TL-045 BAPTISTA LM ............................................. TL-018, TL-041 BARBOSA IGD ..............................................TL-019,TL-024 BARBOSA JTJ ............................................................ TL-052
BARBOSA MDS ......................................................... TL-035
BARRETO BLM ................. TL-001,TL-007, TL-019,TL-024
BARROS BCC .............................................. TL-027, TL-056
BARROS KGO ............................................................ TL-018
BARROS RMO .. TL-022, TL-026, TL-031, TL-039, TL-048,
TL-058, TL-062
BASTO CPT ............................................................... TL-064
BESARRIA VSC . TL-012, TL-016, TL-022, TL-026, TL-031,
TL-039, TL-048, TL-058, TL-062
BESERRA JUNIOR IM .............................................. TL-021
BEZERRA F ............................................................... TL-063
BEZERRA FS .............................................................. TL-020 BEZERRA LS ............................................................. TL-053
BEZERRA PB ............................................................. TL-042
BRAGA LCO .............................................................. TL-053
BRITO MVSM .............................................. TL-025, TL-066
CAHETÉ HCAWA ...................................................... TL-017
CALDAS RMT ............................................................ TL-035
CAMPOS J .................................................................. TL-063
CAMPOS JM ..... TL-001, TL-007, TL-011, TL-017, TL-019,
TL-024, TL-064
CAMPOS RO .................... TL-014, TL-046, TL-054, TL-060
CANADAS V .................................. TL-014, TL-046, TL-060
CARIOCA AAF ........................................................... TL-023
CARVALHO EH . TL-003, TL-030, TL-034, TL-044, TL-065
CARVALHO LC ........................................... TL-043, TL-045 CARVALHO SL .......................................................... TL-002 CASADO MGA ............................... TL-004, TL-005, TL-032
CASTELO MHCG ........................................ TL-023, TL-047
CASTRO FM .............................................................. TL-020
CHAVES C ................................................................. TL-060
CISNEIROS RMR ........................................ TL-036, TL-037
COELHO D ................................................. TL-049, TL-060 CORDEIRO EC ............................. TL-004, TL-005, TL-032
CORDEIRO L ............................................................ TL-041
CORDEIRO LHO ........... TL-007, TL-011, TL-017, TL-018,
TL-063
COSTA MLS ............................................................... TL-035 COSTA BARROS BC .................................................. TL-028
COSTA JÚNIOR TR ...................... TL-027, TL-028, TL-033 COURY ULMSM ....................................................... TL-021
COUTO ML ..................... TL-015, TL-028, TL-055, TL-057
CRUZ FCL ................................................................. TL-029
DANTAS LL ..................... TL-014, TL-040, TL-049, TL-054
DANTAS MMN ............................................ TL-025, TL-066
DI PACE AM ..... TL-012, TL-016, TL-022, TL-026, TL-031,
TL-039, TL-048, TL-058, TL-062
DINIZ CP ................................................................... TL-037
DOUTADO MLC ....................................................... TL-049
DUARTE MDM ......................................................... TL-053
DUTRA LPF ............................................................... TL-037
FALCÃO C ................................................... TL-005, TL-029
FALCÃO E ................................................................. TL-004
FERNANDES AC ....................................................... TL-061 FERNANDES VO ........................... TL-020, TL-023, TL-047 FERRAZ AAB ............................................................. TL-001
FERREIRA AH ........................................................... TL-061
FERREIRA MNL .......................................... TL-052, TL-053
FERREIRA VMSG ...................................................... TL-060
FERREIRA VSG ............................. TL-014, TL-040, TL-049 FILIZOLA RG ............................................................ TL-042
FONSECA MM . TL-014, TL-040, TL-046, TL-049, TL-054,
TL-060
FREIRE EF ..................................... TL-013, TL-028, TL-038
FREITAS CCG ............................................................ TL-046
GADELHA PS ... TL-014, TL-040, TL-046, TL-049, TL-054,
TL-060
GAZZANEO IFP ........................................................ TL-008
GELENSKE T ..... TL-003, TL-030, TL-034, TL-044, TL-065
GOES LCV ................................................................. TL-008
GOMES AV ....... TL-014, TL-040, TL-046, TL-049, TL-054,
TL-060
GOMES CC ...................... TL-014, TL-040, TL-049, TL-054
GONÇALVES GP ......................................... TL-025, TL-066
GUIMARÃES, GN ...................................................... TL-046
GUSMÃO A .................................... TL-014, TL-040, TL-054
HAMAOKA R ............................................................. TL-051
HENRIQUES JNR .......... TL-022, TL-026, TL-031, TL-039,
TL-048, TL-058, TL-062
HOLANDA NCP ........................................................ TL-050
IBIAPINA GR .... TL-012, TL-016, TL-022, TL-026, TL-031,
TL-039, TL-048, TL-058, TL-062
IBIAPINA WV ... TL-012, TL-016, TL-022, TL-026, TL-031,
TL-039, TL-048, TL-058, TL-062
LACERDA TCA . TL-003, TL-030, TL-034, TL-044, TL-065
LACET C .................................................................... TL-005
LEITE DBFM ............................................... TL-025, TL-066
LEITE KL ........... TL-003, TL-030, TL-034, TL-044, TL-065
LESS M ......................................................... TL-004, TL-005
LESSA MHC ............................................................... TL-059
LESSA VJC ........ TL-006, TL-008, TL-009, TL-013, TL-029,
TL-038, TL-059
LIMA NETO FB ............................. TL-015, TL-027, TL-033
LIMA JG ....................................................... TL-025, TL-066
LIMA LB .................................................................... TL-007
LIMA LSB .......... TL-003, TL-030, TL-034, TL-044, TL-065
LIMA MA ................................................................... TL-011
S169
Índice remissivo de autores
LIMA MMS ................................................................ TL-037
LINS DC ............ TL-001, TL-007, TL-017, TL-019, TL-024
LINS TSS .................................................................... TL-061
LOPES LD .................................................................. TL-002
LOYOLA MA .............................................................. TL-020
LUNHARES B ............................................................ TL-051
MACHADO NETTO FF ................ TL-010, TL-033, TL-056
MAGALHÃES LB ........................... TL-004, TL-005, TL-032
MAIA RJC .................................................................. TL-050
MATOS LL ................................................................. TL-040
MEDEIROS RCL ......................................... TL-019, TL-024
MELLO MP ................................................................ TL-008
MENDES RLF ................................ TL-009, TL-010, TL-013
MENEZES PHXSB .......... TL-012, TL-016, TL-022, TL-026,
TL-031, TL-039, TL-048, TL-058, TL-062
MESQUITA PN .......................................................... TL-050
MONLLEO IL ............................................................ TL-008
MONTENEGRO ACP ..... TL-003, TL-030, TL-034, TL-044,
TL-065 MONTENEGRO AP .................................................. TL-020
MONTENEGRO APDR ............................... TL-023, TL-047
MONTENEGRO Jr........................................................... RM TL-002, TL-020, TL-023, TL-047
MOREIRA TR ............................................................ TL-002
MOURA E .................................................................. TL-049
MOURA FF .................................................. TL-052, TL-053
MOURA PS ................................................................ TL-047
NASCIMENTO DLL .................................................. TL-008
NASCIMENTO JS ........... TL-005, TL-006, TL-009, TL-038,
TL-055, TL-056, TL-057
NEGRATO CA ............................................. TL-023, TL-047
NEGREIROS FDS ...................................................... TL-002
NETO RSA ................................................................. TL-035
NEVES ACL ............................................................... TL-061
NEVES CS .................................................................. TL-002 NÓBREGA AC .. TL-012, TL-016, TL-022, TL-026, TL-031,
TL-039, TL-048, TL-058, TL-062 NOBREGA G ............................................... TL-040, TL-049
NÓBREGA LHC .......................................... TL-025, TL-066
NÓBREGA TVS ......................................................... TL-035
NOVAES MA .............................................................. TL-064
OLIVEIRA M ..... TL-003, TL-030, TL-034, TL-044, TL-065
OLIVEIRA MFQ ........................................................ TL-059
OLIVEIRA RS .............................................. TL-023, TL-047 OMENA SM ................................................. TL-005, TL-029
OMENA-FILHO RL .................................................. TL-008
PAIVA MTCP ............................................................. TL-052
PASSOS MM ............................................................... TL-061
PESSOA LGO ............................................................. TL-053
PETROLI JP ............................................................... TL-008
PINTO RA .................................................................. TL-034
PITTA GBB ................................................................ TL-059
PONTE CMM .............................................. TL-023, TL-047
QUEIROZ ADM ........................................................ TL-021
QUEIROZ AGV ......................................................... TL-052
S170
QUEIROZ CMC ........................................................ TL-008
RANGEL FILHO F ......... TL-014, TL-040, TL-049, TL-054,
TL-060
RAPOSO F .................................................................. TL-041
RAPOSO FAN ............................................................ TL-018
RICARDO COSTA ..................................................... TL-045
RICARDO GP ... TL-009, TL-010, TL-013, TL-028, TL-032,
TL-055, TL-056, TL-057
ROCHA CA ................................................................ TL-059
RODRIGUES ICG ....................................... TL-019, TL-024
RUBENS COSTA ....................................................... TL-045
SÁ VCT ......................................................... TL-007, TL-017
SALES APAM ............................................... TL-023, TL-047
SANTOS DAM ............................................. TL-010, TL-056
SANTOS FTA ............................................................. TL-059
SANTOS MC ................................................ TL-018, TL-041
SANTOS PJ ................................................................ TL-020 SANTOS TFA ............................................................. TL-059
SCHULER TA ............................................................ TL-061
SEGUNDO WGB ............ TL-012, TL-015, TL-016, TL-048,
TL-062
SILVA JA ........... TL-004, TL-005, TL-006, TL-009, TL-010,
TL-013, TL-027, TL-028, TL-029, TL-032, TL-033, TL-038,
TL-055, TL-056, TL-057
SILVA JC ............ TL-001, TL-007, TL-011, TL-017, TL-064
SILVA LB .................................................................... TL-017
SILVA RTB ................................................................. TL-041
SILVA SCV ........ TL-012, TL-016, TL-022, TL-026, TL-031,
TL-039, TL-048, TL-058, TL-062
SILVA TSF ......... TL-012, TL-016, TL-022, TL-026, TL-031,
TL-039, TL-048, TL-058, TL-062
SILVEIRA FJC ............................................................ TL-037
SIQUEIRA AMC ............. TL-014, TL-040, TL-046, TL-049,
TL-054, TL-060
SOARES NT ................................................. TL-023, TL-047
SOUZA BL ................................................................. TL-050
SOUZA CFQ .............................................................. TL-064
SOUZA DHT ................... TL-012, TL-016, TL-048, TL-062
SOUZA EFL ................................................. TL-005, TL-032
SOUZA M .................................................................. TL-063
SOUZA MDG ................... TL-001, TL-011, TL-017, TL-064
SOUZA-TAVARES AP ................................................ TL-018
TAVARES-SOUZA AP ................................................ TL-041
TELES F ..................................................................... TL-005
VIANA KF ......... TL-014, TL-040, TL-046, TL-049, TL-054,
TL-060
VIEIRA HB ................................................................ TL-035
VILAR L ............ TL-014, TL-040, TL-046, TL-049, TL-054,
TL-060, TL-063
VILAR LF ................................................................... TL-011
VITAL KM .................................................... TL-010, TL-033
VITAL SM .................................................... TL-010, TL-015
WANDERLEY LC ....................................................... TL-035
ZAPPALA ABP ........................................................... TL-051 
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