Análise SWOT no marketing político Todo planejamento de marketing, seja político ou mercadológico, precisa realizar um diagnóstico preciso sobre o mercado (eleições), as empresas (partidos) e o produto (candidatos). Um dos componentes de grande valia nessa etapa do marketing é a análise SWOT, sigla que vem das iniciais das palavras inglesas Strenghts(forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). É fundamental que uma análise SWOT seja realizada uma vez por ano, de forma que se possa acompanhar as mudanças ocorridas na imagem do político ou no cenário social. Para visualizar melhor este instrumento, ele se divide em duas partes, a que analisa o ambiente interno (forças e fraquezas) e a que analisa o ambiente externo (oportunidades e ameaças). Vale lembrar que nesta última parte os fatores não são controláveis, mas podem ser previstos. O ponto forte de um candidato pode ser seu histórico pessoal, uma boa gestão num cargo executivo, sua popularidade, etc. Os pontos fracos podem ser uma má reputação, baixa popularidade, adjetivos pejorativos, má administração no executivo, enfim. No que diz respeito ao ambiente externo (incontrolável), podemos exemplificar a “ameaça” com o nosso atual cenário político. Se a crise financeira que se encontra em rumo, começar a crescer e aumentar seu impacto no Brasil, certamente a candidatura da Dilma será enfraquecida. Mas, apesar de não se poder controlar as ameaças, elas devem ser detectadas, para numa análise posterior, poder medir seu impacto negativo na imagem do político. As oportunidades também seguem essa mesma lógica, não podem ser controladas, mas devem ser previstas. Exemplificando mais uma vez com o nosso cenário político atual, se o governo Lula chegar em 2010 com a aprovação alta, isso poderá ajudar a sua candidata. Entretanto, a grande virtude da análise SWOT é saber detectar as características e históricos do candidato, que devem ser minimizadas ou exploradas. Se ele tem uma família problemática, é obvio que ela não será apresentada no seu programa eleitoral. Mas, se o candidato possui uma família sólida, certamente isso vai contar pontos para a sua imagem. Outro exemplo: se o candidato possui o apoio de um político muito rejeitado, não é seguro divulgar aos quatro ventos a existência desse apoio. Alan Kardec Borges