Resumo - WebArtigos.com

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Centro Paula Souza
Escola Técnica Estadual “Dr. José Coury”
Eucalipto e Feijão: plantio consorsiado para a viabilização da
implantação de agrofloresta na ETEC “Dr José Coury”, Rio das
Pedras- SP
Josias Rodrigues da silva
Monografia
apresentada
para a obtenção, do título
em Habilitação. Área de
concentração: Técnico em
Florestas.
Rio das Pedras
Estado de São Paulo
Junho – 2011
II
III
Josias Rodrigues da silva
Acadêmico em Técnico em Florestas
Orientador
Prof. Msc. Edson Correia Pizzigatti
Monografia
apresentada
para a obtenção, do título
em Habilitação. Área de
concentração: Técnico em
Florestas
Eucalipto e Feijão: plantio consorsiado para a viabilização da
implantação de agrofloresta na ETEC “Dr José Coury”, Rio das
Pedras- SP
Rio das Pedras
Estado de São Paulo
IV
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO- ETEC/CPS
Silva, Josias Rodrigues da; Rodrigues;
Concorsiamento de Eucalipto com Feijão / Josias Rodrigues da silva—Rio das Pedras, 2011.
Monografia (habilitação) - - Escola Técnica Estadual Dr. José Coury, 2011.
1.
Eucalipto 2. Feijão 3. Hidrogel
“Permitida à cópia total ou parcial deste documento desde que citada à fonte – O autor”
V
Primeiramente a Deus, e aos meus amigos e a todos os Professores
colaboradores que tornarão este trabalho modesto a parte louvável.
OFEREÇO
A todos os profissionais que fizeram este trabalho um guia certo na fidelidade das
informações e aos acadêmicos que um dia estarão sendo agraciados com esta obra,
Ao meu bom Prof.Edson Luiz Pizzigatti Correa, por sua extensa formação e
experiência acadêmica e social corresponde à generosa dedicação com que
brindo a academia, por meio das atividades docentes e de orientação em
pesquisa.
DEDICO
VI
Agradecimentos
A Deus, pela justiça e por ter sempre me guiado nos melhores caminhos para
chegar a esta vitória.
Á diretora Lúcia Maria Fátima Gonçalves Pinto, pelo apoio através do Centro Paula
Souza.
Ao Prof.msc. Edson Correia Pizzigatti elo patrocínio e fomento no aprendizado
profissional do nível técnico.
Ao Prof. Carlos Augusto Hungria da Cunha, pela paciencia e colaboração.
Ao Prof. Anemézio Albertini por acreditar no ensino de nível Técnico com qualidade.
Ao orientador pedagógico André Andrade, pela dedicação na instrução Técnica.
A todos os Professores de Ciências Florestais que consultei e me apoiou ao
contribuir intelectualmente com o crescimento da ciência em todos os níveis.
Ao Tec. Antonio Erdiceu Verti, que colaborou com a execução das atividades pratica.
Ao aluno Felipe Brancalion Giacomelli, que contribuiu com dedicação em todos os
momentos.
Á ETEC “Dr. José Coury” de Rio das Pedras pela disponibilização da área física e
apoio tecnológico.
Aos amigos de classe que foram meus companheiros nesta etapa de minha vida.
E a todos aqueles que de alguma forma colaboraram na execução deste trabalho.
VII
Biografia do Autor
Josias Rodrigues da Silva é natural de Piracicaba-SP, quando pequeno foi criado na
Sede da Estação Experimental de Tupi, que hoje é o Horto Florestal. É filho de José
Marcos Rodrigues da Silva e Aparecida de Fátima Amador Rodrigues da Silva, pois
sua mãe dedicava trabalhos para o viveiro do mesmo, desde a infância se sentia
agradavelmente relacionado à área florestal. Conheceram no decorrer de sua
juventude vários amigos que estudaram no Colégio Técnico Agrícola visando um
desempenho em profissionalizar. Deu inicio ao curso Técnico em Agropecuária e
Florestal no município de Rio das Pedras SP. Desenvolveu estágios e trabalho em
viveiros de produção comercial, foi assim que conheceu um grande apoiador e
amigo, (Israel Gomes Vieira) então descobriu mera vocação em Silvicultura, tendo
apoio de amigos acadêmicos da mesma. Pretende formar-se em Agronomia e
especializar em silvicultura.
Tadeu Augusto Silvestre Rodrigues, nascido na cidade de Botucatu, porém desde
pequeno morou em Laranjal Paulista, cidade muito querida. Filho de Luis Augusto
Rodrigues e Viviane Luvizotto Silvestre Rodrigues. Desde pequeno convivendo com
a parte agricola desenvolveu uma curiosidade pela parte florestal, após concluir o
ensino fundamental surge a oportunidade de cursar o Tecnico em Florestas na
ETEC “Dr. José Coury” em Rio das Pedras. Com o termino desse curso e dos
trabalhos desenvolvidos ao longo do mesmo, pode notar uma aptidão para a area de
Silvicultura,
na
qual
pretende
se
especializar.
VIII
Epigrafe
E aconteceu que eu, Néfi, disse a meu pai: Eu irei e cumprirei as ordens do Senhor,
porque sei que o Senhor nunca dá ordens aos filhos dos homens sem antes
preparar um caminho pelo qual suas ordens possam ser cumpridas.
1 Néfi 3:7.
IX
Sumário
Agradecimentos.................................................................................................iii
Biografia do Autor...............................................................................................ii
Epígrafe..............................................................................................................iii
Resumo..............................................................................................................X
Introdução..........................................................................................................XI
Objetivo..............................................................................................................XII
Materiais.............................................................................................................XVII
Resumo..............................................................................................................XX
Procedimento....................................................................................................XXI
Gráfico...............................................................................................................XXXIII
Resultados........................................................................................................XXXV
Figuras..............................................................................................................XXXVII
Considerações Finais........................................................................................XLV
Bibliografia Consultada......................................................................................XLVI
Anexo.................................................................................................................L
X
1. Introdução
1.1 Fundamentação Teórica
O eucalipto é uma planta originária da Austrália, onde existem mais de 600
espécies. A partir do início deste século, o eucalipto teve seu plantio intensificado
no Brasil, sendo usado durante algum tempo nas ferrovias, como dormentes e
lenha para as marias-fumaça e mais tarde como poste para eletrificação das
linhas.
No final dos anos 20, as siderúrgicas mineiras começaram a aproveitar a madeira
do eucalipto, transformando em carvão vegetal utilizado no processo de
fabricação de ferro-gusa. A partir daí, novas aplicações foram desenvolvidas.
Hoje, encontra-se muito disseminado, desde o nível do mar até 2.000 metros de
altitude, em solos extremamente pobres, em solos ricos, secos e alagados.
Atualmente, do eucalipto, tudo se aproveita. Das folhas, extraem-se óleos
essenciais empregados em produtos de limpeza e alimentícios, em perfumes e
até em remédios. A casca oferece tanino, usado no curtimento do couro. O tronco
fornece madeira para sarrafos, lambris, ripas, vigas, postes, varas, esteios para
minas, mastros para barco, tábuas para embalagens e móveis. Sua fibra é
utilizada como matéria-prima para a fabricação de papel e celulose.
Nenhum produto agrícola brasileiro ostenta uma situação tão absurda como
o feijão. Primeiro alimento na preferência popular, o feijão continua ainda sendo a
cultura tecnologicamente mais atrasada do país. Segundo dados fornecidos por
Costa (1987), observa-se que sua produtividade vem caindo há mais de quarenta
anos, quando apresentava produtividade média igual a 800 kg/ha (década de 40),
diminuindo para cerca de 400 kg/ha no final da década de 80, situação esta que
permanece inalterada até os dias de hoje.
XI
Baixa remuneração ao produtor, elevado risco climático, substituição de
áreas cultivadas por plantios de exportação ou de produção de biomassa para
combustível, baixos investimentos em pesquisa, descaso total com que a política
agrícola trata o produto; são muitas as causas que levaram ao desinteresse por sua
cultura. Atraídos por alternativas mais rentáveis, grandes e médios produtores
abandonaram a cultura, deixando-a aos cuidados do pequeno produtor.
O uso de sementes sadias, adubação adequada, tratos culturais compatíveis
e o emprego de sistemas de irrigação eficientes para corrigir deficiências hídricas
nas regiões de pouca disponibilidade de água ou de precipitação, ou ainda para o
cultivo de inverno nas regiões tradicionais, significaria um avanço de várias décadas
nesse quadro, com um aumento bastante significativo na produção e na
produtividade dessa cultura.
Vários autores (Caixeta, 1978; Garrido et al., 1979; Azevedo, 1984; Costa,
1987; Paz et al., 1997 ) têm demonstrado a viabilidade da irrigação do feijão de
inverno, sendo possível obter produtividades consideradas muito superiores às
tradicionais, além da estabilidade na produção, pois ocorre a
eliminação das
incertezas relativas às chuvas.
Sabe-se ainda que, com o avanço da tecnologia e a necessidade de
obtenção de produtividades cada vez maiores, bem como um maior controle
sobre os fatores que influenciam o pleno desenvolvimento da cultura do feijão,
tornou-se necessário estimar algumas das variáveis da cultura relacionadas com
as suas condições, de forma a se obter dados de entradas para alguns modelos
de crescimento e de produtividade agrícola que existem atualmente e de grande
importância para todo esse processo. Porém, nota-se que os modelos de
crescimento/produtividade para as principais culturas e para a cultura do feijão,
são baseados em dados meteorológicos, que são dados pontuais, de coleta
trabalhosa e que não levam em consideração vários fatores como as condições
do solo, clima, pragas, doenças, nutrientes, etc., possibilitando assim uma
margem muito grande de erros na avaliação final. Assim sendo, a utilização de
XII
algumas técnicas de sensoriamento remoto e particularmente as utilizações de
dados espectrais podem suprir essa carência e servir como excelentes
indicadores das condições gerais de vigor da cultura do feijão, principalmente
para áreas grandes e contínuas, podendo ainda servir como parâmetros de
entrada para melhorar o desempenho dos modelos existentes.
Alguns trabalhos publicados na literatura (Gallo et al., 1985; Prince, 1991;
Moreira, 1997; entre outros) atestam que em plantas sadias e adequadamente
supridas de água e nutrientes, existe uma relação linear positiva entre a
quantidade de radiação fotossinteticamente absorvida pelo dossel (APAR) e a
produção final de fitomassa e grãos; dessa forma, as técnicas de sensoriamento
remoto procuram estabelecer uma relação entre a radiação solar absorvida pelo
dossel da cultura e as interações com seus atributos biofísicos, criando dessa
maneira alguns modelos para estimativas de produção de fitomassa e de grãos.
Devido ainda a impossibilidade da quantificação da APAR e de forma
direta, torna-se necessária a utilização de alguns modelos matemáticos para esse
fim, sendo que a estimativa da APAR através de índices de vegetação e obtidos
através de medidas do fator de reflectância nas bandas espectrais do vermelho
(V) e do infravermelho próximo (IVP), tem sido preferencialmente estudada e
empregada nos dias de hoje, apresentando uma série de vantagens sobre os
outros processos conhecidos.
Sabe-se também que a caracterização de alvos agrícolas por meio de dados
espectrais coletados por sensores a bordo de satélites orbitais é passível de uma
série
de
erros
amostrais,
devido
principalmente
a
complexidade
do
comportamento espectral do dossel agrícola. Dessa forma, evidencia-se a
importância da realização de coletas radiométricas a nível de campo e
envolvendo diretamente a planta, o solo e os fatores ambientais, tal qual realizada
no presente experimento, obtendo-se assim informações no próprio local de
estudo e que poderão servir para melhorar ainda mais o processo de
caracterização desses alvos.
XIII
É neste contexto que se insere esta pesquisa, assumindo-se a hipótese de que
variáveis espectrais e variáveis agronômicas guardam íntimas relações entre si e
que os parâmetros espectrais podem ser utilizados, quando manipulados
corretamente,
como
descritores
das
condições
gerais
de
vigor
e
de
desenvolvimento do feijoeiro.
Pretende-se também verificar a hipótese de que variáveis agronômicas
como produtividade de grãos; altura da planta; número de vagens por planta;
tamanho das vagens e número de grãos por vagem pode ser influenciadas pela
lâmina de água aplicada.
Com isso o projeto visa gerar um maior lucro ao produtor através do
Eucalipto consorciado com o feijão. A renda gerada por essa leguminosa irá
proporcionar uma redução considerável nos gastos da implantação do eucalipto.
Através do conceito de plantas companheiras, que tem como objetivo se
ajudarem e complementarem umas as outras, foi possível proporcionar uma
diminuição na incidência de pragas e alternância de temperatura do solo.
Com o consorcio será possível demonstrar a viabilidade da
implantação e a facilidade em implantar o projeto.
XIV
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
O projeto possui como objetivo central, gerar um maior lucro ao
produtor através do Eucalipto consorciado com o feijão. A renda gerada por essa
leguminosa irá proporcionar uma redução considerável nos gastos da
implantação do eucalipto. O trabalho se baseia no conceito de plantas
companheiras, onde as plantas se ajudam e complementam-se mutuamente,
nesse contexto será possível proporcionar uma diminuição na incidência de
pragas e alternância na temperatura do solo, o que auxilia nas culturas.
Com o consorcio será possível demonstrar a viabilidade da
implantação e a facilidade em implantar o projeto.
1.2.2 Objetivo Específico
Utilizar esta área para motivação dos alunos. Para desenvolver pesquisas
direcionada a silvicultura do eucalipto, dar suporte pratico ao sistema agro florestal,
que é o plantio de eucalipto com o feijão, resultando na agregação para o
desenvolvimento do eucalipto fixando nitrogênio e incorporando matéria orgânica ao
solo, através da leguminosa implantada nesta área, minimizando o custo na compra
de nitrogênio e produzindo feijão e madeira para beneficio da escola
1.3 Problemas
Área
sem
utilização
de
implantação
de
culturas,
ausência
desenvolvimento de projetos produtivos e apoio pratica para pesquisa em campo.
de
XV
XVI
2. Materiais e Métodos
2.1 Cronograma
2.2 Metodologia
Com o auxilio do GPS, fomos medir a área onde será implantado o plantio de
Eucalipto Consorciado com Feijão. Após demarcar onze pontos diferentes, resultou
em 3860m2.
Com estes dados demos inicio aos cálculos para saber a quantidade de mudas que
deveria ser implantada, estimando em 1910 mudas.
No dia 17/03/11 as operações que foram realizadas antes do plantio foram
escarificaçao do solo, correção de macro-nutriente, aramento do solo e gradagem do
mesmo.
Utilizamos o trator e o implemento para essa tarefa, Agregando na correção do solo
Calcário dolomitico e 140 Kg de NPK. Esse preparo de solo é fundamental para o
desenvolvimento do plantio.
XVII
O Plantio do Feijão também foi realizado no dia17/03/11, utilizando no total de 18 Kg
de semente de feijão. Após o feijão atingir uma altura de 20 cm, no dia 01/04/11 foi
que introduzimos Eucalipto.
O plantio foi feito com o espaçamento de 3x2 metros, e entre linhas foi semeado o
feijão propositalmente entre linha em 0,15x0, 50 cm.
Foi efetuado o controle de ervas daninhas através da capina do mato competidor na
área dimensionada para o plantio. As mudas introduzidas nesta área serão por meio
de propago sexuado e assexuado de diversas variedades de espécies tais como
1.230 mudas E. Urophilla x E. Grandes (hibrido material H-13), 400 mudas de E.
Paniculata, 70 mudas de E. Citrodora e 20 mudas de E. Cloeziana.
Para a implantação do eucalipto foi utilizado hidrogel, 30 gramas para 10 litros de
água. O hidrogel é um polímero que garante através de seu armazenamento de
água, a umidade no solo nos 3 primeiros dias do plantio.
No dia 08/04/11 foi feita a coroa, agregamento de matéria orgânica que retiramos do
solo proporcionou umidade e isolação térmica para as coroas das mudas. Mesmo
com a presença de ervas daninha e competidoras de folhas largas, com certa altura
foi possível recuperar grande parte do feijão, podemos notar que as ervas daninhas
obteve crescimento na linha do plantio do feijão onde foi introduzido o fertilizante
deixando o carreador limpo, com isso em alguns locais do terreno as plantas
daninhas estavam impedindo o desenvolvimento do eucalipto, devido seu tamanho.
Através deste fator no dia 20,21/05/11, foi feito a quebra das ervas daninhas de
folhas largas e com isso eliminado a competição de por luz solar.
Este manejo de quebramento das folhas largas resultou em menor risco em torno
das covas onde foram introduzidas as mudas de Eucalipto e a linha dos feijoeiros, a
escarificação do sistema radicular, devido a lamina que a capina proporciona.
XVIII
Durante os dias 28/05/11, 04/06/11 e 11/06/11 foram executados o tutoramento das
mudas de Eucaliptos para assegurar o crescimento dos ramos plagiotropicos.
Podemos notar que a germinação do feijão foi alta mesmo com algumas falhas em
partes do terreno.
O eucalipto obteve um pequeno índice de mortalidade que consecutivamente foram
reposto.
Ainda não foi necessário realizar a irrigação das mudas devido à chuva que esta
auxiliando o nosso trabalho.
XIX
Resumo
Este trabalho foi executado durante o ano de 2010 a 2011, tem a finalidade de
provar no curso de capacitação Florestal o comportamento do incremento da
Eucaliptocultura em campo, tendo uma gama de material de duas formas de
propagação; a sexuada e assexuada esses métodos de propago têm como
finalidade, dar apoio a observações técnicas a serem atentadas e consideradas
como as que se aferem na adaptação em ambientes adversos, qualidade do
material, sanidade, doenças e pragas. Portanto desenvolvemos o plantio (Eucalipto
com feijão) numa área de 3860m2, Onde totalizarão um plantio contendo 1.910
mudas de Eucalipto, sendo E. Urophilla x E. Grandes (hibrido material H-13), E.
Paniculata, E. Citrodora, E. Cloeziana.
Tais mudas de Eucalipto receberam no plantio polímero (Hidrogel) que proporciona
hidratação no sistema radicular e foram tutoradas com estacas de bambu para
proporcionar a sustentação da mesma.
XX
Procedimentos
1. Combate à formiga
As formigas cortadeiras são apontadas como uma das principais pragas florestais.
O combate às formigas pode ser dividido em três fases:
a) Inicial: realizado em toda a área a ser plantada. Quando o combate inicial for feito
após a limpeza da área, é indicado que se aguarde um período de aproximadamente
60 dias entre a operação de limpeza e o combate;
b) Repasse: operação que visa combater os formigueiros que não foram totalmente
extintos e é realizado por volta de 60 dias após o combate inicial, antes do plantio
em toda a área;
c) Monitoramento: realizado durante todo o período de formação e maturação da
floresta, prosseguindo após o corte da mesma. Após o plantio, o monitoramento
deve ser constante até o primeiro ano de plantio. É indicado que se faça o
monitoramento anual, de forma a evitar a proliferação dos formigueiros.
Os formicidas disponíveis no mercado são sob a forma de pó seco, de iscas
granuladas e de líquidos termonebuláveis.
As iscas granuladas são as mais utilizadas na área florestal devido a fácil aplicação,
baixo custo, alto rendimento em áreas limpas e menor perigo aos aplicadores. Os
dois princípios ativos usados para a produção de iscas encontrados no comércio são
sulfluramida e fipronil. Estes princípios ativos participam com 0,3 a 0,5% da isca,
sendo que o restante é composto de material que funciona como atrativo para as
formigas.
A dosagem da isca granulada depende do tamanho do formigueiro. Uma regra
prática é aplicar aproximadamente 10 gramas de isca por metro quadrado da
superfície de terra solta (maior largura x maior comprimento). A isca é aplicada com
XXI
dosadores próximo aos olheiros ou dos caminhos formados (10 a 15 cm de
distância, ao lado do carreiro).
2. Capina
A mato competição é um dos fatores limitantes ao estabelecimento de florestas no
Brasil, afetando o desenvolvimento das culturas florestais através da competição por
água, luz e nutrientes.
O combate pode ser realizado de várias maneiras: roçadas manuais, mecânicas e
químicas. A escolha do melhor sistema de controle às plantas invasoras dependerá
do tamanho da área, da cultura, época de plantio, orçamento disponível,
rendimentos operacionais e taxa de colonização, entre outros.
Segundo Toledo (2002) o período de maior incidência de mato competição em
plantações de eucalipto ocorre até o 7º mês após o plantio. É nesse período,
portanto que se deve ter mais cuidados no controle das plantas invasoras.
O método químico de controle é o mais utilizado (TOLEDO et al., 2003), em razão
de seus resultados serem mais rápidos e eficientes, minimizando custos. Para este
tipo de controle recomenda-se a aplicação em três fases:
I) Aplicação de herbicida pós-emergente em área total antes do plantio;
II)
Aplicação
de
herbicida
pré-emergente
nas
linhas
de
plantio;
e
III) Aplicação de herbicida pós-emergente após o plantio;
2.1- Aplicação de herbicida pós-emergente em área total antes do plantio
A aplicação de herbicida antes do plantio para o preparo da área pode ser feito
aproximadamente 15-25 dias antes do plantio (CHRISTOFFOLETI, 2007). Para esta
aplicação, o herbicida glyphosate é o mais usado em plantios comerciais, pois este
possui um efetivo controle sobre grande número de espécies invasoras (TUFFI
SANTOS, 2006).
XXII
2.2- Aplicação de herbicida pré-emergente nas linhas de plantio
Os herbicidas pré-emergentes são produtos usados para controlar o banco de
sementes das plantas daninhas depositadas sobre o solo. Sua aplicação é realizada
logo após o plantio das mudas, numa faixa de aproximadamente 1 metro na linha de
plantio, pois este não possui ação sobre as mudas. Os herbicidas pré-emergentes
mais
utilizados
no
meio
florestal
são
o
isoxaflutole
e
o
oxyfluorfen
(CHRISTOFFOLETI, 2007).
2.3- Aplicação de herbicida pós-emergente após o plantio
A aplicação de pós-emergente após o plantio deverá ser efetuado até o período de
ocorrência do mato competição. Nesta fase o herbicida pós-emergente pode ser
aplicado nas entrelinhas de plantio (aplicação mecânica), ou nas linhas de plantio
(manual). Tomando-se cuidados para não ocorrer deriva às mudas. O número de
aplicações depende da intensidade de infestação, sendo normalmente realizado
uma ou duas aplicações.
2.4- simbioses entre o controle de pragas e ervas daninham através de
plantas companheiras.
O conjunto de plantas em uma determinada área proporciona estratégia de combate
a determinadas pragas e invasoras, diminuindo impacto a cultura que esteja em
desenvolvimento, Essas plantas no caso das folhas largas compete à luz solar,
diminuindo a dizimação de outras ervas daninhas. No caso de controle de pragas
elas reagem liberando toxinas através de odor a quais outras competidoras sofrem
sensibilidade. São recomendadas para o agregamento de material orgânico e
isolante térmico.
3. Preparo do solo
XXIII
Atualmente o preparo do solo é realizado com base no conceito de cultivo mínimo,
devido a rápida evolução da silvicultura nas décadas de 80 e 90. O preparo do solo
tem como objetivo a diminuição da resistência do solo à expansão das raízes e
maior aproveitamento da água melhorando a condução e desenvolvimento do
sistema radicular.
O cultivo mínimo do solo consiste em revolvê-lo o mínimo necessário, mantendo os
resíduos vegetais (da cultura e de plantas invasoras) sobre o solo como cobertura
morta. Para plantações florestais, prevê a realização de um preparo localizado
apenas na linha ou na cova de plantio. Devido ao amplo espaçamento de plantio,
geralmente, 3,0 m entrelinhas, o volume de solo revolvido é bem menor do que
aquele realizado para culturas anuais.
Os implementos mais usados em áreas manejadas no sistema de cultivo mínimo
são o subsolador (profundidade de trabalho superior a 30 cm), o escarificador
(profundidade de trabalho até 30 cm), o coveador mecânico e implementos manuais
que são utilizados em áreas muito declivosas (forte ondulada e montanhosa)
(GONÇALVES(b) et al., 2002).
3.1 Aspectos técnicos do preparo do solo
As características físicas dos solos podem ser um dos principais fatores limitantes
do crescimento e produtividade dos sítios. A compactação é um evento físico,
causado pelo aglutinamento de partículas primárias devido principalmente ao tráfego
de máquinas. Como resultado disso, a estrutura e atributos físico-hídrico do solo são
alterados reduzindo o crescimento e a distribuição das raízes, a absorção de água e
de nutrientes e, conseqüentemente, a capacidade de produção florestal (DEDECEK
e GAVA, 2005).
O preparo do solo é uma prática que pode ser usada como medida para
estabelecer condições ideais para o crescimento radicular, sendo utilizados para isso
diferentes tipos de implementos. Segundo Spoor (1975) apud Dedecek et al. (2007)
as respostas das plantas não ocorrem diretamente ao preparo do solo, mas ao
ambiente criado em função desta atividade, a qual favorece a movimentação da
água, areação e disponibilidade de nutrientes, sendo a profundidade a variável mais
importante; estas operações demandam energia, tempo e custos, as quais estão
diretamente relacionadas à profundidade de trabalho e o número de operações.
XXIV
A atividade de preparo do solo varia de acordo com as características dos solos,
clima, finalidade, plantas daninhas, impedimentos físicos e resíduos vegetais
(DEDECEK et al., 2007).
No meio florestal se consolidou o uso do subsolador devido às suas vantagens
operacionais e econômicas. É um método que aumenta a sobrevivência e o
crescimento das mudas, pois propicia: o alcance das raízes a maiores
profundidades, menor exposição do solo, reduzindo perdas por erosão, e também,
por está relacionado à difusão do cultivo mínimo (SASAKI e GONÇALVES, 2005).
Os subsoladores são implementos equipados com uma barra porta-ferramentas, na
qual está presa uma haste de aço com aleta na ponta (Figura 1), objetivando
aumentar o volume de solo preparado. Este equipamento pode ser arrastado ou
acoplado ao sistema hidráulico do trator. As hastes possuem três formatos, reto,
curva ou parabólica, sendo esta última mais usada no meio florestal por exigir menor
força de tração. A subsolagem tem a função principal de romper camadas do solo
maiores que 40 cm de profundidade. Provocam o rompimento do solo para frente,
para cima e para os lados, formando um corpo tridimensional triangular na linha de
preparo (Figura 2) (FESSEL, 2003). A formação deste corpo tridimensional,
representando o volume de solo preparado, se deve ao efeito das aletas ou
ponteiros. Bentivenha et al. (2003) estudou os efeitos no crescimento inicial de E.
grandis de diferentes configurações de hastes e aletas. No período analisado, 11
meses após o plantio, não foram encontradas diferenças no crescimento inicial na
comparação entre formatos da haste (reta inclinada e parabólica), nem com o tipo de
aleta (com asa e sem asa), ainda que aleta alada tenha proporcionado maior
mobilização de solo, cerca de 30% maior.
Embora os resultados mais conclusivos sobre a produtividade da floresta devam ser
analisados em períodos mais tardios, seria esperado que o crescimento inicial das
plantas fosse afetado pelos tratamentos propostos, se os solos de plantio
apresentassem valores críticos de resistência à penetração para o crescimento
radicular, o que não ocorreu (BENTIVENHA et al., 2003).
O preparo do solo pode também ser realizado com outros implementos. Até a
década de 1980 usava-se em plantios florestais arados e grades. Embora seja um
método de preparo do solo mais intensivo que a subsolagem, deixando maior área
de solo susceptível ao processo de degradação, estes implementos eram utilizados
e atualmente recorre-se a utilização na maioria dos casos ao subsolador. Entretanto,
em declividades maiores às acessíveis pelos tratores – 12%, o preparo do solo pode
ser realizado com coveadores mecânicos ou manuais. Neste caso, as covas devem
possuir a dimensão cúbica de 20 cm ou 30 cm (Figura 3).
3.2 Cultivo mínimo
O sistema de cultivo mínimo é caracterizado por um conjunto de operações
mínimas de preparo do solo, resultado da busca por menores impactos ambientais,
XXV
técnicas mais adequadas ao desenvolvimento das plantas, baixos custos
operacionais e que permitam maior sustentabilidade dos plantios. Nesse contexto, a
sustentabilidade da produção florestal e qualidade do ambiente estão diretamente
relacionadas à conservação do solo diagnosticados pelos indicadores físicos,
químicos e biológicos (CHAER e TÓTOLA, 2007).
O sistema de cultivo mínimo se adequou a estas novas demandas, baseando-se
num preparo de solo restrito às linhas ou covas de plantio mantendo os resíduos
com intuito de racionalizar os recursos do solo (GONÇALVES, 1995). Num sistema
mecanizado, o preparo do solo no cultivo mínimo é efetuado em linha por um
subsolador desenvolvido especificamente ao trabalho na linha de plantio.
O início do cultivo mínimo em plantios florestais remonta o final da década de 1980,
como prática de eliminação de queimadas no preparo do solo, redução dos custos
de implantação, aparecimento de herbicidas eficientes, riscos decorrentes dos
incêndios e aumento da conservação do solo (ZEN et al., 1995). As principais
diferenças entre estes sistemas de manejo estão na movimentação física do solo,
dos resíduos orgânicos e nos tratos culturais das ervas daninhas (CASTRO, 1995).
Com a adoção deste novo sistema eliminaram-se as operações de aração e
gradagem, a queima de resíduos, sendo as ervas daninhas controladas com
herbicidas em aplicações antes e após o plantio. As perdas associadas às queimas
dos resíduos florestais são para plantios florestais com Eucalyptus grandis cortado
aos 7 anos de idade da ordem de 40 t/ha, sendo 20 t/ha da serapilheira, 12 t/ha de
casca e 8 t/ha de galhos e folhas. Toda essa biomassa representa de 51% a 82%
dos nutrientes da biomassa vegetal (GONÇALVES, 2007). Em plantio com
Eucalyptus camaldulensis, Maluf (1991) observou perdas de 88 % de N, 33% de P,
30% de K, 47% de Ca e 43% de Mg do conteúdo de nutrientes presentes nos
resíduos culturais.
Gatto et al. (2003), avaliaram o efeito do preparo do solo no crescimento de
Eucalyptus grandis (preparo do solo com queimada x cultivo mínimo). Os maiores
teores de P, K, Ca e Mg no solo foram registrados no cultivo mínimo, embora o
crescimento das árvores nesse tratamento tenha sido menor na avaliação aos 38
meses pós plantio. A explicação para este fato está na velocidade de liberação dos
nutrientes às plantas. Nesse sistema os nutrientes são liberados de forma lenta e
gradual, por meio da mineralização. Portanto, técnicas mais intensivas de manejo do
solo, como a queima, aceleram a disponibilização dos nutrientes às plantas,
promovendo um crescimento inicial maior (ZEN, 1992 apud ZEN, 1995). Entretanto,
Gonçalves (1995) observa que com o passar do tempo, o vigor e homogeneidade
dos plantios com cultivo mínimo tendem a se restabelecer. Além do efeito que ocorre
nos próximos ciclos de produção, ou seja, o efeito é verificado a longo prazo.
Como visto, além de funcionar no aumento da fertilidade do solo, o cultivo mínimo
promove a formação de uma camada isolante sobre o solo, causando redução dos
processos erosivos, aumento na conservação da umidade do solo, melhoria nas
XXVI
condições físicas, minimização de amplitudes térmicas, aumentando a atividade da
fauna edáfica e redução da reinfestação por plantas invasoras. Por estes e outros
aspectos, a ciclagem de nutrientes é beneficiada, permitindo maior sustentabilidade
da produção de florestas (Figura 4).
3.3 Preparo do solo e capacidade de produção
A intensidade de preparo do solo influencia positivamente o crescimento inicial das
plantas, num período compreendido entre o primeiro e segundo ano para plantios de
eucalipto, podendo se estender até o final do ciclo. Porém, outros resultados
permitem encontrar equivalência na produção da floresta em diferentes intensidades
de preparo (VASQUEZ, 1987), com a vantagem de que nos métodos menos
intensivos a sustentabilidade da produção é maior.
Outro efeito importante do preparo do solo na produtividade da floresta relaciona-se
ao volume de solo preparado (profundidade), sobretudo em solos coesos e/ou
regiões com maior deficiência hídrica, porém cabe ao silvicultor ponderar a relação
custo x risco, os quais são inversamente proporcionais. Caso este opte em maiores
investimentos, numa melhor condição de preparo do solo, estará assegurando maior
ritmo de crescimento, homogeneidade e sobrevivência das mudas (SUITER FILHO
et al., 1980).
Rodigheri e Pinto (2001) observaram o efeito do preparo do solo sobre a
produtividade de diferentes espécies de eucalipto, ao testarem o crescimento dessas
espécies em sítios com e sem preparo do solo. Na análise dos resultados de todas
as espécies, o crescimento médio nos tratamentos com preparo do solo foi 67 %
maior.
O efeito do preparo do solo sobre a produtividade florestal foi observado por Stape
et al. (2002), este comparou o efeito da subsolagem, fertilização, queimada,
manutenção de resíduo e coveamento sobre o cultivo Eucalyptus grandis x
Eucalyptus urophylla, em dois solos - Latossolo Vermelho Amarelo (LVA), sítio mais
pobre, e em Argissolo, sítio mais fértil.
Na comparação entre os efeitos da fertilização, o Argissolo mostrou-se mais fértil.
Aos 12 meses a média das alturas para tratamentos sem fertilização no Latossolo foi
de 1,6m, enquanto que no Argissolo foi de 6,3 m. Este fator foi confirmado na
comparação entre os tratamentos com queima, surgindo pouco efeito no solo mais
fértil. Por fim, o efeito do preparo do solo foi verificado somente no Argissolo, por
apresentar naturalmente maior resistência à penetração das raízes, necessitando de
maior volume de solo preparado – alturas de 7,1 m e 8,1 m, respectivamente, para
coveamento e subsolagem; enquanto que para o Latossolo as alturas foram 6,0 m e
5,7 m.
As mesmas tendências do crescimento inicial foram observadas até o 3º ano, com
todos os tratamentos sendo superior no Argissolo. Entretanto, entre o 3º e 4º ocorreu
uma seca, causando grande mortalidade neste sítio, perdendo em produção a partir
XXVII
do 4º para o Latossolo. A causa desta mortalidade se deveu a profundidade efetiva
de preparo do solo – 0,60 m, não sendo suficiente. Atualmente nessas áreas o
preparo do solo é realizado até 1,1 m de profundidade. A interpretação destes
resultados esclarece a importância do preparo do solo no desenvolvimento da
floresta, com maiores respostas em solos com impedimentos físicos ou que possam
apresentar deficiência hídrica.
Bentivenha et al. (2003) estudando o efeito de duas profundidades de preparo de
solo em solo arenoso – Neossolo Quartzarenico (RQ) e textura média – Latossolo
Vermelho Amarelo (LVA), em plantios de E. grandis, observou diferenças quanto ao
volume de solo preparado com os dados de altura (H) e diâmetro de colo (DC) dos
plantios. No solo com maior teor de argila observou-se menor mobilização de solo,
em parte devido também a maior quantidade de resíduo. Na comparação entre as
profundidades de preparo do solo – 0,20 e 0,40 m, só foram verificadas diferenças
no RQ – DC 29% e H 30% de aumento, na profundidade de 0,40 m aos 6 meses. A
explicação para não ter havido diferenças no crescimento no LVA se deve a maior
capacidade de retenção de água, disponibilidade de nutrientes e teor de matéria
orgânica, dentre outros, o que compensaram o menor volume de solo preparado.
Neste mesmo trabalho, os autores acompanharam ainda a forma e o crescimento do
sistema radicular das plantas e no preparo a 0,20 m foi observado tortuosidade,
mudança na direção e redução do crescimento radicular (Figura 5).
Os efeitos da profundidade do preparo do solo sobre o desenvolvimento radicular
apresentados na Figura 5 são elucidados por GONÇALVES (1994) e
SCHUMACHER (1995) apud FINGER et al. (1996). Nestes dois experimentos
trabalhando o primeiro autor com Eucalyptus grandis, e o segundo com E. saligna,
E. dunnii e E. globulus, observaram que a maioria das raízes finas foi encontrada na
camada 0-30 cm.
Finger et al. (1996) comparando o método da subsolagem com o coveamento
manual não observaram diferenças aos 44 meses nas avaliações de altura, diâmetro
e sobrevivência de Eucalyptus grandis. Entretanto, complementa os autores, que
houve grande diferença em termos biométricos, devendo produzir maior quantidade
de madeira por hectare os tratamentos subsolados.
Gonçalves e Beloto (2007) desenvolveram um trabalho para avaliar volume de solo
mobilizado no desenvolvimento de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla sobre
dois solos - Latossolo Vermelho, textura muito argilosa (LV) e um Latossolo
Vermelho-Amarelo (LVA) textura média. Para avaliação das respostas aos fatores
propostos, foram medidos diâmetro do colo (DC), altura total (AT), diâmetro da copa
(DC), e biomassa radicular (MR) aos 410 dias pós-plantio. O preparo do solo foi
realizado com “chucho” (solo sem preparo); Covas de 20x20cm (aberta com motocoveador); 40x40cm (aberta com coveador mecânico); 60x60cm (aberta com broca
helicoidal); Subsolagem a 40cm de profundidade; Escarificação a 40cm de
profundidade (haste sem sapata) e cova de 30x30cm (aberta com enxadão).
XXVIII
Os resultados apresentados pelo LV permitiram estabelecer uma relação linear
positiva (R² = 0,89) entre volume preparado e DAC, relação não encontrada no LVA.
Este resultado pode ter explicação na maior resistência ao desenvolvimento
radicular oferecido pelo LV, sendo, portanto maiores as respostas das plantas ao
volume de solo mobilizado. Este fato é confirmado na comparação dos resultados
das alturas dos tratamentos preparado com chucho (sem preparo de solo), com o
preparo de solo realizado em covas, mecanizado 20x20cm e manual 30x30cm.
Estes três tratamentos mostraram-se superiores ao LV. Nesses casos, o volume de
solo mobilizado no LV não foi suficiente, atrasando o desenvolvimento das plantas.
Por fim, neste experimento destacam-se os resultados obtidos pelo preparo do solo
realizado somente com chucho. Apenas no LV foi encontrado diferença estatística,
na comparação entre tratamento sem preparo (chucho) e preparado com
subsolador. Isto é, neste estudo de caso, pode concluir-se que existe a possibilidade
no LVA do preparo mínimo de solo, realizado em covas, que além de proporciona
bom desenvolvimento das plantas, permite alto rendimento no preparo de solo e
menores custos com trator e implemento (GONÇALVES & BELOTO, 2007). Ainda
sim, em solos mais arenosos os dados sugerem que o preparo do solo não precise
ser feito a cada reforma florestal, somente a cada 2 ciclos, desde que não ocorra
déficit hídrico ou alteração pelo tráfego de máquinas. Cabe ressaltar que estes
dados são preliminares, devendo-se acompanhar por mais alguns anos o
desenvolvimento da floresta.
4. Adubação
A adubação é uma prática que visa suprir as demandas nutricionais das plantas, na
busca por maior produção. No Brasil, as maiores limitações nutricionais têm sido
observadas quanto ao elemento P.
Contudo, o aumento do número de rotações, leva à demanda por outros nutrientes
(BARROS et al., 2000). No caso do eucalipto, entre 70-80% da exigência nutricional
das árvores, ocorrem na fase inicial de desenvolvimento da cultura (SANTANA et al.,
1999), sendo, portanto uma indicação do período de aplicação dos fertilizantes. No
programa de fertilização aqui estabelecido, todo o processo é compreendido pelas
seguintes etapas:
I)
II)
Calagem:
Adubação
fornecimento
de
base:
fornecimento
de
Ca
de
III) Adubação de cobertura: fornecimento de N, K, B e Zn.
P,
e
N,
K,
Mg;
B;
e
XXIX
Antes de qualquer tomada de decisão é recomendado que se faça uma análise do
solo para avaliar a necessidade de calagem e a adubação mais adequada.
4.1 Calagem
Calagem é uma etapa do preparo do solo para cultivo florestal na qual se aplica
calcário com o objetivo de elevar os teores de cálcio e magnésio (GONÇALVES,
2005). Para sua aplicação é indicado que seja feita com antecedência ao plantio
(aproximadamente dois meses) e realizada a lanço na superfície do solo.
O calcário é classificado em calcítico, magnesiano ou dolomítico quando apresenta
menos de 5% de óxido de magnésio (%MgO), de 5-12% de MgO e acima de 12% de
MgO, respectivamente.
Efeitos da calagem:
a) Efeitos físicos: melhoria da estrutura pela granulação das partículas (estrutura,
porosidade, permeabilidade, aeração);
b) Efeitos químicos: correção da acidez e aumento da disponibilidade de alguns
nutrientes principalmente o Ca e o Mg; e
c) Efeitos biológicos: estímulo ao desenvolvimento da vida microbiana.
4.2. Adubação de base e de cobertura
Para o plantio de áreas florestais, a adubação é realizada em momentos distintos
durante a produção da floresta, dividida em 3 ou 4 aplicações – até os 24 meses de
plantio (GONÇALVES, 2006). Após este período ocorre o fechamento das copas,
iniciando a ciclagem de nutrientes. Porém, as dosagens mudam de acordo com seu
desenvolvimento. Na fase inicial é comumente aplicado maiores dosagens de P, e
maiores dosagens de N e K somente a partir da segunda aplicação.
- Adubação de base ou de plantio: pode ser realizada junto com a subsolagem e o
adubo é aplicado em filete, ou pode ser aplicado em covetas laterais no plantio. Tais
XXX
covetas devem ficar de 5 a 10 cm de distância da muda e todo o adubo colocado em
1 ou 2 covetas por planta.
- Adubação de cobertura: pode ser parcelada entre 2 a 4 aplicações e realizada de
maneira manual com aplicação do adubo na projeção da copa, no período de 3 a 24
meses após o plantio. Realiza-se ainda de maneira mecanizada em um filete
contínuo. Nos dois tipos de aplicações, deve-se iniciar a partir de um diâmetro de
copa superior a 40 cm (GONÇALVES, 2007).
5. Plantio
Em áreas onde foi realizada a subsolagem ou coveamento, o plantio pode ser feito
por meio de plantadeiras ou “chuchos”. Para o caso de ocorrência de cupim, a
prevenção ao ataque é realizada através da imersão das mudas em solução
contendo cupinicida antes de serem enviadas para o plantio. A muda deve ser
colocada com o coleto ao nível do solo, devendo ser pressionada junto à altura do
mesmo para mantê-la firme ao chão e não deixar bolsões de ar. Todas as
embalagens, tubete ou saco plástico, devem ser recolhidas e depositadas em locais
apropriados
.
5.1- Propagação sexuada.
Este tipo de propagação gera maior variabilidade entre os indivíduos o que
possibilita maior distribuição e adaptação do material em condições de solo e clima
diferentes.
5. 2- Propagação assexuada.
A propagação vegetativa é utilizada para obter ganhos genéticos de maneira mais
rápida, pois essa técnica conserva características da planta mãe. Mas deve-se
ressaltar que mesmo em floresta de origem de propagação vegetativa podem
ocorrer diferenças entre um mesmo clone devido às diferenciações ocorridas
durante
a
fase
de
propagação
do
material.
XXXI
Existem diversos métodos para a propagação vegetativa de plantas jovens ou
adultas e para todos os métodos deve-se trabalhar com condições de umidade e
temperatura controlada e meios propícios para cada sistema.
6. Irrigação
A aplicação de água no solo tem finalidade de fornecer às mudas a umidade
necessária ao seu desenvolvimento. A irrigação no campo pode ser realizada
quando o plantio se dá em épocas secas, sendo recomendado acima de 3 litros de
água por planta (MAGALHÃES et al., 1978).
Como a irrigação é uma prática silvicultural cara, surgiram algumas alternativas
como o hidrogel, que retém a água de irrigação por maior período de tempo,
disponibilizando-a de maneira gradativa para as plantas, o que resulta na diminuição
da mortalidade das mudas. A aplicação mais prática do hidrogel é na cova de plantio
e hidratado.
A adição de hidrogéis no solo otimiza a disponibilidade de água, reduz as perdas
por percolação e melhora a aeração e drenagem do solo, acelerando o
desenvolvimento do sistema radicular e da parte aérea das plantas (GONÇALVES
(a), 2002).
7. Replantio
O replantio deve ser realizado quando o índice de mortalidade das mudas
ultrapassar 5 %, no período de 15 a 30 dias após o plantio. Os mesmos tratos
culturais descritos acima para o plantio devem ser seguidos também para o
replantio. O período estipulado para o replantio não deve ser ultrapassado, pois caso
ocorra, as mudas transplantadas possivelmente serão sombreadas, prejudicando
seu desenvolvimento.
XXXII
Gráficos
Grafico 1: Crescimento diametro de colo (milimetro).
XXXIII
16
14
12
10
15 Dias
8
30 Dias
6
45 Dias
60 Dias
4
2
0
E. Paniculada
E. Citrodora
E. Cloeziana
E. H-13
Grafico 2: Mortalidade do eucalipto até os 60 dias.
Grafico 3: Altura obtida até os sessenta dias (centímetro).
Feijão
XXXIV
Resultados
O desenvolvimento do Eucalipto e a produção obtida pela agregação do feijão foram
de maneira esperada devido o manejo executado e as considerações pertinente a
época a qual o plantio foi desenvolvido, a produção se deu ao rendimento médio,
por hectare varia de 2,7 t ha-1 (= 45 sc de 60 kg ha-1) a 3,0 t ha-1 (= 50 sc de 60 kg
ha-1), seguindo todos os procedimentos necessários.
A produção do feijão obtida foi de 420 kg (= 7 sc de 60 kg há), as possíveis causas
dessa baixa produção podem ser devidas:
 Níveis pluviométricos baixos.
 Ausência de adubo químico
 Altas temperaturas durante os meses
 Concorrência de Ervas Daninha (folhas largas)
XXXV
Considerando-se o preço da saca de 60 kg de feijão, em julho de 2011, a R$ 110,00,
a receita bruta obtida pelos produtores, por hectare, foi de R$ 770,00 (= 7 sacas de
60 kg), no cultivo consorciado.
Ao fixar o custo de produção de uma saca de 60 kg de feijão a R$ 116,00 no sistema
de cultivo consorciado. Assim, o cultivo consorciado com eucalipto obteve um
retorno de -15% sobre os recursos aplicados.
A variação no preço de comercialização da saca de 60 kg de feijão de R$ 60,00 a
R$ 120,00 resulta numa enorme variação do ponto de equilíbrio.
XXXVI
Figuras.
Figura 1- Representação das linhas do plantio de feijão com Eucalipto com
estratégia de controle de invasoras através de plantas companheiras.
XXXVII
FIGURA-2. Vista do plantio do feijão com eucalipto, em fase de tutoramento.
XXXVIII
Figura-3. Exemplo de Eucalipto tendo suporte da tutoração.
XXXIX
FIGURA-4. Florescimento do feijoeiro e demonstração ao pequeno inocula de
ataque de lagarta.
XL
Figura-5. Predominância de ervas de folhas largas, cultivadas pela estratégia de
plantas companheira.
XLI
Figura-6. Visão do solo e o desenvolvimento do feijoeiro.
XLII
Figura-7. Amostra de feijoeiro para análise de diâmetro de colo,(DAC) e
produtividade da planta.
XLIII
Figura-8. Análise do sistema radicular do feijoeiro, apresentando nódulos que são
responsáveis pelo armazenamento de nitrogênio.
XLIV
Considerações finais.
O objetivo do trabalho resultou em um plantio sem a presença de adubação de
cobertura.
Resultando em um alto índice no desenvolvimento das mudas de Eucalipto e dos
feijoeiros nos aspectos de ausência de fertilizantes.
Também foi executado o controle de ervas daninhas sem a aplicação de herbicidas
e a isenção de pragas foi obtida através do controle biológico proporcionado pela
estratégia que as plantas companheiras. Essas plantas diminuíram o impacto sob os
aspectos de estresse hídrico e térmico.
XLV
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http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Feijao/FeijaoIrrigadoNoro
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XLIX
Anexo
L
LI
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