EFEITOS DAS VITAMINAS ANTIOXIDANTES NO TRATAMENTO DE PACIENTES ONCOLÓGICOS SUBMETIDOS A QUIMIOTERAPIA MAYARA LOPES ESTEVÃO ANTÔNIO FERNANDO DE SOUSA RIPARDO CAMILA PINHEIRO PEREIRA Resumo: O câncer é uma doença muito prevalente, e o tratamento no combate à patologia é essencial para que o paciente se recupere. Mas o tratamento quimioterápico,é agressivo ao sistema imunológico do paciente devido a toxicidade causada pelas drogas antineoplásicas ,estudos mostram que vitaminas antioxidantes,como: Vitamina A,C e E são essenciais na terapia nutricional dos pacientes oncológicos,melhorando assim o estado nutricional e imunológico do paciente. Este artigo trata-se de uma revisão bibliográfica. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo, destacar a importância das vitaminas antioxidantes no tratamento dietoterápico de pacientes submetidos a quimioterapia Introdução: De acordo com (CUPPARI, L; et al 2009); De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente o câncer atinge pelo menos 9 milhões de pessoas e leva à morte cerca de 5 milhões,sendo atualmente a 2° causa de morte por doença na maioria dos países,principalmente no Brasil. O câncer é uma patologia caracterizada por células que passam por sucessivas mitoses resultando assim em tumores benignos e malignos. Para eliminação dessas células cancerígenas é utilizado drogas antiblásticas,a maioria delas é citotóxica,ou seja, leva a apoptose não só as células malignas, mas também as células benignas.O tratamento é um tanto debilitante ao sistema imunológico do paciente, deixando o mesmo, bastante vulnerável à diversas patologias. O quadro de desnutrição é bastante prevalente nesses pacientes, por isso papel do Nutricionista nesses casos,é de extrema importância,para uma melhor recuperação do paciente.Segundo (MAFRA, D., FERNANDES, A. G. 2005).A alimentação não é apenas fonte de nutrientes, mas de diversas outras substâncias que podem promover ou inibir o processo da gênese do câncer. No entanto, é improvável que certos nutrientes possam atuar da mesma forma nos diversos tipos de câncer.De acordo com (ROHENKOHL, C.C., CARNIEL, A. P.,COLPO, E., 2011) Dietas que são ricas em frutas e hortaliças parecem estar ligadas a uma menor taxa da incidência de câncer. Os antioxidantes, presentes em frutas e vegetais, tem efeitos benéficos no tratamento do paciente com câncer. Estes antioxidantes possuem a capacidade de potencializar os efeitos das drogas antineoplásicas, reduzindo também os efeitos colaterais causados aos pacientes durante o tratamento. A admnistração de antioxidantes é importante, pois protege as células sadias da ação das drogas antineoplásicas, principalmente as células de tecidos de rápida proliferação celular. Estudos revelam a importância de manter os níveis desses nutrientes para que dessa forma ocorra uma melhora da qualidade de vida e sobrevida do indivíduo. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo destacar a importância das vitaminas antioxidantes na dietoterapia de pacientes submetidos a tratamento quimioterápico. Metodologia: Este artigo consiste de uma pesquisa bibliográfica, baseada em uma revisão da literatura. Inicialmente realizou-se pesquisa, por meio da busca do tema a ser abordado em livros, revistas, artigos e na base de dados eletrônicos (Scielo, Medline, Google Acadêmico). Para tanto, utilizou-se palavras–chave (Câncer; Antioxidante; Nutrição). O período de correspondência a essa busca restringiu-se aos últimos dez anos, dando-se preferência ao idioma português. Esta pesquisa discorre sobre um dos aspectos que norteia antioxidantes na terapia nutricional do paciente oncológico. Revisão: De acordo com SANTOS, H.S., CRUZ, W. M. S. Os Radicais Livres (RL) são espécies de existência independente com um ou mais elétrons desemparelhados, a sua formação, ocorre de forma natural nos seres vivos, devido à exposição ao oxigênio molecular. A formação de radicais livres por conta da quimioterapia antineoplásica ocorre por ser mecanismo de ação destas drogas. Grande parte dos agentes antiblásticos interfere na síntese de ácido desoxirribonucléico (ADN) e e ácido ribonucléico (ARN) culminando na liberação de várias substâncias tóxicas ao organismo prejudicando assim as células sadias. Os efeitos benéficos e efeitos tóxicos dos quimioterápicos, dependem do tempo de exposição do paciente a essas drogas, da concentração plasmática eda droga admnistrada. A mielodepressão, alopécia, e alterações no trato gastrointestinal prejudicam a absorção de nutrientes e vitaminas pelo paciente,implicando de forma negativa no estado nutricional do paciente. De acordo com (CERQUEIRA, F.M., MEDEIROS, M. H. G., AUGUSTO, O., 2007). Inúmeros são os fatores que culminam no câncer entre eles estão: tabagismo, alcoolismo, vírus,sedentarismo e os hábitos alimentares. Os alimentos que podem diminuir o risco de câncer podem-se citar: Os vegetais, as frutas e as fibras. Esses tipos de alimentos são importantes, por serem fontes de antioxidantes que auxiliam o organismo no combate aos radicais livres. Os antioxidantes que merecem destaque, por sua ação benéfica no combate ao câncer estão: a vitamina C (laranja, limão, acerola, kiwi), a vitamina E (germens de trigo encontrados no arroz, óleos de soja, milho e canola), selênio (castanha do Pará, pescados, ovo), zinco (carnes, peixes, aves, leite, cereais integrais, feijão), licopeno,substância encontrada principalmente no tomate (ESCOTT-STUMP, 2007). Discussão: Os comportamentos alimentares podem influenciar sim o estado de saúde atual, bem como definir se mais tarde o indivíduo irá desenvolver ou não alguma doença como o câncer. (FIGUEIREDO; JAIME; MONTEIRO, 2008). Pesquisas realizadas no Centro Universitário Franciscano – UNIFRA - Santa Maria, RS revelaram que a primeira vitamina a ser reconhecida como lipossolúvel foi a vitamina A. Esta vitamina, quanto ao seu mecanismo na carcinogênese ainda é incerto, no entanto,sua ação parece ser reconhecida bloqueando a fase inicial e a promoção da gênese do tumor mamário, por exemplo. No estudo de (Gandini et al., 2000), a vitamina C mostrou-se protetora no combate ao câncer de mama. De acordo com as RDA’s, a ingestão que deve ser ingerida desta vitamina é 75 mg para as mulheres e 90 mg para os homens, acima dos 20 anos. Resultados: Especialistas da área enfatizam, que, embora sejam necessárias mais estudos a atual evidência científica disponível, sugere fortes evidências do papel da dieta na prevenção e controle da morbidade atribuída às doenças crônicas não transmissíveis. Conclusão: Os dados expostos na literatura, através de vários estudos feitos, demonstram que uma alimentação imunomoduladora,ou seja rica alimentos que aumentam a defesa do Sistema Imunológico como as vitaminas antioxidantes,ajuda na recuperação do paciente, principalmente por diminuir as reações adversas,ocasionadas pelo tratamento quimioterápico. BIBLIOGRAFIA CERQUEIRA, Fernanda Menezes; MEDEIROS, Marisa Helena Gennari de; AUGUSTO, Ohara. Antioxidantes dietéticos: controvérsias e perspectivas. Química Nova, São Paulo, v. 30, n. 2, abr. 2007. STUMP Escott, Sylvia. Nutrição relacionada ao diagnóstico e tratamento. 5.ed. Barueri, SP: Manole, 2007. Guia de nutrição: nutrição clinica no adulto/coordenação Lilian Cuppari2.ed.rev.ampl.-Barueri,SP: Manole,2005.- (Guias de medicina ambulatorial e hospitalar. Pág.243-248. MAFRA, Alicia Gomes Fernandes; ZINCO E CÂNCER: UMA REVISÃO, Universidade Federal daFluminense (UFF)Rio de Janeiro – RJ, Rev.Saúde.Com 2005. ROHENKOHL, Caroline Cavali; CARNIEL, Ana Paula; COLPO, Elisângela. Consumo de antioxidantes durante tratamento quimioterápico. ABCD, Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva, São Paulo, v. 24, n. 2, jun. 2011. SANTOS,Helimar Senna ;CRUZ;Wanise Maria Souza de; A Terapia Nutricional com Vitaminas Antioxidantes e o Tratamento Quimioterápico contra o Câncer. Revista Brasileira de Cancerologia, 2001. Palavras -chaves: Antioxidantes, câncer, Qualidade de vida