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Alternativo
O Estado do Maranhão - São Luís, 22 de janeiro de 2013 - terça-feira
"Eu me divertia mais,
a gente podia sentir
mais os trabalhos dos
atores de teatro na
TV. Tudo está agora
nas mãos de quem
dirige e edita”
Marília Pêra, atriz, analisando o
início da sua carreira como atriz
Férias com arte
Ted
Iniciam-se hoje, às 8h, os
cursos de férias da Fundação da
Memória Republicana Brasileira
(FMRB). Serão ministradas
oficinas de pintura, música e
leitura e contação de histórias
para crianças e adolescentes de
6 a 17 anos. No encerramento
das atividades, na sexta-feira,
25, os participantes
apresentarão o resultado dos
trabalhados desenvolvidos
pelos professores e arteeducadores, no auditório da
FMRB, no Convento das Mercês.
Seth MacFarlane foi o escolhido para
apresentar o Oscar em 2013, e embora ele
já circule por Hollywood desde que criou
séries como Uma Família da Pesada, foi no
ano passado que se aproximou da
Academia com sua estreia na direção em
Ted. Nada mais justo, portanto, que o urso
de pelúcia encrenqueiro também tenha
seu momento de gala no evento que
acontece dia 24 de fevereiro. Ted teve
bilheteria surpreendente de mais de
US$ 500 milhões. A sequência ainda não
tem previsão de estreia.
Hoje é dia de...
(...) Eu fico...
Sálvio Dino
O
Largo dos Remédios fica em uma ribanceira á beira do Anil.No centro,um tronco de
palmeiras de mármore tem no cimo a estatua de um homem. Quem é? É Gonçalves Dias.
Em baixo no pedestal, os medalhões de Odorico
Mendes,João Lisboa, Gomes de Souza, Sotero dos
Reis.– a poesia,o pensamento,a ciência,a gramática.– orgulho do Maranhão.(Graça Aranha,o Meu
Próprio Romance).
Creio: não há maior manifestação de amor e orgulho pela grandeza da terra na glória de sua gente, do que essa.
De feito. Se existe uma terra vocacionada às letras, essa é a terra gonçalvina. Por isso sempre será bafejada pelos deuses da cultura, da sapiência,
da eloquência, da prosa, da poesia. Não é por outra razão: o célebre padre Antonio Vieira quando
estudado pelos exímios historiadores, sempre é
vinculado ao nosso beletrismo. Lapidar a frase de
Machado de Assis sobre João Francisco Lisboa: uma
das maiores capacidades literárias do país. Nosso
magistral Franklin de Oliveira diz-nos: “Coelho Neto foi considerado um dos nomes mais altos da literatura brasileira”. Por aí vai a nossa fecunda safra
de intelectuais.
Pois bem. Continuemos reavivando reminiscências... Do nascer da manhã até o pôr do sol colonial, o Maranhão recebeu abalizados estudos históricos (Berredo, Gaioso, Pereira Lago e outros...)
Na idade de ouro do século XIX, apareceu o chamado Grupo Maranhense, destacando-se no seu
“ninho murmuroso, de eterna poesia (Rui), - estrelas cintilantes como: João Lisboa, Gonçalves Dias,
Odorico Mendes, Candido Mendes de Almeida,
Sotero dos Reis, Gomes de Souza e outros, de peso. Foram, eles, sim, autênticas sementes/ pilastras
da histórica ATENAS BRASILEIRA.
(...) toda a brilhante colméia debandou, dissi-
minando-se os seus operários por diversos rumos
ao sabor de inevitável exigências da vida.
Começou então para o Maranhão essa tristíssima e caliginosa noite, íem que por longo tempo viveram imersas as suas letras...
...Coelho Neto desembarcava na capital do seu
Estado, via-se colhido pela mais entusiástica e calorosa das manifestações de que jamais fora alvo,
em paragens do extremo Norte, um intelectual brasileiro itinerante (...) Conduzido em festas, por entre ruidosas aclamações do povo para o Hotel Cen-
ram de subir, em que pese a amarga tirada de Humberto Campos – dizendo que as “gerações literárias
são comparadas às ninhadas de perus. Numerosas no inicio, poucas dessas aves chegam ao natal”.
Mas, chegamos sãos e salvos – na geração marcante de 45. Sim. Sob o comando intelectual do saudoso poeta/jornalista Bandeira Tribuzi essa bela
constelação – após-guerra, - muito engrandeceu e
enriqueceu nossos foros de Atenas Brasileira. Claro como a luz solar, - se não fossem todos eles, jamais veríamos no honroso quadro – de patronos,
Nosso magistral Franklin de Oliveira diz-nos:
“Coelho Neto foi considerado um dos
nomes mais altos da literatura brasileira”. Por aí
vai a nossa fecunda safra de intelectuais.
tral onde o aguardava fidalga hospedagem, ai se
realizou, horas depois, um laudo banquete, em que
tomaram parte as mais altas figuras da sociedade
maranhense. O brinde de honra, a que Coelho Neto respondeu, numa peça oratória emocionada e
brilhante, foi-lhe feito pelo único sobrevivente da
grande e fecunda geração literária de outros tempos, - o poeta do Guesa errante, Sousândrade...
(...) surgiu a ideia, diretamente inspirada por
Fran Pacheco, da fundação de uma agremiação literária, destinada a congregar, numa harmonia
completa de vistas e esforços, todos os jovens espíritos maranhenses que se sentiam inclinados ao
cultivo das letras.
(Os Novos Atenienses – Antonio Lobo).
Daí para frente “créditos mentais” jamais deixa-
fundadores e membros efetivos – da Academia Brasileira de Letras, os nomes, todos carregados de maranhensidade:
Adelino Fontoura, João Francisco Lisboa, Gonçalves Dias e Teofilo Dias – na Categoria de Patronos. – Coelho Neto, Aluisio Azevedo, Raimundo
Correia, Artur Azevedo e Graça Aranha, na categoria de Fundadores. – Josué Montello, Viriato Correia, Humberto De Campos, Odilo Costa Filho, José Sarney, na classe de membros efetivos.
Longo nariz de cera! Com certeza, o fiz com único propósito: tentar ajudar convencer – um MONSTRO-SAGRADO a aceitar o oportuno – pedido/apelo – feito pelo escritor/poeta – José Sarney. Pra quem
mesmo? Antes de falar em seu nome, hoje, consagrado na bíblia da literatura nacional, - é de se res-
saltar que, reforçando o sacrossanto chamamento do ilustre e ilustrado autor de Saraminda, - está
sendo elaborado – uma carta/apelo, com selo de
uma balsâmica benção, obtida no Templo da santidade literária da velha Atenas, e a ele ser encaminhada com a maior urgência possível.
Chama-se Ferreira Gullar, o personagem em foco, atualmente, sem favor nenhum (...) – um das
consciências mais iluminadas da história da cultura brasileira (Rossini Corrêa).
Sim. A carta, ora em gestação com a assinatura
de todos os presidentes das Academias de Letras
do Maranhão (são 23) e mais, a do presidente da
Academia Maranhense de Letras, o jornalista/escritor – B. Buzar. E, o que estamos pedindo, de
joelhos circunflexos, no bom sentido da expressão? Que o respeitável/festejado poeta maranhense, também portador de alta sensibilidade pelos
problemas sociais do país, - diga, sim, à sua candidatura à cadeira (ora vaga) da Academia Brasileira de Letras, em face da morte do saudoso/
grande poeta Lêdo Ivo...
Meu caro poeta, você um dia já disse em bem
inspiradores versos: não digo que a vida é bela/
tampouco me nego a ela: digo sim. Já, ai uma bela
abertura para o nosso tão almejado SIM. Ademais,
pense, (re) pense no histórico FICO do príncipe Pedro... E, você que é príncipe doutro reinado, o da
poesia brasileira (contemporânea), bem que poderia dizer... eu fico...
Parafraseando o gênio/Bonaparte, exclamamos,
alto e a bom som: - Dos elevados cumes da intelectualidade gonçalvina – 400 anos clamam: aceite o
apelo... Com isso, você mais ainda engrandece o
Maranhão - na gloria de sua gente.
Desculpe-me, caro leitor(a) o discurso/ apelativo. É que, o sentimento de maranhensidade, de
quando em quando, - fala mais alto. Tenho dito.
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