26 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma

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ao Glaucoma: doença grave e silenciosa
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No dia 26 de maio será comemorado o Dia Nacional de Combate ao
Glaucoma, doença silenciosa que afeta a visão e pode causar cegueira. De
acordo com a Sociedade Brasileira de Combate ao Glaucoma, 80% das
pessoas que têm a doença só buscam o oftalmologista depois que as
alterações na visão já estão avançadas. Segundo o Dr. Flávio Shinzato, que
atende na Clínica Vale Vision “Dr. José Shinzato”, em São José dos Campos,
como o glaucoma é uma doença silenciosa “a melhor maneira de proteger a
visão é fazer uma consulta com o oftalmologista pelo menos uma vez ao
ano”.
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Segunda principal causa de cegueira no mundo (segundo a Organização
Mundial da Saúde – OMS), o glaucoma é uma doença multifatorial complexa,
com características específicas, em que ocorre um dano ao nervo óptico e
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perda progressiva e irreversível do campo visual. “Este dano óptico
geralmente é causado por um aumento da pressão dentro do olho (pressão
intraocular), mas pacientes com níveis normais de pressão intraocular
também podem desenvolver glaucoma”, explica o oftalmologista.
O problema atinge cerca de 65 milhões de pessoas no mundo e é motivo de
4,5 milhões de casos de perda total da visão, de acordo com a Associação
Mundial do Glaucoma. No Brasil, mais de 900 mil pessoas têm a doença.
De acordo com o Dr. Flávio Shinzato, existem vários tipos de glaucoma e o
mais frequente é o glaucoma primário de ângulo aberto que ocorre em 80%
dos casos. Como não apresenta sintoma no início, a doença só é detectada
após um exame oftalmológico cuidadoso para verificação da pressão
intraocular, do campo visual e do nervo óptico, além de exames
complementares de imagem para uma melhor verificação das estruturas
oculares. O procedimento é indolor e não invasivo. Por ser uma doença
crônica e que não ter cura, na maioria dos casos pode ser controlada com
tratamento adequado e contínuo. “Quanto mais rápido for o diagnóstico,
maiores serão as chances de se evitar a perda da visão”, explica o
oftalmologista.
O tratamento inicial, segundo o Dr. Flávio, geralmente é feito por meio do uso
de colírios para baixar a pressão intraocular. “Outros recursos como o uso de
medicamentos, laser ou a realização de cirurgias podem ser utilizados pelo
oftalmologista dependendo do tipo de glaucoma e do estágio da doença”,
esclarece.
Os principais fatores de risco para o glaucoma primário de ângulo aberto (o
mais frequente) são a hereditariedade; ter mais de 40 anos (o risco de ser
portador de glaucoma aumenta com a idade); pertencer à etnia negra
(pessoas desta etnia tendem a desenvolver o glaucoma numa idade inferior à
média da população e a probabilidade de ser afetada é quatro vezes maior
em relação ao brancos); ter miopia alta (pessoas que usam lentes acima de 6
graus também têm maior risco) e diabetes.
Tipos de glaucoma
Glaucoma primário de ângulo aberto – Ocorre em 80% dos casos e não
apresenta sintomas no início. No entanto, se não for tratado precocemente, o
paciente pode perder totalmente a visão com o passar dos anos.
Glaucoma agudo – pressão intraocular. Caso de emergência clínica. Pessoas
com esse tipo de glaucoma apresentam aumento súbito da pressão ocular.
Os sintomas incluem dor intensa e náusea, assim como vermelhidão ocular e
visão embaçada. Sem tratamento, o paciente pode ficar cego em apenas um
ou dois dias.
Glaucoma de ângulo fechado – Em geral ocorre em pacientes hipermetropes.
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Cursa com episódios de aumento de pressão intraocular, muitas vezes
acompanhados de sensação de peso no olho ou borramento visual unilateral
transitório. Necessitam de tratamento específico, que inclui iridotomia a
laser.
Glaucoma de pressão normal – Nesse tipo de glaucoma, o dano ao nervo
óptico e o estreitamento da visão lateral ocorrem em pessoas com pressão
intraocular normal. Raramente o paciente apresenta sintomas bem definidos,
como dor nos olhos ou a redor deles e alteração da visão
Glaucoma secundário – Glaucoma decorrente de outras doenças ou trauma
ocular. Em certos casos, estão associados com cirurgia ocular ou cataratas
avançadas, lesões oculares, alguns tipos de tumor ou uveíte (inflamação
ocular). Da mesma forma, os corticosteroides – usados para tratar
inflamações oculares e outras doenças, podem desencadear o glaucoma em
algumas pessoas se usados indiscriminadamente.
Glaucoma congênito – A criança que nasce com glaucoma, geralmente
apresenta sintomas característicos, como olhos embaçados, sensibilidade à
luz, lacrimejamento excessivo, globo ocular aumentado e córnea grande e
opaca. O pediatra pode fazer este diagnóstico. Essas alterações são
decorrentes do aumento da pressão intraocular que podem acontecer já
durante a gestação. O tratamento sugerido é a cirurgia, que caso seja feita
precocemente pode apresentar bons resultados.
Dados sobre glaucoma
- Com a evolução das pesquisas e os novos tratamentos para a grande
maioria dos pacientes, o uso diário de um único colírio já pode interromper a
evolução da doença que, como em toda a doença crônica, necessita que o
paciente siga à risca a recomendação dada pelo médico.
- Outra boa notícia é que a rede pública já distribui muitos dos colírios
utilizados no tratamento, antes considerado de alto custo.
– A doença atinge hoje 2% dos brasileiros (cerca de 1 milhão de pessoas),
chegando a dobrar acima dos 40 anos e a triplicar após os 70.
– Na Europa, 9,5 milhões de pessoas têm com a doença, que é responsável
por 20% dos casos de cegueira na União Europeia.
– Estima-se que mais de 2,2 milhões de americanos têm o glaucoma, mas
apenas metade das pessoas sabe que têm a doença.
– O glaucoma já provocou a cegueira em 7 milhões de pessoas no mundo
todo. Atualmente 120 milhões de pessoas sofrem de glaucoma.
– Estimativas indicam que o número total de casos suspeitos de glaucoma
gire em torno de 60 milhões no mundo inteiro.
Dr. Flávio Shinzato
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