Avaliação da qualidade de vida após tratamento homeopático individualizado para rinite alérgica sazonal. Um estudo prospectivo, aberto, não comparativo Maria Goossens1,*, Gert Laekeman2, Bert Aertgeerts1, Frank Buntinx1,3 and The ARCH study group: Marc Dandois, Leon Scheepers, Jean-Louis Smout, Michel van Wassenhoven, Jo Linmans, Erwin Doeuvre 4 1 Department of General Practice, Katholieke Universiteit Leuven, ACHG-KULeuven, Kapucijnenvoer 33, Blok J, bus 7001, 3000 Leuven, Belgium 2 Pharmacology, Katholieke Universiteit Leuven, Belgium 3 Universiteit Maastricht, The Netherlands 4 Member of the Unio Homoeopathica Belgica, Belgium Antecedentes: Qualidade de vida (QoL) é uma importante medida de resultado no tratamento de rinite alérgica sazonal (SAR), uma condição para a qual a homeopatia é frequentemente utilizada. Objetivo: A avaliação do efeito das prescrições médicas homeopáticas com o questionário Rhino-conjunctivitis Quality of Life Questionnaire (RQLQ) no tratamento de SAR. Métodos: Um estudo prospectivo, aberto, não comparativo foi administrado na Bélgica. Pacientes com idades entre 14 e 68 anos com SAR foram tratados por um a sete médicos homeopatas. Os pacientes completaram o RQLQ no basal e novamente após três e quatro semanas de tratamento homeopático. Resultados: Foram escondidos setenta e quatro pacientes, dos quais 46 preencheram os critérios de elegibilidade do estudo (idade média 36 anos, 70% femininos). A contagem média do RQLQ no basal foi 3.40 (.98). Após três e quatro semanas de tratamento homeopático ele caiu para 1.97 (1.32) (P = 0.0001), e 1.6 (1.28) (P = 0.0001), respectivamente. Conclusões: Após tratamento homeopático os pacientes informaram um alívio de seus sintomas de rinite alérgica conforme informado no RQLQ. É indicado um Estudo Clínico Randomizado (RCT) formal. Homeopathy (2009) 98, 11-16. Palavras chave: homeopathy; allergic rhinitis; quality of life Introdução Rinite alérgica é um problema de saúde global, afetando entre 10% e 40% da população mundial.1,2 Em países industrializados é a condição alérgica mais comum que afeta aproximadamente 20% da população.3 A prevalência da febre do feno (rinite alérgica sazonal) aumentou durante muitas décadas, mas parece ter estabilizado nos anos recentes.4 As diretrizes atuais da European Academy of Allergy and Clinical Immunology (EAACI) Working Party on the Management of Rhinitis and Allergic Rhinitis and its Impact on Asthma (ARIA) declarou a iniciativa de que anti-histamínicos são a terapia de primeira-linha para rinite alérgica.5,6 *Correspondence: Maria Goossens, De Villegas de Clercampstraat 179, 1853 Strombeek-Bever, Belgium. Tel.: +32 2 267 68 99, +32 16 33 74 93. E-mail: [email protected] Homeopathy - 2009. Em uma recente atualização da ARIA de medicamento complementar e alternativo para rinite e asma, a homeopatia em rinite foi descrita em estudos de boa qualidade. Passalacqua7 informou alguns resultados positivos, mas também foram encontrados vários estudos negativos. Devido aos resultados contraditórios, não é possível proporcionar recomendações baseadas em evidência para a homeopatia no tratamento de rinite alérgica, sendo necessários estudos adicionais. Razão para o estudo Na Alemanha e Suíça a rinite alérgica é um dos diagnósticos mais comuns tratados pelos médicos homeopatas.8,9 Rinite alérgica também é uma razão frequente para a consulta com um médico homeopata na Bélgica, embora a rinite alérgica não seja tão frequente na clinica geral belga (30o–40o lugar).10 A homeopatia pode ser dividida em pelo menos quatro tipos diferentes que deveriam ser diferenciados em qualquer discussão do tópico. Além da isopatia (usando uma diluição de um alérgeno)*, há a homeopatia clínica (usando o mesmo medicamento para pessoas com uma condição semelhante), homeopatia complexa (usando combinações fixas de medicamentos para pessoas 1 com condições semelhantes) e homeopatia individualizada que é a abordagem amplamente utilizada para doenças crônicas.11 Central para a última é uma descrição detalhada dos sintomas físicos, emocionais e mentais do paciente,12 para fazer uma prescrição homeopática correta. O resultado é que a maioria dos pacientes recebe prescrições diferentes, mesmo que seu diagnóstico médico seja semelhante. Este estudo piloto teve a pretensão de avaliar o efeito de uma prescrição homeopática individualizada no tratamento de rinite alérgica sazonal (SAR) através do questionário Rhinoconjunctivitis Quality of Life Questionnaire (RQLQ) após três e quatro semanas de tratamento. Este estudo foi originalmente considerado como um estudo preliminar para um Estudo Clínico Randomizado (RCT) de terapia convencional padrão comparado à homeopatia (estudo de não inferioridade). O RCT nunca foi executado porque foi retirado o patrocínio. Métodos Delineamento do estudo Este foi um estudo multicêntrico, observacional, prospectivo, aberto, não comparativo de rinite alérgica administrado durante a estação da primavera de 2006. Os pacientes elegíveis foram recrutados de sete clínicos gerais na Bélgica. Todos os médicos de recrutamento tinham pelo menos 15 anos de experiência em homeopatia individualizada. A severidade dos sintomas relacionados à alergia foi medida pelo Total 5 Symptoms Score (T5SS). A contagem T5SS só foi utilizada como critérios para inclusão e não como uma medida de resultado. Os pacientes completaram o RQLQ em sua consulta inicial e após três e quatro semanas de tratamento com homeopatia individualizada. População de pacientes Os pacientes foram elegíveis para o estudo se eles tivessem entre 14 e 68 anos de idade, com sintomas de SAR, uma contagem T5SS de pelo menos 6 entre 15 para as últimas 24 h e/ou uma contagem T5SS de pelo menos 15 entre 60 em quatro dias durante a última semana. Adicionalmente, um teste IgE RAST para pólen (árvores, gramas e ervas daninhas) deveria ser positivo. Foram excluídos pacientes que usaram drogas anti-histamínicas durante os últimos 14 dias. Foram excluídos pacientes com asma requerendo tratamento diário com outras drogas inalaram um agonista -2 em uma base “conforme exigido”. Foram associados no estudo todos os pacientes com rinite alérgica que preencheram os critérios de inclusão. Instrumentos Homeopathy - 2009. Health-related Quality of Life (HRQL): O RQLQ13,14 é um método padrão e estabelecido de avaliação de HRQL em rinite alérgica. É válido,13 seguro e correlaciona com o estado de doença e a resposta ao tratamento.14,15 O RQLQ foi desenvolvido para medir os problemas da experiência de adultos como resultado de seus sintomas no nariz e olhos. A medida consiste de 28 perguntas que endereçam sete domínios (limitações da atividade, problemas para dormir, sintomas não no nariz/olhos, problemas práticos, sintomas no nariz, sintomas nos olhos, função emocional), bem como uma contagem total dos sintomas, a média dos sete domínios que representam o QoL global. Foi solicitado aos pacientes para recordarem sua experiência e fornecerem suas respostas em uma escala Likert de 7 pontos (0 = nenhum prejuízo, 6 = prejuízo extremo). As mudanças específicas de rinite são calculadas das contagens médias de cada domínio. Contagens mais altas indicam HRQL mais pobre. O instrumento foi linguisticamente e culturalmente traduzido em múltiplos idiomas, inclusive francês e holandês. O RQLQ foi completado a cada semana para refletir a condição da semana anterior. Mudanças médias nas contagens do RQLQ acima de 0.5 foram consideradas de importância clínica.16 Contagem T5SS: T5SS avalia sintomas locais no nariz e olhos (rinorréia, espirro, congestão nasal e coceira nasal e ocular). Os sintomas de rinite são avaliados por meio de uma escala Likert de 4 pontos, de 0 (ausente) a 3 (severo) para cada sintoma e reflete a condição em 24 h do período anterior. Avaliação dos médicos da severidade dos sintomas: Os médicos avaliaram os sintomas dos pacientes através de médias de uma escala Likert de 6 pontos (-1 = pior, 4 = curado). Análises Ponto final do estudo: Mudanças na contagem global RQLQ do basal e após três e quatro semanas de tratamento serviram como os pontos finais dos estudos primários. Pontos finais secundários incluíram mudanças do basal nos sete domínios individuais do RQLQ, mudanças do basal na avaliação do médico dos sintomas dos pacientes através da escala Likert de 6 pontos. Também foi registrada e analisada a confiança do médico sobre a conveniência da prescrição homeopática e dos sintomas suficientes durante a história que levaram à consulta inicial. Foram registradas as rubricas† do repertório homeopático e os medicamentos homeopáticos utilizados. Foi notável a agravação temporária após o início do tratamento. A empresa que forneceu o medicamento homeopático foi registrada. *Um tipo de pólen ou uma mistura de polens foi diluída e dinamizada conforme as regras das Boas Práticas de Fabricação (GMP) para homeopatia. 2 tratamento (P = 0.0001). A diferença entre três e quatro semanas de tratamento foi estatisticamente significativa para os sintomas gerais (P = 0.045) e para os sintomas do nariz (P = 0.049) somente (Figuras 4 e 5). 74 pacientes completaram o questionário Matrícula Métodos estatísticos: Todos os testes estatísticos foram bilaterais com significância estatística declarada no nível 0.05 de probabilidade. Testes t emparelhados foram executados entre o período basal e três semanas de tratamento, basal e quatro semanas de tratamento, e entre três e quatro semanas de tratamento. O programa SPSS foi utilizado para os cálculos estatísticos. Um teste kappa foi executado para correlacionar os resultados da contagem RQLQ com a avaliação do médico. 17 pacientes inelegíveis de acordo com critérios de inclusão: 1 sem amostra de sangue 9 sem amostra de sangue porque eram testemunhas de Jeová 2 testes Rast IgE negativos 4 contagens T5SS muito baixas 1 tomou cetirizina Resultados 3 perdidos acompanhamento 1 dado perdidos no correio 7 questionários RQLQ incompletos Análise Foram selecionados para o estudo setenta e quatro pacientes. Dezessete pacientes não preencheram os critérios de inclusão. Erroneamente, não foi coletada amostra de sangue de nove testemunhas de Jeová e recusaram o exame de sangue. Dois pacientes tiveram testes Rast para IgE negativos. Em quatro pacientes a contagem T5SS foi muito baixa para inclusão. Um paciente completou o RQLQ na consulta inicial enquanto estava tomando cetirizina (Figura 1). Dos pacientes que elegíveis para o estudo, três pacientes foram perdidos no acompanhamento. Dados de um paciente foram perdidos no correio. Sete pacientes apresentaram RQLQs incompleto. Assim, 46 pacientes estavam disponíveis para as análises finais. Eles foram tratados por cinco médicos homeopatas que associaram 18, 15, 7, 4 e 2 pacientes. Os pacientes de dois médicos não foram associados ao estudo por razões mencionadas acima. Pacientes tinham entre 14 e 68 anos de idade. A idade média dos pacientes era 36 (13.5) anos e 70% eram femininos. Vinte por cento dos pacientes eram novos na clínica do médico. Acompanhamento Amostra 46 na análise final Figura 1 Fluxo dos participantes através do estudo. 6,00 Contagem - RQLQ 5,00 4,00 3,00 HRQL A contagem RQLQ mais alta no basal foi 5.50, a mais baixa 1.21, a média foi 3.40 (0.98) no basal. Após três e quatro semanas de tratamento, os pacientes informaram melhora significativa no HRQL. Após três semanas de tratamento homeopático foi 1.97 (1.32) (P = 0.0001) e após quatro semanas de tratamento 1.6 (1.28) (P = 0.0001) (Figura 2). Os pacientes informaram uma melhora no HRQL de 38% após três semanas de tratamento homeopático (1.32 (SE = 0.2)). Após quatro semanas de tratamento homeopático a melhora foi 52% (1.79 (SE = 0.2)). A diferença entre três e quatro semanas de tratamento não foi estatisticamente significativa (P = 0.075) (Figura 3). Igualmente, nas outras subseções do RQLQ, foi encontrada uma diferença estatisticamente significativa entre o basal e três e quatro semanas de Homeopathy - 2009. 2,00 1,00 0,00 Basal 3,40 Semana 3 1,97 Semana 4 1,60 Figura 2 Contagens RQLQ (média e SD) no basal e após 3 e 4 semanas de tratamento P < 0.01 em 3 e 4 semanas vs. basal. Avaliação dos médicos de severidade dos sintomas A avaliação dos médicos das condições dos pacientes após quatro semanas de tratamento homeopático foi: a condição de 4% dos pacientes foi pior, 9% inalterados, 4% uma pequena melhora, 25% 3 melhores, 44% muito melhores e 4% curados (Figura 6). Resultados após 3 semanas Resultados após 4 semanas 11 % 17,5 % 13 % 43,5 % 13 % 50 % -1 pior 13 % 13 % 8,5 % 0 inalterado -1 pior 0 inalterado 17,5 % 1 uma pequena melhora 2 melhor 1 uma pequena melhora 2 melhor 3 muito melhor 3 muito melhor Figura 3 Avaliação do paciente de mudança nas semanas 3 e 4. Comparando ao resultado da escala Likert de 6 pontos com o resultado obtido no RQLQ após quatro semanas de tratamento, correlação de 51% (kappa = 0.009). pacientes e muito seguro para 11%. Para um paciente os dados foram perdidos. Informação suficiente durante a obtenção da história Medicamento homeopático Os 10 a medicamentos homeopáticos mais frequentemente utilizados foram Sulphur (13%), Pulsatilla (8%), Medorrhinum (6%), Tuberculinum aviaire (5%), Natrum muriaticum, Phosphorus, Sepia (cada 4%), Arundo, Calcarea phos., Thuya (cada 3%). Não foram registradas as diluições e a frequência de administração do medicamento homeopático. Quando sintomas não foram melhores após a primeira semana, os pacientes receberam um segundo e terceiro medicamento homeopático se necessário. Foram utilizados no total, 96 medicamentos homeopáticos, uma média de dois medicamentos por paciente. Para 85% dos pacientes, o médico homeopata encontrou que tinha informação suficiente durante a obtenção da história para permitir uma prescrição homeopática correta. Em 11% dos pacientes, ele encontrou que tinha bem pouca informação; para um o paciente houve muita informação. Para um outro paciente os dados foram perdidos. Provedores dos medicamentos Cinquenta e nove por cento das drogas homeopáticas dispensadas foram fabricadas pela Unda, 11% pela Dolisos. 6,00 Rubricas homeopáticas (sintomas) 5,00 No total, 219 rubricas do repertório homeopático foram utilizadas para os 46 pacientes, alguns destes foram utilizados mais de uma vez, foi utilizado um total de 193 rubricas, uma média de 4.7 rubricas por paciente. Sessenta e quatro (29%) pertenceram a uma das 59 diferentes rubricas de “MENTE”. No total, 63 rubricas com sintomas de rinite alérgica (29%), incluindo 47 rubricas individuais. A rubrica “tenho febre” foi utilizada cinco vezes e “OLHO, coçando, canto interno”, oito vezes. Noventa e duas outras rubricas (42%) foram utilizadas, incluindo 87 diferentes (Figura 7). Confiança do médico na prescrição Para 22% dos pacientes, o médico não estava seguro sobre a conveniência da terapia prescrita. Ele ou ela estava seguro para 65% dos Homeopathy - 2009. 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00 3,88 2,44 em 3 1,98 em 4 3,41 1,43 em 4 1,69 sintomas semanas semanas sintomas semanas em 3 nos olhos nasais semanas Figura 4 RQLQ e sintomas nasais e nos olhos no basal, e nas semanas 3 e 4. † Uma rubrica é um artigo no repertório homeopático que combina com os sintomas expressados pelo paciente. 4 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 Atividades 3 semanas 4 semanas Sono 3 semanas 4 semanas Sintomas gerais 3 semanas 4 semanas Problemas práticos 3 semanas 4 semanas Sintomas nasais 3 semanas 4 semanas Sintomas nos olhos 3 semanas 4 semanas Sintomas emocionais 3 semanas 4 semanas 0,00 Figura 5 Contagem RQLQ para todos os subdomínios no basal, e nas semanas 3 e 4. avaliação dos médicos da severidade dos sintomas e o resultado da contagem RQLQ. Nós não distinguimos entre rinite alérgica intermitente e persistente. 4% 11% 2% 9% 4% Mente 29% -1 pior 44% 26% 0 inalterado 1 pequena melhora 2 melhor 42% Rinite a Febre do feno 3 muito melhor Olho; coceira; canto interno 4 curado Outros Dados perdidos Figura 6 A avaliação do médico da severidade dos sintomas. Discussão 23% 4% 2% Figura 7 Rubricas usadas. A perda dos pacientes entre a seleção e a análise foi devida a uma pobre comunicação entre o investigador principal e os investigadores locais.Um investigador não soube que um terceiro questionário foi exigido após quatro semanas. As amostras de sangue com teste Rast para IgE positivo foram um critério de inclusão, então, as testemunhas de Jeová não foram elegíveis. Os 52% de melhora no QoL estão de acordo com as melhoras vistas em dois amplos estudos na Alemanha8 (50% para n = 3981) e no Reino Unido7 (50.7% para n = 4627) para todas as doenças, não só para rinite alérgica. Há uma boa correlação entre a Homeopathy - 2009. Todos os pacientes com rinite alérgica intermitente (sintomas apresentados menos de quatro semanas consecutivas por ano) ficarão bem após quatro semanas sem qualquer tratamento. Pacientes que normalmente consultam um médico homeopata para rinite alérgica têm sofrido por muito tempo e com sintomas severos conforme indica o alto nível basal da contagem RQLQ. Este estudo não pode ser conclusivo porque não há nenhum grupo controle. Nem o médico, nem o paciente foram encobertos. Nós não podemos concluir que o grau de certeza do médico sobre a conveniência da prescrição 5 homeopática de um medicamento homeopático e a impressão do médico se ele teve informação suficiente sobre a condição do paciente influenciou o resultado. Em homeopatia individualizada, cada paciente recebe um medicamento homeopático individual que se adequa às suas reclamações pessoais. Na prescrição é dada prioridade aos sintomas mentais e emocionais, seguido pelo medicamento homeopático. Os sintomas gerais e peculiares e finalmente os sintomas locais (os sintomas de rinite alérgica) são levados em conta. Consequentemente, são utilizados muitos medicamentos homeopáticos diferentes para tratar a mesma doença. Nós não examinamos o modo no qual a consulta foi administrada ou o tempo da consulta. 7 Conclusão 14 O RQLQ tem uma relevância quantitativa e clínica para avaliar o tratamento homeopático de rinite alérgica. Porém, não é possível tirar uma conclusão do efeito do tratamento homeopático. Isto requereria um RCT. Deveria ser executado um RCT para avaliar o efeito do tratamento homeopático para rinite alérgica. Conflito de interesse 8 9 10 11 12 13 15 16 17 Passalacqua G, Bousquet PJ, Carlsen KH, et al. ARIA update: I - Systematic review of complementary and alternative medicine for rhinitis and asthma. J Allergy Clin Immunol 2006 May; 117(5): 1054-1062. Becker-Witt C, Ludtke R, Weisshuhn TE, Willich SN. Diagnoses and treatment in homeopathic medical practice. 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