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Tratamento Medicamentoso na ELA:
Atual
Dr. Paulo Victor Sgobbi de SOuza
Neurologia Clínica – UNIFESP/EPM
Reunião para Pacientes, Familiares e Cuidadores – ABrELA 2016
São Paulo, 12 de março de 2016.
Doença do Neurônio Motor (DNM)
• Sinonímia: neuronopatia motora.
• Síndrome neurológica resultante de
disfunção primária ou secundária dos
neurônios motores superior (primeiro
neurônio) e/ou inferior (segundo
neurônio).
• Diferente combinação e predomínio de
sinais e sintomas de cada neurônio
motor ou de ambos.
Doença do Neurônio Motor (DNM)
Doença do Neurônio Motor (DNM)
CAMADA MOLECULAR
- Degeneração do neurônio motor
superior (células gigantes de Betz
no córtex motor – área 4).
- Degeneração dos neurônios
motores inferiores nos núcleos
motores do VII, X, XI e XII NC.
- Preservação do núcleo de
Onufrowicz-Mannen e dos
núcleos motores do III, IV e VI NC.
CAMADA GRANULAR
EXTERNA
CAMADA PIRAMIDAL
EXTERNA
CAMADA GRANULAR
INTERNA
CAMADA PIRAMIDAL
INTERNA
CAMADA
MULTIFORME OU
PLEXIFORME
Doença do Neurônio Motor (DNM)
N Engl J Med 2001;344(22):1688-1700
Doença do Neurônio Motor (DNM)
• 1. DNM Primárias (Neurônio Motor Superior e/ou Inferior):
–
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“Idiopática”: ELA e variantes (AMP, PBP, ELP), Doença de Hirayama, Síndrome de O’SullivanMcLeod, Síndrome de Mills, FOSMN*.
Hereditária: AEP (tipos I-IV), doença de Fazio-Londe, Síndrome de Brown-Vialetto-van Laere, ELA
juvenil, ELA familiar, DNM de Madras, doença de Kennedy.
• 2. DNM Secundárias (Neurônio Motor Superior e/ou Inferior):
–
Infecciosa: Poliomielite aguda, Infecção pelo vírus West Nile, Paraparesia espástica tropical pelo
HTLV-I/II, mielopatia vacuolar pelo HIV, neurossífilis, neuroborreliose de Lyme, infecção pelo
enterovírus 71, coxsackie A7/B, echovírus, VZV, vírus da encefalite Japonesa.
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Pós-infecciosa: SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE.
Neurometabólica: Deficiência de hexosaminidase A, doença de Krabbe, CTX, síndrome HHH,
deficiência da arginase, porfiria, AMN/ALD-X.
Imune/auto-imune: Paraproteinemias, neuronopatia motora subaguda paraneoplásica (linfoma,
mama), anti-GM1, neuropatia motora multifocal com bloqueio de condução.
Miscelânea: SPGs (>SPG11), Síndrome de Hopkins, endócrina (hiperparatireoidismo,
hipotireoidismo, hipertireodismo), mielopatia actínica, degeneração combinada subaguda de
vitamina B12, mieloneuropatia por deficiência de cobre, neurotoxicidade (Konzo, neurolatirismo,
mercúrio, arsênico, chumbo, cádmio, tálio, tolueno).
Arq Neuropsiquiatr 2009;67(3-A):750-82; Pract Neurol 2013;13(3):153-64
Esclerose Lateral Amiotrófica
• Sinonímia: Doença de Lou Gehrig, doença de Charcot.
• Principal forma neurodegenerativa de Doença do Neurônio Motor de início
no adulto, acometendo neurônios motores superior (NMS) e inferior (NMI).
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Esporádica (90-95% dos casos).
Familiar (5-10% dos casos): certamente subestimado.
• Prevalência: 2-7 casos/100.000 pessoas. (Oliveira et al., 2009; Leblond et al., 2014)
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Mais comum em caucasianos, filipinos e em homens (antes dos 75 anos).
Maioria dos casos entre 45-65 anos.
Perfil genético semelhante entre casos familiares e esporádicos.
Distribuição global (agregados familiares em Guam e na península Kii do Japão).
• Incidência: 1-2 casos novos/100.000 pessoas/ano. (Leblond et al., 2014; He et al.,
2014; Su et al., 2014).
Etiologia variável (base genética) + fatores de risco e desencadeantes
História natural da ELA
História natural da ELA
J Neurol Neurosurg Psychiatry 2014;85:1232-8
Fisiopatologia da ELA
Arq Neuropsiquiatr 2015,73:1026-1037
Fisiopatologia da ELA
Prog Neurobiol 2015,133:1-26
Fisiopatologia da ELA
Lancet Neurol 2013,12:310-322
Base genética da ELA
Tratamento na ELA
• 1. Abordagens e medidas multidisciplinares.
• 2. Terapêutica sintomática:
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Medicamentosa e não-medicamentosa.
Não modificam sobrevida relativa à doença de base.
Não modificam curso natural da doença.
Promovem bem-estar, melhoria de sintomas relativos à doença e de qualidade de
vida.
Principais modalidades relacionadas ao aumento da sobrevida e de qualidade de
vida: ventilação não-invasiva e nutrição.
• 3. Terapêutica específica (modificadora de doença).
–
Riluzol, Edaravone* e Metilcobalamina*.
• 4. Novas modalidades terapêuticas e medicamentos em desenvolvimento.
Medicamento
• “ (...) produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com
finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
• É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente
em associação com adjuvantes farmacotécnicos.“
Farmacopéia Brasileira, Resolução RDC, n° 84/02
• “Art. 4° - Para efeitos desta Lei, são adotados os seguintes conceitos:
• II – Medicamento – produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou
elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de
diagnóstico;”
Artigo 4º, Inciso II, Lei n° 5.991, de 17 de dezembro de 1973.
• Substância ativa (fármaco) + excipientes: avaliação de eficácia.
Cuidados Paliativos na ELA
Lancet Neurol 2015,14:435-42
Terapêutica sintomática na ELA
• Sintomas e sinais comumente tratados pela terapia sintomática:
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Sialorréia.
Dispnéia.
Tosse.
Insônia.
Fadiga (central e/ou periférica).
Dor.
Câimbras.
Depressão.
Sintomas de afeto pseudobulbar.
Terapêutica sintomática na ELA
2006
Riluzol
Riluzol
- FDA (12/1995), Europa (1997).
Riluzol
Riluzol
Edaravone
Edaravone
• Mecanismo de ação:
5-metil-2-fenil-4-H-pirazol-3-ona
- DESENVOLVIDO PARA NEUROPROTEÇÃO
EM AVC ISQUÊMICO.
- PROTEÇÃO CONTRA APOPTOSE
NEURONAL INDUZIDA POR RADICAIS
LIVRES.
Redox Rep 2015 Jul 20 [Epud ahead of print]
Edaravone
•
PLoS ONE 2015;10(10):e0140316
Outro estudo com modelo G93A
transgênico do SOD1*.
Edaravone
PLoS ONE 2015;10(10):e0140316
Edaravone
PLoS ONE 2015;10(10):e0140316
Edaravone
Edaravone
• Radicut® (Japão):
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Uso intravenoso.
Por 14 dias, pausa de 14 dias.
MCI-186.
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Estudo por 24 semanas.
Mitsubishi Tanabe Pharma Corporation.
• Apresentação oral (TW001) em desenvolvimento*.
Edaravone
Edaravone
Edaravone
Edaravone
Edaravone
Edaravone
Metilcobalamina
Metilcobalamina
Metilcobalamina
Metilcobalamina
Metilcobalamina
• Estudo metilcobalamina em doses muito altas.
Metilcobalamina
Metilcobalamina, 50 mg, IM,
2x/semana, por 182 semanas
Mensagem final
Desejo apenas que você tenha
muitos desejos.
Desejos grandes e que eles
possam te mover a cada
minuto, rumo a sua felicidade!
Agradecimentos
• Aos Mestres:
–
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Dr. Acary Souza Bulle Oliveira.
Dr. Beny Schmidt.
• Equipe Neuromuscular – UNIFESP/EPM:
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Dr. Wladimir Bocca Vieira de Rezende Pinto.
Dra. Paula Santos de Souza.
Equipe multidisciplinar e colaboradores.
• Equipe Radiologia Muscular –
UNIFESP/EPM:
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Dr. Artur da Rocha Correa Fernandes.
Colaboradores.
• Equipe ABrELA.
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