O fim da violência começa na luta contra a - CRESS-RJ

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Nº 19 – março de 2012
8 de março – Dia Internacional das Mulheres: Dia de Lutas e conquistas.
“A opressão do homem pelo homem iniciou-se com a opressão da mulher pelo homem”
Karl Marx
A origem do dia 8 de março como o Dia Internacional das Mulheres é marcado por diferentes versões, mas,
todas elas, vinculadas à luta das mulheres. Hoje, já é possível comemorar diversas conquistas alcançadas, mas
a pauta da luta ainda é grande e esse dia continua sendo um dia de culminância da luta cotidiana travada pelas
mulheres, organizadas ou não, inspiradas nos ideários feministas ou movidas pelas dificuldades com que se
deparam pela sua condição de mulher em uma sociedade machista. Ainda hoje, milhares de mulheres são
vítimas de todas as formas de violência, às vezes fatais, seus salários ainda que no desempenho de atividades
iguais aos dos homens, são menores do que os deles. A conquista do espaço público e do mercado de trabalho
pelas mulheres, não veio, necessariamente, acompanhada de uma divisão de responsabilidades com o homem
em relação a casa e aos filhos, fazendo com que as mulheres acumulem duplas ou triplas jornadas de trabalho.
O assédio sexual nos locais de trabalho é uma realidade. Ainda hoje tenta-se manter o corpo e a sexualidade
da mulher sob controle. Nesse contexto, as mulheres pobres, negras, homossexuais, sofrem impactos ainda
maiores, pois soma-se o preconceito à sua condição de mulher, aos preconceitos contra pobres e aqueles de
uma sociedade marcadamente racista e homofóbica.
Por avanço, podemos enumerar alguns, logrados pelo movimento feminista. A presença cada vez maior das
mulheres na vida pública e nos espaços políticos, em cargos de gestão de grandes instituições, assim como
sua crescente organização em partidos, sindicatos, movimentos sociais, redes de articulação. A Lei Maria da
Penha também representou uma conquista, apesar de seus limites. No campo das políticas sociais, podemos
citar a criação dos Conselhos de Direitos das Mulheres, do Programa de Saúde da Mulher, das Delegacias
Especializadas, mas que precisam avançar.
O cotidiano do Serviço Social também está permeado pela questão de gênero, tanto por sua composição
majoritariamente feminina, quanto porque as mulheres compõem seu público usuário. Em coerência com nosso
Código de Ética e com nosso Projeto Ético Político Profissional, precisamos estar atentas(os) para essas
questões, a fim de não reproduzirmos o sendo comum, ainda machista, que, sem percebermos, nos faz violar
direitos.
Não é demais lembrar que a luta das mulheres não é pela inversão da opressão, ou seja, tornar-se opressora
de homens, mas sim a igualdade dos direitos entre homens e mulheres e a ampliação destes. E nós, como
assistentes sociais, queremos ainda mais! Queremos o fim de todas as formas de opressão, exploração e
discriminação. E é por isso que a luta não pode parar! Através dela, alcançamos conquistas fundamentais o
que, ao mesmo tempo, nos dá forças para continuar lutando!
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