Geografia

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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / GEOGRAFIA
UMA ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO DAS REGIÕES SUDESTE E NORDESTE
NO PRODUTO INTERNO BRUTO BRASILEIRO (PIB) ENTRE OS ANOS DE
1997-2001
DAYANNE CREMONEZ AMÂNCIO (Não Bolsista/UFV), DÉBORA VIVIANE
CREMONEZ DOS SANTOS (Não Bolsista/UFV), RAFAEL DE ÁVILA RODRIGUES
(Orientador/UFV)
Na construção da geografia enquanto ciência é inegável a contribuição da Economia
através de alguns conceitos, como o de Produto Interno Bruto (PIB). Na presente
pesquisa, refletiu-se de que forma se dá a inter-relação entre o PIB e a configuração
territorial brasileira, a partir da organização do espaço geográfico. O PIB foi analisado
no contexto da divisão regional proposta pelo IBGE, com relação às macrorregiões
Nordeste e Sudeste, por entender-se que o recorte utilizado abarca características
peculiares do território brasileiro. O cenário atual deve-se em grande parte a um
gradativo e pontual processo de construção do Brasil como “nova potência regional na
economia- mundo”, para se utilizar das palavras de Bertha Becker e Cláudio Egler
(2006). A série escolhida (1997-2001) apresenta enorme importância, pois se dá num
contexto de segundo mandato do ex- presidente Fernando Henrique Cardoso, cujo
governo foi marcado pela grande abertura do mercado a investimentos estrangeiros e
pela intensa privatização de indústrias nacionais. A diferenciação interna brasileira aqui
mencionada é recorrente a processos de modernização tardia e falha, onde a busca pelo
domínio e desenvolvimento de novas tecnologias, aliadas ao empenho do Estado
enquanto agente planejador das relações territoriais bem como sociais, culturais e,
sobretudo econômicas vem imprimindo novos usos ao território e este cenário reflete
diretamente no PIB da nação. Em linhas gerais, concluiu-se que o Sudeste vem se
inserindo em novas dinâmicas perdendo importância em alguns setores da economia,
mas mantendo ainda o posto de centro irradiador de tecnologia e cultura. Quanto ao
Nordeste, é evidente que sua participação no PIB mantém-se estável, porém, outras
regiões (a exemplo do Centro-Oeste) vêm adquirindo crescente importância no contexto
da nova Divisão Internacional do Trabalho (DIT) e Divisão Territorial do Trabalho
(DTT).
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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / GEOGRAFIA
UMA ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO DAS REGIÕES SUDESTE E NORDESTE
NO PRODUTO INTERNO BRUTO BRASILEIRO (PIB) ENTRE OS ANOS DE
1997-2001
DAYANNE CREMONEZ AMÂNCIO (Não Bolsista/UFV), DÉBORA VIVIANE
CREMONEZ DOS SANTOS (Não Bolsista/UFV), RAFAEL DE ÁVILA RODRIGUES
(Orientador/UFV)
Na construção da geografia enquanto ciência é inegável a contribuição da Economia
através de alguns conceitos, como o de Produto Interno Bruto (PIB). Na presente
pesquisa, refletiu-se de que forma se dá a inter-relação entre o PIB e a configuração
territorial brasileira, a partir da organização do espaço geográfico. O PIB foi analisado
no contexto da divisão regional proposta pelo IBGE, com relação às macrorregiões
Nordeste e Sudeste, por entender-se que o recorte utilizado abarca características
peculiares do território brasileiro. O cenário atual deve-se em grande parte a um
gradativo e pontual processo de construção do Brasil como “nova potência regional na
economia- mundo”, para se utilizar das palavras de Bertha Becker e Cláudio Egler
(2006). A série escolhida (1997-2001) apresenta enorme importância, pois se dá num
contexto de segundo mandato do ex- presidente Fernando Henrique Cardoso, cujo
governo foi marcado pela grande abertura do mercado a investimentos estrangeiros e
pela intensa privatização de indústrias nacionais. A diferenciação interna brasileira aqui
mencionada é recorrente a processos de modernização tardia e falha, onde a busca pelo
domínio e desenvolvimento de novas tecnologias, aliadas ao empenho do Estado
enquanto agente planejador das relações territoriais bem como sociais, culturais e,
sobretudo econômicas vem imprimindo novos usos ao território e este cenário reflete
diretamente no PIB da nação. Em linhas gerais, concluiu-se que o Sudeste vem se
inserindo em novas dinâmicas perdendo importância em alguns setores da economia,
mas mantendo ainda o posto de centro irradiador de tecnologia e cultura. Quanto ao
Nordeste, é evidente que sua participação no PIB mantém-se estável, porém, outras
regiões (a exemplo do Centro-Oeste) vêm adquirindo crescente importância no contexto
da nova Divisão Internacional do Trabalho (DIT) e Divisão Territorial do Trabalho
(DTT).
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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / GEOGRAFIA
CARACTERIZAÇÃO DE DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA: O CASO
DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF) NA ÁREA RURAL EM
PONTE NOVA- MINAS GERAIS
DÉBORA VIVIANE CREMONEZ DOS SANTOS (Não Bolsista/UFV), DAYANNE
CREMONEZ AMÂNCIO (Não Bolsista/UFV), RAFAEL DE ÁVILA RODRIGUES
(Orientador/UFV)
Esta pesquisa discute as doenças de veiculação hídrica a partir do estudo dos PSF’s nas
áreas rurais em Ponte Nova-Minas Gerais. O ponto central de discussão está na
acumulação de dados por parte dos PSF’s e Secretarias de Saúde, sem gerar informação
alguma a respeito. A noção de medicina curativa se apresenta mais onerosa que a
implementação da medicina preventiva, que é função e objetivo da política pública de
saúde em que o Programa de Saúde da Família é tido como peça-chave. As doenças
pesquisadas foram o dengue, a esquistossomose e hepatites virais. Objetivou-se
estabelecer e confeccionar uma “cartografia” dos PSF’s, com base em dados sobre as
doenças. A metodologia consistiu inicialmente de revisão bibliográfica sobre o tema,
posteriormente realizou-se um diagnóstico sócio-econômico da cidade de Ponte Nova
com base em dados do IBGE e Prefeitura Municipal. No que se refere às doenças e aos
PSF’s, os dados foram obtidos através do setor de Atenção Básica da Secretaria
Municipal de Saúde. Os dados utilizados foram referentes aos quatro primeiros meses
do ano e demonstraram a concentração de casos no PSF do bairro Raza no que diz
respeito à hepatite viral (100%)e esquistossomose (100%). Em relação ao dengue,
observou-se uma maior variabilidade dos casos ainda concentrados na Raza (3,2%) e
com notificações nos PSF’s do Vau – Açu (0,17%), Pontal (0,35%) e de forma menos
expressiva em Ana Florência (0,08%). Concluiu-se que há uma sub-utilização da
estrutura e uma coleta de dados ineficaz; visto que, se for observado os quatro primeiros
meses do ano há um inexpressivo número de casos frente aos diagnosticados na cidade
de Ponte Nova. Há um descompasso entre as ações de saúde previstas no âmbito do PSF
e as implementadas de fato nas comunidades.
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GEOGRAFIA E CINEMA: UMA ANÁLISE DE REPRESENTAÇÕES DO
ESPAÇO NA SÉTIMA ARTE
ELIZA DE ARRUDA RAMOS (Não Bolsista/UFV), NAYHARA FREITAS MARTINS
GOMES (Não Bolsista/UFV), RENATA BERTHOU ALMEIDA (Não Bolsista/UFV),
KLEMENS AUGUSTINUS LASCHEFSKI (Orientador/UFV)
A representação é uma característica fundamental das artes. O cinema, como arte,
possui a capacidade de reproduzir, representar realidades, fomenta a imaginação
daqueles que recebem as mensagens propostas pelos autores e diretores, ao assistir
determinado filme. O Cinema e a Geografia abordam a construção do espaço por uma
dimensão simbólica, utiliza-se de objetos e signos para exemplificar as metamorfoses
espaciais. O espaço geográfico é representado nessas obras através do movimento e
rapidez dos acontecimentos, que reproduzem a dinâmica sócio-espacial. O objetivo
deste trabalho é produzir uma reflexão sobre as representações espaciais no cinema
estrangeiro pautando-se em conceitos base da geografia, tais como: território, espaço,
lugar e região. Para o trabalho foram selecionados três filmes: “O Inglês que subiu a
colina e desceu a montanha”, “Crash - No limite” e “ Gangues de Nova York”. As obras
demonstraram importantes aspectos referentes à representação do espaço geográfico, ao
abordarem diferentes questões da complexa relação do homem com o seu espaço de
vida, do qual é agente modificador. O cinema, ao reproduzir a vida das sociedades,
recria diferentes representações do espaço que estas habitam. Assim, esta arte pode ser
utilizada como um eficiente recurso didático por professores de geografia, uma vez que
auxilia os docentes a trabalhar com conceitos básicos da disciplina, transportando os
indivíduos no espaço e no tempo, transmitindo a sensação de vivência na história e
conseqüentemente no contexto projetado.
(Sem apoio )
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DINÂMICA DE OCUPAÇÂO DO SOLO NA BACIA DO RIBEIRÂO DOS
PERDIDOS, PRIMAVERA DO LESTE – MT
FLÁVIA VIEIRA XAVIER (Não Bolsista/UFV), Karoley Lima Cunha (Não
Bolsista/UFV), Fernanda Vieira Xavier (Não Bolsista/UFV), Shozo Shiraiwa
(Orientador/)
O sensoriamento remoto e o geoprocessamento facilitam e possibilitam o
monitoramento e manejo do uso do solo, e se tornaram ferramentas indispensáveis na
execução destas tarefas. A região de Primavera do Leste sofreu uma intensa
transformação na sua paisagem natural quando se iniciou o processo de mecanização da
agricultura e a produção em larga escala. Ocupação esta que se deu de forma
desordenada e sem planejamento. O objetivo deste trabalho foi classificar imagens
Landsat TM/5 dos anos de 1988 e 2008 utilizando o método de classificação
Bhattacharya e comparar os resultados do mapeamento do uso do solo a fim de se
identificar as principais mudanças ocorridas na paisagem. A classificação das imagens
foi realizada no SPRING 5.0.4 e os mapas gerados foram manipulados no Arcgis 9.2
com o objetivo de se calcular a área de cada classe de uso do solo. A bacia do Ribeirão
dos Perdidos possui cerca de 380 km². A cidade de Primavera do Leste se encontra
dentro dos limites desta bacia. A área urbana atualmente possui uma área de 14 km²
enquanto que em 1988 a área ocupada era de apenas 3,61 km². No ano de 1988 a
vegetação natural ocupava cerca de 38% da área e foi reduzida a 18% no ano de 2008.
Por outro lado, a área ocupada pela agricultura e solo exposto foi de 61,36% em 1988 e
75,11% em 2008. A vegetação nativa também foi substituída por pastagens, chegando a
ocupar 4% da área. A região sofreu uma transformação drástica em sua paisagem ao
longo destes 20 anos, e em alguns casos irreversíveis, pois a ocupação desordenada e o
uso intenso do solo trouxeram conseqüências como o processo erosivo e o
empobrecimento do solo.
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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / GEOGRAFIA
SIMULAÇÃO DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL E DA DISTRIBUIÇÃO
ESPACIAL DA PRODUÇÃO DE SEDIMENTOS PARA A BACIA DO ALTO
RONCADOR,
MATO
GROSSO
FLÁVIA VIEIRA XAVIER (Não Bolsista/UFV), Fernanda Vieira Xavier (Não
Bolsista/UFV), Karoley Lima Cunha (Não Bolsista/UFV), NATÁLIA ARAGÃO DE
FIGUEREDO (Bolsista outra Instituição/UFV), Alexandre Silveira (Orientador/)
A principal forma de uso do solo observada na bacia do Rio Roncador, um dos
principais afluentes do Rio Manso, é a agricultura, principalmente soja e algodão. Em
meio a cenários de desenvolvimento da agricultura, de avanços da fronteira agrícola e
da necessidade do aumento da produção, observa-se um considerável aumento dos
processos erosivos. Desta forma, o presente trabalho, teve por objetivo, simular a
produção de sedimentos e sua distribuição espacial na bacia, assim como analisar, os
valores simulados de escoamento superficial em confronto com as características físicas
da bacia. Foram gerados dados de erodibilidade dos solos, hidrografia, uso e ocupação
do solo e a declividade, utilizando o ArcGis 9.2, que foram inseridos no modelo
hidrossedimentológico AVSWAT. Foram simulados o escoamento superficial (mm) e a
produção de sedimentos que sai da bacia (ton/ha/ano). O rio Roncador, é responsável
por uma área de drenagem de aproximadamente 1.500 km², está localizado em altitude
variando entre 600 e 900 metros, e declividades nas classes entre 12-20% e >20%. As
áreas com maior produção de sedimentos dentro da bacia, cerca de 395,73
toneladas/hectare/ano, ocorreu sobre os Neossolos Quartzarênicos e Litólicos, em
classes de declividade consideradas altamente suscetíveis à erosão. Pôde-se verificar
que o escoamento superficial foi compatível com a produção de sedimentos na maioria
dos segmentos gerados dentro da bacia. A simulação da produção de sedimentos e do
escoamento superficial permitiu estimar a perda de solos na bacia hidrográfica do Alto
Roncador e identificar áreas com maior vulnerabilidade ambiental, servindo assim, para
planejar melhor a gestão de recursos naturais e prever danos futuros.
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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / GEOGRAFIA
AVALIAÇÃO DA URBANIZAÇÃO E DOS SISTEMAS DE GRANDE ESCALA
DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA - MG
JACKSON MARTINS RODRIGUES (Bolsista CNPq/UFV), FLAVIO BARBOSA
JUSTINO (Co-orientador/UFV), LUIZ CLAUDIO COSTA (Co-orientador/UFV),
RAFAEL DE ÁVILA RODRIGUES (Orientador/UFV)
As cidades passam por um processo contínuo de mudanças desde a Revolução
Industrial, substituindo as coberturas vegetais originais por materiais
impermeabilizantes de maneira que várias mudanças ambientais inclusive nos padrões
climáticos. A cidade de Viçosa – MG tem apresentado expressivo crescimento em sua
área edificada com influências principalmente da instalação e expansão da Universidade
Federal de Viçosa (UFV) que atrai cada vez mais alunos e profissionais oriundos de
várias partes do Brasil e até mesmo do mundo. Contudo, associado a essa expansão
urbana influenciada principalmente pela UFV há muitos indícios de que o clima da
cidade esteja sofrendo alterações em seus padrões climáticos apresentados até então.
Desta forma este trabalho teve como objetivo levantar dados que demonstrassem o
crescimento urbano de Viçosa e identificar por meio de comparações e testes estatísticos
adequados se há influências significativas na disposição das normais climatológicas de
Viçosa que possam ser atribuídas à sua expansão urbana. Para tanto foram levantados
dados climáticos junto a estação meteorológica do INMET instalada na UFV e sobre o
crescimento da cidade. Por meio da normalização das variáveis climáticas e do teste
Mann-Kendall observou-se que as temperaturas mínimas estão apresentando tendências
ao aumento com o passar do tempo enquanto que temperaturas máximas, precipitação e
umidade relativa não apresentaram grandes alterações em seus padrões. Por meio de
análise de correlação entre os dados de temperatura média de Viçosa e Região Sudeste
do Brasil e Minas Gerais observou-se que os dados apresentam expressiva forte
correlação e por meio do teste t de student se mostrou estatisticamente significativo a
níveis de significância de 10%, 5% e 1%. Concluiu-se que os padrões climáticos
apresentados por Viçosa estão relacionados a sistemas de circulações atmosféricas
regionais e com a fisiografia da cidade, não apresentando a urbanização ocorrida na
cidade grande capacidade de alterar os padrões climáticos.
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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / GEOGRAFIA
ANÁLISE AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO SÃO
BARTOLOMEU-VIÇOSA-MG
LEANDRO ANTONIO ROQUE (Não Bolsista/UFV), PABLO DE AZEVEDO ROCHA
(Não Bolsista/UFV), HERLY CARLOS TEIXEIRA DIAS (Orientador/UFV)
A microbacia do Ribeirão São Bartolomeu (BHRSB) localiza-se no município de
Viçosa-MG e está inserido na bacia do Rio Doce. A BHRSB ocupa uma área de 55,10
km², ou 18,48% do município. Com os processos degradatório ocorrentes no Ribeirão
São Bartolomeu, o manejo Integrado de Bacias Hidrográficas surge como uma
alternativa, que visa garantir a regularização dos cursos d`água , biodiversidade e a
produção econômica. A manutenção do Ribeirão São Bartolomeu é de suma
importância nos aspectos econômicos, ambientais e abastecimento hídrico da região. O
objetivo foi levantar, analisar e diagnosticar a área da microbacia do Ribeirão São
Bartolomeu a montante do Campus da Universidade Federal de Viçosa(UFV). Esta área
tem importância uma vez que está próxima da estação de tratamento de água da UFV e
da ETA 1, a principal estação de tratamento de água da cidade. Como metodologia,
realizou-se, trabalhos de campo a fim de caracterizar os aspectos físicos e sociais da
área em estudo, revisão bibliográfica, utilização de imagens de satélite (Google Eart) e
medições morfométricas da bacia no laboratório de Fotointerpretação e Sensoriamento
Remoto do Departamento de Engenharia Florestal utilizando como base cartográfica a
Carta do Brasil – Viçosa-MG – ESC 1:50.000 e instrumentos como o Planímetro
Analógico e o Curvimetro. Como resultados morfométrico obtidos têm-se: Perímetro:
25 Km, Comprimento dos canais (cc): 44,5 Km, Comprimento do eixo (l): 8,5 Km,
Comprimento do canal principal: 9,0 Km Área: 27,346 Km² ,Ordem da bacia: Ordem 4,
Densidade de Drenagem (DD): 1,63 Km/ Km² Fator de Forma (F): 0,38 , Índice de
Circularidade (IC): 0,55, Razão de Elongação (RE): 0,70, Índice de Compacidade (CC):
1,349a .Com a realização do trabalho, ficou evidente o quanto a bacia é prejudicada pela
urbanização, assoreamento, baixa vazão, falta de planejamento, gestão e programas que
visem maior integração da população ao ambiente a sua volta.
(Recursos Próprios )
UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / GEOGRAFIA
A INDÚSTRIA DE MÓVEIS EM VIÇOSA: UM OLHAR SOBRE SUA
ESPACIALIDADE
E
ORGANIZAÇÃO
MARCOS CÂNDIDO MENDONÇA (Não Bolsista/UFV), PEDRO LACERDA
SANTOS (Não Bolsista/UFV), MARCELO ALEIXO MASCARENHAS (Não
Bolsista/UFV), MARIA ISABEL DE JESUS CHRYSOSTOMO (Orientador/UFV)
O presente trabalho tem por finalidade analisar as indústrias de móveis de Viçosa
quanto a sua espacialidade, buscando identificar a partir de alguns fatores locacionais as
causas da distribuição consideravelmente dispersa dos estabelecimentos pelo tecido
urbano do município. A pesquisa visa ainda descrever e compreender as fábricas de
móveis quanto as suas características, a sua relação com o mercado local e os aspectos
econômicos regionais referentes à atividade industrial moveleira. O desenvolvimento do
trabalho decorreu por meio de visitas realizadas a doze marcenarias da cidade, além de
outros dois estabelecimentos – a Marcenaria da Universidade Federal de Viçosa (UFV)
e a Madeireira Santa Rita. As visitas propiciaram o localizar e mapear grande parte das
fábricas de móveis no município. Além disso, realizarmos uma revisão da bibliografia
pertinente ao tema da pesquisa. Constatamos em nossa pesquisa que a indústria de
móveis no município de Viçosa-MG é constituída de pequenas empresas que produzem
por encomenda a um público restrito. Portanto, não existe produção em série de móveis
planejados para escritórios, casas e lojas, com materiais de melhor qualidade e
resistência. Em seus contornos gerais, as fábricas de móveis em Viçosa estão dispersas
pela zona urbana da cidade, principalmente nos subúrbios, não apresentando áreas onde
haja uma maior concentração. Esta dispersão é explicada pelo produto que fabricam (e
suas especificidades) e o público a ele destinado, pelo preço da terra nas áreas mais
centrais da cidade, pela inexistência de um distrito industrial no município (DI). Quanto
às razões da pequena produção (realizada apenas por encomenda), os fatores principais
estão relacionados à dinâmica da economia local e regional e a sua vinculação com a
atividade industrial.
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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / GEOGRAFIA
ALGUNS EFEITOS OBSERVADOS EM SETE LAGOAS (MG) EM FUNÇÃO
DA INSTALAÇÃO DA IVECO.
MARIANA MARTINS DE CARVALHO (Bolsista FAPEMIG/UFV), MARIA ISABEL
DE JESUS CHRYSOSTOMO (Orientador/UFV), KATIA KAROLINE DELPUPO
SOUZA (Não Bolsista/UFV)
O tema deste trabalho é a relação espaço-indústria. Apresenta-se como estudo de caso a
relação existente entre a montadora Iveco, pertencente ao Grupo Fiat, e o município de
Sete Lagoas (MG). Propomo-nos a compreender os motivos que levaram a Iveco a se
instalar em Sete Lagoas e como foi a participação e o papel da prefeitura no processo de
negociação. Objetiva-se, ainda, verificar a importância da montadora para a economia
local, identificando o aumento da arrecadação municipal e a atração de outras empresas
em função das demandas geradas pela Iveco. Para isso, utilizamos como metodologia
uma pesquisa bibliográfica em trabalhos que abordam a mesma temática; entrevistas
com o prefeito da cidade e com os funcionários do setor econômico da Prefeitura
Municipal de Sete Lagoas. Observamos que Sete Lagoas preenchia uma série de
exigências feitas pelo grupo de diretores responsáveis pelas negociações, tais como:
proximidade de Betim (onde se encontra a Fiat Automóveis e fornecedores de peças,
que serviriam à Iveco posteriormente); infra-estrutura de água, esgoto e energia elétrica;
vias de acesso favoráveis; e boa estrutura educacional. A prefeitura do município
influenciou diretamente no processo, com doação de terrenos e isenção fiscal. A
instalação da Iveco em Sete Lagoas resultou em alterações expressivas para a cidade no
que se refere à arrecadação municipal e à instalação de novas empresas.
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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / GEOGRAFIA
OS AGENTES PRODUTORES DO ESPAÇO E A VALORIZAÇÃO FUNDIÁRIA
DA PROPRIEDADE URBANA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
NILO MACHADO PEREIRA NETO (Não Bolsista/UFV), RAQUEL CALLEGARIO
ZACCHI (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ULYSSES DA CUNHA BAGGIO
(Orientador/UFV), WAGNER DE AZEVEDO DORNELLAS (Não Bolsista/UFV),
RONAN EUSTÁQUIO BORGES (Co-orientador/)
O objetivo deste trabalho é identificar e analisar o papel e ações dos agentes produtores
do espaço urbano, ressaltando suas estratégias no processo de valorização fundiária da
propriedade urbana. Para alcançar tais objetivos foi realizado levantamento
bibliográfico complementar de artigos e livros que tratam da temática. O trabalho
permitiu constatar que os agentes envolvidos diretamente no processo de produção e
apropriação de segmentos espaciais da cidade são os responsáveis por uma organização
extremamente diferenciada do espaço, criando, dessa forma, possibilidades desiguais de
consumo das parcelas desse espaço. Estes agentes podem constituir-se em grupos, e
dentre eles, Souza (1994) aponta: os proprietários fundiários urbanos e periurbanos; os
proprietários imobiliários urbanos; os produtores de materiais de construção; os
promotores fundiários e os promotores imobiliários ou os incorporadores; os detentores
de capital que investem na promoção imobiliária; os compradores de terrenos e de
habitação; os ocupantes de terrenos e moradias urbanas (proprietários e locatários); o
poder público, o Estado e as instituições transnacionais. Nesta perspectiva, as
estratégias diferenciadas de produção e apropriação do espaço conferem a ele uma
valorização distinta, sobre a qual Maricato (2007) afirma ocorrer uma grande luta na
cidade: se de um lado estão os usuários da cidade, aqueles que a utilizam como valor de
uso, de outro estão aqueles para quem a cidade é fonte de lucro, onde o espaço torna-se
mercadoria, objeto de lucro e extração de ganhos, os que encaram a cidade como valor
de troca. Assim, a valorização desigual das diferentes áreas da cidade explicita a lógica
segundo a qual os segmentos sociais de renda mais elevada têm acesso aos espaços mais
valorizados da cidade, da mesma forma que a população de baixa renda tem acesso aos
espaços menos valorizados, conformando o processo de segregação sócio-espacial.
(CNPq)
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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / GEOGRAFIA
A VERTICALIZAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA SOBRE O TRABALHO:
ALGUMAS
CONSIDERAÇÕES
NILO MACHADO PEREIRA NETO (Não Bolsista/UFV), RAQUEL CALLEGARIO
ZACCHI (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ULYSSES DA CUNHA BAGGIO
(Orientador/UFV), WAGNER DE AZEVEDO DORNELLAS (Não Bolsista/UFV),
RONAN EUSTÁQUIO BORGES (Co-orientador/)
Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE MicrosoftInternetExplorer4 Os
objetivos deste trabalho foram verificar as influências que o crescimento do processo de
verticalização da área central de Viçosa (MG) tem causado sobre a geração de
empregos, a precarização do trabalho e como as organizações sindicais têm se
posicionado diante desta realidade. Para alcançar tais objetivos foi realizada entrevista
com presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e
Mobiliário de Viçosa – MG (SINTICOMV/2008) bem como analisadas atas de reuniões
realizadas entre os sindicalizados. O Sindicato foi criado no ano de 1987 através de um
movimento de grande luta de alguns trabalhadores da construção civil, sobretudo tendo
em vista a defesa de seus direitos principalmente no que se refere à reivindicação de
melhores salários para os trabalhadores da categoria. Inicialmente, os trabalhadores se
uniram sob a forma de uma associação, a Associação Pré-Sindical dos Trabalhadores da
Construção Civil de Viçosa (ASTACOV), tendo em seguida, no ano de 1991, tornado-se
o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Viçosa, oficializando-se sob a
forma de sindicato. No ano de 1992 a instituição passou a ser chamada de Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias da Construção e Mobiliário de Viçosa – MG
(SINTICOMV). Atualmente são aproximadamente 480 trabalhadores sindicalizados que
se reúnem mensalmente com a diretoria desta instituição. Uma grande dificuldade
relatada é reunir os trabalhadores das diversas categorias dos trabalhadores na indústria
da construção civil e do mobiliário, tendo em vista que muitos só recorrem à instituição
em momentos de dificuldades, quando poderiam participar em decisões e reivindicações
mais efetivas com vistas a alcançar maiores avanços nos debates e discussões,
principalmente com o Sindicato Patronal (Sindicato da Indústria da Construção do Vale
do Piranga (SINDUSCON). O aquecimento do setor da construção civil, especialmente
nos últimos cinco anos, tem resultado em crescimento acentuado no número de postos
de trabalho no setor.
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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / GEOGRAFIA
USO DO GEOPROCESSAMENTO NA ESPACIALIZAÇÃO DOS CASOS DE
DENGUE NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA-MG.
RAFAEL SAID BHERING CARDOSO (Não Bolsista/UFV), LEANDRO DIAS
CARDOSO CARVALHO (Orientador/UFV)
A dengue, doença tipicamente tropical, vem sendo uma das principais doenças que se
proliferam no Brasil nos últimos anos, gerando graves problemas de saúde às pessoas
infectadas, chegando algumas vezes a levar até mesmo à morte, no caso de a pessoa
atingir o nível de dengue hemorrágica. A doença é transmitida pela fêmea do mosquito
Aedes aegypti, não sendo transmissível de uma pessoa à outra. Para a realização deste
trabalho, foram realizados levantamentos junto à Secretaria Municipal de Saúde do
município de Viçosa a qual forneceu importantes dados sobre pessoas infectadas, dados
estes que foram utilizados na produção dos mapas, os quais foram confeccionados com
a utilização do software para geoprocessamento ArcGis, permitindo assim localizar
espacialmente os casos da doença e onde ocorreram em maior número, uma vez que
especialistas dizem que o maior problema do controle à dengue é justamente saber onde
estão localizados os casos da doença. Por ser uma cidade de grande fluxo migratório,
Viçosa apresenta muitos casos da doença importados de cidades de várias regiões do
país, inclusive de locais onde ocorrem epidemias periodicamente, além de casos
autóctones. A espacialização na cidade, do maior número de casos observados permite
que as autoridades possam elaborar políticas para o controle e talvez até mesmo a
erradicação dos casos de dengue no município.
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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / GEOGRAFIA
VERTICALIZAÇÃO DO ESPAÇO URBANO DE VIÇOSA (MG), PÓS DÉCADA
DE 1970: PRODUÇÃO E CONSUMO
RAQUEL CALLEGARIO ZACCHI (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ULYSSES DA
CUNHA BAGGIO (Orientador/UFV), NILO MACHADO PEREIRA NETO (Não
Bolsista/UFV), WAGNER DE AZEVEDO DORNELLAS (Não Bolsista/UFV), Ronan
Eutáquio Borges (Co-orientador/)
As edificações verticalizadas tornaram-se elementos da paisagem urbana das grandes
cidades brasileiras a partir de 1920 através da atuação dos agentes com interesses
múltiplos na produção do espaço. Os objetivos deste trabalho foram compreender o
processo de verticalização da área central de Viçosa-MG relacionado à Lei de
Ocupação, Uso do Solo e Zoneamento (Lei 1.420/2001) e ao Código de Obras e
Posturas (Lei 1.633/2004); os impactos da verticalização sobre a infraestrutura de água
e esgoto e sobre as relações trabalhistas; a influência na destruição/reestruturação de
construções históricas e do patrimônio arquitetônico; as estratégias de vendas das
habitações verticalizadas. Realizou-se levantamento bibliográfico, análise das principais
legislações urbanísticas implementadas, Lei 1.420/2001 e 1.633/2004; pesquisa
histórica em jornais locais; entrevista junto ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto, ao
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e Mobiliário e ao
Departamento de Patrimônio da Prefeitura Municipal. A pesquisa permitiu constatar
que: 1) Historicamente, a legislação urbanística foi influenciada pelos interesses dos
agentes da construção civil e a implementação das Leis n° 1.420/2001 e 1.633/2004
resultaram na redução do gabarito de edificação nas diferentes zonas de uso do solo; 2)
O instrumento transferência do potencial construtivo apresenta-se como medida mais
efetiva para disciplinar e regular processos de descaracterização e destruição dos
imóveis particulares de interesse arquitetônico, frequentemente substituídos por prédios;
3) O processo de verticalização traz impactos expressivos e evidentes sobre a infraestrutura na área central de Viçosa, com sinais de saturação; 4) O aquecimento do setor
da construção civil resultou em crescimento no número de postos de trabalho; 5) O
crescimento do setor da construção civil, a partir de 1970, via verticalização, resultou na
necessidade de estimular o consumo da habitação vertical, através de estratégias de
comercialização das unidades, valorizando-se a localização e as vantagens da
proximidade à Universidade Federal de Viçosa.
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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / GEOGRAFIA
OS AGENTES PRODUTORES DA VERTICALIZAÇÃO NA ÁREA CENTRAL
DA CIDADE DE VIÇOSA (MG)
RAQUEL CALLEGARIO ZACCHI (Bolsista CNPq/UFV), ULYSSES DA CUNHA
BAGGIO (Orientador/UFV), NILO MACHADO PEREIRA NETO (Não
Bolsista/UFV), WAGNER DE AZEVEDO DORNELLAS (Não Bolsista/UFV), Ronan
Eustáquio Borges (Co-orientador/)
Os objetivos deste trabalho foram identificar os agentes produtores da verticalização na
área central de Viçosa-MG e analisar suas principais estratégias de produção do espaço
urbano. Para alcançá-los foi realizada pesquisa de campo, com visita a todas as
edificações consideradas verticalizadas localizadas na área central de Viçosa e pesquisa
junto ao Instituto de Planejamento Urbano de Viçosa, ao setor de cadastro de imóveis
urbanos. A pesquisa permitiu identificar que a maior parte das edificações verticalizadas
da área central de Viçosa (MG) foram edificadas pelos construtores autônomos. Dentre
o total, 327 edificações verticais presentes na área de estudo (Centro, bairro Clélia
Bernardes, Ramos e parte dos bairros de Lourdes, Santa Clara e Fátima), mais de 58%
foram construídos pelos construtores autônomos. Constou-se que as construtoras foram
responsáveis por quase 42% das edificações, demonstrando a importância dessa
categoria de agentes no processo de produção da verticalização, com destaque para a
atuação da tradicional Construtora Chequer Ind. e Com. LTDA, que despontou como
um dos principais agentes produtores da verticalização. Seguindo a construtora
Chequer, seguem pequenas construtoras, que proliferaram suas atividades a partir do
início do ano 2000, seguidas das construtoras: Enfoque Engenharia, Eric & Paiva
Incorporadora LTDA, Âncora Empreendimentos Imobiliários, Construtora Carvalho e
Chequer LTDA, Elite Arquitetura e Engenharia, ArteCasa Engenharia, Indústria e
Comércio LTDA, Incorfran LTDA e a Incorporadora Irmãos Lelis LTDA.
Numericamente a atuação das construtoras foi inferior à atuação dos construtores
autônomos, mas, do ponto de vista do tamanho dos edifícios, aquelas tiveram ação mais
representativa. Outro agente importante na produção do espaço e da verticalização
foram os legisladores, pois são responsáveis pela elaboração e aprovação da legislação a
ser implementada. Neste sentido, observou-se também a grande influência do setor da
construção civil sobre a o poder político local, composto por membros que também
atuam na construção civil.
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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / GEOGRAFIA
ANÁLISE DAS CHUVAS DE DEZEMBRO DE 2008 NA CIDADE DE PIRANGAMG
ROSILENE APARECIDA DO NASCIMENTO (Não Bolsista/UFV), EDSON SOARES
FIALHO (Orientador/UFV)
A localização geográfica de Minas Gerais favorece a atuação dos fenômenos
meteorológicos das latitudes médias e tropicais, ocasionando eventos pluviais extremos
que causam muitos prejuízos à população. Assim as chuvas ocorridas em dezembro de
2008 castigaram a Zona da Mata, sobretudo a Bacia do Rio Piranga, as cidades as
margens deste rio registraram a maior enchente dos últimos tempos. Desse modo, o
objetivo deste trabalho é investigar as causas e danos causados por esta enchente na
cidade de Piranga. Para isto recorreu-se ao site do Sistema de Meteorologia e Recursos
Hídricos de Minas Gerais (SIMGE), Boletins da Defesa Civil e Companhia de Pesquisa
de Recursos Minerais (CPRM), jornais, fotos, entrevistas com os moradores e poder
público local. Além dos dados diários de chuva fornecidos pela COPASA e
fluviométricos da CPRM. Constatou-se que entre os dias 17 e 20 de dezembro, choveu
54,4% do total pluvial esperado para o mês, sendo que apenas no dia 16/12/2008
choveu 152,8mm (28,2% do mês). Assim, o Rio Piranga chegou a subir cerca de 8
metros, fazendo com que dezenas de famílias saíssem às pressas de suas casas, isolando
bairros, zona rural, e causando a interdição de vários trechos de estradas que dão acesso
às cidades circunvizinhas. Pode-se concluir que as chuvas foram monitoradas pelos
órgãos como SIMGE e CPRM, porém a população do município não foi alertada. Cabe
ressaltar também que embora, o rio tenha sua época de cheias, o assoreamento, em
decorrência da não preservação das Áreas de Preservação Permanente (APP),
juntamente com as construções nestas áreas, contribui para que estes eventos episódicos
se tornem cada vez mais dramáticos à população piranguense.
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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / GEOGRAFIA
ANÁLISE DA LIBERAÇÃO DOS RECURSOS EMERGENCIAIS EM MINAS
GERAIS ENTRE 2006 A 2008
ROSILENE APARECIDA DO NASCIMENTO (Não Bolsista/UFV), EDSON SOARES
FIALHO (Orientador/UFV)
A localização latitudinal da região Sudeste favorece os mais variados tipos de tempo,
bem como os eventos extremos de chuva e seca. No entanto, estes eventos podem
tornar-se catastróficos, trazendo muitos prejuízos materiais à população, como também
mortes. Para amenizar as perdas, o Governo Federal organizou a Defesa Civil Nacional
e estimulou a criação da Defesa Civil Estaduais e Municipais para auxiliar a população
e prevenir maiores tragédias. Além de liberar recursos de caráter emergencial a
municípios atingidos por algum evento extremo, desde que decretem Situação de
Emergência ou Estado de Calamidade Pública de acordo com os critérios estabelecidos
pela Defesa Civil. Assim, este trabalho busca analisar o destino dos recursos liberados
para os municípios mineiros entre 2006 a 2008. Para isso, utilizou-se dados da
Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC), ONG´S Transparência (liberação de
recursos), e noticias de jornais da época (Jornal do Brasil, O Tempo, Estado de Minas,
Folha da Mata e Tribuna Livre). Dentre os resultados constatou-se uma divergência
entre os municípios noticiados pela mídia impressa, os que receberam recursos do
Governo Federal e os que decretaram Situação de Emergência e Estado de Calamidade
Pública de acordo com a CEDEC. Assim, conclui-se que muitos municípios que foram
arrasados pelos eventos pluviais intensos, noticiados pela mídia impressa e mesmo
notificados pela CEDEC, nem sempre foram os mesmos que auferiram os recursos para
se reconstruírem. Desse modo, há um descompasso entre a liberação das verbas
orçamentárias e a situação real de cada município. Cabe ressaltar também que muitos
municípios não possuem Defesa Civil, ou a mesma não funciona adequadamente, o que
implica na demora ou não liberação do recurso emergencial.
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UFV / XIX SIC / OUTUBRO DE 2009 / GEOGRAFIA
O PAPEL DO ESTADO NA PRODUÇÃO DO PROCESSO DE
VERTICALIZAÇÃO DA ÁREA CENTRAL DE VIÇOSA (MG): ALGUMAS
CONSIDERAÇÕES
WAGNER DE AZEVEDO DORNELLAS (Não Bolsista/UFV), RAQUEL
CALLEGARIO ZACCHI (Bolsista CNPq/UFV), NILO MACHADO PEREIRA NETO
(Bolsista UFVCredi/UFV), RONAN EUSTÁQUIO BORGES (Não Bolsista/),
ULYSSES DA CUNHA BAGGIO (Orientador/UFV)
A legislação urbanística é um instrumento importante na produção do espaço urbano
com a qual o Estado atua decisivamente no controle e na regulamentação do uso e
apropriação do espaço urbano pelos agentes sociais que sobre ele atuam. Este trabalho
objetiva analisar o processo de verticalização da área central de Viçosa (MG) através da
legislação urbanística, sobretudo, através da atual Lei de Ocupação, Uso do Solo e
Zoneamento (Lei 1.420/2001) e do Código de Obras e Posturas do Município (Lei
1.633/2004). A primeira lei urbanística de Viçosa foi a Lei Municipal de Parcelamento
do Solo, Lei n° 280/56, que esteve em vigor até 1979, período de intenso crescimento,
ligado à expansão da universidade federal. No contexto do Regime Militar, a Lei
Federal n° 6766/79 foi responsável por novas regras para o parcelamento do solo
urbano. O primeiro Código de Obras da cidade de Viçosa (Lei n° 283/56) foi aprovado
em 1956, quase concomitantemente com a Lei n° 280/56 (Lei Municipal de
parcelamento do Solo). Esse Código de Obras esteve em vigor até 1979 quando foi
instituído o novo Código de Obras (Lei n° 312/79). Esse último, contemplava os
interesses do setor imobiliário até o ano 2000, permitindo coeficiente de aproveitamento
do solo e gabaritos elevados, gerando sérios problemas. Com o Plano Diretor, a
legislação urbanística tornou-se mais restritiva, sobretudo com a implementação do
novo Código de Obras (Lei 1.633/2004) e da Lei de Ocupação, Uso do Solo e
Zoneamento do Município de Viçosa (1.420/2001), o que tem influenciado as ações
especulativas, estabelecendo a redução do gabarito máximo das edificações de acordo
com a zona de uso do solo, conduzindo os empreendedores a uma ocupação de lotes
maiores, o que poderá materializar a construção de edifícios com maior número de
apartamentos, certamente beneficiando as grandes empresas que atuam no setor. (CNPq)
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