PARÂMETROS VITAIS DA RAÇA SANTA ROSÁLIA (MINIGADO)

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XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de dezembro.
PARÂMETROS VITAIS DA RAÇA SANTA ROSÁLIA (MINIGADO)
Mayara Gomes Cavalcante1, Gisele Eleonora dos Santos Montenegro2, Maiana Honorato de Moura Silva²,
Maria Áurea de Azevêdo Nogueira², Lúcio Esmeraldo Honório de Melo³
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Introdução
A Santa Rosália é uma raça bovina que, em decorrência de uma variação entre o cruzamento racial, adquiriu um
tamanho que lhe é peculiar: atinge, no máximo, 90 cm de altura e pesa entre 90 e 100 quilos. A variação genética
originou-se da reprodução dos exemplares menores, que foram selecionados e separados, fazendo surgir a nova raça,
que veio da Argentina. (COSTA, 2003)
Não obstante o tamanho reduzido que as vacas têm, a sua produção leiteira é intensa, chegando a produzir até 18
litros de leite por dia. Além disso, o retorno para o produtor é rápido, uma vez que o animal tem desenvolvimento
precoce, chegando à idade adulta na faixa dos doze meses de idade. Outra vantagem é a possibilidade de criação em
espaços bastante reduzidos, se comparada às raças tradicionais. (COSTA, 2003)
A criação da Santa Rosália ainda é pouco difundida. Existem pessoas que vêm tentando inseri-las nas escolas e nos
tratamentos de zooterapia, ou até mesmo a tratam como animais de estimação. Alguns especialistas acreditam que a raça
pode se adaptar bem às áreas secas da região nordestina. (BACCARI JUNIOR, 1990)
Devido às diferenças genéticas observadas entre o minigado e as demais raças tradicionais de gado, foi realizada da
aferição dos parâmetros vitais (temperatura retal (°C), frequência cardíaca (bpm), frequência respiratória (mpm) e
movimentos ruminais (5’)) da raça Santa Rosália, com intuito de divulgação dos mesmos, uma vez que, após as
pesquisas, identificou-se a ausência de publicações acerca do tema.
Material e métodos
O trabalho foi realizado na fazenda Nossa Senhora de Fátima, na cidade de Pombos – PE, onde foi utilizado um
quantitativo de 20 bovinos da raça Santa Rosália (minigado), do sexo masculino e feminino, com idades variadas. Estão
inclusas na pesquisa fêmeas gestantes, em amamentação e vazias, para a aferição de seus parâmetros vitais.
Os dados foram trabalhados e agrupados em um quadro, através do cálculo da média aritmética e do desvio padrão
de cada um dos parâmetros, individualmente.
Resultados e Discussão
Foi realizada a aferição da temperatura retal (°C), onde tivemos como média aritmética 38,3°C e o desvio padrão foi
de aproximadamente de 0,6ºC, para mais ou para menos. Desta forma, estariam dentro do padrão as temperaturas entre
37,7°C e 38,9°C. Do plantel analisado, um animal apresentou temperatura retal acima do padrão, e dois abaixo do
padrão. (Fig. 1A)
Com relação à frequência cardíaca (bpm) a média aritmética encontrada foi de 85bpm e desvio padrão foi de
aproximadamente de 22bpm, para mais ou para menos. De acordo com os dados, a freqüência cardíaca dentro do
padrão, seria aquela entre 63bpm e 107bpm. Dos animais analisados, três apresentaram a frequência cardíaca acima do
padrão encontrado e um abaixo. (Fig. 1B)
Na análise da frequência respiratória (mpm) a média aritmética foi de 31mpm e o desvio padrão foi de
aproximadamente 8mpm, para mais ou para menos, portanto, estaria dentro do padrão as frequências respiratórias entre
23mpm e 39mpm. Dos animais analisados, cinco apresentaram a frequência respiratória acima do padrão encontrado e
quatro abaixo. (Fig. 1C)
Devido os movimentos ruminais apresentarem-se de forma completa e incompleta, as tabelas foram organizadas de
acordo com cada tipo. A média aritmética dos movimentos ruminais completos foi de 3MRC(5’) e o desvio padrão foi
de aproximadamente de 1MRC para mais ou para menos, então, estariam dentro do padrão os movimentos ruminais
completos entre 2 MRC(5’) e 4 MRC(5’). (Fig. 1D)
Já a média aritmética dos movimentos ruminais incompletos foi de 2MRI(5’) e o desvio padrão foi de
aproximadamente de 1MRI para mais ou para menos, estando dentro do padrão os movimentos ruminais incompletos
entre 1MRI(5’) e 3MRI(5’). Dos animais analisados, um apresentou os movimentos ruminais completos acima do
1
Primeiro Autor é Discente do Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Rua Dom Manoel de
Medeiros, S/N, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: [email protected]
2
Segundo Autor é Discente do Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Rua Dom Manoel de
Medeiros, S/N, Recife, PE, CEP 52171-900.
³
Terceiro Autos é Professor Adjunto do Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Rua Dom Manoel de
Medeiros, S/N, Recife, PE, CEP 52171-900.
XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de dezembro.
padrão encontrado e um abaixo; e dos movimentos ruminais incompletos três apresentaram acima do padrão encontrado
e dois não foram detectados. (Fig. 1E)
Para que fosse possível comparar os dados obtidos através do presente trabalho, com os mesmos dados
publicados anteriormente quanto à raça Santa Rosália, realizou-se uma pesquisas em livros, internet e artigos. Não foi
encontrada nenhuma informação acerca dos parâmetros de minigados. Sabendo da inexistência desses dados e que os
mesmo são de extrema importância para o estudo e para a clínica de ruminantes, foi confeccionada uma cartilha com os
dados obtidos. As mesmas foram entregues aos discentes que cursam a disciplina de Clínica Médica dos Ruminantes, do
curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco. (Fig. 2)
Referências
BACCARI JUNIOR, F. Métodos e técnicas de avaliação da adaptabilidade dos animais às condições tropicais. In:
SIMPOSIO INTRNACIONAL DE BIOCLIMATOLOGIA ANIMAL NOS TRÓPICOS:PEQUENOS E GRANDES
RUMINANTES, 1. 1990, Sobral, CE. Anais... Sobral: Embrapa-CNPC, 1990. p.9-17.
COSTA, João da. Dicionário Rural do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de dezembro.
Figura 1. Análise dos Parâmetros Vitais da Raça Santa Rosália (minigado).
Figura 2. Cartilha distribuída aos alunos que cursam a disciplina de Clínica Médica dos Ruminantes (UFRPE).
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