13 de Agosto de 2013 COMUNICADO DE IMPRENSA A Pobreza Tem Estado a Aumentar em Moçambique O Afrobarómetro é uma série comparativa de inquéritos de opinião pública, cobrindo 35 países Africanos na 5ª Ronda (2011-2013). O Afrobarómetro mede as atitudes do público relativamente à democracia e suas alternativas, avalia a qualidade da governação e o desempenho económico. O inquérito ainda avalia as visões do eleitorado sobre questões políticas críticas nos países em estudo. O Afrobarómetro também compara esses aspectos ao longo do tempo, considerando que quatro rondas foram implementadas até agora desde 1999 a 2008 e a 5ª Ronda encontra-se nesse momento em progresso em Africa. A pesquisa do Afrobarómetro em Moçambique é coordenada pelo Centro de Pesquisas sobre Governação e Desenvolvimento. O trabalho de campo da 5ª Ronda ocorreu em Moçambique entre 17 de Novembro e 9 de Dezembro de 2012. Foram entrevistados 2400 cidadãos moçambicanos, e uma amostra desse tamanho produz resultados com uma margem de erro de +/2 porcento no intervalo de confiança de 95 porcento. RESULTADOS Os inquéritos de opinião pública do Afrobarómetro revelam que a pobreza tem estado a aumentar desde 2002 à 2012 em Moçambique. Os resultados do índice multidimensional de experiência da pobreza medido pela ausência de alimentos, água potável, remédios ou assistência médica, combustível para cozinhar e rendimento em dinheiro mostram que pobreza aumentou no país em 2005 (64 porcento), diminuiu em 2008 (44 porcento) e voltou a aumentar em 2012 (55 porcento). De 2002 (46 porcento) à 2012 (55 porcento) a pobreza aumentou 9 pontos percentuais (Figura 1). Os dados revelam ainda que os moçambicanos apresentam mais probreza monetária (75 porcento), embora a desprovisão de remédios ou assistência médica (53 porcento) e alimentos também esteja acima de 50 porcento (isto é, metade); e relativamente menos probreza ligada à desprovisão de combustível para cozinhar (35 porcento) e água potável (45 porcento) (Figura 2). 1 Comparando provínvias, 6 províncias apresentam maior incidência da pobreza: Maputo Província seguido de Zambézia, Manica, Gaza, Cabo Delgado e Nampula (Figura 3). Por exemplo, Gaza e Maputo Província são as províncias mais desprovidas em alimentos. Zambézia e Manica mas desprovidas em água potável. Zambézia é a mais desprovida em remédios e assistência médica. Maputo Província e Gaza são as mais desprovidas de combustível para cozinhar. Por outro lado, a Cidade de Maputo tem mais provisão de alimentos, água potável, rendimento monetário e até certo ponto combustível para cozinhar. Figura 1: Índice Multidimensional de Experiência da Pobreza em Moçambique, 2002-2012 70% 64% 60% 55% 50% 46% 44% 40% 30% 20% 10% 0% 2002 2005 2008 2012 Questão: Durante o ano passado, quantas vezes, se é que alguma vez, você ou alguma pessoa da sua família ficou sem A) alimentos sufiecientes para comer, B) água potável suficiente para o consumo de casa, C) remédios ou assistência médica, D) combustível suficiente para cozinhar e E) rendimento em dinheiro? Figura 2: Índice Multidimensional de Experiência da Pobreza em Moçambique por Indicador de Pobreza, 2002-2012 80% 75% 70% 60% 53% 52% 45% 50% 35% 40% 30% 20% 10% 0% Sem rendimento monetario Sem remedios ou Sem alimentos para Sem Agua potavel assistencia medica comer Sem combustivel para cozinhar 2 Figura 3: Índice Multidimensional de Experiência da Pobreza em Moçambique por Província, 2002-2012 Maputo Prov. Zambezia Manica Gaza Cabo Delgado Nampula Tete Sofala Inhambane Niassa Maputo Cidade 64% 61% 61% 57% 54% 52% 49% 48% 48% 47% 34% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% Visite-nos online no www.afrobarometer.org e siga-nos no Facebook e Twitter. @Afrobarometer Para mais informações, por favor contacte Carlos Shenga at [email protected], Centro de Pesquisas sobre Governação e Desenvolvimento, www.cpgd.org.mz 3