MELATONINA FORMAS FARMACÊUTICAS DISPONÍVEIS NA ESSENTIA PHARMA 1) CÁPSULA SUBLINGUAL Melatonina ..................................................................................... 0,3 a 3 mg Excipiente sublingual ................................................................. qsp 1 cápsula Posologia: Administrar 1 cápsula via sublingual ao deitar. Consideração: esta forma farmacêutica destina-se à ação farmacológica rápida, uma vez que evita o metabolismo de primeira passagem hepática. Indicada para induzir o sono rapidamente. 2) CÁPSULA ORAL Melatonina .................................................................................. 0,5 a 5 mg Excipiente cápsulas ................................................................. qsp 1 cápsula Posologia: Administrar 1 cápsula 30 a 60 minutos antes de dormir. Consideração: esta é a forma farmacêutica mais comumente utilizada. Indicada para tratar os distúrbios de sono. Para tratamento de neoplasias, administra-se doses elevadas (10 a 20mg ) pela manhã. 3) CÁPSULA ORAL SLOW RELEASE Melatonina ..................................................................................... 1 a 5 mg Excipiente Slow Release .......................................................... qsp 1 cápsula Posologia: Administrar 1 cápsula 30 a 60 minutos antes de dormir. Consideração: esta forma farmacêutica destina-se à ação farmacológica prolongada e mimetiza a liberação fisiológica. Indicada para pacientes que tem despertares no meio da noite. 4) CREME TRANSDÉRMICO Melatonina ..................................................................................... 1 a 5 mg Creme Transdérmico de Alta Absorção ............................................ qsp 1 ml Posologia: Administrar 1 dose = 1ml =1 pump da formulação 1 hora antes de dormir. Consideração: esta forma farmacêutica destina-se a ação farmacológica prolongada. Indicada para pacientes que tem despertares no meio da noite. A via transdérmica mimetiza a liberação lenta e contínua de melatonina. O presente material tem como objetivo a divulgação de informações sobre medicamentos manipulados, seus respectivos princípios ativos e indicações terapêuticas, devendo ser veiculado exclusivamente para profissionais habilitados, conforme permissão presente no art. 36 e parágrafo único da RDC-Anvisa 96/2008. Considerando que as indicações terapêuticas foram fielmente extraídas da literatura especializada, é responsabilidade integral do profissional habilitado a utilização das informações aqui constantes. Para solicitar referências entre em contato com nossa equipe técnica: [email protected] www.essentia.com.br DESDE A RENOVAÇÃO CELULAR ATÉ OS BATIMENTOS CARDÍACOS, TUDO OBEDECE AO RITMO DA MELATONINA. ENTENDA COMO É FORMADA A MELATONINA INDICAÇÕES E USOS A glândula pineal é uma importante glândula neurossecretora localizada no centro do cérebro e responsável pela organização temporal dos eventos fisiológicos e comportamentais, sendo por isso fundamental para a adaptação do indivíduo no meio ambiente. Sua principal função é regular o metabolismo e os ciclos vitais do organismo, atuando principalmente no ciclo do sono (ciclo circadiano), no sistema imunológico, cardiovascular (pressão arterial) e no controle das atividades sexuais e de reprodução. Funções essas decorrentes do hormônio melatonina produzidas pela glândula pineal na ausência de luz.11,12,17 Esse importante hormônio também pode ser sintetizado via extra-pineal, através do trato gastro intestinal. São as células enterocromafins localizadas no intestino, as grandes responsáveis por sintetizar a melatonina a partir do aminoácido triptofano. Diferente da melatonina sintetizada pela glândula pineal, cuja regulação se dá pelo ritmo circadiano, no intestino sua produção é influenciada pela ingestão alimentar e processo digestivo. Tanto a produção cerebral quanto a produção intestinal de melatonina é realizada a partir do aminoácido triptofano proveniente da dieta e com ação de diversas enzimas endógenas:1,11-13,17 O N H Triptofano hidroxilase OH NH2 Triptofano O HO N H OH NH2 5-hidroxitriptofano Aminoácido aromático descarboxilase N H N-acetiltransferase Serotonina H N HO N H • Distúrbios do sono • Reduz os efeitos de Jet Lag • Adjuvante no tratamento dos distúrbios de sono do autismo • Antioxidante • Adjuvante no tratamento do câncer • Adjuvante no tratamento de doenças gastrointestinais • Adjuvante no tratamento da dor DISTÚRBIOS DO SONO O distúrbio do sono consiste de um grupo de patologias que afetam a qualidade do sono e sua incidência aumenta exponencialmente conforme o aumento da idade, pela redução da produção de melatonina com o envelhecimento. Na maioria dos casos passíveis de medicação, a prescrição mais comum são os benzodiazepínicos e os antidepressivos que apresentam inúmeros efeitos adversos, incluindo dependência, impotência sexual e ganho de peso. Doses mínimas de melatonina administradas antes de dormir são capazes de induzir o sono e melhorar a sua qualidade, ao promover uma sonolência muito semelhante ao padrão fisiológico e sem efeitos colaterais.14,18,19 A melatonina é também o tratamento de escolha para o Jet Lag, termo em inglês utilizado para uma descompensação horária, ou uma fadiga de viagem, consequência de alterações no ritmo circadiano. Com a administração de melatonina o passageiro é capaz de regular o ritmo de sono durante as viagens intercontinentais.14,19 MELATONINA E AUTISMO NH2 HO A literatura disponibiliza mais de 15.000 trabalhos sobre melatonina, apresentando inúmeros benefícios e áreas de atuações no corpo, sendo citados abaixo as principais indicações clínicas: CH3 O N-acetilserotonina Hidroxi-indol O-metil transferase Crianças com autismo apresentam níveis mais baixos de melatonina do que as crianças saudáveis, possivelmente por uma deficiência causada em uma ou em ambas as enzimas responsáveis pela conversão de N-acetilserotonina em melatonina. Suplementar melatonina tem se mostrado promissor e seguro no tratamento de insônia em crianças com autismo. Uma importante meta-análise publicada na revista Developmental Medicine & Child Neurology em 2011, concluiu que a suplementação de melatonina em crianças com espectro autista mostra-se capaz de melhorar a quantidade e qualidade do sono dessas crianças, com consequente melhora do comportamento durante o dia.2-5 AÇÃO ANTIOXIDANTE MeO N H H N O CH3 Melatonina A oxidação de lipídeos, proteínas e ácidos nucléicos, através da ação de radicais livres, é associada com o desenvolvimento de diversos tipos de câncer, doenças cardiovasculares e neurodegenerativas. Estudos confirmam a capacidade da melatonina em reduzir o estresse oxidativo, através da redução e/ou eliminação de reagentes de oxigênio e nitrogênio produzidos na mitocôndria. A melatonina é um antioxidante universal e multifuncional, um dos poucos antioxidantes que também atua a nível mitocondrial. Sua ação como antioxidante é mais potente do que a vitamina C e E. Sugere-se que a melatonina reduz a formação de peroxinitritos, a peroxidação lipídica e a expressão da síntese de óxido nítrico. Pesquisas demonstraram também aumento na síntese de glutationa peroxidase, enzima que auxilia na eliminação de radicais livres do organismo, comprovando a ação deste hormônio sobre outras enzimas protetoras contra reativos tóxicos. Por este motivo, se indica o uso em patologias neurodegenerativas e doenças cardiovasculares.6,7,12 SUGESTÃO DE DOSE Entre 0,3 a 20 mg/dia. A administração de melatonina é considerada segura pelos especialistas da área, porém sua dose é muito individual, sendo necessário avaliar cada caso isoladamente. Por este motivo indica-se a introdução progressiva da dose, começando com uma concentração baixa de 0,3 mg a 1 mg e aumentar progressivamente até que os efeitos desejados sejam alcançados ou que os sinais de excesso de melatonina se manifestem, indicando-se a redução da dose. Por este motivo precisa ser conhecido os sinais de excesso da substância para adequação da dose correta. Quando a concentração for excessiva, esta se manifesta das seguintes formas: AÇÃO ANTITUMORAL Estudos realizados ao longo dos anos, apontam que a melatonina apresenta ação tanto na via extrínseca, ao modular a expressão dos receptores de morte celular, quanto na via intrínseca ao eliminar radicais oxidantes do citoplasma que podem ser gerados pela mitocôndria. A melatonina parece prevenir a promoção e o crescimento de tumores, pois inibe a proliferação e a capacidade de invasão das células de câncer. Trabalhos mais recentes mostram que o efeito da melatonina frente ao câncer envolve mais de 6 diferentes vias de atuação e em diversos tipos de cânceres. No câncer de mama, por exemplo, o provável mecanismo de ação seria sua interação com os receptores estrogênios nas células epiteliais e também por aumentar a imunidade local e pelo efeito inibitório na atividade da aromatase (enzima que converte androgênios em estrogênios no tecido mamário afetado). A melatonina também é inibidora endógena específica de receptores alfa de estrogênio, bloqueia a calmodulina e, portanto, antagoniza a ação do estrogênio nas neoplasias.10,12,15,16 » Sono profundo por 3 a 4 horas, seguido de despertar ansioso ou profundamente descansado e com dificuldade de voltar a dormir. Isto indica excesso de melatonina de ação rápida podendo ser indicado trocar a forma farmacêutica, aos invés de reduzir a dose. » Cefaleia ou cabeça pesada pela manhã que melhoram com a exposição solar. » Hipotensão e fadiga matinal (deficiência de cortisol pode piorar com o uso de melatonina). MELATONINA E TRATO GASTROINTESTINAL Seja de dia ou de noite, o trato gastro-intestinal contém 400 vezes mais melatonina do que a produzida pela glândula pineal. A melatonina parece desenvolver um importante papel na regulação da motilidade intestinal, no sistema imunológico, na proteção do colon, na inibição do crescimento de bactérias patogênicas e na liberação de peptídeos envolvidos no balanço energético. Em doenças do refluxo gastroesofágico e autoimunes a melatonina tem sua indicação comprovada.6,7,13 MELATONINA E DOR Estudos mais recentes têm tentado desvendar o mecanismo pelo qual o uso da melatonina atua como analgésico em condições de dor crônica como fibromialgia, síndrome do intestino irritável e enxaqueca. As hipóteses mais aceitas são a possível ligação da melatonina a receptores GABA e a redução da ansiedade do paciente com consequente diminuição do reflexo de dor, assim como redução da inflamação e da condução nervosa dolorosa.9 » Sonhos muito vívidos, experimentados como reais. » Sonolência excessiva pela manhã, com dificuldade de despertar. Esses sintomas tendem a desaparecer com a redução da dose, troca da forma farmacêutica ou suspensão do uso.8,11