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DESPORTO
LESÕES DESPORTIVAS
Vem descobrir quais as lesões
mais comuns e o
que fazer em cada uma delas
• Perde-se no tempo o conselho à prática
desportiva. Quer sejamos velhos ou novos
a actividade física deveria ser parte
integrante do nosso dia a dia.
• Como forma alternativa à rotina, ao
sedentarismo e ao stress, o desporto de
lazer ou de competição representa para
todos nós a busca de Prazer, Beleza e
Saúde.
Carlos Cruz
Lesões Desportivas
• Sendo o corpo, e principalmente o sistema
músculo-esquelético, o objecto privilegiado de
todos os desportos ou da actividade física, pode
ser sujeito a uma série de inconvenientes de
ordem física.
• A maioria das lesões desportivas são resultado de
um traumatismo "externo", de forças dinâmicas
internas ou de um esforço de sobre uso.
• Conhecer as suas causas e mecanismos será a
melhor maneira de as evitar e controlar.
Deve Fazer
• Repouso - Parar toda a actividade que provoque
aumento de dor ou outra sintomatologia.
• Gelo - Aplicar na região lesada, durante 15
minutos , de 3 em 3 horas.
• Compressão - Comprimir a região lesada de
modo a controlar o edema e o derrame.
• Elevação - Elevar a zona lesada de modo a
facilitar a circulação sanguínea de retorno.
• Avaliação/Diagnóstico - Procure imediatamente
um profissional de saúde qualificado no despiste,
tratamento e aconselhamento destas situações.
SE TEM UMA LESÃO
• Sempre que sentir dor, diminuição de força,
instabilidade, tensão muscular intensa, procure
imediatamente um profissional de saúde para
avaliar o grau de gravidade da sua lesão,
aconselhar e prestar os primeiros cuidados.
• Saiba no entanto que os cuidados a ter nas
primeiras 48 horas após uma lesão (ruptura
muscular ou ligamentar, entorse, traumatismo,
etc.) são determinantes para uma recuperação
mais rápida e eficiente.
Não Deve Fazer
• Calor - Promove a vasodilatação,
aumentando o derrame.
• Álcool - Não deve beber bebidas alcoólicas
porque o álcool é um potente vasodilatador.
• Massagem - Aumenta o edema e o
derrame, sendo agressiva para os tecidos
em cicatrização.
• Actividade - Solicitar demasiado cedo as
estruturas pode agravar a situação.
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REGRESSO À ACTIVIDADE FÍSICA
• Para retomar a actividade desportiva de
forma segura, não basta estar
completamente recuperado da sua lesão.
• É essencial readquirir força, flexibilidade,
mobilidade, equilíbrio, coordenação e
segurança emocional, para uma prática
saudável do exercício físico.
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Lesões Desportivas mais
Comuns
Entorse
Luxação
Fractura
Distensão e Rotura
Musculares
Hemorragia Nasal
LUXAÇÃO
“É a deslocação de um ou mais ossos
de uma articulação. Ocorre quando
uma força violenta actua directa ou
indirectamente
numa
articulação,
empurrando o osso para uma posição
anormal.”
DISTENSÃO E ROTURA
MUSCULARES
“Verifica-se uma distensão quando um
músculo ou um conjunto de músculos
se estica demasiado e, por vezes, se
rasga devido a um movimento violento
e brusco.”
ENTORSE
“É uma lesão que ocorre numa
articulação quando os ligamentos e
tecidos
que
a
circundam
são
repentinamente “torcidos” ou rasgados.”
“...provoca dores violentas, a área da
articulação incha fortemente, o local tornase muito sensível à pressão.”
FRACTURA
Osso partido ou estalado por
pancada, torção ou quando submetido
a uma pressão excessiva
“...provoca dores violentas, a área da
articulação incha fortemente, o local
torna-se muito sensível à pressão.”
HEMORRAGIA NASAL
“É uma situação comum devida a uma hemorragia dos vasos
sanguíneos no interior das narinas.”
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Trauma Desportivo - Entorses do
tornozelo
Lesão do Complexo Ligamentar
Lateral
A maioria das entorses do tornozelo envolvem o
As lesões do tornozelo estão entre os
complexo ligamentar lateral., comumente associadas
mais comuns problemas vistos por
a atividades desportivas, especialmente em atletas
médicos em atendimento de emergência,
entre 15 e 35 anos de idade.
sendo graduadas dependendo da
O paciente geralmente relata uma lesão do tornozelo
gravidade da lesão.
As entorses podem envolver os
quando fazia um movimento de mudança de direção e
ligamentos laterais, ligamentos mediais e
a maioria lembra-se da direção do movimento. As
ou a sindesmose.
causas comuns são atividades desportivas, como
futebol.
Tratamento
Lesão do Complexo Ligamentar
Lateral
Lesões grau I e II são tratadas conservadoramente,
No exame é facilmente localizado o ponto de dor
com repouso, gelo, elevação da extremidade,
sobre os ligamentos que foram lesionados.
medicações anti-inflamatórias, por 24 a 72 horas.
Aumento de volume e equimose podem estar
presentes no local.
Após, avalia-se a estabilidade e inicia-se o
Os exames radiográficos são úteis para identificar
tratamento fisioterápico, com retorno gradual a
alguma lesão óssea, como uma fractura ou luxação.
actividade física.
As entorses do tornozelo são classificadas em três
Lesões grau III frequentemente apresentam ruptura,
graus: Grau I envolve uma lesão microscópica do
podendo tornar-se um tornozelo instável. O
ligamento. Grau II envolve uma lesão macroscópica.
tratamento conservador pode ser realizado
Grau III uma completa ruptura do ligamento.
inicialmente, com imobilização por cerca de 6
Lesão do Complexo Ligamentar
Médio
Tratamento
• É formado pelo deltóide superficial e profundo, sendo
Alguns autores preferem o tratamento cirúrgico em
determinados pacientes, especialmente atletas de
alto
nível.
uma lesão muito menos comum e quando ocorre
geralmente está associada a outras lesões, como da
sindesmose e do complexo ligamentar lateral,
usualmente com lesão parcial das fibras do deltóide
Aproximadamente
20%
dos
pacientes
podem
apresentar sintomas residuais de dor e instabilidade
após uma lesão do tornozelo.
superficial
• A lesão isolada do deltóide deve ser tratada
conservadoramente, pelo método PRICE (proteção,
repouso, gelo, compressão, elevação,
antiinflamatórios e fisioterapia
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LESÃO LIGAMENTAR DO JOELHO
As lesões do joelho podem ocorrer durante atividades
atléticas de contacto ou não. Os avanços no diagnóstico e
Lesão do Ligamento Cruzado
Anterior
As lesões do ligamento cruzado anterior são
tratamento destas lesões têm levado os atletas ao retorno á
mais comuns em desportos em que o pé está
competição ao mesmo nível de actividade pré-lesão.
fixo ao solo e a perna é rodada com o corpo,
como no futebol, basquetebol, esqui. Com a
As lesões ligamentares podem ser classificadas em 3
rotação no joelho, o paciente pode ouvir um
graus: grau 1, entorse do ligamento sem instabilidade; grau
“estalido” quando a lesão ocorrer e não
2, entorse com instabilidade detectável, porém com
continuidade das fibras; grau 3, completa ruptura do
consegue prosseguir a atividade.
ligamento.
Lesão do Ligamento Cruzado
Anterior
Hemartrose aguda ocorre frequentemente com
poucas horas da lesão. O exame do joelho deve
Lesão Aguda
Nas lesões agudas, o exame é difícil devido a dor e ao
espasmo muscular. A presença de hemartrose leva à
grande suspeita de lesão do ligamento cruzado. O teste
ser repetido em poucos dias, após a diminuição
de Lachman ou a Gaveta Anterior positivos confirmam o
da hemartrose e da sensibilidade, para que o
diagnóstico.
exame possa ser melhor realizado. Em crianças,
a lesão é frequentemente acompanhada de
arrancamento ósseo da inserção na tíbia.
Lesão Crónica
Os pacientes podem ter tido uma lesão do
joelho e não procuraram atendimento médico
imediato, ou o diagnóstico não foi realizado, ou
o tratamento conservador de uma lesão não
teve sucesso. O aumento da instabilidade, uma
lesão meniscal ou a fraqueza muscular são a
causa para a procura de atendimento médico.
O joelho deve ser avaliado quanto a possíveis lesões
meniscais.
Pubalgia
• Sofrimento que afecta a região da sínfese púbica e
inserções tendinosas vizinhas.
• FREQUÊNCIA - é claramente superior nos homens
em relação às mulheres, é muito habitual nos
praticantes de futebol.
• Embora o número de mulheres que se dedica à
prática de futebol seja consideravelmente menor, as
diferenças anatómicas do canal inguinal e as
menores exigências no treino, além da melhor
adaptação da bacia feminina à violência biomecânica
são a principal justificação.
• Não é exclusiva dos futebolistas : aparece também
nos praticantes de ragueby, ténis, esgrima , andebol
e outros.
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Factores Intrínsecos
Pubalgia - Etiopatogenia
•
• Básicamente são três as estruturas
interessadas directamente no síndrome
pubálgico : a sinfese púbica, os músculos
aductores da coxa e o complexo do anel
inguinal. Em conjunto com os gestos técnicos
repetitivos, actuam uma série de factores
intrínsecos e extrínsecos que potenciam a
sua acção nefasta sobre a bacia. Poderemos
assim considerar dois grandes grupos de
factores favorecedores:
•
•
•
• Intrínsecos
• Extrínsecos
Factores Extrínsecos
• Os factores extrínsecos, estão directamente
relacionados com a prática desportiva, e
dependem de uma série de factores tais
como :
• Factores ecologicos relativos à qualidade dos
solos e calçado usado (pisos duros e uso de
calçado com pouca absorção de choques).
• Tipo de desporto praticado que pode ser
mais ou menos agressivo para a região
púbica (futebol, esgrima, ténis, rugby).
Excessos quantitativos.
Erros na coordenação e progressão do
treino.
No grupo dos factores intrínsecos, que estão relacionados com o
próprio atleta (morfótipo), normalmente são atletas brevilineos , jovens,
com hipertrofia muscular, com encurtamento e menor flexibilidade dos
músculos dos membros inferiores, particularmente dos aductores, em
contraste com uma musculatura abdominal significativamente
insuficiente. Podemos encontrar situações que vão exigir grandes
esforços da sinfise púbica, agravadas pelos gestos repetitivos a que a
prática desportiva obriga. Assim devemos procurar causas de
agravamento como sejam :
Anomalia congénitas ou adquiridas da parede abdominal sobretudo
nas suas localizações mais inferiores, tal como anomalias do canal
inguinal.
Hérnias congénitas ou adquiridas, nalguns casos devido ao
estiramento das estruturas anatómicas do canal inguinal, efeito
provocado por forças de tração num ponto de menor resistência e
originando verdadeiros estados pré-herniários.
As dismetrias dos membros inferiores,que são desigualdades no
comprimento e são situações muito frequentes embora inaparentes,
geram instabilidade pélvica e levam a perturbações estáticas e
dinâmicas daqueles.
Prevenção - Pubalgia
•
•
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Sendo a pubalgia uma lesão tão incapacitante, devemos preveni-la e para isso é
necessário uma estreita colaboração entre o ATLETA o TREINADOR o MÉDICO o
FISIOTERAPEUTA.
A sua prevenção passa por um treino programado e progressivo e devem ser
prevenidos e tratados todos os factores predisponentes.
A musculação abdominal cuidada e os alongamentos dos aductores e dos ísquiotibiais, devem ser feitos em todos os treinos.Pretende-se assim que o atleta tenha
um adequado equilíbrio dinâmico da bacia.
Algumas normas terapêuticas :
- Quando perante uma pubalgia o atleta deverá ter um repouso desportivo completo
e suficientemente prolongado ( entre 40 a 90 dias ) para que a cura de qualquer
elemento tendino aponevrótico atingido seja total.
- Os anti-inflamatórios devem ser administrados preferencialmente os não esteroides
em doses moderadas e decrescentes durante 20 a 25 dias, para que sejam eficazes
ao nivel das estruturas tendino-aponevróticas lesadas.
- O fortalecimento e a tonificação muscular deve ser feita antes do incio dos treinos.
- O retorno à actividade desportiva deve ser progressivo e programado.
- A cirurgia está reservada aos casos em que o tratamento médico bem instituído
não obtém resultados ao fim de pelo menos três meses de tratamento.
Rupturas Musculares
• É quando ocorre rompimento total das fibras
musculares.
• É comum a perda de função do músculo,
hipersensibilidade no ponto de ruptura e
contração da massa muscular proximal ao
rompimento.
• A dor da lesão muscular pode ser localizada
ou irradiada para toda extensão do membro.
• O agente causal de uma ruptura é sempre
um movimento forte de rápida contração ou
um movimento exagerado contra uma grande
resistência
FIM
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