UMA ANÁLISE DAS EXPORTAÇÕES DE MINÉRIO DE FERRO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SOB A PERSPECTIVA DA VANTAGEM COMPARATIVA REVELADA E DA TAXA DE COBERTURA, ENTRE OS ANOS DE 1997 A 2014 Área de concentração: Economia Internacional e Economia Brasileira: debates estruturais e conjunturais sobre economia internacional e nacional; estudos setoriais da economia brasileira; política econômica nacional; crise; financeirização; imperialismo e globalização. 1 Reinaldo Joaquim dos Santos Dórea 2 Ronisson Lucas Calmon da Conceição 3 Janfile Fernandes da Costa 4 Tómas Braga e Braga 5 Adriano Alves de Rezende ILHÉUS­BA 2015 G raduando em Economia pela UESC. E­mail: [email protected] . (73) 99196­1783 Graduando de Economia pela UESC. E­mail: [email protected] 3 Graduanda de Economia pela UESC. E­mail: [email protected] 4 Graduando de Economia pela UESC. E­mail: [email protected] 5 Economista. Mestre. Docente de Economia na UESC. E­mail: [email protected] 1 2 RESUMO A indústria do minério de ferro é um dos mais importantes setores no cenário econômico mundial. Com isso, o Brasil se insere nesse mercado destacando­se por sua alta produtividade, tendo o estado de Minas Gerais como maior produtor. Desse modo, o objetivo deste estudo é análisar a competitividade da produção de minério de ferro deste estado, levando em consideração o Indicador de Vantagem Comparativa Revelada e a Taxa de Cobertura. O presente artigo se respalda nas principais teorias de comércio internacional e na literatura existente acerca de minério de ferro, como também utiliza a pesquisa documental, a análise estatístico­descritiva. Diante do que foi exposto, conclui­se que o estado de Minas Gerais, se mostrou, com vantagem comparativa revelada e e em relação a taxa de cobertura o mesmo se mostrou forte, em relação a todos os anos de análise, assim contribuindo com um superávit na pauta de exportações brasileira. Palavras­chave : Minério de ferro; Competitividade; Comércio Internacional. 1. INTRODUÇÃO O minério de ferro é um dos principais alicerces na indústria mundial contemporânea pelo fato de ser largamente utilizado como insumo em todos os setores produtivos. Ele é encontrado em forma de rochas bruta para posteriormente ser beneficiado através de processos tecnológicos para então ser consumido de diversas maneiras pelas indústrias específicas. O Brasil possui, segundo estimativas, uma reserva de 29 bilhões de toneladas de minério de ferro, o que configura a segunda maior no mundo, cuja soma total das reservas chega a 160 bilhões de toneladas, que juntamente com a Austrália representam 72% do market­share na exportação do produto (INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO, 2009). Em 2014, a produção de minério de ferro no país foi da ordem de 400 milhões de toneladas, sendo sua exportação responsável pelo aporte de US$ 25,8 bilhões na balança comercial brasileira. O Brasil é o segundo maior exportador mundial do produto, atrás apenas da Austrália (INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO, 2014). Ao lado da laranja, petróleo e soja, o minério de ferro se constitui num dos principais produtos da pauta de exportações nacional. O boom dos preços dessas commodities capitaneado pela expansão da atividade econômica no mundo, em especial na China, foi um dos principais fatores que trouxeram desenvolvimento econômico para o país na primeira década deste século (CARVALHO et al, 2014). A inserção brasileira no mercado internacional de minério de ferro é extremamente relevante e a análise dos dados referentes ao período de 1997 à 2014 confirmam o papel do minério de ferro como um dos responsáveis pelos bons resultados obtidos pelo país em sua balança comercial nacional durante estes anos. Em 2014 o minério de ferro liderou a pauta de exportações de produtos básicos com 11,47% (INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO, 2014). A China é o principal consumidor individual do minério de ferro brasileiro, demandando aproximadamente 58% de todas exportações (INSTITUTO AÇO BRASIL, 2015). Embora, em 2015, boa parte das economias mundiais ainda estejam sofrendo as consequências da crise econômica de 2008 e contendo seus investimentos, a perspectiva são de que a demanda por minério de ferro volte a crescer em 2016, mesmo que em níveis menores ao período pré­crise. Os principais concorrentes brasileiros são, além da própria Austrália, países que têm praticado preços finais menores, como México, Irã e Índia,e é esta competitividade que cabe ao Brasil recuperar, uma posição de melhor competitividade no cenário global (INSTITUTO AÇO BRASIL, 2015). Entender a posição brasileira nesse complexo cenário competitivo internacional é de fundamental importância para a manutenção e futura expansão, como um dos líderes globais na extração e exportação do minério de ferro. Assim, se faz necessário analisar o desempenho da exportação brasileira de minério de ferro no atual cenário, e, assim, especificar a inserção competitiva do estado de Minas Gerais, que é o principal estado exportador deste segmento produtivo, sendo responsável por 47% em 2014 das exportações domésticas (BRASIL, 2014). Ressalta­se aqui trabalhos anteriores em que estes indicadores foram utilizados como o de PAIS; GOMES e CORONEL (2012), que analisaram as exportações do minério de ferro brasileiro para o mercado internacional. Os autores também utilizaram o Índice de Vantagem Comparativa Revelada (IVCR), para um recorte temporal foi 2000 a 2008 e indenticaram que o minério brasileiro vem perdendo participação no mercado internacional. Silva, Silva e Coronel (2015), realizaram um estudo sobre as exportações de minério de ferro. Contudo, o obejto de estudo foi a Austrália, maior concorrente brasileiro no mercado de minério. Os autores utilizaram para tal o Índice de Orientação Regional (IOR) e também o Índice de Vantagem Comparativa Revelada (IVCR). O estudo concluiu que as exportações australianas são voltadas para o mercado chinês e que sua industria é estramamente competitiva e consolidada frente as demais, entretanto, torna­se menos competitivo apenas em períodos de crise na economia mundial. O artigo também estabelece comparativos com o Brasil. Assim, este trabalho tem como o objetivo analisar pontualmente a competitividade das exportações do minério de ferro de Minas Gerais em relação ao contexto brasileiro entre os anos de 1997 a 2014. Especificamente, pretende­se mensurar a competividade do estado de Minas Gerais, compreendendo neste estudo o segmento produtivo do minério de ferro, através do cálculo do Índice de Vantagem Comparativa Revelada (IVCR) e Taxa de Cobertura (TC). A contribuição deste trabalho reside na utilização conjunta do IVCR e TC para identificar se o setor estrativista mineral, representado pelo seu pricipal produto de exportação – o minério de ferro, pode ser considerado um produto efetivamente forte dentro da pauta de exportações brasileiras. Deseja­se ainda ampliar os estudos sobre a competitividade do minério de ferro no estado de Minas Gerais, enquanto principal exportador de forma a subsidiar as conclusões deste estudo e futuras discussões sobre o tema. Além desta introdução, este artigo dividi­se em outras quatro seções. A segunda seção aborda o comércio internacioal e o mercado de minério de ferro, em que subdivide­se em duas partes, o comércio e concorrência internacional, alocando uma perspectiva histórica e a outra parte, um panorama nacional e internacional. A terceira seção são apresentados os procedimentos metodológicos, e as fontes de dados utilizadas no trabalho. Na quarta seção são discutidos os resultados obtidos por meio dos indicadores utilizados e na quinta e última seção são explanadas as considerações finais do artigo. 2. COMÉRCIO INTERNACIONAL. COMPETITIVIDADE E O MERCADO DE MINÉRIO DE FERRO 2.1. Comércio e concorrência internacional: primórdios e evolução histórica. Foi a partir da intensificação dos fluxos marítimos e com o objetivo de explorar novos mercados, atrelados ao avanço do capitalismo em meados do século XI que surgiu o comércio internacional (BORTOTO et al, 2004). Ao longo da história, alguns pensadores como Adam Smith, David Ricardo e Heckscher Ohlin se propuseram a explicar as razões dos países necessitarem uns dos outros para se beneficiarem do comércio. Com o declínio do feudalismo, no final do século XII, o mercantilismo foi a primeira tentativa de se entender o comércio internacional, desse modo, Contin et al. (2012, p. 90) escreve “[...] o objetivo do governo era executar políticas que mantivessem uma balança comercial positiva”, argumentando que a riqueza de um país 6 dependia do acúmulo de metais preciosos adquiridos da exploração de outras nações. Foi no período mercantilista (século XVII) que surgem as medidas protecionistas e as estratégias das atividades nacionais (CASSANO, 2002). A integração entre os países transformou suas relações produtivas, por isso houve uma preocupação em expandir a literatura do comércio internacional. O mercantilismo fundamentava­se em 7 alguns pilares, a saber: o metalismo , a balança comercial favorável, o protecionismo, a intervenção do Estado na economia, o monopólio e o colonialismo. Já no século XVIII, especificamente 1776, Adam Smith contraria os mercantilistas quando publica sua obra principal “Tratado sobre a Riqueza das Nações: investigação sobre sua natureza e suas causas”, elabora sua teoria de vantagens Bulionismo – o nome vem de bullion , que em inglês significa lingote ou barra de ouro ou prata. O mercantilismo espanhol foi caracterizado como bulionista por apoiar­se no grande fluxo de ouro e prata proveniente das colônias na América. O bulionismo foi uma concepção monetária muito apreciada durante o século XIX e também muito combatida antes, principalmente por William Petty, François Quesnay e Adam Smith (SANDRONI, 2005, p.102). 7 Metalismo ­ sistema monetário que tem como moeda­padrão algum metal precioso (sobretudo ouro e prata), com valor de troca fixo entre o metal e o dinheiro, além de cunhagem livre e ilimitada. O objetivo é evitar ao máximo as flutuações no valor da moeda. Quando a moeda­padrão é apenas um metal — sistema que foi adotado pela Grã­Bretanha em 1816, com o nome de padrão­ouro —, dá­se o nome de monometalismo. No caso de dois metais serem utilizados como padrão, fala­se em bimetalismo , sistema amplamente utilizado no decorrer do século XIX (SANDRONI, 2005, p.535­536). 6 absolutas sobre o comércio internacional, afirmando que os países, individualmente, deveriam produzir a custos baixos e, por depois, trocar o excedente da produção pelos produtos com menor custo em outros países. Sendo assim, o comércio seria explicado pelas diferenças absolutas nas produtividades (do trabalho), portanto, uma nação deveria produzir tudo aquilo que ela conseguisse produzir com menor custo (comparado aos seus parceiros comerciais) (COUTINHO, 2005). Mais adiante, a ideia de vantagens absolutas já não se fazia mais eficaz. Um outro pensador se insere no âmbito da economia internacional. A teoria moderna do comércio internacional nasceu, em 1817, quando David Ricardo da publicação de sua obra “Princípios da Economia Política e da Tributação”; ele demonstra nesta obra que as trocas eram mutuamente benéficas para os países (KRUGMAN; OBSTFELD, 2001). Diferentemente de Smith, Ricardo ressalta que as trocas de mercadorias se dá, não em termos absolutos, mas em termos relativos. Segundo Nunes Filho (2006, p.57­58), [...] vantagem relativa significava, simplesmente, que a razão entre o trabalho incorporado às duas mercadorias diferia entre os países (custo de oportunidade), de modo que cada um deles poderia ter, pelo menos, uma mercadoria na qual a quantidade relativa de trabalho incorporado seria menor do que a do outro país. Foi a partir da teoria de Ricardo, que o comércio internacional se tornou latente nos debates econômicos, assim outros teóricos aprimoraram o esquema. Eli Heckscher, Bertil Ohlin e Paul Samuelson, não trataram apenas o trabalho como fator produtivo, mas acrescentou terra e capital, dando origem ao Teorema da Equalização dos Fatores Produtivos, afirmando que o comércio internacional iguala o preço dos fatores de produção (KRUGMAN; OBSTFELD, 2001; BAUMANN; CANUTO e GONÇALVES, 2004; NUNES FILHO, 2006). 8 Outro importante teórico foi Balassa , que buscou observar os preços após o comércio, concluindo que é o comércio que dissemina as vantagens comparativas, ou seja, o comportamento das exportações de um determinado setor de um país foi alcançado a partir das vantagens comparativas desse setor, todavia, contrapõe­se ao 8 Renomado economista húngaro e professor da Universidade Johns Hopkins – EUA e cunsultor do Banco Mundial (EUMED, 2015), teórico, afirmando que o Índice de Vantagens Comparativas Reveladas (IVCR) descreve os padrões de comércio (MAIA, 2002). Por sua vez, Alfred Marshall, em 1985, buscou demonstrar os fatores que vão influenciar a localização e concentração de indústrias, além de elementos que influenciam a sua atratividade, a exemplo da especialização do trabalho, que coopera tanto para o ponto citado acima, como para a eficiência, desempenho e competitividade da indústria (NUNES FILHO, 2006). Na atualidade, um dos principais, senão o principal teórico voltado para o estudo de estratégias de competitividade é o professor da Harvard Business School Michael Porter (1999, p. 167) destaca que “A competitividade de um país depende da capacidade da sua indústria de inovar e melhorar”. Para tanto, existem cinco forças de competitividade entre as empresas: i) Rivalidade entre os concorrentes; b) Poder de Negociação dos clientes; c) Poder de Negociação dos Fornecedores; d) Ameaça de Entrada de Novos Concorrentes e; e)Ameaça de Produtos Substitutos. Atribuindo esses fatores à competitividade nacional, Porter confirma que cada país tem sua prática gerencial e que o principal objetivo do país é atingir altos níveis de produtividade, resultando num elevado padrão de vida (PORTER, 1999). 2.2. Minério de ferro:um panorama nacional e internacional Históricamente acredita­se que o homem descobriu o ferro no período Neolítico, entre 6000 a 4000 A.C., onde homens colocaram rochas para proteger uma determinada fogueira (INSTITUTO AÇO BRASIL, 2013). Assim, com a descoberta do minério de ferro, e com o passar dos anos os gregos desenvolveram um tratamento térmico denominado revenido, em que consistia no aquecimento do metal, para a produção de armas e equipamentos(SILVA e SOUZA, 2014). Conforme Kuhl 1998, citado por Silva e Souza (2014), a China já possuía técnicas evoluídas para a fabricação de ferro, desde o século VI A.C., entretanto, este só tomaria proporções maiores com a revolução industrial, desta forma, na Europa, esta produção tomou proporções para uso da força hidráulica para acionar os foles de ventilação e demais utensílios. O fluxo de comércio internacional de minério de ferro é intenso e atinge cerca de 445 milhões de toneladas, desta forma mostrando a sua relevância ao saldo comercial brasileiro (ANDRADE, 1997). Em 2014, o Brasil era o segundo maior produtor de minério de ferro do mundo e hoje os três maiores produtores foram a China com 1,31 bilhões de toneladas, a Austrália com 521 milhões de toneladas e o Brasil com 400 milhões de toneladas (INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO, 2014 Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (IBRAM, 2014), as maiores reservas de minério de ferro estão na China, Rússia, Brasil, Austrália. Em relação a este último país ressalta­se que este segmento produtivo é uma fonte de suas maiores exportações, e as suas reservas são encontradas na área ocidental do continente, especialmente na região de Pilbara e no noroeste do estado da Austrália Ocidental (CARVALHO, 2014). Por sua vez, as importações de minério de ferro brasileiras são realizadas, em grande parte, por países asiáticos e europeus como, Japão (10%), Alemanha (3%) e China (51%), onde, somente estes três grandes importadores são responsáveis por 64% dos destinos das exportações totais brasileiras de minério de ferro (DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL,2014). O mercado de minério de ferro recebeu uma forte influência do acelerado crescimento mundial puxado pela China na última década, passando a ser um produto altamente lucrativo e despertando o interesse de diversos novos entrantes na produção (CARVALHO, 2014). Apesar da China ser detentora de uma grande reserva natural deste minério, este país também mostra o seu caráter exportador, entretanto parte de sua produção é voltada para o consumo interno, mas esta relação China e minério de ferro, é ainda mais relevante, quando se trata de importações, o gigante asiático é parceiro comercial brasileiro e de maior participação das importações de minério de ferro do Brasil. Em 2013, o Brasil exportou cerca de 329,6 toneladas de minério e pelotas, com um valor de US$­FOB 32,5 bilhões. Destes valores, foram exportadas 282 toneladas de minério, com um valor de US$­FOB 26 bilhões e 47,5 toneladas de pelotas com um valor de US$­FOB 6,5. Para o ano de 2013 o preço médio de exportação de minério (US$­FOB 92,14/t) foi 6,6% maior que o registrado em 2012, enquanto o preço médio de exportação de pelotas (US$­FOB 136,78/t) diminuiu 2,6% (INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO, 2014). Em 2009, a China se tornou o principal demandante do Brasil, ultrapassando Estados Unidos e Argentina. Em 2012, as exportações brasileiras para China representaram 17% das exportações totais, o equivalente a US$ 41,228 milhões. Os principais produtos exportados para a China no ano de 2013, até Setembro, foram: Sementes e grãos com 45,8% do total exportado, seguido por minério de ferro, com 31,4% das exportações (INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO, 2014). Os combustíveis representaram 6,6% das exportações, e as pastas de madeira, 3,1%. Assim, a produção brasileira de minério de ferro por estado em 2013, é composta pelo estado de Minas Gerais (68%) onde comprova a sua relevância enquanto maior estado produtor e exportador, Pará (27,3%), Mato Grosso (2%) e o Amapá (1,6%), (INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO, 2014). No Brasil, algumas empresas se destacam na produção de minério. Segundo o DNPM (2014), em 2013, as principais empresas que produzem minério de ferro no país foram a Vale, Samarco Mineração S/A e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), as quais responderam pelas parcelas de 79%, 7,4% e 3% da produção total, respectivamente. A parcela restante, de 10,6%, coube a outras empresas, como Usiminas, ArcellorMittal, Serra Azul, Mineração Corumbaense, V&M Mineração, entre outras. 3. METODOLOGIA Para alcançar o objetivo proposto pelo trabalho, inicialmente utilizou­se o índice de Vantagem Comparativa revelada, com intuito de verificar a existência a vantagem comparativa revelada das exportações de minério de ferro do estado de Minas Gerais no período de 1997 a 2014. Outro índice utilizado é a taxa de cobertura, que é a razão entre o total de exportações e importações do estado de Minas Gerais. Esta taxa demonstra o valor em que as exportações pagam as importações, seja analise feita no âmbito país ou estado (ADVFN,2014). Para consecução deste trabalho os dados secundários referentes à balança comercial do minério de ferro brasileiro foram coletados no sítio do Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior (Aliceweb2) e no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Estes dados se referem a 9 valores anuais em US$ Free on Board . Os indicadores analíticos utilizados neste trabalho possibilitam mensuração do grau de especialização de um determinado espaço econômico, no uso dos seus fatores de produção e exportação de um dado produto ou setor produtivo. Ademais, permitem analisar em que medida este produto ou setor contribuem para o saldo positivo da balança comercial, de modo a gerar renda para a economia local, regional e nacional. Desta forma, a escolha dos indicadores de Vantagem Comparativa Revelada e a Taxa de Cobertura possibilitaram analisar a contribuição das exportações de minério de ferro do estado de Minas Gerais para a balança comercial nacional, bem como quantificar a vantagem ou desvantagem comparativa deste produto. 3.1. Índice de Vantagem Comparativa Revelada (IVCR) O indicador de Vantagem Comparativa Revelada (IVCR) foi proposto em 1965 por BélaBalassa com o objetivo de consolidar um instrumental analítico que possibilitasse mensurar a vantagem comparativa “revelada” de um país, isto é, ex post aos fluxos comerciais (SOARES; SILVA, 2013; PEREIRA et al., 2011). Este indicador possibilita analisar o grau de especialização de uma determinada amplitude espacial, o que pode incluir desde países a blocos econômicos, para um determinado produto ou setor produtivo. Dito isto, a fórmula de cálculo deste índice pode ser definida de acordo com a equação a seguir: X I V CRijk = (X ij ) ik X (X j ) (1) k 9 Free on Board d esigna uma modalidade de repartição de responsabilidades, direitos e custos entre ofertante e demandante no comércio. Em que: I V CRijk = Vantagem Comparativa Revelada do produto i X ij = Valor exportado do produto i na região j ; X ik = Valor total exportado do produto i na zona de referência k ; X j = Valor total das exportações totais da região j ; X k = Valor total das exportações da zona de referência k . No caso deste trabalho, em consonância com o trabalho de Dorneles, Dalazoana e Schlindwein (2013) derivou­se a seguinte adaptação para o índice: I V CRMF, MG, BR = ( XMF , MG XMG ) ( XMF , BR XBR ) (1.1) X MF, MG = Valor exportado de minério de ferro pelo estado de Minas Gerais; X MG = Valor total exportado por Minas Gerais; X MF, BR = Valor total das exportações brasileiras de minério de ferro; X BR = Valor total das exportações brasileiras. O IVCR varia num intervalo que vai de zero ao infinito: se o IVCR for maior que a unidade o estado apresentará vantagem comparativa; conquanto, valores entre zero e a unidade expressam desvantagem comparativa. 3.2. Taxa de Cobertura (TC) Por outro lado, para complementar a análise deste trabalho utilizou­se também a Taxa de Cobertura (TC), que é um complemento ao IVCR. Sua fórmula de cálculo pode ser expressa de acordo com a equação (2) abaixo: X T C ij = Mi (2) i Sendo que: T C ij = Taxa de cobertura do produto i da região ou país j ; X i = Valor das exportações do produto i da região ou país j ; M i = Valor das importações do produto i da região ou país j . Novamente, adequando a equação genérica da TC ao minério de ferro mineiro tem­se: X T C MF, MG = MMG (2.1) MG T C MF, MG = Taxa de cobertura do minério de ferro do estado de Minas Gerais; X MG = Valor das exportações de minério de ferro de Minas Gerais; M MG = Valor das importações de minério de ferro de Minas Gerais. Se a Taxa de Cobertura (TC) for maior que a unidade, tem­se que o produto ou setor contribui para o superávit da balança comercial, porém, se a TC for menor que a unidade o produto contribui para o déficit da balança comercial. Outra interpretação possível seria associar os resultados obtidos com a vantagem ou desvantagem comparativa, assim: se TC>1 as exportações “cobrem” as importações do produto ou setor em questão, para uma dada região ou país, coexistindo vantagem comparativa na comercialização deste produto (SILVA et al , 2015; SOARES; SILVA, 2013). Por fim, ressalta­se que a análise conjunta entre a TC e o IVCR evidencia a existência de pontos fortes, fracos e neutros do comércio exterior de uma determinada região ou país na exportação de um dado produto. Desta forma, se o IVCR e a TC forem maior que a unidade o produto em questão se constitui em um ponto forte para a economia; caso contrário, se ambos os indicadores supracitados forem menores que a unidade o produto analisado é considerado um ponto fraco, em termos de comércio internacional. No caso de o produto apresentar apenas um dos indicadores inferior a unidade, tem­se a determinação de um ponto neutro (SILVA et al , 2015; PEREIRA et al ., 2009; GUTMAN; MIOTTI, 1998). 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Balança Comercial do minério de ferro A TABELA 1, a seguir caracteriza a evolução das exportações de minério de ferro do Brasil e do estado de Minas Gerais, entre os anos de 1997 a 2014. A compreensão do comportamento das exportações deste produto, no recorte temporal em análise, é relevante para posteriormente interpretar os resultados dos indicadores do comércio internacional utilizados neste trabalho. TABELA 1. Exportação de minério de ferro brasileiro e do estado de Minas Gerais, para os anos de 1997 a 2014. Ano Brasil (A) Var. (%) Minas Gerais (B) Var. (%) (B)/(A) 1997 2.846.169.764,00 ­ 1.365.666.140,00 ­ 48% 1998 3.253.051.599,00 14% 1.813.634.131,00 33% 56% 1999 2.746.016.288,00 ­16% 1.442.930.187,00 ­20% 53% 2000 3.048.240.096,00 11% 1.652.432.140,00 15% 54% 2001 2.931.542.166,00 ­4% 1.574.689.912,00 ­5% 54% 2002 3.048.850.425,00 4% 1.658.926.992,00 5% 54% 2003 3.455.920.520,00 13% 1.490.908.011,00 ­10% 43% 2004 4.758.876.327,00 38% 1.936.300.411,00 30% 41% 2005 7.296.639.949,00 53% 2.871.759.522,00 48% 39% 2006 8.948.871.317,00 23% 3.617.186.877,00 26% 40% 2007 10.557.911.454,00 18% 4.734.004.613,00 31% 45% 2008 16.538.421.598,00 57% 7.111.546.428,00 50% 43% 2009 13.246.903.676,00 ­20% 6.565.794.393,00 ­8% 50% 2010 28.911.882.009,00 118% 13.523.611.650,00 106% 47% 2011 41.817.251.122,00 45% 19.453.506.130,00 44% 47% 2012 30.989.292.505,00 ­26% 14.424.404.158,00 ­26% 47% 2013 32.491.530.731,00 5% 16.133.452.718,00 12% 50% 2014 25.819.090.176,00 ­21% 12.232.100.996,00 Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados do AliceWeb, 2015. ­24% 47% No período de 1997 a 2001, podemos identificar, o quão relevante é as exportação de minério de ferro do estado de Minas Gerais (MG) para as exportações brasileiras, assim, ao analisar a variação de exportação brasileira de minério de ferro observou­se que ela oscila forma similar a Minas Gerais, ou seja, quando as exportações de mineiras caem, a exportação brasileira também se retraem. A partir deste período 2001, onde ocorreu a ultima retração das exportações brasileira de minério de ferro, houve uma ascendência da exportação do estado de Minas Gerais até o ano de 2008, período pré­crise econômica mundial, ou como também ficou conhecida, crise dos subprime . Em 2008 a quebra do Banco Lehman Brothers, onde afetou todo o comércio mundial, afetou diretamente o principal produto da balança comercial brasileira. Desta forma, identificou­se na tabela anterior uma retração das exportações de minério de ferro tanto do estado de Minas de Gerais como brasileira. No período pós­crise, pode­se observar a recuperação do comércio internacional nos anos de 2010 e 2011, onde justamente, durante o período, ocorreu outro choque na economia mundial decorrrente do endividamento dos bancos Europeus, como efeito da crise de 2008. Logo, identificou­se uma nova retração das exportações de minério de ferro no ano de 2012. Nos anos que sucederam a crise o comercio de minério de ferro teve um baixo volume de exportações e, em 2014, o quadro se agrava pelo fato da China, maior importadora de minério de ferro brasileiro, dar indícios de taxas de crescimento em níveis menores que nos anos anteriores. Nesse mesmo momento a China reviu sua política de coméricio exterior principalmente, a figura de grande importador mundial, e volta­se para uma política voltada para a manutenção do crescimento direcionando seu consumo para o mercado doméstico. 4.2 Análise dos indicadores Nesta seção serão analisados especificamente o Indicador de Vantagem Comparativa Revelada (IVCR) e a Taxa de Cobertura (TC). Por sua vez, a TABELA 2 apresenta os resultados alcançados pelo Indice de Vantagem Comparativa Revelada (IVCR) para o estado de Minas Gerais que são discutidos logo a seguir. TABELA 2. Indicador de Vantagem Comparativa Revelada para o estado de Minas Gerais, entre os anos de 1997 a 2014. (Continua) Ano IVCR Variação Percentual (%) 1997 3,52 ­ 1998 3,76 7% 1999 3,95 5% 2000 4,45 13% 2001 5,17 16% 2002 5,18 0% 2003 4,24 ­18% 2004 3,93 ­7% 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 3,45 3,56 3,92 3,48 3,89 3,02 2,88 3,40 3,59 3,64 ­12% 3% 10% ­11% 12% ­22% ­5% 18% 6% 1% Fonte: elaborado pelos autores a partir de dados do AliceWeb e MIDIC, 2015. Observa­se que em todos os anos de análise, Minas Gerais apresentou vantagem comparativa revelada, ou seja, as exportações de minério de ferro se revelaram competitivas. No início do período, em 1997, este estado apresentou um IVCR de 3,52 fechando o recorte, em 2014, com 3,64. Entre 1997 e 2002 o indicador apresentou, em linhas gerais, uma trajetória ascendente, com ressalvas para os anos de 1999, em que o indicador apresenta uma variação de 5% em relação ao ano anterior, e, em 2002, quando a taxa de crescimento do IVCR em relação ao ano anterior se mostra insignificante. Posteriormente, entre os anos 2003 a 2005, 2008, 2010 e 2011 as variações apresentaram­se negativas. Contudo, o IVCR sempre manteve­se favorável. Este fenômeno, se for observado em um contexto mais amplo, tendo Minas Gerais como representativo do Brasil, é similar ao descrito por Silva; Silva e Coronel (2015) para a Austrália. A TABELA 3 demonstra os resultados alcançados pela Taxa de Cobertura para o estado de Minas Gerais, entre os anos de 1997 e 2014. TABELA 3 Taxa de Cobertura para as exportações de minério de ferro de Minas Gerais, para o período de 1997 a 2014. (Continua) Ano Taxa de Cobertura (TC) 1997 434.096,04 1998 * 1999 832.619,84 2000 2.391.363,44 2001 7.757.093,16 2002 1.270.235,06 2003 2.872.655,13 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2.432.538,20 1.197.065,24 16.982.098,01 5.595.750,13 10.458.156,51 25.350.557,50 3.780.713,35 3.343.101,24 4.127.154,27 5.248.358,07 6.400.890,11 Fonte: elaborado pelos autores a partir de dados do AliceWeb e MIDIC, 2015. *Ano em que não houve importação de minério de ferro. No período analisado a Taxa de Cobertura foi maior que unidade em todos os anos, demonstrando que as exportações de minério de ferro mineiras contribuem efetivamente para o superávit da balança comercial regional e, em conseqüência, nacional. Em outras palavras, a análise deste indicador evidencia a vantagem comparativa deste produto. Cabe ressaltar que os elevados valores obtidos aqui podem ser explicados pelos valores irrisórios das importações de minério de ferro deste estado, quando comparados com as exportações. TABELA 4 ­ Pontos fortes, fracos e neutros para o comércio internacional do produto minério de ferro de Minas Gerais, no período em análise. Interpretação Ano Forte 1997 * 1998 Forte 1999 Forte 2000 Forte 2001 Forte 2002 Forte 2003 Forte 2004 Forte 2005 Forte 2006 Forte 2007 Forte 2008 Forte 2009 Forte 2010 2011 2012 2013 2014 Forte Forte Forte Forte Fonte: elaborado pelos autores a partir de dados do AliceWeb e MIDIC, 2015. *Ano em que não houve importação de minério de ferro. Por fim, conforme mencionado anteriormente, a análise conjunta da TC e do IVCR permite identificar se o produto ou setor sob análise se constuiu num ponto forte, fraco ou neutro para a economia local. Através desta comparação (TABELA 4), evidenciou­se que em todos os anos do recorte temporal em análise, as exportações de minério de ferro se mostraram um ponto forte para a economia de Minas Gerais. Isto evidencia a relevância desta atividade produtiva na geração de renda e superávit para a Balança Comercial nacional. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Tomando como ponto de partida, a análise do Índice de Vantagens Comparativas Reveladas do minério de ferro no estado de Minas Gerais e a Taxa de Cobertura. Os resultados obtidos, demonstraram que Minas Gerais, possui Vantagem Comparativa Revelada na exportação de minério de ferro, mesmo com variações em determinados anos, a quantidade exportada ainda sim é relevante para a pauta de exportação brasileira. Com base na análise conjunta dos indicadores, percebeu­se que com a Taxa de Cobertura foi maior que a unidade (1), assim confirmou­se que este produto é um ponto forte e de extrema relevância para a economia, tanto para o estado de Minas Gerais quanto o Brasil. Após a verificação da vantagem comparativa das exportações de minério de ferro, faz­se necessário refletir em medidas que fortaleçam a competitividade deste produto e seus segmentos, principalmente para adoção de políticas públicas que envolvam investimentos em infraestrutura e em melhoria dos modais de transporte de forma a facilitar o escoamento da produção e as exportações no intuito de mitigar o custo produtivo no Brasil tornando­o mais competitivo internacionalmente. Sugere­se que este trabalho seja futuramente expandido, em relação as exportações dos demais estados produtores do Brasil, de forma a verificar a relevância de outras variáveis, como o preço praticado, a taxa de câmbio e também a quantidade exportada, pois a cadeia produtiva do minério de ferro é de imensa relevância para o saldo comercial brasileiro. 6. REFERÊNCIAS ADVFN. Indicadores Econômicos: balança comercial . [s.d.]. Disponível em: < http://br.advfn.com/indicadores/balanca­comercial>. Acesso em: 13 abr. 2014. ANDRADE, M. L. A. et al. Setores Mínero­Metalúrgico e Siderúrgico. Brasilia: BNDES, 1997. Disponível em: <http://www.bndespar.com.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arqui vos/conhecimento/bnset/minmetal.pdf. > acesso em 16 Out 2015. BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Sumário Mineral . Brasília, 2014, 141 p. BORTOTO, A. C. Comércio Exterior: teoria e gestão. São Paulo: Atlas, 2004. 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