Publicação Indexada em: Latindex, LILACS e SciELO Brasil

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ISSN 1806-3713
J Bras Pneumol v. 32; suplemento 7, p. S 447-S 474 Novembro, 2006
Editor-Chefe
José Antonio Baddini Martinez – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP
Editores Associados
Afrânio Lineu Kritski – Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ
Álvaro A. Cruz – Universidade Federal da Bahia, BA
Daniel Deheinzelin – Hospital A. C. Camargo, São Paulo, SP
Fábio Biscegli Jatene – Universidade de São Paulo, SP
Geraldo Lorenzi-Filho – Universidade de São Paulo, SP
José Alberto Neder – Universidade Federal de São Paulo, SP
Nestor Müller – Vancouver General Hospital, BC, Canadá.
Renato Tetelbom Stein – Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS
Conselho Editorial
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e www.scielo.br/jbpneu
Brazil
Auxilio Editoração:
supl_7.indb 1
Ana C. Krieger – New York University School of Medicine, New York, USA
Ana Luiza Godoy Fernandes – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP
Carlos Alberto de Assis Viegas – Universidade de Brasília, Brasília, DF
Carlos Alberto de Castro Pereira – Universidade Federal de São Paulo, SP
Carlos M. Luna – Hospital de Clinicas, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina
Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
Carmem Silvia Valente Barbas – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
Celso Carvalho – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
Chris T. Bolliger – University of Stellenbosch, South Africa
Dany Jasinowodolinski – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP
Douglas Bradley – University of Toronto, Toronto, ON, Canadá
Elnara Márcia Negri – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
Emilio Pizzichini – McMaster University, Hamilton, ON, Canadá
Francisco Vargas Suso – Universidade de São Paulo, SP
Frank McCormack – University of Cincinnati School of Medicine, Cincinnati, OH, USA
Guilherme Schettino – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
Ilma Aparecida Paschoal – Universidade de Campinas, Campinas, SP
Irma de Godoy – Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP
John J. Godleski – Harvard Medical School, Boston, Massachusetts, USA
José Dirceu Ribeiro – Universidade de Campinas, Campinas, SP
José Miguel Chatkin – Pontífica Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS
José Roberto de Brito Jardim – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP
José Roberto Lapa e Silva – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ
Júlio César Abreu de Oliveira – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG
Luiz Eduardo Nery – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP
Manoel Ximenes Netto – Hospital de Base do Distrito Federal, Brasília, DF
Marc Miravitlles – Hospital Clinic, Barcelona, España
Marcelo Alcântara Holanda – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE
Marcelo Amato – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
Margareth Maria Pretti Dalcolmo – Centro de Referência Hélio Fraga, Ministério da Saúde, Rio de Janeiro, RJ
Marli Maria Knorst – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS
Milton de Arruda Martins – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
Noé Zamel – University of Toronto, Toronto, ON, Canadá
Nuno Fevereiro Ferreira de Lima – Universidade de Brasilia, Brasilia, DF
Paulo Francisco Guerreiro Cardoso – Pavilhão Pereira Filho, Porto Alegre, RS
Paulo Hilário Nascimento Saldiva – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
Peter J. Barnes – National Heart & Lung Institute, Imperial College, London, UK
Renato Sotto-Mayor – Hospital Santa Maria, Lisboa, Portugal
Riad Nain Younes – Hospital A. C. Camargo, São Paulo, SP
Richard W. Light – Vanderbili University, Nashville, Tennessee, USA
Rik Gosselink – University Hospitals Leuven, Bélgica
Robert Skomro – University of Saskatoon, Saskatoon, SK, Canadá
Ruzena Tkacova – L. Pasteur Faculty Hospital, Eslováquia
Talmadge King Jr. – San Francisco General Hospital, University of Califórnia, San Francisco, CA, USA
Thaís Helena Abrahão Thomaz Queluz – Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP
Vera Luiza Capelozzi – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP
Verônica Parreira – Universidade Federal de Minas Gerais, MG
Walter Araújo Zin – Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Rio de Janeiro, RJ
Wilson Leite Pedreira Júnior – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.
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ISSN 1806-3713
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
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O Jornal Brasileiro de Pneumologia ISSN 1806-3713, é uma publicação bimestral da Sociedade Brasileira de
Pneumologia e Tisiologia. Os conceitos e opiniões emitidos nos artigos são de inteira responsabilidade de
seus autores. Permitida a reprodução total ou parcial dos artigos, desde que mencionada a fonte.
Diretoria da SBPT (Biênio 2004-2006):
Presidente: Mauro Musa Zamboni
Presidente Eleito: Antonio Carlos Moreira Lemos
Secretária-Geral: Terezinha Lima
Secretário-Adjunto: Paulo Cesar Nunes Restivo
Diretor Financeiro: Marcelo Palmeira Rodrigues
Diretor de Assuntos Científicos: Jussara Fiterman
Diretor de Divulgação: Jairo Sponhoz Araújo
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Presidente do XXXIII Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia: Márcia Alcantara Holanda
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CONSELHO FISCAL:
Efetivos: Fernando Luiz Cavalcanti Lundgren (PE), Walter Roriz de Carvalho (RJ), Júlio César Abreu de Oliveira (MG)
Suplentes: Antônio José Pessoa Dórea (BA), Jairo Sponholz Araújo (PR), Antônio César Cavalazzi (SC)
PRESIDENTES DOS DEPARTAMENTOS DA SBPT:
Cirurgia Torácica - José de Jesus Peixoto Camargo (RS)
Endoscopia Respiratória - Roberto Helou Rassi (GO)
Função Pulmonar - José Alberto Neder Serafini (SP)
Imagem - Edson Marchiori (RJ)
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PRESIDENTES DAS COMISSÕES CIENTÍFICAS DA SBPT:
Asma Brônquica – Roberto Stirbulov (SP)
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Distúrbios Respiratórios do Sono – Geraldo Lorenzi Filho (SP)
Doenças Intersticiais – Ronaldo Adib Kairalla (SP)
DPOC – José Roberto de Brito Jardim (SP)
Epidemiologia – José Miguel Chatkin (RS)
Infecções Respiratórias e Micoses – Fernando Luiz Cavalcanti Lundgren (PE)
Pleura – Evaldo Marchi (SP)
Doenças Respiratórias Ambientais e Ocupacionais – Jefferson Benedito Pires de Freitas (SP)
Relações Internacionais – Octácio Messeder (BA) e João Gonçalves Pantoja (RJ)
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Terapia Intensiva – Bruno do Valle Pinheiro (MG)
Tuberculose – Margareth Maria Pretti Dalcolmo (RJ)
Secretaria Administrativa: Departamento de Clínica Médica. Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
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Tiragem: 4000
Distribuição: Gratuíta para sócios da SBPT e bibliotecas
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ISSN 1806-3713
J Bras Pneumol v. 32; suplemento 7, p. S 447-S 474 Novembro, 2006
Editor - Dr. Roberto Stirbulov – SBPT
Professor adjunto da F.C.M. da Santa Casa de São Paulo. Chefe da Disciplina e da Clínica de Pneumologia. Editor - Dr. Luiz Antônio G. Bernd - ASBAI
Professor Titular da Disciplina de Imunologia da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre.
Doutor em Imunologia pela Escola Paulista de Medicina, UNIFESP
Especialista em Alergia e Imunologia Clínica pela ASBAI/AMB - CFM
Editor - Dr. Dirceu Sole – SBP
Editor indicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria
Professor Titular da Disciplina de Alergia, Imunologia Clínica e Reumatologia do Depto de Pediatria da Universidade
Federal de São Paulo-Escola Paulista de Medicina
COORDENADORES - PRESIDENTES DAS 3 SOCIEDADES
Mauro Musa Zamboni – SBPT
Pneumologista do Grupo de Oncologia Torácica do HC I - INCA
Mestre em Pneumologia pela Universidade Federal Fluminense
Presidente da SBPT
Dioclécio Campos Júnior – SBP
Professor Titular de Pediatria da Universidade de Brasília - UnB
Doutor em Pediatria pela Université Libre de Bruxelles
Presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP
Nelson Augusto Rosário Filho – ASBAI
Professor Tirular Doutor, Universidade Federal do araná
Presidente, Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia
Vice-Presidente, Sociedade LatinoAmericana de Alergia e Imunologia
Coordenador, Curso de Especialização em Alergia Pediátrica, UFPR
Participantes
UF
1. Alfeu Tavares França – ASBAI
Livre-docente. Professor Associado da Faculdade de Medicina da UFRJ
Professor da Unidade de Imunopatologia da Faculdade de Medicina da FTESM.
Chefe do Serviço de Alergia do Hospital São Zacharias.
RJ
2. Ana Luiza Godoy Fernandes – SBPT
SP
Profa. Associada de Pneumologia – Universidade Federal de São Paulo
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Pneumologia Unifesp Membro da Comissão de Asma da
SBPT
3. Antônio Carlos Pastorino – SBP
Assistente da Unidade de Alergia e Imunologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas – FMUSP
Mestre e Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
SP
4. Charles K. Naspitz – ASBAI
SP
Professor Titular da Disciplina de Alergia, Imunologia Clinica e Reumatologia do Departamento de Pediatria da
UNIFESP/Escola Paulista de Medicina (aposentado).
5. Dennis Alexander Rabelo Burns – SBP
Preceptor de Residência Média em Alergia e Imunologia Pediátrica
Hospital Universitário de Brasília – UnB
DF
6. Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho – SBP
Professor Adjunto doutor da Disciplina de Pediatria da Universidade Federal de Pernambuco
Coordenador Adjunto do Centro de Pesquisas em Alergia e Imunologia Clínica da UFPE
PE
7. Emilio Pizzichini
SC
Doutor em Pneumologia; Professor Adjunto do Departamento de Clínica Médica do Centro de Ciências da
Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC);
Pesquisador Associado do Father Sean O’Sullivan Research Centre - McMaster University, Canadá supl_7.indb 3
8. Evandro Alves do Prado – SBP
Chefe do serviço de alergia e imunologia do instituto de pediatria da ufrj
Prof. Do Departamento de pediatria da faculdade de medicina da ufrj
Primeiro vice-presidente da ASBAI
RJ
9. Fábio F. Morato Castro – ASBAI
Professor Associado da Disciplina de Imunologia Clínica e Alergia da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (FMUSP)
Supervisor do Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas (HC-FMUSP)
SP
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Participantes
UF
10. João Negreiros Tebyriçá – ASBAI
RJ
Prof. Livre Docente em Alergia e Imunologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO
Prof. Associado do Curso de Especialização em Alergia e Imunologia da Escola Médica de Pós-Graduação da
PUC-RJ
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11. José Ângelo Rizzo – ASBAI
Doutor Professor Adjunto de Medicina Clínica / UFPE
Coordenador do Centro de Pesquisas em Alergia e imunologia Clínica / UFPE
PE
12. José Dirceu Ribeiro – SBP
Pesquisador do CNPq e FAPESP.
Mestre em Clínica Médica e Doutor em Pediatria.
Professor do Depto de Pediatria da FCM/Unicamp desde 1980.
Presidente do Departamento de Pneumologia Pediatricada SBP e da SBPT
SP
13. José Miguel Chatkin – SBPT
Professor titular de Medicina Interna - Pneumologia da Fac Medicina da PUCRS;
Pos-Doutorado na University of Toronto
RS
14. Jussara Fiterman SBPT
Doutora em Pneumologia pela UFRGS
Instituições: Faculdade de Medicina da PUCRS
Hospital de Clínicas de Porto Alegre
RS
15. Luiz Fernando F. Pereira – SBPT
Coordenador do Ambulatório de Asma do Hospital das Clínicas da UFMG
MG
16. Maria do Rosário da Silva Ramos Costa – SBPT
Doutora em Medicina(Pneumologia) pela Universidade Federal de São Paulo(UNIFESP)
Professora adjunta e chefe do Departamento de Medicina I da Universidade Federal do Maranhão
MA
17. Marina Lima – SBPT
Coordenadora da unidade de pesquisa clínica em Pneumologia do Instituto de Doenças do Tórax da
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
RJ
18. Nelson Augusto Rosário Filho – SBP
Professor Tirular Doutor, Universidade Federal do PAraná
Presidente, Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia
Vice-Presidente,Sociedade LAtinoAmericana de Alergia e Imunologia
Coordenador, Curso de Especialização em Alergia Pediátrica, UFPR
PR
19. Paulo de Tarso Roth Dalcin – SBPT
Professor Adjunto, Departamento de Medicina Interna, Faculdade de Medicina,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Doutor em Medicina: Pneumologia
RS
20. Rafael Stelmach – SBPT
Assistente Doutor da Disciplina de Pneumologia do InCor/HC FMUSP
Professor Colaborador do Departamento de CardioPneumologia FMUSP
SP
21. Sergio Luis Amantea – SBP
Professor Adjunto Depto. de Pediatria Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas (FFFCMPA)
Membro do Núcleo Gerencial do Depto. de Pneumologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
Chefe do Serviço de Emergência do Hospital da Criança Santo Antônio - Porto Alegre
Doutor em Medicina: Pneumologia UFRGS
RS
22. Solange Oliveira Rodrigues Valle – ASBAI
Mestre em Imunologia Clínica pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Professora do Curso de Aperfeiçoamento em Imunologia Clínica do Hospital Universitário
Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Médica do Serviço de Imunologia Clínica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Médica da Gerência do Programa de Saúde da Criança da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
RJ
23. Wilson Tartuce Aun – ASBAI
Médico Chefe da Seção de Imunologia do Serviço de Alergia do Hospital do Servidor Público do
Estado de São Paulo.
SP
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ISSN 1806-3713
J Bras Pneumol v. 32; suplemento 7, p. S 447-S 474 Novembro, 2006
S i - Apresentação
S 447 - Definição, epidemiologia e fisiopatologia
S 448 - Diagnóstico, classificação da gravidade e definição de controle
S 450 - Tratamento de manutenção
S 457 - Tratamento da crise
S 461 - Asma de difícil controle
S 462 - Perspectivas terapêuticas
S 462 - Educação em asma
S 465 - Asma em situações especiais
S 468 - Recursos legais
S 469 - Referências
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da Asma
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asthma. E
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1 vez ao dia, controle 24 horas
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bem tolerada e eficaz
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quanto o inalatório. 1-4
CM
MY
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CMY
K
Comodidade posológica para o tratamento de: 5
• Crianças a partir de 2 anos de idade
• Idosos
• Adultos com pico de fluxo inspiratório reduzido
• Pacientes com crises de broncoespasmo
• Pacientes que preferem medicação oral
ASMA
PNEUMOPATIAS
DPOC
Referências Bibliográficas: 1. Sitar DS. Clinical pharmacokinetics of bambuterol. Clinical Pharmacokinetics 1996; 31:246-56. 2. Gunn SD et al.Comparison of the efficacy, tolerability and patient acceptability of once-daily bambuterol tablets against twice-daily controlled release salbutamol in nocturnal
asthma. Eur J Clin Pharmacol 1995; 48:23–8. 3. Wallaert B et al. Long acting beta2 agonists: a comparison of oral bambuterol and inhaled salmeterol in asthmatic patients with nocturnal symptoms. European Respiratory Journal 1995; 8:1S. 4. Crompton GK et al. Comparison of oral bambuterol and inhaled
salmeterol in patients with symptomatic asthma and using inhaled corticosteroids. Am J Respir Crit Care Med 1999; 159:824-8. 5. D'Alonzo GE et al. Bambuterol in the treatment of asthma - a placebo-controlled comparison of once-daily morning vs evening administration. Chest 1995; 107: 406-12.
MS - 1.1618.0070
Material destinado à classe médica.
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1740_AL_An 21 x 28_Final 9/25/06 6:05 PM Page 1
C
M
Y
CM
MY
CY CMY
K
Alvesco.
Um corticóide inalatório inovador.
1X
ao dia
(1-3)
(1,2)
Ativado nos pulmões.(1)
Eficácia comparável aos
CIs tradicionais.(4,5)
Tolerabilidade comparada ao placebo.(6)
Dose única diária, contribuindo para
melhor adesão ao tratamento.(1,7)
Inovador dispositivo Spray-HFA.(1,8)
(1,2)
O corticóide inalatório de 3ª geração(9)
Referências Bibliográficas: 1) Berger WE. Ciclesonide: a novel inhaled corticosteroid for the treatment of persistent asthma: a pharmacologic and clinical profile. Therapy. 2005;2(2): 167-78. 2) Bula do Medicamento Alvesco. Registro M.S.
1.0639.0230. 3) Belvisi MG et al. Soft steroids: a new approach to the treatment of inflammatory airways diseases. Pulm Pharmacol ther. 2003;16(6):321-5. 4) Niphadkar P et al. Comparison of the efficacy of ciclesonide 160+ QD and budesonide
200+ BID in adults with persistent asthma: a phase III, randomized, double-dummy, open-label study. Clin Ther. 2005;27(11):1752-63. 5) Buhl R et al. Comparable efficacy of ciclesonide once-daily versus fluticasone propionate twice-daily in
asthma. Pulm Pharmacol Ther. 2005(epub ahead of print). 6) Banerji D et al. The incidence of oropharyngeal adverse events in adolescent/adult and pediatric asthma patients is similar for ciclesonide and placebo: results from pooled analyses.
Allergy Asthma Proc. 2004;25(3):P206. 7) Postma DS et al. Treatment of asthma by the inhaled corticosteroid ciclesonide given either in the morning or evening. Eur. Respir. J. 2001;17(6):1083-8. 8) Stein SW, Stefely JS. Reinventing metered
dose inhalers: from poorly efficient CFC MDIs to highly efficient HFA MDIs. Disponível em <http://www.drugdeliverytech.com/cgi-bin/articles.cgi?idArticle=112>. Acesso em 16 de maio de 2005. 9) Lipworth BJ. Designer inhaled corticosteroids:
are they any safer? Chest. 2005;128(3):1081-4.
RG. MS. 1.0639.0230
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1-3)
1,2)
(9)
M.S.
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Apresentação
A asma representa hoje no país um grave problema de saúde pública, responsável por importante
custo financeiro e social, que traz considerável comprometimento à qualidade de vida dos pacientes e
de seus familiares. Essas conseqüências têm como principal fator causal a falta de controle da doença
na maioria dos pacientes, determinada por inúmeras causas, entre os quais se destacam a não utilização adequada dos medicamentos profiláticos e o desconhecimento dos aspectos fundamentais da
doença por parte de pacientes, familiares e, infelizmente, por parte de vários médicos. Por se tratar
de uma doença inflamatória crônica, progressiva e degenerativa das vias aéreas, e sem cura definitiva,
devemos buscar, a todo custo, a obtenção do controle inflamatório, clínico e funcional, através da
adoção de medidas farmacológicas e não farmacológicas. A IV Diretriz Brasileira de Asma foi concebida para ser um documento ao mesmo tempo rico e enxuto, para dar a qualquer médico recomendações essenciais para que tenha a possibilidade de promover o controle da asma em seus pacientes,
melhorando a qualidade de vida e reduzindo a ­mortalidade. Fundamentamos as recomendações na
Medicina baseada em evidências, procurando fornecer dados com forte teor científico, suportados por
literatura consagrada e confiável. O texto está dividido em nove ­capítulos, partindo da etiopatogenia
e epidemiologia, passando pela classificação clínica da ­gravidade e controle, tratamento de manutenção e da exacerbação, educação em asma, e terminando com as informações sobre os recursos legais
hoje disponíveis para subsidiar o fornecimento de medicamentos aos pacientes. Esperamos que a IV
Diretriz Brasileira de Asma cumpra seu principal objetivo, que é a divulgação de recomendações para
que nosso paciente asmático atinja e mantenha o estado de controle da doença.
ROBERTO STIRBULOV
EDITOR
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Definição, epidemiologia e
fisiopatologia
Definição
A asma é uma doença inflamatória crônica,
caracterizada por hiperresponsividade das vias
aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo
aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios
recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito
e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao
despertar. Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental a alérgenos e irritantes, e
outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas.(1-2)
Epidemiologia
Anualmente ocorrem cerca de 350.000 internações por asma no Brasil, constituindo-se ela na
quarta causa de hospitalizações pelo Sistema Único
de Saúde (2,3% do total) e sendo a terceira causa
entre crianças e adultos jovens.(3,27) Há registro de
aumento do número de internações entre 1993 e
1999. Embora existam indícios de que a prevalência
da asma esteja aumentando em todo o mundo, no
Brasil ela parece estar estável.(5-6) Em 1996, os custos do Sistema Único de Saúde com internações por
asma foram de 76 milhões de reais, 2,8% do gasto
total anual com internações e o terceiro maior valor
gasto com uma única doença. Um estudo multicêntrico (International Study for Asthma and Allergies
in Childhood – ISAAC) recém concluído apontou ser
a prevalência média mundial de asma de 11,6% entre
escolares (seis e sete anos), oscilando entre 2,4% e
37,6%. Entre os adolescentes (treze e catorze anos)
a prevalência mundial média foi de 13,7% e oscilou
entre 1,5% e 32,6%.(5) No Brasil, os índices ainda
permanecem elevados e ao redor de 20% para as
duas faixas etárias.(7)
A mortalidade por asma ainda é baixa, mas
apresenta magnitude crescente em diversos países
e regiões. Nos países em desenvolvimento, a mortalidade vem aumentando nos últimos dez anos,
correspondendo a 5% a 10% das mortes por causa
respiratória, com elevada proporção de óbitos domiciliares. No Brasil, em 2000, a taxa de mortalidade
por asma como causa básica ou associada foi de
2,29/100.000 habitantes e a mortalidade proporcional foi de 0,41%, predominando no adulto jovem e
em ambiente hospitalar.(8-9) Dados de 2005 mostram
que as hospitalizações por asma corresponderam a
18,7% daquelas por causas respiratórias e a 2,6%
de todas as internações no período, também com
algum decréscimo em relação às décadas anteriores.
Nesse ano, os custos do Sistema Único de Saúde
com internações por asma foram de 96 milhões de
reais, o que correspondeu a 1,4% do gasto total
anual com todas as doenças.(3)
Patologia e patogenia
A principal característica fisiopatogênica da asma
é a inflamação brônquica, resultante de um amplo
e complexo espectro de interações entre células
inflamatórias, mediadores e células estruturais das
vias aéreas. Ela está presente em todos os pacientes
asmáticos, inclusive naqueles com asma de início
recente, nas formas leves da doença e mesmo entre
os assintomáticos.(8-9)
A resposta inflamatória alérgica é iniciada pela
a interação de alérgenos ambientais com algumas
células que têm como função apresentá-los ao sistema imunológico, mais especificamente os linfócitos Th2. Estes, por sua vez, produzem citocinas
responsáveis pelo início e manutenção do processo inflamatório. A IL-4 tem papel importante no
aumento da produção de anticorpos IgE específicos
ao alérgeno.(1-8-9)
Vários mediadores inflamatórios são liberados
pelos mastócitos (histamina, leucotrienos, triptase e
prostaglandinas), pelos macrófagos (fator de necrose
tumoral – TNF-alfa, IL-6, óxido nítrico), pelos linfócitos T (IL-2, IL-3, IL-4, IL-5, fator de crescimento
de colônia de granulócitos), pelos eosinófilos (proteína básica principal, ECP, EPO, mediadores lipídicos e citocinas), pelos neutrófilos (elastase) e pelas
células epiteliais (endotelina-1, mediadores lipídicos, óxido nítrico). Através de seus mediadores as
células causam lesões e alterações na integridade
epitelial, anormalidades no controle neural autonômico (substância P, neurocinina A) e no tônus
da via aérea, alterações na permeabilidade vascular,
hipersecreção de muco, mudanças na função mucociliar e aumento da reatividade do músculo liso da
via aérea.(10)
Esses mediadores podem ainda atingir o epitélio ciliado, causando-lhe dano e ruptura. Como
conseqüência, células epiteliais e miofibroblastos,
presentes abaixo do epitélio, proliferam e iniciam o
depósito intersticial de colágeno na lâmina reticular
J Bras Pneumol. 2006;32(Supl 7):S 447-S 474
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S 448
da membrana basal, o que explica o aparente espessamento da membrana basal e as lesões irreversíveis
que podem ocorrer em alguns pacientes com asma.
Outras alterações, incluindo hipertrofia e hiperplasia do músculo liso, elevação no número de células
caliciformes, aumento das glândulas submucosas
e alteração no depósito e degradação dos componentes da matriz extracelular, são constituintes do
remodelamento que interfere na arquitetura da via
aérea, levando à irreversibilidade de obstrução que
se observa em alguns pacientes (Figura 1).(8)
Diagnóstico, classificação da
gravidade e definição de controle
O diagnóstico da asma deve ser baseado na
a­ namnese, exame clínico e, sempre que possível, nas
provas de função pulmonar e avaliação da alergia.(1-3)
Diagnóstico clínico
São indicativos de asma: um ou mais dos sintomas dispnéia, tosse crônica, sibilância, aperto
no peito ou desconforto torácico, particularmente
à noite ou nas primeiras horas da manhã; sintomas episódicos; melhora espontânea ou pelo uso
de medicações específicas para asma (broncodilatadores, antiinflamatórios esteróides); três ou mais
episódios de sibilância no último ano; variabilidade
sazonal dos sintomas e história familiar positiva
para asma ou atopia; e diagnósticos alternativos
excluídos.
Muitos estudos mostram que 50% a 80% das
crianças asmáticas desenvolvem sintomas antes do
quinto ano de vida. O diagnóstico pode ser difícil
nessa faixa etária e tem importantes implicações.(13)
As seguintes perguntas devem ser formuladas aos
pacientes (ou pais) para se estabelecer o diagnóstico
clínico de asma: Tem ou teve episódios recorrentes
de falta de ar (dispnéia)? Tem ou teve crises ou episódios recorrentes de chiado no peito (sibilância)?
Tem tosse persistente, particularmente à noite ou ao
acordar? Acorda por tosse ou falta de ar? Tem tosse,
sibilância ou aperto no peito após atividade física?
Apresenta tosse, sibilância ou aperto no peito após
exposição a alérgenos como mofo, poeira domiciliar
ou animais, irritantes como fumaça de cigarro ou
perfumes, ou após resfriados ou alterações emocionais como riso ou choro? Usa alguma medicação
quando os sintomas ocorrem, e com que freqüência?
Há alívio dos sintomas após o uso de medicação?
Tem antecedentes familiares de doenças alérgicas
ou asma? Tem ou teve sintomas de doenças alérgicas (especialmente rinite ou dermatite atópica)?
Diagnóstico funcional
O diagnóstico de asma é fundamentado pela
presença de sintomas característicos, sendo confirmada pela demonstração de limitação variável ao
fluxo de ar. As medidas da função pulmonar fornecem uma avaliação da gravidade da limitação ao
fluxo aéreo, sua reversibilidade e variabilidade, além
de fornecer confirmação do diagnóstico de asma.
Alérgeno
Macrófago
Cel dendriticas
Mastócito
Cel TH2
Plug muco
Neutrófilo
IgE
Eosinófilo
Ativação neural
Descamação
Fibrose
subepitelial
Edema
Hipersecreção
Vasodilatação
muco
Neovascularização
Hiperplasia
Ativação
sensorial
Reflexo colinérgico
Broncoconstricção
Hipertrofia /hiperplasia
Figura 1 - As complexas interações celulares neurais presentes na patogenia da asma resultam em manutenção da
inflamação e conduzem ao remodelamento brônquico.
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IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Os termos variabilidade e reversibilidade estão relacionados a alterações dos sintomas acompanhadas
por alterações do fluxo aéreo que ocorrem espontaneamente ou após intervenção farmacológica. O
termo reversibilidade é mais utilizado para indicar
melhoras rápidas no VEF1 ou PFE após a inalação
de um beta-agonista de ação rápida ou a melhora
gradual em dias ou semanas após a introdução de
medicação controladora efetiva. Varibilidade indica
melhora ou deterioração dos sintomas ou função
pulmonar no decorrer do tempo. Pode ocorrer
durante o dia, com o passar dos dias ou semanas ou
anualmente. A obtenção de uma história de variabilidade é componente essencial no diagnóstico de
asma além de fazer parte dos critérios para o estabelecimento do controle da asma.
Espirometria: É o método de escolha na determinação da limitação ao fluxo de ar e estabelecimento
do diagnóstico de asma. São indicativos de asma:(1112-14-15)
obstrução das vias aéreas caracterizada por
redução do volume expiratório forçado no primeiro
segundo (VEF1) para abaixo de 80% do previsto e
da sua relação com a capacidade vital forçada para
abaixo de 75% em adultos e de 86% em crianças;
obstrução ao fluxo aéreo, que desaparece ou melhora
significativamente após o uso de broncodilatador
(aumento do VEF1 de 7% em relação ao valor previsto e de 200 mL em valor absoluto, após inalação
de beta-2 agonista de curta duração), ressaltando-se
que limitação ao fluxo aéreo sem resposta ao broncodilatador em teste isolado não deve ser interpretada
como obstrução irreversível das vias aéreas; aumentos no VEF1 superiores a 20% e excedendo a 250 ml
de modo espontâneo no decorrer do tempo ou após
interveção com medicação controladora (ex., prednisona 30 a 40 mg/dia VO, por duas semanas). Pico de fluxo expiratório (PFE): O PFE é importante para o diagnóstico, monitoração e controle da
asma. A variação diurna do PFE pode ser utilizada
para se documentar a obstrução do fluxo aéreo. São
indicativos de asma:(11,15-17) aumento de pelo menos
15% no PFE após inalação de um broncodilatador
ou um curso oral de corticosteróide; variação diurna
no PFE maior que 20% (diferença entre a maior e
a menor medida do período) considerando medidas
feitas pela manhã e à tarde, ao longo de um período
de duas a três semanas.
Testes adicionais: Em indivíduos sintomáticos
com espirometria normal e ausência de reversibilidade
demonstrável ao uso de broncodilatador, o diagnós-
S 449
tico pode ser confirmado pela demonstração de hiperresponsividade das vias aéreas. As medidas de hiperresponsividade refletem a sensibilidade ou facilidade
com que as vias aéreas reagem aos estímulos externos
que podem causar sintomas de asma e os resultados
do teste são usualmente expressos como a concentração (ou dose) provocadora do agonista utilizado em
causar uma queda significativa no VEF1 (por convenção ≥ a 20%):(18-19) teste de broncoprovocação com
agentes broncoconstritores (metacolina, histamina,
carbacol) com alta sensibilidade e alto valor preditivo
negativo; teste de broncoprovocação por exercício
demonstrando queda do VEF1 acima de 10 a 15%.
Diagnóstico da alergia
A anamnese cuidadosa é importante para a identificação da exposição a alérgenos relacionados com
a asma. A sensibilização alérgica pode ser confirmada através de provas in vivo (testes cutâneos) ou
in vitro (determinação de concentração sanguínea
de IgE específica).(20)
Testes cutâneos devem ser realizados utilizandose extratos biologicamente padronizados (a técnica
mais utilizada é a de puntura). Em nosso meio predomina a sensibilização a antígenos inaláveis, sendo
os mais freqüentes os ácaros Dermatophagoides
­pteronyssinus, Dermatophagoides farinae e Blomia
tropicalis.
Outros alérgenos inaláveis (pólen, baratas, epitélio de gatos e cães) são importantes, mas sensibilizam
menor número de pacientes. Alimentos raramente
induzem asma. Poluentes ambientais ou ocupacionais são desencadeantes e/ou agravantes de asma.
A determinação de IgE sérica específica confirma
e complementa os resultados dos testes cutâneos.
Diagnóstico diferencial
Algumas condições são específicas das diferentes faixas etárias. O Quadro 1 resume as que mais
freqüentemente podem ser confundidas com asma
e que devem ser consideradas no diagnóstico diferencial. É importante assinalar o papel das infecções virais na eclosão e manutenção de sibilância
no lactente.(13)
Classificação da gravidade para início de
tratamento
O objetivo primordial do manejo da asma é a
obtenção do controle da doença. A classificação da
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Quadro 1 - Diagnóstico diferencial.
Anel vascular
Fístula traqueoesofágica
Apnéia obstrutiva do sono
Não coordenação da deglutição
Aspergilose broncopulmonar alérgica
Infecções virais e bacterianas
Bronquiectasias
Insuficiência cardíaca
Bronquiolites
Massas hipofaríngeas
Carcinoma brônquico
Massas mediastinais
Discinesia da laringe
Obstrução alta das vias aéreas
Disfunção de cordas vocais
Obstrução mecânica das vias aéreas
Doença respiratória crônica da prematuridade
Refluxo gastresofágico
Doença pulmonar obstrutiva crônica
Síndrome de Löeffler
Embolia pulmonar
Síndrome de hiperventilação
Fibrose cística
Alveolite alérgica extrínseca ou pneumonite por
hipersensibilidade
gravidade tem como principal função a determinação da dose de medicamentos suficiente para que o
paciente atinja o controle no menor prazo possível.
Estima-se que 60% dos casos de asma sejam intermitentes ou per¬sistentes leves, 25% a 30% moderados e 5% a 10% graves. Ressalta-se que embora a
proporção de asmáticos graves represente a minoria
dos asmáticos ela concorre com a maior parcela na
utilização dos recursos de saúde.
A avaliação usual da gravidade da asma pode ser
feita pela análise da freqüência e intensidade dos
sintomas e pela função pulmonar. A tolerância ao
exercício, a medicação necessária para estabilização
dos sintomas, o número de visitas ao consultório
e ao pronto-socorro, o número anual de cursos de
corticosteróide sistêmico, o número de hospitalizações por asma e a necessidade de ventilação mecânica são aspectos também utilizados para classificar
a gravidade de cada caso.(11)
A caracterização da gravidade da asma deve
envolver a gravidade da doença subjacente propriamente dita e sua responsividade ao tratamento.
Em consequencia disso, a asma pode se apresentar
com graves sintomas e limitação ao fluxo de ar e ser
classificada como persistente grave na apresentação
inicial, mas responder muito bem ao tratamento e
necessitar de uma dose baixa de medicação controladora e ser então caracterizada como asma leve
ou moderada. Mais ainda, a gravidade não é uma
caracteristica fixa do paciente com asma e pode se
alterar com os meses ou anos.
Neste sentido, uma avaliação periódica do
paciente com asma e o estabelecimento do tratamento de acordo com o nível de controle seria mais
relevante e útil.
No Quadro 2 são apresentados os principais parâmetros para classificação da gravidade da asma.
Controle da asma
A principal meta do tratamento da asma é a
obtenção e manutenção do controle da doença. No
seu senso mais comum, o controle poderia indicar
prevenção total da doença ou mesmo a sua cura, mas
no caso da asma, onde, presentemente, nenhuma
destas opções é realista, se refere ao controle das
manifestações clínicas e funcionais. Idealmente
iste conceito deveria ser aplicado aos marcadores
laboratoriais de inflamação e as características fisiopatológicas da doença. No entanto, a falta de disponibilidade generalizada e os custos elevados dos
metodos de medida seriada da inflamação (escarro
induzido ou óxido nítrico exalado), os tornam
impraticáveis como parâmetros de medida de controle na prática clínica diária. O controle pode ser
caracterizado de acordo com parâmetros clínicos e
funcionais em 3 diferentes níveis: asma controlada,
asma parcialmente controlada e asma não controlada (Quadro 3).(11)
O completo controle da asma é frequentemente
obtido com os tratamentos atualmente disponíveis.
O objetivo do tratamento é manter o controle da
asma por períodos prolongados levando-se sempre em consideração os efeitos adversos potenciais, interações medicamentosas e custos dos
medicamentos.
O tratamento inicial da asma pode ser iniciado
de acordo com critérios de gravidade. No entanto
a manutenção deve ser baseada fundamentalmente
no estado de controle da doença , conforme apresentado no Quadro 3.(11)
Tratamento de manutenção
O tratamento atual é dirigido para controlar os
sintomas e prevenir exacerbações. A introdução pre-
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IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
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Quadro 2 - Classificação da gravidade da asma.
Intermitente*
Sintomas
Despertares noturnos
Necessidade de beta-2 para alívio
Limitação de atividades
Raros
Raros
Rara
Nenhuma
Exacerbações
VEF1 ou PFE
Variação VEF1 ou PFE
Raras
≥ 80% predito
< 20%
leve
Semanais
Mensais
Eventual
Presente nas
exacerbações
Afeta atividades
e o sono
≥ 80% predito
< 20-30%
Persistente
moderada
Diários
Semanais
Diária
Presente nas
exacerbações
Afeta atividades
e o sono
60-80% predito
> 30%
grave
Diários ou contínuos
Quase diários
Diária
Contínua
Freqüentes
≤ 60% predito
> 30%
Classificar o paciente sempre pela manifestação de maior gravidade.
*Pacientes com asma intermitente, mas com exacerbações graves, devem ser classificados como tendo asma persistente
moderada.
VEF1: volume expiratório forçado no primeiro segundo; PFE: pico de fluxo expiratório.
Quadro 3 - Níveis de controle do paciente com asma.
Parâmetro
Sintomas diurnos
Despertares noturnos
Necessidade de medicamentos de resgate
Limitação de atividades
Nenhum ou mínimo
Nenhum
Nenhuma
Parcialmente controlado
(Pelo menos 1 em
qualquer semana)
2 ou mais/semana
pelo menos 1
2 ou mais por semana
Nenhuma
Presente em qualquer momento
PFE ou VEF1
Normal ou próximo do
normal
Nenhuma
< 80% predito ou do melhor
individual, se conhecido
1 ou mais por ano
Exacerbação
Controlado
Não controlado
3 ou mais parâmetros
presentes em qualquer
semana
1 em qualquer semana
Adaptado da revisão do GINA 2006
*A ocorrência de uma exacerbação deve levar a uma revisão do tratamento de manutenção para assegurar que o mesmo é
adequado.
coce do tratamento antiinflamatório com corticosteróides inalatórios (CI) resulta em melhor controle de
sintomas, podendo preservar a função pulmonar em
longo prazo e, eventualmente, prevenir ou atenuar
o remodelamento das vias aéreas. Alguns pacientes
com asma grave podem desenvolver obstrução irreversível após muitos anos de atividade da doença.
Princípios do tratamento de manutenção
Todos os pacientes com asma e seus familiares
devem receber orientações sobre sua doença e noções
de como eliminar ou controlar fatores desencadeantes, especialmente os domiciliares e ocupacionais.
As diferenças entre tratamento broncodilatador
sintomático e tratamento de manutenção regular
devem ser enfatizadas. O paciente deve entender a
doença e seu tratamento. Em casos moderados e
graves, o registro escrito da medicação consumida
e sintomas pode auxiliar no melhor autocontrole e
na condução médica. Todos os pacientes com asma
persistente moderada ou grave devem ter um plano
de ação escrito para uso em caso de exacerbações.
A terapia deve focalizar de forma especial a redução da inflamação. Deve-se iniciar o tratamento de
acordo com a classificação da gravidade da asma. A
manutenção do tratamento deve variar de acordo com
o estado de controle do paciente. Havendo dúvida
na classificação, o tratamento inicial deve corresponder ao de maior gravidade. O tratamento ideal é o
que mantém o paciente controlado e estável com a
menor dose de medicação possível. Uma vez obtido o
controle sintomático por um período mínimo de três
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meses, pode-se reduzir as medicações e suas doses,
mantendo-se o acompanhamento do paciente.
Se o controle esperado não for obtido, antes de
quaisquer mudanças terapêuticas deve-se considerar: a adesão do paciente ao tratamento; os erros
na técnica de uso dos dispositivos inalatórios; a presença de fatores desencadeantes e/ou agravantes,
como rinite persistente, sinusite crônica, doença do
refluxo gastresofágico, exposição a alérgenos, tabagismo, e transtornos psíquicos e sociais.
Recomenda-se, sempre que possível, a realização de espirometria de controle, no mínimo semestralmente nos casos mais graves e anualmente para
todos os asmáticos.
Recursos terapêuticos para o tratamento de
manutenção da asma
Corticosteróide inalatório: Trata-se do principal
medicamento utilizado no tratamento de manutenção, profilático e antiinflamatório, tanto em adultos como em crianças. Grande parte dos pacientes
com asma leve obtém o controle com doses baixas,
enquanto que outros necessitam de doses moderadas
ou altas. O tratamento de manutenção com CI reduz
a freqüência e gravidade das exacerbações, o número
de hospitalizações e de atendimentos nos serviços de
emergência, melhora a qualidade de vida, a função
pulmonar e a hiperresponsividade brônquica, e diminui a broncoconstricção induzida pelo exercício.
O controle dos sintomas e a melhora da função
pulmonar podem ocorrer após uma a duas semanas de tratamento, enquanto que para reversão
da hiperresponsividade brônquica o paciente pode
necessitar de meses ou anos de utilização de CI. A
suspensão do tratamento com CI pode levar à deterioração do estado de controle da asma.
Os efeitos colaterais sistêmicos dos CI são habitualmente observados com utilização de doses altas
por tempo prolongado e são eles: perda de massa
óssea, inibição do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal
e déficit de crescimento, sem alteração da maturação da cartilagem de crescimento. Candidíase oral,
disfonia e tosse crônica por irritação das vias aéreas
superiores podem ser observadas com qualquer dose
e são reduzidas se a recomendação de higiene oral
após o uso for seguida. O Quadro 4 mostra a equivalência de doses dos corticosteróides utilizados no
Brasil (Evidência A).(21-28)
Beta-agonistas de ação prolongada (LABA): Os
LABA são utilizados em associação aos CI em pacientes acima de quatro anos, quando estes forem insuficientes para promover o controle da asma. Estão
disponíveis no Brasil o formoterol e o salmeterol. A
associação dos LABA ao CI pode ser utilizada como
terapia inicial na asma classificada como moderada
ou grave. A adição do LABA ao CI reduz o tempo
para obtenção do controle da doença. A monoterapia com LABA deve ser sempre evitada.
Os efeitos adversos não são comuns e restringemse aos efeitos causados pelo estímulo cardiovascular, tremores de extremidades e hipocalemia. Alguns
pacientes podem continuar sintomáticos enquanto
que outros podem perder o controle de sua asma
por efeito paradoxal dos LABA (Evidência A).(29-39)
Quadro 4 - Equivalência de dose dos corticosteróides inalatórios utilizados no Brasil.
Adultos Fármaco
Beclometasona
Budesonida
Ciclesonida
Fluticasona
Crianças
Beclometasona
Budesonida
Budesonide suspensão
para nebulização
Fluticasona
Ciclesonida*
Dose baixa (mcg)
200-500
200-400
80-160
100-250
Dose média (mcg)
500-1.000
400-800
160-320
250-500
Dose elevada (mcg)
> 1.000
> 800
> 320
> 500
100-400
100-200
250-500
400-800
200-400
500-1000
> 800
> 400
> 1000
100-200
*
200-500
*
> 500
*
* A ciclesonida está indicada para crianças com idade superior a quatro anos na dose entre 80 e 160 mcg por dia.
Adaptado da revisão do Global Initiative for Asthma, 2006.
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IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Antagonistas de receptores de leucotrienos
cisteínicos (antileucotrienos): Para alguns pacientes com asma persistente, os antileucotrienos (montelucaste e zafirlucaste) podem ser úteis como medicação substitutiva aos LABA e adicional à associação
entre LABA e CI.
Os leucotrienos estão aumentados em secreções,
sangue e urina após infecções por vírus sincicial respiratório e a sua utilização em sibilância recorrente
após bronquiolite viral aguda pode ser uma indicação clínica útil em lactentes. Efeitos adversos graves são raros. A síndrome de Churg-Strauss, inicialmente associada ao uso de antileucotrienos, parece
estar mais relacionada à suspensão do corticosteróide oral. Lesão hepática foi descrita apenas com
antileucotrienos não cisteínicos (Evidência A).(40-41)
Teofilina: A teofilina é um broncodilatador
dotado de propriedades antiinflamatórias. Deve ser
utilizada apenas como medicamento adicional aos
CI, em pacientes não controlados.
Vários efeitos colaterais estão relacionados com
sua utilização: sintomas gastrintestinais, manifestações neurológicas, arritmias cardíacas e parada
cárdio-respiratória, em geral com doses acima de
10 mg/kg/dia (Evidência B).(42-44)
Omalizumabe: O omalizumabe é um anticorpo
monoclonal recombinante humanizado específico.
Sua principal característica é inibir a ligação da
IgE com o seu receptor de alta afinidade (FcεRI).
Ocasiona marcada inibição da broncoconstricção
induzida por alérgeno nas fases precoce e tardia da
inflamação, acarretando redução da hiperresponsividade das vias aéreas.
O tratamento com a anti-IgE está indicado para
pacientes maiores de doze anos com asma alérgica
de difícil controle. A dose empregada (a cada duas
ou quatro semanas por via subcutânea) deve levar
em conta o peso e o nível de IgE sérica total. Para
pacientes com peso acima de 150 kg ou IgE total
< 30 ou > 700 UI/mL não se recomenda, atualmente, a utilização de anti-IgE (Evidência A).(45-49)
Bambuterol (beta-agonista de ação prolongada
por via oral): Trata-se de uma pró-droga da terbu-
talina oral com ação broncodilatadora prolongada,
a qual permite a administração uma vez ao dia. É
útil nos pacientes com asma noturna.
A comparação do bambuterol com salmeterol
mostrou equivalência no controle dos sintomas da
asma, sendo uma alternativa para crianças e idosos
com dificuldades na utilização de medicações ina-
S 453
latórias. Pode ser administrado a partir de dois anos
de idade na dose de 10 mg (10 mL) uma vez ao dia.
Para crianças com idade superior a seis anos, a dose
pode ser aumentada para 20 mg/dia. Em crianças
orientais recomenda-se iniciar com metade da dose.
Não está indicada sua utilização na asma induzida
por exercício. Deve-se evitar seu uso isolado, sem
associação com antiinflamatórios.(50-51)
Cromonas: O papel do cromoglicato de sódio no
tratamento em longo prazo da asma no adulto é limitado. Sua eficácia tem sido descrita em pacientes com
asma persistente leve e broncoespasmo induzido por
exercício. Seus efeitos antiinflamatórios são fracos e
menores do que doses baixas de CI. O efeitos adversos são tosse após inalação e dor de garganta.(52-53)
Imunoterapia específica com alérgenos (IT):
Consiste na administração de doses progressivamente maiores de alérgenos específicos em pacientes sensibilizados, não exacerbados, buscando a
indução do estado de tolerância.
A IT deve ser administrada por especialista treinado no manejo de reações anafiláticas graves e
deve ser indicada apenas na asma alérgica, demonstrada pela presença de anticorpos IgE para alérgenos do ambiente, principalmente ácaros, polens,
fungos e insetos.
A IT habitualmente tem sido aplicada por via
subcutânea. Estudos recentes indicam a eficácia da
IT sublingual com doses elevadas de antígenos.
Pacientes com sensibilização múltipla (vários
alérgenos) podem não se beneficiar do tratamento
imunoterápico. A IT é mais efetiva em crianças e adolescentes do que em adultos, mas pode ser indicada
para indivíduos com idade entre cinco e 60 anos.
Para pacientes em terapia farmacológica, antes
de administrar a injeção, é aconselhável verificar se o
VEF1 ou PFE está acima de 70% do previsto. Asmáticos
leves ou muito graves devem ser excluídos.
A IT não está indicada para os pacientes que respondem bem à profilaxia ambiental e ao tratamento
farmacológico. Está contra-indicada em pacientes
com outras doenças imunológicas ou que utilizem
drogas beta-bloqueadoras (Evidência A).(54-55)
Recursos terapêuticos utilizados no resgate
de sintomas agudos
Beta-2 agonistas inalatórios de curta duração:
São os medicamentos de escolha para alívio dos sintomas de broncoespasmo durante as exacerbações
agudas de asma e como pré-tratamento do bronJ Bras Pneumol. 2006;32(Supl 7):S 447-S 474
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S 454
coespasmo induzido por exercício. O aumento da
necessidade de beta-2 agonistas inalatórios de curta
duração é um sinal de descontrole da asma. A dificuldade na obtenção de broncodilatação sustentada
após utilização dos beta-2 agonistas de curta duração indica a necessidade de cursos de corticosteróides orais. Estão disponíveis o salbutamol, o fenoterol e a terbutalina. Seus principais efeitos adversos
são tremores de extremidades, arritmias cardíacas e
hipocalemia.(56-57)
Glicocorticóides orais: Estão indicados no tratamento das exacerbações graves da asma. Devem ser
administrados no domicílio a pacientes em tratamento com CI durante a exacerbação, no momento
da alta dos serviços de emergência, e após exacerbação grave, em cursos de cinco a dez dias, na dose
média de 1 a 2 mg/kg/dia, com o máximo de 60 mg.
Os principais efeitos adversos surgem após o uso
prolongado e/ou doses elevadas, destacando-se:
alterações no metabolismo da glicose, retenção de
líquidos, osteoporose, ganho de peso, fácies arredondada, hipertensão arterial e necrose asséptica da
cabeça do fêmur.
Anticolinérgicos inalatórios: O brometo de
ipratrópio pode ser usado no tratamento das exacerbações graves de asma, associado ao beta-2 agonista de curta duração ou em sua substituição, no
caso de efeitos adversos como taquicardia e arritmia
cardíaca. Os anticolinérgicos inalatórios podem ser
utilizados em pacientes que não suportam os tremores de extremidades causados pelos beta agonistas. Entre os efeitos adversos dos anticolinérgicos
estão incluídos secura da mucosa oral, glaucoma e
retenção urinária.(58)
Dispositivos para administração de
medicamentos por via inalatória
A deposição pulmonar dos medicamentos
depende do tipo de dispositivo inalatório utilizado.
A escolha do dispositivo mais adequado depende da
análise de vários aspectos.
A satisfação e a adesão do paciente ao tratamento podem ser melhoradas se for respeitada,
dentro do possível, sua escolha pessoal por determinado dispositivo. A escolha deve ser baseada
na otimização da relação entre custo e benefício,
considerando fatores ligados ao paciente, à droga e
aos dispositivos disponíveis. A maioria dos pacientes, quando bem orientados, consegue usar eficientemente os aerossóis dosimetrados. Em pacientes
com dificuldade de uso dos aerossóis dosimetrados,
inclusive quando acoplados a espaçadores, a melhor
alternativa são os inaladores de pó. Nebulizadores
de jato são reservados para exacerbações graves,
crianças com menos de três anos e idosos debilitados ou com dificuldade cognitiva, que não conseguem usar corretamente ou não se adaptam aos
aerossóis dosimetrados acoplados aos espaçadores ou aos inaladores de pó. Sempre que possível,
usar apenas um tipo de dispositivo para facilitar
o aprendizado da técnica e melhorar a adesão ao
tratamento. A escolha deve levar em consideração
a apresentação dos medicamentos, dispositivos disponíveis e facilidade de transporte. Para reduzir os
efeitos adversos, pacientes que necessitam de altas
doses de CI devem acoplar espaçadores ao aerossol
dosimetrado e lavar a boca após o uso de inaladores
de pó. Independentemente do grau de dificuldade
de aprendizado da técnica, é essencial conferir e
reorientar periodicamente o uso adequado de cada
dispositivo (Quadro 5).
Tratamento de manutenção inicial baseado
na gravidade
Em asma intermitente, utilizar beta-2 agonista
de curta duração por via inalatória para alívio dos
sintomas.
Em asma persistente leve: utilizar beta-2 agonista de curta duração por via inalatória para alívio dos sintomas; iniciar terapia antiinflamatória de
manutenção (a primeira escolha é o CI, em dose
baixa); são alternativas os antileucotrienos ou cromoglicato dissódico, especialmente em crianças.
Para a asma persistente moderada: utilizar beta‑2
agonista de curta duração por via inalatória para alívio dos sintomas; utilizar CI em doses moderadas
(especialmente em crianças) a altas ou CI em doses
baixas a moderadas, associado a LABA; alternativas associar antileucotrienos ou teofilina a doses baixas
a moderadas de CI; nas exacerbações graves pode
ser necessária a utilização de corticosteróide oral.
Para a asma persistente grave: utilizar CI em
dose alta, especialmente em crianças; utilizar CI em
dose alta associado a LABA; associar antileucotrieno
ou teofilina; utilizar corticosteróide por via oral na
menor dose necessária para controle dos sintomas
e/ou nas exacerbações; no caso de não obtenção
do controle deve-se considerar a introdução da
terapêutica com anticorpos monoclonais anti-IgE
(Quadro 6).
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IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
S 455
Quadro 5 - Recomendações para utilização dos dispositivos inalatórios.
Aerossol dosimetrado - spray
• Retirar a tampa.
• Agitar o dispositivo.
• Posicionar a saída do bocal verticalmente 2 a 3 cm da boca.
• Manter a boca aberta.
• Expirar normalmente.
• Coordenar o acionamento do dispositivo no início da inspiração lenta e profunda.
• Fazer pausa pós-inspiratória de no mínimo 10 segundos.
• Nova aplicação pode ser repetida após 15 a 30 segundos.
Inaladores de pó
• Preparo da dose:
Aerolizer: retirar a tampa do inalador de pó e colocar uma cápsula. Em seguida, perfurá-la, comprimindo as garras
laterais.
Turbuhaler: retirar a tampa, manter o IP na vertical, girar a base colorida no sentido anti-horário e depois no
sentido horário até escutar um clique.
Diskus: abrir o IP rodando o disco no sentido anti-horário. Em seguida puxar sua alavanca para trás até escutar
um clique.
Pulvinal: retirar a tampa, manter o IP na vertical, apertar o botão marrom com uma mão, girar o IP no sentido
anti-horário com a outra mão (aparecerá marca vermelha). Em seguida, soltar o botão marrom e girar o IP no
sentido horário até escutar um clique (aparecerá a marca verde).
• Expirar normalmente e colocar o dispositivo na boca.
• Inspirar o mais rápido e profundo possível (fluxo mínimo de 30 L/min).
• Fazer pausa pós-inspiratória de 10 segundos.
• No caso do Aerolizer, após inalação do produto, verificar se há resíduo de pó na cápsula. Em caso positivo, repetir as manobras anteriores.
IP: inalador de pó.
Em todos os casos deve ser promovido o controle ambiental e implantada e mantida a educação
em asma para pacientes e cuidadores.
Tratamento de manutenção baseado no
estado de controle
O estado de controle do paciente com asma e o
tratamento no momento da avaliação determinam a
escolha e a dose dos medicamentos a serem prescritos. Se, durante determinada avaliação, o paciente
não se encontra controlado, deve ser promovido o
incremento do esquema terapêutico, aumentando-se
as doses e/ou as classes de medicamentos, e passar
para a etapa seguinte de tratamento. Se o controle
estiver mantido por pelo menos três meses, o paciente
deve ter seus medicamentos ou doses reduzidos de
acordo com a etapa anterior, em níveis suficientes
para se manter o controle. Se a asma estiver parcialmente controlada, o médico deve julgar a passagem
para a etapa seguinte, considerando aspectos como
satisfação do paciente com o nível de controle, efeitos adversos dos medicamentos a serem prescritos,
atividades do paciente, presença de co-morbidades e
história de asma quase fatal (Quadros 7 e 8).
A segunda etapa representa o tratamento inicial
para a maioria dos pacientes com asma persistente,
virgens de utilização de CI. No entanto, se na avaliação inicial, ficar estabelecido que o paciente apresenta asma não controlada e os sintomas e avaliação
funcional caracterizarem o paciente como portador
de asma moderada ou grave, o tratamento pode ser
iniciado na etapa 3.
Aspectos importantes relacionados ao
tratamento da asma
Ainda que os diversos CI inalados sejam igualmente efetivos em doses equivalentes (Quadro 4),
caso o paciente se mantenha sintomático com
determinado CI, recomenda-se a sua troca por
outro CI e/ou sua associação com LABA. Antes da
troca, certificar-se quanto à sua correta utilização e
excluir outros fatores de descontrole.
Não se recomenda o uso isolado de LABA como
medicação de controle em asma persistente.
Pacientes com asma persistente grave adequadamente tratados e que necessitem de uso freqüente
de corticosteróides orais devem ter seguimento
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S 456
Quadro 6 - Tratamento de manutenção inicial baseado na gravidade
Gravidade
Intermitente
Alívio
Beta-2 de curta
duração
Persistente leve
Beta-2 de curta
duração
Primeira escolha
Alternativa
Uso de corticóide oral
Sem necessidade de medicamentos de manutenção
CI dose baixa
Montelucaste
Cromonas*
Corticosteróide oral
nas exacerbações
graves
Persistente moderada Beta-2 de curta
duração
CI dose moderada*
a alta
Ou
CI dose baixa a
moderada, associado
a LABA
Baixa a moderada
dose de CI associada
a antileucotrieno ou
teofilina
Corticosteróide oral
nas exacerbações
graves
Persistente grave
CI dose alta*
CI dose alta
+ LABA
Alta dose de CI +
LABA, associados a
antileucotrieno ou
teofilina
Cursos de corticóide
oral a critério do
médico, na menor
dose para se atingir o
controle
Beta-2 de curta
duração
* Especialmente em crianças. CI: corticosteróide inalatório; LABA: beta-2 agonista de longa duração.
Quadro 7 - Etapas do tratamento de manutenção da asma baseadas no estado de controle (Vide Quadro 3).
ETAPA 1
Beta-2 de curta
duração S/N
Opção preferencial
ETAPA 2
Beta-2 de curta
duração S/N
ETAPAS DE TRATAMENTO
EDUCAÇÃO EM ASMA
CONTROLE AMBIENTAL
ETAPA 3
ETAPA 4
Beta-2 de curta
Beta-2 de curta
duração S/N
duração S/N
Adicionar 1 ou mais
em relação à etapa 3
ETAPA 5
Beta-2 de curta
duração S/N
Selecione uma das
opções abaixo
Selecione uma das
opções abaixo
Adicionar 1 ou
mais em relação à
etapa 4
CI baixa dose
CI baixa dose + LABA Moderada ou alta dose Corticóide oral dose
baixa
Em crianças < 6 anos, de CI + LABA
dose moderada de CI
Outras opções
Antileucotrienos
CI dose moderada
Antileucotrienos
CI baixa dose +
Antileucotrieno
Teofilinas
Anti-IgE
CI dose baixa +
teofilinas
Adaptado da revisão do Global Initiative for Asthma, 2006.
s/n: se necessário; CI: corticosteróide inalatório; LABA: beta-2 agonista de longa duração.
Quadro 8 - Esquema simplificado para o tratamento da asma baseado no estado de controle (Vide Quadro 3).
Estado de Controle
Controlado
Parcialmente controlado
Não controlado
Exacerbação
Adaptado da revisão do Global Initiative for Asthma, 2006.
Conduta
Manter o paciente na mais baixa etapa de controle
Considerar aumentar a etapa de controle
Aumentar a etapa até a obtenção do controle
Condutas apropriadas para a ocorrência
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IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
diferenciado por tratar-se de provável asma refratária ou de difícil controle.
Acompanhamento
Pacientes com asma persistente devem ser avaliados regularmente. Nos classificados como moderados e graves, especial atenção deve ser dada ao
crescimento e à função pulmonar (PFE, espirometria)
a cada consulta, com avaliação oftalmológica e densitometria óssea anualmente. Nos pacientes graves é
aconselhável a medição do PFE matinal antes do uso
de broncodilatadores. A espirometria deve ser realizada, sempre que possível, para avaliação do controle
da asma e nas mudanças de esquema terapêutico.
Encaminhamento ao especialista
Os pacientes devem ser encaminhados ao especialista nas seguintes situações: dúvida sobre o diagnóstico da doença (por exemplo, asma versus doença
S 457
pulmonar obstrutiva crônica, tosse persistente ou
dispnéia sem causa aparente); provável asma ocupacional; asma de difícil controle (asma instável,
sintomas contínuos apesar de altas doses de CI ou
necessidade de uso de corticosteróide sistêmico para
controle); piora da asma na gravidez; adesão fraca ao
tratamento e problemas psicossociais; alta hospitalar
recente; entidades clínicas complicando a asma (por
exemplo, sinusite crônica ou refluxo gastresofágico
persistente grave).
Tratamento da crise
As crises de asma devem ser classificadas segundo
sua gravidade (Quadro 9) e o tratamento deve ser
instituído imediatamente.(59-61)
Identificação do asmático de risco
A causa da morte por asma é asfixia na quase
totalidade dos casos. O tratamento excessivo é
Quadro 9 - Classificação da intensidade da crise de asma em adultos e crianças.
Achado*
Muito grave
Grave
Moderada/leve
Gerais
Cianose, sudorese, exaustão
Sem alterações
Sem alterações
Estado mental
Agitação, confusão, sonolência
Normal
Normal
Dispnéia
Grave
Moderada
Ausente/leve
Fala
Frases curtas/monossilábicas.
Lactente: maior dificuldade
alimentar
Frases incompletas/parciais.
Lactente: choro curto,
dificuldade alimentar
Frases completas
Musculatura
acessória
Retrações acentuadas ou em
declínio (exaustão)
Retrações subcostais e/ou
esternocleidomastóideas
acentuadas
Retração intercostal leve
ou ausente
Sibilos
Ausentes com MV localizados
ou difusos
Localizados ou difusos
Ausentes com MV normal/
localizados ou difusos
FR (irm)**
Aumentada
Aumentada
Normal ou aumentada
FC (bpm)
> 140 ou bradicardia
> 110
≤ 110
PFE (% melhor ou
previsto)
< 30%
30-50%
> 50%
SaO2 (ar ambiente)
< 90%
91-95%
> 95%
PaO2 (ar ambiente) < 60 mmHg
Ao redor de 60 mmHg
Normal
PaCO2 (ar
ambiente)
< 40 mmHg
< 40 mmHg
> 45 mmHg
* A presença de vários parâmetros, mas não necessariamente todos, indica a classificação geral da crise.
** FR em crianças normais: < 2 meses, < 60 /min; 2-11 meses, < 50/min; 1-5 anos, < 40 /min; 6-8 anos, < 30 /min; > 8
anos = adulto.
MV: murmúrio vesicular; FR: freqüência respiratória; FC: freqüência cardíaca; PFE: pico de fluxo expiratório; SaO2: saturação
de oxigênio no sangue arterial; PaO2: pressão parcial de oxigênio no sangue arterial; PaCO2: pressão parcial de gás carbônico
no sangue arterial.
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S 458
causa rara, por isto é preciso identificar os seguintes
aspectos que indicam maior risco para os pacientes
(Evidência B):(62) crise grave prévia com necessidade
de ventilação mecânica ou internação em unidade de
terapia intensiva (constituem os fatores de risco mais
fortemente associados a crises fatais ou quase-fatais);
três ou mais visitas à emergência ou duas ou mais
hospitalizações por asma nos últimos doze meses; uso
freqüente de corticosteróide sistêmico; uso de dois ou
mais frascos de aerossol dosimetrado de broncodilatador por mês; problemas psicossociais (por exemplo,
depressão, baixo nível socioeconômico, dificuldade de
acesso à assistência, falta de aderência a tratamentos
prévios); presença de co-morbidades (doença cardiovascular ou psiquiátrica); asma lábil, com marcadas
variações de função pulmonar (> 30% do PFE ou do
VEF1); má percepção do grau de obstrução.
No Quadro 10 estão mostradas as indicações
para a realização de exames complementares.
Tratamento medicamentoso
O tratamento deve ser baseado no quadro clínico e, quando possível, na avaliação objetiva da
limitação ao fluxo aéreo, pela espirometria, medida
do PFE, ou da saturação de oxigênio no sangue
arterial, quando possível (Evidência A) (Quadro 9).
O algoritmo de tratamento da crise de asma no
pronto-socorro (Figuras 2 e 3) determina uma
administração seqüencial de drogas e a necessidade
de avaliação continuada da resposta clínica.
Doses adequadas e repetidas de beta-2 agonistas por via inalatória a cada 10 a 30 minutos na
primeira hora constituem a medida inicial de tratamento (Evidência A).(63)
O efeito do beta-2 agonista de curta duração
administrado por aerossol dosimetrado acoplado a
espaçador é semelhante ao obtido por nebulizador
de jato, sendo eficaz mesmo em casos de crises graves (Evidência A).(64)
Na crise grave está indicada a utilização de brometo de ipratrópio em doses repetidas, administrado conjuntamente com os beta-2 agonistas de
curta duração por nebulização ou por aerossol dosimetrado (Evidência A).(65)
O uso de beta-2 agonista de curta duração
administrado por via intravenosa pode ser uma
alternativa farmacológica na tentativa de se evitar
a evolução para insuficiência respiratória e a necessidade de suporte ventilatório, especialmente em
pacientes pediátricos, portadores de quadros graves
(Evidência B).(66)
Nas crises moderadas e graves o oxigênio deve
ser utilizado. A administração pode ser feita por
cânula nasal a 2 L por minuto, máscara facial (simples ou Venturi), campânula ou tenda. Nos pacientes adultos, a meta é manter a saturação de oxigênio
no sangue arterial ≥ 92%, sendo que em gestantes,
pacientes com doenças cardiovasculares e crianças a
meta é manter a saturação de oxigênio no sangue
arterial ≥ 95% (Evidência A).(67)
Corticosteróides reduzem a inflamação, aceleram
a recuperação e diminuem o risco de crise fatal. Os
pacientes atendidos na emergência devem receber
corticosteróides sistêmicos precocemente, já na primeira hora de atendimento. Os usos de corticosteróide
por via oral ou endovenosa têm efeito equivalente.(6870)
As doses indicadas estão nos algoritmos de tratamento (Figuras 2 e 3). Não há evidências suficientes
que indiquem a utilização dos CI na crise em substituição aos corticosteróides sistêmicos.(71) A aminofilina não tem indicação como tratamento inicial. Em
pacientes muito graves, hospitalizados, ela poderá
ser considerada como tratamento adjuvante.(72-75)
A administração intravenosa de sulfato de magnésio tem sido proposta como forma adjuvante de
tratamento para as exacerbações mais graves, sendo
a melhor indicação para os pacientes refratários à
terapêutica inalatória com beta-2 agonista de curta
Quadro 10 - Indicações de exames complementares.
Gasometria
Sinais de gravidade, PFE < 30% após tratamento ou SaO2 < 93%
Radiografia de tórax
Possibilidade de pneumotórax, pneumonia ou necessidade de internação por crise
grave
Suspeita de infecção. Neutrófilos aumentam quatro horas após o uso de
corticosteróides sistêmicos
Coexistência com doenças cardiovasculares, uso de diuréticos ou altas doses de
beta-2 agonistas, especialmente se associados a xantinas e corticosteróides
Hemograma
Eletrólitos
PFE: pico de fluxo expiratório; SaO2: saturação de oxigênio no sangue arterial.
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IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
S 459
Rápida avaliação da gravidade:
Clínica, PFE, SaO2
Não consegue falar, exaustão
cianose, baixo nível de consciência
Até três doses de B2-agonista a cada 10 a
30 minutos, Oxigênio 3 L/min se SaO2 b 92%
ou SaO2 indisponível
Cuidados intensivos
Reavaliação da gravidade
Boa resposta
Sem sinais de gravidade
PFE > 70% do pred.
Resposta parcial
Redução dos sinais de
gravidade PFE 50 a
70% do pred.
Alta
Manter B2 via inalatória dois a
cinco jatos a cada 4 h por 48 h.
Prednisona, ou equivalente,1 a
2 mg/kg, máx 60 mg, via oral
no PS e em casa por 7 a 10 dias,
Referira o clínico/especialista
Piora
Resposta ausente/pequena
Piorados sinais de
Persistência dos sinais de
gravidade PFE < 35%
gravidade PFE 35 a
do pred.
50% do pred.
Manter no PS
B2 por via inalatória a cada
30 a 60 min ate 4 h.
Associar ipratrópio.
Prednisona ou
equivalente, 60 mg
Manter no PS
B2 por via inalatória a cada
30 a 60 min ate 4 h.
Associar ipratrópio.
Prednisona ou equivalente,
60 mg
AVALIAR A RESPOSTA ENTRE 1 E 4 HORAS
Boa
Sem sinais de gravidade ou fatores de
risco. PFE > 70% do pred. (aceitável > 50%)
Alta
Continuar B2 via inalatória
dose alta, Prednisona 40 a 60 mg, via oral,
por 7 a 10 dias Referir ao especialista
Parcial ou não resposta
Sinais de gravidade ou asma de
risco PFE < 70% pred.
INTERNAR
DOSE DOS MEDICAMENTOS
Aerossol dosimetrado (AD) + espaçador de grande volume:
B2-agonista–cinco jatos; Ipratrópio – três jatos
Nebulizadorde jato: soro fisiológico 3 a 5 mL, oxigênio 6 L/min, máscara bem adaptada à face
(preferível bocal) B2-agonista–2,5 mg (10 gotas); Ipratrópio -250 Mg (20 gotas) Pacientes graves
pdem beneficiar-se do dobro da dose usual.
Figura 2 - Algoritmo de tratamento da crise de asma do adulto no pronto-socorro. PFE: pico de fluxo expiratório; SaO2: saturação de oxigênio no sangue arterial; PS: pronto-socorro.
duração. As doses recomendadas para adultos são
1 a 2 g em infusão venosa durante vinte minutos, e
na população pediátrica, 25 a 75 mg/kg, com dose
máxima de 2 g (Evidência A).(76-78)
sentam os critérios mais úteis para se determinar o
prognóstico com respeito à admissão, alta e necessidade de medicação posterior.
Avaliação da resposta ao tratamento
Conduta na alta do paciente do
pronto-socorro
A resposta ao tratamento inicial (entre 30 e
60 minutos) e a reclassificação do paciente repre-
Antes da alta hospitalar, o paciente deve receber as seguintes orientações: utilizar 40 a 60 mg
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Avaliação inicial: FR, FC, PFE, uso da musculatura acessória
Dispnéia, nível de consciência,cianose, SatO2
O2 para SatO2< 95%. Nebulização com B2-agonista (0,15 mg/kg/dose – máx. 5 mg / dose – fluxo
mínimo de O2 de 6 L/min) ou spray com espaçador (50 mcg/kg/dose = 1 jato / 2 kg, máximo de 10 jatos)
a cada 20 minutos, até uma hora (três doses). Crises mais graves associar brometo de ipratrópio
(250-500 mcg/dose – 20-40 gotas). Se PFE > 90% após o tratamento inicial, doses adicionais não
são necessárias. Iniciar corticosteróides se o paciente é córtico-dependente ou não apresentar uma boa
resposta ao tratamento inicial com B2-agonista (spray ou nebulização).
Reavaliação da FR, FC, ausculta, uso da musculatura acessória, dispnéia SatO2
Resposta incompleta
Boa resposta
PFE entre 40 e 70% do predito
PFE > 70% dopredito DiminuiAumento da FR e FC Ausculta: sibilos
ção da FR e FC Ausculta: sibilos
leves ou moderados Musculatura
raros ou ausentes Musculatura
acessória: uso moderado Dispnéia:
acessória: sem uso Dispnéia: mínimoderada SatO2 entre 91 e
ma ou ausente SatO2 > 95%
95% em ar ambiente
em ar ambiente
Aumentar intervalos das
nebulizações para cada 2 horas
Manter/adicionar prednisona ou similar (1–2 mg/Kg, máx. 60 mg)
E continuar nebulização a cada 20 min. com β2 (0,15 mg/kg)
Observar no mínimo 1 hora
Estável
PFE > 70% dopredito
SatO2 > 95% e outros
parâmetros melhorados
Má resposta
PFE < 40% dopredito Aumento da FR
e FC Ausculta: diminuição da entrada
de ar Musculatura acessória: uso
importante Dispnéia: intensa SatO2
< 91% em ar ambiente
Reavaliar gravidade em 1 hora
Instável
PFE < 70% dopredito
SatO2 < 95% e outros
parâmetros s/ melhora
Boa resposta
PFE > 70% do predito
SatO2 > 95% e outros
parâmetros melhorados
Alta Domiciliar com orientação;
β2 spray/nebulização/inaladores de pó;
Administrar corticosteróide oral;
Plano de Acompanhamento
Resposta incompleta
PFE 40 a 70% do predito
SatO2 entre 91 e 95% e
melhorando outros parâmetros
Continuar tratamento.
Considerar internação hospitalar se
não houver melhora
Má resposta
Má resposta
PFE < 40% do predito
SatO2 < 91% e outros
parâmetros s/melhora
Manter nebulização a cada
20 minutos com B2-agonista.
Considerar sulfato de
magnésio IV (25-75 mg/kg,
máximo de 2 g., infundido
em 20-30 minutos).
Considerar B2 - agonista IV. Inicial:
15 mcg/kg (correr em 15-20 min) Após:
Infusão continua crescente até
10-15 mcg/kg/min. Considerar xantina IV
UTI
Obs.: Caso não seja possível o uso do saturômetro de pulso ou medidas de função pulmonar, os critérios
clínicos são adequados para avaliação da crise
Figura 3 - Algoritmo de tratamento da crise de asma da criança no pronto-socorro. FR: freqüência respiratória; FC: freqüência cardíaca; PFE: pico de fluxo expiratório; SatO2: saturação de oxigênio no
sangue arterial; UTI: unidade de terapia intensiva.
de prednisona/dia, por sete a dez dias para adultos e, para crianças, 1 a 2 mg/Kg/dia (máximo de
60 mg/dia) por três a cinco dias;(69,79-81) utilizar técnica adequada quanto ao uso da medicação inala-
tória;(82) seguir plano de ação em caso de exacerbação;(83) procurar o médico assistente o mais rápido
possível (preferivelmente em uma semana), preferencialmente especialista.(84)
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IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
S 461
Quadro 11 - Critérios para o diagnóstico da asma de difícil controle.
Maiores
• Altas doses de CI (CI em mcg/dia)
- Adultos: beclometasona > 2.000, budesonida > 1.600 e fluticasona > 1.000
- Crianças: beclometasona ou budesonida > 800 e fluticasona > 400
• Corticosteróides orais ≥ 50% dos dias do ano
Menores
• Necessidade de outro medicamento diário além dos CI
- LABA, antagonistas dos leucotrienos ou teofilina
• Necessidade diária ou quase diária de beta-2 agonistas de curta duração
• Obstrução persistente do fluxo aéreo
- VEF1 < 80% previsto, variação diurna do pico de fluxo expiratório > 20%
• Uma ou mais exacerbações com necessidade de ida a pronto-socorro por ano
• Três ou mais cursos de corticosteróide oral por ano
• Piora rápida após redução de pelo menos 25% da dose de corticosteróides orais ou CI
• História anterior de exacerbação de asma quase fatal
Combinação dos critérios American Thoracic Society 2000 e European Respiratory Society 1999.
CI: corticosteróide inalatório; LABA: beta agonista de ação prolongada; VEF1: volume expiratório forçado no primeiro segundo.
Erros e deficiências mais comuns durante o
tratamento no pronto-socorro
Os erros e deficiências mais comuns durante o
tratamento no pronto-socorro são: história e exame
físicos inadequados; falta de medidas funcionais
para avaliação da gravidade e da resposta ao tratamento; não identificação de asma de risco; uso
de aminofilina como tratamento principal e inicial;
subdoses de beta-2 agonistas de curta duração ou
grande intervalo entre as doses; não utilização de
espaçadores ou técnica de inalação inapropriada
para população pediátrica;(85) dose insuficiente ou
demora na administração de corticosteróides.
Por ocasião da alta, os erros e deficiências mais
comuns são: liberação precoce do pronto-socorro;
falta de orientação da técnica de uso dos aerossóis;
não orientação para tratamento em longo prazo;
não orientação sobre retorno à emergência se
necessário; falta de orientação quanto aos sinais de
piora; não prescrição de prednisona ou equivalente;
não encaminhamento dos casos graves aos serviços
especializados.
Asma de difícil controle
A asma de difícil controle (ADC) acomete menos
de 5% dos asmáticos. Em 1998, a ADC foi definida
como a falta de controle da doença, quando são
usadas as doses máximas recomendadas dos fármacos inalatórios prescritos.(86) Outras denominações
comumente usadas são asma resistente, refratária,
lábil (brittle asthma) e fatal.
O diagnóstico de ADC só deve ser estabelecido
após período variável de três a seis meses de minuciosa avaliação clínico-funcional, sendo essencial
descartar doenças concomitantes ou que simulam asma. Devido à falta de definição consensual
da ADC, optamos por combinar os critérios clínicos da American Thoracic Society e da European
Respiratory Society (Quadro 11) (Evidência D).(87-88)
Para a definição de ADC são necessários pelo
menos um critério maior e dois menores, acompanhamento mínimo de seis meses, exclusão de outros diagnósticos, avaliação e tratamento de fatores agravantes
e certificar-se de que há boa adesão ao tratamento.
A asma é uma doença de múltiplos fenótipos que
resulta de interação complexa entre fatores genéticos e ambientais.(89-95) A ADC tem fenótipos distintos
caracterizando vários subtipos, como (Evidência B):
asma com obstrução persistente e pouco reversível
devida a remodelamento brônquico; asma quase
fatal ou fatal (crises graves com necessidade de
ventilação não invasiva ou intubação e ventilação
mecânica); asma lábil tipo I (variação diurna do PFE
acima de 40% em mais de 50% dos dias em que
foi realizada a monitorização), e tipo II (crise súbita
com risco de vida); asma menstrual (crises quase
fatais no início do ciclo menstrual); asma com sensibilidade a aspirina (associação com rinite, polipose
nasal e sinusite crônica).
O custo do tratamento da ADC é elevado, em
geral dez vezes maior do que o da asma leve, principalmente pelo grande número de internações por
ano (Evidência C).(97) Seu manejo deve ser feito por
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especialista. Quando adequado, melhora a qualidade de vida dos pacientes e reduz o custo da
doença. Baseia-se em: primeiro passo – certificarse do diagnóstico correto (Evidência B);(98) segundo
passo - identificar, controlar e tratar os problemas
que dificultam o controle da asma, como fatores
desencadeantes (ambientais, medicamentos, tabagismo), co-morbidades (doença do refluxo gastresofágico, rinossinusite, distúrbios psicossociais), má
adesão ao tratamento, e técnica inadequada de uso
dos aerossóis (Evidência B);(99-102) terceiro passo otimização do esquema de tratamento.
Um dos fatores que mais dificultam o manejo
da ADC é a má adesão ou aderência ao tratamento
(Evidência B). É de fundamental importância identificar este grupo de pacientes com perguntas diretas
sobre o uso dos medicamentos, controlar as marcações de dose dos dispositivos de pó seco e consultar
seus familiares sobre o uso dos fármacos.
As opções terapêuticas para o tratamento da ADC
são reduzidas e a maioria dos pacientes necessita de
corticosteróides orais (Evidência B). Os resultados dos
tratamentos com drogas alternativas como ciclosporina, methotrexate, dapsona, sais de ouro e colchicina são decepcionantes (Evidência B).(87) Entretanto,
alguns asmáticos têm resposta clínico-funcional
acentuada e por isto devem receber teste terapêutico
individual. O omalizumab é um novo medicamento
que pode ser muito útil na ADC (Evidência A).(103-104)
Perspectivas terapêuticas
Anti-TNF-α
Os inibidores de TNFα atualmente disponíveis
são anticorpos monoclonais contra TNFα (infliximab e adalimumab) ou o receptor de TNF solúvel
fundido com IgG humana (etanercept).
Os efeitos do etanercept como tratamento adicional ao CI em pacientes com asma grave resultaram em melhor controle dos sintomas, da função
pulmonar e da hiperresponsividade brônquica à
metacolina. Faltam estudos controlados e em maior
número de pacientes para maior consistência desta
forma de tratamento (Evidência C).(106-108)
Roflumilaste
Trata-se de um inibidor seletivo da fosfodiesterase 4 com atividade antiinflamatória que tem
sido estudado para o tratamento da asma. Sua ação
principal é a inibição da degradação do monofosfato cíclico de adenosina.
A maior parte dos estudos clínicos fase III ainda
não está publicada na íntegra. Deve-se aguardar
resultados mais consistentes (Evidência C).(109-112)
Anti-IL-4
A IL-4 atua através de seu receptor de membrana
IL-4R, sendo importante nas reações imunes mediadas pela IgE. Numerosas terapias anti-IL-4 falharam
em sua avaliação clínica. As drogas eram seguras,
sem reações adversas nem produção de auto-anticorpos, mas não conseguiram melhorar a asma, seja
por causa do período curto de tempo estudado seja
pela via de administração (inalatória, com ação local
e sem absorção sistêmica).
O anticorpo humano anti-IL-4Rα encontrase em desenvolvimento pré-clínico. Entretanto,
mais estudos clínicos necessitam ser desenvolvidos
(Evidência C).(113)
Anti-IL-5
Anticorpos monoclonais humanizados foram
sintetizados contra a IL-5 (mepolizumab) e o
IL-5Rα, objetivando depletar os eosinófilos dos
tecidos.
Embora a administração da anti-IL-5 tenha diminuído significativamente o número de eosinófilos
na submucosa brônquica, não depletou na mesma
proporção os eosinófilos séricos ou do escarro. Não
há evidências até agora de que a anti-IL-5 tenha
afetado de maneira significativa os desfechos clínicos da asma (Evidência C).(113)
Educação em asma
A educação associada ao tratamento farmacológico constitui um dos pilares fundamentais no tratamento da asma. Ajuda o paciente e os familiares na
aquisição de motivações, habilidades e confiança no
tratamento, o que permite um impacto positivo na
mudança ativa de comportamento frente à doença, e
ajuda a estabelecer vida normal a essas pessoas.(115-116)
Uma revisão sistemática da literatura, realizada
em 2005, identificou 101 estudos que tratavam de
programas de educação para adultos portadores de
asma. Destes, 45 foram incluídos na análise final,
sendo 36 ensaios clínicos controlados e randomizados. Concluiu que a intervenção educacional é
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IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
satisfatória para bons desfechos em saúde, ou seja,
permite melhor controle da asma, reduz o número
de hospitalizações, de visitas ao pronto-socorro e
de visitas não agendadas ao ambulatório, além de
reduzir o absenteísmo ao trabalho e à escola, e os
episódios de asma noturna.(117)
No Brasil, as pesquisas também demonstraram os
benefícios desses programas no controle clínico da
doença, nos custos diretos e também na qualidade
de vida tanto de adultos como de crianças.(118-119)
A educação em asma pode ser direcionada a
diferentes públicos: população em geral - informar
que a asma é uma doença pulmonar crônica que,
se adequadamente tratada, pode ser controlada,
permitindo uma vida normal; profissionais ligados
à saúde - garantir o diagnóstico correto e a recomendação terapêutica adequada para, conseqüentemente, diminuir a morbidade e a mortalidade;(121)
asmáticos - devem ser educados a reconhecer os sintomas, conhecer os fatores desencadeantes e como
evitá-los, a participar ativamente do tratamento,
identificando os medicamentos e conhecendo as
ações a serem tomadas conforme a evolução da
doença;(122) familiares e cuidadores - no sentido de
se sentirem confortados com as condutas a serem
adotadas em relação à evolução da doença; educação nas escolas, empresas públicas e privadas, e
seguradoras de saúde - como lidar com a morbidade
e a mortalidade relacionadas à asma.(123)
Quanto à forma os programas podem ser informativos ou estruturados. O programa informativo
(não estruturado) tem conteúdo programático
mínimo, com simples informação oral, escrita ou por
programação.(124-125) O estruturado confere melhores
resultados e possui os seguintes requisitos: informação educacional que utiliza as formas escrita,
S 463
verbal, visual e/ou auditiva; linguagem acessível e
adaptada à população-alvo; monitorização dos sintomas e/ou do PFE (usar escores de sintomas, e/ou
de uso de broncodilatador e/ou de PFE); consulta
médica regular (reavaliação programada do paciente
pelo médico e por outros profissionais de saúde);
plano de ação individual por escrito que deve ser
explicado e entregue ao paciente.(117-126)
O conteúdo básico de um programa de asma é
apresentado no Quadro 12.(115)
O plano de ação por escrito pode ser colocado
em prática pelo próprio paciente (automanejo) e
planejado em parceria de acordo com os itens do
Quadro 12 e o modelo apresentado no Quadro 13
(Quadro 14).
Quadro 12 - Conteúdo educacional programático
(O “ABCD” da asma).
• Abordar os fatores agravantes e orientar como
evitá-los
• Buscar medicamentos apropriados e com técnica
adequada
• Colocar em prática a execução de um plano de ação
• Descrever os efeitos colaterais dos medicamentos
usados e saber como minimizá-los
Quadro 13 - Itens de um plano de ação adequado.
• Especificação do tratamento de manutenção
Monitorização dos sintomas da asma e/ou do PFE
quando indicado
• Reconhecimento dos sinais e sintomas precoces de
exacerbação
• Proposta de alteração do esquema terapêutico
• Tratamento domiciliar das crises leves
• Indicações claras de quando procurar um serviço de
emergência
PFE: pico de fluxo expiratório.
Quadro 14 - Plano de ação por escrito.
Paciente (nome): Idade:
Classificação da asma: Data:
Medicamentos de manunteção utilizados: PFE:
Seus sintomas e sinais precoces de crise:______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
Quando isso acontecer, faça o seguinte: _____________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
• Procure a emergência se após 12 horas seu tratamento de crise não fizer efeito,
ou se antes disso aparecerem os seguintes sintomas indicativos de gravidade:
______________________________________________________________________________________________
e/ou muita faltar de ar, tosse persistente e exaustiva, suor frio, fala entrecortada, noite sem conseguir dormir, dedos
arroxeados. NESTE CASO, PROCURE LOGO AJUDA MÉDICA, NÃO FIQUE EM CASA SE ESTIVER PASSANDO MAL
PFE: pico de fluxo expiratório.
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Quanto a um programa de educação em asma
no serviço público, se houver persistência, cidadania, compromisso e empenho é possível estruturar
um programa de educação em asma que pode ser
adaptado às condições locais e à população alvo. A
seguir é apresentado um modelo ideal para servir de
base a um programa real.(118-120)
Modelo de funcionamento de um programa
de educação
Podemos aplicar uma sistematização de atendimento por etapas que inclui pré-consulta, consulta
médica e pós-consulta.(115)
Pré-consulta: Na sala de espera poderá existir
uma televisão com um aparelho para apresentação
de vídeos educativos sobre asma. A pré-consulta
pode ser realizada pela equipe de enfermagem, alunos de graduação pertencentes a ligas acadêmicas
de asma, que facilitam o programa de treinamento
para atendimento básico, ou alguém da comunidade interessado em ajudar e treinado devidamente
no programa.(125)
A ficha clínica de pré-consulta inclui: dados
antropométricos, questionário de avaliação subjetiva da dispnéia, escala analógica visual de dispnéia
com quatro pontos, mensuração da pressão arterial,
pulso, freqüência respiratória e verificação do PFE
pré e pós-broncodilatador.
Consulta médica: A consulta é sistematizada e
constitui-se em um interrogatório sobre intensidade
e freqüência dos sintomas da asma.
Os fatores que freqüentemente limitam a boa
resposta ao tratamento são pesquisados em um
interrogatório que inclui adesão ao tratamento, comorbidades associadas, uso de outros medicamentos e eventos adversos. A composição de informações, levando-se em conta a dose da medicação em
uso e a expressão de sintomas e do PFE, determina
a condição de controle da asma, que pode estar
bem controlada, não controlada ou exacerbada.
Essa análise sistematizada determina a prescrição.
O tratamento preconizado segue a recomendação
do consenso baseado na classificação de gravidade
da asma.(116)
Pós-consulta: A pós-consulta divide-se em
duas etapas. A primeira etapa dá-se logo após o
término da consulta: a equipe de enfermagem
revisa a prescrição médica e treina o paciente para
o uso da medicação inalatória. Na segunda etapa
da pós-consulta, os pacientes participam de um
programa de educação agendado para um dia da
semana, e cada paciente deverá participar de uma
palestra educativa por mês, tendo que cumprir o
mínimo de seis palestras em seis meses. As palestras educativas são realizadas pelos acadêmicos de
Enfermagem e/ou Medicina, ou algum profissional
interessado ou até mesmo alguém da comunidade
que deseje ajudar.(128)
Adesão ao tratamento
A adesão ao tratamento é essencial para um
resultado positivo. Ela é sempre considerada um
item bastante difícil, principalmente em doenças
crônicas como a asma. Por esse motivo, é fundamental avaliá-la e tentar estratégias práticas para
aumentá-la.(129-130)
No Quadro 15 estão resumidas as principais causas de dificuldades de adesão ao tratamento
Cerca de metade dos pacientes não aderem ao
tratamento, mesmo com a medicação gratuitamente
fornecida, geralmente por desconhecimento da
importância do tratamento regular de manutenção.
Os programas de educação visam a sanar estas
dificuldades, tentando maximizar o controle da
doença.(129) Em um país como o Brasil, a implementação de estruturas de atendimento associadas á
Quadro 15 - Principais causas de dificuldades de adesão ao tratamento.
• Má identificação dos sintomas e dos agentes desencadeantes
Ligadas ao médico
• Indicação inadequada de broncodilatadores
• Falta de treinamento das técnicas inalatórias e de prescrição de medicamentos preventivos
• Diversidade nas formas de tratamento
• Falta de conhecimento dos consensos
Ligadas ao paciente • Interrupção da medicação na ausência de sintomas
• Uso incorreto da medicação inalatória
• Complexidade dos esquemas terapêuticos
• Suspensão da medicação devida a efeitos indesejáveis
• Falha no reconhecimento da exacerbação dos sintomas
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IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
educação do paciente é fundamental para propiciar
o adequado manejo da asma.
Asma em situações especiais
Asma no idoso
Os asmáticos idosos podem ser divididos em
dois grandes grupos: asmáticos que envelheceram
e aqueles que têm asma de início tardio. A asma é
subdiagnosticada no idoso por várias razões:(132‑134)
menor percepção da dispnéia; interpretação da
dispnéia como uma conseqüência natural da idade;
presença de doenças associadas (cardiovasculares,
hipotireoidismo, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumopatias aspirativas e obesidade, entre
outras); dificuldade de comprovação objetiva da
obstrução das vias aéreas.
As etapas do tratamento não diferem das dos
indivíduos de outras faixas etárias, mas alguns
aspectos merecem ser enfatizados:(132-138) co-morbidades são comuns e devem ser identificadas e tratadas; interações medicamentosas são freqüentes e
podem dificultar o controle da asma ou das doenças
associadas; os efeitos adversos dos beta-2 agonistas
e das xantinas como tremores, hipocalemia, taquicardia, arritmias e aumento do consumo de oxigênio podem ser mais graves; por sua maior segurança
os anticolinérgicos devem ser indicados quando for
necessária medicação broncodilatadora contínua; a
vacinação anual antiinfluenza e a antipneumocócica a cada cinco a sete anos deve ser indicada; a
técnica de utilização de medicações inalatórias deve
ser revisada regularmente e a utilização de espaçadores para o uso dos aerossóis dosimetrados deve
ser estimulada quando inaladores de pó não puderem ser utilizados; é fundamental verificar a adesão,
que pode ser inadequada devido à prescrição de
vários medicamentos, declínio cognitivo com perda
de memória, limitações físicas, dificuldade na compra por questões financeiras ou apatia.
Asma na gravidez
A gravidez tem um efeito variável sobre o curso
da asma, que pode permanecer estável, piorar ou
melhorar, com retorno ao estado anterior à gravidez
em cerca de três meses após o parto.(139)
Os sintomas geralmente melhoram durante as
últimas quatro semanas da gravidez e o parto não
costuma se associar com piora da asma. O curso da
S 465
asma em sucessivas gestações costuma ser semelhante em cada paciente.(140)
O manejo difere muito pouco daquele preconizado para não grávidas. O subtratamento resulta
em maior risco para a mãe e para o feto do que o
uso de quaisquer drogas necessárias para o controle
da doença.(141-143) O baixo risco de malformações
congênitas associadas às medicações usualmente
utilizadas no tratamento da asma está documentado.(144-145) A budesonida é o CI de preferência para
a gestação por apresentar mais dados referentes à
segurança e eficácia (Evidência A).
Pacientes com asma mal controlada devem ser
cuidadosamente monitorizadas quanto ao retardo
de crescimento intra-uterino do feto e pré-eclâmpsia, e ter consultas mensais de avaliação pulmonar
(Evidência B).(144,146) Monitorização fetal intensiva é
essencial em mulheres com asma aguda durante a
gravidez. Algumas medicações potencialmente usadas
para indicações obstétricas em pacientes com asma
devem ser evitadas pela possibilidade de broncoespasmo. Estas incluem prostaglandina F2-alfa, ergonovina e agentes antiinflamatórios não esteróides
(pacientes sensíveis). A ocitocina é a droga de escolha para indução do parto. Crises de asma durante o
parto devem ser tratadas de maneira usual.
A categorização das drogas na gravidez é mostrada no Quadro 16.
O Quadro 17 mostra as drogas utilizadas para
asma na gravidez com as respectivas categorias propostas pelo Food and Drug Administration.
Asma e cirurgia
Os asmáticos apresentam maior risco de complicações pulmonares pós-operatórias e o broncoespasmo intra-operatório deve ser encarado
como uma complicação com potencial risco para
a vida.(147-148)
Tem sido sugerido que pacientes com história
de atopia apresentam maior risco de reações de
hipersensibilidade imediata (rinite, asma, anafilaxia, etc.) ou reações anafilactóides (pseudo-alérgicas) durante o ato cirúrgico ou testes diagnósticos (contrastes radiológicos). Mais recentemente,
a hipersensibilidade ao látex das luvas cirúrgicas
ou aos materiais utilizados em ambiente hospitalar, tais como cateteres, sondas e cânulas, tem
sido implicada em casos de anafilaxia durante o
ato cirúrgico.
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Quadro 16 - Drogas na gravidez. Classificação do Food and Drug Administration.
Categoria
A
B
C
D
X
Interpretação
Estudos controlados mostram risco ausente
Estudos bem controlados, adequados, em mulheres grávidas, não demonstram risco para o feto.
Nenhuma evidência de risco em humanos
Achados em animais mostraram risco, mas em humanos não ou, se estudos humanos adequados
não foram feitos, os achados em animais foram negativos.
Risco não pode ser excluído
Não existem estudos positivos em humanos e em animais para risco fetal ou inexistem estudos.
Contudo, os benefícios potenciais justificam o risco potencial.
Evidência positiva de risco
Dados de investigação ou após liberação no mercado mostram risco para o feto.
Mesmo assim, os benefícios potenciais podem sobrepujar o risco.
Contra-indicado na gravidez
Estudos em animais e humanos, ou relatos de investigação ou após liberação no mercado, mostraram risco fetal que claramente é maior que os benefícios potenciais.
Quadro 17 - Drogas antiasmáticas na gravidez.
Classe
Beta 2-agonistas
Droga específica
Salbutamol
Epinefrina
Salmeterol
Formoterol
Terbutalina
Categoria FDA
C
C
C
C
B
Metilxantinas
Teofilina
C
Anticolinérgicos
Ipratrópio
B
Corticosteróides
Prednisona
Budesonida
Beclometasona
Triamcinolona
Flunisolida
Fluticasona
Cromonas
Cromoglicato de sódio
Nedocromil
B
B
Antileucotrienos
Zafirlucaste
Montelucaste
B
B
Não classificada
B
C
C
C
C
FDA: Food and Drug Administration.
Durante a anestesia, a intubação traqueal constitui-se no mais vigoroso estímulo para o aparecimento do broncoespasmo. O uso de beta-2 agonista
de curta duração pode prevenir o aumento da resistência do sistema respiratório em situações anestésicas especiais.(149)
O uso do CI reduz a hiperresponsividade e previne as exacerbações durante a cirurgia. Em pacientes com valores de VEF1 menores do que 80% do
seu melhor valor podem receber um curso breve
de corticosteróides orais (Evidência C). Portanto, é
fundamental alcançar o controle adequado da asma
antes de qualquer procedimento e ter uma conduta
segura no perioperatório.(150)
Asma no lactente
O diagnóstico de asma no lactente é difícil de ser
realizado. Muitos lactentes sibilantes são considerados transitórios e a exposição a vírus, especialmente
ao vírus respiratório sincicial, pode ser a maior causa
da hiperresponsividade. Em lactentes susceptíveis, a
presença de atopia predispõe à sensibilização por
alérgenos ambientais ou irritantes e, desse modo, a
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IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
quadros recorrentes de sibilância, sendo a exposição precoce aos ácaros domésticos, fungos e antígenos derivados de animais muito importante para
a sensibilização.(151)
O desenvolvimento de atopia em fase precoce da
vida parece relacionar-se à presença de hiperresponsividade das vias aéreas em idade posterior. Por outro
lado, dados conflitantes apontam para o fato de que
a asma iniciada nos dois primeiros anos de vida pode
resultar em função pulmonar reduzida na idade
adulta, indicando possível ação deletéria da asma no
desenvolvimento da função pulmonar.(152-153)
O Quadro 18 define o risco de asma em lactentes sibilantes (pelo menos três episódios no último
ano). Aqueles que apresentam dois critérios maiores, ou um critério maior e dois menores, devem ser
considerados de alto risco para sibilância persistente
e com provável diagnóstico de asma (risco relativo
2,6 a 5,5 vezes maior).(154-156)
O manejo do lactente com sibilância tem sido
muito discutido, especialmente no que diz respeito
ao uso dos CI. É inequívoco o benefício desses
medicamentos no tratamento da asma em todas as
idades e especialmente nos lactentes que preenchem
os critérios para asma, mas há alguns argumentos
que costumam ser debatidos quando se trata de
lactentes.(157-159)
Argumentos contra o uso de CI em lactentes e
pré-escolares: Nem sempre é possível identificar pre-
cocemente os asmáticos, e as crises de obstrução brônquica são devidas a várias doenças com diferentes
fisiopatologias, vias aéreas estreitas e infecções virais,
muitas vezes constituindo uma condição transitória,
que necessita somente de medicação sintomática.
Cerca de 80% dos lactentes chiadores não continuarão a apresentar crises de obstrução brônquica
na infância e adolescência. Com base em critérios
clínicos, é muito difícil predizer se um lactente chiador será asmático no futuro.
Quadro 18 - Índice clínico para diagnóstico de asma no
lactente.
Critérios maiores
1. Um dos pais com asma
2. Diagnóstico de dermatite atópica
Critérios menores
1. Diagnóstico médico de rinite alérgica
2. Sibilância não associada a resfriado
3. Eosinofilia maior ou igual a 4%
S 467
Nos lactentes chiadores, a maioria dos episódios
de obstrução brônquica é de origem viral e, quando
não há atopia associada, eles permanecem assintomáticos entre as crises.
Recém-nascidos com baixo peso para a idade
gestacional e filhos de mães fumantes têm função
pulmonar reduzida, mas melhoram com o crescimento pulmonar.
Existem poucos estudos em animais sobre o uso
de CI e crescimento pulmonar e também poucos
trabalhos sobre o uso de CI em lactentes. As conclusões obtidas, até o presente momento, mostram que
há risco potencial do uso de CI em afetar o crescimento pulmonar, principalmente nos dois primeiros
meses de vida e que o impacto da perda de fibras
elásticas, na velhice, deverá ser maior na população
que utilizou CI precocemente.
Argumentos a favor e situações possíveis para
o uso de CI nos lactentes chiadores e pré-escolares com sibilância: Os CI devem ser usados em
presença de: sintomas contínuos ou mais que duas
vezes por semana; crises mais de duas vezes por mês;
lactentes que apresentam asma com risco de morte,
ou seja, evento ameaçador da vida com insuficiência
respiratória aguda grave; lactentes com função pulmonar anormal entre as crises (difícil de avaliar em
nosso meio); lactentes chiadores graves (iniciar com
altas doses e diminuir o mais rapidamente possível);
lactentes chiadores moderados (iniciar com baixas
doses e manter ou aumentar a dose, dependendo da
resposta clínica); sibilância persistente, após episódio de bronquiolite viral aguda (pacientes internados por insuficiência respiratória aguda, em unidade
de tratamento intensivo que, após a alta, mantêm
sibilância persistente).
Asma induzida pelo exercício
Os termos asma induzida pelo exercício e broncoconstrição induzida pelo exercício (BIE) têm sido
usados como sinônimos para expressar a resposta
broncoespástica que alguns indivíduos apresentam
ao se exercitar. Apresentam BIE 49% dos asmáticos
e 40% dos pacientes com rinite alérgica.(160-161)
A patogênese da BIE está associada ao fluxo de
calor e água da mucosa brônquica em direção à luz
do brônquio, com o objetivo de condicionar grandes volumes de ar que chegam ao trato respiratório
inferior.(161)
O exercício é o único precipitante natural da
asma que induz taquifilaxia. Cerca de 45% dos
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pacientes com BIE apresentam um período refratário característico, durante o qual a manutenção do
exercício não causa broncoespasmo. Quando o exercício é repetido após intervalos de 30 a 90 minutos,
verifica-se que a broncoconstrição diminui ou não
ocorre.(160-162) A presença de um período refratário parece ser independente do grau de obstrução
provocado pelo primeiro teste e inversamente relacionada ao tempo que separa as duas provocações
consecutivas pelo exercício.
Outro aspecto controverso relacionado à BIE
é a existência ou não de uma resposta tardia ao
exercício (três a doze horas depois). Alguns estudos observaram uma resposta tardia ao exercício,
com uma prevalência variando em torno de 10% a
89%.(160-161-163) O diagnóstico de BIE é feito através
da história clínica e do teste de desencadeamento
com exercício monitorado pela função pulmonar.
A obstrução da via aérea costuma iniciar logo
após o exercício, atingindo seu pico em cinco a dez
minutos, após o que há remissão espontânea do
broncoespasmo, com melhora total da função pulmonar em cerca de 30 a 60 minutos. Os pacientes
em crise de asma precipitada pelo exercício apresentam os mesmos sintomas observados em crises
desencadeadas por outros estímulos.(160-161)
A presença de BIE pode ser demonstrada em nível
laboratorial através da queda de 10% do VEF1 em
relação ao VEF1 basal, pré-exercício. Alguns autores
consideram que uma queda de 15% do VEF1 define
um diagnóstico mais preciso.(164,165)
Alternativamente, pode ser usado o PFE ou
ainda a resistência e a condutância específica das
vias aéreas. Alguns autores demonstraram que alterações na resistência pulmonar e no VEF1 produzem
índices equivalentes de variação da função pulmonar induzida por exercício.(166)
O objetivo do tratamento de pacientes com BIE é a
profilaxia. Episódios de BIE podem ser atenuados com
a elaboração de uma escala personalizada de aquecimento antes da realização de um exercício físico
vigoroso.(167) O controle mais efetivo, entretanto, é
obtido com medicações. O primeiro passo no manejo
da BIE deve ser o controle da asma subjacente.
O tratamento regular da asma com CI costuma
reduzir a magnitude da BIE em 50%.(168) Contudo,
muitos pacientes necessitam de tratamento adicional. Os beta-2 agonistas inalatórios de curta
duração, se utilizados quinze a 30 minutos antes
do exercício, inibem a BIE. A duração desse efeito
protetor é de quatro horas. Os antileucotrienos também protegem de forma satisfatória a BIE, e seu
uso regular parece não estar associado com tolerância e redução de seu efeito protetor.(169-170) Os LABA
podem ser usados para impedir a BIE, porém a duração do efeito protetor pode diminuir com seu uso
continuado.(169-171) As cromonas inalatórias atenuam
a BIE em alguns pacientes. Seu efeito protetor usualmente dura em torno de duas a três horas.(172)
Recursos legais
Um dos grandes problemas para a adesão ao tratamento da asma é a disponibilidade dos medicamentos, especialmente para as populações de baixa
renda. Nos serviços públicos, não raramente ocorre a
total carência de medicamentos, preventivos (corticóides inalatórios e orais) e de alívio (especialmente os
broncodilatadores beta-2 adrenérgicos inalatórios).
Para tentar sanar esse problema, as sociedades médicas envolvidas na elaboração deste consenso têm se empenhado, desde 2001, na elaboração e implantação do Plano Nacional de Asma.
Infelizmente ele ainda não é uma realidade.
Entretanto, os esforços contribuíram para que
fossem editadas duas portarias do Ministério da
Saúde no sentido de promover o acesso da população aos medicamentos para a asma.
A primeira, a Portaria nº 1.318/GM, de 23 de
julho de 2002, determina e ordena a disponibilização de medicamentos para asma grave (entre
outras doenças) pelas secretarias estaduais de saúde,
com repasses de recursos da União, através de suas
­divisões de medicamentos especiais. Os médicos
devem ­preencher formulários e elaborar laudo consubstanciado onde seja identificada a necessidade
do tratamento com CI associado ou não a beta-2
adrenérgicos inalatórios de longa duração. Deveriam
estar disponíveis também corticosteróide tópico
nasal e beta-2 adrenérgicos inalatórios de curta
duração (salbutamol e fenoterol). Esta falha inicial,
entretanto, foi sanada pela portaria 2.084, da qual
trataremos mais adiante. Os critérios de inclusão
dos pacientes neste programa estão determinados
pela Portaria Complementar SAS/MS nº 12, de 12
de novembro de 2002 (Quadro 19). Os pacientes
com asma grave devem estar em acompanhamento
em um centro de referência ou em unidades com
médicos capacitados para prestar assistência a estes
pacientes.
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IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
S 469
Quadro 19 - Critérios de inclusão e de exclusão no programa de disponibilização de medicamentos.
Critérios de Inclusão
Critérios de Exclusão
Serão incluídos os pacientes que apresentarem qualquer Serão excluídos os pacientes com pelo menos um dos
um dos seguintes critérios:
seguintes critérios:
a) sintomas de asma diários e contínuos;
b) uso de broncodilatador de curta ação pelo menos 2
vezes por dia;
c) espirometria com pico de fluxo expiratório ou volume
expiratório forçado no primeiro segundo com menos
de 60% do previsto na fase pré-broncodilatador;
d) sintomas noturnos pelo menos 2 vezes por semana.
As secretarias de saúde estaduais, através de
suas divisões de medicamentos especiais, deverão
ser contatadas por cada serviço especializado para
informações sobre os medicamentos disponíveis,
formulários necessários e endereço de encaminhamento dos pacientes. A associação de asmáticos
local e o ministério público também podem ser
acionados para fazer valer os direitos do cidadão.
A segunda portaria, a de Nº 2.084/GM, de 26
de outubro de 2005, estabelece os mecanismos e
as responsabilidades para o financiamento da assistência farmacêutica na atenção básica. Nela constam medicamentos para asma (beclometasona spray
250 mcg e salbutamol oral e spray) e para rinite
(beclometasona spray 50 mcg) que fazem parte do
elenco mínimo obrigatório de medicamentos para
o nível da atenção básica em saúde. Trata-se de
um conjunto de medicamentos e produtos cuja
responsabilidade pelo financiamento e/ou aquisição é do Ministério da Saúde. Para esta finalidade,
o Ministério da Saúde deverá repassar aos estados para aquisição de medicamentos para asma e
rinite o valor anual de R$ 0,95 por habitante por
ano, dividido em doze parcelas mensais. Portarias
complementares regulamentam a transferência
dos recursos do Fundo Nacional de Saúde para o
fundo estadual de saúde de cada estado, que deverá
aplicá-los na aquisição e distribuição dos medicamentos aos municípios, conforme os recursos a eles
correspondentes. Estas portarias têm efeito financeiro a partir do mês de abril de 2006 e os recursos
já estão disponíveis para os estados.
Ainda dentro das ações destinadas aos cuidados
com os pacientes asmáticos, está em andamento
no Conselho Nacional de Secretários Municipais de
Saúde um fórum de discussão para avaliar os pro-
a) tabagismo atual, exceto para os impossibilitados de
abandonar o vício por retardo mental ou doença psiquiátrica grave;
b) predomínio de doença pulmonar obstrutiva crônica;
c) discordância com os termos expostos no consentimento informado;
d) qualquer contra-indicação ao uso dos medicamentos
descritos.
gramas de asma em execução no Brasil. Este fórum
envolve, além dos coordenadores desses programas,
representantes das sociedades médicas responsáveis por este consenso e da Associação Brasileira de
Asmáticos. Os objetivos são divulgar os programas
com êxito no controle da asma e propor ferramentas que sirvam para a organização da atenção e cuidados para a asma nas atenções básica e secundária
à saúde nos municípios.
Seguem os endereços eletrônicos onde estão
disponíveis as portarias 1.318/2002, 2084/2005 e
suas complementares:
• http://www.pgr.mpf.gov.br/pgr/pfdc/grupos_
atividades/saude/portaria1318.PDF
• http://www.asmamedicamentos.com.br/documentos/ProtocoloCl%C3%ADnico_Diretrizes_
Terapeuticas.pdf
• http://dtr2004.saude.gov.br/dab/legislacao/portaria2084_26_10_05.pdf
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Uma melhor qualidade de vida:
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da asma de difícil controle
Xolair® é a terapia anti-IgE que proporciona melhora na
qualidade de vida do paciente com asma de difícil controle(1)
Referência bibliográfica: 1. Consenso Latino Americano sobre a asma de difícil controle. Drugs of Today 2006, Vol.42, Supl. X/BR.
XOLAIR® omalizumabe - Formas farmacêuticas e apresentações: pó para solução injetável – via subcutânea. Cada embalagem de Xolair contém um frascoampola com pó para solução injetável com 150 mg de omalizumabe e uma ampola de 2 mL de água para injeção como solvente para reconstituição. Xolair
reconstituído contém 125 mg/mL de omalizumabe (150 mg em 1,2 mL). Indicações: adultos e crianças (a partir de 12 anos de idade) com asma alérgica
persistente moderada a grave cujos sintomas são inadequadamente controlados com corticosteróides inalatórios. Posologia: 150-375 mg s.c. a cada duas ou
quatro semanas de acordo com o peso corpóreo e nível sérico basal de IgE. Contraindicações: hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer outro
componente do produto. Precauções/advertências: não é indicado para o tratamento de exacerbações da asma aguda, broncoespasmo agudo ou status
asmaticus. Deve-se ter precaução no uso em pacientes com insuficiência renal ou hepática. Pacientes com diabetes mellitus, síndrome de malabsorção de glicosegalactose, intolerância à frutose ou deficiência de sacarose-isomaltose devem ser advertidos de que uma dose de Xolair de 150 mg contém 108 mg de sacarose.
Podem ocorrer reações alérgicas locais ou sistêmicas, incluindo anafilaxia. Precaução na gravidez e lactação. Reações adversas: as reações adversas mais
comuns são: dor no local da injeção, edema, eritema, prurido e cefaléia. As reações adversas raras graves incluem: reações anafiláticas e outras condições
alérgicas e broncoespasmo alérgico. Antes de prescrever, consulte a bula completa do produto. "Atenção diabéticos: contém açúcar." Reg. MS. 1.0068.0983
- Uso adulto e em crianças acima de 12 anos - VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - USO RESTRITO A HOSPITAIS - Informações completas para prescrição disponíveis
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ASMA
Segundo o Consenso da Sociedade Brasileira de Pneumologia,
o tratamento completo da asma é feito com um medicamento
de resgate seguido por um corticóide oral.1
Resgate e controle
para o seu paciente
Efeito rápido
em corticoterapia
1-2
3
Referências Bibliográficas: 1) III Consenso brasileiro no manejo da asma. J. Pneumol 2002; 28 (1 Supl.): 9- 21. 2) Sears MR, Lotvall J. Past, present and future--beta2-adrenoceptor agonists in asthma management. Respir Med. 2005 Feb;99(2):152-70. 3) Schimmer BP, Parker KL. Adrenocorticotrophic
hormone; adrenocortical steroids and their synthetic analogs; inhibitors of the synthesis and actions of adrenocortical hormones. In: Hardman JG, Limbird LE (ed.), Goodman and Gilman s The Pharmacological Basis of Therapeutics. 19 ed. New York: McGraw Hill; 1996. p. 1459-87.
FLUIR* fumarato de formoterol: INDICAÇÕES: Indicado na profilaxia e no tratamento da broncoconstrição em pacientes com doença obstrutiva reversível das vias aéreas, como asma brônquica e bronquite crônica, com ou sem enfisema. Profilaxia de broncoespasmo induzido por alérgenos inalados, ar frio ou
exercício. A terapia de manutenção de duas vezes por dia pode controlar, na maioria dos casos, a broncoconstrição associada a condições crônicas, tanto durante o dia como à noite. CONTRA-INDICAÇÕES: Hipersensibilidade a algum dos componentes da fórmula. PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS: Terapia
antiinflamatória - Quando FLUIR for prescrito, o paciente deverá ser avaliado para adequação da terapêutica antiinflamatória a receber. Os pacientes deverão ser alertados a manter inalterada a terapêutica antiinflamatória após a introdução de FLUIR, mesmo quando os sintomas melhorarem. A persistência dos
sintomas ou o aumento do número de doses de FLUIR necessárias para o controle dos sintomas indica normalmente a piora da condição subjacente e justifica a reavaliação médica do tratamento. Condições concomitantes - Cuidado especial e supervisão, com ênfase particular nos limites da dose, serão
necessários quando coexistirem as seguintes condições: doença cardíaca isquêmica, arritmias cardíacas, especialmente bloqueio atrioventricular de terceiro grau, descompensação cardíaca grave, estenose subvalvular aórtica idiopática, cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica, tireotoxicose, prolongamento
suspeito ou conhecido do intervalo QT (QTc > 0,44 seg). Pelo efeito hiperglicêmico dos beta-2-estimulantes, recomenda-se controle adicional de glicose sangüínea em pacientes diabéticos. Hipocalemia - Hipocalemia potencialmente grave pode resultar da terapêutica com beta-2-agonistas. Recomenda-se que
os níveis de potássio sérico sejam monitorados em tais situações. Broncoespasmo paradoxal - O potencial para broncoespasmo paradoxal deve ser considerado. Se isso ocorrer, o medicamento deverá ser imediatamente descontinuado e substituído por terapêutica alternativa. Gravidez e Lactação: A
segurança de FLUIR durante a gravidez e a lactação ainda não foi estabelecida. Seu uso durante a gravidez deve ser evitado, salvo se não existir alternativa mais segura. Como outros estimulantes beta-2-adrenérgicos, o formoterol pode inibir o trabalho de parto por seu efeito relaxante sobre a musculatura lisa
uterina. As mães em tratamento com FLUIR não devem amamentar. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Fármacos como quinidina, disopiramida, procainamida, fenotiazínicos, anti-histamínicos e antidepressivos tricíclicos podem ser associados com prolongamento do intervalo QT e com aumento do risco de
arritmia ventricular. A administração concomitante de outros agentes simpatomiméticos pode potencializar os efeitos indesejáveis de FLUIR. A administração de FLUIR a pacientes em tratamento com inibidores da monoaminooxidase (IMAOs) ou antidepressivos tricíclicos deve ser conduzida com cautela, já que
a ação de estimulantes beta-2-adrenérgicos no sistema cardiovascular pode ser potencializada. O tratamento concomitante com derivados xantínicos, esteróides ou diuréticos pode potencializar um possível efeito hipocalêmico dos beta-2-agonistas. A hipocalemia pode aumentar a suscetibilidade a arritmias
cardíacas em pacientes tratados com digitálicos. FLUIR não deve ser administrado juntamente com bloqueadores beta-adrenérgicos (incluindo-se colírios), a não ser que existam razões que obriguem ao seu uso. REAÇÕES ADVERSAS: Sistema musculoesquelético: ocorrência ocasional de tremores e rara de
mialgias ou cãibras musculares. Sistema cardiovascular: ocorrência ocasional de palpitações e rara taquicardia. Sistema nervoso central: ocorrência ocasional de cefaléia e rara de agitação, vertigem, ansiedade, nervosismo e insônia. Trato respiratório: ocorrência rara de agravamento do broncoespasmo.
Irritação local: ocorrência rara de irritação da orofaringe. Outros: casos isolados de pruridos, irritação conjuntival e edema de pálpebra, náuseas, exantema e alteração do paladar. POSOLOGIA: Para uso em adultos e em crianças acima de 5 anos de idade. Terapia de manutenção regular: Adultos - inalação de 1
a 2 cápsulas (12 a 24 mcg), duas vezes por dia. Crianças acima de 5 anos - inalação de uma cápsula (12 mcg), duas vezes por dia. Profilaxia contra o broncoespasmo induzido por exercício ou antes de exposição inevitável a um alérgeno conhecido: Adultos - 1 cápsula (12 mcg) deve ser inalada, com
aproximadamente 15 minutos de antecedência. Em pacientes com asma grave, a inalação de 2 cápsulas (24 mcg) pode ser necessária. Crianças acima de 5 anos - 1 cápsula (12 mcg) deve ser inalada, com aproximadamente 15 minutos de antecedência. O medicamento não é recomendado a crianças com
menos de 5 anos de idade. Mais informações à disposição da classe médica no departamento científico da Schering-Plough. MS 1.0093.0201. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA AO PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
PREDSIM* prednisolona: INDICAÇÕES: PREDSIM é indicado para o tratamento de doenças endócrinas, osteoarticulares e osteomusculares, reumáticas, do colágeno, dermatológicas, alérgicas, oftálmicas, respiratórias, hematológicas, neoplásicas, e outras, que respondam à terapia com corticosteróides. A
terapia corticosteróide hormonal é complementar à terapia convencional. CONTRA-INDICAÇÕES: PREDSIM é contra-indicado em pacientes com infecções sistêmicas por fungos, hipersensibilidade à prednisolona ou a outros corticosteróides ou a qualquer componente de sua fórmula. PRECAUÇÕES E
ADVERTÊNCIAS: Poderão ser necessários ajustes posológicos durante remissões ou exacerbações da doença em tratamento, resposta individual ao tratamento e exposição do paciente a situações de estresse emocional ou físico, tais como infecção grave, cirurgia ou traumatismo. Poderá ser necessário
monitoramento por período de até um ano após o término de tratamento prolongado ou com doses altas de corticosteróides. Insuficiência secundária do córtex supra-renal, induzida por medicamento, pode ser resultante de retirada rápida do corticosteróide, podendo ser evitada mediante redução gradativa da
dose. O efeito dos corticosteróides é aumentado em pacientes com hipotireoidismo e cirrose. Recomenda-se uso cauteloso em pacientes com herpes simples oftálmico pelo risco de perfuração da córnea. É aconselhável cautela em relação a: colite ulcerativa inespecífica, quando houver possibilidade de
perfuração; abscesso ou outra infecção piogênica; diverticulite; anastomoses intestinais recentes; úlcera péptica; insuficiência renal; hipertensão; osteoporose, e miastenia gravis. Altas doses de corticosteróides, bem como doses habituais, podem causar elevação da pressão arterial, retenção de sal e água e
aumento da excreção de potássio. Estes efeitos ocorrem menos com os derivados sintéticos, exceto quando em altas doses. Todos os corticosteróides aumentam a excreção de cálcio. Considerar a possibilidade de dieta hipossódica e suplementação de potássio, quando os corticosteróides forem utilizados.
Os pacientes não deverão ser vacinados contra varíola durante terapia com corticosteróides. A corticoterapia pode alterar a motilidade e o número de espermatozóides. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: O uso concomitante de fenobarbital, fenitoína, rifampicina ou efedrina pode aumentar o metabolismo dos
corticosteróides, reduzindo seus efeitos terapêuticos. O uso concomitante de corticosteróides com diuréticos depletores de potássio pode intensificar a hipocalemia. O uso dos corticosteróides com glicósidos cardíacos pode aumentar a possibilidade de arritmias ou intoxicação digitálica associada à
hipocalemia. Os corticosteróides podem potencializar a depleção de potássio causada pela anfotericina B. Os efeitos dos antiinflamatórios não-esteróides ou do álcool, somados aos dos glicocorticóides podem resultar em aumento da incidência ou gravidade de úlceras gastrintestinais. Os corticosteróides
podem reduzir as concentrações plasmáticas de salicilato. Quando os corticosteróides são indicados em diabéticos, pode ser necessário ajuste no hipoglicemiante oral ou na insulina. REAÇÕES ADVERSAS: As reações adversas a PREDSIM têm sido do mesmo tipo das relatadas para outros corticosteróides e
normalmente podem ser revertidas ou minimizadas com a redução da dose, sendo isto preferível à interrupção do tratamento com o fármaco. Estas incluem: Alterações hidroeletrolíticas; alterações osteoarticulares e osteomusculares; alterações gastrintestinais; alterações dermatológicas; alterações
neurológicas; alterações endócrinas: alterações oftálmicas; alterações metabólicas; alterações psiquiátricas. POSOLOGIA: Adultos: A dose inicial de PREDSIM para adultos pode variar de 5 a 60 mg diários, dependendo da doença em tratamento. Crianças: A dose pediátrica inicial pode variar de 0,14 a 2 mg/kg
de peso por dia, ou de 4 a 60 mg por metro quadrado de superfície corporal por dia, administrados de 1 a 4 vezes por dia. Posologias para recém-nascidos e crianças devem ser orientadas segundo as mesmas considerações feitas para adultos, ao invés de se adotar rigidez estrita aos índices para idade ou
peso corporal. Mais informações à disposição da classe médica no departamento científico da Schering-Plough. MS 1.0093.0207. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA AO PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
Distribuição exclusiva à classe médica.
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20/11/2006 14:44:10
Alvesco. ciclesonida. Uso Adulto e pediátrico (crianças a partir
de 4 anos de idade). Apresentações e composição: Solução inalatória pressurizada, de uso inalátorio oral, em embalagens com 60 ou 120
doses de 80 mcg ou 160 mcg de ciclesonida. Cada dose de Alvesco 80
libera no bocal do inalador 80 mcg de ciclesonida e cada dose de Alvesco
160 libera no bocal do inalador 160 mcg de ciclesonida. Indicações:
Alvesco está indicado na prevenção e controle da asma brônquica leve,
moderada ou grave em adultos e crianças a partir de 4 anos de idade.
Contra-Indicações: Alvesco não deve ser usado em pacientes com
hipersensibilidade conhecida a quaisquer dos componentes da fórmula.
Precauções e Advertências: Como todos os corticóides inalatórios:
Alvesco deve ser administrado com cautela em pacientes com tuberculose
pulmonar ativa ou quiescente, infecções fúngicas, bacterianas ou virais,
e somente se estes pacientes estiverem adequadamente tratados; Alvesco
não é indicado no tratamento do estado asmático ou outros episódios
agudos de asma onde sejam necessárias medidas intensivas; Alvesco não
é recomendado para aliviar os sintomas da asma, para os quais é necessário um broncodilatador inalatório de curta ação. Os pacientes devem
ser alertados a possuírem tal medicação de resgate disponível. Podem
ocorrer efeitos sistêmicos com o uso de corticóides inalatórios, particularmente em altas doses prescritas por períodos prolongados, como supressão adrenal, retardo no ritmo de crescimento de crianças e adolescentes,
redução da densidade óssea, catarata e glaucoma. Espera-se um aumento
da exposição em pacientes com insuficiência hepática grave e, portanto,
esses pacientes devem ser monitorados para potenciais efeitos sistêmicos.
Pacientes transferidos da terapia com esteróides orais para ciclesonida
inalatória podem permanecer sob risco de insuficiência de reserva adrenal durante um tempo considerável. A substituição do tratamento com
esteróide sistêmico pela terapia inalatória às vezes desmascara alergias
tais como rinites alérgicas ou eczema previamente controladas pela droga
sistêmica. O paciente deve ser alertado contra a descontinuação abrupta
da terapia com Alvesco. A ausência de resposta ou exacerbações graves da
asma devem ser tratadas com aumento da dose de ciclesonida inalatória
e, se necessário, com administração de um esteróide sistêmico e/ou um
antibiótico se houver infecção. Uso durante a gravidez: Até o momento
não existem estudos adequados e controlados em mulheres grávidas, portanto, ciclesonida não deve ser usada durante a gravidez, a menos que
o benefício para a mãe justifique o risco em potencial para a mãe ou o
feto. Deve ser usada a menor dose de ciclesonida necessária para manter
o adequado controle da asma. Bebês nascidos de mães que receberam
corticóides durante a gravidez necessitam ser observados cuidadosamente
com relação ao hipoadrenalismo. Uso durante a lactação: A excreção
de ciclesonida inalatória no leite materno ainda é desconhecida. A administração de ciclesonida para mulheres que estão amamentando deve ser
considerada somente se o benefício esperado para a mãe for maior que
qualquer risco possível para o bebê. Pacientes idosos: Não é necessário
o ajuste da dose em pacientes idosos. O médico deve estar ciente de que
a exposição sistêmica para M1 (metabólito ativo) é também aumentada
em pacientes idosos, e portanto, existe a possibilidade de um aumento
dos riscos de reações adversas sistêmicas nestes pacientes. Crianças: Até
o momento, não há dados suficientes disponíveis sobre o tratamento de
crianças abaixo de 4 anos com Alvesco. Pacientes com insuficiência hepática ou renal: A exposição sistêmica do metabólito ativo (M1)
é aumentada em pacientes com deficiência hepática. Entretanto, não é
necessária nenhuma redução de dose, mas o médico deve estar ciente
da possibilidade de um aumento do risco de reações adversas sistêmicas.
Interações medicamentosas: A co-administração com um potente
inibidor do sistema citocromo P 450 3A4 (ex.:cetoconazol, itraconazol e
ritonavir ou nelfinavir) deve ser considerada com cautela pois pode haver
um aumento nos níveis séricos de ciclesonida/metabólito. O risco de reações adversas (ex: síndrome de Cushing) não pode ser excluído. Reações Adversas: Aproximadamente 4% dos pacientes tiveram reações adversas
em testes clínicos com Alvesco ministrado em doses de 80 a 1280 mcg
ao dia. Na maioria dos casos, tais reações foram leves e não exigiram a
descontinuação do tratamento com Alvesco. Os eventos adversos observados (incomuns (>1/1,000, <1/100) foram: gosto ruim, reações locais
tais como queimação, inflamação e irritação; secura na boca, rouquidão,
tosse após inalação, broncoespasmo paradoxal, prurido e eczema. Podem
ocorrer efeitos sistêmicos de corticóides inalatórios, particularmente em
doses acima das recomendadas, por longos períodos.
Atenção: este é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham
indicado eficácia e segurança aceitáveis para comercialização, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem ocorrer. Neste caso, informe seu médico.
Posologia e forma de administração: o paciente deve receber uma
dose inicial de Alvesco apropriada para a gravidade da doença e de acordo
com a recomendação médica. Adultos e adolescentes acima 12
anos de idade: A dose recomendada é de 80 a 640 mcg ao dia. Asma
leve:160 mcg uma vez ao dia. Asma moderada: 160 a 320 mcg uma
vez ao dia. Asma grave: de 320 mcg a 640 mcg uma vez ao dia ou 320
mcg duas vezes ao dia. A redução da dose para 80 mcg uma vez ao dia
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pode ser uma dose de manutenção efetiva para alguns pacientes adultos e
adolescentes. Crianças de 04 a 11 anos de idade: Asma leve a grave:
80 a 160 mcg uma vez ao dia. A melhora dos sintomas tem início em 24
horas de tratamento com Alvesco. Uma vez alcançado o controle, a dose
de Alvesco deve ser individualizada e reduzida gradativamente até a dose
mínima necessária para manter o bom controle da asma. Alvesco deve ser
utilizado regularmente, mesmo por pacientes assintomáticos. PRODUTO
DE USO SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. AO PERSISTIREM OS SINTOMAS O
MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Registro MS 1.0639.0230.
BAMBEC®
cloridrato de bambuterol
1 mg/ml
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
Solução oral. Embalagem com frasco contendo 100 ml.
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada ml contém:
Cloridrato de bambuterol.....................................1 mg
Excipientes q.s.p....................................................1 ml
Excipientes: sorbitol, glicerol, benzoato de sódio, ácido cítrico, hidróxido
de sódio, essência de cassis e água purificada.
Não contém açúcar.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Ação esperada do medicamento: Melhora e controle da falta de ar.
Cuidados de armazenamento: Conservar em temperatura inferior a
30°C. Prazo de validade: vide cartucho. Não use medicamento com prazo
de validade vencido. Gravidez e lactação: Informe seu médico da ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o término. Informar
ao médico se está amamentando. Embora não tenham sido relatadas malformações em animais, recomenda-se cuidado com o uso de BAMBEC®
durante o primeiro trimestre da gravidez. Cuidados de administração: Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários,
as doses e a duração do tratamento. BAMBEC® deve ser tomado uma
vez ao dia,
preferencialmente ao deitar-se. Interrupção do tratamento: Não interromper o tratamento sem o conhecimento de seu médico. Reações adversas: Informe seu médico do aparecimento de reações desagradáveis.
Podem ocorrer: tremor, dor de cabeça, enjôo, cãibras, batedeira, urticária,
vermelhidão na pele, agitação e inquietação.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS
CRIANÇAS.
Ingestão concomitante com outras substâncias: A absorção do cloridrato
de bambuterol não é influenciada pela ingestão concomitante de alimentos. BAMBEC® prolonga a ação de relaxantes musculares. Agentes betabloqueadores (incluindo os colírios) podem inibir a ação de BAMBEC®. O
uso concomitante com derivados das xantinas (ex.: aminofilina), esteróides e diuréticos pode aumentar a perda de potássio. Contra-indicações e
precauções: BAMBEC® não deve ser usado por pessoas alérgicas ao cloridrato de bambuterol, à terbutalina ou a qualquer um dos componentes
da fórmula. Informe seu médico caso você tenha problemas cardíacos,
pressão alta, hipertiroidismo, diabetes, problemas renais ou hepáticos graves. Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando,
antes do início ou durante o tratamento. Efeitos sobre a capacidade de
dirigir autos e operar máquinas: BAMBEC® não afeta a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO. PODE
SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
CARACTERÍSTICAS
Propriedades Farmacodinâmicas: BAMBEC® contém bambuterol,
um pró-fármaco da terbutalina a qual é um agonista adrenérgico que
estimula predominantemente os receptores beta-2, produzindo, portanto,
relaxamento da musculatura lisa do brônquio, inibição da liberação de
­espasmógenos endógenos, inibição do edema causado por mediadores endógenos e aumento do movimento mucociliar. Propriedades Farmacocinéticas: Aproximadamente 20% da dose oral de bambuterol
é absorvida. A absorção não é influenciada pela ingestão concomitante
de alimentos. Após a absorção, bambuterol é lentamente metabolizado,
via hidrólise (colinesterase plasmática) e oxidação, em terbutalina ativa.
Cerca de 1/3 da dose absorvida é metabolizada na parede intestinal e no
fígado, principalmente em metabólitos intermediários. Cerca de 10% da
dose administrada de bambuterol é convertida em terbutalina, em adultos. As crianças têm uma depuração reduzida de terbutalina, mas elas
também formam menos terbutalina do que os adultos. Desta maneira,
crianças com idades entre 6-12 anos devem receber a mesma dose de
adultos, ao passo que crianças menores (2-5 anos) geralmente precisam de
doses menores. A concentração plasmática máxima (Cmáx) do metabólito
ativo terbutalina é alcançada em aproximadamente 2-6 horas. A duração
do efeito é de no mínimo 24 horas. O estado de equilíbrio é alcançado
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após 4-5 dias de tratamento. A meia-vida plasmática do bambuterol, após
administração oral, é de cerca de 13 horas. A meia-vida plasmática do
metabólito ativo terbutalina é de cerca de 21 horas. O bambuterol e seus
metabólitos, incluindo a terbutalina, são excretados principalmente pelos
rins. Dados de segurança pré-clínica: A toxicidade aguda do bambuterol foi avaliada em estudos com ratos e camundongos e classificada
como moderada. Estudos de toxicidade com doses repetidas (1-12 meses),
em cães, revelaram hiperemia, taquicardia e lesões do miocárdio, observações compatíveis com os efeitos conhecido s dos beta-agonistas. Em um
estudo de carcinogenicidade de 24 meses, em ratos, foi observado um
discreto aumento da incidência de adenomas foliculares de tireóide, com
uma dose de bambuterol que era 500 vezes maior do que a dose diária de
humanos. Em doses cerca de 150 vezes maiores do que a dose clínica, este
efeito não foi observado. O mecanismo de desenvolvimento dos adenomas
de tireóide em ratos é considerado como sendo um resultado da secreção
aumentada de hormônio estimulante da tireóide, induzida pela depuração aumentada de tiroxina. Tais efeitos foram previamente relatados para
alguns medicamentos disponíveis no mercado atualmente.
INDICAÇÕES
Asma brônquica. Bronquite crônica, enfisema e outras pneumopatias onde
o broncoespasmo é uma complicação.
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade ao cloridrato de bambuterol, à terbutalina ou a qualquer componente da fórmula.
PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS
Como a terbutalina é excretada principalmente pelos rins, a dose deve ser
reduzida à metade em pacientes com insuficiência renal (taxa de filtração
glomerular 50 ml/min). Em pacientes com cirrose hepática e provavelmente em pacientes com outras causas de insuficiência hepática grave, a
dose diária deve ser individualizada, levando-se em conta a impossibilidade do paciente em metabolizar bambuterol para terbutalina. Portanto,
do ponto de vista prático, é preferível usar diretamente o metabólito ativo,
terbutalina (Bricanyl®), nesses pacientes. Como para todos agonistas
beta-2, BAMBEC® deve ser usado com cuidado se houver possibilidade de
aumento da suscetibilidade às aminas simpatomiméticas como ocorre, por
exemplo, em pacientes com hipertiroidismo sem controle adequado. Devese tomar cuidado também em pacientes com tirotoxicose e em pacientes
com distúrbios cardiovasculares graves, como doença isquêmica cardíaca,
taquiarritmias e insuficiência cardíaca grave. Devido ao efeito inotrópico
dos agonistas beta-2, estas drogas devem ser usadas com critério em
pacientes com cardiomiopatia hipertrófica. Devido aos efeitos hiperglicêmicos dos agonistas beta-2, recomenda-se realizar testes adicionais de
glicemia em pacientes diabéticos que estão iniciando o tratamento com
BAMBEC®. Hipocalemia potencialmente grave pode ­ resultar de terapia
agonista beta‑2. Recomenda-se cuidado especial na asma aguda grave,
porque o risco associado pode ser aumentado pela hipóxia. O efeito
hipocalêmico pode ser potencializado por tratamentos concomitantes
(ver Interações Medicamentosas). Recomenda-se que os níveis séricos de
potássio sejam monitorados nestas situações. Uso durante a gravidez e
a lactação: Embora não tenham sido relatados efeitos teratogênicos em
animais, recomenda-se cuidado durante o primeiro trimestre da gravidez.
Não se sabe se o bambuterol ou seus metabólitos intermediários passam
para o leite materno. A terbutalina passa para o leite materno, entretanto,
nas doses terapêuticas é improvável uma influência na criança. Foi relatada hipoglicemia transitória em recém-nascidos prematuros cujas mães
foram tratadas com agonistas beta-2. Como para qualquer outra droga, o
bambuterol somente deve ser usado durante a gravidez ou lactação se, a
critério médico, os benefícios potenciais superarem os possíveis riscos.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O bambuterol prolonga o efeito miorrelaxante do suxametônio (succinilcolina). Esse efeito é devido à inibição parcial pelo bambuterol da colinesterase plasmática, enzima que inativa o suxametônio. A inibição é ­dosedependente e totalmente reversível após a interrupção do ­ tratamento
com bambuterol. Esta interação também deve ser considerada para os
outros relaxantes musculares que são metabolizados pela colinesterase
­plasmática. Os beta-bloqueadores (incluindo colírios), especialmente os
não-seletivos, podem inibir parcial ou totalmente os efeitos dos beta-agonistas. O metabolismo do bambuterol pode ser teoricamente interrompido
por quinidina em doses terapêuticas. Hipocalemia pode resultar de terapia agonista beta-2 e pode ser potencializada pelo tratamento concomitante com derivados xantínicos, esteróides e diuréticos (ver Precauções e
Advertências).
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas que foram relatadas, como, por exemplo, tremor, cefaléia, náusea, cãibras, taquicardia e palpitações são todas características
das aminas simpatomiméticas. A intensidade das reações adversas é dosedependente. Geralmente tem-se desenvolvido tolerância a estes efeitos
dentro de 1 a 2 semanas de tratamento. Como para todos os agonistas
beta-2, foram relatadas raramente arritmias cardíacas, como, por exemplo, fibrilação atrial, taquicardia supraventricular e extrassístoles. Podem
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ocorrer urticária e exantema. Foram observados distúrbios do sono e do
comportamento, como agitação, hiperatividade e inquietação.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
BAMBEC® deve ser usado como terapia de manutenção da asma e outras
pneumopatias onde o broncoespasmo é uma complicação.
BAMBEC® deve ser administrado uma vez ao dia, preferencialmente ao
deitar-se. A dose deve ser individualizada.
Adultos e idosos: a dose inicial recomendada é de 10 mg (10 ml).
Dependendo do efeito clínico, a dose pode ser aumentada para 20 mg
(20 ml) após 1 a 2 semanas. Em pacientes que previamente toleraram
bem a administração oral de agonistas beta-2, a dose inicial recomendada é de 20 mg (20 ml). Em pacientes com insuficiência renal (taxa de
filtração glomerular < 50 ml/min) a dose inicial recomendada é de 5 mg
(5 ml), podendo ser aumentada para 10 mg (10 ml) após 1 a 2 semanas
de tratamento, dependendo do efeito clínico. Crianças de 6 a 12 anos: a
dose inicial recomendada é 10 mg (10 ml). A dose pode ser aumentada
para 20 mg (20 ml) após 1 a 2 semanas, dependendo do efeito clínico.
Devido a diferenças na cinética, doses acima de 10 mg (10 ml) não são
recomendadas em crianças orientais. Crianças de 2 a 5 anos: a dose normal recomendada é de 10 mg (10 ml) e, devido a diferenças na cinética,
de 5 mg (5 ml) em crianças orientais.
SUPERDOSAGEM
Não foi relatado nenhum caso de superdosagem por BAMBEC®. Caso
ocorra, provavelmente resultará em altos níveis de terbutalina e, portanto, ocorrerão os mesmos sinais e sintomas relatados com a superdosagem por Bricanyl (sulfato de terbutalina): cefaléia, ansiedade, tremor,
náusea, cãibras, palpitações, taquicardia e arritmias cardíacas. Algumas
vezes pode ocorrer uma queda da pressão arterial após superdosagem
por terbutalina. Achados laboratoriais: hiperglicemia e acidose láctica
podem ocorrer algumas vezes. Altas doses de agonistas beta-2 podem
causar hipocalemia como resultado da redistribuição de potássio. A superdosagem por BAMBEC® também pode causar uma inibição considerável
da colinesterase plasmática que pode durar dias (ver também Interações
Medicamentosas).
TRATAMENTO DA SUPERDOSAGEM
Geralmente não é necessário tratamento. Em casos graves de superdosagem, as seguintes medidas devem ser consideradas: Lavagem gástrica e
administração de carvão ativado. Determinar o balanço ácido-base, glicemia e eletrólitos.
Monitorar a frequência e o rítmo cardíacos, bem como a pressão arterial. O
melhor antídoto para a superdosagem com BAMBEC® é um agente betabloqueador cardioseletivo, mas os fármacos beta-bloqueadores devem ser
usados com cautela em pacientes com história de broncoespasmo. Deve-se
administrar um expansor de volume, se a redução da resistência vascular
periférica, mediada pelo agente beta-2, contribuir significativamente para
a queda da pressão sangüínea.
PACIENTES IDOSOS
Vide Posologia.
PRODUTO NOVO: ESTE PRODUTO É UM NOVO MEDICAMENTO E,
EMBORA AS PESQUISAS REALIZADAS TENHAM INDICADO SUA EFICÁCIA
E SUA SEGURANÇA, QUANDO CORRETAMENTE INDICADO, PODEM
OCORRER REAÇÕES ADVERSAS IMPREVISÍVEIS, AINDA NÃO DESCRITAS
OU CONHECIDAS. EM CASO DE SUSPEITA DE REAÇÃO ADVERSA, O
MÉDICO RESPONSÁVEL DEVE SER NOTIFICADO.
MS - 1.1618.0070
Farm. Resp.: Dra. Daniela M. Castanho - CRF-SP nº 19.097
Produzido e distribuído por: AstraZeneca do Brasil Ltda.
Rod. Raposo Tavares, km 26,9 - Cotia – SP - CEP 06707-000
CNPJ 60.318.797/0001-00
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Indústria Brasileira
Nº do lote, data de fabricação e data de validade: vide cartucho. Todas as
marcas são propriedade do grupo AstraZeneca.
SYMBICORT fumarato de formoterol /budesonida
TURBUHALER 6/200 mcg/ inalação
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO Pó inalante. 6/200 mcg/
inalação. Embalagem com 1 tubo contendo 60 doses. O mecanismo
TURBUHALER garante a dose exata de budesonida e fumarato de
formoterol.
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada inalação contém:
dose medida
(dose liberada)
fumarato de formoterol...............................6 mcg
(4,5 mcg)
budesonida...................................................200 mcg
(160 mcg)
Excipientes q.s.p. ........................................1 inalação (1 inalação)
Excipiente: lactose
INFORMAÇÕES AO PACIENTE Ação esperada do medicamento: o uso de
SYMBICORT TURBUHALER melhora e controla a falta de ar em asmáticos e em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica.
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Este efeito começa dentro de 1-3 minutos após a inalação do medicamento e dura até 12 horas. Quando você inala pelo bocal, a medicação
segue para seus pulmões. Cuidados de armazenamento: conservar em
temperatura ambiente (15 °C a 30 °C). SYMBICORT TURBUHALER deve
ser mantido com a tampa fechada e rosqueada. Prazo de validade: vide
cartucho. Não use medicamento com prazo de validade vencido. Gravidez
e lactação: informe seu médico da ocorrência de gravidez na vigência
do tratamento ou após o término. Informar ao médico se está amamentando. SYMBICORT TURBUHALER só deve ser usado durante a gravidez
após análise cuidadosa da situação, sob supervisão médica, principalmente
nos primeiros 3 meses de gestação e pouco tempo antes do parto. O
uso durante a amamentação deve ser evitado. Cuidados de administração: siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as
doses e a duração do tratamento. Antes de iniciar o uso de SYMBICORT
TURBUHALER é importante que leia o item Instruções para Uso. Siga as
instruções corretamente. Nunca empreste seu TURBUHALER para outra
pessoa. Interrupção do tratamento: não interromper o tratamento sem
o conhecimento de seu médico. Reações adversas: informe seu médico
do aparecimento de reações desagradáveis, como: leve irritação da garganta, tosse, rouquidão, sapinho (infecção fúngica na boca e garganta),
dor de cabeça, taquicardia, tremores. TODO MEDICAMENTO DEVE SER
MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS. Ingestão concomitante
com outras substâncias: alguns medicamentos para pressão alta, para problemas cardíacos, para infecções fúngicas e alguns colírios podem alterar o efeito de SYMBICORT TURBUHALER se usados simultaneamente.
Contra-indicações e precauções: não deve ser usado por pessoas alérgicas à budesonida, ao fumarato de formoterol ou à lactose. Informe seu
médico se você tiver outros problemas de saúde, principalmente se tem
ou teve problemas cardíacos, diabetes, baixa taxa de potássio no sangue
ou função alterada da tireóide. Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início ou durante o tratamento.
Informe o seu médico, assim que possível, caso precise usar sua medicação
inalatória para alívio dos sintomas mais vezes do que o usual para obter
o controle da sua asma. Sempre carregue sua medicação para alívio dos
sintomas com você. Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas: não interfere na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO.
PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE. INFORMAÇÕES TÉCNICAS.
CARACTERÍSTICAS. Propriedades Farmacodinâmicas. Mecanismos de ação
e efeitos famacodinâmicos. SYMBICORT TURBUHALER contém formoterol
e budesonida, substâncias que possuem diferentes modos de ação e que
apresentam efeitos aditivos em termos de redução das exacerbações da
asma e da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Os mecanismos de
ação das duas substâncias estão discutidos a seguir: Budesonida: A budesonida é um glicocorticosteróide com um elevado efeito antiinflamatório
local. A budesonida mostrou exercer efeitos antianafiláticos e antiinflamatórios nos estudos de provocação realizados em animais e em humanos,
os quais se manifestaram por redução da obstrução brônquica tanto na
fase precoce como tardia de uma reação alérgica. A budesonida também
demonstrou reduzir a reatividade das vias aéreas em pacientes hiperreativos submetidos tanto à provocação direta como indireta. A terapêutica
com budesonida inalatória demonstrou ser eficaz na prevenção da asma
induzida por exercício.
Estudos de longo prazo mostram que as crianças e adolescentes tratados
com budesonida inalatória atingem, na idade adulta, a sua altura esperada. Porém, foi observada uma pequena redução inicial, mas passageira,
no crescimento (aproximadamente 1 cm). Isto geralmente acontece no
primeiro ano de tratamento (ver Precauções e Advertências). Formoterol:
O formoterol é um agonista beta-2-adrenérgico seletivo, que induz o relaxamento do músculo liso brônquico em pacientes com obstrução reversível das vias aéreas. O efeito broncodilatador manifesta-se muito rapidamente no período de 1-3 minutos após a inalação e a sua duração é de 12
horas após uma dose única. Eficácia Clínica. SYMBICORT TURBUHALER.
Terapia com um único inalador. Em estudos de 6-12 meses de duração em
pacientes a partir 4 anos de idade, o uso conforme a necessidade de
SYMBICORT TURBUHALER, em quantidade adicional à dose de manutenção, foi comparado ao tratamento com a mesma dose de manutenção de
SYMBICORT ou dose de budesonida 2 ou 4 vezes mais altas, ambas com o
uso de terbutalina conforme a necessidade. Foi verificada melhora no controle da asma nos primeiros dias de tratamento e esta foi maior do que a
verificada nos tratamentos de comparação. Os pacientes administraram,
em média, 1 inalação de SYMBICORT por dia, conforme sua necessidade,
e alcançaram reduções estatística e clinicamente significantes nas exacerbações graves e melhora na função pulmonar e nos sintomas. Estas
melhoras foram alcançadas com uma quantidade menor de esteróide inalatório e oral em comparação com os outros tratamentos. Não houve
nenhum sinal de atenuação do efeito antiasmático com o passar do
tempo. Um estudo de curto prazo em pacientes em crise aguda de asma
não mostrou diferença na melhora da função pulmonar durante as primeiras 3 horas entre tratamento com SYMBICORT TURBUHALER e salbutamol
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administrado por medicação spray. Terapia de Manutenção Regular.
Estudos clínicos mostraram que a adição de formoterol à budesonida
melhorou os sintomas asmáticos e a função pulmonar e reduziu as exacerbações. O efeito de SYMBICORT TURBUHALER sobre a função pulmonar,
utilizado como uma dose única de manutenção, foi igual ao da budesonida e formoterol, em inaladores separados, em adultos, e superior à da
budesonida isoladamente, em adultos e crianças. Todos os grupos de tratamento usaram um beta-2 agonista de curta duração, conforme a necessidade. Não se observaram sinais de atenuação do efeito antiasmático no
decorrer do tempo. Um estudo de curto prazo em pacientes em crise
aguda de asma não mostrou diferença na melhora da função pulmonar
durante as primeiras 3 horas entre tratamento com SYMBICORT
TURBUHALER e salbutamol administrado por medicação spray. DPOC. Em
dois estudos de 12 meses em pacientes com DPOC, SYMBICORT
TURBUHALER foi superior ao placebo, ao formoterol e à budesonida com
relação à função pulmonar e mostrou uma redução significante da taxa de
exacerbação em comparação com o placebo e formoterol. Portanto, foi
demonstrada a contribuição do formoterol e da budesonida para o efeito
de SYMBICORT TURBUHALER. SYMBICORT TURBUHALER também foi
superior ao placebo em relação aos sintomas e qualidade de vida. O
­tratamento foi bem tolerado. Propriedades Farmacocinéticas. Absorção.
SYMBICORT TURBUHALER e os monoprodutos correspondentes (Pulmicort
Turbuhaler e Oxis Turbuhaler) demonstraram ser bioequivalentes em
­termos da exposição sistêmica da budesonida e do formoterol, respectivamente. Não foram observados quaisquer sinais de interações farmacocinéticas entre a budesonida e o formoterol. Verificou-se que os parâmetros
farmacocinéticos das respectivas substâncias eram comparáveis após a
administração de budesonida e formoterol sob a forma de monoprodutos
ou como SYMBICORT TURBUHALER. A budesonida inalatória é rapidamente absorvida e a concentração plasmática máxima é atingida no período de 30 minutos após a inalação. Os estudos realizados demonstraram
que a deposição pulmonar média da budesonida após a inalação pelo
Turbuhaler variou entre 32 e 44% da dose liberada. A biodisponibilidade
sistêmica é de aproximadamente 49% da dose liberada. Em crianças, a
concentração plasmática e a deposição pulmonar têm a mesma variação
que em adultos. O formoterol inalatório é rapidamente absorvido e a concentração plasmática máxima é atingida 10 minutos após a inalação. Os
estudos realizados demonstraram que a deposição pulmonar média de
formoterol após a inalação pelo Turbuhaler variou entre 28-49% da dose
liberada. A disponibilidade sistêmica é de aproximadamente 61% da dose
liberada. Distribuição e Metabolismo. A ligação às proteínas plasmáticas é
de aproximadamente 50% para o formoterol e de 90% para a budesonida.
O volume de distribuição é de aproximadamente 4 L/kg para o formoterol
e de 3 L/kg para a budesonida. O formoterol é inativado por reações de
conjugação (embora se observe formação de metabólitos ativos O-desmetilados e desformilados, estes são essencialmente considerados como conjugados não ativos). A budesonida sofre uma ampla biotransformação
(aproximadamente 90%) na primeira passagem pelo fígado, originando
metabólitos com uma reduzida atividade glicocorticosteróide. A atividade
glicocorticosteróide dos principais metabólitos, 6-beta-hidroxi-budesonida e 16-alfa-hidroxi-prednisolona, é inferior a 1% daquela da budesonida. Não existem sinais de quaisquer interações metabólicas ou de quaisquer reações de deslocamento entre o formoterol e a budesonida.
Eliminação. A dose de formoterol é essencialmente eliminada por metabolismo no fígado seguida de excreção renal. Após a inalação, 8 a 13% da
dose liberada de formoterol é excretada não metabolizada através da
urina. O formoterol possui uma elevada depuração sistêmica (cerca de
1,4 L/min) e a sua meia-vida de eliminação terminal é, em média, de 17
horas. A budesonida é eliminada por metabolismo, principalmente catalisada pela enzima CYP3A4. Os metabólitos da budesonida são excretados
na urina inalterados ou sob a forma conjugada. Apenas pequenas quantidades de budesonida inalterada foram detectadas na urina. A budesonida
possui uma elevada depuração sistêmica (cerca de 1,2 L/min) e a sua meiavida de eliminação plasmática após administração i.v. é, em média, de
4 horas. A budesonida tem uma depuração sistêmica de aproximadamente
0,5 L/min em crianças asmáticas de 4-6 anos de idade. As crianças têm
uma depuração por kg de peso corpóreo que é aproximadamente 50%
maior da de adultos. A meia-vida de eliminação da budesonida, após inalação, é de aproximadamente 2,3 h em crianças asmáticas. A farmacocinética de formoterol em crianças não foi estudada. A farmacocinética da
budesonida ou do formoterol em idosos e em pacientes com insuficiência
renal é desconhecida. A exposição à budesonida e ao formoterol poderá
estar aumentada em pacientes com doença hepática. Dados de segurança
pré-clínica. A toxicidade observada em estudos de experimentação animal
realizados com budesonida e formoterol, administrados em associação ou
separadamente, foi similar. Os efeitos foram associados às atividades farmacológicas e foram dependentes da dose. Foi comprovado, em estudos
de reprodução animal, que os corticosteróides, como a budesonida, induzem más-formações (fenda palatina, más-formações esqueléticas). Estes
resultados obtidos na experimentação animal não parecem, no entanto,
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serem relevantes para os humanos nas doses recomendadas (ver Uso
durante a gravidez e a lactação). Os estudos de reprodução animal realizados com formoterol demonstraram uma ligeira redução da fertilidade nos
ratos machos submetidos a exposições sistêmicas elevadas e perdas de
implantação, assim como diminuição da sobrevida pós-natal precoce e do
peso ao nascimento com exposições sistêmicas consideravelmente superiores às atingidas durante a utilização clínica. Contudo, estes resultados
obtidos na experimentação animal não parecem ser relevantes para o ser
humano. INDICAÇÕES. Asma: SYMBICORT TURBUHALER está indicado no
tratamento da asma nos casos em que o uso de uma associação (corticosteróide inalatório com um beta-2 agonista de ação prolongada) é apropriado. DPOC: SYMBICORT TURBUHALER está indicado no tratamento
regular de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) de
moderada a grave, com sintomas freqüentes e história de exacerbações.
CONTRA-INDICAÇÕES Hipersensibilidade à budesonida, ao formoterol ou
à lactose inalatória. PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS: Se o paciente considerar que o tratamento não está sendo efetivo ou se exceder a maior dose
recomendada de SYMBICORT TURBUHALER, deve-se consultar o médico.
A deterioração súbita e progressiva no controle da asma ou DPOC pode
potencialmente representar risco de vida e o paciente deve passar por uma
avaliação médica com urgência. Nesta situação, deve-se considerar a
necessidade de aumentar a terapêutica com corticosteróides, por exemplo,
um curso de corticosteróides orais, ou tratamento antibiótico se uma
infecção estiver presente. O tratamento não deve ser iniciado para tratar
uma exacerbação grave. O crescimento de crianças e adolescentes submetidos a uma corticoterapia prolongada por qualquer via deve ser mantido
sob rigoroso controle médico e devem ser pesados os benefícios da terapêutica com corticosteróides em relação ao possível risco de supressão do
crescimento (ver Propriedades Farmacodinâmicas). Deve-se tomar cuidado
especial em pacientes que são transferidos de esteróides orais para inalatórios, uma vez que podem permanecer riscos de função adrenal prejudicada durante um tempo considerável. Pacientes que necessitaram de terapia corticosteróide de alta dose emergencial ou de terapia prolongada na
maior dose recomendada de corticosteróides inalatórios também podem
estar em risco. Estes pacientes podem exibir sinais e sintomas de insuficiência adrenal quando expostos a situações de estresse grave. Administração
de corticosteróide sistêmico adicional deveria ser considerada durante
situações de estresse ou cirurgia eletiva. SYMBICORT TURBUHALER deve
ser administrado com cautela em pacientes com graves transtornos cardiovasculares (incluindo anomalias do ritmo cardíaco), diabetes mellitus,
hipocalemia não tratada ou tireotoxicose. A administração de doses elevadas de um beta-2 agonista pode diminuir o potássio sérico, por induzir a
redistribuição de potássio do meio extracelular para o meio intracelular,
via estimulação da Na+/K+-ATPase nas células musculares. A importância
clínica deste efeito não está estabelecida.
SYMBICORT TURBUHALER contém lactose (<1mg/inalação). Esta quantidade não é geralmente passível de causar problemas a indivíduos com
intolerância à lactose. Uso durante a gravidez e a lactação. Não há dados
disponíveis do uso de SYMBICORT TURBUHALER ou do tratamento concomitante com formoterol e budesonida na gravidez. Não foram realizados estudos em animais relativos à toxicidade reprodutiva desta associação. Não há dados disponíveis do uso de formoterol em mulheres grávidas.
Em estudos de reprodução em animais, formoterol causou efeitos adversos
em níveis de exposição sistêmica muito elevados (ver Dados de segurança
pré-clínica). Dados de aproximadamente 2.500 mulheres grávidas indicaram não haver aumento do risco teratogênico associado ao uso de budesonida inalatória.SYMBICORT TURBUHALER só deve ser utilizado durante
a gravidez após ponderação cuidadosa da situação, em especial durante os
primeiros três meses da gestação e pouco tempo antes do parto. Deve ser
usada a menor dose eficaz de budesonida de modo a permitir o controle
adequado da asma. Não é conhecido se o formoterol ou a budesonida são
excretados no leite humano. Em ratas, foram detectadas pequenas quantidades de formoterol no leite materno. Só deverá considerar-se a hipótese de utilizar SYMBICORT TURBUHALER em mulheres lactantes, se os
benefícios esperados para a mãe superarem qualquer possível risco para a
criança. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS. Interações farmacocinéticas. O
metabolismo da budesonida é mediado principalmente pela CYP3A4, uma
subfamília do citocromo P450. Portanto, inibidores desta enzima, como
o cetoconazol, podem aumentar a exposição sistêmica à budesonida. Esta
possibilidade tem importância clínica limitada para o tratamento a curto
prazo (1-2 semanas) com cetoconazol, mas deve ser levada em consideração durante tratamento a longo prazo.
Interações farmacodinâmicas. Os bloqueadores beta-adrenérgicos
(incluindo os colírios oftálmicos) podem atenuar ou inibir o efeito do
formoterol. Não foi observado que a budesonida e o formoterol interajam com outros fármacos usados no tratamento da asma. REAÇÕES
ADVERSAS. Dado que SYMBICORT TURBUHALER contém budesonida e
formoterol, pode ocorrer o mesmo padrão de efeitos não desejáveis observados com estas substâncias, quando administradas isoladamente. Não
se observou qualquer aumento da incidência de reações adversas após
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a administração concomitante dos dois compostos. As reações adversas
mais freqüentes relacionadas com a droga, consistem em efeitos colaterais
farmacologicamente previsíveis da terapêutica beta-2 agonista, tais como
tremor e palpitações. Estes tendem a ser leves e a desaparecer após alguns
Comum
Alterações cardíacas:
(1% a 10%) Infecções:
Palpitações
Candidíase na orofaringe
Alterações do sistema nervoso: Cefaléia, tremor
Alterações respiratórias,
torácicas e do mediastino:
Incomum
Alterações cardíacas:
(0,1% a 1%) Alterações gastrointestinais:
Leve irritação na garganta,
tosse, rouquidão
Taquicardia
Náusea
Alterações músculo-esqueléticas Cãibras musculares
e do tecido conjuntivo:
Alterações do sistema nervoso: Tontura
Rara
(0,01% a
0,1%)
Muito Rara
(< 0,01%)
Alterações psiquiátricas:
Agitação, ansiedade, nervosismo, perturbações do
sono
Alterações cardíacas:
Arritmias cardíacas, por
ex., fibrilação atrial, taquicardia supraventricular e
extra-sístoles
Alterações do sistema imune:
Reações de hipersensibilidade imediatas e tardias,
por ex., dermatite, exantema, urticária, prurido e
angioedema
Alterações respiratórias,
torácicas e do mediastino:
Broncoespasmo
Alterações na pele e tecido
subcutâneo:
Equimose
Alterações cardíacas:
Angina pectoris
Alterações endócrinas:
Sinais ou sintomas de
efeitos glicocorticosteróides sistêmicos, por ex.,
hipofunção da glândula
supra-renal
Alterações metabólicas e
nutricionais:
Hiperglicemia
Alterações psiquiátricas:
Depressão, alterações do
comportamento
dias de tratamento. As reações adversas que foram associadas à budesonida ou ao formoterol são apresentadas na tabela a seguir:
POSOLOGIA E MODO DE USAR A dose de SYMBICORT TURBUHALER deve
ser individualizada conforme a gravidade da doença. Quando for obtido o
controle dos sintomas, a dose deve ser titulada para a menor dose que permita manter um controle eficaz dos sintomas. Há duas alternativas para
o tratamento da asma com SYMBICORT TURBUHALER: - Terapia com
um único inalador: os pacientes utilizam o SYMBICORT TURBUHALER
para uma dose de manutenção diária e administram inalações adicionais,
conforme a necessidade, para alívio rápido dos sintomas e melhora do
controle da asma. Os pacientes devem ser aconselhados a ter SYMBICORT
TURBUHALER sempre à disposição. Não é necessário ter um inalador
separado para alívio dos sintomas. - Terapia de Manutenção Regular: os
pacientes utilizam o SYMBICORT TURBUHALER para uma dose de manutenção diária e administram separadamente um broncodilatador de rápida
ação para alívio dos sintomas. Os pacientes devem ser aconselhados a
ter este broncodilatador de rápida ação sempre à disposição. TERAPIA
COM UM ÚNICO INALADOR. Doses recomendadas: Adultos e adolescentes (a partir de 12 anos de idade): a dose de manutenção diária usual é
de 2 inalações uma vez ao dia ou 1 inalação duas vezes ao dia. Alguns
pacientes podem precisar de uma dose de manutenção de 2 inalações duas
vezes ao dia. Os pacientes devem administrar inalações adicionais, conforme sua necessidade, em resposta aos sintomas. Uma dose diária total
de até 12 inalações pode ser usada temporariamente. Os pacientes devem
ser aconselhados a ter SYMBICORT TURBUHALER sempre à disposição.
Não é necessário ter um inalador separado para o alívio dos sintomas.
Uma reavaliação da terapia da asma deve ser considerada em pacientes
que necessitam de um número alto de inalações conforme a necessidade:
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para adultos e adolescentes uma dose diária total de mais de 8 inalações
durante 2-3 semanas. TERAPIA DE MANUTENÇÃO REGULAR Doses recomendadas: Asma: Adultos (a partir de 18 anos de idade): 1-2
inalações uma ou duas vezes ao dia. Em alguns casos, pode ser necessário
um máximo de 4 inalações, duas vezes ao dia, como dose de manutenção ou temporariamente durante uma piora da asma. Adolescentes (1217 anos de idade): 1-2 inalações uma ou duas vezes ao dia.
Durante uma piora da asma, a dose pode ser temporariamente aumentada
para um máximo de 4 inalações, duas vezes ao dia. Crianças (a partir de 4
anos de idade): 1 inalação duas vezes ao dia. Dose máxima diária: 2 inalações. Na terapia de manutenção regular, é necessário ter um inalador
separado para resgate. Os pacientes devem ser aconselhados a ter seu
broncodilatador de rápida ação sempre à disposição. O aumento do uso
de broncodilatadores de resgate é indicativo de agravamento da condição subjacente, justificando uma reavaliação da terapia. DPOC: Adultos (a
partir de 18 anos de idade): 2 inalações duas vezes ao dia. Dose máxima
diária: 4 inalações. Informações Gerais. Os pacientes devem ser instruídos a usar SYMBICORT TURBUHALER mesmo quando estiverem assintomáticos para obter o benefício máximo da terapia. Não é necessário
efetuar qualquer ajuste da dose em pacientes idosos. Não existem dados
disponíveis sobre o uso de SYMBICORT TURBUHALER em pacientes com
insuficiência hepática ou renal. Uma vez que a budesonida e o formoterol
são essencialmente eliminados por metabolismo hepático, é previsível que
se verifique um aumento da exposição em pacientes com cirrose hepática grave. INSTRUÇÕES PARA USO. TURBUHALER é um inalador através
do qual SYMBICORT é administrado sem o uso de gases propelentes. A
medicação, na forma pó, é liberada para os pulmões quando você inspira, agindo localmente. Portanto, é importante que você inspire forte e
profundamente através do bocal. Quando SYMBICORT TURBUHALER for
prescrito a crianças, é necessário verificar se estão seguindo as instruções
de uso. Antes de usá-lo, veja com cuidado a Figura 1 e identifique as
diversas partes do aparelho. A quantidade do medicamento liberada em
uma inalação é muito pequena. Assim, é muito provável que você não
sinta gosto algum durante a inalação. Siga as instruções abaixo e você
estará inalando a dose correta. IMPORTANTE. O conteúdo do inalador é
sensível à umidade. Nunca expire com o inalador na boca e sempre recoloque a tampa logo após o uso. Cheque regularmente o contador do número
de doses abaixo do bocal (Figura 1), para certificar-se de que o inalador
não se encontra vazio (Figura 4). Ao abrir o inalador pela primeira vez, o
contador estará mostrando o número 60 (total de doses). À medida que a
base é girada, o contador também irá girar. É importante verificar que o
contador mostra uma contagem de 10 em 10 doses, indicando o número
de doses restantes no inalador, contudo, você só irá ver números no visor
do contador a cada 20 doses utilizadas, conforme o seguinte esquema: 60
 40  20  0 TURBUHALER é muito fácil de ser utilizado. Basta seguir as
instruções abaixo: Como usar a 1ª dose: Na primeira vez que o inalador
for utilizado, é necessário prepará-lo para o uso como descrito abaixo: 1 Retire o lacre de plástico, desatarraxe e retire a tampa: segure o inalador
na vertical (no espaço entre o bocal e a base) com a base giratória para
baixo (Figura 1) e observe o contador de doses, que indicará o número
total de doses 60. 2 - Gire a base 1 vez para cada lado (Figura 2), até ouvir
um “clique”. Repita este procedimento mais 2 vezes. Agora a 1ª dose está
preparada para ser usada. 3 - Solte todo o ar dos pulmões antes de colocar
o aparelho na boca. Atenção: nunca retire o ar dos pulmões com o inalador na boca. 4 - Coloque o bocal entre os dentes, feche os lábios e inspire
pela boca o mais forte e profundamente possível (Figura 3). Não mastigue
ou morda o bocal. 5 - Remova o inalador da boca antes de soltar o ar dos
pulmões e segure a respiração por 10 segundos ou o quanto for possível.
6 - Recoloque a tampa. 7 - Enxágüe a boca com água, sem engolir. Como
usar da 2ª dose até a última dose: 1 - Desatarraxe e retire a tampa do
inalador: segure o inalador na vertical (no espaço entre o bocal e a base)
com a base giratória para baixo (Figura 1). 2 - Gire a base 1 vez para cada
lado (Figura 2), até ouvir um “clique” (este é o sinal de que o aparelho
está carregado com uma dose). Obs.: Ao carregar a dose, não segure no
bocal. 3 - Solte todo o ar dos pulmões antes de colocar o aparelho na
boca. Atenção: nunca retire o ar dos pulmões com o inalador na boca. 4
- Coloque o bocal entre os dentes, feche os lábios e inspire pela boca o
mais forte e profundamente possível (Figura 3). Não mastigue ou morda
o bocal. 5 - Remova o inalador da boca antes de soltar o ar dos pulmões.
6 - Caso tenha sido prescrita mais de uma inalação, repita os passos 2 a 5
descritos acima. 7 - Recoloque a tampa. 8 - Enxágüe a boca com água,
sem engolir. Obs.: Se por engano, antes de uma inalação, você realizar
mais de uma vez o procedimento 2 (descrito acima) para carregar uma
dose, pode ficar seguro de que você inalará apenas uma dose. Entretanto,
sempre que a base for girada o contador de doses registrará uma dose.
Obs.: O som ouvido ao agitar o TURBUHALER não é produzido pelo medicamento, mas pelo agente dessecante (usado para proteger o inalador da
umidade) presente no seu interior. Este som não significa que ainda há
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medicamento no interior do inalador. SUPERDOSAGEM. A superdosagem
de formoterol irá provavelmente provocar efeitos típicos dos agonistas
beta-2-adrenérgicos: tremor, cefaléias, palpitações e taquicardia. Poderá
igualmente ocorrer hipotensão, acidose metabólica, hipocalemia e hiperglicemia. Pode ser indicado um tratamento de suporte e sintomático. A
administração de uma dose de 90 microgramas durante três horas, em
pacientes com obstrução brônquica aguda, não suscitou quaisquer problemas de segurança. Não é esperado que uma superdosagem aguda de
budesonida, mesmo em doses excessivas, constitua um problema clínico.
Quando utilizado cronicamente em doses excessivas, podem ocorrer efeitos glicocorticosteróides sistêmicos. PACIENTES IDOSOS. Vide Posologia.
PRODUTO NOVO: ESTE PRODUTO É UM NOVO MEDICAMENTO E,
EMBORA AS PESQUISAS TENHAM INDICADO SUA EFICÁCIA E SUA
SEGURANÇA, QUANDO CORRETAMENTE INDICADO, PODEM OCORRER
REAÇÕES ADVERSAS IMPREVISÍVEIS, AINDA NÃO DESCRITAS OU
CONHECIDAS. EM CASO DE SUSPEITA DE REAÇÃO ADVERSA, O MÉDICO
RESPONSÁVEL DEVE SER NOTIFICADO.
MS - 1.1618.0106. Farm. Resp.: Dra. Daniela M. Castanho - CRF-SP nº
19.097. Fabricado por: AstraZeneca AB - Södertälje - Suécia. Importado
por: AstraZeneca do Brasil Ltda. Rod. Raposo Tavares, km 26,9 - Cotia - SP
- CEP 06707-000. CNPJ 60.318.797/0001-00. VENDA SOB PRESCRIÇÃO
MÉDICA. Nº do lote, data de fabricação e data de validade: vide cartucho.
Todas as marcas nesta embalagem são propriedade do grupo de empresas
AstraZeneca. CDS 06.11.03 Jun/04 Logo do SAC: 0800-145578
XOLAIR ® omalizumabe - Formas farmacêuticas e apresentações: pó para
solução injetável - via subcutânea. Cada embalagem de XOLAIR contém
um frasco-ampola com pó para solução injetável com 150 mg de omalizumabe e uma ampola de 2 mL de água para injeção como solvente
para reconstituição. XOLAIR reconstituído contém 125 mg/mL de omalizumabe (150 mg em 1,2 mL). Indicações: adultos e crianças (a partir
de 12 anos de idade) com asma alérgica persistente moderada a grave
cujos sintomas são inadequadamente controlados com corticosteróides
inalatórios. Posologia: 150-375 mg s.c. a cada duas ou quatro semanas de
acordo com o peso corpóreo e nível sérico basal de IgE. Contraindicações:
hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer outro componente do
produto. Precauções/advertências: não é indicado para o tratamento de
exacerbações da asma aguda, broncoespasmo agudo ou status asmaticus.
Deve-se ter precaução no uso em pacientes com insuficiência renal ou
hepática. Pacientes com diabetes mellitus, síndrome de malabsorção a
glicose-galactose, intolerância a frutose ou deficiência sacarose-isomaltose devem ser advertidos de que uma dose de XOLAIR de 150 mg contém
108 mg de sacarose. Podem ocorrer reações alérgicas local ou sistêmica,
incluindo anafilaxia. Precaução na gravidez e lactação. Reações adversas:
as reações adversas mais comuns são: dor no local da injeção, edema, eritema, prurido e cefaléia. As reações adversas raras graves incluem: reações
anafiláticas e outras condições alérgicas e broncoespasmo alérgico. Antes
de prescrever consulte a bula completa do produto.”Atenção diabéticos:
contém açúcar.”Reg. MS. 1.0068.0983VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
- USO RESTRITO A HOSPITAIS - Informações completas para prescrição
disponíveis mediante solicitação ao Departamento Médico da Novartis.
LIMPEZA - A parte externa do bocal deve ser limpa
regularmente (1 vez por semana) com um pano seco. O
inalador nunca deve ser lavado, pois o seu conteúdo é
sensível à umidade.
Obs.: Nunca tente remover ou girar o bocal, pois ele é fixo
no inalador. CONTADOR DE DOSES: O contador informa
quantas doses há ainda no inalador. Ao abrir o inalador
pela primeira vez, o contador estará mostrando o número
60 (total de doses). À medida que a base é girada o contador também irá girar. A contagem varia de 10 em 10
doses, contudo, você só verá números no visor a cada 20
doses utilizadas, conforme o seguinte esquema: 60 | 40 | 20 | 0. Quando um fundo vermelho, com o número
zero (0) inscrito sobre ele, preencher toda a janela do
contador, o inalador não liberará mais a dose correta de
medicamento, devendo ser descartado (Figura 4).
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