UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS Curso de Graduação em Geologia DANILO DE SOUZA SANTOS PETROGRAFIA DOS GNAISSES E MIGMATITOS DO COMPLEXO UAUÁ REGIÃO DE EUCLIDES DA CUNHA, BAHIA Salvador 2011 DANILO DE SOUZA SANTOS PETROGRAFIA DOS GNAISSES E MIGMATITOS DO COMPLEXO UAUÁ REGIÃO DE EUCLIDES DA CUNHA, BAHIA Monografia apresentada ao curso de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Geologia. Orientador: Prof. Dra. Débora Correia Rios (UFBA) Co-orientadora: Dra. Rita Cunha Leal Menezes de Oliveira (CPRM) Salvador 2011 TERMO DE APROVAÇÃO DANILO DE SOUZA SANTOS PETROLOGIA DOS GNAISSES E MIGMATITOS DO COMPLEXO UAUÁ NA REGIÃO DE EUCLIDES DA CUNHA, BAHIA Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Geologia Universidade Federal da Bahia BANCA EXAMINADORA Profa. Dra. Débora C. Rios – (orientadora) Universidade Federal da Bahia Dra. Rita Cunha Leal Menezes de Oliveira – (co-orientadora) Serviço Geológico do Brasil (CPRM) Dr. Manoel Jerônimo Moreira Cruz Universidade Federal da Bahia Msc. Paulo César Dávilla Fernandes Universidade do Estado da Bahia Salvador, 01 de Dezembro de 2011 “Dedico esta grande conquista em minha vida primeiramente aos meus pais que me deram suporte e acima de tudo grande incentivo para que eu pudesse concluir mais esta etapa da minha vida. Aos meus irmãos e amigos que sempre me apoiaram nas crises e nas dificuldades” AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado forças para conseguir alcançar esta grande conquista em minha vida. Aos meus, pais por terem me dado apoio, suporte e estimulo durante esta trajetória. À Dra. Débora Rios, pela compreensão, paciência durante a orientação e pela confiança depositada em mim neste trabalho. À Dra. Rita Menezes pala assistência dada e pelo incentivo durante a co-orientação. Ao Prof. Paulo Fernandes, pela ajuda significativa, especialmente durante a petrografia, e pelo conhecimento a mim transmitido no decorrer deste processo. À profª. Ângela Leal por ter me incentivado bastante e ajudado sempre, me dando apoio e pelo conhecimento a mim transmitido. Aos professores Amalvina Barbosa, Simone Cruz e Vilton Fernandes pelo apoio e por fazerem parte da minha vida acadêmica durante esta jornada que é a graduação. A Aldacyr e Edivandro pela ajuda com a formatação e correções da bibliografia deste trabalho. A todos os meus colegas e amigos, excepcionalmente a Agnaldo (Rambo), Asafe, Jaime, Murilo, Paulo Ricardo, Valter, Zilda, Pedro (Smeagol), Diego, Ricardo, Priscilla, Tássia e Renaud por fazerem parte desta vitória e de minha vida. RESUMO Este trabalho visa realizar o estudo petrográfico das rochas gnáissicomigmatíticas do Complexo Uauá que afloram no município de Euclides da Cunha (NE do estado da Bahia) de modo a contribuir para o entendimento da evolução geológica destas litologias com o aporte de novas informações. As rochas do Complexo Uauá foram anteriormente compartimentadas em duas unidades distintas (Unidade Superior e Unidade Inferior). Os dados previamente obtidos por outros pesquisadores indicam que estas rochas têm quimismo subalcalino com tendência calcioalcalina, indicando um ambiente de formação do tipo arco magmático, tendo obtido idades de 3,0 Ga para o metamorfismo, em datações U-Pb em monozircão e idade de cristalização de 3,195 Ga. As rochas gnáissico-migmatíticas do Complexo Uauá aqui estudadas foram aqui classificadas como metagranodioritos, metagranitos, monzodioritos e tonalitos de acordo com as características microscópicas e feições observadas em campo. Palavras-chave: Núcleo, Embasamento, Magmatismo, Complexo, Geocronologia. ABSTRACT The object of this work is to carry out the petrographic study of the migmatic gneissic rocks at the Uauá Complex that outcrop in the Euclides da Cunha district (NE of the state of Bahia ). This study will contribute to the understanding of the geological evolution of these lithologies by providing new information. The rocks of the Uauá Complex was previously compartmentalizing into two distinct units (Higher Unit and Lower Unit). The data previously obtained by other researchers indicate that these rocks have sub-alkaline chemism and calcioalkaline tendency, indicating a training environment type magmatic arc, and obtained ages of 3.0 Ga for the metamorphism on U-Pb dating and monozircão and crystallization age of 3.195 Ga. The migmatic - gneissic rocks of the Uauá Complex studied here were classified as granodiorites, granites, monzodiorites and tonalites according to microscopic features and characteristics observed in the field. Keywords: Nucleous, Basement, Magmatism, Complex, Geochronology. LISTA DE FIGURAS DE FIGURAS Capítulo 1 – Introdução Figura 1.1. Situação e localização e da área de estudo. IBGE (2005)...................................................................................16 Figura 1.2. Vias de acesso a área de estudo. A – Salvador e B – Euclides da Cunha. Google Imagens (2011)......................17 Capítulo 2 – Geologia Regional Figura 2.1. Mapa esquemático mostrando os limites e as maiores unidades estruturais do Cráton São Francisco. Adaptado de Alkimim et al. (1993)............................................................23 Figura 2.2. Estruturação proposta por Mascarenhas (1979) para os terrenos do embasamento do Cráton São Francisco, com os limites modificados por Conceição (1990): Núcleo Serrinha (NS); Núcleo Remanso (NR); Núcleo Guanambi (NG); Cinturão Móvel Urandi-Paratinga (CMUP); Cinturão Móvel Salvador-Curaçá (CMSC)....................................................24 Figura 2.3. Mapa geológico simplificado com as principais unidades geológicas do terreno granito-greenstone do Núcleo Serrinha e as amostras estudadas e datadas por Rios et al. (2009). Em amarelo está situada a área de estudo deste trabalho..27 Capítulo 3 – Geologia e Petrografia da Área de Estudo Figura 3.1. Geologia local e localização dos pontos amostrados..........................................................................37 Figura 3.2. Diagramas QAP e QAPM segundo a proposta de Streckeisen (1974) aplicados na classificação das rochas estudadas.............................................................................38 Figura 3.3. Aspectos macroscópicos. (A) Bandas com deslocamento dextral; (B) Dobras de Fluxo; (C) Zona rica em augen de feldspato alcalino; (D) Enclave do embasamento dobrado; (E) Visão dos augen de feldspato alcalino no granito Quijingue; (F) Textura do granito-gnaisse migmatítico de Quijingue..............................................................................40 Figura 3.4. Fotomicrografias das rochas da Unidade Superior do Grupo Uauá. (A) Amostra NS1625, aspecto Geral da Lâmina em Luz Natural; (B) Amostra NS1623, aspecto Geral com Nicóis Cruzados; (C) Amostra NS1623, textura lepidoblástica, com biotita orientada SE-NW. Nicóis crizados; (D) Amostra NS1625, contato retilíneo de quartzo com plagioclásio. Nicóis cruzados; (E) Amostra NS1625, pertita em flâmulas. Nicóis Cruzados; e (F) Amostra NS1625, mimerquita em contato curvo com microclina e com quartzo.................................................................................43 Figura 3.5. Fotomicrografias da Unidade Superior do Grupo Uauá. (A) Amostra NS1627, aspecto geral da rocha e textura milonítica. Nicóis cruzados; (B) Amostra NS1628, antipertita em porções. Nicóis cruzados; (C) Amostra NS1629, Plagioclásio bastante saussuritizado e sericitizado. Nicóis cruzados; (D) Amostra NS1635, ortoclásio pertítico parcialmente microclinizado. Nicóis cruzados; (E) Amostra NS1635, grãos cominuídos - clastos de plagioclásio em meio a matriz de cominuição/ recristalização metamórfica. Nicóis cruzados; (F) Amostra NS1635, concentração de biotita com opacos associados. Luz natural...........................................46 Figura 3.6. Fotomicrografias dos Tonalitos. (A) Amostra NS1647, aspecto Geral da rocha e biotita Levemente orientada. Luz natural; (B) Amostra NS1647, agregados de Titanita e Biotita em Luz Natural; e (C) Amostra NS1647, contatos curvo e retilíneo da biotita com o quartzo.........................................48 Figura 3.7. Fotomicrografias das rochas da Unidade Superior do Grupo Uauá. (A) Amostra NS1634, aspecto geral da rocha. Nicóis curzados; (B) Amostra NS1634, pertita em flâmulas em contato com mirmequita e microclina geminada segundo a Lei Albita Periclina. Nicóis cruzados; (C) Amostra NS1634 Biotita cloritizada alterando para moscovita. Luz natural.....51 LISTA DE TABELAS Tabela 3.1. Tabela de descrição de amostras de campo. .....................36 Tabela 3.2. Composição modal das rochas amostradas em Euclides da Cunha...................................................................................41 Anexo Fichas Petrográficas............................................................61 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Ap Apatita Bt Biotita CPRM Serviço Geológico do Brasil CSF Cráton São Francisco GBRI Greenstone Belt do Rio Itapicuru GC Grupo Capim Hbl Hornblenda IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Mc Microclina NSer Núcleo Serrinha Or Ortoclásio Pl Plagioclásio Qtz Quartzo TTG Tonalito-Trodhjemito-Granodiorito/Granito Ttn Titanita SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................14 1.1 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS....................................................................15 1.2 BREVE HISTÓRICO..................................................................................18 1.3 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS..................................................................19 1.4 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFCO........................................................19 1.5 MOTIVAÇÃO.............................................................................................20 1.6 JUSTIFICATIVAS......................................................................................20 1.7 ESTRUTURAÇÃO DO TFG......................................................................21 2 GEOLOGIA REGIONAL.........................................................................................22 2.1 ASPECTOS GEOLÓGICOS DO ESTADO DA BAHIA..............................22 2.2 ASPECTOS GEOLÓGICOS DO NÚCLEO SERRINHA............................25 2.2.1 Embasamento Arqueano...........................................................25 2.2.1.1 Complexo Santa Luz......................................................26 2.2.1.2 Complexo Uauá..............................................................26 2.2.2 As Sequências Vulcanossedimentares Paleoproterozóicas.29 2.2.2.1 Greestone Belt do Rio Itapicuru.....................................29 2.2.2.2 Grupo Capim..................................................................31 2.3 GRANITÓIDES ALOJADOS NO BLOCO SERRINHA..............................31 2.3.1 Granitos G1 – Tipo Santa Luz...................................................32 2.3.2 Granitos G2 – Tipo Ambrósio...................................................32 2.3.3 Granitos G3 – Tipo Nordestina.................................................32 2.3.4 Granitos G4 – Tipo Morro do Afonso.......................................33 2.3.5 Granitos G5 – Tipo Morro do Lopes.........................................33 2.3.6 Rochas Subvulcânicas..............................................................34 3 GEOLOGIA E PETROGRAFIA DA ÁREA DE ESTUDO.......................................35 3.1 GEOLOGIA E PETROGRAFIA..................................................................35 3.1.1 Super-Grupo Caraíba.................................................................39 3.1.1.1 Grupo Uauá...............................................................................39 - Metagranodioritos.....................................................................39 - Metagranitos.............................................................................44 - Tonalitos...................................................................................47 - Monzodioritos...........................................................................49 3.2 SUMÁRIO DA GEOLOGIA E PETROGRAFIA..........................................52 4 CONSIDERAÇÔES FINAIS....................................................................................54 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................56 1 INTRODUÇÃO Na porção nordeste do Estado da Bahia afloram rochas gnáissicas e migmatíticas, deformadas e metamorfisadas nos fácies xistos verdes a anfibolito alto. Os gnaisses são definidos como rochas constituídas predominantemente por feldspatos e quartzo, com no mínimo 20% de feldspato em volume, comumente com estrutura bandada. O termo migmatito foi originalmente aplicado para descrever rochas xistosas e gnáissicas com veios e bolsões de rochas graníticas e, por vezes com porfiroblastos metassomáticos de feldspato. Os migmatitos são rochas geradas em grau metamórfico alto, na presença de água, onde as rochas sofrem fusão parcial, resultando em rochas híbridas em parte metamórficas e em parte ígneas. Alguns autores denominam este processo de ultrametamorfismo. Estas rochas são formadas a partir de granitoides, mais comumente com composição granítica, pois rochas de composição mais básica dificilmente se fundem na crosta com grau geotérmico normal. São rochas composta por duas partes, o paleossoma que representa o protólito metamórfico que não sofreu fusão, ou que tece suas texturas, estruturas e composição química muito pouco afetada pela fusão parcial ou pela injeção de líquidos magmáticos e o neossoma, que é a porção neoformada da rocha, com características ígneas. A literatura por vezes denomina estes tipos de rochas de “Complexo”, um termo que representa áreas compostas por associação de rochas que mantém íntimas semelhanças entre si. Este termo foi definido no Código Estratigráfico como uma unidade litoestratigráfica formada por associação de rochas de diversos tipos, de duas ou mais classes (sedimentares, ígneas ou metamórficas, com ou sem estruturas complicadas, ou por misturas estruturalmente complexas de diversos tipos de uma única classe (BARBOSA & DOMINGUEZ, 1996). Outras vezes atribui-lhe a designação de “Grupo” significando a subdivisão local ou provincial de um sistema, baseada em características litológicas. Em geral é menor que uma série padrão e compreende duas ou mais formações (LEINZ & LEONARDS, 1977). Um núcleo antigo de TTG constitui uma unidade estrutural, de idade arqueana, em posição ora autóctona (preservada num bloco ou em uma área 14 cratônica retrabalhada), ora alóctona (preservada sob a forma de escamas tectônicas encontradas em cinturões mais recentes). Em geral os núcleos antigos de TTG são constituídos por associação plutônica de trondhjemitos-tonalitosgranodioritos. As rochas do embassamento do NSer apresentam idade Nd em torno 3,3 Ga, com idade de metamorfismo em torno de 3,0 Ga, (RIOS et al., 2008). São TTGs Arqueanos e a geocronologia de zircão e isótopos de Nd revelam que estas rochas representam o embasamento de um arco continental que foi originado e deformado durante a orogenia transamazônica por volta de 2,1 Ga, com extensivo retrabalhamento crustal, que teve inicio a cerca de 3,6 Ga. O Trodhjemito Quijingue foi colocado no Complexo Uauá a cerca de 2,1 Ga, provavelmente durante um período de magmatismo TTG associado com a construção de um arco magmático na borda de um continente mesoarqueano. Rios et al. 2008 datou a idade de Nd 3,3 Ga de seu manto depletado, o que sugere que ele foi derivado da fusão parcial das rochas do embasamento. Xenocristais de zircão com idade de 3,63 Ga estão presentes neste pluton e indicam que uma crosta Eoarqueana estava presente e pode ainda estar preservada na área. Este Trabalho Final de Graduação (TFG) tem como foco os gnaisses e migmatitos do Complexo Uauá, na região de Euclides da Cunha, onde serão apresentadas suas características geológicas e petrográficas de forma a contribuir para a caracterização do seu ambiente de formação, possibilitando melhor entendimento da evolução geológica destas litologias no Núcleo Serrinha. 1.1 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS O município de Euclides da Cunha, onde afloram os gnaisses e migmatitos do Complexo Uauá, dista aproximadamente 334 km da Capital do Estado, Salvador (figura 1.1). A área de estudo limita-se pelas latitudes 8.784.000 e 8.839.300 S e longitudes 472.689 e 500000 WGr, apresentando cerca de 1300 Km² e inseri-se na folha cartográfica 1:100.000 de Euclides da Cunha (SC-24-OIV) (IBGE 1968). 15 Figura 1.1. Situação e localização da área de estudo. IBGE (2005) 16 Figura 1.2. Vias de acesso a área de estudo. A – Salvador e B – Euclides da Cunha. Google Imagens (2011). 17 O trajeto a ser realizado para se chegar a área de estudo tem acesso principal realizado, a partir de Salvador, através da BR 324 até Feira de Santana e a BR 116 passando por Serrinha e Tucano até Euclides da Cunha (figura 1.2 – página 17). Outra opção de acesso à área de estudo, partindo de Salvador, seria a BR 324 até Simões Filho, seguindo pela BR 110, passando por São Sebastião do Passe, Alagoinhas, Inhambupe, Olindina e Nova Soure até Ribeira do Pombal seguindo pela BR 116 até Euclides da Cunha. 1.2 BREVE HISTÓRICO O Complexo Uauá foi primeiramente cartografado e estudado por Mascarenhas et. al. (1971) e Mascarenhas (1973) como rochas pertencentes a um “greenstone belt” onde o mesmo foi denominado de “Complexo Serrinha”. Rios (2002) realizou estudos geoquímicos e geocronológicos no Núcleo Serrinha e concluiu que não existem diferenças significativas entre os gnisses do Complexo Santa Luz e os do Complexo Uauá. Identificou que as rochas gnáissico-migmatíticas apresentam uma estreita variação de SiO2 (70% a 76) e razões Na2O/K2O dominantemente situadas entre 0,9 e 3,8, onde essas rochas correspondem quimicamente a granodioritos e granitos subalcalinos, apresentando uma tendência evolucional cálcio-alcalina no diagrama AFM. Verificou que padrões ETR (Elementos Terras Raras) são enriquecidos em (Elementos Terras Raras Leves), mostrando pequenas anomalias de Eu (positiva e negativa) e similaridade com suítes TTGs Arqueanas. Mascarenhas e Garcia (1987) e Bastos Leal (1992) determinaram idades Rb/Sr em gnaisses do Complexo Uauá entre 2,7 e 3,1 Ga. Idades 40 K-40Ar e 40 Ar- 39 Ar em anfibolitos e biotitas resultaram em 1,8-2,2 Ga (BASTOS LEAL, 1992). Cordani et al. (1999) apresentam idades de 2,93 a 3,13 Ga (U-Pb SHRIMP em zircão) para ortognaisses deste Complexo. 18 1.3 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS A área está inserida no “Poligono das Secas”. Segundo classificação de koppen o clima da região é sub-úmido, com inverno seco. A temperatura média anual é de 22ºC. O mês mais quente é outubro, com temperaturas de até 38ºC e o mais frio é julho, com valores médios próximos a 20ºC. A precipitação anual varia de 500 a 750mm. A vegetação característica da região é a caatinga. Na área objeto de estudo ocorrem formações arbóreo-arbustivas, cuja principal característica é a adaptação à falta de água (caducidade foliar). Esta vegetação sofre influência direta do clima. O solo predominante na região é um planossolo solódico eutrófico, associado a regossolos eutróficos, solos litólicos eutróficos e vertissolos. A drenagem principal é representada pelo Rio Itapicuru, cujos afluentes secundários apresentam padrão de drenagem dendrítica. Estes rios apresentam caráter intermitente, sendo seus tributários temporários devido às condições climáticas da área. O Rio Itapicuru é o único que possui água permanente durante todas as épocas do ano, tornando-se intermitente por ocasião das grandes estiagens. A geomorfologia é representada por uma superfície plana a suavemente ondulada em diversos estágios de dissecação e pedimentação, morros testemunhos e cristas alinhadas. 1.4 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS O objetivo principal deste Trabalho é contribuir com dados petrográficos que permitam detalhar a geologia e petrografia dos Gnaisses e Migmatitos do Complexo Uauá, na região estudada, buscando uma melhor compreensão da formação e origem dessas rochas. 19 Como objetivos específicos, pretende-se, com este trabalho final de graduação: 1. Aprimorar a formação profissional teórica, através de pesquisas bibliográficas e descrições petrográficas. 2. Desenvolver a metodologia de pesquisa científica, favorecendo a continuidade dos estudos em nível de pós-graduação e/ou a inserção no mercado de trabalho. 3. Gerar dados que apoiem os trabalhos desenvolvidos pelo Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral. 4. Elaborar o relatório do trabalho final de graduação. 1.5 MOTIVAÇÃO O desenvolvimento deste trabalho final de graduação na área da petrologia foi motivado por afinidade com a petrografia em particular e pela busca de conhecimento e aperfeiçoamento técnico e teórico para ampliar a qualificação profissional nesta área. 1.6 JUSTIFICATIVAS Os estudos geológicos e geocronológicos existentes são mais focados para os plutons e para o Greestone Belt do NSer. As rochas gnáissico-migmatíticas do embasamento da parte norte Núcleo Serrinha necessitam de estudos geológicos e petrográficos mais detalhados de modo a contribuir com o aporte de novas informações sobre a evolução do Núcleo Serrinha e sobre as prováveis origens dessas rochas. 20 1.7 ESTRUTURAÇÃO DO TFG Esta monografia esta composta por quatro capítulos, estruturados da seguinte forma: Capítulo 1: Introdução, onde será localizada a área de estudo, apresentada os seus aspectos fisiográficos, objetivos do trabalho e justificativas para a escolha da temática do trabalho. Capítulo 2: Contexto geológico regional. Capítulo 3: Aspectos geológicos e petrográficos do gnaisses e migmatitos do Complexo Uauá. Capitulo 4: Considerações finais. 21 2 GEOLOGIA REGIONAL 2.1 ASPECTOS GEOLÓGICOS DO ESTADO DA BAHIA O Cráton do São Francisco (CSF), uma plataforma estabilizada no final do Paleoproterozóico (± 1800 Ma) e com limites delineados no Neoproterozóico (± 600 Ma), considerado uma das maiores unidades cratônicas do Brasil, abrange quase todo o Estado da Bahia, sendo limitado por faixas de dobramentos polimetamorfoseadas (figura 2.1). Além da Bahia, estende-se pelos estados de Goiás e Minas Gerais (ALMEIDA 1967). O CSF tem seus limites definidos pelos Cinturões moveis brasilianos Riacho do Pontal e Sergipano que limitam o Cráton a norte e a nordeste repectivamente, o Cinturão Araçuaí, uma possível extensão do Cinturão Ribeira situado a sul, o Cinturão Brasília situado na margem oeste e o Cinturão Rio Preto, uma pequena faixa de rochas dobradas localizadas mais ao norte do Cráton (figura 2.1). Está subdividido em três conjuntos distintos, segundo Alkmin et al. (1993): (i) um embasamento Arqueano-Paleoproterozóico; (ii) coberturas cratônicas proterozóicas (Médio e Superior); e (iii) as coberturas sedimentares Fanerozóicas (BARBOSA & DOMINGUES, 1996). Mascarenhas et al. (1979) propuseram a divisão do CSF em três núcleos antigos (figura 2.2): (i) o Núcleo Serrinha a norte, também chamado de Bloco Serrinha (BRITO NEVES et al., 1980; BARBOSA & DOMINGUEZ, 1996; BARBOSA & SABATÉ, 2004); (ii) o Núcleo Guanambi a sul; (iii) o Núcleo Remanso, na sua porção central. Estes núcleos contêm um grande número de greenstone belts, que foram afetados pelo metamorfismo nos fácies xistos vedes a anfibolito baixo (CORDANI et al., 2000). 22 Figura 2.1. Mapa esquemático mostrando os limites e as maiores unidades estruturais do Cráton São Francisco. Adaptado de Alkmin et al. (1993). 23 Figura 2.2. Estruturação proposta por Mascarenhas (1979) para os terrenos do embasamento do Cráton São Francisco, com os limites modificados por Conceição (1990): Núcleo Serrinha (NS); Núcleo Remanso (NR); Núcleo Guanambi (NG); Cinturão Móvel Urandi-Paratinga (CMUP); Cinturão Móvel Salvador-Curaçá (CMSC). 24 2.2 ASPECTOS GEOLÓGICOS DO NÚCLEO SERRINHA O Núcleo Serrinha (NSer) situa-se no extremo nordeste do Cráton São Francisco (Fig. 2.2). Forma uma estrutura ovalar-retangular (300 km de extensão por 70 km de largura), tendo sido considerado como o embasamento das rochas vulcanossedimentares do Complexo Metamórfico de Serrinha (MASCARENHAS et al., 1975), agora reconhecidas como Greenstone Belts do Rio Itapicuru (GBRI). Melo et al. (1995) interpretam o NSer como um segmento da crosta intermediária de natureza granito-greestone e subdivide seus corpos graníticos em tonalitos, granitos sin-tectônicos e granodioritos pós-tectônicos. Atualmente os terrenos do NSer, do ponto de vista litológico, podem ser subdivididos em três compartimentos distintos (Fig. 2.3): (i) Embasamento gnáissico-migmatítico composto por rochas que apresentam idades arqueanas (> 2,9 Ga – BRITO NEVES et al., 1980) e foliações com direção N-S. São gnaisses bandados com termos anfibolíticos subordinados e um conjunto de ortognaisses, essencialmente granodioríticos (BARBOSA E DOMINGUEZ, 1996). (ii) Sequências de rochas vulcanossedimentares paleoproterozóicas representadas pelo Greestone Belt do Rio Itapicuru (GBRI – KISHIDA, 1979), e pelo Grupo Capim (WINGE, 1984); (iii) Um extenso plutonismo granítico Transamazônico (MATOS & CONCEIÇÃO, 1993; CONCEIÇÃO & OTERO, 1996; RIOS et al., 1998), que transectam as unidades anteriores. 2.2.1 Embasamento Arqueano O embasamento gnássico-migmatítico (Fig. 2.3) das sequências sedimentares de Itapicuru é individualizado na porção sul do NSer como “Complexo Santa Luz” (PEREIRA, 1992). Na poção norte do NSer, nos arredores da cidade de Uauá, as rochas deste embasamento são denominadas como “Complexo Metamórfico Uauá” ou “Grupo Uauá” (BARBOSA, 1970), foco da pesquisa deste Trabalho Final de Graduação. 25 2.2.1.1 Complexo Santa Luz Melo (1991) subdividiu este embasamento em duas unidades litológicas distintas: (i) Gnaisses Bandados: corresponde a gnaisses e migmatitos com enclaves de anfibolitos associados, os quais ocorrem sempre contornados por gnaisses bandados propriamente ditos, que correspondem a migmatitos do fácies anfibolito alto e as quais se associam gnaisses a granada e silimanita, além de rochas cálciosilicáticas. (ii) Gnaisses Granodioríticos: engloba, além de rochas granitóides de composição granítico-granodiorítica (p. ex.: maciço de Serrinha), orto-augen-gnaisses granodioríticos, provavelmente uma suíte TTG, contendo enclaves e corpos básicos-ultrabásicos (MELO, LOUREIRO & PEREIRA, 1995). Kosin et al. (2003) caracterizam o Complexo Santa Luz como a unidade mais extensa do Núcleo Serrinha, ocupando uma faixa com direção aproximada NNWSSE, tratando-a como um conjunto de rochas gnássico-granítico-migmatíticas, onde quatro associações foram individualizadas, três das quais metamorfizadas no fácies anfibolito e uma no fácies granulito. A idade disponível para o Complexo Santa Luz analisadas por TIMS em zircão é de 3102±5 Ma (RIOS et al., 2009). 2.2.1.2 Complexo Uauá Segundo a classificação de Pires et al. (1976) o Grupo Uauá está compartimentado em duas unidades, a Unidade Superior, composta por gnaisses e uma associação de rochas básicas e ultrabásicas e a Unidade Inferior, constituída por metabasitos e metaultrabasitos, cataclasitos, milonitos e filonitos. 26 Figura 2.3. Mapa geológico simplificado com as principais unidades geológicas do terreno granitogreenstone do Núcleo Serrinha e as amostras estudadas e datadas por Rios et al. (2009). Em amarelo está situada a área de estudo deste trabalho. 27 Esta unidade aflora nos arredores da cidade de Uauá, na porção NNE do Núcleo Serrinha, em contato a oeste e a leste com o Complexo Santa Luz por meio de zonas de cisalhamento transcorrentes (KOSIN et al., 2003). Ela é composta por: (i) biotita-hornblenda ortognaisses tonalíticos e granodioríticos, granulitizados, em parte com textura augen. (ii) gnaisses bandados, por vezes migmatizados, caracterizado pela alternância de lentes quartzo-feldspáticas, localmente com ortopiroxênio e níveis de anfibolitos, metapiroxenitos e rochas cálcissilicáticas. O Complexo Uauá (Barbosa 1970) também é constituído por enxames de diques máfcos situados na porção nordeste do Cráton são Francisco. Pesquisas de campo e dados petrográficos permitem distinguir dois grupos de diques (BELLIENI et al., 1995): (i) O primeiro grupo é representado por anfibolitos com granada fina e textura homogênea com xistosidade distinta. (ii) O segundo grupo é constituído por duas rochas principais – uma do tipo dique máfico, que preserva textura ígnea e mineralogia original (localmente uma pequena recristalização pode ser observada na matriz) e outra do tipo dique máfico metamórfico, na qual o clinopiroxênio orignal está quase completamente substituído por anfibólio. Bastos Leal et al. (1994) caracterizam os enxames de diques com base no grau de deformação e metamorfismo a que foram submetidos. Segundo este autor, o grupo mais antigo é composto por diques deformados e metamorfisados, com idades isocrônicas Sm-Nd em rocha total em torno de 2,9-2,7 Ga (OLIVEIRA, LAFON & SOUZA, 1999a) e datações K-Ar entre 2,14 e 1,93 Ga, que refletem a deformação a que os diques estiveram expostos. O segundo grupo é composto por diques pouco ou não deformados, relacionados a episódios magmáticos datados por Rb-Sr em 2384±114 (RI=0,70082) Ma e 1983±31 Ma (RI=0,70197) (BASTOS LEAL et al., 1994). 28 As idades obtidas por Rios et al. (2008) de cristalização e metamorfismo, por SHRIMP em zircão para o Complexo Uauá foram, respectivamente, 3195 Ma e 3090 Ma. As idades TDM de 3,3 Ga indicam fontes crustais. 2.2.2 As Sequências Vulcanossedimentares Paleoproterozóicas As seqüências vulcanossedimentares do tipo greestone belt (Fig. 2.3) estão agrupadas no Núcleo Serrinha, sendo representadas pelas bacias do Itapicuru e Capim. 2.2.2.1 Greestone Belt do Rio Itapicuru O Greestone Belt do Rio Itapicuru (GBRI) distribui-se por uma área aproximada de 7500 Km², possui a forma de uma calha sinclinorial com eixo próximo a N-S e vergência para leste. Sua porção norte é controlada por zonas de cisalhamento transpressionais de direção submeridiana (KOSIN et al., 2003). Segundo Silva (1992b), corresponde a uma bacia back arc paleoproterozóica. O GBRI é composto por uma seqüência de rochas vulcanossedimentares geradas, deformadas e metamorfizadas no Paleoproterozoíco sendo agrupadas em três unidades litoestratigráficas definidas por Kishida (1979) e modificadas por Silva (1983, 1992a): (i) Unidade Vulcânica Máfica Basal – ocorre ao longo das zonas marginais do Greestone Belt ou envolvendo os corpos granito-gnáissicos. Compreende derrames com feições texturais e estruturais diversas onde predominam metabasaltos maciços com pillow lavas, intercalados a lentes irregulares e descontínuas de metabasaltos porfiríticos, variolíticos ou amigdaloidais, tufos máficos e brechas de fluxo de derrame. Subordinadamente ocorrem rochas metassedimentares químicas (formação ferrífera e chert) e filito grafitoso, que marcam hiatos no vulcanismo. Os metabasaltos possuem características de toleítos de fundo oceânico e formaram-se há pelo menos 2,2 Ga (SILVA 1992b), em uma bacia imersa, com pouco aporte de sedimentos e derrames de ambiente subaquáticos. 29 (ii) Unidade Vulcânica Félsica Intermediária - tem distribuição irregular e grada lateralmente para as unidades vulcânica máfica e sedimentar. Compreende metandesitos e metadacitos, porfiríticos, maciços ou esferulíticos, que representam derrames de lavas, ou formam corpos lenticulares de rocha piroclástica e vulcanoclástica, além de tufos e aglomerados que estão intercalados a rochas metassedimentares químico-pelíticas. São rochas intermediárias, cálcio-alcalinas, com assinatura geoquímica similar àquelas de margem continentais ativas modernas (SILVA, 1992b), tendo sido geradas em ambiente subaéreo, localmente subaquático. Datações realizadas em metandesito forneceram idade isocrônica Pb-Pb em rocha total de 2,109 Ga e idade modelo Sm-Nd de 2,1 Ga (SILVA, 1992b). (iii) Unidade Sedimentar – ocupa o topo da sequência, enquanto no sul do Greestone Belt predominam as rochas metassedimentares clásticas arenosas, conglomeráticas e pelíticas, em direção ao norte prevalecem as rochas metassedimentares químicas e pelíticas. Os principais tipos são metarenitos finos e metasssiltitos subarcoseanos e arcoseanos e filitos carbonosos, dispostos em bandas ritmicamente alternadas, com estratificação plano-paralela cruzada e, localmente, bandamento gradacional e estratificações cruzadas de pequeno porte. Esta unidade foi interpretada como uma seqüência turbidítica de derivação vulcânica com alguns intervalos de sedimentação química (DAVISON et al., 1988), representada por metacherts puros ou ferruginosos, jaspilito, formação ferrífera e gondito. De acordo com Silva (1992b) são rochas sedimentares clásticas intraformacionais, derivadas do retrabalhamento de metadacitos e metandesitos da Unidade Vulcânica Félsica, com pouca contribuição de rochas do embasamento. A sedimentação ocorreu ao longo de toda a evolução da sequência greenstone, com predominância de contribuição química e pelítica nos estágios iniciais, enquanto que a psamítica foi mais expressiva nas etapas finais. 30 2.2.2.2 Grupo Capim O Grupo Capim (GC), situado a leste da cidade de Uauá, consiste em uma seqüência de rochas metamórficas vulcanossedimentares deformadas, depositada em um sinclinório sigmoidal alongado NW-SE (± 130 Km²), delimitado por falhas NNW-SSE transcorrentes e inversas (WINGE, 1984). Os estudos sobre esta seqüência ainda são escassos, não permitindo defini-la como uma estrutura de Greenstone, apesar de alguns autores já considerarem esta hipótese (JARDIM DE SÁ et al., 1984; BARBOSA, 1997; CORDANI et al., 2000; RIOS et al., 2009) e outros admitirem que elas poderiam representar um prolongamento do GBRI (KISHIDA & RICCIO, 1981; MASCARENHAS,1976; SCHRANK e SILVA, 1993; OLIVEIRA et al., 1998). A bacia do Capim é constituída por rochas vulcânicas e precipitações químicas vulcano-exalativas, em predominância, com rochas máficas toleíticas na base da sequência e um vulcanismo ácido explosivo no topo (WINGE & DANNI, 1980; WINGE, 1984). Na Seqüência Inferior a presença de formações ferríferas bandadas (BIFs), meta-cherts, sulfetos e carbonatos (WINGE, 1984) sugere a predominância de ambiente marinho subaquático. As rochas de GC foram inicialmente datadas por Brito Neves et al. (1980) fornecendo a idade de 2170 Ma. Posteriormente, Oliveira et al. (1998; 1999b) apresentam idades de 2143 a 2293 Ma (U-Pbzircão SHRIMP) para as rochas félsicas da seqüência e estabelecem o intervalo de 2519-2793 Ma (U-Pbzircão SHRIMP) como idade de cristalização para as rochas toleíticas do GC, apontando um registro de deformação em 2039 Ma, além de idades modelo (T DM) variando de 2433 a 2537 Ma com εNd(T) de -0,14 a -1,45. Estas idades do neoarqueano superam o limite proposto por Silva (1991; 1992a) para a formação da bacia do Itapicuru. 2.3 GRANITÓIDES ALOJADOS NO NÚCLEO SERRINHA Segundo Rios et al. (1998) as intrusões graníticas que ocorrem no NSer apresentam natureza ácida a intermediária (Fig. 2.3) e diferem das que ocorrem no Cinturão Móvel Salvador-Curaçá pela ausência de ortopiroxênio. 31 Rios (2002) reagrupou os corpos graníticos das porções norte e leste do NSer com base na classificação existente proposta por Matos & Conceição (1993) e Rios et al. (1998), que consiste na reunião de cinco grupos distintos, de G1 a G5, cujo registro da deformação diminuiria de G1 para G3 (pré e sin-tectônicos), sendo dificilmente perceptível ou mesmo ausente nos grupos G4 e G5 (pós a tarditectônicos). Este divisão ficou estabelecida da seguinte forma: 2.3.1 Granitos G1 – Tipo Santa Luz O tipo G1 engloba cerca de treze corpos de natureza tonalítica-granodioríticagranítica e tem na intrusão do complexo Santa Luz um corpo típico do grupo. Destacam-se os maciços de Queimadas, Araci, Teofilândia, Salgadália, Curral, Monteiro, Itapicuru, Angico, Caraconha, Barrocas e Serrinha. Neste grupo Rios et al. (1998) incluíram os corpos similares (Quijingue, Euclides, Sítio, Mandacaru, Ruylandia, Monte Santo) descritos a nordeste do NSer. 2.3.2 Granitos G2 – Tipo Ambrósio Estes granitos são representados por domos, sendo os plutões de Ambrósio, Pedra Alta e Poço Grande seus principais representantes. Apresentam formas elipsoidais orientadas no sentido norte-sul, e ocupam as zonas centrais dos antiformes que afetaram o GBRI. Estes corpos são geograficamente limitados aos terrenos do GBRI, limitando-se assim a porção centro-leste no NSer. Dados geoquímicos apontam para afinidade cálcio-alcalina de ambiente colisional (MATOS, 1988; RIOS et al., 1998). 2.3.3 Granitos G3 – Tipo Nordestina Este grupo é representado por oito intrusões de dimensões variadas. Suas formas não são tão alongadas quanto as do G2, mas ainda percebe-se trend nortesul. Os corpos G3 caracterizam-se por bordas granodioríticas gnaissificadas e centros graníticos porfiríticos. Estruturas migmatíticas do tipo Schlienren e pegmatitos são comuns nas suas margens. O grupo reúne os maciços de Nordestina, Eficéas e Lagoa dos Bois, além de diversos corpos satélites menores 32 (<10 Km²) ao redor dos maciços maiores. Alguns corpos (p. ex.: Nordestina), ocorrem no contato do GBRI com o embasamento do NSer, enquanto outros (p. ex.: Eficéas), encontram-se completamente inseridos na sequência vulcanossedimentar. 2.3.4 Granitos G4 – Tipo Morro do Afonso Os corpos pertencentes a este grupo apresentam formas grosseiramente ovalares, mostram-se ligeiramente alongados norte-sul, dispõem-se predominantemente segundo o meridiano 39º30’ WGr e apresentam pequenas expressões cartográficas (<30 Km²). Com base nos trabalhos desenvolvidos por Rios (1997, 1998) e Burgos (1999) pôde-se verificar para nestes maciços afinidades shoshoníticas (Cansanção) e Potássica (Morro do Afonso; Serras das AgulhasBananas e Serra do Pintado. Além destes corpos, foram identificadas as ocorrências de hornblenda-sienitos na Fazenda Lagoa dos Pintos, próximo à vila de Itareru, e do maciço de Araras, na porção nordeste do NSer. O grupo é composto por rochas sieníticas, monzoníticas e monzodioríticas, de granulação média a grossa e predominantemente leucocráticas. A presença de rochas máficas e ultramáficas é relativamente abundante, embora volumetricamente pouco expressivas. Seus enclaves ocorrem de forma isolada e dispersa ou formando extensos enxames e variam de gabro-dioritos a sienitos máficos. Estas rochas apresentam uma forte foliação magmática (±N155º/ 70ºW), que, às vezes, lhe confere um aspecto gnáissico. As estruturas de fluxo são marcadas por leitos diopsídio-hornblendíticos e pela orientação dos autólitos máficos, que apresentam composições similares às dos leitos. No plutão Morro do Afonso, ressalta-se a ocorrência de diques de rochas máficas, que apresentam formas tabulares, são tardios, sin-plutônicos ou enclaves. 2.3.5 Granitos G5 – Tipo Morro do Lopes Este grupo têm como maciço típico o Morro do Lopes, localizado a 11 Km a noroeste da cidade de Santa Luz, onde este granito é explorado para construção civil. Este magmatismo é representado por cerca de 35 pequenos stocks (<8 Km²) que tendem a apresentar formas arredondadas. Além destas intrusões maiores 33 existem numerosos diques que, como os stocks, concentram-se de preferência na porção oeste-sudeste do NSer, e a oeste do GBRI. Estes granitos cortam as rochas do embasamento e os granitos mais antigos. Esses Granitos são biotitamonzogranitos leucocráticos, de cor cinza e granulação fina a muito fina, com textura isotrópica e abundantes feições de fluxo magmático marcadas por concentrações de mica e minerais opacos. Estas estruturas evidenciam que estes corpos são posteriores à atuação dos tensores regionais. Enclaves angulares de anfibolito, fragmentos de quartzo, e estruturas de tipo Schlieren biotíticos e granitos mais antigos são observados. 2.3.6 Rochas Subvulcânicas Ocorrem na NSer na forma de pequenos corpos dioríticos subvulcânicos, com composições variando de granodioritos a gabros e peridotitos (SILVA, 1983; ALVES DA SILVA, 1994). Estas rochas estão intimamente associadas às mineralizações de ouro e de sulfetos (TEIXEIRA, 1992). 34 3 GEOLOGIA E PETROGRAFIA DA ÁREA DE ESTUDO 3.1 GEOLOGIA E PETROGRAFIA Dez amostras representativas foram utilizadas para estudos em lâminas delgadas (tabela 3.1). Através dos aspectos geológicos observados em campo e nestes estudos petrográficos estas rochas foram caracterizadas e individualizadas. As amostras selecionadas para este estudo foram coletadas nos gnaisses e migmatitos arqueanos. No mapa de amostragem (Fig. 3.1) é possível visualizar a distribuição das amostras investigadas em relação à geologia local. A análise modal permitiu lançar estas amostras no diagrama QAPM (Fig. 3.2), onde observa-se que a maioria das amostras apresentam caráter hololeococrático. As exceções são as amostras NS1623, NS1624, NS1625 e NS1647, que apresentam natureza leucocrática. No diagrama de classificação modal (QAP, fig. 3.2), de acordo com a proposta da Streckeisen (1974), as rochas estudadas representam predominantemente granitos (sieno e monzo-granitos) enquanto a amostra NS1634 corresponde a um quartzo monzodiorito e a amostra NS1647 corresponde a um tonalito. Duas amostras (NS1623 e NS1625) caem no campo dos granodioritos. Rios (2002) realizou um mapeamento geológico em escala 1:100.000 na área estudada com o objetivo de reconhecimento das principais unidades litodêmicas da região. Posteriormente este mapeamento foi refinado, quando foram coletadas as amostras utilizadas nesta monografia. Estavam previstas análises geoquímicas, mas não houve tempo hábil para o tratamento destes dados. 35 Identificação/ Localização das Amostragens de Campo Número Labratório Local da Amostragem Descrição da Amostra/ Litologia de Campo Latitude Longitude NS1623 Faz. Lagoa Eguas Monzosienito máfico pobre em augen 8821451 498695 NS1624 Algodões Hornblenda sienito gnaissico porfirítico 8819490 495083 Hornblenda sienito gnaissico porfirítico 8815773 494453 NS1625 NS1627 Faz. Cumbe do Gato Granito/granodiorito gnaissico 8807893 494593 NS1628 Lagoa do Junco Granito/granodiorito F-M 8805892 495021 NS1629 Faz. Lagoa do Capim Porção félsica gnaisse emb. 8807266 490097 NS1634 Faz. Do Sítio Biot-granito-granodiorito F-M isotrópico 8799160 480714 Granito-gnaisse migmatítico 8795674 483745 NS1635 NS1647 Quaititú Granito-gnaisse fino do Quaititu 8825297 482619 NS1648 Ruylândia Granito-gnaisse M-G 8830309 486171 Tabela 3.1. Tabela de descrição de amostras de campo. 36 ± Unidades Geológicas ( ! Pontos amostrados Rochas Metavulcanossedimentares Granitóides Embasamento Figura 3.1. Geologia local e localização dos pontos amostrados. 37 Figura 3.2. Diagramas QAP e QAPM segundo a proposta de Streckeisen (1974) aplicados na classificação das rochas estudadas. 38 3.1.1 Super-Grupo Caraíba 3.1.1.1 Grupo Uauá As rochas estudadas compõem gnaisses migmatíticos que foram agrupados de acordo com a composição modal em granodioritos, granitos e tonalitos e monzodioritos. No presente trabalho estas rochas serão descritas com maior nível de detalhe e correlacionadas com as litologias descritas por outros autores. A tabela 3.2 representa a composição modal das amostras estudas na petrografia. Os principais aspectos macroscópicos dos pontos de amostragem de campo estão representados na figura 3.4. - Gnaisse Granodiorítico No mapeamento regional em escala 1:50.000 realizados por Pires et al. (1976) durante o projeto “Rochas Básicas e Ultrabásicas de Euclides da Cunha” foram identificadas como diatexitos predominantemente homogêneos, de composição granítica a granodiorítica. Foram coletadas duas amostras para estudo (NS1623 e NS1625) na porção leste da área. Em campo estas rochas ocorrem bem gnaissificadas e gradam para bandas, com mais ou menos 2 a 3 cm de espessura, ricas em augen de feldspato alcalinos (até 60%) e bandas empobrecidas, onde os fenocristais são praticamente ausentes. A rocha esta deformada, dobrada, e os augen apresentam indicativos de movimento transcorrente dextral. A porção máfica é composta basicamente por anfibólio, biotita e quartzo. Microscopicamente estas rochas são inequigranulares, com granulometria variando de 0,02 a 3,72mm, com matriz perfazendo 35% do volume da rocha em meio a porfiroclástos de plagioclásio e ortoclásio (Fig. 3.4 A e B). As texturas ocorrentes são mimerquítica, pertítica, antipertítica, cominuição de grãos e lepidoblástica (Fig. 3.4). 39 A B NS1623 NS1623 C D NS1623 NS1630 E F NS1632 NS1633 Figura 3.3. Aspectos macroscópicos. (A) Bandas com deslocamento dextral; (B) Dobras de Fluxo; (C) Zona rica em augen de feldspato alcalino; (D) Enclave do embasamento dobrado; (E) Visão dos augen de feldspato alcalino no granito Quijingue; (F) Textura do granito-gnaisse migmatítico de Quijingue. 40 Nº da Amorstra/ Laboratório Nome da Rocha/ Comp. Modal (%) NS1623 NS1624 NS1625 NS1627 NS1628 NS1629 NS1634 NS1635 NS1647 NS1648 Granodiorito Sienogranito Granodiorioto Monzogranito Monzogranito Sienogranito Quartzo Monzodiorito Monzogranito Tonalito Monzogranito Hiperstênio Hornblenda Biotita Microclina Ortoclásio Plagiocásio Quartzo Titanita Apatita Zircão Opacos 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 8 13 28 0 0 0 0 0 0 0 13 6 6 5 7 0 5 6 22 7 2 16 8 5 14 39 22 15 0 16 5 24 0 25 18 12 7 17 0 17 26 16 20 38 40 19 56 37 36 25 46 25 38 27 21 26 10 25 42 35 0 0 0 0 0 0 0 Tr Tr 0 Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tr Tabela 3.2. Composição modal das rochas amostradas em Euclides da Cunha. Tr=Traços, ou seja, o mineral ocorre na rocha em percentagens inferiores a 1%. 41 O quartzo representa cerca de 46% do volume da rocha. Sua granulometria varia de 0,05 a 1,76mm (fina a média). Seus grãos são predominantemente xenoblásticos, geralmente estirados (Fig. 3.4D). Forma contatos curvos com a biotita e retilíneos com o plagioclásio (Oligoclásio). O plagioclásio é o olgoclásio. Constituí cerca de 26% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina a média cujos grãos possuem tamanho variando de 0,02 a 3,72mm. Quanto à forma, os grãos são predominantemente xenoblásticos, geralmente em contato curvo com a biotita e com o quartzo. Em alguns locais está em contato interdigitado com o quartzo. Alguns grãos apresentam geminação segundo a Lei Albita. Por vezes ocorre formando antipertitas em gotículas. O teor de anortita obtido foi 18%. A biotita compõe em torno de 13% do volume da rocha. Apresenta pleocroísmo com coloração variando de castanho claro a verde escuro. Quanto à granulometria é fina com tamanho dos grãos variando de 0,05 a 0,88mm. Seus grãos são predominantemente subdioblásticos, por vezes formando contato curvo com o quartzo e retilíneo com o plagioclásio. A hornblenda representa em média 8% do volume da rocha. Apresenta pleocroísmo, com coloração variando de castanho claro a verde escuro (Fig. 3.4C). Possui granulometria fina, variando de 0,27 a 0,50mm. Quanto à forma, os grãos são predominante subidioblásticos, geralmente formando contato retilíneo com o quartzo e com a biotita, e também contato curvo com o quartzo. O ortoclásio, pertítico (Fig. 3.4E) constituí cerca de 5% do volume da rocha. Apresnta granulometria variando de fina a média cujo tamanho dos grãos variam de 0,1 a 1,03mm. Os grãos são predominantemente subdioblásticos. A microclina (Fig. 3.4F) perfaz apenas cerca de 2% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina com tamanho dos grãos variando de 0,35 a 0,67mm. Os grãos são predominantemente xenoblásticos, formando contato curvo com o quartzo e com a biotita. Apresenta geminação segundo a Lei Albita-Periclina. 42 A B Qtz Bt NS1625 NS1623 C D Pl Hb l Bt Qtz Pl NS1623 E Qtz NS1625 F Mc NS1625 Qtz NS1625 Figura 3.4. Fotomicrografias das rochas da Unidade Superior do Grupo Uauá. (A) Amostra NS1625, aspecto Geral da Lâmina em Luz Natural; (B) Amostra NS1623, aspecto Geral com Nicóis Cruzados; (C) Amostra NS1623, textura lepidoblástica, com biotita orientada SE-NW. Nicóis crizados; (D) Amostra NS1625, contato retilíneo de quartzo com plagioclásio. Nicóis cruzados; (E) Amostra NS1625, pertita em flâmulas. Nicóis Cruzados; e (F) Amostra NS1625, mimerquita em contato curvo com microclina e com quartzo. 43 A titanita ocorre como fase acessória. Apresenta pleocroísmo com cor variando de marrom claro a escuro. Sua granulometria é fina e varia de 0,01 a 0,14mm. Seus grãos, em geral, são anédricos, associados a apatita e à biotita, às vezes presentes nos bordos de minerais opacos, substituindo-os parcialmente, indicando para presença de minerais titaníferos. A apatita compõe fases acessórias. Possui granulometria fina variando de 0,06 a 0,16mm. Os grãos são predominantemente subédricos, geralmente ocorrendo como inclusões no quartzo. O zircão ocorre como fase acessória. Apresenta pleocroísmo fraco, incolor a marrom em luz plano-polarizada. Possui granulometria fina, variando de 0,26 a 0,9mm. Seus grãos são subédricos e estão em contato retilíneo com os grãos de plagioclásio. Os minerais opacos constituem as fases acessórias. Possuem granulometria fina a média, variando de 0,1 a 1,03mm. Seus grãos são predominantemente subédricos e em geral estão em contato retilíneo com o plagioclásio. - Gnaisse Granítico No mapeamento regional em escala 1:50.000 realizados por Pires et al. (1976) durante o projeto “Rochas Básicas e Ultrabásicas de Euclides da Cunha” foram identificados como gnaisses quartzo-feldspáticos, ou hornblenda-gnáisses, hornblenda-biotita-gnaisse bem como diatexitos ou metatexitos. Foram coletadas seis amostras para estudo destas rochas (NS1624, NS1627, NS1628, NS1629, NS1635 e NS1648). Estas rochas apresentam, em geral, granulometria fina a média alternando níveis de feldspato alcalino, também com augen de feldspato alcalino e pequenos pórfiros de anfibólio. Localmente ocorrem bandas máficas dobradas. A amostra NS1627, em particular, é similar aos granitos arqueanos do tipo Santa Luz (Rios, 2002), de natureza tonalítica-granodioríticagranítica. Sua estrutura sugere fusão parcial/ migmatização. De acordo com a classificação da Streckeisen (1974) estas rochas correspondem a sienogranitos (NS1624 e NS1629) e monzogranitos (NS1627, NS1628, NS1635 e NS1648) predominantemente hololeucocráticos (Fig. 3.2). 44 Microscopicamente a rocha é inequigranular, com granulometria variando de 0,01 a 4,8 mm. Essas rochas foram submetidas a metamorfismo dinâmico e apresentam matriz perfazendo de 20 a 60% do volume da rocha (proto a mesomilonito) em meio à porfiroclástos de Ortoclásio e Microclina (Fig. 3.5A). As texturas presentes são mimerquítica, antipertítica (Fig. 3.5B), pertítitica (Fig. 3.5D), típicas de rochas de composição granítica, cominuição de grãos e textura milonítica (Fig. 3.5E), que indicam atuação de metamorfismo dinâmico. O quartzo representa cerca de 25 % do volume da rocha. Sua granulometria é fina a média e varia de 0,02 a 1,02mm. Seus grãos são predominantemente xenoblásticos, geralmente estirados. O ortoclásio compõe cerca de 24% do volume da rocha. Possui granulometria variando de fina a média e tamanho dos grãos de 0,92 a 4,8mm. Em alguns locais ocorre parcialmente microclinizado, isto devido, provavelmente, a recristalização metamórfica em condições de temperatura inferiores à do ortoclásio (Fig. 3.5D). Os grãos são predominantemente xenoblásticos e em geral estão em contato curvo com os grãos de quartzo. A microclina perfaz em média 16% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina, cujos grãos possuem tamanho variando de 0,08 a 0,62mm. Os grãos são predominantemente xenoblásticos em contato curvo com o quartzo. Apresenta geminação incipiente segundo a Lei Albita-Periclina. O plagioclásio constitui em torno de 16% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina cujos grãos possuem tamanho variando de 0,03 a 0,82mm. Quanto à forma, os grãos são predominantemente xenoblásticos, geralmente ocorrendo como inclusões no Ortoclásio. Não foi possível determinar o teor de anortita devido a geminação dos grãos estar parcialmente destruída por processos de alteração hidrotermal. A hornblenda representa por volta de 13% do volume da rocha. Apresenta pleocroísmo variando de marrom a verde escuro. Possui granulometria fina a média variando de 0,31 a 4,5mm. Quanto à forma, os grãos são predominantemente xenoblásticos e geralmente estão em contato serrilhado com os feldspatos alcalinos. 45 A B Qtz NS1627 NS1628 C D Or Pl Mc NS1629 NS1635 E F Bt Bt NS1635 NS1635 Figura 3.5. Fotomicrografias da Unidade Superior do Grupo Uauá. (A) Amostra NS1627, aspecto geral da rocha e textura milonítica. Nicóis cruzados; (B) Amostra NS1628, antipertita em porções. Nicóis cruzados; (C) Amostra NS1629, Plagioclásio bastante saussuritizado e sericitizado. Nicóis cruzados; (D) Amostra NS1635, ortoclásio pertítico parcialmente microclinizado. Nicóis cruzados; (E) Amostra NS1635, grãos cominuídos - clastos de plagioclásio em meio a matriz de cominuição/ recristalização metamórfica. Nicóis cruzados; (F) Amostra NS1635, concentração de biotita com opacos associados. Luz natural. 46 A biotita compõe em média apênas 6% do volume da rocha. Apresenta pleocroísmo variando de castanho claro a verde escuro. Quanto à granulometria, é fina com tamanho dos grãos variando de 0,03 a 0,41mm. Seus grãos são predominantemente subdoblásticos, orientados, por vezes formando contato curvo com o quartzo (Fig. 3.5F). Geralmente ocorre associada à hornblenda como resultante de desestabilização desta durante sua formação. A titanita ocorre como fase acessória. Pleocróica, com cor marrom claro a marrom escuro. Apresenta granulometria fina, variando de 0,06 a 0,08mm. Seus grãos, em geral, são anédricos, associados a apatita. A apatita possui granulometria fina variando de 0,06 a 0,16mm. Os grãos são predominantemente subédricos, geralmente ocorrendo como inclusões no quartzo. O zircão compõe a fase acessória. Apresenta coloração incolor a marrom pálido em luz natural. Possui granulometria fina com tamanho dos grãos variando de 0,04 a 0,22mm. Seus grãos são subédricos e estão em contato curvo com os grãos de microclina. Os minerais opacos também constituem fase acessória. Possuem granulometria fina, variando de 0,1 a 0,16mm. Seus grãos são anédricos, em geral, em contato curvo com a biotita. - Tonalito Para estudo destas rochas utilizou-se apenas a amostra NS1647, coletada na porção noroeste da área de estudo (Fig. 3.6). Corresponde aos metabasitos a ultrabasitos provavelmente de origem básica no mapeamento realizado por Pires et al. (1976). Afloramentos dessa unidade apresentam bandamento composicional e granulometria fina. Microscopicamente é uma rocha equigranular e possui granulometria fanerítica fina variando de 0,01 a 0,64mm. As texturas presentes são subidiomórfica e holocristalina (Fig. 3.6A e C respectivamente). Os cristais de quartzo constituem cerca 42% do volume da rocha. Sua granulometria é fina e varia de 0,01 a 0,41mm. Os grãos são predominantemente subédricos, apresentando contato curvo com o plagioclásio. 47 B A Ap Ttn NS1647 Bt NS1647 C Bt Qtz NS1647 Figura 3.6. Fotomicrografias dos Tonalitos. (A) Amostra NS1647, aspecto Geral da rocha e biotita Levemente orientada. Luz natural; (B) Amostra NS1647, agregados de Titanita e Biotita em Luz Natural; e (C) Amostra NS1647, contatos curvo e retilíneo da biotita com o quartzo. 48 O plagioclásio compõe em média 36% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina, variando de 0,31 a 0,64mm. É o oligoclásio, cujo teor de anortita medido foi 12%. Seus grãos são predominantemente subédricos e estão em contato curvo com os grãos de quartzo. A biotita perfaz em torno de 22% do volume da rocha. Apresenta pleocroísmo com cor variando de amarelo a verde escuro. Sua granulometria é fina e varia de 0,03 a 0,5mm. Seus grãos são, geralmente, subédricos, em contato curvo e retilíneo com o quartzo. A titanita ocorre como fase acessória. Pleocróica, com cor variando de marrom claro a marrom escuro. Sua granulometria é fina e varia de 0,01 a 0,14mm. Seus grãos, em geral, são anédricos, associados a apatita e a biotita (Fig. 3.6B). Por vezes ocorrem nas bordas de minerais opacos substituindo-os parcialmente. Os cristais de apatita constituem fase acessória. Sua granulometria é fina e varia de 0,06 a 0,12mm. Seus grãos, em geral, são subédricos em contato retilíneo com o quartzo (Fig. 3.6A). O zircão compõe fase acessória. Incolor em luz plana. Possui granulometria fina, variando de 0,04 a 0,1mm. Seus grãos são subédricos em contato curvo com a biotita e com o quartzo. Os minerais opacos também ocorrem como fases acessórias. Apresentam granulometria fina, variando de 0,04 a 0,28mm. Seus grãos são, em geral, euédricos estão em contato retilíneo com os grãos de quartzo. Esta unidade pode estar relacionada com as rochas do Grupo 1 definido por Rios et al. (2009), que consiste de migmatitos, gnaisses e plutons TTG’s, com grau metamórfico no fácies metamórfico granulito proposto por Paixão et al. (1995) - Monzodioritos Para estudo destes litotipos selecionou-se apenas uma amostra de campo (NS1634). Em afloramento observa-se que estas rochas apresentam coloração cinza, caráter isotrópico, cortadas por finos veios pegmatíticos quartzo-feldspáticos, deslocados com cinemática dextral. Correspondem aos granitoides do Grupo 2 de Rios et al. (2009). Durantes os trabalhos de mapeamento regional do Projeto 49 Rochas Básicas e Ultrabásicas de Euclides da Cunha (PIRES et al., 1976) foram classificados diatexitos a biotita homogêneos a não homogêneos de composição variando de granítica a tonalítica, englobando porções metatexíticas não transformadas (Fig. 3.1). A rocha é inequigranular (Fig. 3.7A), apresentando granulometria fanerítica fina a média, variando de 0,01 a 1,64mm. As texturas presentes são mimerquítica, pertítica (Fig. 3.7B) e subidiomórfica. Os cristais de plagioclásio, do tipo oligoclásio, compõem em torno de 54% do volume da rocha. Sua granulometria é fina a média e varia de 0,58 a 1,44mm. O teor de anortita determinado foi de 13%. Apresenta grãos geralmente subédricos em contato retilíneo com grãos quartzo e curvo com grãos biotita. Os grãos estão saussuritizados. A microclina representa cerca de 22% do volume da rocha. Sua granulometria é fina a média com tamanho dos grãos variando de 0,64 a 1,20mm. Ocorre predominantemente anédrica e os grãos estão em contato curvo com os grãos de quartzo. Apresenta geminação segundo a Lei Albita-Periclina. Os cristais de quartzo Constituem em média 10% do volume da rocha. Apresentam granulometria fina com tamanho dos grãos variando de 0,05 a 0,9mm. Ocorre, em geral, anédrico e estão em contato curvo e retilíneo com os grãos de plagioclásio. O ortoclásio constitui em média 7% do volume da rocha. Sua granulometria é média e varia de 1,20 a 1,33mm. É pertítico e alguns grãos estão parcialmente microclinizados, devida a recristalização em condições de temperatura inferiores a do ortoclásio (Fig. 3.7B). Os grãos, em geral, são anédricos, formando contato curvo com o plagioclásio e com o quartzo. A biotita representa em torno de 6% do volume da rocha. Apresenta pleocroísmo variando de amarelo a verde escuro. Sua granulometria é fina e varia de 0,01 a 0,64mm. Em geral, seus grãos são subédricos e estão em contato retilíneo com o quartzo. Apresenta inclusões de zircão com halos pleocróicos. Alguns grãos estão cloritizados. Ocorre parcialmente substituído por moscovita paralelamente as clivagens (Fig. 3.7C). 50 A B Qtz Or Pl Mc NS1634 NS1634 C Bt NS1634 Figura 3.7. Fotomicrografias das rochas da Unidade Superior do Grupo Uauá. (A) Amostra NS1634, aspecto geral da rocha. Nicóis curzados; (B) Amostra NS1634, pertita em flâmulas em contato com mirmequita e microclina geminada segundo a Lei Albita Periclina. Nicóis cruzados; (C) Amostra NS1634 Biotita cloritizada alterando para moscovita. Luz natural. 51 As fases acessórias são compostas por apatita, zircão e opacos. A apatita apresenta granulometria fina, variando de 0,04 a 0,14mm. Seus grãos são predominante subédricos, ocorrendo geralmente incluso nos plagioclásios. O zircão apresenta cor marrom em luz natural. Possui granulometria fina, variando de 0,1 a 0,14mm. Seus grãos são, em geral, subédricos. Os minerais opacos apresentam granulometria fina a média, variando de 0,12 a 1,64mm. Os grãos são predominantemente subédricos, formando, geralmente, contato curvo com a biotita. 3.2 SUMÁRIO DA GEOLOGIA E PETROGRAFIA As rochas coletadas para estudo do embasamento da região de Euclides da Cunha são compostas por granodioritos, granitos, tonalitos e quartzo-monzodioritos. Os granodioritos em campo ocorrem gnaissificados com augen de feldaspatos alcalinos. São rochas inequigranulares, faneríticas fina a média, milonitizadas, verificado pela ocorrência da textura milonítica e cominuição de grãos. Verificou-se também a presenças das texturas pertítica, antipertítica e mimerquítica. O teor de anortita medido na amostra NS1623 foi 18%, ou seja, o plagioclásio é o oligoclásio. São rochas que foram submetidas ao metamorfismo dinâmico no fácies anfibolito. Os granitos em afloramentos apresentam níveis de feldspato alcalino, também com augen de feldspato alcalino e pequenos pórfiros de anfibólio. São caracterizados localmente pela presença de bandas máficas dobradas. Também pode-se verificar a presença das texturas reliquiares pertítica, antipertítica e mimerquítica. Assim como os granodioritos são rochas submetidas a metamorfismo dinâmico no fácies xisto-verde a anfibolito, marcado pelas texturas milonítica, lepdoblástica e cominuição de grãos. São rochas monzograníticas, portanto apresentam maior teor de plagioclásio em sua composição. Os monzogranitos sofreram processos de alteração hidrotermal, evidenciados pela presença de saussurita e sericita. Os tonalitos são rochas marcadas pela presença de bandamento composicional em campo. São rochas equigranulares com granulometria fanerítica fina. As texturas presentes são subidiomórfica e holocristalina. O plagioclásio é mais 52 sódico, ou seja, apresenta baixo teor de anortita (cerca de 12%) medido na amostra NS1647. Estas rochas podem estar relacionadas com as rochas do Grupo 1 proposto por Rios et al. (2009). Os quartzo-monzodioritos em campo apresentam caráter isotrópico, sendo cortados por finos veios pegmatíticos quartzo-feldspáticos, deslocados com cinemática dextral e correspondem aos granitoides de Rios et al. (2009). São rochas inequigranulares, caracterizadas pelas texturas subidiomórfica, pertítica e mimerquítica. Verificou-se que o plagioclásio apresenta caráter sódico, devido ao baixo teor de anortita determinado (em torno de 13%) na amostra NS1634. 53 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os dados obtidos sobre as rochas gnáissico-migmatíticas que compõem o Complexo Uauá, coletadas no embasamento da região de Euclides da Cunha foram tratadas no capítulo anterior. Neste capítulo serão apresentadas algumas considerações visando uma melhor caracterização geológica e petrográfica destas rochas. As amostras NS1623 e NS1625 analisadas, classificadas como metagranodioríticos apresentam caráter leucocrático. Correspondem aos diatexitos de composição granítica a granodiorítica no mapeamento efetuado por Pires et al. (1976). No entanto estas rochas sofreram metamorfismo dinâmico que pode ser verificado pela presença de porfiroclásticos de plagioclásio e ortoclásio em meio a uma matriz que perfaz 35% da rocha por cominuição de grãos. A ordem de cristalização mineralógica para estas rochas foi: Minerais acessórios (titanita, apatita, zircão e minerais opacos) – hornblenda – biotita – plagioclásio (oligoclásio) – ortoclásio – quartzo. As rochas aqui classificadas como metagraníticos correspondem a diatexitos, metatexitos ou gnaisses no mapeamento regional realizado por Pires et al. (1976). As amostras NS1624 e NS1629 foram classificadas como sienogranitos leucocrático e hololeucocrático respectivamente. As demais amostras (NS1627, NS1628, NS1629 e NS1648) correspondem a monzogranitos de caráter leucocrático. Estas rochas também sofreram metamorfismo dinâmico, evidenciado pela presença de porfiroclástos de ortoclásio e microclina, com matriz compondo cerca de 20 a 60% do volume da rocha. Os gnaisses-graníticos em geral apresentam processos de alteração hidrotermal mais avançados, verificado pela presença de sericita e saussurita em grande parte dos grãos de plagioclásio, causando o aspecto turvo a estes grãos. Verificou-se em campo que o granito correspondente a amostra NS1627 é similar aos granitos arqueanos do tipo Santa Luz (Rios, 2002), de natureza TTG. A ordem de cristalização das fases minerais constituintes destas rochas foi: Minerais acessórios (titanita, apatita, zircão e minerais opacos) – hornblenda – biotita – plagioclásio – ortoclásio – quartzo. 54 A Amostra NS1647 foi aqui classificada como tonalito e corresponde aos metabasitos segundo o mapeamento regional efetuado por Pires et al. (1976). Ela possivelmente está relacionada com as rochas do Grupo 1 definido por Rios et al. (2009), que consiste de migmatitos, gnaisses e plutons TTG’s. Dentre as demais litologia estudadas esta rocha é única que foi classificada como equigranular fanerítica fina quanto a uniformidade dos grãos implicando em ambiente de cristalização mais diferenciado, apresentando menores taxas de crescimento e difusão e maiores taxas de nucleação. A ordem das fases minerais que compõem esta rocha foi: Minerais acessórios (zircão e minerais opacos) – biotita – titanita (ocorre como fase acessória nas bordas da biotita) – plagioclásio (oligoclásio) – quartzo. A amostra NS1634 é um quartzo-monzodiorito e corresponde aos granitoides do Grupo 2 de Rios et al. (2009). Nos trabalhos de mapeamento regional realizados por Pires et al. (1976) ela corresponde a rochas agrupadas com provável origem básica da Unidade Inferior do Grupo Uauá. A ordem de cristalização das fases minerais para esta rocha foi: Minerais acessórios (apatita, zircão e minerais opacos) – biotita – plagioclásio (oligoclásio) – K-feldspato (microclina e ortoclásio) – quartzo. 55 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA ALKMIM F.F., BRITO NEVES B.B., ALVES J.A.C. Arcabouço tectônico do Cráton do São Francisco: uma revisão. In: A. Misi & J.M.L. Dominguez (eds.), O Cráton do São Francisco, Salvador, SBG, 45-62. 1993. ALMEIDA F.F.M. O Cráton do São Francisco. Rev. Bras. Geociências. 7: 349-364. 1977. ALMEIDA F.F.M. Origem e evolução da plataforma brasileira. Rio de Janeiro, DNPMDGM, Boletim, 241, 36p. 1967. ALVES DA SILVA, F.C. 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A Seqüência Vulcanossedimentar do Médio Itapicuru, Bahia: caracterização petrográfica, considerações petrogenéticas preliminares e zoneografia metamórfica. Dissert. de mestrado. CPG em Geologia. IGEO – UFBA. Salvador – BA. 88p. 1983. STRECKEISEN, A. Classification and nomenclature of plutonic rocks. Recommendations of the IUGS Subcommission of the Systematics of Igneous Rocks. Geologische Rundschau Internationale Zeitschrift für Geologie. Stuttgart, Vol. 63. 59 WINGE M. & DANNI J.C.M. Compartimentos geotectônicos pré-Brasilianos entre Caratacá e Bendengó; Mun. Uauá - BA. In: SBG, Cong. Bras. Geol., 31, Camboriú-SC, Anais, 5: 2785-2795.1980. WINGE M. A seqüência vulcanossedimentar do Grupo Capim - Bahia. In: P.V.S. V. Sá e F.B. Duarte (eds.) Geologia e Recursos Minerais da Bahia. Textos Básicos. SalvadorBA, SME/COM, 5:43-93. 1984. 60 ANEXO – FICHAS PETROGRÁFCAS 61 Nº da Amostra / Laboratório Ficha de Descrição PETROGRÁFICA NS 1623 1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO No de Campo Latitude 5/59 Longitude 8821451 Nº do Ponto Referências do Ponto 453 Faz. Lagoa Eguas Tipo Litológico Nome da Folha Geográfica (IBGE) 498695 SC.24-O-IV Euclides da Cunha Nome do Corpo Monzosienito Complexo Uauá 2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra BRA LD LP Brita X Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP X BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Quími ca de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais 3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS Macroscopicamente – Apresenta textura gnaissica bem definida, com pórfiros de feldspato variando de 2 a 3 cm imersos em matriz de biotita e quartzo. Microscopicamente – A rocha é inequigranular, com granulometria variando de 0,02 a 3,72mm e matriz perfazendo 35% da rocha em meio a porfiroclástos de Oligoclásio e Ortoclásio. As texturas ocorrentes são mimerquít ica, antipertítica, granoblástica granular, nematoblástica, de cominuição de grãos e lepidoblástica. MINERAIS PARÂMETROS % QAP Quartzo 46 Q A Plagioclásio 26 Biotita 13 Anfibólio 8 K-feldspato 7 Apatita <1 Zircão <1 Opacos <1 P TOTAL Q (A+P) M 58 9 33 100 Q A+P M TOTAL 46 33 21 100 62 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1623 5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS Q ua r t zo O quartzo representa cerca de 46% do volume da rocha. Sua granulometria varia de 0,05 a 1,76mm (fina a média). Seus grãos são predominantemente xenoblásticos, geralmente estirados, em contato curvo com a biotita e com o plagioclásio. P la g ioc lá s i o – O lig oc lá s io Constitui em torno de 26% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina a média cujos grãos possuem tamanho variando de 0,02 a 3,72mm. Apresenta teor de anortita em torno de 18%. Quanto à forma, os grãos são predominantemente xenoblásticos e geralmente estão em contato curvo com a biotita e com o quartzo. Em alguns locais ocorre em contato interdigitado com o quartzo. Alguns grãos apresentam geminação segundo a Lei Albita. As vezes ocorre formando Antipertitas em gotículas. Biot it a Compõe por volta de 13% do volume da rocha. Pleocróico, com coloração variando de amarelo a verde escuro. Quanto à granulometria é fina com tamanho dos grãos variando de 0,05 a 0,88mm. Seus grãos são predominantemente subidioblásticos, por vezes em contato curvo com o quartzo e retilíneo com o plagioclásio. Seus grãos estão dispostos orientados, formando a textura lepidoblástica. Anf i bó li o – Hor nb le n da Constitui em média 8% do volume da rocha. Pleocróico, com coloração variando de castanho claro a verde escuro. Possui granulometria variando de 0,27 a 0,50mm (granulometria fina). Quanto à forma, os grãos são predominante subidioblásticos, geralmente em contato retilíneo com o quartzo e com a biotita, e também em contato curvo com o quartzo. K - f e ld s pa t o – O r t oc lá s io Perfaz em torno de 5% do volume da rocha. Possui granulometria variando de fina a média com tamanho dos grãos variando de 0,1 a 1,03mm. Os grãos são predominantemente subidioblásticos. Ocorre também formando as antipertitas. K - f e ld s pa t o – Mic r oc l ina Representa cerca de 2% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina, com tamanhos variando de 0,35 a 0,67mm. Os grãos são predominantemente xenoblásticos em contato curvo com o quartzo e com a biotita. Apresenta geminação fraca, segundo a Lei AlbitaPericlina. Apa t it a Ocorre como fase acessória. Apresenta granulometria fina e tamanho dos grãos variando de 0,06 a 0,16mm. Os grãos são predominantemente subédricos, geralmente ocorrendo como inclusões no quartzo. Zir c ã o Ocorre na fase acessória. Apresenta pleocroísmo fraco, incolor a marrom em luz plano-polarizada. Possui granulometria fina com tamanho dos grãos variando de 0,26 a 0,9mm. Seus grãos são subédricos, formando contato retilíneo com o plagioclásio. 63 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1623 Min e r a is opa c os Ocorrem na fase acessória. Possuem granulometria fina a média, variando de 0,1 a 1,03mm. Seus grãos são predominantemente subédricos, em geral formando contato retilíneo com o plagioclásio. 6 - NOME DA ROCHA Proto-milonito granodiorítico 7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS Rocha formada no fácies anfibolito. 8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE Local Data de elaboração Data da última revisão Analista Salvador (UFBA) 25/ 11/ 2010 26/ 01/ 2011 Danilo de Souza Santos 9 - FOTOMICROGRAFIAS Foto – Aspecto geral da rocha com nicóis cruzados. Pode-se verificar a presença de grãos cominuídos e porfiroclastos de Andesina e Ortoclásio. Foto – Textugra lepidoblástica. Nicóis cruzados. 64 Nº da Amostra / Laboratório Ficha de Descrição PETROGRÁFICA NS 1624 1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO No de Campo Latitude 5/61 Nº do Ponto Longitude 8819490 Nome da Folha Geográfica (IBGE) 495083 SC.24-O-IV Euclides da Cunha Referências do Ponto 455 Tipo Litológico Nome do Corpo Sienito gnáissico Complexo Uauá 2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP X BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais 3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS Macroscopicamente – Apresenta bandamento gnássico, anternando níveis de feldspato alcalino. Microscopicamente – A rocha é inequigranular, granulometria varia de 0,02 a 4,8mm, com matriz perfazendo 52% da rocha em meio a porfiroclástos de Ortoclásio e Microclina. As texturas presentes são: mimerquítica, pertítitica, antipertítica, cominuição de grãos e textura milonítica. MINERAIS PARÂMETROS % QAP K-feldspato 40 Q A Quartzo 25 Plagioclásio 16 Hornblenda 13 Biotita 6 Apatita <1 Zircão <1 Opacos <1 P TOTAL Q (A+P) M 31 49 20 100 Q A+P M TOTAL 25 56 19 100 5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS Q ua r t zo O quartzo representa cerca de 25% do volume da rocha. Sua granulometria viria de 0,02 a 1,02mm (fina a média). Seus grãos são predominantemente xenoblásticos, geralmente estirados. 65 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1624 K - f e ld s pa t o – O r t oc lá s io Representa cerca de 24% do volume da rocha. Possui granulometria variando de fina a média e tamanho dos grãos variando de 0,92 a 4,8mm. Os grãos são predominantemente xenoblásticos em contato curvo com o quartzo. K - f e ld s pa t o – Mic r oc l ina Constitui cerca de 16% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina, cujo tamanho dos grãos varia de 0,08 a 0,62mm. Os grãos são predominantemente xenoblásticos em contato curvo com o quartzo. Apresenta geminação segundo a Lei Albita-Periclina. P la g ioc lá s i o Perfaz em torno de 16% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina cujos grãos possuem tamanho variando de 0,03 a 0,82mm. Quanto à forma, os grãos são predominantemente xenoblásticos, geralmente ocorrendo como inclusões no Ortoclásio. Não foi possível determinar o teor de anortita, pois as geminações foram parcialmente destruídas por processos de alteração hidrotermal. Anf i bó li o – Hor nb le n da Compõe em média 13% do volume da rocha. Pleocróico, com coloração variando de castanho claro a verde escuro. Possui granulometria variando de 0,31 a 4,5mm (granulometria fina a média). Quanto à forma, os grãos são predominante xenoblásticos, geralmente em contato serrilhado com os grãos de feldspatos alcalinos. Biot it a Representa em torno de 6% do volume da rocha. Pleocróico, com coloração variando de amarelo a verde escuro. Quanto à granulometria é fina com tamanho dos grãos variando de 0,03 a 0,41mm. Seus grãos são predominantemente subidioblásticos, orientados, por vezes em contato curvo com o quartzo. Geralmente ocorre associado a Hornblenda, como resultante de desestabilização deste durante sua formação. Apa t it a Ocorre como fase acessória. Apresenta granulometria fina e tamanho dos grãos variando de 0,04 a 0,16mm. Os grãos são predominantemente anédricos, geralmente formando contato curvo com o ortoclásio. Zir c ã o Compõe como fase acessória. Apresenta pleocroísmo fraco, incolor a marrom em luz plano-polarizada. Possui granulometria fina com tamanho dos grãos variando de 0,04 a 0,22mm. Seus grãos são subédricos, formando contato curvo com a microclina. Min e r a is opa c os Constituem as fases acessórias. Possuem granulometria fina, variando de 0,1 a 0,16mm. Seus grãos são anédricos, em geral formando contato curvo com a biotita. 66 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1624 6 - NOME DA ROCHA Milonito granítico 7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS 8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE Local Data de elaboração Data da última revisão Analista Salvador (UFBA) 28/ 02/ 2011 19/ 04/ 2011 Danilo de Souza Santos 9 - FOTOMICROGRAFIAS Foto – Aspecto geral da rocha. Nicóis cruzados. Foto – Microclina em contato curvo com quartzo e Cominuição de grãos. Nicóis cruzados Foto – Pertita em flâmulas associada a microclina. Nicóis cruzados 67 Nº da Amostra / Laboratório Ficha de Descrição PETROGRÁFICA NS 1625 1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO No de Campo Latitude 5/61 Nº do Ponto Longitude 8815773 Nome da Folha Geográfica (IBGE) 494453 SC.24-O-IV Euclides da Cunha Referências do Ponto 457 Tipo Litológico Gnaisse Nome do Corpo Complexo Uauá 2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP X BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais 3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS Macroscopicamente – A rocha apresenta pórfiros de feldspato alcalino na forma de augen. Microscopicamente – A rocha é inequigranular, sua granulometria varia de 0,02 a 1,04mm com matriz compondo cerca de 75% da rocha em meio a porfiroclástos de Plagioclásio, Microclina e Hornblenda. As texturas ocorrentes são: textura de cominuição, pertítica, mimerquítica e granoblástica granular. MINERAIS PARÂMETROS % QAP Quartzo 38 Anfibólio 28 Q A P TOTAL Plagioclásio 20 K-feldspato 8 Biotita 6 Apatita <1 Zircão <1 Opacos <1 Q (A+P) M 58 12 30 100 Q A+P M TOTAL 38 28 34 100 5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS Q ua r t zo O quartzo representa cerca de 38% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina e tamanho dos grãos variando de 0,04 a 0,9mm. Seus grãos são predominantemente xenoblásticos, geralmente estirados em contato curvo com a biotita e o plagioclásio. 68 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1625 Anf i bó li o – Hor nb le n da Representa por volta de 28% do volume da rocha. Pleocróico, com coloração variando de marrom a verde escuro. Possui granulometria fina a média, variando de 0,08 a 1,06mm. Quanto à forma, os grãos são predominante subidioblásticos, geralmente em contato curvo com o quartzo, ocorrendo associado com a biotita e minerais opacos. Apresenta inclusões de apatita. P la g ioc lá s i o Compõe em média 20% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina a média cujos grãos possuem tamanho variando de 0,64 a 1,02mm. Quanto à forma, os grãos são predominantemente xenoblásticos, geralmente apresentando contato cerrilhado com a hornblenda. Os grãos ocorrem também saussuritizados e sericitizados. Não foi possível a determinação do tipo de plagioclásio em função da ausência de seções com geminação segundo a Lei Albita. K - f e ld s pa t o – Mic r oc l ina Perfaz em torno de 8% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina, cujos grãos possuem tamanhos variando de 0,1 a 0,44mm. Os grãos são predominantemente xenoblásticos em contato curvo com o quartzo. Apresenta geminação incipiente, segundo a Lei AlbitaPericlina. Biot it a Representa em torno de 6% do volume da rocha. Pleocróico, com coloração variando de amarelo a verde escuro. Apresenta granulometria fina com tamanho dos grãos variando de 0,06 a 0,38mm. Seus grãos são predominantemente subidioblásticos, geralmente associados a hornblenda e opacos. Apa t it a Ocorre na fase acessória. Sua granulometria é fina com tamanho dos grãos variando de 0,06 a 0,14mm. Os grãos são predominantemente anédricos, geralmente ocorrendo como inclusões em quartzo e em hornblenda. Zir c ã o Ocorre na fase acessória. Apresenta pleocroísmo fraco, incolor a marrom pálido em luz plano-polarizada. Possui granulometria fina com tamanho dos grãos variando de 0,06 a 0,16mm. Seus grãos, em geral são euédricos, formando contato retilíneo com a biotita. Min e r a is opa c os Compõem a fase acessória. Possuem granulometria fina a média, variando de 0,08 a 1,5mm. Seus grãos são subédricos, em geral em contato retilíneo com a hornblenda. Ocorre com inclusões de apatita. 6 - NOME DA ROCHA Milonito granodiorítico 7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS 69 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1625 8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE Local Data de elaboração Data da última revisão Analista Salvador (UFBA) 28/ 02/ 2010 19/ 04/ 2011 Danilo de Souza Santos 9 - FOTOMICROGRAFIAS Foto – Aspecto geral da rocha. Luz Plana. Foto – Textura granoblástica granular e contato retilíneo de quartzo com plagioclásio. Nicóis cruzados Foto – Pertita em flâmulas. Nicóis cruzados. Foto – Mimerquita em contato curvo com microclina e com quartzo. Nicóis cruzados. 70 Nº da Amostra / Laboratório Ficha de Descrição PETROGRÁFICA NS 1627 1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO No de Campo Latitude 5/63 Nº do Ponto Longitude 8807893 Nome da Folha Geográfica (IBGE) 494593 SC.24-O-IV Euclides da Cunha Referências do Ponto 460 Tipo Litológico Nome do Corpo Granito/Granid. Gnássico Complexo Uauá 2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP X BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais 3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS Macroscopicamente – A rocha apresenta textura fanerítica fina a média. Sua textura sugere fusão parcial/ migmatização. Microscopicamente – Inequigranular, cuja granulometria varia de 0,01 a 3,8mm, com matriz constituindo cerca de 20% da rocha, com clastos de feldspatos alcalinos e plagioclásios lentiformes ou arredondados. Texturas presentes: cominuição de grãos, pertítica, lepidoblástica e sombra de pressão. MINERAIS PARÂMETROS % QAP Plagioclásio 38 Q A K-feldspato 30 Quartzo 27 Biotita 5 Apatita <1 Zircão <1 Opacos <1 P TOTAL Q (A+P) M 28 32 40 100 Q A+P M TOTAL 27 68 5 100 71 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1627 5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS P la g ioc lá s i o Compõe cerca de 38% do volume da rocha. Sua granulometria é fina, com tamanho dos grãos variando de 0,02 a 0,44mm. Os grãos predominantemente xenoblásticos geralmente em contato curvo com a biotita. Apresenta aspecto turvo, por vezes oriundo, visívelmente, dos processos de sericitização e saussuritização. Às vezes contém inclusões de quartzo arredondadas. Não foi possível determinar o teor de anortita, pois a geminação dos grãos de plagioclásio foi destruída por processos de alteração hidrotermal. Q ua r t zo Representa em torno de 27% do volume da rocha. Sua granulometria é fina e varia de 0,02 a 0,44mm. Os grãos são predominantemente xenoblásticos em contato curvo com o plagioclásio e com a biotita. Muitos grãos estão estirados indicando para atuação do metamorfismo dinâmico. K - f e ld s pa t o – O r t oc lá s io Constitui em média 25% do volume da rocha. Apresenta granulometria média com tamanho dos grãos variando de 1,02 a 3,8mm. Ocorre predominantemente anédrico, em geral em contato curvo com a biotita. K - f e ld s pa t o – Mic r oc l ina Compõe cerca de 5% do volume da rocha. Sua granulometria é fina e varia de 0,63 a 0,65mm. Ocorre predominantemente xenoblástico em contato serrilhado com a biotita e com o quartzo. Apresenta geminação segundo a Lei Albita-Periclina. Biot it a Representa por volta de 5% do volume da rocha. Apresenta pleocrísmo variando amarelo a verde escuro. Sua granulometria é fina e varia de 0,02 a 0,34mm. Ocorre predominantemente subidioblástico em contato curvo com o quartzo e o plagioclásio. Apa t it a Constitui fases acessórias. Apresenta granulometria fina com tamanho dos grãos variando de 0,2 a 0,52mm. Forma ex-solução, provavelmente de monazita. Ocorre predominantemente anédrico em contato curvo com o plagioclásio. Zir c ã o Compõe as fases acessórias. Incolor em luz plana. Apresenta granulometria fina, variando de 0,02 a 0,04mm. Seus grãos são, em geral, subédricos em contato retilíneo com a biotita. Ocorre também como inclusão na biotita, formando halos pleocróicos. Min e r a is opa c os Ocorrem como fases acessórias. Apresentam granulometria fina com tamanho dos grãos variando de 0,01 a 0,06mm. Em geral, ocorrem associados a matriz. Seus grãos são predominantemente subédricos em contato retilíneo com o quartzo. 72 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1627 6 - NOME DA ROCHA Proto-milonito Granítico 7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS 8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE Local Data de elaboração Data da última revisão Analista Salvador (UFBA) 14/ 12/ 2010 26/ 01/ 2011 Danilo de Souza Santos 9 - FOTOMICROGRAFIAS Foto – Aspecto geral da rocha e textura milonítica. Nicóis cruzados. Foto - Cominuição de grãos. Nicóis cruzados. Foto – Plagioclásio bastante sericitizado indicando para atuação de hidrotermalismo de alto grau. Nicóis cruzados. 73 Nº da Amostra / Laboratório Ficha de Descrição PETROGRÁFICA NS 1628 1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO No de Campo Latitude 5/64 Longitude 8805892 Nº do Ponto Nome da Folha Geográfica (IBGE) 495021 SC.24-O-IV Euclides da Cunha Referências do Ponto 461 Tipo Litológico Nome do Corpo Granito/ Granodiorito Complexo Uauá 2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra BRA LD LP Brita X Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP X BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores , Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais 3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS Macroscopicamente – Apresenta textura fanerítica, fina a média, cor cinza-róseo com pequenos augen de quartzo e feldspato. Microscopicamente – Inequigranular, com granulometria variando de 0,01 a 4,5mm. A matriz perfaz cerca de 60% do volume da rocha com clastos de plagioclásio e feldspato alcalino, arredondos ou lentiformes. Texturas presentes: mimerquítica, matriz de cominuição, sombra de pressão, pertítica, antipertítica e lepidoblástica. MINERAIS PARÂMETROS % QAP Plagioclásio 40 K-feldspato 32 Q A Quartzo 21 Biotita 7 Apatita <1 Zircão <1 Opacos <1 P TOTAL Q (A+P) M 23 34 43 100 Q A+P M TOTAL 21 72 7 100 5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS P la g ioc lá s i o Representa cerca de 40% do volume da rocha. Sua granulometria varia de fina a média com tamanho dos grãos variando de 0,12 a 2,27mm. Os grãos são em geral anédricos em contato curvo com a biotita. Não foi possível determinar o teor de anortita em função da geminação dos grãos de plagioclásio estar parcialmente destruída por processos de alteração hidrotermal. 74 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1628 Q ua r t zo Representa cerca de 21% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina com tamanho variando de 0,01 a 0,25mm. Seus grãos estão presentes exclusivamente na matriz de cominuição e no geral são xenoblásticos em contato curvo com a biotita e serrilhado com o plagioclásio. K - f e ld s pa t o – O r t oc lá s io Compõem cerca de 18% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina a média, variando de 0,01 a 1,12mm. Seus grãos são predominantemente xenoblásticos em contato curvo com a biotita. K - f e ld s pa t o - Mic r oc l ina Constitui em torno de 14% do volume da rocha. Sua granulometria é fina a média e varia de 0,12 a 1,32mm. Seus grãos são, em geral, xenoblásticos em contato curvo com o quartzo. Biot it a Representa em torno de 7% do volume da rocha. Apresenta pleocroísmo variando de amarelo a verde escuro. Sua granulometria varia de fina a média, com tamanho dos grãos variando de 0,03 a 4,5mm. Seus grãos são predominantemente xenoblásticos em contato curvo com o quartzo e o plagioclásio. Apa t it a Ocorre como fase acessória. Sua granulometria é fina e varia de 0,04 a 0,12mm. Em geral seus grãos são subédricos. Zir c ã o Constitui as fases acessórias. Incolor em luz plana apresenta granulometria fina, variando de 0,02 a 0,06mm. Em geral, seus grãos são anédricos em contato curvo com a biotita. Min e r a is opa c os Compõem as fases acessórias. Apresentam granulometria fina variando de 0,04 a 0,3mm, com grãos, em geral, xenoblásticos em contato curvo com os grãos de plagioclásio. 6 - NOME DA ROCHA Milonito granítico. 7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS 8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE Local Data de elaboração Data da última revisão Analista Salvador (UFBA) 25/ 11/2010 26/ 01/ 2011 Danilo de Souza Santos 75 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1628 9 - FOTOMICROGRAFIAS Foto – Aspecto geral da rocha em luz natural. Foto – Textura milonítica e cominuição dos grãos com nicóis cruzados. Foto – Sombra de pressão. Nicóis cruzados. Foto – Antipertita em porções. Nicóis cruzados. 76 Nº da Amostra / Laboratório Ficha de Descrição PETROGRÁFICA NS 1629 1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO No de Campo Latitude 5/83 Nº do Ponto Longitude 8821451 Nome da Folha Geográfica (IBGE) 498695 SC.24-O-IV Euclides da Cunha Referências do Ponto 462 Tipo Litológico Nome do Corpo Porção félsica do gnáisse Complexo Uauá 2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP X BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais 3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS Macroscopicamente – Porção félsica do gnáisse. Apresenta coloração rosa e com granulometria fina a média. Microscopicamente – A rocha é inequigranular. O tamanho dos grãos varia de 0,9 a 3,23mm. A rocha apresenta matriz perfazendo apenas cerca de 25% do seu volume, com pórfiros de plagioclásio, microclina, ortoclásio e hiperstênio. As texturas ocorrentes são: pertítica, mimerquítica e cominuição de grãos. MINERAIS PARÂMETROS % QAP K-feldspato 51 Q A Quartzo 26 Plagioclásio 19 Piroxênio 4 Apatita <1 Zircão <1 Opacos <1 P TOTAL Q (A+P) M 27 53 20 100 Q A+P M TOTAL 26 70 4 100 5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS K - f e ld s pa t o – Mic r oc l ina Compõe cerca de 39% do volume da rocha. Sua granulometria varia de fina a média, com tamanho dos grãos variando de 0,28 a 3,23mm. Seus grãos são predominantemente xenoblásticos, formando contato curvo com os grãos de quartzo e de piroxênio (hiperstênio). Ocorrem também saussuritizados. 77 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1629 Q ua r t zo Constitui por volta de 26% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina cujos grãos possuem tamanho variando de 0,04 a 0,2mm. Quanto à forma, os grãos são predominantemente xenoblásticos e estão em contato interdigitado com o plagioclásio e curvo com a microclina. P la g ioc lá s i o Compõe em média 19% do volume da rocha. Quanto à granulometria é fina a média, com tamanho dos grãos variando de 0,52 a 1,08mm. Seus grãos são predominantemente xenoblásticos, geralmente formando contato serrilhado com a microclina. Os grãos ocorrem bastante saussuritizados, indicando para alto grau de hidrotermalismo. Não foi possível determinar o teor de anortita em função da ausência de geminação albita adequada devido a alteração dos cristais de plagioclásio. K - f e ld s pa t o – O r t oc lá s io Representa em torno de 12% do volume da rocha. Sua granulometria varia de fina a média, com tamanho dos grãos variando de 0,18 a 1,03mm. Os grãos são predominantemente xenoblásticos, formando as pertitas. Geralmente ocorre em contato curvo com o plagioclásio. P ir ox ê n io – Hi pe r s t ê ni o Representa por volta de 4% do volume da rocha. Levemente pleocróico com coloração verde pálido. Possui granulometria fina a média, variando de 0,51 a 1,18mm. Quanto à forma, os grãos são predominante xenoblásticos e estão em contato curvo com os grãos de quartzo e de microclina. Os grãos, em geral, apresentam borda de reação e estão bastante alterados. Apa t it a Constitui as fases acessórias. Apresenta granulometria fina e tamanho dos grãos variando de 0,02 a 0,04mm. Os grãos são predominantemente subédricos, geralmente ocorrendo como inclusões na microclina. Zir c ã o Ocorre como fase acessória. Incolor em luz plana. Possui granulometria fina com tamanho dos grãos variando de 0,04 a 0,14mm. Seus grãos são subédricos, ocorrendo como inclusão no hiperstênio. Min e r a is opa c os Compõem as fases acessórias. Possuem granulometria fina, variando de 0,02 a 0,06mm. Seus grãos são predominantemente anédricos, geralmente associados a matriz. 6 - NOME DA ROCHA Proto-milonito granítico 7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS 78 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1629 8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE Local Data de elaboração Data da última revisão Analista Salvador (UFBA) 25/ 11/ 2010 13/ 01/ 2011 Danilo de Souza Santos 9 - FOTOMICROGRAFIAS Foto – Aspecto geral da rocha. Nicóis cruzados. Foto – Pertita em flâmulas associada a microclina. Nicóis cruzados Foto – Plagioclásio bastante sericitirado e saussuritizado. Nicóis cruzados. 79 Nº da Amostra / Laboratório Ficha de Descrição PETROGRÁFICA NS 1634 1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO No de Campo Latitude 5/70 Longitude 8799160 Nº do Ponto Nome da Folha Geográfica (IBGE) 480714 SC.24-O-IV Euclides da Cunha Referências do Ponto 467 Tipo Litológico Nome do Corpo Granito/ Granodiorito Complexo Uauá 2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra BRA LD LP Brita X Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP X BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais 3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS Macroscopicamente – Apresenta cor cinza, isotrópico, com granulometria fina a média. Microscopicamente – A rocha é inequigranular. Possui granulometria variando de 0,01 a 1,64mm. Texturas ocorrentes: mimerquítica, pertítica e subidiomórfica. MINERAIS PARÂMETROS % QAP Plagioclásio 56 Q A K-feldspato 29 P TOTAL Quartzo 10 Biotita 5 Apatita <1 Zircão <1 Opacos <1 Q (A+P) M 11 30 59 100 Q A+P M TOTAL 10 85 5 100 5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS P la g ioc lá s i o – O lig oc lá s io Representa em torno de 56% do volume da rocha. Sua granulometria é fina a média e varia de 0,58 a 1,44mm. O teor de anortita varia é 13%. Apresenta grãos geralmente subédricos em contato retilíneo com o quartzo e curvo com a biotita. Os grãos sofreram processo de saussuritização. 80 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1634 K - f e ld s pa t o - Mic r oc l ina Compõe em média 22% do volume da rocha. Sua granulometria é fina a média com tamanho dos grãos variando de 0,64 a 1,20mm.Os grãos são predominantemente anédricos, formando contato curvo com o quartzo. Apresenta geminação segundo a Lei Albita-Periclina. Q ua r t zo Constitui em média 10% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina com tamanho dos grãos variando de 0,05 a 0,9mm. Ocorre, em geral, anédrico em contato curvo e retilíneo com o plagioclásio. K - f e ld s pa t o - O r t oc lá s io Representa cerca de 7% do volume da rocha. Sua granulometria é média e varia de 1,20 a 1,33mm. É pertítico e alguns grãos estão parcialmente microclinizados. Os grãos, em geral, são anédricos em contato curvo com o plagioclásio e com o quartzo. Biot it a Compõe em torno de 5% do volume da rocha. Apresenta pleocrísmo variando de amarelo a verde escuro. Sua granulometria é fina e varia de 0,01 a 0,64mm. Em geral, seus grãos são subédricos em contato retilíneo com o quartzo. Apresenta inclusões de zicão formando halos pleocróicos. Alguns grãos estão cloritizados. Ocorre também grãos parcialmente substituídos por moscovita paralelamente as clivagens. Apa t it a Ocorre como fase acessória. Apresenta granulometria fina, variando de 0,04 a 0,14mm. Seus grãos são predominante subédricos e ocorrem geralmente inclusos nos plagioclásios. Zir c ã o Compõe as fases acessórias. Marrom em luz natural. Possui granulometria fina, variando de 0,1 a 0,14mm. Seus grãos são, em geral, subédricos. Min e r a is O pa c os Constituí fase acessória. Apresentam granulometria fina a média, variando de 0,12 a 1,64mm. Os grãos são predominantemente subédricos geralmente em contato curvo com a biotita. 6 - NOME DA ROCHA Quartzo Monzodiorito 7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS A presença de grãos de plagoclásio com tendência subédrica contendo quartzo e/ou mimerquita sugere uma ordem de cristalização. Também pode-se verificar esta ordem de cristalização pela presença de restos de plagioclásio corroídos com inclusões em microclina. 81 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1634 8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE Local Data de elaboração Data da última revisão Analista Salvador (UFBA) 02/ 09/ 2010 13/ 01/ 2011 Danilo de Souza Santos 9 - FOTOMICROGRAFIAS Foto – Aspecto geral da rocha em ortoscópio. Foto – Biotita cloritizada alterando para moscovita. Luz natural. Foto – Pertita em flâmulas em contato com mirmequita e microclina geminada segundo a Lei Albita Periclina. Nicóis cruzados. 82 Nº da Amostra / Laboratório Ficha de Descrição PETROGRÁFICA NS 1635 1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO No de Campo Latitude 8/71 Nº do Ponto Longitude 8795674 Nome da Folha Geográfica (IBGE) 483745 SC.24-O-IV Euclides da Cunha Referências do Ponto 469 Tipo Litológico Nome do Corpo Granito-gnaisse migmatítico Complexo Uauá 2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP X BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Quími ca de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais 3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS Macroscopicamente – Apresenta textura fanerítica fina a média, com estrutura indicando para processo de migmatização. Microscopicamente – Inequigranular, com granulometria variando de 0,01 a 2,7mm. Texturas presentes: pertítica em flâmula, cominuição de grãos, xenoblástica e lepidoblástica. MINERAIS PARÂMETROS % QAP Plagioclásio 37 Q A K-feldspato 32 P TOTAL Quartzo 25 Biotita 6 Titanita <1 Apatita <1 Zircão <1 Opacos <1 Q (A+P) M 27 34 39 100 Q A+P M TOTAL 25 69 6 100 83 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1635 5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS P la g ioc lá s i o Representa cerca de 37% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina a média, variando de 0,19 a 2,7mm. Seus grãos são predominantemente xenoblásticos em contato curvo com o quartzo e a biotita. Em geral os grãos sofreram processo de suassuritização e sericitização, impossibilitando a determinação do teor de anortita. Q ua r t zo Constitui em média 25% do volume da rocha. Apresenta granulometria variando de fina a média e tamanho dos grãos de 0,6 a 1,1mm. Os grãos são predominantemente xenoblásticos. K - f e ld s pa t o - O r t oc lá s io Constitui em torno de 17% do volume da rocha. Sua granulometria é fina a média e varia de 0,72 a 1,82mm. Seus grãos são predominantemente xenoblásticos em contato curvo com os grãos de quartzo. k - f e lds pa t o - Mic r oc li na Compõe por volta de 15% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina a média, variando de 0,7 a 2,2mm. Em geral, seus grãos são xenomórficos em contatos curvo e serrilhado com os grãos de quartzo. Apresenta geminação segundo a Lei Albita-Periclina. Biot it a Representa cerca de 6% do volume da rocha. Apresenta pleocroísmo variando de amarelo a verde escuro. Sua granulometria é fina e varia de 0,04 a 0,88m. Seus grãos são, em geral, subidioblásticos em contato curvo com o quartzo e o plagioclásio. E s f e no ( t it a nit a ) Ocorre como fase acessória. Pleocróico, com coloração variando de marrom claro a marrom escuro. Apresenta granulometria fina, variando de 0,06 a 0,08mm. Seus grãos, em geral, são anédricos, associados a apatita. Apa t it a Ocorre como fase acessória. Apresenta granulometria fina, variando de 0,06 a 0,08mm. Seus grãos, em geral, são euédricos. Zir c ã o Compõe as fases acessórias. Marrom em luz plana. Sua granulometria é fina e varia de 0,06 a 0,1mm. Os grãos, em geral, são subédricos em contato curvo com a biotita. Alguns grãos apresentam zoneamento. Min e r a is opa c os Constituem as fases acessórias. Apresentam granulometria variando de 0,04 a 0,23mm. Seus grãos são predominantemente subédricos. Estão parcialmente substituídos por titanita nas bordas indicando ser enriquecido em titânio, provavelmente ilmenita ou ilmenomagnetita. 84 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1635 6 - NOME DA ROCHA Proto-milonito granítico 7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS 8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE Local Data de elaboração Data da última revisão Analista Salvador (UFBA) 28/ 09/ 2010 26/ 01/ 2011 Danilo de Souza Santos 9 - FOTOMICROGRAFIAS Foto – Aspecto geral da rocha, com concentração de biotita. Luz natural. Foto – Ortoclásio pertítico parcialmente microclinizado. Nicóis cruzados. Foto – grãos cominuídos – clastos de plagioclásio em meio a matriz de cominuição/ recristalização metamórfica. Nicóis cruzados. 85 Nº da Amostra / Laboratório Ficha de Descrição PETROGRÁFICA NS 1647 1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO No de Campo Latitude 5/83 Nº do Ponto 489 Tipo Litológico Longitude 8825297 Nome da Folha Geográfica (IBGE) 482619 SC.24-O-IV Euclides da Cunha Referências do Ponto Quaititú Nome do Corpo Granito-gnaisse fino do Quaitito Complexo Uauá 2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP X BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais 3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS Macroscopicamente – Apresenta granulação fina e bandamento gnássico. Microscopicamente – Equigranular. Possui granulometria variando de 0,01 a 0,64mm. Texturas ocorrentes: subidiomórfica e holocristalina. MINERAIS PARÂMETROS % QAP Quartzo 42 Q A Plagioclásio 36 P TOTAL Biotita 22 Titanita <1 Apatita <1 Zircão <1 Opacos <1 Q (A+P) M 54 0 46 100 Q A+P M TOTAL 42 36 22 100 5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS Q ua r t zo Representa cerca de 42% do volume da rocha. Sua granulometria é fina e varia de 0,01 a 0,41mm. Seus grãos são predominantemente subédricos em contato curvo com o plagioclásio. 86 Nº da Amostra / Laboratório Ficha de Descrição PETROGRÁFICA NS 1647 P la g ioc lá s i o - O lig oc lá s io Compõe em média 36% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina, variando de 0,31 a 0,64mm. O teor de anortita medido foi 12%. Seus grãos são predominantemente subédricos e estão em contato curvo com os grãos de quartzo. Biot it a Constitui em torno de 22% do volume da rocha. Apresenta pleocroísmo variando de amarelo a verde escuro. Sua granulometria é fina e varia de 0,03 a 0,5mm. Seus grãos são, geralmente, subédricos, com contatos curvo e retilíneo com o quartzo. E s f e no ( T it a nit a ) Ocorre como fase acessória. Pleocróico, com cor variando de marrom claro a marrom escuro. Sua granulometria é fina e varia de 0,01 a 0,14mm. Seus grãos, em geral, são anédricos, associados a apatita e a biotita. Por vezes ocorrem nas bordas de minerais opacos substituindo-os parcialmente. Apa t it a Constitui as fases acessórias. Sua granulometria é fina e varia de 0,06 a 0,12mm. Seus grãos, em geral, são subédricos em contato retilíneo com o quartzo. Zir c ã o Compõe as fases acessórias. Incolor em luz plana. Possui granulometria fina, variando de 0,04 a 0,1mm. Seus grãos são subédricos em contato curvo com a biotita e com o quartzo. Min e r a is opa c os Ocorrem como fases acessórias. Apresentam granulometria fina, variando de 0,04 a 0,28mm. Seus grãos são, em geral, euédricos em contato retilíneo com os grãos de quartzo. 6 - NOME DA ROCHA Biotita-Tonalito. 7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS É uma rocha claramente ígnea, sem metamorfismo importante. 8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE Local Data de elaboração Data da última revisão Analista Salvador (UFBA) 25/ 11/ 2010 26/ 01/ 2011 Danilo de Souza Santos 87 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1647 9 - FOTOMICROGRAFIAS Foto – Aspecto geral da rocha. Luz natural. Foto – Agregados de titanita e biotia. Luz natural. Foto – Contatos curvo e retilíneo da biotita com o quartzo. Nicóis Cruzados. 88 Nº da Amostra / Laboratório Ficha de Descrição PETROGRÁFICA NS 1648 1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO No de Campo Latitude 5/84 Nº do Ponto 490 Tipo Litológico Longitude 8830309 Nome da Folha Geográfica (IBGE) 486171 SC.24-O-IV Euclides da Cunha Referências do Ponto Ruylândia Nome do Corpo Granito-ganisse M-G Complexo Uauá 2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra BRA LD LP Brita Pó AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb SP X BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais 3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS Macroscopicamente – Apresenta textura fanerítica fina a média, com alternância de faixas ricas em feldspato ou quartzo. Microscopicamente – Inequigranular, com granulometria variando de 0,01 a 1,2mm. Texturas ocorrentes: pertítica mimerquítica, cominuição de grãos e lepidoblástica. A rocha apresenta um bandamento gnáissico incipiente e descontínuo com bandas de biotita alternadas com porções quartzo feldspáticas nas quais os grãos de quartzo e feldspatos estão alongados. Em geral a granulação média da rocha se situa em torno de 1,2mm, porem existem porções da mesma rocha em que ocorre cominuição e o tamanhos dos grãos atingem 0,02mm, caracterizando zonas onde a cominuição predomina em relação a recristalização. MINERAIS PARÂMETROS % QAP Quartzo 35 K-feldspato 33 Q A P TOTAL Plagioclásio 25 Biotita 7 Apatita <1 Zircão <1 Opacos <1 Q (A+P) M 38 35 27 100 Q A+P M TOTAL 35 58 7 100 89 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1648 5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS Q ua r t zo Representa cerca de 35% do volume da rocha. Sua granulometria é fina e varia de 0,04 a 0,80mm. Em geral, apresenta grãos xenoblásticos, fortemente estirados em contato curvo com a microclina. P la g ioc lá s i o Perfaz em torno de 25% do volume da rocha. Incolor ou turvo em luz plana, devido a sericitização incipiente a avançada. Apresenta granulometria fina, variando de 0,39 a 0,62mm. Não foi possível determinar o teor de anortita em função da geminação albita estar parcialmente destruída por processos de alteração hidrotermal. Seus grãos são, em geral, xenoblásticos, em contato curvo com o quartzo. K - f e ld s pa t o - O r t oc lá s io Constitui em média 17% do volume da rocha. Apresenta granulometria fina, variando de 0,24 a 0,62mm. Seus grãos são predominantemente xenoblásticos. K - f e ld s pa t o - Mic r oc l ina Compõe cerca de 16% do volume da rocha. Sua granulometria é fina a média e varia de 0,31 a 1,12mm. Seus grãos são predominantemente xenoblásticos. Biot it a Representa cerca de 7% do volume da rocha. Pleocróico, com coloração variando de amarelo a verde escuro. Possui granulometria fina, variando de 0,02 a 0,98mm. Seus grãos são predominantemente subidioblásticos, em geral estão em contato curvo com os grãos de quartzo e retilíneo com os grãos de plagioclásio. Apa t it a Ocorre na fase acessória. Sua granulometria é fina e varia de 0,01 a 0,1mm. Seus grãos são predominantemente subédricos em contato retilíneo com o plagioclásio. Zir c ã o Constitui a fase acessória. Incolor em luz plana. Sua granulometria é fina e varia de 0,04 a 0,06mm. Seus grãos, em geral, são anédricos e estão em contato curvo com a microclina. O pa c os Compõem a fase acessória. Apresentam granulometria fina, variando de 0,34 a 0,42mm. Seus grãos são subédricos em contato retilíneo com o plagioclásio. 90 Ficha de Descrição PETROGRÁFICA Nº da Amostra / Laboratório NS 1648 6 - NOME DA ROCHA Granito gnaisse 7 - CONSIDERAÇÕES PETROGRÁFICAS Parte dos grãos sofreram recristalização. No entanto a maior parte dos grãos são ígneos. 8 - HISTÓRICO DA ANÁLISE Local Data de elaboração Data da última revisão Analista Salvador (UFBA) 02/ 11/ 2010 26/ 01/ 2011 Danilo de Souza Santos 9 - FOTOMICROGRAFIAS Foto – aspecto geral da lâmina e textura xenoblástica. Nicóis cruzados. Foto – Cominuíção dos grãos e textura milonítica. Nicóis cruzados. Foto – Pertita em flâmulas. Nicóis cruzados. Foto – Mimerquita em contato curvo com pertita e com quartzo. 91