ESTUDO DE CASO : TROMBO PNEUMONIA 1 SUMÁRIO 1. HISTÓRICO ................................................................................................... 3 2. EXAME FÍSICO .............................................................................................. 3 2.2. Tórax anterior...................................................................................................................................... 4 2.3. Abdome anterior .................................................................................................................................. 4 2.4. Tórax posterior .................................................................................................................................... 4 3. MMSS............................................................................................................. 4 4. IMPRESSÕES SOBRE O PACIENTE ........................................................... 4 5. DIAGNOSTICO MEDICO ............................................................................... 5 6. MEDICAÇÃO EM USO .................................................................................. 5 7. EXAMES SOLICITADOS ............................................................................... 8 8. SÍNTESE DA FISIOPATOLOGIA ATUAL ..................................................... 9 9. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: .......................................................... 11 9.1. Problemas de enfermagem ................................................................................................................ 11 9.2. Necessidade humana básica afetada ................................................................................................ 11 9.3. Diagnóstico de Enfermagem ............................................................................................................. 11 9.4. Prescrição de enfermagem para cada diagnóstico:......................................................................... 12 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 14 2 1. Histórico A K F, paciente feminina, 19 anos, parda, , casada e dona de casa, fundamental incompleto (6a série), católica não praticante. Há 2 meses deu luz a gêmeos prematuros de 08 meses. Vive em casa de madeira de 3 cômodos, com o marido (com quem tem boa relação conjugal) e seus dois filhos. Residência possui água encanada e tratada, energia elétrica, rede de esgoto e coleta de lixo 3 vezes por semana.. Não vai a médico nem a dentista, procurando-os somente quando está doente. Procurou o serviço médico em decorrência de fortes dores reumáticas, já esteve internada em 2 outras ocasiões: uma recente para tratamento de anemia severa e outra há aproximadamente dois meses na ocasião do nascimento de seus filhos. Antes da internação fazia uso de medicação para controle da pressão arterial (HAS diagnosticada no sétimo mês de gravidez) três vezes ao dia (não se recorda qual medicamento). Realizava atividades domésticas de rotina (limpar a casa, cuidar das crianças, fazer comida), atividades estas que estão sendo realizadas por parentes. Não relata ter vícios (fumo, álcool). Antes da internação tinha 10 horas noturnas de sono sem uso de sedativos, não sentia necessidade de descanso durante o dia, acordava bem disposta e descansada. No hospital está tendo dificuldades para dormir e foi observada dormindo durante o dia. Relata ter descoberto a anemia após a gravidez. Conhece o curso crônico do reumatismo e diz que “tem que viver em tratamento pro resto da vida” sic. No momento está sentindo falta do convívio familiar. Relata comer bastante e em especial saladas e frutas, porém após a internação teve seu apetite diminuído, em parte devido às náuseas causadas pelos medicamentos e por não gostar da comida do hospital, tem se alimentado de bolachas e salgadinhos. Ingere pouca água e relata ter hábitos de eliminação normais, evacua uma vez ao dia, fezes consistentes e amarronzadas, depois da internação teve seus hábitos intestinais alterados com diminuição da eliminação. Tem bom padrão de higiene, toma banho diário, escova os dentes duas vezes ao dia. 2. Exame físico 2.1. Cabeça e pescoço Cabeça normocefálica arredondada e simétrica, sem lesões, galos ou sulcos. Couro cabeludo íntegro com excesso de oleosidade. Nódulos linfáticos não palpáveis. Narinas desobstruídas, sem desvio de septo, lesões ou pontos dolorosos, mucosa rósea normohidtratada. Seios paranasais sem sensibilidade a palpação. Cavidade oral sem uso de prótese, gengivas róseas e úmidas, presença de 32 dentes com oclusão imperfeita, mucosa oral rósea normohidtratada. Notada presença de saburra e lesões na região sub lingual. Voz denota cansaço e desânimo. Olhos brilhantes, simétricos, sem nistagno, pálpebras com oclusão e conjuntiva palpebral rósea, esclerótica branca. Pupilas isocóricas fotorreagentes. Acuidade visual normal e preservada seu uso de óculos. Orelhas alinhadas com os olhos, simétricas de cor idêntica a facial, presença de furos no lobo de ambas (uso de brincos), meato externo 3 com pequena quantidade de cerúmen. Audição normal. Face hipocorada arredondada (face em lua). Artérias carótidas com pulso rítmico e normal, sem presença de ruídos durante a ausculta. Traquéia reta, posicionada na linha média, tireóide não palpável. Tireóide não palpável e sem presença de ruídos à ausculta. Pescoço livremente móvel. Presença de cateter do tipo angiocath na jugular esquerda. 2.2. Tórax anterior Tom de pele homogêneo, levemente pálido, sem abaulamentos ou retrações, disposição simétrica de todas as estruturas, expansão simétrica com a inspiração. Murmúrios vesiculares na periferia dos pulmões e broco vesicular na ausculta realizada sobre o esterno. Freqüência 19 mr/m. Tosse seca sem eliminação de secreções. Pulsos supraclaviculares rítmicos e simétricos, pulso apical rítmico e freqüência normal. Bulhas cardíacas normofonéticas. Pressão arterial 120/60 mm/Hg. 2.3. Abdome anterior Contorno simétrico, arredondado (globoso), flácido com presença de estrias e levemente distendido. Ruídos Hidroaéreos ausentes em todos os quadrantes. Abdome sem sensibilidade dolorosa ao toque, cólon palpável. Fígado palpável, macio e firme. Sons timpânicos em quadrante superior esquerdo, direito e inferior direito; maciço no quadrante inferior esquerdo. Baco não palpável. 2.4. Tórax posterior simétrico, tom de pele levemente pálido, homogêneo, boa expansão torácica, coluna vertebral ereta, frêmito presente e igualmente intenso (simétrico). Lobos auscultados e normais. 3. MMSS Turgor elástico, massa muscular distribuída bilateralmente simétrica, mãos fracas, sem tremores. Mãos frias e secas, má perfusão periférica, presença de edema nas mãos. Pulsos radial e braquial rítmicos e fracos. 4. Impressões sobre o paciente Paciente indisposta, nervosa devido ao grande tempo de internação e poucas melhoras significativas no quadro clinico. Relata medo da necessidade de intervenção cirúrgica. 4 5. Diagnostico medico Vasculite. 6. Medicação em uso DIPIRIONA: Indicações: antipirético, analgésico, antiartrítica. Cuidados especiais: não usar em caso de gravidez, não amamentar até 48 horas após o uso do produto, não usar em crianças menores de três meses ou com menos de 5 Kg de peso, infecção respiratória crônica. Problemas hematológicos exigem avaliação do risco beneficio, uma vez que a dipirona tem grande tendência a causar discrasias sanguíneas. Reações adversas: ataques de asma em pacientes predispostos, diminuição acentuada de granulócitos, choque, reação na pele (do tipo alérgica) ou nas mucosas (em especial boca e garganta). Posologia: disponível na forma de comprimidos de 500 mg, ampolas de 1 e 2,5 g e em gotas para a administração em intervalos de 6 – 8 horas PREDNISONA: Indicações: antiinflamatório esteróide (imunossupressor), tratamento de distúrbios crônicos (inflamatórios, alérgicos, hematológicos, neoplásicos e autoimunes). Terapia de reposição ou complementação na insuficiência adrenal. Posologia: VO, adultos – 5 a 60 mg/dia em dose única ou em doses divididas; crianças – 0,14 mg/dia (4mg/m2), divididos em três doses. Contra indicações/Precauções: infecções sem controle ativas, (pode ser usado em pacientes em tratamento de meningite tuberculosa), amamentação (recomenda-se evitar o uso crônico). OMEPRAZOL: Indicações: inibidor da bomba de prótons, antiúlcera péptica, esofagite erosiva, úlcera duodenal, úlcera gástrica. Posologia: VO, adultos – 20 a 40 mg/dia, durante 4 – semanas. Doses maiores que 120 mg/dia devem ser fracionadas em 2 – 3 doses. Uso cuidadoso na gravidez. Reações adversas: rash, urticária, prurido, alopecia, boca seca, diarréia, dor abdominal, náusea, vômito, constipação, atrofia da língua, sintomas de insuficiência respiratória, epistaxe, cefaléia, tontura, antenia, insônia, apatia, parestesia, febre, dor nas costas. Contra indicações/precauções: hipersensibilidade. Cuidados de Enfermagem: VO: a medição deva ser administrada antes das refeições, as cápsulas n ao devem ser macerada ou mastigadas. IV: doses de 40 mg tem ação imediata (redução de 90% da acidez gástrica), deve ser diluído somente em solvente próprio, após diluído se mantêm estável por 4 horas, não deve ser infundido com outros medicamentos. 5 ÁCIDO FÓLICO: Indicações: antianêmico, na anemia megaloblastíca devido a deficiência de ácido fólico. Posologia: 0,25 – 1 mg/dia. Contra-indicações/precauções: anemia perniciosa, uso cuidadoso em anemias não diagnosticadas. Reações adversas: rash cutâneo, febre. Absorção/Excreção: quase completa no TGI, eliminada pela urina quase que totalmente na forma de metabólitos. METOCLOPRAMIDA: Indicações: antiemético. Posologia: IV: Puro ou diluído em solução glicosada ou SSI. Adultos: 10 – 20 mg/dia. Reações adversas: hipertensão transitória, náuseas, inquietação, sonolência, fadiga, insônia, distonia, tontura e ansiedade. LEVOFLOXACINO (IV): Indicações: antibacteriano sintético de amplo espectro. Posologia: no tratamento de bronquite crônica: 500 mg/dia durante 7 dias. Infecções da pele: 500 mg/dia durante 7 a 10 dias. Pneumonia: 500 mg/dia durante 7 a 14 dias. Contra-indicações/Precauções: uso cuidadoso em casos de disfunção renal e convulsão, hipersensibilidade, gestação ou lactação. Reações adversas: elevação de TGO e TGP, creatinina, náuseas, vômito, boca seca, dor abdominal, visão turva, cefaléia, tontura, insônia, fadiga, sonolência, depressão, rash e febre. Cuidados de enfermagem: durante a terapia o paciente deve receber hidratação adequada, IV: a droga deve ser armazenada em temperatura ambiente. RANITIDINA (IV): Indicações: anti úlcera péptica. Absorção/Excreção: IV: início da ação imediata, eliminação em 8 a 12 horas. Posologia/Tempo de infusão: IV: 50 mg a cada 6-8 horas, diluídas em 100 ml, administrada em 15-20 minutos. Contra-indicações/Precauções: uso cuidadoso em caso de disfunções hepática e renal. Reações adversas: rash cutâneo, alopecia, ginecomastia, impotência, perda da libido, aumento da TGP, constipação, diarréia, náusea, vômito e dor abdominal. Leucopenia, granulocitopenia, trombocitopenia, bancitopenia, flebite, artralgia, cefaléia, tontura, sonolência, insônia. Cuidados de enfermagem: a medicação deve ser administrada durante as refeições e antes de dormir, durante a terapia o paciente deverá receber hidratação adequada. Recomenda-se evitar tabagismo, bebidas alcoólicas, alimentos que irritem o aparelho digestivo e AAS. A solução se mantém estável durante 48 horas a temperatura ambiente após a diluição. SULFAMETOXAZOL + TRIMETROPINA/BACTRIN (IV): Indicações: antibacteriano, antiprotozoário. Usado no tratamento de bronquite crônica, infecção genital, infecção renal, infecção respiratória, 6 infecção urinária, otite média, pneumonia por Pneumocystis carinii. Profilaxia da toxoplasmose. Posologia/tempo de infusão: IV: infecção bacteriana – 40 a 50 mg/kg de peso por dia divididos em 2, 3, 4 doses/dia. A diluição é feita em 10 ml de soro glicosado 5% ou AD, deve ser infundido lentamente, não pode ser misturado com outras soluções. Contra indicações/precauções: uso cuidadoso em casos de disfunção hepática ou renal e em pacientes geriátricos. Reações adversas: rash dermatite esfoliante, fotossensibilidade, náusea, vômito, dor abdominal, cristalúria, agranulocitose, anemia aplástica, eosinofilia, trombocitopenia, hepatite medicamentosa, neuropatia periférica, anorexia, apatia, confusão, tontura, sonolência, depressão mental, psicose inquietação, síndrome de Stevens-Johnson, febre, superinfecção. Pacientes com AIDS tem uma incidência maior de todos as reações adversas. Cuidados Enfermagem: evitar exposição ao sol e fazer uso de roupas que protejam a pele e protetor solar, ingerir grande quantidade de água. Em idoso o risco de reações adversas graves está aumentado. TYLEX/CODEÍNA + PARACETAMOL (IV): PARACETAMOL: Indicações: analgésico e antitérmico. Contra indicações/reações adversas: hipersensibilidade. Uso cuidadoso nos casos de doença hepática grave, doença renal, alcoolismo crônico e desnutrição. Alterações no humor, anemia hemolítica, cansaço, coceira, cólica, confusão mental, dano hepático, diarréia, diminuição no volume da urina, dor ao urinar, dor abdominal febre, fraqueza, icterícia, inflamação na garganta sem causa aparente, náusea, vômito, perda do apetite, sangramento. CODEÍNA: Indicações: analgésico entorpecente usado no alivio da dor moderada e tratamento da tosse não produtiva. Posologia: dose máxima 120mg/dia. Contra indicações/precauções: hipersensibilidade, diarréia (as causadas por material tóxico), depressão respiratória, alcoolismo, instabilidade emocional, aumento da pressão intracraniana, arritmia, disfunção hepática ou renal, inflamação intestinal, hipertrofia e obstrução prostática, hipotiroidismo, cirurgias recentes no TGI e trato urinário e em pacientes com tendências suicidas. Reações adversas: parada cardíaca, choque, edema, arritmias, hipo ou hipertensão, rubor facial, taqui ou bradicardia, palpitações, erupção, rash, prurido, sensação de frio, redução da libido ou da potência, náuseas, vômitos, constipação, boca seca, íleo paralítico, espasmo biliar, espasmos ureterais, vesicais e esfincterianos, retenção urinaria, perda do apetite, perda do controle dos músculos/movimentos, diplopia e visão turva, depressão respiratória, broncoespasmo, edema e espasmo da laringe, respiração ofegante, apnéia, depressão do reflexo da tosse, estimulação do SNC, confusão, tontura, sensação de desmaio, convulsão, alucinação, depressão, letargia, euforia, delírio, insônia, sonolência, ansiedade, coma, cefaléia e tremor. Liberação da histamina, dependências física e psicológica. CETOPROFENO/PROFENID: Indicações: AINES, transtornos inflamatórios, artrite reumatóide e osteoartrite. Posologia/Tempo de infusão: 100 a 300mg/dia, infundidos lentamente durante 20 minutos. Contra-indicações/precauções: 7 hipersensibilidade. Reações adversas: ginecomastia, constipação, diarréia, dispepsia, náusea, vômito, desconforto abdominal, flatulência, cistite, hematúria, insuficiência renal, discrasias sanguíneas, aumento do tempo de sangramento, mialgia, anorexia, cefaléia, tontura e reações de hipersensibilidade. CLORETO DE POTÁSSIO (KCl 0,9%): Indicações: remineralizante, mantém o equilíbrio ácio-base, a isotonicidade e o equilíbrio eletrofisicocelular, essencial à transmissão de impulsos nervosos, contração dos músculos cardíaco, esquelético e liso, secreção gástrica, função renal, síntese tecidual e metabolismo de carboidratos. Usado em reposição e prevenção de deficiência. Posologia/Tempo de infusão: até 200 mEq/dia, a droga deverá ser administrada somente após diluída, deve ser infundida na concentração de soro glicosada 40-80mEq/l (não exceder 10-20mEq/h) Contraindicações/Precauções: hipercalemia, prejuízo renal grave e doença de Addison. Uso cuidadoso em casos de doença cardíaca, diabetes mellitus. Reações adversas: arritmias, alterações no ECG, irritação (IV), paralisia, parestesias, confusão, inquietação, fraqueza. NIFEDIPINA/ADALAT: hipotensor arterial. Posologia: VO, inicio da ação em 20 minutos, nível sanguíneo em 20 minutos e eliminação em 5 horas. Usado 10 mg 3 vezes ao dia, não excedendo a dose máxima de 60 mg/dia. Contraindicações/Precauções: hipersensibilidade e durante a gestação. Reações adversas: rubor, rush, dermatite, prurido, urticária, náusea, diarréia, constipação, diarréia, cólica, flatulência, cãibras musculares, rigidez articular, visão turva, tosse. 7. Exames solicitados HEMOGRAMA Eritrócito 28/08/04 31/08/04 02/08/04 06/09/04 10/09/04 13/09/04 3.210.000 2.930.000 4.470.000 4.590.000 4.530.000 4.700.000 Hemoglobina 7,2 6,5 11,1 11,4 11,2 1,8 VG 21,9 20,1 33,6 34,7 35,4 35,8 Leucócitos 8.000 12.900 23.500 16.000 15.700 18.500 Plaquetas 666.000 574.000 557.00 476.000 342.00 474.00 LEUCOGRAMA 8 8. Síntese da fisiopatologia atual Tromboflebite: Presença de coágulo associado a inflamação na veia. Fica evidenciada por edema (dor, calor, rubor), em volta da inserção ou ao longo da veia; pela imobilidade do membro devido ao desconforto, edema; pela lentidão do fluxo, febre, leucocitose e indisposição. O tratamento inclui a interrupção da infusão IV, aplicação de compressa quente, elevação do membro e punção em outro local no membro oposto. Quando há sinais de tromboflebite não lavar a linha EV. A troboflebite pode ser prevenida evitando-se o trauma no momento da punção, observando-se o local periodicamente, verificar quanto à existência de interação entre os medicamentos instalados IV.O sangue deve fluir por dentro dos vasos, sem interrupções. Entretanto, quando ocorre uma hemorragia, como num acidente, ou provocada por alguma doença , ou mesmo sangramentos controlados como os de qualquer cirurgia, o corpo lança mão de várias proteções que tentam controlar esta situação que coloca a vida em risco. A mais importante é o sistema de coagulação, quando ocorre para proteção. Mas em determinadas situações este sistema de coagulação pode ser desencadeado erroneamente e causar sérios problemas. Quando uma veia tem suas paredes doentes, como nas varizes, ou se o sistema que faz o sangue circular, a bomba venosa da panturrilha, está com pouca ação, como no repouso forçado por doenças ou viagens prolongadas, podem ocorrer as Tromboses Venosas. A Trombose Venosa pode ser superficial ou profunda. A superficial ocorre nos vasos da superfície do membro e a profunda nos vasos internos da perna Tromboflebite Superficial A trombose venosa pode ter várias causas, e entre elas , as Varizes. Quando ocorre uma coagulação de sangue dentro das veias superficiais, ela é chamada Tromboflebite Superficial ou Varicoflebite. Quando as veias dos membros estão dilatadas, como nas varizes, todo o processo de fluxo do sangue está comprometido . Podemos dizer de uma maneira simples, que quando o sangue não tem um bom fluxo pela veia, ele tem uma tendência a coagular, formando um coágulo, o trombo , dentro da veia. A tromboflebite Superficial é uma das complicações das varizes, ocorre a coagulação dentro do vaso, que interrompe a circulação como se fosse uma rolha. O paciente apresenta dor, vermelhidão e inchaço no trajeto das varizes. A Trombose Venosa Superficial, costuma ter um tratamento efetivo, mas o grande problema, é que embora raramente, o coágulo pode progredir através das veias superficiais para as veias profundas, ou pode, a partir das veias profundas, ou através de grandes veias superficiais , liberar pequenos pedaços de sangue coagulado, os êmbolos. Os êmbolos podem , através da circulação atingir o pulmão, e aí param, impedindo que a circulação ocorra e colocando a vida em risco. A progressão do Trombo para o pulmão é a chamada Embolia de Pulmão. Trombose Venosa Profunda 9 A Trombose Venosa Profunda , ou TVP, uma temível ocorrência, porque coloca em risco a vida do paciente. Pode ter várias causas, e uma delas é a presença de Varizes de Membros. É uma doença grave que se caracteriza pela formação de coágulos no interior das veias profundas da perna. Uma de suas principais conseqüências a curto prazo , a Embolia de Pulmão, pode levar à morte, prolongar ou complicar uma internação ou cirurgia e mesmo tornar o indivíduo inabilitado para a realização de determinadas atividades sociais e de trabalho, quando deixa o que chamamos de seqüelas. A chamada Síndrome Pós-Flebítica, que pode ocorrer alguns anos após a TVP. Caracteriza-se por inchaço da(s) perna(s), coloração escura e endurecimento da pele, eczema (alergia crônica da pele) e úlceras (feridas) que são devidas às alterações e cicatrizes deixadas pela TVP no sistema venoso. Determinadas pessoas possuem fatores de risco para adquirir a doença. Existem também situações que podem desencadear a doença, são as situações de risco. A presença de fatores individuais e situações de risco podem caracterizar o paciente como sendo de risco para o desenvolvimento da doença. Este risco é chamado de risco tromboembólico. Pneumonia: Consiste em uma inflamação do parênquima pulmonar de origem microbiana (bactérias, fungos, vírus, parasitas, entre outros). A pneumonia surge a partir da flora normalmente existente em um paciente cuja resistência foi alterada (imunodeprimido), também pode ser decorrente de microorganismos transportados pelo sangue que entram na circulação pulmonar. A pneumonia geralmente afeta a ventilação e a difusão, podendo ocorrer uma reação inflamatória que produz exsudato e interfere com a difusão. A pneumonia é comum com certas doenças subjacentes (insuficiência cardíaca congestiva – ICC, DPOC, diabetes, alcoolismo e AIDS) e os principais sintomas são: dispnéia, taquipnéia, dor torácica pleurítica, febre, calafrios, hemoptise, tosse e sons respiratórios diminuídos sobre a área afetada. Fatores de risco Fumo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos; Álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório; Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias; Resfriados mal cuidados; Mudanças bruscas de temperatura. Tratamento O tratamento das pneumonias requer o uso de antibióticos e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. A internação hospitalar pode fazer-se 10 necessária quando a pessoa é idosa, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases. 9. Diagnóstico de enfermagem: 9.1. Problemas de enfermagem Dor nas articulações Ingesta Hídrica Inadequada Insônia Ingesta Alimentar Inadequada Cianose em MMII Falta da família Acamada/dificuldade de movimentação Edema de MMII Punção Venosa Diminuição da eliminação intestinal Náusea/Vômito 9.2. Necessidade humana básica afetada Percepção dolorosa/Conforto Hidratação Sono e Repouso Nutrição Nutrição/Hidratação Regulação: Hidrossalina/Vascular Regulação Vascular Integridade Cutânea Liberdade/Auto-Estima Integridade Cutânea Segurança Regulação vascular Eliminação 9.3. Diagnóstico de Enfermagem Alteração do Conforto: Dor Distúrbio do padrão de sono Risco de desequilíbrio de volume de líquido Perfusão tecidual alterada: periférica Alteração na perfusão dos tecidos periféricos Dor relacionada à capacidade comprometida dos vasos periféricos de suprir os tecidos com oxigênio Risco de integridade cutânea comprometida relacionado à circulação comprometida. Dano potencial da integridade da pele Mobilidade física debilitada Risco para sentir-se solitário deambulação comprometida 11 Risco de infecção Isolamento social Deficiência do autocuidado: Hidratação Integridade tecidual debilitada Deficiência do autocuidado: Nutrição Perfusão tecidual alterada: periférica Nutrição alterada: menos que as necessidades corporais Risco de constipação Atuação como mãe alterado 9.4. Prescrição de enfermagem para cada diagnóstico: Verificação de sinais vitais a cada 4 horas Monitorar periodicamente as condições da punção venosa Administrar os medicamentos prescritos Acalmar a paciente Mudança de decúbito Massagem/estimulação cutânea Oferecer distração Manter a quarto em silêncio Orientar uma alimentação leve antes de dormir Proteger o local da punção Realizar os procedimentos de acordo com a técnica Estimular a ingesta hídrica Ofertar líquidos (chás, sucos) Orientar que a paciente se alimente, sem medo de sentir náusea Orientar a família sobre a alimentação mais adequada Tranqüilizar a paciente Baixar MMII até um nível inferior ao do coração Encorajar a quantidade moderada de deambulação ou exercícios graduados com o membro Desencorajar ficar em pé parado ou sentado por períodos prolongados Aconselhar, de varias maneiras, a evitar os distúrbio emocionais, tratamento do estresse Encorajar a prevenção contra cruzar as pernas Pedir o auxilio da família, explicando sobre a necessidade de apoio que a paciente necessita para plena e rápida recuperação Aquecer o local Fazer massagens que estimulem o retorno venoso Movimentação dos membros afetos Encorajar o uso de calcados protetores e acolchoamento para as áreas de pressão Utilizar a escala de avaliação da dor Orientar sobre uma dieta rica em fibras 12 Garantir uma adequada ingesta de líquidos Estimular a peristalse com massagens/ensinar a paciente a forma correta da massagem (movimentos circulares no sentido horário) 13 Bibliografia GUYTON E HALL. Tratado de Fisiologia Médica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. SILVA, Penildon. Farmacologia. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem. 3ª ed. Rio de Janeiro: EPUB, 2002. Guia de Remédios. 6ª ed. Escala: São Paulo: 2003. Dicionário de termos Técnicos de Saúde. Conexão: São Paulo 14