A EVOLUÇÃO DA MOEDA NO CONTEXTO HISTÓRICO

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A EVOLUÇÃO DA MOEDA NO CONTEXTO HISTÓRICO
RESUMO: O objetivo do trabalho é mostrar a evolução da moeda desde os
primeiros momentos das transações econômicas até os dias de hoje, e sua
importância na evolução econômica das nações, pois o fundamento de uma
economia de trocas depende basicamente da moeda. Neste trabalho foi utilizado
método de pesquisa bibliográfico, e procura mostrar um problema histórico e suas
contribuições culturais que o assunto implicou sobre a sociedade atual. Os
resultados indicam que as mudanças da moeda foram importantes para acompanhar
a evolução do sistema de produção. Conclui-se que sem essas mudanças a vida do
ser humano seria de forma primitiva, não teria evoluído tecnologicamente, nem
economicamente. Graças a essas mudanças, hoje é possível ter mais conforto e
comodidade ao fazer compras ou efetuar pagamentos.
PALAVRA- CHAVE: Moeda; sistema de troca; Economia.
ABSTRACT: The objective of this study is to show the evolution of money from the
first moments of economic transactions until the present day, and its importance in
economic development of nations, as the basis for an economy of exchange
depends basically on the money. In this study we used method of research literature,
and attempts to show a historical problem and their cultural contributions that the
matter involved on the society. The results indicate that currency changes were badly
needed for the evolution of humans, which continues gradually changing and
innovating all its economic environment. Concluded that without these changes
would be living in a primitive, we would not have evolved technologically or
economically. Thanks to these changes, today we have more comfort and
convenience in making purchases and making payments.
KEY-WORDS: currency, exchange system, economics.
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho pretende mostrar uma das invenções mais importantes e um dos
mais cruciais elementos da economia, a moeda e sua evolução histórica. Uma
persistente busca de instrumentos e instituições para satisfazer as três funções
clássicas exigidas da moeda: instrumento de troca, instrumento para dominação
comum de valores e instrumentos para reserva de valores.
As primeiras mercadorias-moeda não satisfaziam essas três funções. Já as
moedas metálicas, sobre esse ponto de vista, apresentam uma grande evolução, até
abordar o tema moeda ressalta que esta apresenta três funções específicas, sendo
estas a transação, precaução e especulação.
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Este trabalho fez uso do método de pesquisa bibliográfico, baseados
essencialmente em livros de economia. Para Fachin (2000), a pesquisa bibliográfica
procura mostrar um problema ou um tema, geralmente histórico, que foi publicado
em artigos e livros, e analisar as contribuições ou problemas culturais que
determinado assunto implicou sobre a necessidade atual.
De acordo com Pinto (2004), o método de pesquisa bibliográfico busca
explicar um problema através de teorias publicadas em livros ou obras do mesmo
gênero. O objetivo deste tipo de pesquisa é de conhecer e analisar as principais
contribuições teóricas existentes sobre um determinado assunto ou problema. Temse, portanto, um instrumento indispensável para qualquer pesquisa.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
No princípio, segundo Rossetti (1997), quando a divisão do trabalho começou
a ser praticada, estruturaram-se os primeiros sistemas de trocas baseadas no
escambo. Como não existia sistema monetário as trocas eram realizadas por
produto-produto ou serviço-serviço, ou seja, de forma direta. Aparentemente parecia
ser um sistema simples e eficiente mais apresentava inúmeras inconveniências, pois
o portador de determinado produto deveria encontrar alguém que necessitasse do
mesmo e dispusesse de um produto que lhe interessasse. Como se não bastasse a
obrigatoriedade de necessidades conhecidentemente inversas, ainda havia
necessidade de concordância entre os valores de trocas dos produtos.
O alto número de produtos disponíveis nos mercados dificultou a prática
rudimentar do escambo, como a dificuldade de se estabelecerem relações justas de
troca, ou de encontrar parceiros cujos desejos e personalidades coincidissem. Para
Rossetti (1997), foi exatamente esse o motivo de se atribuir valor às mercadorias,
surgindo, assim, as moedas mercadorias, que deveriam ser raras (tendo mais valor)
e atender uma necessidade geral.
Na medida em que esses produtos desempenham funções intermediárias de
trocas, e se tornam produtos com aceitação expressiva, o valor dos demais produtos
passou a ser medidos em relação a esses produtos padrões. Apesar de um avanço
em relação ao escambo, Lopes (2002) ressalta que as moedas-mercadoria não
conseguem atender à todas as funções de uma moeda, principalmente a de reserva
de valor, dada a sua condição de baixa durabilidade, indivisibilidade e difícil
transporte.
Por estes motivos foram desenvolvidos sistemas monetários baseados nos
metais. Os metais circulavam no mercado de forma diferenciada, sendo em lingotes,
barras e até mesmo in natura. De acordo com Hugon (1980), grande ênfase foi
dada a esse tipo de moeda no período mercantilista, meados do século XV a XVII.
Rossetti (1997) lembra que diferentes tipos de metais foram utilizados como moeda.
Como o ouro, a prata, o cobre, o bronze e o ferro, pois atendiam aos pré-requisitos
de serem raros, duráveis, fracionáveis e homogêneos, apresentando um grande
valor para um pequeno peso.
No entanto, por existir em abundância na natureza (novas descobertas) e a
descoberta de novas jazidas e o aperfeiçoamento do processo industrial de
fundição, esses metais foram perdendo valor, foram trocados pelo ouro e pela prata
que além de serem muito desejados por causa de sua beleza e dificuldade de
obtenção (raridade), o que aumentava seu valor, eram muito resistente e podiam ser
divididos em pequenas partes.
Lopes (2002) evidencia que o transporte do ouro e da prata não era fácil, pois
eram carregados em sacos, junto com balança para pesá-los na compra ou venda
de mercadorias. Por esse motivo surgiu as primeiras moedas, antes mesmo da era
cristã, a aproximadamente 2500 anos. Nestas eram inscritos seu peso e seu valor,
nome, desenho ou legenda de seus governantes, não eram totalmente de forma
redonda, com brasão em apenas um dos lados.
Complementarmente, Lopes (2002) ressalta que o transporte das moedas
tornou-se inconveniente, pois havia muito risco de roubo. Por esse motivo as
moedas foram deixadas com pessoas de confiança, pagando-se uma taxa para
deixá-las guardadas. Essas pessoas transformaram suas casas em locais seguros e
equipados e entregavam aos proprietários da moeda um recibo (moeda-papel), com
o qual pegariam suas moedas novamente. Essas foram denominadas casas de
custódia.
Conforme Rossetti (1997) o primeiro papel-moeda ou a primeira cédula foi
utilizada na China no século VII, há mais de mil anos. Com o passar do tempo, a
compra de mercadorias foi sendo efetuada com os recibos das casas de custódia,
não sendo necessário o comprador efetuar a troca de suas moedas. Essa forma de
pagamento se tornou muito comum, pois as notas (recibos) emitidas pela casa de
custódia tinha garantia e confiabilidade.
Rossetti (1997) lembra também que as casas de custódia começaram a se
aproveitar da situação promovendo empréstimos para a população através dos
recibos, porém desprovidos de lastro metálico, ou seja, não tinha essa quantidade
de moedas guardada para efetuar o pagamento. O valor das notas em circulação
passou a ser maior do que o número de moedas existentes, trazendo insegurança
às pessoas que pagavam com essas notas. Neste período os recibos passaram a
ser chamados de papel-moeda que foi uma das mais importantes e revolucionárias
etapas da evolução histórica da moeda.
Por causa dos riscos que as casas de custódia estavam trazendo, estas foram
impedidas de emitir papel-moeda e o poder público resolveu regulamentar a
emissão das notas bancárias. Após um longo processo evolutivo a emissão das
notas de cada país foi efetuada por uma única instituição bancária controlada pelo
governo, essas instituições foram denominadas bancos centrais. A moeda passa a
ser emitida pelos governos em 1901.
O papel-moeda não entrou em desuso, foi apenas aprimorado. A moeda
escritural passa a tomar espaço no mercado como instrumento monetário. Apesar
de ter menor liquidez alcançou aceitação e apresentou também processo evolutivo.
Dos cheques avança-se para o meio de pagamento magnético com cartões de
débito e de crédito, através de um confiável sistema informatizado que proporcionou
maior segurança e praticidade para consumidores e empresas de forma geral.
Todas essas mudanças foram de extrema importância para a evolução
econômica e social, por constituírem em facilitações ao comércio.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As mudanças e evoluções que a moeda apresentou foram de essencial
importância para as mudanças em nosso ambiente econômico. Pensando como
consumidor, foi graça a essa evolução que hoje há maior conforto ao realizar uma
compra ou pagamento, que pode ser feito até mesmo dentro de casa, por meio da
evolução da informática, que a cada dia surpreende mais.
O sistema monetário vem constantemente sendo aprimorando, podendo
formular novas possíveis formas de meios de pagamento, para facilitar ainda mais a
vida no cotidiano dos consumidores e as relações comerciais entre as empresas dos
diferentes segmentos produtivos e distantes mercados.
5 REFERÊNCIAS
FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2001.
HUGON, P. História das doutrinas econômicas. 14º ed. São Paulo: Atlas, 1980.
LOPES, J. do C. Economia Monetária. 8º Ed. São Paulo: Atlas, 2002.
PINTO, M. H. R. Manual de metodologia científica. Guarapuava: Faculdade Novo
Ateneu de Guarapuava, 2004.
ROSSETTI, J.P. Introdução á Economia. 17º Ed. São Paulo: Atlas, 1997.
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