Profº Fabiano - Aula03 - Platão

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Platão era filho
da aristocracia
ateniense.
Foi discípulo
de Sócrates.
Sua obra reflete o momento caótico
pelo qual passou Atenas no decorrer
de sua vida
A crise da sociedade ateniense está
ligada à guerra do Peloponeso, entre
Atenas e Esparta.
Após a morte de Sócrates,
Platão, desiludido com a
democracia ateniense viajou
para Siracusa.
Na volta a Atenas fundou sua
escola de filosofia a Academia.
A obra de Platão exerceu grande
influência sobre toda a filosofia
ocidental.
Vejamos aqui alguns conceitos
importantes para compreensão de
seu pensamento.
O Amor.
Para Platão, o desejo sexual
deveria ser controlado em
nome do bem maior do todo.
Esta idéia faz parte de sua
concepção de comunidade ideal.
Nesta concepção os desejos e os
talentos dos indivíduos devem ser
aproveitados para o bem de toda a
comunidade.
O conhecimento.
Como seu mestre Sócrates, Platão busca descobrir
as verdades essenciais das coisas. As coisas
devem ter um outro fundamento além do físico, e
a forma de buscar estas realidades vêm do
conhecimento.
Isto significa buscar a verdade no
interior do próprio homem
O conhecimento era
o conhecer do
próprio homem. Não
enquanto corpo, mas
enquanto alma.
O conhecimento tinha fins morais,
isto é, levar o homem à bondade e
à felicidade.
A Política
Os males não cessarão para os
humanos antes que a raça dos
puros e autênticos filósofos chegue
ao poder, ou antes, que os chefes
das cidades, por uma divina graça,
ponham-se a filosofar
verdadeiramente." (Platão, Carta
Sétima).
Esta afirmação de Platão deve
ser compreendida com base na
teoria do conhecimento, e
lembrando que o
conhecimento para Platão tem
fins morais.
Todo o projeto político platônico foi
traçado a partir da convicção de que a
Cidade-Estado ideal deveria ser
obrigatoriamente governada por alguém
dotado de uma rigorosa formação
filosófica.
O homem e a alma
O homem para Platão era dividido
em corpo e alma. O corpo era a
matéria e a alma era o imaterial e o
divino que o homem possuía.
Enquanto o corpo está em constante
mudança de aparência, a alma não
muda nunca. Desde quando
nascemos, temos a alma perfeita,
porém não sabemos.
As verdades essenciais estão inscritas
na alma eternamente, porém, ao
nascermos, nós as esquecemos, pois a
alma é aprisionada no corpo.
Para Platão a alma é divida em
três partes:
Racional: cabeça; esta tem que controlar
as outras duas partes. Sua virtude é a
sabedoria ou prudência (phrónesis).
Irascível: tórax; parte da impetuosidade,
dos sentimentos. Sua virtude é a coragem
(andreía).
Concupiscente: baixo ventre; apetite,
desejo, mesmo carnal (sexual), ligado ao
libido. Sua virtude é a moderação ou
temperança (sophrosýne).
Platão acreditava que a alma depois da
morte reencarnava em outro corpo,
mas a alma que se ocupava com a
filosofia e com o Bem, esta era
privilegiada com a morte do corpo. A
ela era concedida o privilégio de
passar o resto dos seus tempos em
companhia de Deus.
Platão acreditava que existiam três
espécies de virtudes baseadas na
alma, que corresponderiam aos
estamentos da pólis:
A primeira virtude era
a da sabedoria,
deveria ser a cabeça
do Estado, ou seja, o
governante, pois
possui caráter de ouro
e utiliza a razão.
A segunda espécie de
virtude é a coragem,
deveria ser o peito do
Estado, isto é, os
soldados ou guardiões
da pólis, pois sua alma
de prata é imbuída de
vontade.
A terceira virtude, a temperança, que
deveria ser o baixo-ventre do Estado, ou
os trabalhadores, pois sua alma de
bronze orienta-se pelo desejo das coisas
sensíveis.
A República
A República é um diálogo socrático escrito por Platão.
O tema central da obra é a justiça.
No decorrer da obra é imaginada uma república fictícia (a cidade de Callipolis, que
significa cidade bela) onde são questionados os assuntos da organização social
(teoria política e filosofia política).
Na parte central do diálogo, Platão trata do governo dos
filósofos e da visão do Bem, na famosa Alegoria da
Caverna.
A alegoria da
caverna.
Platão referia-se aos seus contemporâneos, com suas
crenças e superstições.
O filósofo era qual um fugitivo capaz
de fugir das amarras que prendem o
homem comum às suas falsas crenças
e, partindo na busca da verdade,
consegue apreender um mundo mais
amplo.
Ao falar destas verdades para os
homens afeitos às suas impressões,
não seria compreendido e seria como
tomado por mentiroso, um corruptor
da ordem vigente.
O mito da caverna é uma metáfora da condição humana perante
o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento
filosófico e à educação como forma de superação da ignorância
isto é
A passagem gradativa do senso comum.
para
O conhecimento filosófico, que é
racional, sistemático e organizado.
Segundo a metáfora de Platão, o processo para a
obtenção da consciência abrange dois domínios:
O domínio das coisas sensíveis e o domínio das idéias.
Para o filósofo, a realidade está no
mundo das idéias e a maioria da
humanidade vive na condição da
ignorância, no mundo ilusório das
coisas sensíveis.
Este caminho levaria ao
conhecimento.
Lembre-se, Platão foi discípulo de
Sócrates portanto, o conhecimento
é igual à virtude.
Na alegoria da caverna, fica claro
também o princípio pedagógico da
filosofia platônica.
Durante toda a carta VII, Platão
aponta um caminho para a
educação do cidadão.
A educação tem em Platão um
sentido de utilidade moral.
Deveria dispensar atenção especial à
educação das crianças.
Platão criticou os poetas e o
misticismo. Para ele, ambos se
afastavam do verdadeiro
conhecimento.
A música e a dança deveriam ter
um papel fundamental no processo
educativo.
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