posição prona na síndrome do desconforto respiratório agudo

Propaganda
ISSN: 1981-8963
Manfredini GMSG, Machado RC, Mantovani R.
DOI: 10.5205/reuol.3452-28790-4-ED.0708201329
Posição PRONA na síndrome do desconforto…
ARTIGO ORIGINAL
POSIÇÃO PRONA NA SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO:
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
PRONE POSITION IN ACUTE RESPIRATORY DISTRESS SYNDROME: NURSING CARE
POSICIÓN PRONA EN LA SÍNDROME DE DIFICULTAD RESPIRATORIA AGUDA: CUIDADOS DE
ENFERMERÍA
Geruza Maria Silva Gonçalves Manfredini1, Regimar Carla Machado2, Renata Mantovani3
RESUMO
Objetivo: analisar o conhecimento dos enfermeiros acerca da assistência de enfermagem ao paciente com
diagnóstico de Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo em posição PRONA. Método: estudo descritivo,
exploratório, com abordagem quantitativa. A amostra consistiu-se de 18 enfermeiros atuantes nas unidades de
terapia intensiva de um hospital geral do interior do Estado de São Paulo/Brasil. Os dados coletados com
questionário foram analisados estatisticamente pelo Microsoft Word, Microsoft Excel e Minitab. O projeto
obteve a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, protocolo H199/CEP 2011. Resultados: para avaliar o
conhecimento dos enfermeiros sobre SDRA e posição PRONA, criou-se uma variável << Conhecimento sobre
SDRA e posição PRONA >>. Dos 18 enfermeiros entrevistados, dez (55,56%) receberam a nota Conhecimento
Regular e oito (44,44%) receberam a nota Conhecimento Bom. Conclusão: o conhecimento dos enfermeiros
quanto à Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo e à posição PRONA é restrito, uma vez que, quando
foram feitos questionamentos aprofundados, as respostas foram incorretas. Descritores: Insuficiência
Respiratória; Síndrome do Desconforto Respiratório do Adulto; Terapia Intensiva; Enfermeiros.
ABSTRACT
Objective: to analyze nurses' knowledge about the nursing care of patients diagnosed with Acute Respiratory
Distress Syndrome in PRONE position. Method: descriptive, exploratory study with a quantitative approach.
The sample consisted of 18 nurses working in the intensive care units of a general hospital in the countryside
of the State of São Paulo / Brazil. The collected data with a questionnaire were analyzed statistically by
Microsoft Word, Microsoft Excel and Minitab. The project was approved by the Research Ethics Committee,
protocol H199/CEP 2011. Results: to evaluate nurses' knowledge about ARDS and PRONE position was created
a variable << Knowledge about ARDS and PRONE position >>. Of the 18 nurses interviewed, ten (55.56%)
received the note Regular Knowledge, and eight (44.44%) received the note Good Knowledge. Conclusion:
nurses' knowledge about the Acute Respiratory Distress Syndrome and the PRONE position is restricted since,
when questioning depth was made, responses were incorrect. Descriptors: Respiratory Insufficiency;
Respiratory Distress Syndrome of the Adult; Intensive Therapy; Nurses.
RESUMEN
Objetivo: analizar el conocimiento de los enfermeros sobre los cuidados de enfermería a los pacientes con
diagnóstico de Síndrome del Desconhorto Respiratorio Agudo en posición PRONA. Método: Estudio descriptivo,
exploratorio, con abordaje cuantitativo. La muestra estuvo conformada por 18 enfermeros que trabajan en la
unidad de cuidados intensivos de un hospital general en el Estado de São Paulo / Brasil. Los datos recogidos
mediante un cuestionario fueron analizados estadísticamente por Microsoft Word, Microsoft Excel y Minitab. El
proyecto fue aprobado por el Comité de Ética de la Investigación, el protocolo H199/CEP 2011. Resultados:
para evaluar el conocimiento del enfermero sobre la SDRA y la posición PRONA, fue creada una variable <<
Conocimiento sobre SDRA y posición PRONA >>. De los 18 enfermeros entrevistados, diez (55,56%)
recibieron la nota Conocimiento Regular y ocho (44,44%) recibieron la nota Conocimiento Bueno. Conclusión:
el conocimiento de los enfermeros sobre el Síndrome de Distrés Respiratorio Agudo y la posición PRONA es
restricto, ya que, cuando se hizo profundo cuestionamiento, las respuestas fueron incorrectas. Descriptores:
Insuficiencia Respiratoria; Síndrome de Distrés Respiratorio del Adulto; Terapia Intensiva; Enfermeros.
1
Enfermeira, Especialista em Enfermagem em Cuidados Críticos/Cardiologia, Universidade do Vale do Paraíba/Univap. São José dos
Campos (SP), Brasil. E-mail: [email protected]; 2Enfermeira, Professora Doutora do Departamento de Enfermagem da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte. São Paulo (SP), Brasil. E-mail: [email protected]; 3Enfermeira, Professora do Curso de PósGraduação de Enfermagem em Cuidados Críticos/Cardiologia, Universidade do Vale do Paraíba/Univap. São José dos Campos (SP), Brasil.
E-mail: [email protected]
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(8):5288-97, ago., 2013
5288
ISSN: 1981-8963
Manfredini GMSG, Machado RC, Mantovani R.
INTRODUÇÃO
As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) são
destinadas ao acolhimento de pacientes
graves com chance de sobrevida. São locais
que prestam uma assistência especializada,
dispondo de alta tecnologia e técnicas
complexas.1-2
O cuidar em UTI é complexo em muitos
aspectos. A realização de procedimentos como
o banho no leito, a mudança de decúbito e a
higiene oral considerados razoavelmente
simples exigem ainda mais cuidados,
principalmente tendo em vista a atenção para
que esses procedimentos não lesem os
pacientes, desconectando-os, por exemplo,
dos equipamentos que, no momento, dão
sustentação à vida.3-4
O interesse pelo tema surgiu a partir das
dificuldades enfrentadas na assistência direta
ao paciente criticamente enfermo, cuja
sobrevivência
depende
de
suporte
medicamentoso intensivo e de suporte
mecânico para a recuperação de certas
insuficiências orgânicas, como o uso de
ventilador mecânico ou de máquinas de
hemodiálise. No entanto, os anos de trabalho
em UTI possibilitaram a percepção de que há
um desafio especial no atendimento aos
pacientes acometidos pela Síndrome do
Desconforto Respiratório Agudo (SDRA).
A SDRA foi citada pela primeira vez em
1967, descrita com características próprias,
desencadeada por uma gama de insultos,
como aspiração de suco gástrico, sepse,
trauma e outros. Contudo, em 1988, foi criado
um escore de lesão pulmonar com a finalidade
de se diagnosticar e avaliar sua gravidade
levando em conta: radiografia de tórax,
hipoxemia através da relação entre a pressão
parcial de oxigênio arterial (PaO2) e a fração
inspirada de oxigênio (FiO2), complacência
pulmonar e valor da pressão positiva ao final
da expiração(PEEP).5-6
A
American-European
Consensus
Conference no ano de 1994 estabeleceu
critérios, definindo a SDRA como uma
síndrome de inflamação e aumento da
permeabilidade capilar pulmonar associada a
anormalidades
clínicas,
radiológicas
e
fisiológicas não causadas por hipertensão
capilar pulmonar. A Lesão Pulmonar Aguda
ficou definida como uma clínica de
insuficiência respiratória aguda com infiltrado
bilateral na radiografia de tórax, ausência de
hipertensão atrial esquerda e hipoxemia com
uma relação PaO2/FiO2 menor ou igual a 300;
todavia, se esta relação for menor ou igual a
200 define-se a SDRA.6-10
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(8):5288-97, ago., 2013
DOI: 10.5205/reuol.3452-28790-4-ED.0708201329
Posição PRONA na síndrome do desconforto…
A SDRA é caracterizada pelo início rápido
da dispneia grave, que geralmente acontece
12 a 48 horas após o evento iniciante. O
paciente tem respiração superficial e rápida.
Podem ser auscultados nos pulmões sons
crepitantes ou sibilos e, devido aos baixos
níveis de oxigênio no sangue, pode ocorrer
cianose central ou de extremidades.8-10
A falta de oxigênio provocada pela SDRA
pode produzir complicações em outros órgãos
logo após o início da clínica ou, quando não
ocorre melhora ao longo de dias ou semanas.
A falta prolongada de oxigênio pode causar
complicações graves como a insuficiência
renal aguda ou em estágios avançados até a
morte do paciente.11
Os pacientes com SDRA são tratados em UTI
devido à oxigenoterapia ser fundamental para
a correção dos baixos níveis de oxigênio. Essa
terapia de apoio quase sempre inclui
intubação
endotraqueal
e
ventilação
mecânica, além de suporte circulatório,
administração criteriosa de líquidos, terapia
medicamentosa, analgesia, sedação e suporte
nutricional. Considera-se a terapia de posição
(PRONA) outra estratégia utilizada no manejo
da SDRA.7-10
A ventilação em posição PRONA não é uma
técnica nova, porém foi incorporada à prática
recentemente,
após
estudos
terem
demonstrado a heterogeneicidade da SDRA, na
qual os alvéolos normais aglomeram-se aos
alvéolos comprometidos. Alguns estudos
mostram que a posição PRONA pode oferecer
melhora na relação entre ventilação e
perfusão, aumento do volume pulmonar ao
final da expiração e mudanças regionais de
ventilação associadas a alterações mecânicas
da parede torácica.8
Estudos têm sido realizados com o intuito
de avaliar os efeitos das mudanças de posição
sobre a oxigenação dos pacientes com SDRA e
muitos deles têm revelado que a melhora da
PaO2 tem sido alcançada quando os pacientes
são colocados em posição PRONA.10-2
O manejo dos pacientes nesta posição é
crucial para o sucesso do tratamento. Assim, a
equipe de enfermagem deve estar treinada e
capacitada quanto aos cuidados ao paciente
em posição PRONA, a fim de evitar
complicações, como a extubação acidental,
edema
facial,
ulcerações
cutâneas,
dificuldade com a alimentação enteral,
obstrução das vias aéreas, deslocamento do
cateter venoso central, dentre outras.13-4
Nesse sentido, cuidar de pacientes graves,
em especial aqueles inseridos na UTI requer
um conjunto de conhecimentos, saberes e
práticas. A falta de conhecimento, habilidade,
5289
ISSN: 1981-8963
DOI: 10.5205/reuol.3452-28790-4-ED.0708201329
Manfredini GMSG, Machado RC, Mantovani R.
Posição PRONA na síndrome do desconforto…
competência individual ou especialização são
fatores importantes que podem predispor a
sérios eventos adversos.
Em algumas situações, fica clara a falta de
conhecimento técnico e o despreparo da
equipe de enfermagem quanto aos cuidados
necessários, desde a técnica de instalação do
decúbito PRONA até a assistência correta
quanto à aspiração traqueal, suporte
nutricional ou prevenção de úlceras por
pressão.
OBJETIVOS
 Analisar o conhecimento dos enfermeiros
acerca da assistência de enfermagem ao
paciente com diagnóstico de SDRA em posição
PRONA.
 Elaborar um instrumento clínico de apoio
a assistência de enfermagem ao paciente em
posição PRONA.
MÉTODO
Estudo descritivo, exploratório, com
abordagem quantitativa. Inicialmente, o
projeto de pesquisa foi submetido à aprovação
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade do Vale do Paraíba, do qual foi
obtido o protocolo H199/CEP 2011.
O estudo foi realizado na UTI Adulto e na
UTI do Pronto Socorro de um hospital geral do
Vale do Paraíba. Foram incluídos os
enfermeiros atuantes dos referidos setores,
que concordaram em participar da pesquisa e
assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE). A amostra consistiu no
total de 18 voluntários, pois seis sujeitos não
aceitaram em participar da pesquisa, sem
cited
ao motivo pela não concordância.
Estabeleceram-se como critérios de
exclusão os enfermeiros que não atuassem
diretamente com os cuidados prestados aos
pacientes e que estivessem de férias, folga ou
licença médica.
Para extração dos dados pertinentes a esta
pesquisa, foi aplicado um instrumento autoexplicativo e de múltipla escolha elaborado
perante a literatura científica.9-15 A pesquisa
literária foi realizada através dos Descritores
em Ciências da Saúde (DeCS) como
insuficiência respiratória; lesão pulmonar
aguda; síndrome do desconforto respiratório
do adulto e enfermeiro.
O instrumento foi constituído por perguntas
referentes ao tempo de formação profissional,
atuação na unidade de terapia intensiva e a
fatores inerentes ao conhecimento do
enfermeiro em relação à fisiopatologia da
SDRA e aos cuidados de enfermagem
específicos, com alternativas fornecendo livre
opção
de
resposta
ao
profissional
participante.
Os dados coletados foram digitados e
tabulados com o auxílio dos programas
Microsoft Excel® e Microsoft Word® versões
do Office 2003. Utilizaram-se estatísticas
descritivas para representar as respostas em
forma de tabelas com frequências e
porcentagens.
Para
avaliar
o
conhecimento
dos
enfermeiros sobre SDRA e posição PRONA,
criou-se
uma
variável
denominada
“Conhecimento sobre SDRA e posição PRONA”,
resultado da soma das questões, sendo que
cada resposta correta valeria um ponto. Esta
variável objetivou classificar o conhecimento
dos enfermeiros entre ruim, regular e bom.
Assim, segue-se: quando o enfermeiro obteve
nota = 0 a 4, seu “Conhecimento sobre SDRA e
posição PRONA” foi ruim; quando o
enfermeiro obteve nota = 5 a 8, seu
“Conhecimento sobre SDRA e posição PRONA”
foi regular; quando o enfermeiro obteve nota
= 9 a 11, seu “Conhecimento sobre SDRA e
posição PRONA” foi bom.
RESULTADOS
Relacionando-se o tempo de formação dos
Enfermeiros com o conhecimento sobre SDRA
e posição PRONA, observa-se que a maioria
com formação superior a 11 anos recebeu a
nota de bom conhecimento enquanto a
maioria daqueles com formação entre 0 a 5
anos se enquadrou no grupo de conhecimento
regular. Esses dados estão apresentados na
tabela1.
Tabela 1. Tempo de formação dos enfermeiros versus conhecimento
sobre SDRA e posição PRONA. São José dos Campos, 2011.
Tempo de
formação
0 a 5 anos
6 a 10 anos
Acima de 11 anos
Total
Conhecimento sobre SDRA e posição
PRONA
Ruim
Regular
Bom
Total
0,0% (0)
33,3% (6) 16,7% (3)
50,0% (9)
0,0% (0)
16,7% (3) 11,1% (2)
27,8% (5)
0,0% (0)
5,5% (1) 16,7% (3)
22,2% (4)
0,0% (0)
55,5% (10) 44,5% (8) 100,0% (18)
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(8):5288-97, ago., 2013
5290
ISSN: 1981-8963
DOI: 10.5205/reuol.3452-28790-4-ED.0708201329
Manfredini GMSG, Machado RC, Mantovani R.
Posição PRONA na síndrome do desconforto…
Dos
enfermeiros
considerados
com
conhecimento regular, 44,4% (8) souberam
caracterizar a SDRA (hipoxemia grave, com
relação PaO2/FiO2 200; diminuição da
complacência pulmonar; ausência de sinais de
hipertensão
atrial
esquerda;
infiltrado
pulmonar bilateral à radiografia de tórax). Os
enfermeiros
que
não
acertaram
o
questionamento estavam divididos igualmente
nos dois níveis de conhecimento (Tabela 2).
Tabela 2. Representação detalhada dos enfermeiros que souberam responder o que
caracteriza a SDRA versus conhecimento sobre SDRA e posição PRONA. São José dos
Campos, 2011.
Soube dizer o que caracteriza a
SDRA
Conhecimento sobre SDRA e posição PRONA
Ruim
Regular
Bom
Total
Sim
0,0% (0)
44,4% (8)
33,3% (6)
77,7% (14)
Não
0,0% (0)
11,1% (2)
11,1% (2)
22,2% (4)
Total
0,0% (0)
55,5% (10)
44,4% (8)
100,0% (18)
No questionamento quanto à terapia de
posição utilizada no tratamento da SDRA,
apenas 11,0% (2) dos enfermeiros não
souberam responder que a posição PRONA
auxilia no tratamento da doença. Ambos
estavam incluídos no grupo de conhecimento
regular.
souberam dizer quais os principais efeitos da
posição PRONA pertence ao grupo de
conhecimento regular. Esses efeitos são a
melhora na relação entre ventilação e
perfusão, além do aumento do volume
pulmonar ao final da expiração.
Na figura 2, nota-se que a maior
porcentagem dos enfermeiros que não
Figura 1. Representação quanto às respostas sobre os principais efeitos da posição PRONA.
São José dos Campos, 2011.
No questionamento “O que é o decúbito
ventral e qual o cuidado primordial?”, apenas
11,0% enfermeiros não souberam responder
que o decúbito ventral é quando o paciente
está com o abdome para baixo, com a cabeça
lateralizada, devendo ser feita a modificação
da posição da cabeça a cada duas horas.
A figura 2 permite observar que 61,1% dos
enfermeiros entrevistados não souberam
responder que a complicação mais comum
quando se utiliza a posição PRONA é o edema
facial.
Figura 2. Representação quanto às respostas sobre a complicação mais comum da
PRONA. São José dos Campos, 2011.
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(8):5288-97, ago., 2013
posição
5291
ISSN: 1981-8963
DOI: 10.5205/reuol.3452-28790-4-ED.0708201329
Manfredini GMSG, Machado RC, Mantovani R.
Investigou-se, também, por quanto tempo
o paciente deve permanecer em posição
PRONA e 77,7% dos enfermeiros responderam
que não há tempo definido para permanecer
na posição citada. O restante respondeu
erroneamente que o tempo seria 1 hora ou 8
horas.
No questionamento sobre o principal efeito
adverso causado pela associação da PEEP ao
alto volume corrente, apenas um enfermeiro
não soube responder que esse efeito é o
barotrauma.
Posição PRONA na síndrome do desconforto…
aspiração fechado deve ser utilizado em
pacientes que estão sendo ventilados com alto
valor de PEEP.
Quanto ao modo ventilatório utilizado em
pacientes com SDRA, opta-se pelo modo
controlado. Na figura 03, nota-se que todos os
enfermeiros do grupo bom conhecimento
responderam corretamente. Apenas 11,0%
enfermeiros do grupo de conhecimento
regular souberam responder à questão.
Em pacientes com SDRA, opta-se pelo
sistema de aspiração fechado. Um enfermeiro
não soube responder que o sistema de
Figura 3. Representação quanto às respostas sobre o modo ventilatório utilizado na SDRA. São
José dos Campos, 2011.
Quanto à possibilidade de administração de
dieta enteral aos pacientes com diagnóstico
de SDRA, os enfermeiros se posicionaram de
forma dividida, com 33,3% para as respostas
sim, não e talvez.
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(8):5288-97, ago., 2013
5292
ISSN: 1981-8963
DOI: 10.5205/reuol.3452-28790-4-ED.0708201329
Manfredini GMSG, Machado RC, Mantovani R.
Ação
1. Avaliar as características da SDRA
2. Avaliar as indicações para o decúbito
PRONA
3. Avaliar as contra-indicações para o
decúbito prona
4. Realizar a técnica da posição PRONA
(necessário três a cinco pessoas) após
indicação médica
5. Observar
à
permeabilidade
dos
dispositivos invasivos.
6. Atentar quanto à posição do paciente no
leito.
6. Utilizar coxins.
7. Avaliar a ocorrência de complicações
(modificar decúbito se necessário).
8. Avaliar o paciente quanto à assistência
ventilatória.
9. Avaliar o paciente quanto à sedação.
10. Instalar sistema de aspiração fechado.
11. Observar intercorrências na infusão de
dieta enteral.
12.
Avaliar
quanto
à
monitoração
eletrocardiográfica.
13. Observar ocorrência de instabilidade
hemodinâmica em posição PRONA.
Posição PRONA na síndrome do desconforto…
Justificativa
-Apresenta hipoxemia grave refratária à oxigenoterapia, com relação PaO 2
/ FiO2 200.
- Infiltrado pulmonar bilateral à radiografia de tórax.
- Complacência pulmonar diminuída.
- Pressão capilar da artéria pulmonar  18 mmHg ou ausência de sinais
clínicos ou ecocardiográficos de hipertensão atrial esquerda.
- Pacientes com piora na função pulmonar.
-Situações de necessidade de altas frações inspiradas de oxigênio, para
conseguir a oxigenação adequada.
- Queimadura ou ferimentos na face ou região ventral do corpo.
- Instabilidade da coluna vertebral.
- Hipertensão intracraniana.
- Arritmias graves.
- Hipotensão severa.
- Fraturas pélvicas.
- Primeira pessoa – deve se posicionar na cabeceira do paciente, com a
responsabilidade de dar as instruções, posicionar a cabeça e fixar o tubo
endotraqueal.
- Segunda pessoa – encarrega-se de fixar cateteres, drenos e conexões
para que os mesmos não sejam tracionados.
- Terceira, quarta e quinta pessoa – colocam-se de cada lado do paciente
e serão responsáveis por realizar a mudança do paciente para o decúbito
lateral e, em seguida, para a posição prona.
- Devido o risco de dobras e perdas dos dispositivos a cada mobilização do
paciente.
- Manter membros superiores afastados do tronco, com punhos em
extensão e cotovelos em flexão.
- Realizar mudança da lateral da cabeça a cada duas horas.
- Devido às proeminências ósseas de regiões como os ombros; quadril;
tornozelos.
- Presença de edema facial; extubação acidental; hipotensão severa;
arritmias; deslocamento de cateter venoso central; obstrução das vias
aéreas; barotrauma.
- O paciente com SDRA deve ser ventilado em modo controlado.
-Se não, discutir o caso com equipe multidisciplinar.
- Para manter ventilação em modo controlado, o paciente deve estar
sedado e, se necessário, receber relaxantes musculares.
Aplicar escala de sedação a cada duas horas e, se for necessário, discutir
com equipe multidisciplinar.
- Supervisionar utilização e tempo de troca.
- Avaliar quanto à ocorrência de intolerância à nutrição.
- Discutir com equipe multidisciplinar quanto à suspensão da nutrição
enteral, se necessário.
- Modificar decúbito, se necessário.
- O paciente deve estar com a monitoração eletrocardiográfica
corretamente instalada na região dorsal.
- Não há tempo definido para manter o paciente em posição PRONA.
Importante valiar as condições clínicas do paciente.
Figura 4. Instrumento clínico para apoio à assistência de enfermagem ao paciente com diagnóstico de SDRA em posição
PRONA. São José dos Campos, 2011.
DISCUSSÃO
A SDRA é descrita como um quadro de lesão
pulmonar aguda, cujos critérios básicos que a
definem são: hipoxemia grave refratária à
oxigenoterapia, com relação PaO2/FiO2 200;
diminuição da complacência pulmonar;
ausência
de
sinais
clínicos
ou
ecocardiográficos de hipertensão atrial
esquerda; infiltrado pulmonar bilateral à
radiografia de tórax.9,15
Percebeu-se que dos 50% dos entrevistados
incluídos no período de 0 a 5 anos de
formação
em
Enfermagem,
33,3%
enquadraram-se no grupo de conhecimento
regular quanto aos cuidados pacientes com
SDRA na posição PRONA; e dos 22,2% do
período acima de 11 anos de formação, a
maioria fez parte do grupo de bom
conhecimento (16,7%). Portanto, os dados
demonstrados permitem inferir que o
conhecimento pode ter sido adquirido com os
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(8):5288-97, ago., 2013
anos de prática e experiência com a
assistência contínua aos pacientes críticos.16
A experiência do cuidador também orienta
o modo de cuidar. A qualidade do cuidado
está ligada à experiência da enfermeira, em
seu feeling, ou seja, algo que a vida
profissional se encarrega de ensinar.4
O aprendizado deve ser contínuo, a fim de
permitir a atualização e o aperfeiçoamento de
conhecimentos, além da promoção de novos
perfis
profissionais.
A
educação
dos
trabalhadores é imprescindível para a
construção das mudanças almejadas e da
qualidade dos serviços prestados.4,16
A pesquisa demonstra que a maioria dos
enfermeiros entrevistados soube responder
sobre as características da SDRA. Portanto,
quanto à terapia de posição utilizada grande
parte
dos
entrevistados
respondeu
corretamente. A literatura científica enfatiza
a posição PRONA como adjuvante à terapia de
suporte ventilatório, promovendo melhor
oxigenação por meio da expansão da região
5293
ISSN: 1981-8963
Manfredini GMSG, Machado RC, Mantovani R.
dorsal dos pulmões, aumento do volume
expiratório pulmonar e melhor relação
ventilação-perfusão.12-5,17
Na posição supina, o peso exerce forças
compressivas sobre as regiões dorsais dos
pulmões, todavia, na posição PRONA, a área
cardíaca desloca-se para a posição ventral,
aumentando, assim, o volume para a
ventilação. Dessa forma, uma pequena área
dos pulmões sofre compressão do coração, o
que melhora a ventilação nessa região.15
A melhora da oxigenação caracteriza o
efeito fisiológico mais importante da posição
PRONA por
proporcionar fatores que
contribuem
para
a
diminuição
do
colabamento alveolar, à redistribuição da
ventilação alveolar e à redistribuição da
perfusão. Contudo, 55,5% dos enfermeiros
entrevistados não souberam responder quais
os principais efeitos dessa terapia de posição.
Outro mecanismo que pode contribuir para a
melhora da hipoxemia arterial é que a
drenagem de secreções se torna muito maior
em posição PRONA.12-3
É importante salientar que na posição
PRONA ou decúbito ventral, o paciente
permanece deitado sobre seu abdome, com os
braços e pernas em sentido longitudinal ao
corpo, com a cabeça voltada para um dos
lados. Deve-se atentar quanto à posição da
cabeça, que deve ser lateralizada, com
alternância entre os lados a cada duas horas.
Sobretudo, apenas dois enfermeiros não
souberam responder o que é o decúbito
ventral e qual o cuidado primordial.17-8
Devem-se utilizar almofadas de vários
tamanhos e almofadas em gel para prevenir a
formação de úlceras por pressão na região dos
ombros, cristas ilíacas e dorso dos pés. A
utilização
dos
coxins
possibilita
a
descompressão das proeminências ósseas,
facilita à expansão pulmonar e evita a
compressão dos vasos do pescoço; além disso,
permite o posicionamento correto dos pés,
evitando sua distensão e compressão.17-8
Satisfatoriamente, 89% dos entrevistados
responderam corretamente em quais locais
devem ser colocados os coxins.
O tempo de permanência dos doentes na
posição PRONA não está definido e a
estratégia para alternar os períodos de
ventilação nesta posição e supina não está
claramente estabelecido. 13 O estudo
demonstrou que 78% dos entrevistados
responderam que não há tempo definido para
a permanência em posição PRONA; os 22%
restantes se dividiram entre as respostas
“somente uma hora” e “de seis a oito horas”.
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(8):5288-97, ago., 2013
DOI: 10.5205/reuol.3452-28790-4-ED.0708201329
Posição PRONA na síndrome do desconforto…
Apesar dos benefícios da posição citada,
essa terapêutica pode causar complicações. As
complicações mais graves, como extubação
acidental, hipotensão severa e arritmias, são
baixas. No entanto, a complicação mais
comum é o edema facial, que ocorre em
praticamente todos os pacientes que
permanecem mesmo por poucas horas nesta
posição.
Outras
complicações
como
deslocamento do cateter venoso central,
obstrução de vias aéreas e barotrauma são
raras.13
Entretanto, observou-se que 61,1% dos
enfermeiros não souberam responder qual a
complicação mais comum da posição PRONA.
Outro ponto desfavorável da posição é a maior
necessidade de sedação e o uso de relaxantes
musculares, o que pode levar ao aumento das
ocorrências de paresias neuromusculares.12
A sedação profunda e a curarização dos
pacientes em posição PRONA é preocupante e,
ao mesmo tempo, totalmente necessária, uma
vez que o modo ventilatório preferencial para
a terapêutica da SDRA é a ventilação por
pressão controlada, associada ou não à
inversão da relação inspiração/expiração. Na
ventilação
em
modo
controlado,
os
movimentos ventilatórios são gerados pelo
aparelho. O paciente deve estar totalmente
sedado ou incapaz de realizar esforços
respiratórios espontâneos.8,12-3 Todos os
enfermeiros do grupo bom conhecimento
responderam corretamente quanto ao modo
ventilatório utilizado em pacientes com SDRA.
A distribuição heterogênea da doença
pulmonar em pacientes com SDRA torna a
ventilação mecânica um desafio. Quando mal
ajustada, a Ventilação Mecânica (VM) pode
lesar ainda mais o pulmão, fazendo com que o
paciente persista em VM, exposto aos riscos
de outras complicações, como infecções,
tromboembolismo ou, principalmente, o
barotrauma.13,18
O barotrauma é a ruptura alveolar devido à
aplicação de pressão positiva aos pulmões com
altos valores de pressão média das vias
aéreas. É manifestado por pneumotórax,
pneumomediastino, pneumoperitônio e/ou
enfisema subcutâneo. Essa complicação pode
ser prevenida controlando o pico de pressão
das vias aéreas, mantendo níveis ideais da
pressão expiratória positiva final (PEEP) e
assegurando
o
sincronismo
paciente13,19
ventilador.
Apenas um enfermeiro não
soube responder sobre os riscos da associação
de PEEP ao alto volume corrente.
Torna-se difícil ventilar um paciente com
SDRA devido à especificidade do tratamento.
Nesse sentido, nunca deve ocorrer à
desconexão do ventilador mecânico, uma vez
5294
ISSN: 1981-8963
Manfredini GMSG, Machado RC, Mantovani R.
que isso poderia prejudicar a evolução da
terapia devido aos riscos de atelectasia,
quedas na saturação de oxigênio e
instabilidade hemodinâmica. Nesse sentido,
para realizar a higiene brônquica de paciente
com SDRA, orienta-se utilizar o sistema de
aspiração fechado, pois o mesmo elimina o
risco associado com a desconexão do paciente
do ventilador mecânico para a aspiração.20
Na pesquisa realizada, apenas um
enfermeiro não soube responder em quais
situações deve ser utilizado o sistema de
aspiração
fechado.
Existem
vários
trabalhos13,20 comparando o sistema aberto de
aspiração com o sistema fechado, quanto à
infecção, hipoxemia, porém a literatura é
escassa em relação ao custo/benefício dos
dois sistemas. Todavia, um trabalho realizado
com a finalidade de avaliar esse custobenefício, concluiu-se que o sistema fechado
de aspiração é mais barato e há menor índice
de erro técnico durante o procedimento; além
disso, diminui o tempo dispendido para a
execução da técnica.20
Quanto à monitoração hemodinâmica do
paciente em posição PRONA, demonstrou-se
que a maioria soube responder quanto à
importância da mesma. A monitoração de
funções vitais é uma das mais importantes e
essenciais ferramentas no manuseio de
pacientes críticos na UTI. O paciente nesta
posição deve ser mantido com o monitor
eletrocardiográfico ligado, cujos eletrodos
podem ser posicionados sobre os ombros e
zonas laterais do tronco; a monitoração
eletrocardiográfica fornece dados contínuos
de frequência cardíaca e presença de
arritmias.21 A presença de cateteres de diálise
ou cited s venosos centrais exigem aumento
da atenção por parte dos profissionais,
necessitando
ser
cuidadosamente
17-8
estabilizados.
É relevante discorrer ainda que, dentre as
principais técnicas de monitoramento não
invasivo do oxigênio (O2) e do gás carbônico
(CO2), salienta-se a oximetria de pulso, que se
baseia no princípio de absorção da luz pela
oxi-hemoglobina e pela hemoglobina reduzida;
portanto, são realizadas medidas nas
variações de transmissão de luz em cada pulso
arterial, objetivando o registro de saturação
de oxigênio. Este método de verificação é
essencial, levando-se em consideração que a
obtenção dos índices fisiológicos através dos
gases arteriais não permite o diagnóstico
precoce de deteriorações súbitas e instituição
rápida de medidas terapêuticas.21
O Consenso Brasileiro de Monitoração e
Suporte Hemodinâmico referem que o
paciente com SDRA deve ser monitorizado
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(8):5288-97, ago., 2013
DOI: 10.5205/reuol.3452-28790-4-ED.0708201329
Posição PRONA na síndrome do desconforto…
com cateter de artéria pulmonar (CAP), já que
pequenos e rápidos aumentos da pressão de
oclusão da artéria pulmonar pioram o edema
em
decorrência
do
aumento
da
permeabilidade capilar pulmonar. Deve-se
assumir que o uso do CAP permite a
orientação mais segura da quantidade de
fluidos e da necessidade de inotrópicos.21
Outro questionamento feito na pesquisa foi
quanto à opinião dos entrevistados sobre a
utilização de dieta enteral em pacientes em
posição PRONA. Os pesquisados ficaram
divididos quanto às respostas. Um estudo
demonstrou que a alimentação enteral pode
ser administrada com segurança para o
paciente em posição PRONA.14
A necessidade da terapia de posição PRONA
para o paciente com a SDRA torna o cuidado
um desafio para a equipe, uma vez que as
técnicas a serem realizadas são específicas,
como manter a dieta enteral ou prevenir
úlceras por pressão.
Percebe-se que há muito a ser pesquisado
sobre a SDRA e a posição PRONA no âmbito da
enfermagem. Sobretudo, a assistência a esses
pacientes
deve
ser
sistematizada
considerando-se as particularidades de cada
situação
e
a
busca
constante
de
conhecimentos. 22
Um estudo enfatiza que devido às lacunas
na literatura científica acerca de temas
complexos na área da enfermagem, destacase a importância dos enfermeiros delinearem
as condutas e homogeneizar o atendimento.23
CONCLUSÃO
Pela avaliação das questões respondidas
corretamente em cada entrevista, foi possível
definir, que dos 18 enfermeiros entrevistados,
55,6% receberam a nota Conhecimento
Regular e 44,4% receberam a nota
Conhecimento Bom.
Concluiu-se que o conhecimento dos
enfermeiros quanto à SDRA e à posição PRONA
é restrito, uma vez que, quando foram feitos
questionamentos aprofundados, as respostas
foram incorretas. Talvez isso possa ser
associado a pouca abordagem do tema nos
anos de graduação e à falta de atualização
após a conclusão da mesma e de treinamento
contínuo nos ambientes de trabalho. Além
disso, a utilização da posição PRONA não faz
parte da rotina das mudanças de decúbito de
várias unidades de terapia intensiva, o que
leva a pouca experiência no manejo dos
pacientes submetidos a essa posição.
A fim de atender às dificuldades
apresentadas pelos enfermeiros entrevistados,
com base na literatura consultada foi criado
5295
ISSN: 1981-8963
Manfredini GMSG, Machado RC, Mantovani R.
um instrumento de apoio aos enfermeiros para
a assistência ao paciente com SDRA em
posição PRONA.
REFERÊNCIA
1. Silva RC, Ferreira MA. Representações
sociais dos enfermeiros sobre a tecnologia no
ambiente da terapia intensiva. Texto Contexto
Enferm [online]. 2009 July-Sept [cited 2010
June
15];
18(3):
Disponível
em:
http://www.scielo.br./scielo.php∕script=sci_
arttext&pid=S010407072009000300012&lng=em
2.
Dias GT, Souza JS de, Franco LMC,
Barçante TA. Humanization of health
assistance in intensive care units: a real
possibility. J Nurs UFPE on line [Internet].
2010
May/June
[cited
2012
Aug
20];4(esp):941-7.
Available
from:
http://www.ufpe.br/revistaenfermagem/inde
x.php/revista/article/view/600.
3. Salomé GM, Espósito VHC, Silva GT Reis da.
O ser profissional de enfermagem em Unidade
de Terapia Intensiva. Acta Paul Enferm
[Internet]. 2008 [cited 2013 Apr 24];
21(2):294-9.
Available
from:
http://www.scielo.br/scielo.php∕script=sci_a
rttext&pid=S010321002008000200010&lng=en.
4. Lucena AF, Crossetti MGO. Significado do
cuidar na unidade de terapia intensiva. Rev
Gaúcha Enferm. 2004 Aug; 25(2):243-56.
5. Menezes SL, Bozza PT, Neto HCFF,
Laranjeira AP, Negri EM, Capelozzi VL, et al.
Acute lung injury outside the ICU: a significant
problem. Crit Care [Internet]. 2007 [cited
2013 Apr 24];11(5):169. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/P
MC2556751/
6. Rubenfeld GD, Caldwell E, Peabody E,
Weaver J, Martin DP, Neff M, et al. Incidence
and outcomes of acute lung injury. N Engl J
Med [Internet]. 2005 [cited 2012 May
18];353(16):1685-93.
Available
from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16236
739
7. MacCallum NS, Evans TW. Epidemiology of
acute lung injury. Curr Opin Crit Care
[Internet]. 2005 [cited 2013 Apr 24];11(1):439.
Available
from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15659
944
8. Coimbra R, Silvério CC. Novas estratégias
de ventilação mecânica na lesão pulmonar
aguda e na síndrome da angústia respiratória
aguda. Rev Assoc Med Bras [Internet]. 2001
Dec [cited 2013 Apr 25];47(4):358-64.
Available
from:
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(8):5288-97, ago., 2013
DOI: 10.5205/reuol.3452-28790-4-ED.0708201329
Posição PRONA na síndrome do desconforto…
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar
ttext&pid=S010442302001000400040&lng=en.
9. Amato MBP, Carvalho CRR, Vieira S, Isola A,
Rotman V, Moock M, et al. ventilação
mecânica
na
lesão
pulmonar
aguda
(LPA)/Síndrome do desconforto respiratório
agudo (SDRA). J Bras Pneumol [Internet]. 2007
July [cited 2013 Apr 25];33(Supl 2):S119-27.
Available
from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar
ttext&pid=S1806-37132007000800007&lng=en.
10. Barbas CSV. Lesão pulmonar aguda e
síndrome do desconforto respiratório agudo:
dificuldades diagnósticas. J Bras Pneumol
[Internet]. 2007 Aug [cited 2013 Apr
25];33(4):[about 5 p.]. Available from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar
ttext&pid=S180637132007000400003&lng=en.
11. Viana MEG, Sargentelli GA, Arruda ALM,
Wiryawan B, Rotta AT. O impacto de
estratégias de ventilação mecânica que
minimizam o atelectrauma em um modelo
experimental de lesão pulmonar aguda. J
Pediatr [Internet]. 2004 June [cited 2013 Apr
25];80(3):189-96.
Available
from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar
ttext&pid=S0021-75572004000400006&lng=en.
12. Montero AG, Perón JMR, Pedroso WH,
Vega MEG, Lopes BC. Ventilación prona en
pacientes
con
daño
pulmonar
agudo
ingresados en cuidados intensivos. Rev cuba
anestesiol reanim [Internet]. 2011 Apr [cited
2013 Apr 25];10(1):43-51. Available from:
http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_artt
ext&pid=S1726-67182011000100006&lng=es.
13. Paiva KCA, Beppu OS. Associação das
manobras de recrutamento alveolar e posição
prona na síndrome do desconforto respiratório
agudo. Rev Bras Ter Intensiva [Internet]. 2009
June [cited 2013 Apr 25];21(2):197-203.
Available
from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar
ttext&pid=S0103-507X2009000200013&lng=en.
14. Curley MAQ, Fineman LD, LaBrecque MA,
Shih MC. Prone positioning can be safely
performed in critically infants and children.
Pediatr Crit Care Med. 2006 Dec; 7(5):413-22.
15. Costa DC, Rocha E, Ribeiro TF. Associação
das manobras de recrutamento alveolar e
posição prona na síndrome do desconforto
respiratório agudo. Rev Bras Ter Intensiva
[Internet]. 2009 June [cited 2013 Apr
25];21(2):197-203.
Available
from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar
ttext&pid=S0103507X2009000200013&lng=en.
16. Montanha D, Peduzzi M. Educação
permanente em enfermagem: levantamento
de necessidades e resultados esperados
segundo a concepção dos trabalhadores. Rev
5296
ISSN: 1981-8963
Manfredini GMSG, Machado RC, Mantovani R.
Esc Enferm USP [Internet]. 2010 Sept [cited
2013 Apr 25];44(3):597-604. Available from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar
ttext&pid=S0080-62342010000300007&lng=en.
17. Paiva KCA, Beppu OS. Posição prona. J
Bras Pneumol [Internet]. 2005 Aug [cited
2013 Apr 25] ; 31(4): 332-340. Available from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar
ttext&pid=S1806-37132005000400011&lng=en.
DOI: 10.5205/reuol.3452-28790-4-ED.0708201329
Posição PRONA na síndrome do desconforto…
integrated approach. J Nurs UFPE on line
[Internet]. 2012 Feb [cited 2013 Apr
25];6(6):1422-31.
Available
from:
http://www.ufpe.br/revistaenfermagem/inde
x.php/revista/article/view/2130/pdf_125
18. Wright AD, Flynn M. Using the prone
position for ventilated patients with
respiratory failure: a review. Nursing in crit
care [Internet]. 2011 [cited 2013 Apr
25];16(1):19-27.
Available
from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21199
551
19. Carneiro MAA, Lima PF, Guedes RC,
Marques ES, Rocha Júnior AM. Efeitos da
posição prona no paciente com síndrome da
angústia
respiratória
aguda
(SARA):
metanálise. Rev Interdisc de Estudos
Experimentais [Internet]. 2009 [cited 2013 Apr
25];1(3):97-104.
Available
from:
http://www.editoraufjf.com.br/revista/index
.php/riee/article/view/950/815
20. Lopes FM, López MF. Impacto do sistema
de aspiração traqueal aberto e fechado na
incidência de pneumonia associada à
ventilação mecânica: revisão de literatura.
Rev Bras Ter Intensiva [Internet]. 2009 Mar
[cited 2013 Apr 25];21(1):80-8. Available
from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar
ttext&pid=S0103507X2009000100012&lng=en.
21. Dias FS, Rezende E, Mendes CL, Réa-Neto
A, David CM, Schettino G, et al. Parte II:
monitorização hemodinâmica básica e cateter
de artéria pulmonar. Rev Bras Ter Intensiva
[Internet]. 2006 Mar [cited 2013 Apr
25];18(1):63-77.
Available
from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar
ttext&pid=S0103-507X2006000100012&lng=en.
22. Santos V, Nunes L, Da silva A, Dos Santos
A, Carvalho M. Systematization of nursing
care: implementation under optical nurses. J
Nurs UFPE on line [Internet]. 2011 Apr [cited
2012 Aug 20];5(3): 553-60. Available from:
http://www.ufpe.br/revistaenfermagem/inde
x.php/revista/article/view/1262.
23. Peninck PP, Machado RC. Aplicação do
algoritmo da sepse por enfermeiros na
unidade de terapia intensiva. Rev Rene
[Internet]. 2012 Apr [cited 2012 Aug
20];13(1):187-99.
Available
from:
www.revistarene.ufc.br/revista/index.php/re
vista/article/download/729
26. Neto AL, Barbosa IL, Carvalho GP,
Fernandes R, Nunes VA. Humanization and
reception in emergency hospital services: an
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(8):5288-97, ago., 2013
Submissão: 22/08/2012
Aceito: 27/05/2013
Publicado: 01/08/2013
Correspondência
Geruza Maria da Silva Gonçalves Manfredini
Hospital Municipal Dr. José de Carvalho
Florence
Rua Saigiro Nakamura, 800 / Vila Industrial
CEP: 12220-280  São José dos Campos (SP),
Brasil
5297
Download