Noções Básicas para Classificação de Minerais e Rochas VARIAÇÕES DE CORES Aula 9: Variações de Cores, Luminescência , Magnetismo, Propriedades Elétricas e Radioatividade -2010Aula baseada nos slides da Profa. Dra Tamar M.B. Galembeck e Prof. Dr. Joaquim Silva Simão VARIAÇÕES DE CORES VARIAÇÕES DE CORES Variações de cores são aspectos anômalos relativos à coloração dos minerais devido à: • Impurezas; Destas anomalias surgem feições que às vezes servem como propriedades diagnósticas e recebem as seguintes designações: • Iridescência; • Inclusões; • Jogo de Cores e Mudança de cores; • Descontinuidades; • Opalescência; • Valores anômalos dos índices de refração; • Embaçamento; • Particularidades da estrutura cristalina, etc. • Acatassolamento ou Chatoyancy; • Asterismo; • Pleocroísmo. Variações de Cores IRIDESCÊNCIA: Variações de Cores IRIDESCÊNCIA: É quando um mineral exibe uma série de cores espectrais. • Em seu interior: Exs.: quartzo e topázio. • Em seu interior: devido a fraturas ou planos de clivagem. Exs.: quartzo e topázio. 2 1 Quartzo: SiO2 Topázio: (Al2 (SiO4) (F,OH)2) 1: http://www.geology.neab.net/ 2: http://www.mineralatlas.com/ 1 Variações de Cores Variações de Cores IRIDESCÊNCIA: JOGO DE CORES: Um mineral apresenta jogo de cores quando ao girá-lo se vêem várias cores espectrais em rápida sucessão, quando colocado em várias posições É quando um mineral exibe uma série de cores espectrais. • Em sua superfície: devido à presença de uma película ou revestimento superficial delgado produzido por oxidação ou alteração em relação a uma fonte de luz. Ex: diamante, opala preciosa. do próprio mineral. Ex: bornita (Cu5FeS4), calcopirita (CuFeS2), etc. Opala: (SiO 2.nH2O) Hematita: (Fe2O3) e Goetita: (HFeO2) Covelita: CuS Variações de Cores Variações de Cores JOGO DE CORES: OPALESCÊNCIA: É a propriedade de certos minerais apresentarem uma reflexão leitosa ou nacarada no seu interior. Ex.: opala, pedra da lua (variedade de albita Ex: labradorita (a mudança de cor e ou jogo de cor é devido a finas inclusões de outros minerais de composição distinta). e adularia), olho de gato (variedade de crisoberilo). Pedra da Lua: variedade de albita - Na(AlSi3O 8) e adularia – K(AlSi 3O8) Olho de Gato: variedade de crisoberilo (BeAl2O4) 1 Geology 306 University of Wisconsin -Madis on Labradorita (plag. An 50-70) 1:www.thaigem.com/infocenter/ buyer.guides/ Adularia Variações de Cores Variações de Cores ACATASSOLAMENTO OU CHATOYANCY: Propriedade que alguns minerais possuem de mostrar uma aparência sedosa na superfície quando submetidos a uma fonte de luz. Esta característica é OPALESCÊNCIA: Ex.: Pedra da Lua, cont. resultante de uma grande quantidade de inclusões de minerais fibrosos ou de cavidades tubulares dispostas paralelamente a uma direção cristalográfica. Pedra da Lua: variedade de albita - Na(AlSi3O 8) e adularia – K(AlSi 3O8) 1 Olho de Tigre inclusões de amianto em quartzo 1 2 2 Olho de Gato finíssimas cavidades tubulares arranjadas em uma posição paralela a uma direção cristalográfica no crisoberilo – BeAl2O4). 4 5 natural 3 cabuchão oval lapidação triliante cabuchão redondo clear and colorless moonstones rainbow moonstones 1,2:http://skywalker.cochise.edu Normalmente os minerais que possuem esta propriedade são lapidados na forma de cabuchão oval ou redondo. 1,2:http://www.egemstones.com/catseye.html 3;5:http://www.bernardine.com/gemstones/tigers-eye.htm 2 Variações de Cores ACATASSOLAMENTO OU CHATOYANCY: Apatita- (olho de gato): Ca5 (F,Cl, OH) (PO4)3 ASTERISMO: Aspecto observado em alguns minerais do sistema hexagonal quando observados na direção do eixo vertical (eixo c), os raios de luz configuram uma Olho de Gato estrela finíssimas cavidades tubulares arranjadas em uma posição paralela a uma direção cristalográfica Este fenômeno origina-se devido a peculiaridades da estrutura ao longo das direções axiais e/ou inclusões dispostas em ângulos retos em relação ao eixo cristalográfico c. Ex.: safira estrelada ou astérica, flogopita, etc. Malaquita:Cu2CO3(OH)2 Crisoberilo (olho de gato): BeAl2O4 Safira Quartzo http://en.wikipedia.org/wiki/Asterism http://skywalker.cochise.edu/ Variações de Cores Variações de Cores ASTERISMO: EMBAÇAMENTO: A cor de reflexão na superfície do mineral (geralmente de brilho metálico) é diferente da cor do seu interior. Ex: Rubi estrelado É devido a oxidação do mineral quando exposto ao ar e pode ser observado em minerais de cobre como: calcopirita (CuFeS2), bornita (Cu5FeS4) e calcocita (Cu2S) e sulfetos como: pirrotita (FeS), etc. 3 Pirrotita: FeS 1 1 2 Rubi estrelado 1:http://en.wikipedia.org/wiki/Asterism 1,3:http://skywalker.cochise.edu/ Variações de Cores PLEOCROÍSMO: É a propriedade de vários minerais absorverem seletivamente a luz transmitida nas diferentes direções ópticas/cristalográficas. Quando o mineral possui somente duas direções de absorção o fenômeno é chamado dicroísmo. As variedades transparentes de turmalina, andaluzita (Al2SiO5), etc., apresentam pleocroismo macroscopicamente visível. > absorção < absorção e > transmissão Tanzanita: variedade violeta da Zoizita - Ca2Al3(SiO4)3(OH) http://www.galleries.com/minerals 3 É a propriedade que alguns minerais apresentam de emitir luz As cores de luminescência são marcadamente diferentes daquelas dos minerais quando não excitados. quando submetidos a determinados processos tais como: • atrito • impacto Ação Mecânica Antes – irradiação ultravioleta Durante - irradiação ultravioleta Calcita (CaCO3) e Willemita (Zn 2SiO4) Calcita (laranja) e Willemita (verde) exceto a incandescência (até (até se tornar brasa) Aquecimento • raios ultravioleta, ultravioleta, • raios X, etc. Irradiaç Irradiação A luminescência nos minerais é fraca e geralmente só pode ser observada em ambiente escuro. A luminescência dos minerais está diretamente relacionada a distúrbios da rede cristalina resultantes de: A PRODUÇ PRODUÇÃO DA LUMINESCÊNCIA É O RESULTADO DA: ABSORÇ ABSOR ÇÃO DE ENERGIA E A SUA LIBERAÇ LIBERAÇÃO PELOS ÍONS NA FORMA DE LUZ + Em outras palavras: • defeitos na rede ou; • presença de íons estranhos (chamados íons ativadores) Tem sido demonstrado que estes íons ativadores, muitas vezes, substituem elementos principais na estrutura, por exemplo: O mineral absorve uma forma de energia e reemite-a como luz visível ÍONS ATIVADORES Willemita (Zn2SiO4) íon ativador Mn2+ substitui o Zn2+ ÍONS ATIVADORES Scheelita (CaWO4) os íons ativadores: • Pb2+ Isto explica o fato de que a willemita de Franklin, New Jersey substitui o Ca2+ • Mo6+ substitui o W 6+ (EUA), apresenta fluorescência. As willemitas de outras localidades que não apresentam Manganês, não mostram este fenômeno. 4 1. AÇ AÇÃO MECÂNICA TRIBOLUMINESCÊNCIA • Atrito; Propriedade de alguns minerais se tornarem luminescentes • Esmagamento; por ação mecânica devido ao stress da rede cristalina por: • Impacto, etc 2. AQUECIMENTO TERMOLUMINESCÊNCIA Propriedade de alguns minerais se tornarem luminescentes por aquecimento à temperatura abaixo do vermelho (incandescência). Esta propriedade aparece normalmente em minerais não metálicos e anidros, que mostram boa clivagem. Exs.: esfalerita, dolomita, micas, fluorita, etc. Geralmente, estes minerais também emitem luz quando submetidos à luz ultravioleta. 2. AQUECIMENTO TERMOLUMINESCÊNCIA Exemplos: topázio, diamante, fluorita (variedade clorofana) recebeu esta denominação por causa da luz verde emitida. Outros minerais como fosforita, temperaturas superiores a 100ºC. Antes Aquecimento calcita, etc, requerem Quando se aquece um mineral termoluminescente a luz visível inicial geralmente: • surge: a uma temperatura entre 50º e 100ºC e; • cessa: normalmente à temperaturas superiores a 475ºC 3. IRRADIAÇ IRRADIAÇÃO POR LUZ ULTRAVIOLETA, RAIOS CATÓ CATÓDICOS, X, , FOTOLUMINESCÊNCIA (FLUORESCÊNCIA (FLUORESCÊNCIA E FOSFORESCÊNCIA) A causa da fotoluminescência é similar à causa da cor, e os íons dos metais de transição são ativadores eficazes. Após aquecimento A luminescência produzida pelos minerais quanto ao tempo de emissão de luz é subdivida em: Fluorita (variedade clorofana) • Fluorescência e • Fosforescência cor esverdeada/azul Processos de Geração e Tipos de Luminescência 3. IRRADIAÇ IRRADIAÇÃO POR LUZ ULTRAVIOLETA: FLUORESCÊNCIA 3. IRRADIAÇ IRRADIAÇÃO POR LUZ ULTRAVIOLETA, RAIOS CATÓ CATÓDICOS, X, , FOTOLUMINESCÊNCIA (FLUORESCÊNCIA (FLUORESCÊNCIA E FOSFORESCÊNCIA) FLUORESCÊNCIA: Os elétrons, excitados pela radiação curta invisível, são levados para níveis de FLUORESCÊNCIA: É a emissão de luz ao mesmo tempo da irradiação, isto é quando interrompida a ação da fonte de luz, cessa a luminescência do mineral. Antes energia mais alta e quando voltam para o seu estado inicial (fundamental), emitem luz visível do mesmo comprimento de onda, causando a fluorescência. FOSFORESCÊNCIA: Quando há um retardo do tempo entre a excitação dos elétrons a um nível de energia mais elevado e o seu retorno ao estado fundamental ocorre à fosforescência. A razão para o atraso é porque uma determinada quantidade dos elétrons é impedida de retornar rapidamente a seus estados mais baixos de energia, pelo menos tão rapidamente como foram energizados inicialmente pela luz UV. Calcita e Willemita Durante Fluorescência Willemita (Zn 2SiO4) • fluorescência: verde. • íon ativador: Mn2+ substitui o Zn2+ Fluorescência Calcita (CaCO3) • fluorescência: vermelha. • íon ativador: Mn ou impurezas orgânicas 5 Processos de Geração e Tipos de Luminescência 3. IRRADIAÇ IRRADIAÇÃO POR LUZ ULTRAVIOLETA: FLUORESCÊNCIA Processos de Geração e Tipos de Luminescência 3. IRRADIAÇ IRRADIAÇÃO POR LUZ ULTRAVIOLETA: FLUORESCÊNCIA FLUORESCÊNCIA CALCITA: FLUORESCÊNCIA CALCITA (CaCO3): fluorescência: vermelha, rosa, amarela, etc. fluorescência: vermelha, rosa, amarela, etc. íon ativador: Mn ou impurezas orgânicas. íon ativador: Mn ou impurezas orgânicas. http://users.ece.gatech.edu/ Processos de Geração e Tipos de Luminescência 3. IRRADIAÇ IRRADIAÇÃO POR LUZ ULTRAVIOLETA: FLUORESCÊNCIA FLUORESCÊNCIA CALCITA (CaCO3): Processos de Geração e Tipos de Luminescência 3. IRRADIAÇ IRRADIAÇÃO POR LUZ ULTRAVIOLETA: FLUORESCÊNCIA FLUORESCÊNCIA SCHEELITA (CaWO4): fluorescência: vermelha, rosa, amarela, etc. fluorescência: azul. íon ativador: Mn ou impurezas orgânicas. íons ativadores: Pb2+ Mo6+ substitui o Ca2+ substitui o W6+ http://users.ece.gatech.edu/ Processos de Geração e Tipos de Luminescência 3. IRRADIAÇ IRRADIAÇÃO POR LUZ ULTRAVIOLETA: FLUORESCÊNCIA FLUORESCÊNCIA FLUORITA (CaF2): http://skywalker.cochise.edu/ Processos de Geração e Tipos de Luminescência 3. IRRADIAÇ IRRADIAÇÃO POR LUZ ULTRAVIOLETA: FLUORESCÊNCIA FLUORESCÊNCIA ARAGONITA (CaCO3): fluorescência: azul. íon ativador: Ca substituído por terras raras. Sterling Hill mine, Ogdensburg, Sussex County, NJ. http://www.naturaluniquities.com/ http://www.wordcraft.net/ 6 Processos de Geração e Tipos de Luminescência 3. IRRADIAÇ IRRADIAÇÃO POR LUZ ULTRAVIOLETA: FOSFORESCÊNCIA FOSFORESCÊNCIA: É a emissão de luz durante e após a irradiação, isto é quando interrompida a ação da fonte de luz, o mineral continua luminescente por algum tempo (alguns segundos). Exs: diamante, scheelita, calcita, autunita, etc. FOSFORESCÊNCIA CALCITA: Estes fenômenos são de grande importância na prospecção de jazidas. Para isso usam-se lâmpadas ultravioletas (mineral light) e, a prospecção é geralmente feita à noite. EXEMPLO PROSPECÇÃO JAZIDAS: Com uma luz ultravioleta portátil pode-se detectar a scheelita à noite em afloramento. E em mina subterrânea pode-se rapidamente estimar a quantidade de scheelita em uma superfície recentemente desmontada. Ao natural Sob luz ultravioleta-UV Após cessar a fonte-UV Em Franklin, New-Jersey, a luz ultravioleta tem sido usada para determinar a quantidade de willemita que vai para o rejeito. PROPRIEDADES MAGNÉTICAS Magnetismo é a propriedade que os minerais apresentam de serem atraídos por um imã. São poucos minerais que mostram esta propriedade isto é, são atraídos por um imã. Ex: magnetita (fortemente magnética). PRODUÇÃO DO MAGNETISMO TIPOS DE MAGNETISMO O magnetismo é produzido por indução do campo magnético terrestre durante a cristalização do mineral. A intensidade do campo magnético criado pelo campo indutivo pode ser expresso pela fórmula: I =K.H Onde: I: intensidade de magnetização; K: constante de susceptibilidade. É adimensional, o valor depende das propriedades físicas do material magnético. Pode assumir valores positivos e negativos; H: campo magnético O magnetismo é o resultado da estrutura eletrônica dos átomos. DIAMAGNÉTICOS: susceptibilidade magnética é negativa (K<0) Os minerais conhecidos como diamagnéticos não são atraídos por um imã. De fato, eles são repelidos fracamente por um campo magnético. É gerado pelo movimento orbital dos elétrons, o que gera uma corrente elétrica que por sua vez, origina um campo magnético. Esse campo se alinha em direção oposta ao do campo indutor (imã), e isso causa a repulsão, isto é diamagnetismo. Se o movimento do elétron em torno do núcleo fosse seu único movimento, todas as substâncias seriam diamagnéticas 7 TIPOS DE MAGNETISMO PARAMAGNÉTICOS: susceptibilidade magnética é positiva, mas fraca (K>0) Os minerais paramagnéticos são atraídos fracamente pelos imãs. TIPOS DE MAGNETISMO FERRIMAGNÉTICOS: susceptibilidade magnética é positiva (K>>0) As substâncias ferromagnéticas mantêm os spins de seus elétrons alinhados (giram no mesmo sentido), mesmo que elas sejam retiradas da influência do O paramagnetismo ocorre nos minerais que apresentam elementos com orbitais 3 d campo magnético externo (ao contrário dos paramagnéticos). incompletos – metais de transição. O paramagnetismo está associado com as direções de alinhamento do SPIN do elétron (giro do elétron ao redor de seu eixo) na presença de um campo magnético externo. Exs. minerais ferrimagnéticos: magnetita Fe304 e pirrotita Fe 1-x S (x= 0 a 0,2) Mas, a magnetização imposta não é permanente, afastado o imã indutor, o mineral perde seu magnetismo. Exemplos de minerais paramagnéticos: olivina (Mg,Fe)2SiO4; augita (Ca, Na) (Mg, Fe, Al) (Al,Si) 2O6. 1. PROSPECÇÃO JAZIDAS Através de magnetômeros acoplados em aviões 2. BENEFICIAMENTO DE MINERAIS 3. ESTUDO DO MAGNETISMO REMANESCENTE Sabendo-se a orientação dos minerais magnetizados e a idade das rochas que os contém ► construir a variação dos polos magnéticos durante as eras geológicas ► deriva continental. Os polos magnéticos não são estáticos, por haver uma velocidade relativa da crosta terrestre em relação ao núcleo 4. DETERMINAÇÃO DE MINERAIS Através de: - um imã de mão ou - eletro-imãs (susceptibilidade magnética dos minerais) PROPRIEDADES EL ELÉ ÉTRICAS CLASSIFICAÇ CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS SEGUNDO O COMPORTAMENTO ELÉ ELÉTRICO PROPRIEDADES ELÉ ELÉTRICAS CONDUTORES: São os minerais que apresentam ligação metálica pura, possibilitando rápida movimentação dos elétrons. Ex: metais nativos. A conduç condução de eletricidade em minerais é fortemente controlada pelo SEMICONDUTORES: - iônicas Apresentam estrutura mista, com ligações: - covalentes Exs.: sulfetos, teluretos, selenetos, etc - metálicas tipo de ligaç ligação existente . NÃO CONDUTORES OU ISOLANTES: Conduzem pouco a eletricidade. É o caso da maioria dos minerais, como os silicatos. Os minerais apresentam ligações: - iônicas; - covalentes 8 PROPRIEDADES ELÉ EL ÉTRICAS PROPRIEDADES ELÉ EL ÉTRICAS APLICAÇ APLICAÇÕES DAS PROPRIEDADES ELÉ ELÉTRICAS DOS MINERAIS CONDUTORES: PIEZOELETRICIDADE Propriedade de alguns minerais de desenvolverem cargas Transmissores de eletricidade. Exs: cobre, prata, etc. elétricas positivas e negativas quando submetidos à aplicação de pressão nas extremidades opostas de um de seus eixos - eixo polar (eixo com formas cristalinas distintas em cada uma das extremidades). SEMICONDUTORES: Transistores (na substituição das válvulas eletrônicas nos aparelhos elétricos - amplificam os sinais elétricos) NÃO CONDUTORES OU ISOLANTES: Alguns minerais como, por exemplo, o quartzo é utilizado na indústria eletrônica e no desenvolvimento da radiocomunicação permite manter constante a freqüência das ondas eletromagnéticas. O cristal comprimido produz uma tensão elétrica PROPRIEDADES ELÉ EL ÉTRICAS PROPRIEDADES ELÉTRICAS PIEZOELETRICIDADE USOS DA PIEZOELETRICIDADE responsável pela grande precisão de relógios equipados com osciladores de quartzo; Exs: A turmalina e o quartzo são exemplos de cristais piezoeléctricos. também é usada em microfones e vários outros instrumentos musicais para transformar vibrações mecânicas em sinais elétricos que são ampliados e convertidos em sons através de amplificadores; a turmalina que também possui essa propriedade é usada em aferidores de pressão. Hoje: substâncias cristalinas sintéticas piezoeletricidade intensa PROPRIEDADES ELÉTRICAS PROPRIEDADES ELÉTRICAS PIROELETRICIDADE PIROELETRICIDADE Alguns minerais geram cargas elétricas positivas e negativas, nas extremidades opostas de um eixo do cristal, sob elevação da temperatura. Ocorre apenas em minerais que não possuem centro de simetria e têm um eixo polar. Ex.: turmalina. c c + pólo aná an álogo + pó de S ((-) cor amarela - pólo ant antíílogo - pó de Pb 3O4 (+) cor roxa Ocorre apenas em minerais que não possuem centro de simetria e têm um eixo polar. Ex.: turmalina. Aepinus denominou: pólo + pólo aná aná logo (varia (variaç ção + da tº surge carga elé elétrica +) pólo - pólo ant antíílogo (varia (variaç ção - da tº surge carga elé elétrica -) 9 PIROELETRICIDADE Todos os cristais piroelé piroelétricos são piezoelé piezoelétricos mas o inverso não é verdadeiro Ex.: a turmalina tem um único eixo polar, c, e cai dentro deste grupo, enquanto o quartzo com seus três eixos polares, não. PROPRIEDADES TÉRMICAS A condutividade térmica é a habilidade do mineral em conduzir calor. A condutividade térmica dos minerais à semelhança das propriedades elétricas é controlada pelo tipo de ligação presente. PROPRIEDADES TÉ TÉRMICAS Placa mineral recoberto c/ cera Senarmont (1947): 1º estudar propriedades té térmicas dos minerais. Usou: - vela; - arame isolado com asbesto para evitar a radiaç radiação de calor; A condutividade térmica é uma propriedade vetorial e depende da - placa fina do mineral a ensaiar; estrutura interna do cristal. - cera Todos os sistemas cristalinos, exceto o sistema cúbico, são anisotrópicos, ou seja: o calor propaga-se com maior velocidade numa direção e menor velocidade em outra. fio de arame asbesto Observou: - mineral isó isótropo: cera derretia sob a forma Circular - mineral anisó anisótropo: cera derretia sob a forma Elipse PROPRIEDADES TÉ T ÉRMICAS CLASSIFICAÇ CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS QUANTO À CONDUTIBILIDADE TÉ TÉRMICA CONDUTORES: São os minerais que apresentam ligações metálicas ou iônicas. Exs.: metais e sulfetos metálicos como Cu e PbS. SEMICONDUTORES: Os minerais que apresentam ligações: Exs.: arseniatos, sulfetos. - Iônicas ou - covalentes de ressonância NÃO CONDUTORES OU ISOLANTES: - iônicas; Os minerais apresentam ligações: - covalentes sem ressonância Exs.: Esta propriedade diz respeito à maioria dos minerais, como os silicatos, halogenetos, etc. PROPRIEDADES TÉ T ÉRMICAS CONDUTIVIDADE TÉ T ÉRMICA DE ALGUNS MINERAIS Minerais Condutividade Térmica W/m.ºC Grafite Halita 116 - 174 5.37 Gipso Dolomita 1.3 3.26 Calcita 1 Calcita 2 Quartzo 3 3,49 4.2 7.1 Quartzo Pirita Micas Enxofre 4 12 38 0.7 - 0.73 0.21 1 // e 2 ⊥ à clivagem ; 3 ⊥ e 4 // ao plano axial ; nd = não disponí disponível Rzhevsky & Novik Novik,, 1971 Ag= 426, Cu= 398, Al= 237, Fe= 80, água= 0,61 10 PROPRIEDADES TÉ T ÉRMICAS PROPRIEDADES TÉ T ÉRMICAS IMPORTÂNCIA PARA A MINERALOGIA Determinação de Minerais através da FUSIBILIDADE VARIAÇ VARIAÇÕES DE TEMPERATURA ESCALA DE FUSIBILIDADE DE KOBELL Estibinita Sb2S3 525ºC Funde-se a chama de vela Calcopirita CuFeS2 800ºC Funde-se em bico de Bunsen Provocam nos minerais: Granada: A3B2(SiO4)3 A= Ca,Mg,Fe,Mn B= Al, Fe3+,Ti, Cr 1050ºC Funde-se facilmente em maçarico Actinolita Ca2(Mg,Fe)5 (Si8O22)9OH)2 1200ºC Apenas as pontas mais fundem-se ao maçarico Ortoclásio K(AlSi3O8) 1300ºC Arestas de fragmentos apenas se arredondam na chama do maçarico Bronzita (Mg,Fe)2(Si2O6) 1400ºC Praticamente não se funde ao maçarico. Só os estilhaços mais finos tornam suas bordas arredondadas Quartzo SiO2 1710ºC Não se funde na chama do maçarico Dilatação e Contração agudas E, cada mineral possui uma constante de dilataç dilatação ou contraç contração PROPRIEDADES TÉ T ÉRMICAS Dilataç Dilatação Té Térmica - Generalidades PROPRIEDADES TÉ T ÉRMICAS Dilataç Dilatação Té Térmica - Minerais Dilataç Dilatação Té Térmica de Minerais depende da natureza das ligaç ligações quí químicas entre os átomos quanto > forte as ligaç ligações entre átomos < a dilataç dilatação té térmica Tipos de Ligaç Ligações Quí Químicas Tipo de Ligação Energia de Ligação (Kcal/mol) Iônica 150 – 370 Covalente 125 – 300 Metálica 25 – 200 Van der Waals < 10 Dilataç Dilatação dos Minerais Depende: sistema cristalino; ligaç ligações quí químicas do mineral (maioria tem ligaç ligações mistas); direç direção cristalográ cristalográfica (exceto sistema isomé isométrico) Minerais β. 10-3 mm/m ºC) Dolomita 12 Calcita1 26 Calcita2 5,4 Quartzo3 13,7 Quartzo4 7,5 Micas 21 – 34 Grafita 7,9 Halita 32 Pirita 8,4 Gipso 2,2 1 // e 2 ⊥ à clivagem ; 3 ⊥ e 4 // ao plano axial Fonte: (Rzhevsky (Rzhevsky & Novik 1971; In: Lima 2002) Fonte: (Askeland 1994; In: Lima 2002) RADIOATIVIDADE Certos minerais possuem radioatividade, que consiste na emissão espontânea, contínua e natural de radiações de 3 tipos: raios alfa; raios beta e raios gama. Estas radiações são extremamentes penetrantes (comprimento de onda muito pequeno) e podem ser detectadas no laboratório por um contador de cintilações ou Geiger-Muller. Estes aparelhos são utilizados na prospecção de minérios de Urânio (U) e de Tório (Th) que contêm estes elementos. 11 1 RADIOATIVIDADE RADIOATIVIDADE Halo Pleocró Pleocróico: São vá vários os minerais que contem elementos radioativos na sua composiç composi ção. zircão em biotita 2 Os elementos mais radioativos são Ra, U, Th Th.. O mineral radioativo de maior importância pechblenda ou uraninita (UO2). (UO2). Os elementos radioativos em minerais, emitem radiaç radiações capazes de: • destruir a estrutura cristalina do mineral portador desses elementos; elementos; • provocar halos pleocr pleocró óicos ou coloridos nos vizinhos e ou; Zircão: ZrSiO4 • fraturamento radial nos minerais a partir do centro. O processo de destruiç destruição da estrutura cristalina causando fraturamento radial é conhecido por Metamixes 1: http://www.mineralatlas.com 2: http://www.ucl.ac.uk/ IMPORTÂNCIA DA RADIOATIVIDADE DATAÇ DATAÇÃO RADIOMÉ RADIOMÉTRICA: IMPORTÂNCIA DA RADIOATIVIDADE PROSPECÇ PROSPECÇÃO DE JAZIDAS DE MINERAIS RADIOATIVOS E MAPEAMENTOS: Os minerais radioativos podem ser detectados por aparelhos Apó Após certo tempo o Ra, U, Th, Th, etc se transformam em outros denominados cintilometros e contador Geiger, Geiger, são portá portáteis e elementos emitindo partí partículas α, β ou capturando elé elétrons. trons. podem ser acoplados em aviões. Como se conhece o tempo dessas transformaç transformações e pela Na operaç operação dessa propriedade tomatoma-se a radioatividade em determinaç determinação da quantidade desses novos elementos que vários pontos e fazfaz-se um mapa de isoradiatividade de modo a conté contém um mineral radioativo, podepode-se calcular sua idade . cercar os alvos que se sobressaem a um “back ground” ground”. IMPORTÂNCIA DA RADIOATIVIDADE MINERAIS RADIOATIVOS DETERMINAÇ DETERMINAÇÃO DE MINERAIS: – torianitatorianita-ThO2; Tais como: – uraninitauraninita-UO2; – monazita– ,)PO4; monazita–(Ce,La,Y,Th (Ce,La,Y,Th,)PO – torbernitatorbernita-Cu2(UO2)(PO4)2 8-10H2O; – autunita Ca(UO2)(PO4)21010-12 H2O. Uma caracterí característica distintiva é que os minerais radioativos são geralmente vítreos e com fratura conchoidal porque a radiaç radiação ataca a estrutura cristalina conferindo um aspecto ví vítreo ao mineral. Exs.: Exs.: zircão ZrSiO4; allanita X2Y3O(SiO4)(Si2O7)(OH); etc. Torianita:: ThO2 Torianita http://webm ineral.com/ 12 1 1 MINERAIS RADIOATIVOS MINERAIS RADIOATIVOS Uraninita: (UO2) 2 Torbernita:: [Cu(UO2)(PO4)2] Torbernita 2 Monazita: [(Ce,La,Y, [(Ce,La,Y,Th Th)PO )PO4] 1: http://images.google.com/ 2: http://webmineral.com/ 1;2: http://webmineral.com/ 1 MINERAIS RADIOATIVOS Autunita: [(Ca (UO2)2 (PO4)2.10 .10--12 H2O] 2 1;2: http://webmineral.com/ 13