Tipos de Treino de Força Lucimere Bohn [email protected] Área de Formação: 813 Desporto. Curso: Musculação e Cardiofitness. Módulo: Bases Morfofisiológicas Tipos de Treino • • • • • Treino Isométrico Treino Dinâmico de Resistência Invariável Treino Dinâmico de Resistência Variável Treino Excêntrico Treino Isociné=co Treino Isométrico • Não ocorre mudança no comprimento muscular • Ganhos de força relacionados com: • Número de ações musculares realizadas e duração da contração: – 3 a 15 ações musculares (depende da janela de treino) – Entre 5 a 20 segundos de contração muscular • Frequência de treino – Diários: aumento de força mais significa=vo – 3 x/semana resultam em aumento de força de 80% compara=vamente aos treinos diários – 1x/semana resulta em aumento de força de 40% compara=vamente aos treinos diários • Ação muscular máxima ou submáxima (Fleck & Kraemer, 1999) Treino Isométrico e Hipertofia – Aumentos de força muscular relacionados principalmente à fatores neurais – Treino isométrico: • Ação principal sobre mecanismos neurais de aumento de força muscular • Pode es=mular a hipertrofia muscular (???) Treino Isométrico • Especificidade do Ângulo de Ar=culação – Ganhos de força predominantemente nos ângulos ar=culares treinados – Aumento de força para até 20º acima e abaixo do ponto específico treinado – Transferência é maior nos ângulos de maior contração muscular, compara=vamente às posições musculares mais alongadas – Quanto maior a duração do binómio tempo x número de contrações maior a transferência para outros ângulos ar=culares – Pouca transferência para a=vidades despor=vas Orientações prá=cas do treino isométrico • Escolher ângulos ar=culares variados, com incrementos de 10º a 20º • Duração da contração: 5 a 20 segundos, 3 a 15 repe=ções • Escolha pelos ângulos mais dihceis durante as contrações dinâmicas • Indicado para reabilitação de lesões • Incen=var a respiração durante a contração (evitar manobra de Valsalva) Treinamento Dinâmico de Resistência Invariável: polias simétricas e pesos livres • Peso ou carga mobilizada nos exercícios é sempre constante • Uso de roldanas (polias ou cannes) de mesmo raio durante toda a amplitude do movimento • Peso não se adapta às caracterís=cas fisiológicas e biomecânicas do músculo (curva de força) – Consequência: em alguns ângulos o músculo tem de produzir muita força, noutros ângulos, pouca força • 1RM determinado pelo ângulo no qual o músculo tem mais dificuldade de produzir força – Consequência: 1RM ajustado ao ponto de mais débil de produção de força, não correspondendo à tensão máxima que o pra=cante pode desenvolver Treino Dinâmico de Resistência Variável (Polias assimétricas) • Roldanas, polias excêntricas ou cannes fisiológicos: alteração do raio da polia-­‐ adaptação às capacidades fisiológicas e biomecânicas do músculo • Fazem variar a força o resistência a vencer • Objec=vo: alterar a resistência durante a amplitude do movimento, acompanhando a curva de força muscular • Ajuste da carga nos diferentes ângulos fazendo com que o músculo seja solicitado com intensidade teoricamente homogénea durante toda a amplitude • Vantagem: o músculo terá de se contrair no seu “máximo” durante toda a amplitude ar=cular Séries e Repe=ções • Ganhos de força muscular: – 1x7-­‐10RM – 1x8-­‐12RM – 1x10-­‐12RM – 1x12-­‐15RM – 2x12 a 50%do 1RM – 2x10-­‐12RM – 6x 15-­‐20RM – . – . – . – Diferentes combinações de séries e repe=ções podem causar aumentos significa=vos de força Treino Isociné=co • Velocidade de movimento sempre constante • Força máxima constante conqnua durante toda a amplitude • Conduz a um aumento da força óp=ma, que é a máxima força em todos os ângulos do movimento • Dor muscular e ar=cular mínima • Desvantagens: – PREÇO!!!! – Transferência para o dia-­‐a-­‐dia Treino Excêntrico • Aproveitar a fase excêntrica do movimento • Exemplo: Cadeira extensora – Fase concêntrica: duas pernas e Fase excêntrica: 1 perna • Explicação fisiológica: maior produção de força durante excêntrica devido a par=cipação de componentes não contrácteis • Alterações na composição corporal semelhantes às do treino concêntrico • Indicada para recuperação de lesões • Desvantagem: dor muscular pós exercício • Carga adequada: – Atletas: 120% do 1RM – Demais alunos: carga que é passível de ser “baixada” lentamente e que o indivíduo possa parar a qualquer instante Pliometria-­‐ Ciclo Es=ramento-­‐Encurtamento • • Parte natural da maioria dos movimentos Ordem das contrações: • Pressuposto: – Propriedades elás=cas do músculo: – Ação excêntrica – Ação isométrica (?) – Ação concêntrica (salto) • Armazenamento de energia elás=ca (elementos elás=cos em série do complexo músculo-­‐tendão). Músculo pré es=rado tem maior capacidade de produção de força – Reflexo de Alongamento (miotá=co): • A=va fusos neuromusculares (sistema propriocep=vo para detecção do es=ramento muscular) que potenciam (via arco reflexo) a contração muscular na tenta=va de evitar o alongamento através do aumento da frequência de a=vação das unidades motoras e do nº de UM recrutadas. • Exemplos: exercícios com bola medicinal, saltos, etc. – Recomendações: antes de se realizar exercícios pliométricos =po “saltos” o aluno deve ser capaz de realizar agachamentos com 1,5 a 2 x o seu peso corporal – Potencial de lesão associado à grande profundidade dos saltos e ao piso impróprio • Fleck & Kraemer (1999). Fundamentos do treinamento de força muscular. Porto Alegre: Artes Médicas