ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA NÃO INVASIVA Maria da Graça Lopes Tarragó 2013 Estimulação Magnética Transcraniana Aplicação de correntes elétricas para modificar a função cerebral é mencionada há mais de 200 anos. Anthony Barker (University of Sheffield, UK) em 1985. Indução eletromagnética (Michael Faraday in 1838). Pulsos eletromagnéticos penetram o couro cabeludo e o crânio com atenuação negligível e geram uma corrente iônica no cérebro. Liebetanz 2006, Pascual-Leone 2003 Estimulação Magnética Transcraniana Estímulo focal. Neuroestimulação. Atinge principalmente neurônios dispostos horizontalmente, usualmente os interneurônios da substância cinzenta. Diagnóstico (impulsos únicos). Prognóstico. Tratamento (pulsos repetitivos). Baixa frequência (igual ou abaixo de 1Hz) – inibitória. Alta frequência (acima de 1Hz) – excitatória. Rossi 2009, Brasil-Neto 2012 Estimulação Magnética Transcraniana Indução da LTP (alta frequência) e da LTD (baixa frequência). Indução gênica. Alteração de neurotransmissores (serotonina, glutamato,dopamina). Efeitos colaterais: leves e transitórios (dor na cabeça, cefaléia, formigamento, queimação, alteração do humor, sonolência). Crise convulsiva (dezesseis casos). Brasil-Neto 2012 Veit Mylius 2012. Estimulação Magnética Transcraniana Avaliação da excitabilidade cortical: Limiar motor Potencial evocado motor Inibição intracortical Facilitação intracortical Período silente Tempo de condução motora central (progressão, prognóstico). Condução transcalosa (EM) Interação inter-hemisférica Limiar motor com técnica da tripla estimulação Pascual-Leone 2003 Estimulação Magnética Transcraniana Tratamento: Depressão Mania aguda Desordens bipolares Pânico Alucinações Obsessões/compulsões Esquizofrenia Catatonia Estresse pós-traumático Fissura Parkinson Distonia Tiques Zumbido Espasticidade Distonia Afasia Função manual pós-AVE Dor neuropática/crônica Simone Rossi 2009 Estimulação Magnética Transcraniana ANVISA: Depressão unipolar refratária ao tratamento medicamentoso, Depressão bipolar, Esquizofrenia com quadros de alucinações auditivas, Mapeamento cerebral em neurocirurgia. Estimulação Transcraniana de Corrente Contínua Neuromodulação. Aplicação transcraniana direta de corrente fraca (1 ou 2mA). 50% da corrente atinge o cérebro. Eletrodos escalpeanos: 7cmx5cm (35cm2) embebidos em SF 0,9% . HD ETCC: mais focal. Efeitos polaridade dependentes: Anodo = aumento da excitabilidade cortical . Catodo = redução da excitabilidade cortical. O’Connell 2011, 2012; Brunoni 2010, Nitsche 2008. Estimulação Transcraniana de Corrente Contínua Regulação de vários neurotransmissores (dopamina, acetilcolina, serotonina). Aumentaria a atividade espontânea levando a um aumento do input pré-sináptico e regulação do tônus sináptico mediado pelo NMDA. LTP e LTD- mecanismos de plasticidade cortical. Restauração do sistema inibitório (gabaérgico) que se encontra deficitário nos pacientes portadores de dor crônica. Liebetanz 2006, Nitsche 2008, Mylius 2012. Estimulação Transcraniana de Corrente Contínua Baixo custo. Poucos efeitos colaterais (cefaléia, sonolência, alteração do humor, formigamento,queimação). Potencial eficácia em neurologia, psiquiatria, reabilitação. Brunoni 2012 Veit Mylius 2012 20 adultos saudáveis. Limiar de dor ao calor. rTMS 15 min, 10 Hz, 100% RMT, 2 s on, 60 s off, 300 pulsos, LPFC. Randomizados; real vs sham. R: Aumento no limiar de dor ao calor . Interações inibitórias e excitatórias. Funcionamento de diferentes regiões em vários processos cognitivos. Controle motor na saúde e na doença. Mudanças neuroplásticas durante a fase de recuperação após lesões encefálicas. Associado á ferramentas de neuroimagem para avaliar a conectividade funcional entre diferentes regiôes encefálicas. 20 pacientes rTMS, 10 sessões, 10 Hz, 4000 pulsos, LPFC. Melhora da dor e sintomas depressivos. rTMS de alta frequência. tDCS M1 e CPP (consciência corporal ). M1: 8, random ativo/sham, 2 sessões, 2mA, 15min. Melhora significativa da dor. CPP: 7, random anodo/catodo/sham, 3 sessões, 2mA, 15min. Melhora da sensação fantasma. 41 pacientes 10 sessões, 2 mA, 20 min, randomizados: M1, DLPFC, sham. M1 e DLPFC melhoraram a dor, mas somente M1 teve efeitos duradouros (60 dias). 18 pacientes. Randomizados: anodo, catodo e sham.; 20 min, 2mA. M1 esquerdo. As duas estimulações ativas reduziram a dor, a anodica elevou significativamente o limiar de detecção mecânico. Muito obrigada!